istoÉ gente (11/07/11)

ALBERT II & CHARLENE WITTSTOCK

Mônaco festeja sua nova princesaO casamento real da plebeia sul-africana com o filho de Grace Kelly agitou o principado em três dias de festa. Andrea Bocelli cantou na igreja e Nicolas Sarkozy, Karl Lagerfeld e Naomi Campbell estavam entre os 4.300 convidados.A convite de Gente, especialistas comentam os looks

NIZAN GUANAES E DONATA MEIRELLESO NOVO LAR DO CASAL

NO RIO E UMA ENTREVISTA COM O EMPRESÁRIO

O CASAMENTO DE KATE MOSS

EM LONDRES

R$ 9,90

11/JUL/2011ANO 12N° 617

A TOP TALYTHA PUGLIESI ABRE O INVERNO EM CAMPOS DO JORDÃO

26 IstoÉGente 11/7/2011 – 617 27

FORAM TRÊS DIAS de festa regados a luxo e grifes, de Armani a Ducasse, com direito a show da banda The Eagles e apresentação íntima do tenor Andrea Bocelli. Tudo gran-dioso, com a pompa que o lugar e seu dono exigem. Albert II, filho da atriz Grace Kelly com o príncipe Rainier III, uniu-se oficial-mente a Charlene Wittstock, com quem namora há 11 anos, em cerimônia que movi-mentou Mônaco, na sexta-feira 1o. O casa-mento civil aconteceu no Palácio dos Grimaldi e durou apenas 15 minutos: Charlene recebeu o título de Sua Alteza Sereníssima Princesa de Mônaco. Telões espalhados pela praça do palácio transmitiam ao vivo os ritos.

Albert II pôs fim, assim, à sua comenta-díssima vida de solteiro. O boato mais recen-te deu conta de um novo filho bastardo, o terceiro ilegítimo, o que teria colocado o casamento com Charlene em risco (leia mais na página 31). Os festejos começaram na quinta-feira 30, com um show da banda cali-forniana The Eagles, no Estádio Louis II, para mais de 15 mil pessoas.

Logo depois do “sim”, príncipe e princesa apareceram na varanda para saudar o povo que aguardava o tão esperado beijo oficial. Vestindo um tailleur azul com saia longa assi-nado por Karl Lagerfeld para Chanel, ela ace-

Diante de 4.300 súditos e convidados, o PRÍNCIPE ALBERT II se casa com a

ex nadadora CHARLENE WITTSTOCK e põe fim à

sua atribulada solteirice – e aos boatos de que a

união estaria ameaçada por mais um filho do herdeiro monegasco

Simone Blanes

Acima, a troca de alianças e, abaixo, o beijo dos noivos

Em cerimônia ao ar livre e sob o olhar de mais de 4 mil

pessoas, Charlene Wittstock se torna princesa de Mônaco

ao se casar com o príncipe Albert II, no sábado 2

realrealCasamentorealem Mônaco

26 IstoÉGente 11/7/2011 – 617 27

FORAM TRÊS DIAS de festa regados a luxo e grifes, de Armani a Ducasse, com direito a show da banda The Eagles e apresentação íntima do tenor Andrea Bocelli. Tudo gran-dioso, com a pompa que o lugar e seu dono exigem. Albert II, filho da atriz Grace Kelly com o príncipe Rainier III, uniu-se oficial-mente a Charlene Wittstock, com quem namora há 11 anos, em cerimônia que movi-mentou Mônaco, na sexta-feira 1o. O casa-mento civil aconteceu no Palácio dos Grimaldi e durou apenas 15 minutos: Charlene recebeu o título de Sua Alteza Sereníssima Princesa de Mônaco. Telões espalhados pela praça do palácio transmitiam ao vivo os ritos.

Albert II pôs fim, assim, à sua comenta-díssima vida de solteiro. O boato mais recen-te deu conta de um novo filho bastardo, o terceiro ilegítimo, o que teria colocado o casamento com Charlene em risco (leia mais na página 31). Os festejos começaram na quinta-feira 30, com um show da banda cali-forniana The Eagles, no Estádio Louis II, para mais de 15 mil pessoas.

