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REPUBLICA PORTUCUESA Carta Orginica Irnpe'rio Colonial Portuguis Nova publicacio nos termos da portaria n.O 11:380, de l l de Junho de 1946

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R E P U B L I C A PORTUCUESA

Carta Orginica

Irnpe'rio Colonial Portuguis

Nova publicacio nos termos da portaria n.O 11:380, de l l de Junho de 1946

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Nova publicagao, nos termos da portaria n." 11:380, desta data, da Carta Orglnica do Impbrio Colonial Portuguds

Divisgo administrativa do Imperio Colonial

Artigo 1." 0 Imp6rio Colonial PortuguSs divide-se, i a r a efeitos administrativos, nas oito col6nias seouintes, que fseem pnrte integrante do territhrio da I?a;~o :

1) CAUO VERDB, que compreende todas a s i lhas que forluam o arquipelago do mesmo nume;

2) GUIN$, que abrange as regices indicadas n a Con- -$-engFo luso-francesa ,de 12 de Naio de 1886 e fisadas, por troca de notas diplomciticas, em 29 de OutuLro e 4 de Novembro <de 1904 e 6 e 12 de Ju lho de 1906 ;

3) S. TOMB E PR~NCIPE, que Q forlnada pelas i lhas de S. Tom6 e do Principe, pelos ilh6us adjacentes, in- cluindo as Pedras Tinhosas, e pelo forte de S. JoBo Baptista d e A j u d j :

4) ANGOLA, ~ U C ahrange todos os territ6rios quc actualmente llie estzo atrihuidos, situndos na Africa Austral Ocidental ; 5) M o ~ ~ a r n r s ~ s , clue 6 c o ~ i s t i ~ u i d a par todos os tt!l.ri-

trjrios portugu+sc\l: ~ i t nndo - : n l Africa Oriental.

6) ESTADO DA INDIA, quc cornprcencle os tcrrit6rios d e Goa con1 :IS i l h i b h d~ Allw[lir:\, S . J01'ge C. NOTC.E~?JC)S, na costa de Malabar ; ~ a & o corn os territ6rios de Da- ilni+:i c Nagal. Avpli, I I : ) rest:> (10 (;olfo ilct Cnlr1l)nin;

e Dio corn 0s territ6rios continex~ta,is cle Gogolfi e Sim- bor, nn costa d o G u z c i n t c ;

7) MACAU, que 6 constituida por Maeau e suas de- penil6ncins, conforine o clue fol o direito de Poltugni e o trat,ado corn a Chins de 1 de Dczembro de 1587.

8) TIYOR, que abrango a parte oriental (la i lha d e Timor, o territ6rio de Ocusse-Ambeno, a i lha de Atauro e o ilh6u rie Jako, tendo por limites terrestres os de- signados n a Canvengfo luso-holandesa de 1 de Outubro de 1904 e na sentenqa arbitral de 26 de Junho de 1914.

S Gnico. 0 Estado u5o alienn, por nenhum modo, qual- quer parte dos territ6rios c direitos coloniais de Por- tugal, sem prejuixo da rectificapzo de fronteiras, quando :1p~ova~il:1, ptfla Asscn~blcia Sncional.

Srt. 2." TerZo govemos gerais as col6nias divididas em provincias e podergo tb-10s por disposiqgo especial de lei as divididas em distritos.

$ 1." 0 s go\-ernnrlores d c colbnius d c goveincr geral teriio a categoria de governadores gerais e os restantes a de governadorcs de col6nia.

$ 2." SSo, no picsentc, coloui:~s de go\-ern0 ger;il 6.

Estado da fndia, Angola e Mogambique.

CAPITULO I1

Dos orgaos centrais de govern0 do Imperio Colonial

Art. 3." A administrap50 colonial portuguesa 6 eser- cida pelos 6rgEos seguintes, corn as funpi3es definidas na lei constitutional e no presentc diploma:

a) A Assembleia, Nacional; b ) 0 Governo C,entral; c) 0 s governos coloniais. $ Gnico. SBo 6rgSos eonsultivos da administrapiio

coloniaI portuguesa : a) N a metr6pole : 1." 0 Conselho do Imperio Colonial ; 2." A conferGncia dos governadores coloniais ; 3." As conferbncias econ6micas do Impkrio Colonial

Portuguds ; 4." 0 s conselhos t6cnicos quc funcionarem no Minis-

t6rio das Col6nias.

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b ) Nas col6nias : 1 ." 0 Conselho de Govemo ; 2." A secpzo pernlai~c'iltc do C'ol~selhu de Goverllo; 3." 0 s conselhos tecnicos que a lei indicar.

Da aompetdncia da Assembleia Nacional

Art. 4." SQo da exclusi-\ra coillipetbncis da dsscli~bleia Nacional, em rela950 B administraqBo do Imphrio Co- lonial Por tugub :

1." 0 s diplomas a que se refere o artigo 27." do Acto Colonlttl, salvo 110s casos ~lle~lcionados no seu § unico;

2.0 As atribuiCGes referidas nos a r t i p s 7." e 8." do Acto Colonial ;

3 . O A AefiniqBo dos limites dos territ6rios da Na$io. § Gnico. A elabora@o das propostas a que so refere

o artigo 2 7 . O do Bcto Colonial 6 da compet6ncia do Ministro das Col6nias ; quando tenharu de ser subme- {idas :\ Asseuiblcia Na~ional , seize apiesentadss no3 tcr- 1110s 'do nrtigo 113." da Constitui~Ho.

Art. 5 . O Em caso cle urg8nmcia extremn, o Governo, Loin voto afirlustivo &o Conselho do 11np8rio .Colonial, em scss5o presidida ~ e l o Ministro das Col6nias, podcrB legislsr sobrc as mlzt.6rias a yue se referem o n." 1 . O e as :dineas a) t! b) do n . O 2 . O do artigo 27." do Acto Colo- nial, fova do pe~ioilo ,das sessace da Assembleia Nacio- nal.

3 1." Quando o ISlinistro ,das Col6nias usar da corn- ~ctt8ncia que lhe 6 stribuida pel0 § iinico do artigo 27." do Acto Colonial, far& convocar para esse efeito ex- pressamente o Cmselho ado Impkrio Colonial por meio de oniincio publicado no Dicirio do Govemo pelo menos corn tr6s dias de antecedhcia. Aos membros do Con- selho serfio distribuidas, com igual antecedhncia, as propostas sobre que sPo chamadou a delibersr.

$, 2." 9s sessaes do Conselho do ImpBrio Colonial, para o efeito neste artigo refmido, serEo presiditdas pel0 Ministro das Col6nias e secretsrisdas por um funcioni- ~bio ,do 3linist6rio nomendo para esse fim. Salvo cnso de interesse nncional, scrZ,n pdblicns c delas se lavrari acta em livro especial.

§ 3." As propostas serge primeiro discutidas na gene- r,zlildsd,e ; ohtitdo voto faror8vd, $ergo discutidas n;r eu-

pecialidade. 0 Ninistro das Co16nias pode recusar as emendas ou alteraqzes apresentadas no decorrer da discusstio que entenda contririas ao espirito da sua proposta.

5 4." 0 voto afirmativo d a maioria dos membros pre- seites representa o voto do Conselho.

§ 5." Obtido o voto afirmativo do Conselho da Im- p&io Colonial, poded o Ninistro fazer publicar a pro- posta aprovada, Usar-se-it da f6rmula seguinte: aUsando da faculdade conferi'da pel0 § linico do artigo 27." do Acto Colonial, o Governo decrsta .e 'eu promulgo .o se- guinte: n.

Da oompet6naia do Gonerno Central

Art. 6." 0 Governo Central exerce as suss atribui- q6es relativamente 24 administray50 do ImpQrio Colo- nial Portugu8s por intermQdio do Conselho de Minis- tros, do President.e do Conselho e do Ministro dad ColBnias, na forma do Acto Colonial e da presentc Cartrt Or@nica.

Art. 7." 30 Conselho de Ministros pertenco: 1." A nomeayZo, reconduqHo e a exoneraqZo antes do

terminado o periodo normal do seu mandato, sob pro- posta do Ministro das Col6nias, dos governadores ge- rais e (10s governadores de col6nia;

2.' 0 exerci~io das at~ibui@es referidas llas uli- nens b) e c) do § h i c o do a.rtigo 9." e no n." 1." do ar- tigo 10." do Acto Colonial, bem colno outras que, por disposiqGo constitucional, lhe pertencam.

,4rt. 8 . O Ao Presi'dente do Conselho competem as atribuiqijes gemis c s p r e s ~ a ~ 110 nrtigo 108." da Consti- tuigao e a np~esentnpGo i Ass.enibleia Nneional das p ~ o - postns (11) Ministro i1;ts Co16nias claborarlns sobre as mabirias do artigo 37." d o Acto Colonial.

Art. 9." Ao Ministro das Colhnias, colno principal orientador e d i r ig~n te da politica colonial, competem as funy6es de carict.er legislative e de cariicter exe- cutivo quo na ColisCiiuiqiYo, no Acto Colonial o na pre- sente C,arta Orgiinica Ihe I o atribuidas.

Art. 10." Salvlagurtriladas as mat4rias que constituem :I f.olllp~~li.llcin. csr,lnsivn (1:) Assrinb1ci:t Nacional, :c compet8ncia legislativa ,do Minist1.o da.s Caldnias exer- (.r>-9.1b, for:, (10s can;os ul*g&nc.i:~ e (10s n ~ u i a indicrtdo.;

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na lei, depois do voto consultive do Conselho do Ilu- perio Colonial ou ,da conferhncin dm governad~oreu coloniais, em relaq5o a todas as mstgrias qwe repre- sentcnl intere.sses superiores da politica colonial por- tuguesn ou sejam oomuns a mais de umn ool6nin, editando decretos ou portarias e rcvogando os diplo- nlas e m vigor.

$ 1." Consideram-se matkrias da compet8ncia l,egis- lativa cpr6pria do t&Iinistro rlas Col6nias:

1." O regime administrative geral das col6nias, com- pl.eendcnd0 as lllntdrias re ln t i~ns a governos subalt,crnos, scrl i p s g~r:lis, corpos e C O I . I ) O I ~ ~ U " U S adlninistra tivas ;

3." 0 Xsiatuto (10s Funcionnrios Civis Coloniais, el11 geral, e, cnl especial, a disciplinn, o regime das noniea- @us, promo@es, esonernpGes e aposentaptjes, a organi- aayiio pos classes c situapGes, licengas, passnqens, direi- 10s ,e d c r e r ~ s increiltes h qunlidade c1.e funcionBrio p6- blico ;

3." 0 s ~encimcntos de todos os funcionSlrios civis cr nlilitares coloniais, a cria.950 dc lugares remunerados (l o alarganlenio de qunilt-os de quc rosulte aumento de cl vspesa ;

4." A ;~,clliii~lisiraqJo f i l l i l~~eir i l ultral~lariua, gerid c local, cornpreenidendo todos os ssauntos relatives i or- ganixaqso dos scrviros, orqamento e contabilidade ;

5.0 O es ta tu io ~)olitico: civil c ci~iininal dos indigenus t? (1 11 trnbalho indigenn ;

6." 0 regime das missties religiows e ,do's estabeleci- liientos d.e formag20 do pessoal para o seu serviqo e do Y ndroado Portugu&s, ,s,em prejuizo da compet6ncia re- conheci,da hs autoridades da Igrreja Cat6lica no Acordo Hi,ssio.n&rio ;

7," A organizag5,o militar colonial; 8." 0 r e g h e <de l i b~ r~dade dc imprensa, obedccendo

nos principios do § 2." do artigo 8." da ConstituigZo; 9." 0 Ostatuto Jedicijrio das Col6nias e a divisso

judicial de cada col6nia ; 10." 0 regime monetk~io e fid~tcihrio de qualquer

col6nia ; 11." A ap~o\-a@o de enlpr4stinlos que na'o exijam

caug2o ou garantias especiai3 e cujo total seja supe- rior a dois duod6cimos da receita anual d a col6nia ou tenham de ser amortizados em period0 que exceda o esercicio em que for- contraiclos.

5 2.0 Da consulta ao Conselho do Imphrio Colonial ou k confer2ncia dos governadores coloniais exceptuam- -se os casos de urgsncia e aqueles em que o Cwnselho demore pol. nliris tle trintn tlias o pnrecer sobre con- sult,a que, ncercn dc matdrias colnpr.eendiclas no Dye- sente artigo, Ihe haja sido feita pelo Ministro.

$ 3." 0 Uinistro das Coldnias poden& nutorizar os go- vernos coloniais, por meio de portaria em qu'e condi- cioue as autorizapi5es nos termos que julgar convenien- tes, a publicar ,diplomas legislativos sobre as mat6rias do rt." 3." do 5 1."

P 4." Quando o lfinistro das ColBnias se eneonhe - 11ui1ia col6nia, en1 exercicio de fung5es, poderti usar da sun oompetbncia l'egislativn em relaqEo a essa ~016- nia auediante portarias ministeriais. Se tiver sido es1)ressamcnte nutorieaclo polo Conselho ,de Xinistros on se ve~ificarenz circunst5ncias tais que imperiosa- lliente o ~mponham, poder& esercer a m a compet8ncin legislativa em rela~iio a outras coldnias, ficando nest0 caso as prorid6ncias tomndas eujeitas a ratificapzo do Governo.

Art. 11." No uso das funqGes erecutivaz, compete ao Ministro das Col6nias :

a ) 4 manutenqiio da soberania nacional e (lo esacto cumprimento das leis no territ6rio do Imp6rio Colo- nial Portugu6s ;

b ) orientayiio, wpejrintend&ncia e fiscaliza~iio do gc~vcrno (I ndni iu i s t r~p~o dc cada col6nia.

1.Q0 barmonia corn o que se dispze no presente artigo, pertence, em especial, ao Ministro da.s Col6nias:

1." Nonlenr, reconduzir, transferir, aposentar, exo- ncrar ou 8demitir, nos ternlos legais, os governadoreg de provincin ou distrito, tanto efectivos como inte- rinos, -ouvid~s 0s governador,es 9 merais das ~espectivas col6nias, s a l ~ o , quanto so's interln,os, os cas,os de ur- gtncia .d.evidamcnte justificada pelos g0vernadore.s; 2.0 Nomear, conhatm, xeconduzir, promover, trans-

ferir de uma para outra coldnia, aposentar e esonerar ou demitir, nos termos legai,~, os funcioniirios dos qua- dros comuns do Imperio Colonial ,e ain,da os dos qua,dros complcmentares ou privativos das .col6nias ou do Mi- nisthrio sobre os -quais, por lei , e x e r p wsas atribui- q6es ;

3 . O T1,a11sfesis os funciontirios dos qusd~os c m u n s , corn ercepq5o dos lnngistrados judicini.~, de uns psrn

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outros lugares, em d.if,erentes col6niss, conceder-lih%s Jicengas registadas e ilimitadas, exmeri-los, ,par con- ~eni&ntcia ,de serviqo ou disposiqiio legal, dos cargos que exergam em detmminada .col6nia, .e, quando for da jus- tiya, mend&-10s apresentar no mMinist8ri0, colocando-os nas situag6es a .que se referem os $ 5 3." e 4," do ar- tigo 121." da preeente Carta Organics;

4." Transfaerir e promover os funcion&rios dos quz- dros privativos de urns col6nia para quadros de ser- vigos idbnticos de outra colhnia, corn parecer favorivel dos governadores interessados;

5." Colocar nas vagas existentes nulna col6niaosfun- cionhrios adidos de outras, sempre que nisso reconhecer vantagem para o servigo;

6.O Escolher, requisitar nos Mimist6rios da Guerraou ds Marinha e nolaear os militares .(la armada e do es6r- cito que, em comissiio, devam ser mandados servir nas col6nias, transferi-10s de uma para outra col6nia, por ' conveniencia de serviqo ou outro motivo, e dar-lhes por findas as suas comiss&s, quando o entendn;

7." Revogar ou anular, por meio de portaria, os di- plomas legislativos ou portarias dos governadores das colbnias, nos termos da presente Carta Org&nica;

8.O ..bprovnr, alterar ou rejeitar as propostas d.e di- plomas que Ille sejnm prejentes pelos gomemado~t-s coloniais ;

9." Butoriear, ouvidos os governadores das col6nias interessadas .ou sobre proposta destes e oibtldo o parecer das instgncias competentes, conc.ess6es de cabos subma- rines, colnunicayGes radiotelegriifi,cas, eerreiras akr.eas, via.s f6rreas de inter,esse geral e grandes obsas pirblicas, buin C O ~ O a 'elnissZo cle obrigag6es das sociedad,es con- ct.ssionhrias, e aiuda a .concesGo dc lioenga para o estabc1ocim.ent.o d.e dep6sit.o~ dc combust.i~~~eis usa'dos pela na~-egaq8o ;

SO." Autoriznr obrns ou planus de obras pliblicas cujos .orga,mentos escedarn 3 competbn,cin do governn- dor ; 11." Supcrintendet ua e1aborsc;Go dos orgamentos

coloniais, a,provando as respectivas bases ou revendo os lnoje.ctos enviados das col6nias ;

12." hutoriznr as sherturas de cr6dito c os xcf,orgos on trarisfer6ncin.s rlc. -oerhn.s qnr? scjmn rln 8119. c30inp(>- 1 Gncia;

13." E1abora.r as inst.rnp6es precisas ,para a execuplio dos orgamentos coloniais, tomando, em portaria ou de- creto, as providgncias necessbrias para assegurar o seu equilibrio ;

14." Autoriznr os governos colondais a. negociar entre si acordos ou convengi5es e aprov&los depois de conclui- dos ;

15." Declarar o estsdo de sitio en1 rum ou mais pontos do territ6rio colonial, sempre que a salvaguarda da so- bcrania nacional o exija, e levantb-lo;

16." Interpretnr os $diplomas poi- ele publicados para as col6nins, nos tcruioi [la Constitui~5o c hcto ColoniaI. mediante diploma de igunl valor;

17."Ortlenar inspecpGes, sindiciiucias ,e inqu&ritos, para fins disciplinares ou outros, a todos os servigos pli- blicos das col6nias, e bem assin1 aos funcionirios que sirvain ou tenkam servido nas colhnias, embora se en- contrem na metr6pole em qualquer das situa~6es auto- rizadas por lei;

IS." Es,ercer as deuzais funp6es .que por lei lh,u coin-

' ~11'UIll. p ~ t ' 1 9." O 31inistl.o das Co16uias poderli su1upl.c ~ ~ I c ~ L I .

uo,s go~~enlscloree gernims OIZ de colonis o resercicio t o t ~ l ou ~>arcial, permsnente ,ou tenlporirio, dos pod,eres re- fcridos nos n.O"O.O, 12.O e 1.5." do $ 1." dest.e artigo.

Art. 12." 0 Ministro dss CoMnias pode anular, por ilegais ou coutririos a ordens ou instrugties superiores, os diplomas legislativos ou portarias dos governadores coloniais.

$ I." 0 s diplomas anulados sSo tidos como inesisten- tes desde a 6 U s publicapi%o, ago podendo ser invocados nos tribunais ou repartiqijes piiblicas.

1 2." A declaragzo de nulida.de sersi feita em portaria do Jfinistro, publicadii n o Dih-io d o Go,1ie~1~o e obriga- thriamente transcrita no* BoEatim Oficial da col6nia.

Art. 13." 0 Ministro pode revogar, no todo ou em parte, os diplomas legislativos ou portarias dos gover- nailores coloniais, quando os julgar inconvenientes para us ilitercssrs nacionsis.

$ 1." A revogaqiio ser6 feita ern portaria publicada 110 Di&rio ,to ( ~ W C P I . , ~ ~ , :L qu:~l C J ~ ~ , Y : L Y $ CIIU vixor cbi~l(*o 11i:ls (l(111ois. p i ~ r : ~ (*sit> fi111, W Y A ~ I I I ( ~ ( ~ ~ ~ ~ ~ : ~ I L I [ ~ I I . ~ ( * ( - O I I I I I -

~ ~ i c - n ~ l : ~ no gorrernndor (la respectiva colGnia, pr.1.~ viil

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mais rbpida, e a seguir obrigatbriamente tra.nscrita no Boletim. Oficial da mesma col6nia.