Logo depois do “sim”, príncipe e princesa apareceram na varanda para saudar o povo que aguardava o tão esperado beijo oficial. Vestindo um tailleur azul com saia longa assi-nado por Karl Lagerfeld para Chanel, ela ace-

Diante de 4.300 súditos e convidados, o PRÍNCIPE ALBERT II se casa com a

ex nadadora CHARLENE WITTSTOCK e põe fim à

sua atribulada solteirice – e aos boatos de que a

união estaria ameaçada por mais um filho do herdeiro monegasco

Simone Blanes

Acima, a troca de alianças e, abaixo, o beijo dos noivos

Em cerimônia ao ar livre e sob o olhar de mais de 4 mil

pessoas, Charlene Wittstock se torna princesa de Mônaco

ao se casar com o príncipe Albert II, no sábado 2

realrealCasamentorealem Mônaco

CAMPOS DO JORDÃOMONTANHA

A top TAlyThA Pugliesi abre a temporada de Istoé Gente em Campos do Jordão e conta por que, depois de 11 anos, decidiu trocar Paris por são PauloPaola Deodoro fotos Pedro Dias/Ag. istoÉtratamento de imagens Felipe Juste

De volta ao Brasil

Na margem do lago do Pico do Itapeva, ela conta

que está em fase de mudança e terapia

CAMPOS DO JORDÃOMONTANHA

A top TAlyThA Pugliesi abre a temporada de Istoé Gente em Campos do Jordão e conta por que, depois de 11 anos, decidiu trocar Paris por são PauloPaola Deodoro fotos Pedro Dias/Ag. istoÉtratamento de imagens Felipe Juste

De volta ao Brasil

Na margem do lago do Pico do Itapeva, ela conta

que está em fase de mudança e terapia

38 IstoÉGente 9/9/2008 – 999 39

Internacional

O dia dO “sim” de Kate mOss foi na sexta-feira 1º. a top – segunda mais bem paga do mundo, atrás apenas da brasileira Gisele Bündchen –, finalmente, se casou com Jamie Hince, 42 anos, guitarrista da banda “the Kills”, em uma cerimônia perto de sua casa de campo, em Little Faringdon, na inglaterra. Foi o fim de um longo período de apostas sobre como seria a cerimônia e a festa de um dos casais mais irreverentes da europa.

Cercada por um forte esquema de segu-rança – que até bloqueou a estrada principal, única via de acesso à cidade –, a cerimônia, claro, mais parecia um editorial de moda. a noiva top usou um modelo vintage transpa-rente, cheio de rendas e bordados, acompa-nhado de um véu, assinado pelo estilista John Galliano. Com os cabelos soltos e maquiagem suave, Kate esbanjou look natural e sorriu serenamente durante toda a cerimônia. Nos pés, a modelo ganhou um par de sandálias de manolo Blahnik, especialmente para a oca-sião. Já Hince optou por um terno azul-claro de abotoamento duplo, de Yves saint Laurent, e não abandonou os óculos escuros.

Após meses de expectativa sobre os preparativos, KAte Moss se casa com o roqueiro JAMie Hince, na inglaterra, em três dias de festa e uma cerimônia avaliada em R$1,3 milhão

Si eugiamcor sum dolor sustrud

dolenissed min ut autat, consequat ut

esed dolore

Thaís Botelho

Si eugiamcor sum dolor sustrud dolenissed min ut autat, consequat ut esed dolore

casadaEnfim,

Os noivos Jamie Hince e Kate Moss posam

com as damas de honra para as primeiras fotos

38 IstoÉGente 9/9/2008 – 999 39

Internacional

O dia dO “sim” de Kate mOss foi na sexta-feira 1º. a top – segunda mais bem paga do mundo, atrás apenas da brasileira Gisele Bündchen –, finalmente, se casou com Jamie Hince, 42 anos, guitarrista da banda “the Kills”, em uma cerimônia perto de sua casa de campo, em Little Faringdon, na inglaterra. Foi o fim de um longo período de apostas sobre como seria a cerimônia e a festa de um dos casais mais irreverentes da europa.

Cercada por um forte esquema de segu-rança – que até bloqueou a estrada principal, única via de acesso à cidade –, a cerimônia, claro, mais parecia um editorial de moda. a noiva top usou um modelo vintage transpa-rente, cheio de rendas e bordados, acompa-nhado de um véu, assinado pelo estilista John Galliano. Com os cabelos soltos e maquiagem suave, Kate esbanjou look natural e sorriu serenamente durante toda a cerimônia. Nos pés, a modelo ganhou um par de sandálias de manolo Blahnik, especialmente para a oca-sião. Já Hince optou por um terno azul-claro de abotoamento duplo, de Yves saint Laurent, e não abandonou os óculos escuros.

Após meses de expectativa sobre os preparativos, KAte Moss se casa com o roqueiro JAMie Hince, na inglaterra, em três dias de festa e uma cerimônia avaliada em R$1,3 milhão

Si eugiamcor sum dolor sustrud

dolenissed min ut autat, consequat ut

esed dolore

Thaís Botelho

Si eugiamcor sum dolor sustrud dolenissed min ut autat, consequat ut esed dolore

casadaEnfim,Fo

Os noivos Jamie Hince e Kate Moss posam

com as damas de honra para as primeiras fotos

44 IstoÉGente 11/7/2011 – 617 4500 IstoÉGente 00/0/2011 – 000

Entrevista

Em seu novo apartamento no Rio, o empresário que está na lista dos 100 líderes mais criativos do planeta fala de sua eletrizante agenda internacional, da vida em família e de seus próximos passos nos negócios

O baianO nizan Guanaes está descobrindo sua alma carioca. Outro dia ele escreveu “Minha alma canta” como título da crônica de sua coluna quinzenal no jornal Folha de S.Paulo para descrever sua sensação de ter um lar em ipanema, ainda que como casa de praia, em pleno momento áureo do Rio de Janeiro. “Vamos passar todos os finais de semana no Rio”, afirmava ele há um mês, quase eufórico, na noite em que recebia com sua mulher, a consultora de moda Donata Meirelles, os primeiros amigos num petit comité para inaugurar o apartamento no arpoador. a noite era fria, mas nizan e Donata – linda de vestido curto e sandália ras-teirinha – estavam tão radiantes que não escaparam da goza-ção do amigo Luciano Huck: “esse verão de 11 graus tá uma beleza”, disse ele, provocando risos no grupo, enquanto os demais amigos, como Vik Muniz e Paula Lavigne, caminha-vam encolhidos rumo ao restaurante Fasano al Mare. a visão de que o Rio é a porta do brasil para o mundo o ani-mou não só em passar mais tempo na Cidade Maravilhosa. Com faro para novos negócios, o publicitário e presidente do grupo abC, já entrou em ação com a abertura da agên-cia africa Rio, voltada para o entretenimento. Para nizan, agora o Rio é o mundo. e no mundo, esse cidadão global se sente em casa faz tempo. Desde os 8 anos, quando morou em Londres com o pai, que era médico, diz ter perdido o medo do mundo ao vencer um concurso de poesia na esco-la de lá. Quando pergunto, no fim desta entrevista, como era o poema, ele desconversa esbravejando: “ah, tenha santa paciência, não vou falar da vaquinha no céu”. Ri e insisti: “Mas não foi com esse poema que você perdeu o medo do mundo?” e ele acabou contando ao menos o títu-lo: “O nome da minha poesia era Crianças de Biafra, por-que biafra era o lugar da fome... Pronto”.

(leia a íntegra da entrevista em istoegente.com.br).

Gisele Vitoria

FOtOs Masao Goto Filho/Ag. IstoÉ

Nizan em seu apartamento no Arpoador: “Hoje o Rio é o mundo. É a cidade mais global que o Brasil tem”

mundo”“Nunca tive medo do

44 IstoÉGente 11/7/2011 – 617 4500 IstoÉGente 00/0/2011 – 000

Entrevista

Em seu novo apartamento no Rio, o empresário que está na lista dos 100 líderes mais criativos do planeta fala de sua eletrizante agenda internacional, da vida em família e de seus próximos passos nos negócios