§ 2." Antes de revogar qualquer portaria ou diploma, o Ministro das Col6nias poderj ouvir o governador da col6nia que os tiver assinado, clando-lhe a conhecer os motivos da sua divergbncia, a fim de que o mesmo go- vernador possa prestar os esclarecimentos que julgar convenientes,

Art. 14." 0 Ministro das Col6nias publicarj bienal- mente, com base nos relat6rios dos governadores, o re- lat6rio geral da administrapZo colonial portugucsa.

Dos 6rgHos oonsultivos do Goyorno Central

Art. 15." 0 Conselho do ImpBrio Colonial 15 o luais alto 6rg5~1 perinaiic~ltc de ,consnltn do Gorerno en1 m:i- t b i a cle politica e administrap50 coloniais. Funcionn no Ministkrio das Col6nias, sob a presidsncia do Mi- nistro, o qua1 nomearri urn vice-presiciente para nor- malmente esercer m seu noine a prcsid&ncia.

$ riilico. SSo atribuigijes do Coi~scllio rlo Impdrio Co- lonial:

1." Bmitir purecer ncorca .cle tvtlus as niitt&rins de po- l i t ic ;~ e arlii~iilistray.iio colo~liaI sobre que o Xinistro rlas Col6nias o mande ouvir;

2." Dar consulta sobre a s propostas relativas hs cjucs- tijes mencionadas no § 1." do artigo 10." da present-e Carta Orggnica;

3." Yi'otnr. sobre 11s muii!rins refer i i l :~~ ~ i o 5 liilico do artigo 27." do Acto Colonial, nos termos dessa disposi- @O e desta Carta 0rg;nica;

4." Funcionar como Tribunal Superior Administra- tivo, exerccndo jur isdi~zo para a resolupiio das questaes contenciosas de administragzo colonial em todo o terri- t6rio do ImpBrio, nos terrnos lega,is;

5." Exercer as mais funpaes quo a lei lhe conferir, Art. 16." A conferhcia dos g;overnadores coloniais

refine-se em l~isboa de trgs em trbs anos, durante urn mbs, prorrogivel por mais quinze dias, para a discussGo dos nssuntos que na ocasjzo ~ilnis interesscni ao govcr1l.j e administragEo geral clas colBnias e seja vantajoso tra- tar em coinum. 0 lfinistro das ColBniasfisar6 em por-

t a 1 . i ~ o (lit1 de :~bel.tun~a (la conf.t~rc'liria c o sen j,rogi,nnla. elaborado depois de ouvir todos os governadores.

$ I." Aa rcuni6'es da c.ollferihici;r (10s go~rernnrlore~ sKo presididas pelo Ministro das Col6nias e a elas pode- rzo assistir, con1 direito de voto, al6m dos governadores das col6nias, o secretiirio geral do MinistBrio, que ser- rirh de vice-presidente, e os directores gerais. Quando o Ministro das Col6nias o determine, poderBo assistir, sen1 voto, quaisquer individuos para prestarem escla- ~*ccill~c.nlos sol)^^^ ; \ S S I I I ~ ~ O S .sun c ~ s I ) c c ~ ; \ ~ 1+o111peti'nci:~.

$ 2." :is reuili6ej da cu~lfcli.ncin (10s govcl.ii:~doi*e~ nil0 sHo piiblicas e os votos nelas emitidos t6m carticter consultive.

8 3 . O 0 s governadores coloniais, quando vierenl & me- tr6pole a fin1 de tomar parte na conferhncia clos go- vernadores, poderEo fazer-se acolnpanhar por urn aju- ilarlte de canipo, oficinl iis ordens ou secretirio, e por uni funcionhrio superior da colhnia, conliecedor dos pro- . - blenitts do progmnza.

5 4." A consulta da eonferhcia dos governadores, para os efeitos do artigo 10.0 e sens parkgrafos, substi- ~ n i n do Ooilsellio dn Impbrio 8ColoniaJ.

Art. 17." As confer6ncias econ6micas do IlnpBrio Co- lo11i:rl rcunir-sr-50 ell1 T,isbo:l rlc t1.i.s rill trC!,s nnos par:> a discuss50 clos assuntos qac mais inte~essem 21 vida eco- n6mica do ImpBrio, sob o aspect0 So eslreitanlento das relapses entre cada ulna das partes que o comp6em e do desetlvolviment,~ agricola, comercia1 e industrial de caila colbnin, e scrzo realizadas ern data anterior B da conferBncia dos governadores.

$ 1." As conferancias econ6lnicas do Imp6rio enviarh cada col6nia uma ,delegapZo nomea,da pel0 governador e composts de funcionirios e colonos ,qualificados para tratarenl dos assuntos a discutir. Cads delegap% oerii presiclida por delegado especial no~neado pelo gover- nador.

$ 2." Caila conferincia ccon61nica te r j urn programa IJI-eciso, ilo qusl as ,discussZeu n lo poderzo afastar-se, claborndo pelo hfinistro ,das Colbnias, ouvidos 0s gover- nadorcs coloniais, que, por sun vez, consultar50 os res- ~~(*~: t i \ - l j s (.lonrr.lI~os tlc ( i o ~ - r ~ . ~ ~ o .

$ 3." As conferdncias econdmicas do ImpBrio serHo rlresidi.rlas nelo Ministro das Col6nias e t e r b urn vica-

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5 4 . O As conferhncias teriio sess6es plenirias pGblicaa r sess8cs de ~oii~issGes c S U ~ C O ~ ~ I ~ S S G C ~ S .

$ 5." Cada conferbncia ccon6mica ,do ImpQrio serB especialmente convocada por portaria do Ministgrio das Colhias, que estabelecerh a fbrma d a sua consti- tui(;iio ,e as condiy5~s d o sen ful~cioiiameilic~.

CAPITULO 111

Dos governos coloniais

Do exerciolo das funq6es de goyernador

Art. 18." Cada col6nia 6 superiormente edminis- trada, sob a superintendbncia do Ministro das 0016- nias, por urn governador; as funpaes que lhe perten- ccxm c?i.rs~(>-a$ esie dirrcta~ucnte ou p o ~ * inlcrnlCdio ilo? servipos, autoridades e funcion&rios seus subo~dinados, con1 n co~lsulln (lo Conwllio dc Gn~erno ou cln sr~r$To l )~ i* i~l :h~.~?~l te deste, scwprc quc! for rle Iri.

$ unico. Declarado que seja na col6nia o estaido de sitio, o governador poderri assumir, sob a sua inteirn responsabilidade, as funqijes que sZo da compet6ncia do Conselho dc (io~-er~io c ( 1 ~ ilualquer outre 6rgH0, com dispensa das autoriza$ies ministeriais indicadas neste diploma, dando imediatamente, pela via mais rhpida, conhecimento de tugdo o que fizer ao Ministro das Col6nias.

Art. 19." A nomeagiio do governador 6 feita em Con- selho de Ministros, sob proposta do Ministro das Co16- nias; recsiri norlllnlmente em individuo corn cuiso superior, d e m6rito j8 revelado em cargos coloniais ou no estudo ldos assuntos aos mesmos reapeitantes e quc nlTo tenlln qualquel intelessc nn di~ecgzo ou gc- rPncin. de empresa.3 con1 sede 011 octirida~rlc a n col6ni:r.

Art. 20." A comissiio dos governadores durarh qua- tro anos, contados d a data da publicaqHo do ,decreto c1;1 sil:t nmnrapiio no Z?ili?*io (lo Gc?,cr'uo.

$ 1." A falta de recondug%o (10s governadores feita cm dec r~ to publicado trintn, rlias antes de terminar a comiss.Xi.o tern o significndo ltagal (la esoneraqBo dt: funpaes.

§ 2." A exonerayio dos governadores a ~ t e s de ter- niinado o pci*iodo dn roll~iisiYn, pol. n substitniyBo S V I .

conveniente RO serrigo ~pdblico, Q feittl em Conselho de Ministros, 801) proposta do Ministro das CoMnias.

5 3." A c~soiic~r:\yZo dor; gorcrlldtrrrls ;I st.11 pedid') Q vda competbncia .do Ministro das Col6nias.

Art. 21: 0 governador presta declarapgo e compro- misso de honra, nos termos estabelecidos na lei, pe- rante o Ministro das Coldnias, ou, se ao tempo da no- meapgo estiver na col6nia, perante a pessoa de quem reccbr~r (I ROT-iL1+no.

Art. 22." 0 governactor goza, em todo o territ6rio da coldnia, das honras que colnpetem aos Ministros (lo Cioverllo d : ~ llepdl~lica, tenilo 11r:le prccec1Cncia sobre todos os funcionhrios civis ou militares que sirvam, ou, por ontros motivos, estacioncm na col6nia ou por ela transitem, eucluin'do o Presidente da Repdblica, o Pre- sidente do Conselho e os Ministros.

Art. 23." 0 governador nIo pode ausentar-se da co16- nia sem prCvia licenga do Ministro das Col6nias; quando, eln srr-c-igo, bnja de sail' dn sede do govern0 DOY mais J e quarenta e oito horas, para, qualquer ponto da col6- nia, comunicllo-8, pela vla mais ritpi'da, ao Ministro das Gol6nias.

Art. 24.' Nn f n l l n (lo goi-ci'~l;~dor ou nn sun ausba- cia da. col61~i:~. o Jrlillistro (1;ls U016llins dc:s . i~~ia~ii urn

Art. 25." 0s governadores respondem pelos seus aotos civil e ci*i~iiinnli~~t?~~tc;; os r.~lc~:ir~.egadob do govurno respondem civil, criminal e disciplinarmente pelos actos que violarelil a lei ou as instrur$ies recebimdas do Ninistro ou dos governadores.

Art. 26." As acqces civeis, colncr.ciais c criminais c111 que sejn r6u o (gorernndor ou o encarregado do governo cle qualquer col6nia, enquanto .durar o seu go- ~.csno, s6 ,poderZo iastaurar-se na comarca, d,e Lisboa, s:llro q~~nl;do pnr:k n causa seja competente outro tri- l)lulnl, iln nieir6l1olc ~ou do cliversa col6nin, ou qunnilo I ~ o u v r ~ o privilhgio ,de foso.

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It; --

Art. 28." O gflccrrlador cnrinr5 ao Jlinistdrio das ('olbnins a 1.elnt6ricl anunl da sua :tdrninislragiio.

Art. 29.' 0 s governadores terzo urn ajudante de campo e urn ou dois oficiais hs orricns, consoante as autorixaqGes orpamentnis, servindo todos em comissiio militar. Dasde que nZo haja aumento de despesa, po- der i o oficial Bs ordens ser substituido por urn secre- thrio.

$ 1." 0 s governadores das col6nias de Cab0 Verde, Guin6, S. Tom6 c Principe e Timor sd poderlo ter urn ajudante de campo, que acrviri em comisaQo militar, e urn secretirio.

$ 2." A pateute dos ajudantes ,de campo ou oficiais i s ordens niio pode scr superior & de capitEo ou pri- nieiln-ieiieritc.

§ 3." 0.r oficiais ou secretitrios a que se referem os pariigrafos anteriorea STLO nomeados em portaria do go-\-ixr.rio d n rhtlItin iu r ~PI'TC'IIL P ~ I C O ~ I I ~ S S ~ 11 aiilovi~el ; se os nomeados n50 residirem na mesma colhnia, terlo direito ao abono de passagem de regresso, logo que finde a comiasEo do governador, sem prejuizo do di- lr~iicr n :1110110 d(& p:1.4;1g:'(.t11 11111~ 11111 q1t:ililtt~~~ ~ n l f l ~ ~ ~

razh lhcs assista.

Art. 30." 0 govcrnador 8, em trrdo o territ6rio da (-01611i;i, 1 1 111:1is :11 t (1 ~ * : I A ~ E > e ~ - ~ p r e s ~ ~ i l : t ~ ~ i t ? ~ I L I G { ~ v e ~ i l o da Republics, a autoridadc a todas superior, tanto na ordem civil como na or,dem militar, o administrador superior da Faxenda PGblica s o protector dos indi- g:.th.n:ls. I'ttlo c ~ ~ ~ ( : i ~ i o (Ins su35 fuiiqiies rcspondc pr- I . ; L T I ~ ~ ~ r j ,JIir~ist:-,n i1:1s ~(lrrlilnins, r n 1 ,~gnl idn t lc (105 nrt.o.;

Re~.:~l , todos os asstlntos relstivos funyio e x t l c u t i ~ : ~ r l t . b l t & r l t l P illc forcin desiFl1ado5.

Art. 31." 0 s governadores n o exercicio das suas fun- @EL' ex ecutivas expedcm portarias, quc far20 publicar no Boletim. Oficial; as disposip6ea que contiverem *ergo, ern regra, prccedidas de prePmbulo juatificativo.

3 u11ii-n. Sen1pr.c rlur f r r ~ ezigid,n (I ~ - v t r ~ cunsuI t i r !~ da scr:q;o IIPriilallcn~c r l o Cn~~selLo dtl Vrorcrno, nn pregmbulo das portarias declarar-se-i obrigatbriamente que esta foi ouvida.

Art. 32." Compete ao governador, como agente e re- prvscntnntc do Gorcrnn da Repdblica:

1." Reprusrntn~ nn eoldnitt rl 0 0 ~ ~ 1 1 1 0 d : ~ l t ~ p u l ) l ir,i.

sustentar os direitos dn sobcrania da Naqlo e promover o bem da col6nia, em harmonia corn os principios do Acto Colonial e da presente Carta Org5nica;

2.O Executar P Fazer executar as leis e regulamentns - em vigor;

3." I)ar rxecu@u csciw~pulusa r diligmtc i u ordens e inshu@it..; d o Ministro das CoI6nias c usar, para 03

fins l e ~ n i s r no interesse pdblico. ns poderea qnc por c10 l h , ~ for em d elegad os ; -

4." Ter o blinistro ,das .Colbnias cunstantomente ao corrente dos casos e assuntus que sc relacionem corn o administrap50 da colbnia, elaborando trimestrdmente, p ~ l o menus, rclai.os su~iiilus e eoufiduncinis accrca do estado das q u e s t k s que mais interessam administra- qzo.

Art. 33." Competc ao governador, coino superior su- toridade civil das col6niss:

1." Garantir a nacionais e estrangeiros, dsntro dos territdrios da coI6nia, os direitos e garantias indivi- duais dos cidatlsos, nos termos das leis cm vigor rb dns int.r~.rr;sc>q (. csigi.nr*ini dn, stk1)~r:trli:~ nnciolinl;

2." Garsntir a lil~crrlatle, plenilurle dc funpGc!s r: ;!I-

11c:pendCncia dns autoridadca jndiciais; 3." Rcprt:aentt~r a col6lii:1., directamenie ou por d u -

lcgsq50, cm l.orlr)s o-: adus c cnnlrntos r l ue intcrcs~cm t l i ~ ~ c c i : j ~ ~ ~ v t ~ i i * ; ) I ! WII ~ I I Y I ~ I 111) t b :a~li~~itii,.ir:ty~~r. I I I W tli1:1i5

pln haja ilr? iigiirar corn0 pcsson ~ n o r a I ;

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$ 3 . O -4s areas das povoa@es maritimas e as destina- das B sua natural expansgo sera0 delimitadas por meio de providbncia publicada no bole tin^ Oficial da colb- nia interessada.

Art. 224.' Nunca poderiio sair do dominio plibIico bens ou direitas do Esta,do nau col6nias quc interessem ao seu prestigio ou superiores con-renifincias nacionais.

Art. 225." -4s tarifns de erploraqZo de scrvigas pil- blicos concdidos est50 sujeitas h regulamenta~ao e fis- calizago dos govern- co1onia.i~ e do Ministxo das Co- l6nias ; sem a aprovaqlo destas autoridadcs, ouvidas as instiincias competentes, nZo podergo entrar em vigor.

Art. 226." As concessu'es para a ins ta la~lo de novas indirstrias nas colhnias stj terzo caricter definitivo de- pois de confirmadas pelo Ninistro das Col6ni.a~.

$ linico. Decreto especiaI condicionari a instalaqlo de novas in#dlistrias nas col6niau.

Art. 227.O A economia da metr6~ole e das col6nia-i tern por b e uma comunidade e solidariedade nnturais que a Iei reconhece e protege e que os gorernos derem, em todas as circunst$ncias, procurar d~senvolver.

Art. 228." As mercadorias produzidas ns metr~;poIt* ou em territhrio do Impbrio gozam, s o ser importadas em qualquer col6nia, de uma reduq8o n5o inferior a 50 por cento, calculada sobre os d i re i to~ da pauta mi- nima que ~ i g o r a r .

$ rinico. As alterap5cs k redupso de dircitos neste artigo estabelecida dependem de a p r o v a ~ l o do Miniatro dss Col6niai.

Art. 229." As mercadol.ias produzidas ero qualquer col6nia gozam de uma redupgo n5o inferior a 50 por cento ao serem importadas ria metr6poIe nu em outras colbnias. Ests redu7;;io s e r j semprc calculada sobrc o mais baiso direito aplicerel as mesmas mercadorias, quando tiverem outras proveni6ncias.

Art. 230," 0 trdfego maritimo entre ou portos dc urns coldnia ou de coldnias portuguesas Q reserrado h bandeira nacional que de mndo regulax 0s sirra.

$ 1 . O Exceptuam-se os portos coloniais que, por rir- tude de acordos ou tratsdos internacionaia, estejam em regime diferente do quc. este artigo prescreve.

2." Ao Ministro das Col6nias i! reserrada a facul- dade d e autorizar a navegap50 estrangeira a transpor- tar passageirov nas zonas de trifego reserrado nas colh- nins b bandeira nacional..

§ 3." 2 permitido semprc. u transportc de corres- ponddncin, lirros, repistas ou jornais em navioa estran- peirns.

Dos indigenas

Art. 231." 0 Estado garante a protecqao e dcfesa dos indigenas das coldnias, conforme os principios de hu- manidnde e da soberania nacional, as disposip6es legais e as convenq6es internacionais que actualmente vigo- ram ou venham s vigorsr. As autoridades coloniais im- pediriio e castigariio conforme a lei os abusos contra a pessoa e bcnv dos indigenas.

Art. 232." h todas as nutoridadcs adlninistrativav coloniais pertence assegurar auu indigcnas o cxercicio do3 seuh direitos, o rcspeitu pelnv suns pessoav e coisas, (1 goxo das isclly"ue s bbeneficio-; qur: a lei lhes concede. defendendo-os contra as extorsGeu, ~ io l inc ias ou vexa- me3 de que possam ser ~ i t i m a s e impondo o pagamento dos salirinv que lhes forem deridos.

Art. 25.3." Todav ad uutoridsdes e colunos develu pro- tecpzo aos indigenas. E seu d e ~ e r velar pela* conservapZo e desenvolvimento das populapGes, contrlbuindo, em todos os casos, para melhorar as suas condipGes de vida ; rgm obriga550 de amparar e favorecer as iniciativas que se dsstinem a civilizar o indigena e a aumentar o seu amor pela PAtria portuguesa.

Art. 234." Na divisso sdministrstira itas colbniau atender-se-6 espccialmente B densidade da populap5o indigena, sua riqucza, movimento comerc.in1 e desen- volvimento agricola.

Art. 2.35." Em todas as colrjnias se far6 a organizapEo das populaqties indigenas para fins de aasistgncia, de ndministraqZo pliblica e de defcsa militar, aprovei- tando-se tan to quanto possivel os servipos das suas auto- ridadcs tradicionais, ria forma e termov da lei.

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5." Distribnir, nos ternlos legais, os fui1cionti~io.j I)~blic:os pelns comi5sGes on ser-ilpos, segundo as r,es- prctirns ~~onlcxayo"es, e f~annsferi-10s delltrn (1% col6nia 110s l~icsnios tcrinos;

6." I~XI'I'CCI. sohrc: fo(10'; O R fu1lriollii.l.ios l)ill)li[:os ncp5n rlisciplinar, 110s tei.nios legnis ;

7." C5ouceder nos fnncionkrios en1 se~rvigo na col6nin licenpa rlisciplinar annal, grnciosn pcri6dica ou da junta ile saIide, nos terinos tlas leis e regulamcntos;

S." Conceder lioencas ~cgistailas e ilimitnclas aos funciontirios c , i~ i s da col6nis quo Ihe compete nomear;

9." Autoriznr, nlediante parccer da junta cle saitde competente, a irla h metrirpole dos funcion6rios por mo- t.ivo ,de doenpa, nos terlnos legais;

JO." 01*d~ci1:1r inspecp6es, s indic~ncias on inqu6rit.o~ sns serripos pilblicos cia colbnia, compreendendo os ser- r i p s aut6nomos e corpos ou corporapiies administrati- vas, e a todos os fuucion6rios da colbnia, con1 esceppzo dos magistrndos j l~cl ic i~is e do Ministhrio Yliblico e (10s ofi(:inis d e justign quc? nil0 1,he oompetir nornear;

11.0 So1ic:itnr siildiclincias ou inqu6ritos aos magis- trados (10 Ninist6rio P6blico e aos oficiais dc j n s t l ~ a (IUC 1150 llle cornpetis n0~11(~:1~, se111prc qur o entencln coavcnicnte ; 13." Escsccr ntribuiq"os de policia ge.rnl por si u

pelas autoridades suas subordinadas; 13." Es.ercer por si ,e pe1:ls antoridndcs snas suboi.-

dinadas acq;To i111cla1. sob1.t: o s c:oipr~s e corljorayiies administrativas, nos termos da lei;

14.O Tisitar f~.etleentcmcntc os diferentes ponto.s d : ~ col6nia, reeebcndo as reclarnap6es e petigijcs que Ihc i'oi.~111 : ~ ~ ~ ~ c ~ ~ ~ i i l : \ ( l : ~ s (> inqu i i.ii~(lo ~ n l ) ~ * c n s 1lc.rr~ssiiIa (1 ib.:

gcrais ; J,?." TTiginr :I, est~c,iiy.S,o cle l.orlns as leis, o funciona-

rnc11l;o de todos os serviqos p~iblicos e o morlo por que os funcionjrios cumprem as suss obrigagiies, adoptando ou propon'do providancias que deram melhori-10s;

1.6." Reccber e expedir rogat6rias para diligcncias judicjsis ;

l'i."~lctnnt:~r couflitos de jnrisdip50 c competbncia, nos tcrnzos das lcis e regulamcntos rcspcctivos;

1S."Unnd3r aprescntar no Ministhrio dns ,Col6nins, salvo ns restTigijes legais qunnto nos nmgistratlos judi- ciais, OR f i~l~cini~iirins rujn presenpo 110 territ6rio (1 n

col6ain sejn inoonreni,ente por grave mz%o d,e inte- resso pfiblico ;

1'3." E s e r c e ~ as demais atribuigEes que lhc forem con- feridas por leis ou regulamcntos em rigor e as que na col6nia nHo pertenqaln a qualquer otltra autoridade.

Art. 34." Compete ao governador, como primeirs au- boridade militar da col6nia:

1." Superintender nas operaqiies de guerra em que Eorem ell~pregnd:~s forqns niiliini~cbs cul st:rriFo nn cold- nia ;

2." Solicitar ao Ninistro cIas Coldnins, dcntro dos quadros fixados no orqalnento, que requisite, para servir i.111 c!onliss;?n U:L col6ili:~, o pcssoal iililit:l~~ (lo ~x41'cito nietropolitnrlo c (la nr~nntla; propor tl~ni~sfo~~Gl~ci:~s ou saidas do meslno pessoal para fora da col6ilia;

3.@ Ijisi~ib11i1, o ~),clssonl milital, clnc f ' c i ~ . ~nailtl;~do nil estivcr en1 servipo na colBnia pelas tliv~~rsas comissCies tle servipo pIiblico que 111e coni[)etircm;

4.."azer regressar h nietr6polc todos os militares que tiverem findado o tempo de comissIo; 5.'' I;;sr~i~c:cr, d e inn~ieirn g c r d , ns atribui~iies e coiil-

pct8ncia disciplinar quc lhe forom conferidas no regn- lamento de clisciplina miIitar colonial;

6 . q p r o n t a r para o servipo fora (la coI6nia todas as f ' u s ~ ~ s nlil i tn~cs C ~ U C 111~: f c j ~ o ~ ~ ~ i~c~rj~~isif;icl~~i 11cI i~ I I inis- terio das Col6nias;

7 . 9 ~ 1 : l r pcln iusIrny;?o iliilit;~l* C! ;~.prulllo (1as forq;ls cla col6nia;

8.0 Recondnzir em novas comissijes de scrvigo e pro- mover, nos terrnos legais, todas as prapas rle grstlusg5o inferior s furriel que prestem serviqo ns col6nia;

!I." 1Lcsol~c:r sob1.c ludo o rjuc ~cspei ie no pcsso:~l mi- lii,ar e n%o interesse directn on conjnntmnente a outra colbnia ou metr6pole.

3 ~i~iicbc). As at t.il)uiyij(*s ~~i i l i ln rc~s rlos gorci~n:~tloi~i!a podem ser escrcidas por inteni16dio d e cornandantes militares da coldnia, senl prejuizo da snperintcndbncin clue sernpre pertencc Bqueles, e com rcserva da compe- tgncia referida nos n . O q . 9 3."

Art. 35." Compctc ao governador, como administra- (lor superior dn Pazencla P ~ b l i c a na col6nia:

1." Ilirigilv superiormcnte a, prepnrnpEo do project0 i l o orqa.111ent~n geilnl (la colbnin, fnzenilo o1~sc~vo.r' 03

1)1'mos legfiis;

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2,"'hiand nr esecutar o ,orqam,ento da col6nia, velando pcla, ninnntenpiio do eqailibrio entre as receitw e as despesas ,e obj.crvando as instrugGes qnc nesse sentido :he aejam tpnusnlitidns yelo hlinistro das Ooldnias;

3.0 Bxercer as funpijes cle ordenador d,o orgamento, nos terrnos l,egais, incorrendo em responsabilidadte civil c criminal o governador que, por sun iniciativa ou con- tra a inforniaq.;io dos funci,o~~Arios compctentes, ordenar despcsas 1.150 preristas nas tltbelss orgamentais on de im1)ortRncin superior :I fisnda ou para aplicac6es dife- rcntes dns presoritas nns ~.~tbri.c;ts r)rr.nlne~~i.:~is;

4." Transferir verbas do orgamento, nos termos legais, por meio de portaria justificativa;

5 . O Dar instrugGes para o pagamento das despesas a efectuar pelas respectivas tesourarias, prccedendo infor- m s @ ~ dos serviqos de Pazenda;

6." Delcl~ninar, nos term,os legais, a execup50 do projecios d c obrns novas ou de grandes reparaqGes e n a.quisiqSo d e mnt.eri:bis ou d,e quarsques artigos que, eiil sclaq5o obra, reparaq8o ou forn,ecimento a que rcspei- tern, importen1 despesa inf.erior Bs seguintes quantiss, sejam qua.i.s f o ~ e m as dispanibilidades orp,mentais:

a ) i lngol:~ e No?nlnbiclnc - 1:000.000$ 111etrnpoliia- nos ;

1)) Indi:\ - GO:OOO r ~ ~ p i a s ; c) Cab11 T-~s~ le , S . !I'oI~II; P ~ , i i ~ ( - i l ~ c e G u i i ~ G -

200.000$ n~ct~opoli tauc~s ; c l ) 1 5 3 ~ 3 ~ - GO:000 p; l lnc;~s ; c) Tilllor - 60:000 pnt:~cas.

7." li'ixar a importiincia dos fundos pcrmanentes que, se for indis-pensjvel, devanl constituir depdsito coil- fiado a quaisquer servigos, indicar o respons6vel pel0 fundo e exigir caup50, sempre que n5o haja consellio ou comissGo administrativa ;

8." Pisar , at6 ao lilnite de dois duorl6cinlos da re- ceitn anual d s col6nin, a importBncia o as condip6es rlr emissso de emprQstimos intcmos, amortizbveis at6 ao filn do esercicio em cnrso c dcstinndos n suprir ns dp-

ficicncias ncidentsis da tesourarin dn coldnis, tlcsdc. qur

9." Afisalariar o pessoal evcntu:~l sbaolutalncntc ne- cess8rio ao sc r~ iqo pliblico dentro (Ins verbas, quadrc,r t? vencimentos orya~nrsrlt,nia, nnnca. c.xcerlendo porhrn tra sal6rios correntes;

10 ." ltesolver sobre abonos .d e quaisqeer vencimen- tos (1eriva.dos d,e situnr,"os ou serviqos na colhnia, n%o fie devolvendo, en1 caso algunl, n competgncia ao Mi- n i s t ~ o .e cabendo apenns vecurso coni;encioso dos actos praticados no seu esercicio;

11.0 R,esolver us casos en1 que, sobre urdsens de pa- gamento, os governadores de provincia tiverem discor- dado ,do parecer .dos directores provinciais de Fazenda, ouvido o director (10s servipos de Paeenda;

12." IGsercer riuaisc~uer nt~ibuii.iies dc cnrbcter exe- cutivo em matbria de administraqiio financcira constan- tes das leis e dos regulamentos.

$ Gnico. Poderii o governador, por lneio de portaria publicada no Boletirr~ Ojicial, delegar, sob sua respon- s:ibiliclnde, nos go$-crn:~ilortrs ile provilicin, as atribui- @es que lhe cornpetem qusnto j s despesas correntes de administragiio e, nos termos do n." 3 . O , quanto bs autorizadns pel0 11." O.VIeste artigo, na p a ~ t e do orqn- mento que ;L provincia disser respelto.

Art. 36." Compete ao ~overnador, como protector nato dos indigenas e principal responsSvel pela direc- C%O da politics: -

1." Dirigir superiornlerlCe as relagiies com os chefcs e agrupamuntos gentilicos da col6nia, procurancio a sun submissiio e integrapzo na vida da col6nia tanto quanto possivel por mcios pacificos;

2." Fiscalienr superiormente o modo como s5o cum- pridas as leis e preccitos tendentcs h defesa das pessoas, da liberdade do trabalho, ilas propricdades, singulares ou colectivas, e dos usos ou costulnes dos indigcnas que n30 ofendam os ,direitos da soberanin nacional ou niio r e p u p e m aos principios da humanidade; - -

3." Promover o lnelhoramento das condi~Ees mate- riais e lnorais da vida dos indigenas, o aperieigoamento das suas aptidGes e facul'dades naturais e, ,de uma ma- neira geral, a sua educaggo, instruqZ,o, seguranqa e pro- gresso ;

4." Estabelecer, alterar ou supriniir todas e quais- cluer tasas c impostos clue ~*ccaitlin sobre indigenas r

regular os respectivos serviqos de recenseamento e co- branytl ;

5." Propor a0 Miuistro clns Col6nias as alterapBes do estatuto politico, civil c cr imind (10s indigcnas e (Ins ninis Iois g:.l.l.;~;s quo Ill(:s ~~c~sl)eitc~rli ;

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6.' Yerdoar, minorar ou comutar as penas aplicadas aos indigenas pelos seus tribunais privativos.

Art,. 37." ,0 governador esercer6, com o vot,o cou- sultivo da sc:cgSo perrilanente clo Consclho rle Gorcl'no, as segninies ntsibulp6es : -

1," Regulnmentar a esecuq30 das leis, decretos e maia diplomns rigentcs no territcirio da colcinia, que ,disso carepam, em harlnonia com a sua letra e espirlto;

2." Regulalnentar o estatuto politico, civil c criminal dos indigenas;

3.0 Ueclarar provis6riamente o estado de sitio em qualquer parte do territcirio da colcinia no caso dc agres- siio estrangeira ou de perturbagiio interna grave, dnnrlo irnediato conhecilnento ao Ministro das Col6nias pela via mais rkpida;

4." Delibernr sobre a clistribuig~o, .pelas provinciti.: ou outras divis6es administrativas, dos fundos consigna- clos no orpalnento geral para n esecupiio ole obras, me- lhornmentos ou quaisquer serviqos es~eciais ;

5: Aprorar ,os estatutos e respectivos re.gulamentos (10s orgnnislnos ~corporativos, ,clos nlontepios ou associn- yGes fundnclas e~c lu s i~nmen te n o priucipio ds nlutuali- tlnde e n.inrl:l os claqucles cuja a,provaqBo nZo eompetir n outra cntidnde;

6." Declarer em regime dc administra~So militar qualquer circunscrigZo 011 clistrito, definindo as atri- buiqiitts ,[lo .inicndelttc ~~lili i i l i . 110111eado;

7." Suspender, quando ocorram razijes grams, a esc- cugiio de posturas, regulamentos e outros diplomas de carjcter fiscal, policial ou meramente administrative elaborados ou mandados esecutar pelos corpos e cor- porap6es administrativas ainda depois da a,provapLo das estaqijes tutelares competentes. Na portaria que deter- minar a suspensiio serHo expressamente declarados 03

motivos que lhe deram causa; S." Xsercer acpzo tutelar sobre os corpos e corpora-

qiies administrativas, nos termos das leis em vigor; 9." Estabelecer, alterar ou suprimir ta,xas, observados

os preceitos legais, quando digam respeito ao aprovei- tamento e utilizaqiio ,clos bens ou scrviqos da col6nia;

10." Besolver definitivamente, nas col6nias dividi- dss em provincias, sobre as dolibe~n.~6es das juntas provinciais, quando, por r a z k s graves, os governadores s~zbdternos corn elas se n5o conformem;

11." Fazer, ilentro da sua con~pctGncin e nos termos Jos diplomas legais ell1 vigor, concessGes que n lo en- rolralli direitos rle sol)erania, guardado semprc o que no Acto Coloninl e na pscscnte Ca~eta Orghnica se clispae relativamente a:

a ) Terms; b ) Ifinas; c) Esclusivos industriais ; d) Construpso e esplorac;::~ de estrailas, caminhos de

ferro de interesje local, pontos clc estradas e pontes-cais; a ) Construpso e esplo%c;%o de obras para irrigaqiio,

drenagenl ou saneamento, rcgularizay.50 de cnrsos de Qua e aproveitamcnto de energia liiclr,iulicn;

f ) Pescarias e clir~'if,os de pesca: y) Carreiras de navegapgo fluvial e de cabotagem; I t ) Qualquer sistema de viaqzo terrestre. 12." Eegulamentar a entradn, triinsito e residbncia

de nacionais e est~angciros nn col6nia ell1 obediencia aos principios dn lei geral c h defess da sobcrania por- tugucsa ;

13.9etur1llil lar a esl~ulsZo ou recusarb a entrada na col6nia a nacionnis e estrangeiros, se da sua prescnga ou entrada resnltarem gravos inconvenientes de ordem intcrna ou international;

14." Di3solver os corpos c corpo~ap~cs adlilinistrativas 110s casos e tcrmos da lei. Xa portarin quc determinar a dissolup~o declarar-se-Zo os factos ou omissGes que llle deraln causa e manilsr-se-5 proceder a nova eleigHo no prazo legal ;

15." Delilser:r~ sobre n esr:cnyRo. no pr6prir1 nno eel)- nliinico, de pr'ojectos cle obras, melhoramentos, servigos ou aquisiqGes rle lllnt,eria,i.s sempre que impliqucm des- pesa superior h qunntia linlite dn competgncia estabe- lecidn no nrtigo 3.5." n." 6.", e aprovar os contratos que e:'s:l esecuyilo cln arlniqjySo ~xigire111, ou~in(10 sobre :I

pwle t6cniu;~ o Colisell~o T&r.l~ico ilt: 0br:ls Pliblicas c!;: rolcinin. Quaudo cste Consclho 1150 for col~~posto pclo menos por trgs engenheiros, ser6 o processo rcmetido ao Xinist6rio das Col6nias para ser ouvido o Conselho '1'8cnico de 7pomento Colonial, se a obra oferecer inte- resse erouci~~lic~o on ~dificlrldnde i t cn icn ;

16." Promovcr e anxiliar, dentro das nornlas legais en1 vigor, a formapEo dc orgsnislnos corporativos mo- rais, cnlt~lrais ou econcimicos.

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$ l . " S ~ e r i pri?vian~t.nte ouvi'do o Coi~selbo TCcnicu tle Obras Pitblicas dn coI6nia qwando sc trnte de dir- tribnipso dc vr:rbas p:lr:t obras.

3 2." Quando, contra a suspensgo dos diplomas a que su refere o n." 7." (lo presente artigo, o corpo ou corpo- ra$io adnlinistrativa vote em sessiio, par maioria, o scu protesto, serli este Iercudo ao conlircia~ento do 1\E- nistro das Col6nias para decisiio final.

Art. 38." 0 governador poder5 consultar o Conselllo de Goveruo 011 :I secq-50 p e ~ l ~ a n e n t e sobre todas as 1113- 16i.i;~~ lignilas coin o aovcrno ou a ndministrag;?o ila Q colcinia, sempre qlie o julgar conveniente.

Art. 39." 0 governa.dor coiliunicarB no Ninist6rio das Colcinias as resolupaes que tomar contra o voto con- sultivo dn Conselho de Cioverno ou da secgr?o pern1:;- nente, justificnnrlo-as devidamente.

Art. '40." 0 governador pode, em qualquer tempo, revogar ou reforniar, nos termos legais, as suas por- tarias e despachos, e bem assim anular, nos rnesmoa Lermos, as portarias ou despachos da sua competdncia ein que Ie~lha havido vio1apSo das leis ou regula.mentos, tudo sein piejnizo 'dos direitos aclquiri~los ou reco- nhecidos 1)elos tribunais.

A1.1. 4 1 ." 10; actos i~d~~ninistrativos do governador, ' ,~ln. \ndo ~iIc-fii l~t~~o+ r ,esccui6rios, podeln ses anulados

1),'1~, ('oli$cll~n .(In In1~drio Colonial como Tribunal Su- 11,~ricn. do C~onlencioso Arlminiskrativo, ~nediante ue- rui-30 i~\irr])osto coil1 fundamento em incompetgncia, u2urp.ag2o ou desvio de p o d ~ r , vicio de fornia ou viola- (;iio de lei.

6 dnico. 0 3Iinistl:o 'dns Col6nias pode tanlb6m revo- R : I ~ . ~*eformarl*.ou suspender ,os actos do governador, beln (:nine ordenar a inherposig%o ,de recurso .contencioso para efei to cle anm1ny.H.o ,rlos actos constitutivos d e direitos (IN(& co~~~sitlerc ilegais.

Art. Y2.O 0 gorernador eserce as suas funp6es legis- lativns sob a fisco1izapE.o do 3Iinistro das Col6nias e, por via r3e regra, annforrnc o vnto clo Conselho dc Go- \ 1 ' 1 110.

Art. 43.O A compet6ncia legislativa dos governadores abrange todas as matgrias que respeitem esclusiva- mente h col6nia e niio estejam especialrnente atribuidas it Assemblein Kiicioual ou :LO Ministro das Col6nias.

Art. 44.0a0s governadores das col6llias esercem a sua: competbncia legislativa por meio da publicapLo dc iliploinas leg.islativos no BOleti?llf Oficial.

5 1." 0 s diplomas le~islativos serso, em regra, pre- cedidos de p r e h b u l o justificative.

5 2." Salvo o disposto no artigo seguinte, declarar- -se-8 obrigatbriamente nos diplomas legislati~os que o Conselho dtl G o ~ e ~ u o sprovou as ,su:~s disposipties.

Art. 4 5 . 9 governador subineterj ao Ministro das Col6nias a resolupGo dos casos em que se nGo conforlnar con1 o vote do ConselI~o [le Govurno, t?spondo os m;1- tivos da sua di-iergdncia.

3 linico. So o Ninistro suprir o voto do Conselho dc Governo, serii obuipo tbrinn~c>nlc inserida n nu.lorizacSLj ministerial no diplollla legislatiro que o governador proluulgar.

Ji1.l. 46 0 gorernador 11Zo pod.e dctcs,minar, sen1 ;~~~Io~~ixnc ; ;?o ~t>l~rr.i:tl d o 1111lnistlo dns ,Colo~lins: 1." A conccssao de autollomin adniinirtratira c cco-

~irimica a qualquer servipo pdblico ; 2." O ,rstabel~<~cimentt, de pc~lalidades superiores a po-

I I I I , ~ (:or~~vcioii:~is, s:~l\-o o (1isl~i)sto lio :trligt~ ?I( ) . ' ' ; 3." A realizaqiio de elupr8stimos em conta corrcuto

no Tesouro du outras col6nias ; 4.'' P l ~ ~ i d k l l ~ i ~ ~ clue rep~'eseiltel~~ i ~ i l ~ i l e ~ i i ( ~ de ~ c . I ~ J c ' ~ . L

ou >di~ninniqiio cle receiti~ n%o compms;t;'dor p01. J I L U ~ ~ ~ , , )

correspondenie d e tleq)esus orgamcntais ou criaqGo de ~ c ~ c i t ~ t nard.