O baianO nizan Guanaes está descobrindo sua alma carioca. Outro dia ele escreveu “Minha alma canta” como título da crônica de sua coluna quinzenal no jornal Folha de S.Paulo para descrever sua sensação de ter um lar em ipanema, ainda que como casa de praia, em pleno momento áureo do Rio de Janeiro. “Vamos passar todos os finais de semana no Rio”, afirmava ele há um mês, quase eufórico, na noite em que recebia com sua mulher, a consultora de moda Donata Meirelles, os primeiros amigos num petit comité para inaugurar o apartamento no arpoador. a noite era fria, mas nizan e Donata – linda de vestido curto e sandália ras-teirinha – estavam tão radiantes que não escaparam da goza-ção do amigo Luciano Huck: “esse verão de 11 graus tá uma beleza”, disse ele, provocando risos no grupo, enquanto os demais amigos, como Vik Muniz e Paula Lavigne, caminha-vam encolhidos rumo ao restaurante Fasano al Mare. a visão de que o Rio é a porta do brasil para o mundo o ani-mou não só em passar mais tempo na Cidade Maravilhosa. Com faro para novos negócios, o publicitário e presidente do grupo abC, já entrou em ação com a abertura da agên-cia africa Rio, voltada para o entretenimento. Para nizan, agora o Rio é o mundo. e no mundo, esse cidadão global se sente em casa faz tempo. Desde os 8 anos, quando morou em Londres com o pai, que era médico, diz ter perdido o medo do mundo ao vencer um concurso de poesia na esco-la de lá. Quando pergunto, no fim desta entrevista, como era o poema, ele desconversa esbravejando: “ah, tenha santa paciência, não vou falar da vaquinha no céu”. Ri e insisti: “Mas não foi com esse poema que você perdeu o medo do mundo?” e ele acabou contando ao menos o títu-lo: “O nome da minha poesia era Crianças de Biafra, por-que biafra era o lugar da fome... Pronto”.

(leia a íntegra da entrevista em istoegente.com.br).

Gisele Vitoria

FOtOs Masao Goto Filho/Ag. IstoÉ

Nizan em seu apartamento no Arpoador: “Hoje o Rio é o mundo. É a cidade mais global que o Brasil tem”

mundo”“Nunca tive medo do

fotos Masao Goto Filho/ Ag. IstoÉ

50 IstoÉGente 11/7/2011 – 617

Braços aBertossobre o ArpoadorNizan Guanaes e Donata Meirelles encontraram no Rio de Janeiro um apartamento com amplos ambientes que aproveitam a luz natural. O arquiteto David Bastos se encarregou de ocupar o espaço com antiguidades do século 18, obras de arte e móveis de design

ESTILO CASApor Silviane Neno

Nizan lê jornal em sua ampla sala, predominantemente branca, decorada com fotos de Pierre Verger e um desenho de carvão sobre papel de Carybé

fotos Masao Goto Filho/ Ag. IstoÉ

50 IstoÉGente 11/7/2011 – 617

Braços aBertossobre o ArpoadorNizan Guanaes e Donata Meirelles encontraram no Rio de Janeiro um apartamento com amplos ambientes que aproveitam a luz natural. O arquiteto David Bastos se encarregou de ocupar o espaço com antiguidades do século 18, obras de arte e móveis de design

ESTILO CASApor Silviane Neno

Nizan lê jornal em sua ampla sala, predominantemente branca, decorada com fotos de Pierre Verger e um desenho de carvão sobre papel de Carybé

Diversão & ArteAVALIA

★★★★★ INDISPENSÁVEL

★★★★ MUITO BOM

★★★ BOM

★★ REGULAR

• FRACO

teatro

Na pág. ao lado, em cena com

Maria Manoella

TEKLA É UMA MULHER à frente do seu tempo. No final do século 19, sepa-ra-se para ficar com outro, escreve um livro, tem uma postura libertária. Pois essa personagem fascinante é incapaz de perceber como magoou o primeiro marido e como suas atitudes deixam inseguro o atual compa-nheiro. Em Cruel, texto de August Strindberg, em cartaz em São Paulo, com direção de Elias Andreato, ela é interpretada por Maria Manoella. O primei-ro marido, Gustavo, é vivido por Reynaldo Gianecchini. Ele tenta recon-quistá-la e manipula o segundo, Adolfo (Erik Marmo), para que ele a humi-lhe. Gianecchini vê atualidade na relação doentia dos três, diz que todos já ferimos alguém por sermos inconsequentes em nossa busca pela liberda-de, conta que ri nos momentos mais difíceis de sua vida e que só pretende voltar para a tevê no ano que vem, em Guerra dos Sexos.

Você diz que a peça é atual por causa dos crimes passionais. Mas acha que as pessoas vivem esse tipo de ligação visceral nos relacionamentos?Ela é atual porque trata das eternas questões das mazelas do casamento, de traição, ciúme, de como a convivência é difícil, como existe cobrança. É atemporal. São essas coisas humanas que a gente não entende direito.