$ 1 . O 0 s processos submetidos a decislo do Niuistrn das Coldnias seriio instruidos com relatcirio justifica- tiro, as informag6es oficiais necessarias e as actas das sessiies dos Conselhos de Governo em que os ass~lntos tiverem sido ,discutidos.

§ 2." A entrada das propostas ou processos no Minis- t6rio ,das CoIcinias, deridamente instruidos, s e r j ime- diatamente comunicada ao governador em asis0 espe- dido pels forma. que estiver deterlninada e que servirL de prova de recepqzo.

5 2.'' Nos (*;lso'j do.- 11 "" J .'. 2.' ( I 3." [lrhslt? :~r l igo po- clc.~;lo s c ~ 1~o'Ln.: ~~)rovisirsinme~li.(. plri ~c~scoi~qZc,, pnhli-

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cando-sc os cl!iplonlas clue lhes ~espeiteul, ns resoluqii<~s >uL~tietici:~s pelo gover~iaclor :I snn$io (lo Xinistro dns CuIGnlas, quauilo este se niio t ircr pronunci2tdo sobrc~ clas 110 p a z o ilc i~o~:ulit:~ dins, n contnr (la entm,da d : ~ ~t .spwti~*: t 111'0pustn .no l l i ~ i s t 6 r i o .

$ 4." Se, nos termos do parhgrafo anterior, qualquer diplon~a tiver entrado em esecupiio, proceder$ o Ni- nistro das Col6nias, se o entender conreniente, nos termos do artigo 13." -

$ 5." 0 s go~~ernac to~es sir potle~il ~ e ~ g o c i a r nc:ordos ou con1~eu.g6es colil outrns col61linr: portugue.sn.s c c o ~ n auto- rix:tgiio do ,Jlin:istro cl:ts Col6nin.s. 0 s projectos negocia.. (10s scriio snl)~iirtiilos a :rj)i.ora~%o e z:~tificuyr?o (lo 3iini.2- tro dtls Coltjnias, ao qn:ll cornpetme ignal~neiit~e autoriznl. a publicnqtTo dils ])YO-\-id&nr!ins 1egislnt;i~-n.s destinndrts n esecutnr os rcferidoi ncordos e conv.enpGes.

Art . 47." '0 3Iinistro ilas ColGnias pocle dekgar nos go~rernar1ol.e~ gernis e de rol6ni:x o ,esescicio pcrmnnentc? ou telir]>c>r:'lr~io, total on ll):u.ci:~l, do.: poilt:rc.ts quc o ,4ctc1 Cololiial ou a ln*csentt! Cnrtn. Orglnicn erpl:cssnmcnte periniriren~ ou do3 (IU'I: 11~e s e j a n ~ couf~'rir10.s por o u t ~ o . ~ rliplomss.

$ 1." 0 s poderrs ntribuidos pelo Acio sb po- ~lenl ser clelfi,pdos nos mprecisos termos cla parte f i n d cl:~ seu nrtigo 29."

$ 2." 0 s diplo~uas publicados por delegnqiio nliiliste- rial ilevertio no sen pre,i~ubulo ii~vocl:~r a inesilla rlcleg:~- $0.

5 3." Todos os actos praticados por delegnqso ficaai hujeitos n altersp50 ou revogttgzo in.inist,erial, no's ter- 1110s gcl.nis cle direito.

Art. 48." 0 s governadores podem propor ao d in i s t ro das Col6nias todas a s reforrnas de ordem logislativs que entendam convenientes e quo scjatn dn coinpetdncia do Xinistro ou dn As.ieinblcin Xacio!lnl. ,Juntn~*iio sciilprt: relat6rio justificative.

Art. 49." Sera0 publicadas imedintnnientc pelo go- i-c:rnn.dor en] c1iploln:l legis lnt i~o :IS resolnqiies sobtct materia legislativa da s u s competGncia para cuja, ese- cupgo niio seja exigida prkvia aprovapiio do 3finistro (13s ColGuins e sobre yut: t o n l ~ : ~ rccairlo tr voto do Co:l- srlhr) du I';ovel.ilo, colil o (~?znI se confor~nc~.

Da compoldncia e compos i~ao dos Conselhos do Govcrno

Art. 5 0 . 9 i n cads col6nia, presidido pelo governador crlr 1 ~ ) r (111eni s w s ~ t ~ z t ~ s fiaur, fniicio~~:rr$, coin atribui- y ~ c s c~o11suItir;l.j. ul11 Consell~o (10 Go~eri io .

Art. 0 Collsell~c~ rle C;o~cl.licr serli onl-ido pcIo 0-ovcrnador para o esercicio da competgncia legisla- ". tiva quo o Acto Colonial e a presente Carta Orgiinica llle atribuem.

5 huico. 0 Conselllo ( 1 ~ (I;Ovel.llO t*l~litir:i P;II.(:CCI,

sob1.c toilus os asstuntus rcsl)eit:tntes R O go~-el-llo e ;~'c111ii- 1vist~ny50 dn col6ni:i qnc, para csse fin^, 111~ f o ~ ~ > u ~ apresentados pelo governador.

,il.i. j Z , " Yil coiliposipSo dos .Consell~c~s cle G o ~ e r n o (+iitr:~i~;jo ~ogai : ; ~ f i ~ i a i s , ilntos on designailos pclo go- . i .rrua~lor~ t? v o p j s 11%) oficiais, ~omenclos ~pelo grove:.- ~ i a t l o ~ on (?lei tos.

1." X a s col611ios ilr cujos ConselI~os de Gormern:, f:t(;:rnl p : t ~ . t u - o ~ ~ i s uiio oficiai,s de nomcagiio, .W goye:.- i~ i~dorcs procul.nrlo esc.01112-1.0s de hnrnlonin coin as in- t!icnycics tlr15 coypos 'n,dluiuistrnti~-os e dos org.anis111o.s ~~cl ,~~c~,c~nlat i \ .os (In a.gricnlt,ur~~ : j. do co~n~&rcio, (la indhs- 11,j;l e dos elli1)~egndos ,e operari~os.

2 . O Seln111.e .clue ~)ossix-el, scrti da,da repl.escnt:lqZ~~ 110s Cons(!ll~os de Go~,erno aos interessems das po,pnlag6cs n n t i ~ : ~ s l)or ~elciileutos pr6prios.

Art. 63." Conll)ijei~l o Conselho rlt! Govcrno litis colti- nias de Angola e Nogambique:

1." Vogais oficiais : ( I ) SccretSrio geyal da c016nia ; b ) l'rocurnclor cis I<.epGblica ; c) Director dos serriqos de Faeenda; (1) Ilirecloz (10s serl-iyos ,dc n1dlnillistrap:io civil: (:) Dois rli~ectores uu .chefes tic scrviqo.s escolllid,os

a~~~ra ln le i l to pelo goverriwdor. 2." Togais lllo oficiais: tr ) Cinco eleiios; b ) Dois, ruprescilta~ltes das popu1aqZie~ncltivas: no-

~l~e;iclos.

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linico. 0 cornandante militar da col6nia e os go- vernadores de provincia, quando cstiverem na capital, fazoin pn.rtu d o Coilsclbo dc Qoveri~o.

S r t . $4." Collipijer~~ o Coi~sell~o (It: tio~e1.no I A ~ S ( : o - 16nias do Estado da India, Caho T:er.de, GuinB, S. Tomb, Macau e Timor:

1." Vogais oficiais: (6) 0 Procuraclor da. Re.publica no Xstado da India ;

o delegado do Procurador d a Repbblica na comarca da capital da col6nia em Cnbo Verde, Guink, S. Tom&, Macau e Timor ;

b ) 0 director ou chefe dos servipos de Fazenda; c) 0 director ou chefe dos servipos rle administragiTo

civil ; d) Um director on cllofe de servipo, escolhi.do anual-

~l lente pelo gorernnrlor, no Nitado t111 h l d i a , c l ~ C:tbo Verde, hCacsu e Timor.

2." TTogais nzo 0ficia.i~ nomeados: a) Trbs no Esta,do d a fudin; b) Tr6s em Cabo Verde; c ) Dois nn Guin6, S. Tom6, Macau e Timor. 3." Vogais nZo oficiais eleitos: a ) Cinco no Xstado da Ind ia ; b ) TrZs em Cabo Terde; c ) Ilois em Macau; d ) Urn n a Chin$, S. Tom6 e Timor. Art. 85." 0 Const:lho de Goveruo te14 1~111 \-iec-1)rr:si-

dente, escolhido pel0 governador cle entre os membros do Conselho e confirmado pelo Ministro das Col6nias.

1." Nas colo'aias dc Angola e 3Io!:ai11bique o se.- cl;et6rio gernl 6 o vice~presidente do :Cun,selho dc Go- verno Ie faz p a m cla, respectira ,secp5,o sperma,nente.

§ 2 . T a s suns faltas, ansbncias ou impedimentos serh o vice-presi,dente do Conselho substituido pelo vogal ofi- cia1 do Conselho mais antigo no ~erv iqo da col6nia.

Art . 56." As funpGes de vogal do Conselho de GO- yerno sZo ob~igatdrias e grntuitas.

§ bnico. Aos vogais eleitos e nomeados que n l o re- sidam na capital da col6nia serfio abonadas passagens de ida e regresso.

Art. 57." 0 s vogais oficiais siio funcionzirios pdbli- cos; os vogais n6o oficiais seriio escolhidos ou eleitos de entre os cidndiios residentes na colhnia, com a esclusBc (10s funcionlirios pbblicos, quer do Estado, quer dos corpos ndminisf.rativos, c?nt sorviqo nc.t.ivo, c (70s inrlivi-

duos que exercerem funqaes consulares ou em consu- lados estrangeiros.

Art. 58." SZo condipces indispensjveis para qunlquer individuo poder fazer parte corntl ~ o g a l niio oficial do Cunselho de Q o v e ~ i ~ o :

a ) Setr portugugs ou estar naturalizado h i mais de cinco anos, tendo perdido a sua nacionalidade anterior, scgundo a lei da na@o de origcm;

h ) Ser de ~nrtior ;dade; c ) Residir na col6nia h i mais do tr6s anos, habitando

II:I 1?apiti11 (I:% ro lh~i i ;~ 0 1 1 110 riw111o pol, 01111th f o ~ (>leito; d ) Saber ler e escrever portuguSs. § 1." Transitbrianlente, aos representantes da comu-

~l idnde cl~illesa no ,Coilsclho ~de Cfo~crno cle Macall s3c1 dispensadas as condipGes das alineas a) e d).

p 2." Embora tenham as condiq6es previstas neste ar- tigo, nfio podem ser noineados ou eleitos vogais do Con- srlllo d c t Gnvurllo:

1.0 0 s individuos que, por s e n t e n ~ n ou despacho (:on1 (r?tusii.o el11 julgatlo, 115o estt.j:~~n 110 ~ 0 x 0 (lo-: scLur; ( T i - reitos civis e politicos;

2." 0 3 falitltrs ntio reabi1it:ados; 3.0 0 s que se encontrem, pronunciados definitiva-

mente ; 4.0 0 s que tiverem jtt sofrido condenaq50 por quais-

quer crimes a que caiba pena nzaior; 5.0 0 s rjue hajam sido deulitidos do servigo pbblico

1'01. f ncto ~ l u e i ~ l ~ ] ) r ) r t c rsonest idtt.tltt. Art. 69." Quando o governador ou quem suas veav,

fizer 1150 assumir., por qualquer motivo, a presidsncia do ~Consellio de Iiovei'no, fa].-st:-;i snhslitnir pelo vicc- -presirlent:e clest~.

Art . 60." Nas suas faltas, aus6nrias 011 impedinlen- tos siio substituidos ]lo Collsclho de Ctorertto os 1-0g'ni.s oficiais peIos seus substitutos na funp&o pdblica r oa vogais ~~olrleatlos ou eleit,os pelos seus sup l~n t~es .

Art. 61." As eleiq8es (10s vogais efcctivos c suplcnto:: 11;wi~ o Consc~lllo (I(. (;overno sc.riio fcilas 1 ) o ~ c ~ I * ( * \ I ~ I I . ~

t~luitornis, pula forliis r nns con?iq?iclq qncl riin rlip1om:i cq)ecinl Qorc!ll~ fisndas.

E ill\ ic:o. A s di1-ccq6cjs (10s o r g a t ~ i ~ n ~ o s c~orporatiro* c~sisl.t!nt,es (I n.s (!as nssooiaqiies ec.oni,rnic:a.s designadas - ,~ : lo gowrnn(lor, 011, nn sua fulln, os liisiores conti-i- l)uirrtes, at6 so ~ ~ i l m c r o de quarcnta, procederso h elci- 1 ; 3 0 ,1113 vogi~is :I ( 1 1 1 ~ stk ~ V ~ ( L I . ( * (><I (h :\ 1 . 1 igo. 3 ICsI 3

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(1s India. a eleigZo serB tsmbdin feita pelas associap5es ccon6micas, liter6rias ou cientificas cieridamente orga- tlianilns.

Art.. 62.'' Perde o sen lugar no Conselho o vogal no- ~r~rni lo ou c l r i t n clue ac*c?i.ini. do gorrrllo on 110s corpc~s od~ninistrntiros nu cle cilrpresns ] ~ n ~ t i c ~ u l : ~ ~ ~ e s eml)rcgr) retribniclo ou comisszo subsidiada.

Art. 63." S6 d permitirln a rcndncia rlo lnnnilato de yogal n5o oficial: 1.0 Quando o nolnearlo on eleito t,iver idade superior

a sessenta anos; 2." Quando, por motivo de sa6cle compr~vado por

atmestado m&dico, estiver impedido de assidua~nente co- laborar nos traballlos do Conselho;

2.'' Quando circnnsi.jncias ile forqn n ~ n in], rlcr-i(1;1- mente coinprorada,~ o inibirem do regular dcscn~pcnho (lo cargo.

S 6nico. Compete s o pr6prio Conselho julgar rln lc- pitimidade clos impedimentos 110s seus vogais e r c s 0 1 ~ ~ r

Brt . 64." ~ u a n c l o , ~ c o n ~ o c a d o s os co1Qgios eleitorais para elegerem os seus represe~ta~ntes ao Conselllo de l';orerno, cles os nGo clcgc:?eil~, l~rooc;lt?r-sc-i 110 prnz:) de tl*inta dias :I, novas eleiqbcls; c, se niiidn destit vt:~ os n5o elegerenz, o governador nomen,r,i os representan- tes efectivos e suplentes do circulo eleitoral.

Art,. 65." 0 s r o p i s G o oficiais ,do Consellho de Qo- \-enlo s c r r i r h por ulz trilnio .:L contar cln data da cn- tl-arln en1 funcaes, sendo seillrpre ~ ~ ( ~ l l l itid:] a. I ' ~ C O I I ( ~ U -

:So ou rr!cleiqZo. $ imiro. Xn. llip6tc?se rlc e le iq~o prow)va(la p(*la ilis~o-

111q;To t l ; ~ p;li4c> e1rct.i~:~ do Co~~sa l l~o , ns no\-irs 1 ~ 1 ~ i ~ i f . o i sc.i.i-ir;?o :li 6 IIO : l i ~ r l rlo t,~i6ni.o cnl . c ~ i ~ ~ s o .

D o funcionan~enlo dos Cocselhos do Governo

Art. fjG." 0 s Couselllns (I(: (ioverno f-unrionntrr i1:1;

cnpi tsis da.s col6nias. ;\rt,. 67." A todos os mei1~1)ros do ConselIlo de Qo-

rcXl.no inc~unbc:, scnl t'listiuy20, (3 (~L!\*PI. ('It! zelur pc l ;~ mi:- daile do Impirio e pelo bem da, colJnia, prolnoventlo o seu progress0 moral e material.

Art. OS 1.0gais ,do 0oni;rlho clt1 Tiovcl~.uo szn i l l - .

riolh.veis pclns opini?ies c votos qno elnitirenl 110 eserci-

cio 110 sell mnnrlato, sslvas RS resfri~ijes dos parli.grnfoj: sttguinies.

S 1 ." 0 CCIII.SL~III~I il(: ( ~ ~ ~ ( T I I I I (II*I-P r t ~ t i r ; ~ ~ . c) ~n:~ild:~i o ou uspulsxr do Consell~o, por iniciativa de qualquer tlos seus membros, os vogais que emitirem opini5eu: a) Contrkrias ?A existancia e integridade de Portugal

como pnis independente; b ) Favordreis i desagregag80 do Imperio Colonial; c) Que representcm incitamento h subversPo vio-

lenta. .da ordeln politica e social. 8 2." A inriolabilidade pelas opiniacs e votos esta-

belecida ncste artigo nHo isenta os vogais do Conselho c l r : (;overno dii ~ ~ c ~ s l ~ c ~ i ~ ~ n l ~ i l i r l ; ~ r l ~ ~ di~[~il , l i lr;~i. , civil nlr criminal por rlifamagZo, caldnia e injfiria, ultraje h nloral pdblica ou provocapTo p6blica ao crime.

Art . 69." Se, duranfe os tra.brtlhos do Conselho de ( i o ~ ~ . i ~ l i o , ;11guin tl os sens nlem1)ros I J I ~ crir palori~n;, rufcrir fact-0s ou tomar atitudes ofensivas do Chefe do Estado, ,do regime republicano, (10s membros -do Go- \ - w n . ~ d : ~ liepdblir:~ c (lo C:o~l.;ell~o de Estatlo olr i l , ~

autori,dailc superior da col6nia; se dcsobedecer 5,s leis, pert urbar n nlarcl~a regular (10s t.rabalhos do Conselho ou revelar ncentuaclo tlcslaiso no esercicio das sna.s funqGes, o governador, Lratsii~lo-se dc yogal nEo oficirtl, suspentl5-10-5 (10 esercicio ilas snas fnny.6es no Con- st~lli(~ 11c Ciovv18110 I I IIIYII~~(> 1.1111 l)(s~-io!lo at6 irilit:~ ( l i ; ~ ~ p ~ l a lw i~ l~c i r :~ YI'X [-: ~ I G o l l ~ u11o p t ~ l : ~ scynncl;~, c3olli rl-

ilicando-o ao Nir~istbrio das Col6nias; tratando-se de rog,zl oficinl, a.plicar-lhe-6 as penalidades disciplinares cm v i ~ o r que caibam k falta cometida. - -

$ 1 ." Yela segunda reinci[l&ncia nas faltns apontada.~ pertli~A o vogal o sen mnndato, n5o podendo ser reeleito 11cl11 nornearlo para o Conselllo durantc cinco anos.

5 2." A npIir:ny%o ,tins penas n que se refere o pre- s e~~ t t . a.rtigo fax-se por simples tlecis%o do governador, ditatla, para n ada. (la sesseiio. Delns 1150 cabe qaalquer I'CCIII'SO.

Art. 70." Sob proposta fnndamentada, do governador pode o llinisbro das Col6nias decretar a dissolup~o da parte eleita. c d a paste nHo oficial lde nomeaq50 do Con- sel I10 (I? ~.:o\-Pl.lli~. ( l ~ ~ ~ t ~ 1 1 ~ 1 ~ 1 1~l;tll~l~lr r)l.o<*t*(l t\r ;1 110\-;,<

eleiqijes no pra.zo mitsimo dc sesscntct e ordenar i~ s ~ i l~ .d i t i~ iq~o . 110 I I I + ~ S ~ I I O ~ I Y I Z O , 110s ~ ~ ) g : t i s 1150 ofiri;li.~ do nolnt~aq5o.

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Arb. 71." As sess5es do Conselho de G o ~ c r n o , quaudo o governador o determille ou o Conselho n~nnifeste esstx desejo, poderao assistir, sem voto, quaisquer individuos 1)~)ra prcstl~r es(:l;tr(:~illl(~il~os s o l ~ r ~ ~ S J I I J I ~ O S d : ~ sua c t -

pecial competkncia. Ar t . 72." 0 s Consell~os rle Govt!l.ilo reGnenl-se en1

sessiio ordinhria anual e em sessaes extraondin6rias. 8 1." 0 Conselho de Governo se1.B conv.ocado e m cadn "

all-o, pclo go~ernat lor d a col6nia respectiva, para ees- r;So arclin6~iat pel0 p~ri ,odo de t r inta &as, e, por moti- \-os impwiosos, .para sessS,o ,extrao~,dintiria, quando o governndor o jnlgar necesshrio. ,is sessiies ,ordinitriaa do Conselho d,ewni renlizarase en1 cada col6nia sempre nn lliesrrla b ~ ~ o c n .

3 2.0 As sessiies ordinirias poderzo ser prorrogadas pelo tempo que o Conselho julgar in,dispensAvel para a discussSo ~dos assuntos ,pendentes, mas nunca por periodo superior a t r inta dias.

$ 3." Nas convocaqBes extraordintirias e no periodo de prorrogapiio das sess6es ordinirrias o Conselho apenas se poderit ocupar dos assuntos evpressamente indicados na proposta de prorrogapBo ou no aviso de convocapiio, finilaudo a re~uliiTo logo quc I) Conselho h.aja sohre clcs delibcrado.

Art . '73." O Conselllo tic G o ~ e r i ~ o i. convocado p ~ l o seu presidente ern exercicio.

§ 1." A convocapRo para a sessiio ordingria anual serit feita por aviso publicado 110 Boletim Oficial corn quinzc dias de antecedhncia e para as sessBes extraordi- ndrias por avisos ,directos aos vogais, espedidos por forma a serem recebidos corn a necessfiria antecedhcia. . . .

§ '2." Nas convocaq6es indicar-se-&, com toda a pre- cisgo, o local, dia e hora em que devem realizar-se as sess8es.

5 3." Niio szo v8li.das nem produzem efeitos lde qual- ciuer orrlem as scssiies que nPo sejam precedi,das de con- vocapiio feita pela forms que 6ca detcrminada nos parjgrafos anteriores.

; l r l . 74.+' 0 ( ~ O I I S ( * I I I O ( ~ O V I ~ I ~ I I I I I I G O fuucit)ua~:i sem quc estejsnl presentes motade e mais unz dos mem- bros que o cnmpiiem, incluindn o presidente ou vice- -prt:sideni.e.

5 dnico. As resoluqGes sS ~)l.oduziriio ufeilo q u a ~ d o sol~rr el:~s i . t v ; t i ~ o ~ o t o (1:1 ~ ~ l : l i o ~ , i : ~ . ~ l o a vogais l~r~csr~nic~s it sessifo.

Art. 75." As sessces d o ConseIl~o de (;ovt:i:~lo s u 6 o pbblicas, s a h o se, pelo presidente, por iniciativa pr6- pria nu em virtude .de proposta fnndamentada d e urn vogal, o coutrririo for cleterluinaclo p ~ ) r rnzEes 1igad.w aos supcl*io~cls intel.essrs (la Kay80 on cia co'lcini:l.

Art. 76." A iniciativa da apresentagiio ,de propostas para a discussGo el11 Conselllo de Governo 1 ) e ~ t e u c ~ ZC)

govcrnador, que poder& delegti-la em urn dos vogais oficiais; qualquer dos vogais pode apresentar ao gover- nador, durante o periodo das sessaes, propostas que jnlgue ile illtercsse 1):iJ.n a col6lli:l. 1'o.de o governado: ad~niti-li>s :L C ~ ~ S C ~ S S ~ O . sc 11So en~oI~-e re in clinlill11icCio de rcceitas ou aumento ,de ,despesas sem compensagBo efectiva.

5 I.." 0 disposto neste artigo nzo invalida o direito dc os vogais do Conselho apresentarem emendas no texto cm discuss50 durante a s sessaes.

$ 2." Durante n discussZo do project0 de orpamento geral da col6nia nfo podem ser apresentadas B dis- cussIo quaisquer propostas que envolvam aumento de clcspesn on rlin~i~luiqZo dc rt?ceita.

Art. 77.' As propostas para discuss50 c votapHo do Conselllo do Gorer~lc~ scrtlo ilist~i1)nfiiltl.i c -o l l~ n a i ~ t e c c . d8ncia de oito dias pelo menos.

5 linico. Poderiio ser discutidas antes do prazo fi- sado neste artigo as propostas para as quais seja pe- dida urghncia, aprovads pel0 Conselho. -

Art. 78.O 0 presi,dente regula a marcha dos trabalhos e a ordem das votag6es; esclarece os assuntos e resume as discussiics, se o julgar convcniente, mas n5o vota.

W dnico. Quando houver empntc nas votapks, o prcsidente adiarti a Gdeciszo ,do assunto para outra ses- sTo, t>o111 i i~ I (~ i~va lo I ~ S O s ~ r l ) ~ ~ i ~ i o ~ ~ ; I ( b i t ( ) ~ l i i 1 9 ; cL, scb ~i(:stit ocnsiiio l~ouvcr ~ i e d a empate, n governaidor proceder6 ~ o i n o c ~ t ~ i 1 ~ ~ ~ ~ 1 1 ~ ~ 1 ~ I I I ~ I ~ S ( ~ I I I Y ~ I I ~ ~ I ~ ~ ( ~ :LO$ ~ ~ ~ I P ~ P S S P S cl:~ (*o- 16l:is e da Nag5o.

5 1." As actas .das sessijes p~iblicas, logo depois de aprovaclas, serZn impressns c distribuidas em aneso ao l/olet.l:n~ Ojicirrb.

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$ 2." Das actas das sessCies secretas serri com urgBn- cia enviada, confi,dencialmente, c6pin ao %IinistQrio das Col6nia.s.

Da seep50 perinanente do Conselho de Gorrerklo

Art. 80." Em cada colbnia funcionarit, junto do go- \rerna,dor c pos e1e presi(lida, nnza t;ecyZo perin;tlu:llic, do Conselllo {le Gove1.11o ('0111 ;IS atl-il~ui~(?es constni1tc.i desta Carta OrgBnica.

1." Os vogais da sccgiio pcrmanente teriio os deve- res e regalias atribuidos aos vogais do Conselllo de Go-

tiirio d s secq5o pcrmancnte. Art. 81," A src@o perma,nente (lo C?ollselBo i! COIN-

post,:l : 1." Nas colir~lins d c g o v c ~ n o gernl: u ) l'elo ric.e-pl,e;i~lc,i,i~c d o C,onselllo d c Cin\-i?ijno; h ) Palo Psocuraclor '(la Repxiblics ; c ! ) P'clo direci.or dos se'rl-iyos de F:teend:~; 0 ) Tor trGs vognis do con,selho de Governo, uin dos

ilnais .ile~-e spr ,e~c~oll)iilo pe lo gorcmn,dor d c entrc os 1150 ofi,ctiais. 2." Nas restantes col6nias : a ) Pelo delegado do Pracuradol- ,da 13cpfiblica na co-

mnrca da capital da col6nia ; b ) Pelo director dos ser\-iyos de ~ a z e n d a ; c) Por urn vognl escoll-ido pelo governador. § 1." 0 s vogais de escolha sera"o nomeedos, bem como

os seus substitutes, no principio da sessi'io ordiniria pa.ra smvirem durantc urn ano.

5 2." Us v0gai.s de cscolha podem ser reconduzidos urns ou mais vezes.

Art. 82." 9 secya"o pe~n1ancnt.o do Conselho de Go- Tcrao reunirh semp18e quc for couvocada pelo seu pi*!>-

sidentc em csercicio e pode funcionar, aintla quc o Con- s r l l ~ o rlc Gortll~irtl clst-r*j;~ rcanido.

5 1 ." 12 sctcgSo pcr~nanentc po,rle tomar cleliberag~r!n desdc quc c5strt?;jx 1)resoutc a mnioria ldos scus me~nbros.

$ 2." O presidentc tcm, el11 relsqGo li secqZo perma.- ~lente , : i s nt.~.ibuic;Gtls 111~: 111 (' ~)(*l'i P I I ( ~ ~ ~ I I 1 ~ 0 1 1 1 0 pitt*~i - dente [lo (~oi~srl1111 tlc (;o\,i.r*n~~.

Art. 83." As sesszes da secqiio permsnentc seriio se- crehs e ,delas se IavrarZo, am li-rro especial, actas, que, dopois de aprova,dss, sera0 ,assinada.s e rubri,cadas peio presidente e pelo secrettirio.

5 unico. Dessas actas ser8 logo enviada c6pia ao Mi- nistro das Col6nias.

S r t . 84." E da cornpctencin da secqu'o permanente do Consel110 de Governo:

1.' D ; L ~ piirerer sobse as nlnt8~:ins ~t.fol*idns n o ax- tigo 37." desta Oarta Orgtinica ;

2." Pronunciar-sc sobre todos os ass~ultos qnc 1Ilt: forem submctidos pelo governador, em l~nrn~onia, con1 o nrtigo 38."

Art. 85,"odas as colbnias que forlnam o Impkrio Colonial Porlugu8s 9x0 so1id;irins erttre si e con ,a me- tr6pol.e. Nest.@ principio fundamental se deve inspirar toda a sua actividadc espiritual, administrativa, finnn- ceira e econ6mica.

Art. 86." A ~oli~claliedad~e do Impbrio Colonial ahrange especialmente a obrigagzo de contribuir pela forma adequada para que sejam a,ssegurados os fins d.e todos os sens membros e a int.egridade ,e defesa da NaqHo.

Art. 87." As colirnias constituem pessoss morais. E-lhes garantida, em harmonia com s lei, a descen- tralizaqHo .administ.rativa e a autonomia financcira coin- paliveis coln a Constit,uiy%o e o Acto Colonial, o srn estado tde desenvolvinlcnto c os recursos pr6prios.

Art. 88." El11 cad& ~1111:~ das 4cd6nias serri mant.i,cla :I, uili.(l:~d(: [lo ~ O \ - I \ I . I I L ) (I :\(1111i11isiraq%o lwla t?xistCuci:~ dr iunn st5 r~npitnl o rlr 11111 st i gnvcrnrl gersl on dta cd6nis , direotn.mrx~fa suhor,dinado ao 3Iinist6rio dns Colbnias.

ilniro. T,isboa i. capital d o Imphrio Colonial Pol- lugu6s. :is cnpilnis 113s c+oli,nins c~ontinl~a~m nas locali-

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ollJe nctua,lmente fuilciona o seu go~e rno . 1 1 1 ~ -

csndo-sc! 1nz6es (1e grande convenihcia, poderlo. ser mudadas.

s ~ c ~ d o 11

Da aplicapBo nas coldnias das leis e mais diplomas

Art. 89." As col6nias regeni-sc por diplornas espe- ciais.

$ 1." Se os diplonlns pro~-it.relll da Asse~nblei:~ Nacio- nal, nos terlllos do artigo 4.0 da presente Carta OrgB- nico., no Ministro das C01i)nias cump1.e fazb1n.s esecutar.

$ 2 . q ~ leis gerais ou especiais do Pais s6 sera0 nplicadas &s col6nins delpois de as entidades indicadav l ~ o i a~.tigos 27." e 98." (lo Arto Cololiinl l ~ a r r ~ r c m eseu- (.itlo n sun co~l~prttnci;t para esse efcitc).

5 3." Aa leis, clecretos-leis e d,ecretos que 1:egular-e111 ~ll~tr;ri;,s dt! interesse cornllln cta 1l1~et.r6p.olc e dc to,d:rs (111 dr nlgtznla. co1611in siYo .consid~wndos legislay.50 ~010- n i n l ilcsclc clue conte~iham n declarap50 drt quc t6111 de scr public~clos 110 B o l r f i ~ n ()$ria? (]:I.: col6ni,as ollclr 11 n jnlu 'c1,e esecut:trae.

Art. 90.\,4 iniciativa dos diplomas especiais a apli- car &s col6nias pertence :

1." Ao Ministro ,das Col6nias nos casos: a ) Do artigo 27." e scu $ dni,co do dcto Colonial,

ell1 rela@o h A s ~ e n t b l ~ i : ~ Snriollnl ou i1.o Conselho !lo Imp6rio Colorlial ;

L) Do artigo 28." do Acto Colonial, em relayfo a todas as mat-&ria que na presente C,arta Orgrinics Ihe estiverem especialmente atribuidas. ,4 compet6ncia do Ministro das Col6ni:ls compreenrle n dos gorernadores coloniais. 2." h o aiinisko rlas Col611ias on a q,ualclller membro

t l ; ~ iZ~~t! i~~bl(-~i ; l S ; l ( ~ i o \ ~ ; \ l 110s: 1.(~<1.:1tlt(~s vnsos (1;) I * I I I ~ ~ ~ J ~ ~ -

tencia colonial ,desta ; 8." Aos governaclores coloriiais nas ma,tQrias que, no

Acto Colonial ou na presente Carta OrgBnica, IIHO es- ti\-ul.c11l c~sprciali~~c~lltc i~tlsibni;li~s h iI~so111bl.t.ia Nac.io- nal oa so Ministro das Col6nins, salva a facul'dade que lhes 6 concedida pel0 artigo 48."

$ I." Nas 11ip6t.escs do artigo 27." e do sell 5 h i c o do Soto Colonial, as propostas apresentaclas pelo Ministro das Col6nias teriio sempre LL referenrla ou assinat~im (lo Presidcnte do Cnnselho.

$ 2." As pr0post.a~ cor~cernent.cs ii aprovaqiio de ira- tados, conv~n~t ies ou acordos COIH naqEes estrangeiras deverzo rser tamb6m assinadas pel0 Ministro dos Ncgci- cios Estrsngeiros ; e, se disserem rcspeito a autorizi~@o de empr4stinios quo esijam cau~iio ou gasantias espe- ciais, s e r j indispensirel n assinatu'ra do Ministro das FinallCils on tlntlat.lc por c a n j r , 11 i1lisl-6l~io ~ O I * p ~ r s i : ~ t l : ~ a cauyso ou garnntia..

,4,3t. 91." A publicil~io (10s actos 1t~gisl:~ti~os que 11;1ja111 de ser :iplicados as col6ilias Q dn compet6ncia do 311nistro (Ills t'ol(inias ou clos govesl~adores col,ouiais, c : o ~ ~ f o ~ i ~ e se tri1t.e i l ~ 1n:ll;6ria.s das nt4ribniq&es dn Assenl- blei;~ r\'ac.ionnl e do GOT'(!I'I~O .Central 011 (10'9 gover~ios lo- cais.

$ 1." ii 1n~blic.n~lo 110 I3(1l!,/ittr C)jicitrl das cultiiliii.;

(It? l ~ ~ ~ ~ ~ i , t L ~ n c i - a s legislati~as publiondas no DiciTi.o do Gr~z.e~?to rlepende (la iilenq5o ayostn uas leis, decrcfos- -leis, rlecretc~s on l)o~tarins: xPaun sel. p~zblilcad,o no Bo- Icti~tr OficiuZ de . . . )). Essn lllellqIo eer8 escrita no or;- gillal do ncto lr~pisl;rti\-o t. ajsinndn p ~ l o Minisiro (la. Co16nias.

J 2." A npli(>aqSo hs col6nia.s de nil1 ncto legislahivo j:i ~ ige i i t e 11:~ n~oti~ipole dep~ude de portaria ,do Ministl'o das Coltiuins, nn ,(lux1 poderzo s'er feitas as n l t e ~ ~ a c , ~ e s r ntlitndas ns liorlllai especi;tllnent!e esigidn,s .pel2 ordell1 juriilic:~ ou pcl:~s ccnldip6tts pnrticulnres das col6nias :I (IRE o a d o deva ser nplicnilo.

S 3.' El11 CRSO rle grnrlrle urg&ucia o rliploala pnbli- r;1(10 110 lli(i~sio (10 CT'O~~;CI~I~O SCJI-G t ,~~t lusi~~it i ( lo teleg-~i~fica- mente e logo reproduzido integralmente o sen testo no /lr;lrtirt~ Ofcirr1 ou rnl sup1rn)cnto n estc.

W 4." L4 ~)ublicnq;To no Rolctirn OFcinl rie cluicisquer (lis11osiyGcs t1.;111s:rritii> {lo l)i(;,~tio ,lo GOY*CP,LO SPIII ol)st>~,- vilici:~ ,(1os te1~111~1s (lesit! k~rtigo nso pro(1uzirA eit!ito> ju~idicos.

S 5 .* 0 s di,l)lonl:l s l)ublir:nd.os pe1.0 ,Blinistro clas Colv- nias no uso das suas faculdades legislativas terse a forma dos decretos simpIes e serQo selnpre assinados pel0 Presidente ,do Conselho.

Art . 92." E m cada co16nia ser6 publicado urn Bolctz'rn Ojicitr7, cln reg1.n seillol~al ou ~ ~ u i ~ ~ z c ~ ~ l a l ~ ~ ~ e l ~ i c ; nelo ac~.:icl insertos todos os diplomas que na col6nia dcva~n ser observados obrigaibriamentc.

# 1." 0 s dil)loll~ns l~ubli.c.;~dos I IO l)iri~aio (lo Got,rarr~:. para serem c~umpriilos nas cOI611ias si) cntral~i el11 vigor

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uc:si.t~s ilepois ilt: transcritos no respectivt~ Nolotittt. Ofi- clal. Ei;s:t traasc~i~ic;Zo Q o l~r i~ :~tOr i :~~neut~e feit:~, nu p1.i- int~iro nfilucl-o clo f l o l ~ t i ~ ) ~ 0fi.citt~ CIII(: fo1' p~lblici~flo dc- 1)ois (la cl~t!g:~clz do Ditiric tlo GOL.CI'ILO.

$ 2," As: leis s6 entram em vigor nas col6nias, inde- l)w"dtwte~~it~nit! dti sua publici~g50 no 1 3 o l c t i ' ~ ~ Oficit/J. quando, obser~adoz os preceitos dos artigos 27.0 ou 28." (lo Acto Colonial, nelas sc declarar que se apIicaru a todo o territ6rio da Rep6blica. Nem neste caso se dis- 1~?ilsa a tranucl~ip50 ulterior no Bobc!.i,tn O-ficial.

Art. 93." A obrigatorieda.de das leis ou dos diplo- I1la.i ~ )~~b l i cados 110 I I o l ~ t i t ~ ~ Oficinl nunca ilcpondc i l ;~ sua inserpZo em quaisqucr outras p~~blicagCes.

Art. 94." 0 s diplom;~s vujn priinrir:~. public:iy% foi fe>it:~ 110 I l ~ l ( ' t i u ~ Oficiu7 ~ : I S col6niiis tor50 :t (1:lia d u ilC~ucro ol11 clue 1i)reln iuscrlos. Aqu(?lcs que pcln pri- iueirx .\7tii: tivelaen1 sirlo yublic.nrlos no Uiii?+io (10 GO~UI~I'TLO mantcrSo nas col6nias a data da publicapiio neste. Uns e outros seriio scmpre referidos, tanto em diplomas ofi- ciais conlo em qusisqucr actos, pela data da primcira pu'olicagHo.

Art. 95." As leis e mais ,[liplomas corn cariicter legal come~arZo n vigora,r nas col6nias, salvo dcclarapiio es- pecial, nos prazos seguintes, c.ontados da publicapZo I I ( ~ ~.cspr.cti\-o IZ(;lctiyrr. Oiicial;

(1.) Cinco dias nas coI6nias da Guink, Macau e Timor, naa ilhas de Santiago e rle S. Toxn6, nos distritos ou pro- vincia,s das capitsis das colGnias de Angola, Moqambi- que B Estaclo da fndia, except0 nos distritos de Darngo c Dio, onde estes prazos sr:rGo respectivamentt: de oito e quinze .dias ;

b) Trinta dias nos restantes territ6rios ,das col6nias clc Cabo Verde, S. Tom6, Angola e Ilfopambique,

8 1.' 0 dia da publioagzo (la lei ou diploma nZo sc conta, salvo so as suas disposig"os deverem entrar ime- diatamente em vigor.

$ 3." Pundawdo-se ern deficizncia cle meios de comu- nicap50, pode o 3Iinistro das Col6nias, em mdecreto, ele- \ . ~ I I . at(( c:iucluwtta dius 11 1)razo rc:ferido IM i~linca 0 ) para pontes dctcrminados dc Angola e Mo~ambiclue, sob propvsta dos respectivos governadorcs.

Da organizapi40 0 Iunoionamento dos servlpos de adminIatrapiio

Dos s e r v i ~ o s gerais de administracRo

Art. 96." 0 s negbcios de arlministragZo central nas col6nias sHo tratados :

1." Por direcpaes de serviqos ou por repartigBes cen- trais de servipos ;

2." Por repartipiies tBcnicas de scrvipos ; 3." Pelos organisnlos lllilitares referidos no arti-

go 105.' 5 1." As direcp6cs r le s c r \ ~ i ~ o s clividem-se el11 repnr-

tigCes e estas n l secp6es. § 2." As repartipiies podcm esttlr ou nZo subordinadas

a direc(jo"es de servipos ; quando nzo estivorem, chamar- -se-Zo repnrtiqces centrais.