Como é, para você, ao terminar o espetáculo? Fico curioso para ouvir as pessoas. A peça termina muito tragicamente, mas eu termino feliz. Há dias em que faço muito mau. Vem um bicho em mim, vou com tudo. E quanto pior fico, mais me sinto leve, porque é uma brincadeira tão grande. Termino a peça tomado pela emoção, mas não é pesado. Quando vou tomar meu banho no camarim, já passou tudo.

O público ri em momentos trágicos. Como entende essa reação?Boa parte do riso é sinal de que perceberam as ironias do texto. Mas, nos momentos dramáticos, acho que riem porque pensam: “Gente, essa mulher é doida”. As pessoas veem como o ser humano é maluco, ficam ner-vosas. Acho que mesmo no drama existe a comédia e vice-versa. Eu mesmo, quando estou em uma situação difícil, quando está tudo caindo pelo chão, paro e me pergunto: “Que drama é esse que estou fazendo?”. Rio da minha cara. E o contrário também acontece, porque rimos de nervoso.

Quais são seus próximos projetos? Pedi um tempo da tevê. Quero voltar só no ano que vem. Vou fazer Guerra dos Sexos, o personagem (Filipe) que o Tarcísio Meira fez. Este ano, devo ficar com a peça e possivelmente faça outro projeto no teatro. Aina PintoTeatro FAAP – r. Alagoas, 903, São Paulo, tel.: (11) 3662-7233. Até 4/10 (14 anos)

A maldade de

é capazque o amor

‘‘A gente fere as pessoas por

inconsequência nossa. Talvez,

por não ter a sensibilidade de

saber o que a gente provoca

no outro”

O ator fala sobre Cruel,

em que interpreta o

manipulador Gustavo em

um triângulo amoroso com personagens que se ferem para revidar

traições e abandonos

Reynaldo Gianecchini

Por que decidiu fazer uma peça tão difícil?O espetáculo é difícil de fazer, mas não é difícil de compreender. É um texto atual. Se pegarmos o jornal, vemos coisas como na peça, com pessoas que se matam, que matam outras por ciúme. Os personagens têm um mundo interior muito atormentado. Como sabia da complexidade do texto, pensei que seria uma boa experiência. E era uma coisa para fazer entre amigos. Erik e eu já nos conhecíamos, e também a Célia (Forte) e a Selma (Morente), produtoras. Então, veio o Elias e todos escolhemos a Manu. É uma turma deliciosa de se conviver.

Fala-se que seu personagem é um vilão. O amor faz de alguém um vilão?Todo mundo tem um lado bom e um lado mau. O que a gente faz é se controlar. O Gustavo é cruel, mas há uma justificativa. Ele é mau porque tem uma ferida enorme e não consegue superar. Ele acredita que isso só vai acontecer se destruir as pessoas que o destruí-ram. E todos são vilões. A mulher também é. Ela é tão livre que foi inconsequente.

Acha que alguém que vive a sua liberdade individual pode ferir outro? A gente fere as pessoas por inconsequência nossa. Talvez, por não ter a sensibilidade de saber o que a gente provoca no outro. Essa mulher é assim. Ela quis ser autêntica e foi irresponsável. Então, ela é cruel. E o personagem do Erik também. Depois que Gustavo faz a cabeça dele, ele toca na ferida, a chama de velha, quer vomitar aqueles sentimentos ruins em cima dela. Isso é o ser humano. O Erik e eu temos uma energia mais doce, não há essa coisa de violência. O Elias nos falou que tínhamos de descobrir a violência dentro da gente. Eu ri, porque temos tudo isso. As pessoas falam: “Ah, ele tem cara de bonzinho, será que vai fazer um vilão direito?” Nunca se engane: todos temos um lado mau. Também temos nossas feridas, nossa dor, nossa raiva. É só fuçar que achamos.