$ 3." As direeg6es ile servigos e as reparti~Ges centrais ou t6cnicas de servi~os terzo s sua sede na capital da. col6nia; seriio fisadas wcessivamente em Bissau as da GuinO e em Nova Lisboa, as de Angola,.

..Art. '37." Kill. regm s6 nias col611ias cle goverllo gcral La-t-crii rlirccy6es d t servjpos. .

§ tinico. Diplonras espwials fixnrzo para cad& co16- nin, con1 esprcssa nprovaqZo do Jfinistro das Col6nias, : I ;lisl.ril)uic;.,To rlos .;cbl.\.i~:c~i l ~ * l ~ s o ~ ~ ~ ~ l ~ i s l l ~ ) ~ .:r.c.fc1*itl(1z no artigo anterior.

Art, 98." As direcp~os ,de sen-ices serLiio dirigidas por funcionkios com o titulo do directores de servi~os da col6nia ; as repartip6es tlcnicas .de servigos c as reparti- p6es centrais seriXo dirigidas por chcfcs de fierviqos ; as outras repnrtip6es por chofes de repartipiio.

5 itnico. Sbmente ser5o considcrados directorcs i lc servigos da, col6nia os funcionirios que chefiarem as di- recpTje3 de servigos fisadas nos ,diplomas a que se referc o 5 ilnico ,do art,jgo anterior; nZo podem como tais ser considerarlos ou designados quaisquer outros funcionli- rios.

>Ill. 9!1.'' IS ~ L I I ~ I ; G ~ ! s (1,: ;~i~t(~~,:i~lii(lc> c:l~ofi:~ (IIIC?

I I ; I , ~ : I I I I 't1.r. st,^. r:st~rc.itli~% par fu~~riou;i ,~ios (lo-: qnoil.rtri , , O I I I I ~ I I - 11,b I I L I I I ~ T ~ O l ~ t ~ ( l t ~ ~ ~ ~ ~ ~ stir ,klm\-i(l:~+. ~ 1 1 1 < - o l ~ ~ i s G ~ ~

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$ 1." Qnanilo (1.; fullciondrios a cine sme rcfcre ,este :ir- t ig11 forcnl 11 o ~ ~ l e a (10s t r i j ~ coi11issT.0, entenclcr-sc-5, quc a. 1roine:iyito 6 vB.lirla poi doiq nnos condados d o din {la. KISS^, I~oileildo, iodnvin,, ser ~eco~iclueid~os 'par periodos iguais e sucessivos, so .o 3finistl.o das ,Colrinins assiln o eute~ltl~ea, e o governndol. o psopusor, ntd ao infixi~no - .

tl 6 % oito nllos. $ 2.." A esonernpiio rlos funciomirios jii referidos, an-

tcs mde terminar o pcriodo por que a comissffo estiver fixada, n i b ooderii ser feita a seu pcdido, salvo quando nao houver inconvcniente ou quando hourer vantagem de servigo p6blico.

5 2." Ap6s a icrccir:~ ~tallov:lc;.Go ile co111iss5o permiticla p ~ l o P 1." .deste nrtigo, se o funcjoniirio o nlereoer ,pelas tlu:~lidat1rs quo rt~vclou e pelas boos infori~laqijes obti- tl:i5, l~~rlcxrii s c ~ ~loln.c:~do ,ilofinitivn~nentt: para, n cntugo- r i i~ ( I X C no q n ; ~ l r o rnrse;pon8c1er no c:u.go esercirlo.

i l t b s t . ~ ~ \ . i ~ i , s ~ i . r Z o sezllpre cscrcitlns eirl co~llissbo par fun- c,iol~:i~-ios (10s rosl)ecti\ros qundws ou por pcs.soo.s utr- i~~c~:~.rlils 011 (:~l~tl . ; t t~rlas nos t~~111os [lo p~esclite itriigo.

$ rr ." ( k t , ~ ~ i i , i ~ : ~ t n s ( 1 ~ i ~ ~ d i v i ( l u o ~ j?ar:~ o d ~ e s c ~ n l ~ r . ~ ~ ~ i o das fung6es dc directores e chefes de scrvigos obedcce- rLo hs condigijes estabelecicl~s nests Cartn Orgdnica.

5 6." 0.; f~uucionSrios dos qunldros ~nel,ropolitano.s qnc forem 11.onlenc1os para scrrir uas col6nias en1 coiniss5o ] ) ( IT ll)razo 11Zo inferior :I urn all0 pnssnin ,h eit~ta.pHo d,s t l i ~ ~ ) n ~ ~ i . b i l i d a d e e abrcm raga nos ,qnndros n, quc perhen- ceY:em, uos qnais ~eocupariio a paimeira vaga que se dmer ap63 o sen rchgresso su, entrctn,nto, 1130 t i v e ~ e m sido no- n ~ r a d o s .definitiv:tnielItc pass 0s q ~ n d r o s coloniais.

Art. 100." 0 s directores e chefes dc servipos da co16- n ia despacham directamentc com o governador e, em IIO~II.C' ,deli'. ~ x i > t l t l ( ~ ~ l ~ a s o r , d e ~ ~ s neress.;iri;~s 13:11':1 o CUILI-

primento das iuas determinap6cs. Art. 101." Cadn crovernaaor tern sob a sua directa

0

superintend8ncia uma repartipiio de gabinete. 5 1.'' Nns coltillins ilc gnvernn p r a l l inrer i ulll t l~ei 'c

da repartip50 de gabinete dc livre escoIlla clo governador

e servindo ern comiss.;io amovivel. Nas ontrns colduias o chefe da rcpartipiio de gabinehc serii o ajudante de campo ou o secretcirio do governador.

1 2 . O Nas repartipijes ,de gabinete prostar%(, servipo os ajudantes de campo, oficiais hs ordens ou secrct&rios do governador.

:I.'' 0 s C ~ U ; I . ( ~ ~ ~ I ) $ ( \ ;ri-ril)uir;6(~~ (It15 ~ytj);~rtiqGos ( 1 ~ ?I-

binete serEo determinados em portaria d a colbnia. § 4." Qusndo a ac1unula,g50 do trabalho o esigir, po-

derzo tcmporh~iatnente prestar serrigo n a repartigiio de gabinete, por ordell1 do governador, outros funcionirios cla col6nia, sem prejuizo das fungaes que lhes cornpitam.

9rt. 102." 0 governador, por lneio de portaria pu- blicada no Bolctim Oficia2 e tomando a responsabilidade de tudo, poderri delegar nos directores ou chefes de ser- vipos e nos oficiais que diri jam os neg6cios militares dc terra e mar a res0111r$o de alguns dos assuntos que por estes devain ser tratados.

Art. 103." S6 os governadores das col6nias se corres- I J U I I 11elll C O l l l 0 ~ ; 0 ~ ~ . l ' l l 0 f~('lltl'il1.

$ 1." Ai c.o1~1.t.$~)on(1(:.n~i;1 p;i1.i1 0 Go-\.c:r~lo Cc.liir,~l 5c.r.t

sempre dirigida ao Xinistro das Colirnias. - 4 2." Y ~ i ~ l l u i l l fun~ionGrio en1 servipo n:i col611in po-

tli~1,;i c~or~c~s~jorlder-sc directanzel~te coil1 o Go~-1e1,11,o Cell- l:r*i~l, 1);1 :I lrlic*a~Go deste principio ,esceptunm-~e:

I ) ) 0.s illspectore,< su,l>erioros e mt ros ftulciowj.rios d e igual t)u ~ n a i s ~ l c ~ ~ - a t l n rategoria, 110s c.nsos en1 cluc 113- j a i n rlr il~senl~pt~uhar-sr ,d l? iniss5o rsperial c~oinc~t,ida prlo Jfinist.1.0;

1 . ) 0 s tr-ibun:lis, el11 nlnt.61,iu tl,c recursos oru 0,c oufrm ;~c.tos jiudicinis ;

tl) 0 s s e ~ ~ i q o s ~~lilit:ivt?s de t.~l.l'il e nrnr cln'u cl-epc!~l- rl,crc~n tlos 31i1lisf6l.io~ d a 'C&te~.ra 'e da Marinha, nos cilsos pre\-ist.os nn lei.

5 3 . O A correspond6ncia que, n6o envolx-endo infor- lilny6es sobre qualqucr assunto, respcitnr al~t!~~a-i a sii11- ples remessa de guias, notas biogriificas, contratos, traslados, c6pias ou elementos, mapas e estatisticas, documentos dc contabilidadc e de fiscalizagiio e quais- quer outros documentos regulamentares poderi, me- dia1it.e cspressa delegap%o do governailor, sempre rcro-

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gQvel, ser assinada pelos funcionBrios referidos no artigo anterior, sob a designapZo apelo governador D .

$ 4." Salvo o cuso prc-isto nn :dine3 b) 'do $ 2.", os funcioniirios .encnrregados pelo Uini,stro <das Col~jnins dc in,specg5cs, sindicCmcias ou inquBritos, que tiverenlz de apl-,esentar &irecta.mente relat6rios do es,er,cicio dn missgo d'e qu,e estirerem incumbidos. .eaviarEo simultii- neamlent,e ccil~ias autGniicns ,desses relatciri,os ao govmnn- (lor, .e neahullln outr :~ correspondGncia llles swB permi- t i'da para .o (30%-er~lo 4.'(\ntl~tl ~ U I ' 1150 s,ej.il por illt1el?m6dio do governador.

5 5." 0 organism0 central clos servigos de estatistica de cada colhnia, ell1 ass~mtos de natureza t6cnica, cor- responder-se-St c o ~ n o Instituto Nacional de Estatistica, mas por i n t e r d d i o do governador; cumprirB as ins- trugaes cle naturezu ti:cnic:l clue ~ s s c Iustituto llle trails- n~it, ir . Estd obrigailo n fornec~or-lhe em t,empo devirlll as inforluaq(?es e e1cmr:ntos 1~recisoa p;1rt1 n 11ublicaqZo dc estatistirnu gerais .do Inlp6ric1.

§ 6." A correspondihcia oficial ser i de t r& ordens: ordinriria, confidencial c secreta. A correspondGncia confidencial s e r j usarla nos casos em que convenha manter sob reserva qualquer neg6cio corrente do Estado, e s6 poderj ser aberta pela pr6pria entidade a que se dcstinar; a correspondGncia secreta niio pode ser co- nhecida sengo dos Ministros, .governadores, directores gerais e secret&rio gcral do Mlnist6ri0, e serti usada s6 quando, por escrito, tenham rle ser trat,ar'os altos neg6- cios ilo Estndo que dcral~i ser gua~ ludos cln s e p d o . A lei cominarzi penas ebpeciais para os qne $vulgarem. desencaminharem ou destruirem correspondancia confi- dencial e secreta.

soxs~cgLo I1

Art. 102.O 0 Estado assegura nas col6nias a eslstbncia c prestigiu >cl:is inst.ituiqijes uiilit,ares d.e terra e mar esigidas pelas supremas necessidades da ,dcfesa da in- tegridade nacional e (la. unidade .do ImpBrio, da manu- tenpGo da sobcrania portuguesa e da ordeln e da paz p6- blicas.

~ ) l i ( *o . A s i ' o r ~ ; ; ~ ~ >11ilit:1~1vs ( !o l~ i~ i :~ is ~ I I I ~ N I I scr ~ 1 1 1 -

I)regadns e ~ n qnn.lqlicr ponto do territ6rio portnguE?:, ou 110 ctstra.ng:.r?ir.o p r a os jius ~lcst.c: :n.t;igo tlesig~~ados.

Art, 105.' 0 s negocios relativos h administrapi,~ mi- litar na.s col6nias sso tratados sob a imediata superin- telld2ncia dos governadores:

1) No quc respeita aos assuntos que interessa~il i ~ s forqns militares de t e ~ r a :

r t ) Pelos comanrlos illilitares das col6nias, ou, na sua i'iilta, pdos cluart6is ge11era.i~ ,(Ins forgas clo us81+cito el11 Angola, Mopambique, Estado da fndia e Macau;

ZI) Pclas repartiqEes militares nas ontras colbnias.

2) No que respeita. nos assuntos de marinha:

te) Pelos departarne~tos msritimos em Angola e No- qanibique ;

b ) Pelas ca.pitaniw dos portos nas restantes col6nias. $ 6nico. Aos departamentos nlaritimos e capitanias

dos portos pertence tratar de todos os assuntos de mari- nha, quer militares, qucr de outra natureea.

Art. 106." Quando houver comando militar da co16- n i a , p(un s.eu interllli'clio se ese~ccrCo as a.tribniqGtc> ~liiIitilrcs d o governad-~)r, 110s termos d o $ finico clo :]I.-

tjgo 34." 0 s comandantcs militares de Angola e Nogam- biquc serge pclo menos coron6is colu o curso da arma; U X C ' I . ~ ' U ~ ~ ~ 0s S ~ U S cargus el11 C O ~ U ~ S S ~ O c s6 U I ~ ( ~ I I : L ~ ~ : I

tiveram a confian~a do Ministro e do governador. Respondem pela disciplina, iustrug80 e eficisncia dns for~a:' sob o sen colunlido, tle~enrlo, ~lentro das s u a i a t r ~ i b ~ i ~ ~ t t s , m i d 3 1 ,de tuilo o rlne intcrcsse 11 clefcsa da col6nia, propondo superiorlnentc o quc julgarem con- veniente.

5 1." A direcqzo dos quarthis generais pertence aos chefes ,do estado maior, que seriio oficiais superiores do exhrcito, do estado maior, nas col6nias de Angola e Xog;unbiqnt?, e cnpitces ou uiajores de qualqucr :Irma, corn o respectivo curso, Nde preferencia do estado ma:or, no Estado da fndia e em Macau.

§ 2." As repartiqBes militares seriio dirigidas par ca- 11itZes dc qu:ilyucr arnl:t, coln o l.t~.~j)t?c?tivo curso, co111

a designagiio de rcchefes das repartip6es militaress. Art. 107." 0 s clepartamrutos ~unritimos seriio dirigi-

clos PO' cLefes do8 depa.rtamitntos illaritimos. As capi- 1:111i:is 1104 l ) o r l ~ s st~1.50 tlii~igiilr~s 11or 1 ~ : 1 1 ) i t A t ~ , ~ 114)s ~,OI,!II \ .

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§ unico. 0s chefes dos departamentos rnariti~nos fie- rzo oficiais superiorcs de marinha. E m regra, os capi- tiies ilos postos tr13o t r l)o>to (It, ~)i~ilt~~~l~~~s-i~ile~itcs

Art. 108." 0 s colnaridantes militares de colbnias, os chefes de estaclo inaior, os chefes dos departamentos ma- r~tinlos e 0 3 uapil.ies (los portos tle col6nias onde n;io haja departamentos maritirllos teriio vencimcntos de ca- tegoria e esercicio, fisatlos em diploma legislative, in- dependentemente dos postos dos oficiais yue clcscmpe- nliarcl~n essei c,~rgoi

$ dnico. 0 s chefes dos cstados lnaiores c os c6efes dos departamentos maritiulos siTo equiparados a chefes du .servigos das coltinias c l t ~ goverllo geral. 0 s chefes dns re- 1~:wtic;jes nll1itar.c~ ct c*,~l)li:ie, (10s porlos cle c016ni:l untlt~ ngo haja departan~entos lnaritiuios s5o equiparados a chefes de serripos. Uns e outros podem, nestas qualida- tlt~s, fnza. part(? rlos Coiiselhos rlc Governo.

Art. 109." A organizapiio militar B una para todo o l e ~ rit61 io rla SayBo Po~*tugl~es:~.

§ 1." Para esecupiio do que no $ Cnico do artigo 53." (1:. CoilstitaipCo si! dispGe scrii ndaptndo u i ~ l,egiinrl t l t l

transirEo corn 8,s restrip6es temporbias indispenssveis. $ 2 . O Diplomas especiais, tendo em vista. o principio

consignado no presente artigo, organizariio os servigos militares de terra e mar nas col6nias.

Art. 110." 0 servigo militar nas col6nias Q geral e obrigatbrio para todos os portugueses. ,4 lei determina a forma de ser prestado.

Art. 1 1 1 . O A lei regular& a organizagiio geral da Na- 950 para o tempo de guerra, eln obediBncia ao principio de na@o armada. Nas col6nias todas as organizagGe9 de serviqos tergo em vista as necessidades supremas da defesa do territbrio, ~rocurando adaptar-se a elas e fa- vilitnr il 1niss2o il:~, i1lstituil;ijes i l~ili t i~res.

Art. 1 1 2 . O Nenhruln cidadso pode conserrar ou obter c111lxego tlt~ Estuclo, dns aut:~rquias locais, clas uompa- nhias COM prerrogativas de administrapiio pdblica e das (~ l~ lp l ' e~ :~ ; ~ 0 1 1 ~ C O I ~ C ~ S S G C S 011 ~~ontratns C O I ~ I o Estncln n.1; uol6nias se nCio houver cumprido os deveres a que estiver sujeito pela lei militnr em vigor nas col6nias.

Art. 113." A qualquer empregado do Estado, dos cor- pos e corporar6es aclministrativa-, on de cornpanhias que corn IIIYI oil outros tenh:m cont.rato C! garantido o rli-

Art . 114." 0 s governos colouiais procurariio man- ter a instru~Eo militar dc todos os elementos mobiliz6- veis dos quadros cle sargentos e oficiais do e x h i t o que se encontrem no territ6rio sujeito B sua jurisdipiio. Corn autorizay50 do Xinisiro das Colbnias podcrlo convoci- -10s para periodos de instrupHo, de inodo a habituxi-10s ao comando das tropas indigcnas.

$ ~ n i c o . Todos os elenlentos n~obilialveis (lo exQrcito ou da arn~a.rla residentes ou de passagein em qualquer col6nia se consideram h ordell1 dos organisnlos militares referidos no artigo 105.", para efeitos de rlefesa do ter- ritdrio, [la ortleln e da pae pdblicas.

, \ i t . ll,?." (1) Estndo gwante protrcc;iio rh pelisaes iiyncl- Its que nas col6nias se inutilizarelii no servipo militar em defesa da Pritria ou da ordem pliblica, e bem assiln 11 f:linilia legitinla . - cujo snstenic~ tl(.p~ncles dos quil 11~1:. pcrderam a vida.

iinico. Leis especiais regulal-20 a forma e termos da 1)rotecqa"o nlencionada e o quantitative e duragiio das pendes que se concederem.

Ari. 1-16 " St1r:i co11i111r1 :I lurlas as forCns n ~ l l i t ~ t l e\ cin serviqo nas col6nias o regulainento cle disciplina mi- l i tar colo~lial.

S dnico. 0 regulamen to rliscipIintlr lnili tar das c o b nias si, Q aplicivel aos militarrs que eserqam cargos ci- TIS nil :~(lnlinisti:~yG.o co1oili:ll rlu:ui~tl(~ con~e~nili lnfrac- ~Ges ile caricter militar.

Art. 117."enhum oficial ou sargeilto do esercito ou (1s armada uoded s e r ~ i r nas col6nias em comiss50 mili- tar, seguidamente, por pr iodo superior a scis anus, 11cm s cln regressar, depois de cumprida a comiss%o, sen1 113. mctr6pole l ~ a v r r preslatlo serviqo luilitar efec- tivo, de tropas ou dc especiulidatle, por tempo 11%) in- ferior a tlois anos.

S linico. Qusndo a comissiio lililitar seja intcrro~ll- pida por liiotivo de licenqa ou qualquer outro motivo legal que dd direito ao abono (1e passagcns de vinda c regresso, tanibeln o tempo total do servigo na col6nia nHo poderj esceder seis anos, next outra comissiio de ser- vigo poderi segui1-se antes de decorridos dois anos do servipo militar efectivo, de tropas on tle especialidade, ~'restailo na mctr6pole.

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§ 4." 0 procedilnento ,disciplinar 6 independente do proccdimento criminal no que respeita b a,plicapZo das

Dos funoion&r~os ooloniafe

Art,, 118." 0 s funcionjrios publicos ,coloniais, quer do Estado quer dos corpos e corporagljes administrativas, estiio ao servigo ,da colectividade e ndo do qualquer par- tido ou organiz:~ p5o sile interusses particnlnres. Xstii!) obrigados, em todas as circunst&ncias, a acatar e faxer respeitar a autoridade do Bstatlo, reprcsentada pelo Go- 3-erno.