Diversão & ArteAVALIA

★★★★★ INDISPENSÁVEL

★★★★ MUITO BOM

★★★ BOM

★★ REGULAR

• FRACO

teatro

Na pág. ao lado, em cena com

Maria Manoella

TEKLA É UMA MULHER à frente do seu tempo. No final do século 19, sepa-ra-se para ficar com outro, escreve um livro, tem uma postura libertária. Pois essa personagem fascinante é incapaz de perceber como magoou o primeiro marido e como suas atitudes deixam inseguro o atual compa-nheiro. Em Cruel, texto de August Strindberg, em cartaz em São Paulo, com direção de Elias Andreato, ela é interpretada por Maria Manoella. O primei-ro marido, Gustavo, é vivido por Reynaldo Gianecchini. Ele tenta recon-quistá-la e manipula o segundo, Adolfo (Erik Marmo), para que ele a humi-lhe. Gianecchini vê atualidade na relação doentia dos três, diz que todos já ferimos alguém por sermos inconsequentes em nossa busca pela liberda-de, conta que ri nos momentos mais difíceis de sua vida e que só pretende voltar para a tevê no ano que vem, em Guerra dos Sexos.

Você diz que a peça é atual por causa dos crimes passionais. Mas acha que as pessoas vivem esse tipo de ligação visceral nos relacionamentos?Ela é atual porque trata das eternas questões das mazelas do casamento, de traição, ciúme, de como a convivência é difícil, como existe cobrança. É atemporal. São essas coisas humanas que a gente não entende direito.

Como é, para você, ao terminar o espetáculo? Fico curioso para ouvir as pessoas. A peça termina muito tragicamente, mas eu termino feliz. Há dias em que faço muito mau. Vem um bicho em mim, vou com tudo. E quanto pior fico, mais me sinto leve, porque é uma brincadeira tão grande. Termino a peça tomado pela emoção, mas não é pesado. Quando vou tomar meu banho no camarim, já passou tudo.

O público ri em momentos trágicos. Como entende essa reação?Boa parte do riso é sinal de que perceberam as ironias do texto. Mas, nos momentos dramáticos, acho que riem porque pensam: “Gente, essa mulher é doida”. As pessoas veem como o ser humano é maluco, ficam ner-vosas. Acho que mesmo no drama existe a comédia e vice-versa. Eu mesmo, quando estou em uma situação difícil, quando está tudo caindo pelo chão, paro e me pergunto: “Que drama é esse que estou fazendo?”. Rio da minha cara. E o contrário também acontece, porque rimos de nervoso.

Quais são seus próximos projetos? Pedi um tempo da tevê. Quero voltar só no ano que vem. Vou fazer Guerra dos Sexos, o personagem (Filipe) que o Tarcísio Meira fez. Este ano, devo ficar com a peça e possivelmente faça outro projeto no teatro. Aina PintoTeatro FAAP – r. Alagoas, 903, São Paulo, tel.: (11) 3662-7233. Até 4/10 (14 anos)

A maldade de

é capazque o amor

‘‘A gente fere as pessoas por

inconsequência nossa. Talvez,

por não ter a sensibilidade de

saber o que a gente provoca

no outro”

O ator fala sobre Cruel,

em que interpreta o

manipulador Gustavo em

um triângulo amoroso com personagens que se ferem para revidar

traições e abandonos

Reynaldo Gianecchini

Por que decidiu fazer uma peça tão difícil?O espetáculo é difícil de fazer, mas não é difícil de compreender. É um texto atual. Se pegarmos o jornal, vemos coisas como na peça, com pessoas que se matam, que matam outras por ciúme. Os personagens têm um mundo interior muito atormentado. Como sabia da complexidade do texto, pensei que seria uma boa experiência. E era uma coisa para fazer entre amigos. Erik e eu já nos conhecíamos, e também a Célia (Forte) e a Selma (Morente), produtoras. Então, veio o Elias e todos escolhemos a Manu. É uma turma deliciosa de se conviver.

Fala-se que seu personagem é um vilão. O amor faz de alguém um vilão?Todo mundo tem um lado bom e um lado mau. O que a gente faz é se controlar. O Gustavo é cruel, mas há uma justificativa. Ele é mau porque tem uma ferida enorme e não consegue superar. Ele acredita que isso só vai acontecer se destruir as pessoas que o destruí-ram. E todos são vilões. A mulher também é. Ela é tão livre que foi inconsequente.

Acha que alguém que vive a sua liberdade individual pode ferir outro? A gente fere as pessoas por inconsequência nossa. Talvez, por não ter a sensibilidade de saber o que a gente provoca no outro. Essa mulher é assim. Ela quis ser autêntica e foi irresponsável. Então, ela é cruel. E o personagem do Erik também. Depois que Gustavo faz a cabeça dele, ele toca na ferida, a chama de velha, quer vomitar aqueles sentimentos ruins em cima dela. Isso é o ser humano. O Erik e eu temos uma energia mais doce, não há essa coisa de violência. O Elias nos falou que tínhamos de descobrir a violência dentro da gente. Eu ri, porque temos tudo isso. As pessoas falam: “Ah, ele tem cara de bonzinho, será que vai fazer um vilão direito?” Nunca se engane: todos temos um lado mau. Também temos nossas feridas, nossa dor, nossa raiva. É só fuçar que achamos.

20 IstoÉGente 11/7/2011 – 617 21

Evento

A AgendA sempre corridA – dividi-da entre os cuidados com o filho Benjamin, as gravações de campanhas publicitárias e as cansativas sessões de fotos – não foi capaz de mexer com o humor de gisele Bündchen, em sua passagem pelo Brasil desde a sexta-feira 24 de junho. na quinta-feira 30, ela exibia seu melhor sorriso no palco do golden Hall, uma casa de eventos na zona sul de são paulo, na festa de 15 anos da empresa de tevê por assinatura sky. o frio que fez naquela noite, algo em torno dos 10º, também não tirou a pose da top, belíssima em um modelito decotado de emilio pucci, com saltos Zeferino pretos. o que a super-modelo não esperava era a presença – de espírito – de outra loira no palco: Hebe camargo, a mestre de cerimônia. em dois momentos inusitados, Hebe fez gisele corar, perder o fôlego e rebolar para manter o sor-riso. Tudo divertido, sem estresse.

Apresentadora é mestre de cerimônias de festa em São Paulo e faz ninguém menos do que Gisele Bündchen perder o rebolado no palco

a Hebe!Ninguém segura

Hebe Camargo e Gisele Bündchen:

bom humor e jogo de cintura

Bruna Narcizo

foTos Rodrigo Trevisan / Ag.IstoÉ

A top deu rasante em São Paulo para cumprir extensa agenda profissional. Ela ficou 27 minutos apenas na festa da Sky e logo partiu de volta para o hotel

20 IstoÉGente 11/7/2011 – 617 21

Evento

A AgendA sempre corridA – dividi-da entre os cuidados com o filho Benjamin, as gravações de campanhas publicitárias e as cansativas sessões de fotos – não foi capaz de mexer com o humor de gisele Bündchen, em sua passagem pelo Brasil desde a sexta-feira 24 de junho. na quinta-feira 30, ela exibia seu melhor sorriso no palco do golden Hall, uma casa de eventos na zona sul de são paulo, na festa de 15 anos da empresa de tevê por assinatura sky. o frio que fez naquela noite, algo em torno dos 10º, também não tirou a pose da top, belíssima em um modelito decotado de emilio pucci, com saltos Zeferino pretos. o que a super-modelo não esperava era a presença – de espírito – de outra loira no palco: Hebe camargo, a mestre de cerimônia. em dois momentos inusitados, Hebe fez gisele corar, perder o fôlego e rebolar para manter o sor-riso. Tudo divertido, sem estresse.

Apresentadora é mestre de cerimônias de festa em São Paulo e faz ninguém menos do que Gisele Bündchen perder o rebolado no palco

a Hebe!Ninguém segura

Hebe Camargo e Gisele Bündchen:

bom humor e jogo de cintura

Bruna Narcizo

foTos Rodrigo Trevisan / Ag.IstoÉ

A top deu rasante em São Paulo para cumprir extensa agenda profissional. Ela ficou 27 minutos apenas na festa da Sky e logo partiu de volta para o hotel

ALBERT II & CHARLENE WITTSTOCK

Mônaco festeja sua nova princesaO casamento real da plebeia sul-africana com o filho de Grace Kelly agitou o principado em três dias de festa. Andrea Bocelli cantou na igreja e Nicolas Sarkozy, Karl Lagerfeld e Naomi Campbell estavam entre os 4.300 convidados.A convite de Gente, especialistas comentam os looks

NIZAN GUANAES E DONATA MEIRELLESO NOVO LAR DO CASAL

NO RIO E UMA ENTREVISTA COM O EMPRESÁRIO

O CASAMENTO DE KATE MOSS

EM LONDRES

R$ 9,90

11/JUL/2011ANO 12N° 617

A TOP TALYTHA PUGLIESI ABRE O INVERNO EM CAMPOS DO JORDÃO

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istoÉ gente (11/07/11)

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