Art. 11!)." 11s norillas rcprr1ad~u.a~ da disci]-~l i~l i~ do.5 funcionlirios constarli;~ ctc diplolns geral, apliczivcl a todos os funcion6rios coloniais ou em servigo na,s co16- nias, corn esceppCo dos ]xilitares e judiciais.

§ 1." A disciplina imposta pelo serviqo pliblico vin- cula o funcionririo em tocla s sua actividadc publicn, i:~nto 0111 nctns dc! serriqo ronio for:^ ( l~ l t? , P 11il. : ~ ~ f i v i ' d : ~ d ~ particular em todas as math ias que importem ou intt!- rclssv111 ao ~ O V C ' I ' I ~ O a .:ld1ninialr:tq5o cu1oni;tis ,(! ;I, tligni.. (lade e prestigio de fungzo que eserce.

§ 2." Lei competente estabelccerj para todas as 0016- nias e para todos os funcioncirios civis uma escala uni- forme de penalidades, referindo dc niodo espresso os seus efcitos.

Art. 120." 0 proccsso disciplina,r scrci sempre sumi- rio, nGo dependendo de formalidadus cspeciais; deve ser rouduzido dc forma que leve sem demoras ao apura- rnento ,das rcsponsabilidades; nso podem scr juntos aos autos pap& qne contenham 1nat8ria estranhn h acusa- qLo.

§ 1." Em proccsso disciplinar a dnica nulidsde in- suprivel E a. niTo andir$io'do arguido, so clever realiznr-sc.

1 2." funcionririo implicado em process0 discipIinar poderri. ser fdesligado .do serviro se foi- convenic~~te pni8.l n boa marcha das investig:bpi;es, enqunnto durar a in.;- truqPo ou at6 julgamento final, sem ~enc imento ou conl. par ln drltl :1t6 50 1301. or11t.o. Potlo i:nlnb61n set.-llle jisn.tli, residancis em localidacle certs; 1na.s neste caso nKo po- tlcr6 hmc?r supressso de veneiinento superior n 50 por ce11 lo.

$ 3." Das decisiies em rnaLGria disciplinar cabc re- c:urso grncioso ($ hirr$rrlairo nn f'ormn clue 3 lai prtls- (srtA\-cr.

pcnas. $ 5." Sunlyrc: que a faltn disciplinar constituir simul-

td.~~eanlcnte fact0 punido pcln lei Q obrigat6ria a parti- cipapgo Bs autoridades judiciais.

Ari. 121." 0 J1~illisti.o d i ~ s Col611i:rs 1111 os go\-erll:l- 11oi.r~ milns ct.,lilniu.; poclcni 1ll:tililar :~prescnlnl. n o JIini+ i6rio o-: fnilciol~;ir.ioa cnj :~ p~.c!seilyn, por grave mz3o (1':. A - , I o - I I crviyo di$

$ 2." ,0s gnrer~iadores jnskifi.car8o se111prc n sun tlcli- berapic., quer na guis que ao funcionario passarem, quer en1 confidencial dirigida ao Ministro.

$ ?:' Se o J I in i s t~o co11eo1\rl;1.r ( b o ~ i ~ t i : ~ t i t l ~ d ~ {los go- vernadores, serdo os funcionjrios apresentndos no 3fi- llisthrio nas condig5cs do presente artigo colocados na situnpZo dc adidos fora do serv i~o se noutra col6nia nlio pudcrem ou deverenl eer colocados. KO concordando o Bfinistro, voltsrSo os funcioniirios i~ co76nia e seri o ~overnaiior clebitaclo pclas passngens. -

4." 0 I'nn,c.ionlirio .rjucl no c1sl,:r~o rl t. ,r:illr:o :Inos, co111 j 11 do ~ l~o t iyn ~wifi(ai~do I ? ~ I I l)~~orc~s!io r1isril)l i n ~ t ~ , 11t:lil1lailo :~l,l~c~sent;~r rla;ls \-ezes n o 3titlistb.rio dns Co16 11 ins pol. gov(vi1ii e ' l n~~~s (1; f~x~~bl) t ~ s ii(?rii a l)os('ilt;1~1r) 011 r 1 ~ - ~ ~ i i t i d o , t?.rtnEo~~,l~ ti\-c!r on 1150 t c ~ ~ l p o p n ~ n n aposcuta- ~ ( Z I I ! l>t:rd.~b~lilo I) rlil-cii o n pas2-i:1gexl~s ~ O T conta do Estado.

,%~1.1. 12'2." 0 s ,rrn;~tl~os gcrnis i111 Eu~~c+ini~n.lis~no .c.olo- ninl Go:

u ) Quai11.o~ o o ~ l ~ u ~ ~ s ilo I11lp6rin ~Coloiiin.1; b ) Qu:r ilros c o ~ i i p l t ~ ~ ~ ~ ~ i i t n ~ r o a q u ~ a lei creinr pa(1.a dc

'ierininados scrvipos; a ) Qnnclros pricntivns dc cn.da. colrinia. ou glbupo rl(.

(.ol61li:1s. 5 1." I)cwti+o ,dos C ~ U ; I , I ~ T O S gcrnis podc llt~.vcr qunr11.o.; . .

t~l)c:r I : \ I S , con1 o:~g:.nnizny5o 't? ((1 t'sig11nr:i;n p r h p ~ i : ~ ~ 11,. (*:I tl,:i stvvi yo , nos t,e~<lt~os Irg:~ i3.

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,hi.. 1%."5 clundros .dos func ion6r ios 5% 0s. q u c c o l ~ s i a r e l l ~ d a le i e s6 es t r s poilet50 insnrtvcr-sc n n s t:r- l)c.lr~s orqamentn is.

1 . O I'ertttnc,c!~~l nos q u a d r o s r:ontuns clo Illlp6rio: ( I ) 0s oficinis dos e s t i n t o s qundros p r iva t ivos d o ex&-

cbito rol,ouinl, inc lu indo os (10s qundros milit.n,l,es de sautle, t. 0 s oficiais d o ushrci to on '(In arm:viln se rv indo tlar cnlnis,sSo ~ l l i l i t n r ;

b ) 0 s nlngistrn.do.i juc1icia.i~ e d o ,31iilist6rio Pub1ic.o. iuc lu indo oa conse.r~-a (ior,cs d,o r 'egisto p red ia l 1ic.cncindoa njl l)i1~1~iic1, n.; ~ l o t k r i o s , st?c.l~r1t:i.i~ios P ; i j u d i ~ l i t t ~ s di1.5 l{.t*la(;'Tr- I. o.; t.<t.l.ir;ltbs rlc. T)ii*rito, ~ I ; I fo i ,n~n (la le i rs- ~ l ( ~ c i : ~ l ;

c ) 0 s profcssorc*~ r inspectores d o ens ino l iceal , t4c- liico ou super io r ;

11) 0 s funoion,irios dtl a,dniinistrnpSo civi l d e cnt,c- g:),ria s111)e1'ior ;L p r i i ~ l ~ i ~ - o - o f i ~ i n l ou a a drlziuisti*ndor clrcunscriqi?io ;

e ) 0 s fnncioniirios d e categoria . s u p e r i o r a p r i m e i ~ o - -oficial o u equivnlente nos res tan tes serriqos, i ac lu in i lo (-1s dn Fnzcndn. , t&c~~i ro-ndnan .c i ros , rlos eorrcios e t,clC- g~n . fos e rln sndde ;

j ) 1116di~o:: c f a r l n : ~ c h ~ t i ~ o i , 5 : \1~o ns disposiytjes dri l e i especial ;

!/) 0 s retcl.iuli.~icrs. rngelldlciros. :l~grbnoltlos, snqui- tcctoa (1 outros fuur ion6r ios clme serr iqos tdcnicos a,os 4~uai.s :L l e i ile p r o ~ i l l ~ e ~ l t o ex i jn curso s u p e ~ ~ i o r d,e espc- c.inlidn,d.c-~, q u s n d o ontm eoisn nBo rol ls tar clns Tespec- t i.r.ns l e i s o r ~ & n i . c a s . -

1 3." 0s q u : ~ ( l ~ o s c ~ o ~ n p l . c ~ l i c n t ; ~ r . ~ s , d~est,inados a coin^-

1)let:ir n nrqXo (Ic d e t c ~ r i ~ ~ i n a ~ r l o s 2err iq.o~ (.ill r m n o s t.3-

p w i : ~ i s o11 rc~~r i~ i tc ; i~ io~ e1t1 in:\ ~ i ~ t i ~ i e l t ~ d : ) . I - O ~ I I I I I ~ I ~ I ~ I ~ -

~11~111 :

( 1 ) 0 s 1l1Grlicos . ( l i ~ ( ~ , s l ) c ~ ~ t ~ i ; ~ l i ~ ~ a , i l ~ ~ s . (1;1s 111issGtls oil 1)i~i- ~ ; L ) C I ; ~ < s : ~ ni t h*i:is I ~ ~ . ( ~ I I ~ ~ I I : > , ~ I I I C * I ~ ~ ( ~ (*i*i:rtlf~s ,(% (10s s ( ~ i ~ v i Y c ~ < 1oc.a is 11v sa6;lt. qntl :I It4 e l r l c ~ ~ . i l ~ i ~ l a l . ;

h ) 0 s fnn,c.io~~iiri,o.; tbtuicos e~r31lf u:iis 110s ,c:rn~il\ll I,.;

tle ft:~.rc>, 01)ras pdlrlicas e ou t ros surviyos t6cni,cos; c j 0 pt.s~o:~l rlas b r i g a d a s o n 1nisiGc.s colt1 cnr:ir.t.rv

tc~innorhrio. $ '3 ." Torlos o; f ~ ~ l i c i o n i ~ i o s nKo ~ r l ~ ~ l c i o n n d o s nos pn-

14gl.nfus :~n t t : r in~es pe.r ten,ce~u nos qun(1r .o~ p r i r a t i v o s . A r t . 124." 0 s funcion;irios co1oni:lis serZo nolnenrlos.

i 1 1 i l o r ~ n i i f i i ~ ~ n n d o ~ . p~~culrrnriilos, esoupr.ndn3,

cit.ll~itiil<)s 011 ar)ose~l ' in~los 110s ~111: l , d i i ~ segtiilltes e11.1i- tl:>rles, c~onfnrmc o qunda.o a quc ] ,c?~~tc~r .ccrc~u~:

( I ) ( ).i ri05 qu:wl~~os ,collllms, polo J.linisl.ro d a s eColJ- nin.., nos termos dn l e i p c r n l ;

1 ) ) 0 s dos qnadros c o n i p l e ~ ~ ~ r m t a v e s , p.c!lo X i n i a t r n ow p ~ l o go\ .c~nnilor ( 1 ~ col61lin, ~ o l l f o n ~ l e R l e i 1d.eterminat;

u j 0 s rlos rlua[lros .p~i\-nliro.5, salvo a.s excepqGes ex- p~>essnn~r?u te c o n ~ i g n a d n s n a l,ei, palo gor,elzlador da ses- p r c t i ~ ; ! ,col6nin, sthgun.do a s disposigGes ue la e m v igor .

Art. 1'25." Sal\.o a hipht.rise ,de missZo es.l)ecial, os pro\-iulenios pclo Minist-ro dn.; ,Col6nin.s m,encionariio : I ~ ~ I I : I S :I. (sn16nin onde os fnne-ionir ios de\-.ern se r r i r* , i~olr1l1t.i iuclo no .go.zri.nnd or n coloc:igiTo u11s lugnres (1 ; L

c&:lt r?gor.i:1 que 1 h . e ~ coubr?r. 3 liai.co. A tmnsfer&acia (10s funcion:i!rios gdos qu;l.dros

t * o ~ i i ~ u ~ s de ulna p a r a o u t r a colci~lia 6 iln c o a ~ p e t Q n ~ c i s do Nilli.;tl*o d a s Col6ui:is t. (1,cmtro ,da Inesnia co16nin 6 (la c .oi~lp~tc '~ir . i :~ (10 r[*q)et:li\-cr g o ~ - . r r l ~ n ~ d o ~ .

,11.t. I %i." .Is priiu,eir:~s nomc:~qo"c.s TJ:II.:I os < l ~ i : l d ~ ~ ~ ~ s r11b f u l ~ c i o ~ i a l i s ~ l i o .coloui;>l podein s e r :

5 1." A s nolncnq6(~"n+tc~rinas obed.e.cerSo hs soguintcs regr:>s, nl6m d e ou t ras legabment,e f isadas:

1 ." Comnete.1n i1.s eutida,des i n d i c a d a . ~ n.o a ~ t i : ~ ~ 1 B . O .T

c o n f o l - ~ ~ ~ c os ( ~ u a ~ l r o s ; t o d s ~ i a , ,em caso (de insd i5ve l u r - gdncin de serviqo pcbl ico, p.oderEo .ser f e i t a s pelos gowv- nndol.cs gera i s on d e .colcinin, mnesmo rluaudo o l u g n r n p r t q o ~ - e ~ pert.e.nqa n0.s q u s d r o s cornnuns o u compl~emell tsses ;

2." As orcl.cnailos p r l o 3 I in i s t ro dns Colhnins vnltertlo chllclui~~~to c l ~ i ~ n r e l l l :IS c i r e u m t G n ~ i n s CJU'~! ns j u ~ t i f i ' e a ~ ~ l ~ ~ ;

:3." A s fritn: 1x10s gol+r.rnnd.or.es cad.ueam 3.0 fill1 dc- 11111 no, s:11ro :IS c ~ s r . e p ~ E e s pre'i-istas n : ~ lei, e p c ~ d e n ~ scl. i.c~ilov:~rlns, I I I ; ~ ~ , c~unl~~rlc) o rnl.po pci:tt~ncber no quti- elt,o ( L ~ ~ i ~ ~ ~ i i ~ ~ , 6 p ~ w i ~ : ~ i l ~ ~ t ~ ~ * i ~ i ~ ~ $ i ( l d o ,lfi .aistxo dm ~Colb- 111:ts.

S ?.'. As I I I ~ I I I I V I ~ ~ ~ ~ ~ ~ <It' i l l g r w < ~ ) no SPPT-~QO p ~ b l i ~ ~ ) r . c ~ l o l i i:ll 10r3o c*nr,;ic.~~~l. ~ ) ~ , o ~ i s t i i . i o 13111~1.ilt.v cilico nos,

( I j ,2 I L O I I I ( Q L ~ : L ~ i 11ieia1 S I ~ I ~ : ~ . ~ ( Y I , CIUIR auos , dc colitil luu c.xercic:io. n i ~ l d u ytic en, d ive l ' su~ log:\~.e-; d o m.esllln q u n - d 1.u :

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b ) Se o funcionh~rio t i w bow infornlnq6cs, serh re- contluei<Jo por 11~;lis t1.6~ : I I IOS, N:IS ~,oi~cliyO"es d o 116111'e~o antel-ior ;

c ) 0 s fur~cimj;.ios ~lo~ueald,os pl~o-isb~i~nle11te, nos ter- 7110s .cleste par6graf0, 16111 os dm-eres fe d i ~ e i t o s dos fun- c:ioa5,~ios de nom8en~Zo ~ d ~ l i u i t i ~ - a , incluin.do as pronio- qGs Eegnis.

5 3." .Salvo o disl)os.tr~ I):II':L ;IS 1lo111eaqfies ell1 comissiir~, o f u n c i o n j ~ i o sc r i noil~.endo definitsiivimnente, se o .ale- rtt,cer, ap6s ciuco allos cd.e ,eri.crcilci,o efectivo das funqaes, cbnlll disp.ens,a d~e nova posse, devendo cont.ar-sc-1h.e n a#ntiguidn'tle desde a. priln1eia.a posse que ha ja tornado c111 \-il.tu.iltb (In noi11enqSo p1:ovis6rin.

# 4." $St! o fuuciondrio n nornear lcl~efinitivauleute for lililitar do eskrcito ou .dn nlmiatla, s n.om.eaqlo dep.rl~- rl,cr:i t1.e 'q~~.Qrio nsse~ltil~l'u~lto do Ninist#ro da (;.uc~T:I 011 t l :~ J la r i~ l . l~n , ~~c~spw~l.ivnm,entc, s o h e roqueritnonto do j i l t ~ L I : I ~ S S ~ ~ O .

5." 9 s no111o;\q6es c . 1 ~ co~l~issBo coufelwl~l os 7dirui- tos c i,nlpBclll (1s d e ~ c r t ~ s cor~espon'd,enl.e$ a o ca:rgos :~pen.ns d ~ u n n t e o prazo (la sua dtwaq5o.

A1.t. 127." No ~:e!:rutml~el~to ldos funcionitrios adoptnr- -3e-5 ten1 TP?~ : \ o ~ist ,ei~i:i (10s ,CODSII~SOS de pl\oras p<t- 1,licas.

Art. l?8." 17 nrlll~itidu a 'prestacSo d.1: srt.rrigo ao Es- tad tr J I ~ s col6nins, p.o~. contrato, 110s cnsos se,guintes:

I ." Yo csercicio ;uiual .d'e ,c:~tgos iivc'luidos 110s qua- (lros d : ~ atlnlinistrt~q$o pCl)licn, clun~i~rlo s lei regnlador,~ do s t q ~ provimento o ~ ) . c ~ ~ i ~ i t i r ; ' 2." S o ~rlesempenho eventual de funq6es clentro o 1 1

frn);~ lrlos r~ferid.os rlunrlrou, quando a lei o permitir, on i ~ i a d i ~ , 110 silbncin rlest:~, qu:luclo, t.111 vil,t.ud(> il:i sn:1 tlifir~u18il,n de ou espeninliilndn, n outo~i~d:ld.ct qtte dew? 111-0.

vi.-Ins ~twt~cncl;~. SPY ~~ecesshr i~o ,~011t1.ntal~ pc>sson.< d~ a l l ;I. ou esl)t~cin.lien ila ~coi)i])rt.itrnc.i;~ ;

:1." NII ~)~~'st:iqTo sc!i.riqo on lrnl):~llr t) nsr:tl;~i*iil~J O .

11 i:r : I di:~ , ( $ . (.III Trgr:i , do n i i . t ~ t ~ ~ ~ ~ ~ i ~ ~nnutlal . 5 iluir:o. A 1(:i ,est;:kI~t~l ccic~;i o repi111.e cn,d;~ unl a drq-

ias i'orli~a.: tlv r:o~ltl~zto, c?~rj:i, , C ~ > I ~ L I ) I . L L ~ ~ O po(110rij. OIL 11%;)

srtl- 1~-e~dilitl:1 ( l r ~ ' o i l ( ~ ~ ~ i - s o plihIico, COII.~OTIII.(? for jtllF;l~il~) r*onreni,c?itt.c.

Art. 129." NZo poderQ ser nomeado ou contratado para cargo pliblico qnem tiver anteriormente sido con- clenado a pcna mnior ou correccional, aposentado ou deniitido por dccis5o tornndn em .process0 disciplinnl.,

pclos crimes de furto, roubo, burla, abuso de confianpa, fnlsidade, difalnap50 ou callinin, provocag50 pfiblica ao crime, prevaricapiio, pccnlato c concassZo, pcita, su- b o r n ~ e r.ol~ru~l~qfiu, ill(-oiiR tlGncia, incit anien to :I. i11,dis- c~i.uliua ou ontros true sc! .drr;uti c:onsideral. ilrsoilroaos.

§ 1." E m qualquer tempo podcrGo ser demiti,dos pelo Ministro dss Col6nias ou pelos governadores coloniais os funcion6rios no~ueados contra o que no presente ar- tigo sc acha disposto.

1 2." SerEo selnprc 'demitidos os funcionirios que forem condenados pelos crimes referidos nesto artigo.

Art. 130." 0 s direitos, deveres e garantias ,dos fun- cionsrios constarEo de leis gerais, comuns a kodos 03

funcionhrios do ImpBrio. Art . 131." As s i tua~aes dos funcionarios civis colo-

niais, qualquer qur: seja o quadro n que pertenqam, slio as seguintes:

n ) Activi,dade do servipo ; L) 13isponibiliclade; c ) Inactividade ; d ) .Aposentaqiio. 8 linico. Lei geral definiri os casos que devem con-

si,derar-se abrangidos ,par qualquer das situapEes re- feridas e corn ela se conformariio todas as organizagges de serviqos nas col6nias.

Art. 132." 0 regime de l i c e n ~ a s ,dos funcion6rios ci- vis nas col6nias abrangfrri as seguintes. esp6cies de licenpa, qualquer que seja o seu quadro ou categoria:

a ) Licenqa ,disciplinar anual, a goznr em cada ano civil, seln perda de vencimento e depois .de ,doze meses de servico efectivo e sepuido na ~ r 6 a r i a col6nia:

( - 1 l ~ i i ~ ~ l i ~ ( ; i ~ 11i1 , ~ I I I I ~ L I rle s:ti~(lrt, :I, goxid1, 11~1 ~ ~ o l G 1 1 i i 1

u u voull.o pollto, 1 ~ : ~ s sfj quitado it vi,da do funcionirio correr ~ i s c o pela pernlanthcia n a col6nia e estiverem esgoi,ndos os rucursos locais para o seu tratamento; .

r l ) TJict?nya rco.istada, 0- (lurnnte ~)t!riodo nzo supcrior n scli:: meses seguidos;

c ) Licenpa ilimil-adn, yue nuilca poderii durar por l~o~~iorlo ii~f(~i*iot, i l (1t~zoit11 I I I ( ~ S I * S ; It3111 r.o~)io t~f(li1~1 I):,<-

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sar .a funcionario it inactividade, niio podendo roltar a.0 sel-viqo sem haver vaga na sua categoria e classe.

$ uui.co. As liccngss disciplillal:cs sG ~ c r 5 o concedidns aos funcion6riou coln bom comportai~cl~i.o, boas in- forll~apaes e assid~ziclatle ; l)o,tlei)~ scr goenilas i1;1 pr1;- pria col6nia ou em col6nia vizinha, portuguesa ou es- trangeira, mas sem ldispbndio para a Pazenda. NBo t6m direito a licenpa disciplinar os funcionirios que ti- 'verem f6rias legais. Nesta licenpa descontar-se-Qo sem- pre as faltas ,dadas ou as licenpas gozadas durante os liltimos doze meses. dl+. 133." As lioenpns ~ef~er idas nas nlineas n ) , b ) .

f l j e E ) (10 a ~ t i g o ~ t ' e r i o r s6 l)odeSo ser conceclidns qumulo 1150 hou~~ ,e r iuconvenient,e para o se~vigo e, senl- pi't' (111" as .esig6ncias 'd,o mesmo -serviqo o aconselhnrem, l)(hile1850 ser inberrolupidas.

Art. 131." Cada funcioniirio civil colonial ter6 a sua f o l l ~ n tle st>i..iiqc~; 'deln ~ O l l s t l \ ~ ~ ~ todos os t*lenleuto3 c l u ~ ~ interesse~n ii sua biografia profissional e ao servigo pil- blico. 0 Ministtirio ,das CoI6nias far6 publicar os mo- tlvlos rln folhn cle stw-iqo.

f 1." 0 servipo dos funcionririos civis coloniais e a sua conduta moral e profissional serge sujeitos a in- formaqiio anual.

$ 2.Vodos os funcionArios coloniais teriio bilhete rle identit1:ide. 1Sur:i i:ollLnul :L torlos os qnn t11.o~ o ~ l l o d c l o do bilhete de identtdaidc. SerZo passa.dos pelo Ninist.6- rio das Col6nias os bilhetes de identidade dos funcio- n&rios dos quadros comuns c assinados pel0 secrettirio geral do Minist8rio. Sera0 assinados pelos governado- res das col6nias os bilhetes de i,dentidade dos funcio- n6rios ,dos quadros privativos.

Art. 135." A lei indicarii os regimes de incompati- hilidades e acumulapties apIicQveis aos funcionirios coloniais, tendo em conta as exigdncias morais e t6c- rlicas de cada cargo ou funpZo.

8 h i c o . As fun~ijes de governador geral, de col6nia ou ,de provincia, as ,cle comandante militar de coldnia, as tl r tli~~tv*tr)i,cas OIL c11c.ft.s dc s r l ~ * r i y o s ilr l ( ' : ~ x t ~ ~ ~ ~ c l ~ t . atlna.nciros e de administraqiio civil e as dos inspectoree ndministrativos e de P a ~ e n d a siio incompativeis e ina- c u i u ~ l ~ v c i s corn quaisquer outras, p6blicas on priva- ilas, remn~lc!rarlas 011 niio, ainlla que a titulo de silnplev inerGncia, corn csceppSo npenas das que respeitareul ao esrl.cicio (lo..; luga13~s dcsig~lados por lei no Co~lsellro

tle (iovcrur, c ila sutr scc:qGo I J Y I . ~ I I a l l u l i i t ~ , U : ~ S (:oufc'- r6ncizls de governadores, no tribunal adrninistrativo e nos conselhos disciplinares.

De administrap&o looal

h1.t. IY( i ." -4s ~i nstitnig6t.s ndnlil~i..;irnti\-:ts il~unic*i- pais e locais sSo representadas nas coldnias por cDmaras municipais, comissiies municipais e juntas locais, con- forme a importancia, desenvolvimento e populapBo de civilizaqiio europeia da respectiva circunscrigiio.

Art. 137." 0 s concelhos, corn o seu corpo adminis- trativo, szo pessoas juridicas, corn a autonomia admi- nistrativa que a lei lhes atribuir. EstEo sujeitos P fis- caliza.piio .do Poder Central.

Art. 138." Nas col6nias divididas en1 provincias a n;\niinist,ragXo dos inleresses c2oltv.t ivos ;lit pro~~jnc.ia tu-

tar6 confiada a. juntas provii~ciais, na forma e ter~nos da lei.

$ ~ n i c o . 0 go~ernador da provincia k o presidente dn junta provincial e o executor das decisties e deliberagiics desta.

Art, 139." A criapiio ou entinpiio das ciimaras ou co- luiss6es n ~ u ~ i c i p n i s on juntas 1oc:~is 6 atribuicilo d ~ . governadores gernis ou de col6nia; k prcciso voto afir- 111.:1tiro do Conselho ile Qoverno r api.o\-aqiio esprt:;ts;L do Ministro da.s Coldnias sempre que se trate da cria- 950 ou extingBo de camaras rnunicipais.

Art. 140." 0 s vogais dos corpos administrotivos siio natos, de nomeagLo e eleitos, conforme a lei designar.

Art. 141." 0 s estrangeiros corn residgncia habitual na col6nia por tempo nZo inferior n cinco anos, sabendo ler e escrever porf,ugu&s, podem faaer parte das camaras ou conzissCes lnunicipais e juntas locnis n th ao mtiximo dc tun ierqo dos suus i~~embros.

$ linico. Tbln de ser diferentes as nacionalidades dos estrangeiros que fagam parte de um mesmo corpo a.dmi- nistrativo local.

Art. 142." Ningukm pode esercer simult2neamente funpaes em mais de urn corpo adrninistrativo.

Art. 143." As deliberag6es dos corpos administrn.li- vos locais s6 sGo csccut6rias e produzem efeitos quantlo t ivcre~r~ cxa1~6cter definitive c dcpois dc lavrarln, e nssi- nn.rl;i ,z rcvil)(~el i v ; ~ &eta, t!m l i v r o p1~6l)rio.

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5 ~ n i c o . A lei nlencionarli espressalnente as matdrias em que as deliberagGes (10s corpofi administrativos ficam sujeitas a tutela.

Art. 144." 0 s corpos admini~trat~ivos respondem civil- lnente peln violagh ole direitos adquiridos, ocssionada pelos seus actos e decisGes ou delibera.qEes e pclos quc ns seus funcionBrios ou empregados tiverem praticado dentro (la sua compet&ncia, legal, corn obscrv6ncia das formalidades reputadas essenciais e para a realizaqiio dos fins da lei.

Art,. 145." Cada clmarx ou comissiio luunicipal e junta local tein ~ sua secretaria privativa, dirigida pel0 rcspcctivo chefc, tcnrlo a,s repartipGes, secqEes e ser~ri- qos indispensiveis ao espediente e esecupiio de todas as delibcraqo"es.

Art. 146." Us funcioniirios, contratados c a,ssalariaclos dos corpos administrativos estzo sujeitos k disciplina Kt!r;~l .dos funcionlixios pilblicos, icllrlo os de~er t?s clestes c, dentro das possibilidades financciras ,dos corpos admi- nistrativos, os niesmos direitos.

Art . 147." 0 s corpos administrstivos podem organi- Z:II. autbuoui;\~tlc:~ii~c! os ~cbr\-~i.qos tile i~~l!?t.rsse pr6plnio ou conluln aue a lei ,desirrnnr.

0 -

$ bniLo. 0 s serviqos aut6nomo~ sBo criados para satisfapiio de necessidades p6blicas a que a iniciativa (10s pa~ticulares nZo provejn. de lnodo completo e nunca para realizar lucros ou eslabelccer coi1con8ncin com as inddstrins pxrticulnres conghneres.

Art. 148." A administrap50 .da Faeenda dos corpos administrativos locais tern por base orpamentos estabe- leciclos par;\ essu efeita e o~ganizndos para xi T g ~ l ~ a l ' e ~ ~ ~ durante urn &no econ6mico. 0 s orgamentos dos corpos administrati~os obedeceriio a planos e regras de elabo- rap50 e esecupa"~ uniformes.

Da administragilo finaliceira das colonias

Art. 149." As col6nias administram-se com autono- niia financeira, mas estzo sujeitas h superintendhncia e fisoaliza,q%o rlo Minist,ro das Col61iins.

1." A autononlia financeira. das col6nias ficta sujelta As restripiies ocasionais que seja indispens&vel estabe- lecer por virtude de situaqiSes graves (la sua Fazenda ou pelos perigos quc estas possanl envolver para a Naqzo.

$ 2." 90 Ministro clas Col6nins, em face clas circuns- tsncias referidas no par6grafo anterior, pertence reti- rar nu restitnir is col6nias a sua autonornia, financeira.

Art. 150." A metr6polc presta assistBncia financeira iis col6nias lnediante as garant ia ,~ necesshrias.

5 dnico. S6 ao Tesouro Nacionsl e ii Caisa Geral (1e Depdsitos, Credit0 c Previd8ncis podem ser ccdidas ou cladas em penhor as acpEes e obrigapacs de cornpanhias concessionirias pertencentes a uma col6nia; s6 2s en- tidades referidas podem ser consignados, em virtude de qualquer co~ribi~~;~g;lo firlar~cei~,:~, CIS l.eutlilnentos desses titulos.

Art, 151." SZo imprescritiveis as (lividas, passadas ou futnras, d e cada col6nia B metr6pole, h Caisa Geral de Dep6sitos, Crkdito e PrevidEncia on Bs outras col6nias e v ice vcrsn, ~rovenientes cle financiamentos ou empr6s- timos.

Art. 152." As col6nias t6m a faculda.de de adquirir, contrat,ar e estar em juieo; t,Bm a responsabili(2ade dos seus act.os e contratos.

5 ~ n i c o . As faculdades estabelecidas no presentc ar- tigo estiio sujeitas 2s limitaq8es que a lei impuser, obe- tlece~lrlo nos pril~cil~ios lrlo d r t o Colo~linl c a o i~iteressc nacional.

Art. 153." As col6nias tsrn o scu activo e passivo pr6- prios, competinclo-lhes a disposigZo das suas receitas e a responsabilidade dams suas despesas e d iv ida~ , nos terilios da lei. Esta re~~ollsabi l idade nunca poderci, salro no caso cle prestagso ole garantia especial, ser esigicla ii rnetrbpole ou a outra col6nia.

Art. 154." SEo propriedade de cada col6nia: 1." 0 s bens, mobiliBrios ou imobiliirios, que dentro

dos limites do seu territhrio niio sejrtm propriedade pri- vads;

2." ,Os bens imobilifirios quc cla haja adqtlirido fora dos lilnites referidos;

3." 0 s titulos p6blicos ou particulares quo possua ou vr.ilha :L possuir, st:ns divideurlos, nnuidndes ou juros e as participagaes de lucros ou clc outra esp6cie qlle lhn sejsln destinndos.

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Dos orqamentos colonlais

Art. 155.' il administrapio financcira rle cada col6- r ~ i a estri subtlrdinada a urn orpa,mcnto privativo. 0 s or- rainentos clc todas as ~o16nias sBo elnborados segundo tun plano uniformc.

1.56.' (3, Ory;\llltll~tui ~1~1.: colriuias nrto potle:~~ ~ ~ l t r : ~ r c111 ~ i g o r selu autorizr~pGo o n npro~-apse ilo 3Ii- ilistro das Col61lias.

$ 1 ." d antoriznr$o serii dndn ciil l ) o r t a r I ~ ~ , [:sf ;~bc!le- :*unrlo-se as b a s ~ s rlo orynnicnto a elahor:ul, sobre YO- postn (lo ~'especrivo go~-elwndor. aurli6l~rin (lo Con- selllo d e GOT-erno.

8 2." 9 npro.c-i1~'1(t .elti dada (?][I po~, ta~ . i a , pl.coetle~ldo rex-is30 tlo projt\cto ,[lo o l ynlnel~to.

$ 3 " 0 3Iinistrn ilas Col6ni:1s dei~rlilil13r:i :11111:11- I I J ~ I I ~ C ,I\ c.oIdlllns en1 cllze o c nl.y:~~l~erltos serso e1abor:l- (10s 1101' a~ttol.iznyZo r acllrelas el11 que f i ~ ~ ~ m sujeito.; . I

3prov"')So. Art. 157." Tocla.s as dcspc,sns publicas das ccrl6nias

sZo obrigatblianlentc il1c7lniilas no oryamento clo serviqo iL CJUC respeitam.

Art. 158." Nos olya~~lcbntos (la.: coldnias uLo podcn~ st?r inclnidas despesas ou rccoitas clue n2o tenhaln sido criadas ou antolisaiIas p o l cliplomas legais comyctentes.

S1.t. 159.qNfio podeni hcr incluidas nos orqamentos ou serrir de elenlento dc previsa"~ orpamental, para se- reni pagas por rubrics3 relativas a esercicios findos, qyaisquer despesas realizadas al6m das rlotaF8es auto- rlzadas.

a r t . 160.' S6 podel11 scr incluidas 110s oryamentos das colGnilas como ,despesas de esercicios findos as des- pesas que, tendo si'do autorizadas nos tennos legais e tendo cabirnento em dotargo orqamental, satisr'agam ao preceituado mlrn dos seguintes nlimeros : 1." NZO haverem sido ~a t i s fe i t as nos prazos regula-

mentares par demora no deferimeato das pretensces dos interessados, aprescn tallas em tempo perante as autoridades competentes ;

2 . O Constituirem dividas a impedifdos nos termos do C6digo Civil ;

3." Representaroln crhditos It.gallut~ltt+? constitufdos I ~ : I , r ~ i i o l i ( l ~ ~ i d i ~ d o ~ ,111 pcigo,, I ) O I * ~ ~ i c ~ i i v t ) c l t s eq11icla~l~~

clum Olinisko ou o gore~na.dor da coltinia tenham re- conllecirlo em dcspacho fundamentado ;

4." Constituirem encargos de divi'da ~dbl ica . , nEo prescritos, a cargo a n col6nis.

1 ." -4pt.llas sc escel)tuam das rlispo~iyo"~?s de5te nip- ligo, potlendo ser inscritas nos orqamentos das col6nias hem rlepentlGncia de dotaqso orpmenta l anterior, as d i ~ i d a s resultantes dc co'n,denapiio por s e n t e n ~ a judiciai 11:\ssit\'lu e1u j~11~:1rlo; as lrro\-eu~~elitrs rle casos de f o r p maior ou fortuitos e aquelas cm que o nbo pagamento, por r a z k de justiya, possa represcnt,ar descr6dito para o E ~ t a d o ; nestas hip6teses se r i sernpre preciso pareeer favortivcl do Conselllo do Imp4rio Colonial e despscho do Ministro. dados em face dos doculnentos compro- vativos.

'$ 2.0 us governadores das col6ni.a~ justificasEo senl- a re devidnmente totlas as inscriq6es de verbas que fi- 1- -

zcreiu uos or(;alnentos para pagamentos de Aespesaz dc esercicios findos.

,ly{ 161." 0 3 projrrto. clos o r ~ a n ~ e n t o s coloninis sEo 1" q) , \1 .I (10. 11 1.; c.olrini;~$, <ol) ;I ilircc~5o dos g o r e ~ i r : ~ tlo- I.('.?,

3 1 ." CJuanilo suj,eitos b revisGa c apl*o~~1y30 do Miiii-- I 1.0. dariio entrr1;ln no l\linisibrio ,das 'Coldnias at6 no di,~. I ilc Outubro anterior no cDinego do nno ~econ6nlico :t qu? t l i s~r l . e~~l I esllcito, :1p6s discnssiio no Conselho de Ga- \ Yl 110.

Q 2 . q e o 31i1listro pre.icilltlir i l ~ ~ev iszo , o go17ter11n- dot . apl:esc.ntn,r.A aas sessaes oldiniirias do Collselho dc C;o\-eino as bases ilo oryamr:~lto, onde sc justifiqne a I ) I ~ C T ~ R % O global das rcceii.ns, s r d(4inn 3 orientaq5o :I

srgnir nns dotaqiicr; (10s serviqos e s r p~'oponlinnl as pro- yid&ncias lelat ivas no au~ncnto an.; r ~ r e i t a s on dns deq- I)PS:I~. bell1 con~o as meclitdas aecessSrias ;i ailministrnpZo (la col6nia c no ecluilibrio ol*gainental solne qu.e o Minis- tro clern deci,dil. As bases a p ~ n ~ a d a s no Conselho do Gorclrno dm-.erGo dar ,entradw no lNinist6sio st6 1 d e On- txtbro anterior no comeyo d o ano econ61nico n q11.e res- peiitcl~z .e a portaria de autorizny5o. ,aprorando-as coil1 ns iur~:lifi,caqSes e :~rlilamcnt~o< cnnl-cniel~tes, ser6 p~lbli- c~ad:~ atc& 8 ,de Novrnlb.1.0 seguiute.

$ S." 0% 'projecios ol.yamcntni.; st.~.Xo .p~ ,epa~n .do~ d~ i11o11o ;) II:LI ($1. ebcli~il i111*io ( S I I ~ I Y I : I+ i ~ ( ~ ( x ~ t c ~ + ( 1 e s 1 u ~ s ~ ~ ~ 1111 (Yllll :\. sugt>s{r?cs (luc' ';rl ~ I I ~ ~ : I I . ( ' ~ I I intlisl>~~us:i\7ris :I

v t I ~ i i i 11)rin.

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$ 4." 0 s directores de servigos dr Pazenda sZo yespoll- sivt~i's disciplinarmen~~e pela r.emessa ao 1Ninist6rio dos clocun~ei~lo.; rcferidos ncstc a ~ t i g o , d'e 11lotIo a que 3,:

(~bst'rs(v11 o.'j pr3zus 1,egnis. $ 5." Qnd~ldo o Ninistxo esttaja n,l c o l 6 ~ i a no seguncl:)

hcbn~estrc do ano econ61llic0, psoce.deri ai R revis50 (I

;11)so~a~.Go (lo or~a~nel l to para o allo seguint-e, ~fic.nnclo Ji~pensada a ~ e n i c ~ s r ~ rlo project0 no 3Iinist6rio.

Art, 162." 4 revisgo dos orpalnentos coloni*a,is 6 fun- $0 prbpria do Ministro da.s Col6nias, que a deve eser- cer de modo que at6 ao dia 8 de Dezembro todos os orqamentos coloniais estejam r e~ i s to s e aprovados.

5 I." A ac(;Io do &linistro das Colcjnias, quanto aos p~ojectos de orqanientos das col6nias, exarce-se peln verifica@o, quer do camputo de cada receita, quer (la legali,dade e exactidso das despesas, devendo fazer as coilseyuente:, ~ O S I W : ~ ~ ( ? S .

$ 2." Esistindo 3ituaqZo deficitjria ou riscn de a haver, sera0 feitas no orcamento as modificay2ies news- ssrias para o restabelecinlento do equilibrio, tomando o Ministso as pro~,idSncias necess4rias para o garantir.

5 3." O Ministro das Col6nias d,ar,rri aos governadores as instrnyi5es que julgar convenientes para a esecuyBo (10s orpamen tos coloniais. dl+. 163." Competc 30s governadores dds c016nia~.

rlu ,cliploma 1egisln.ti-vo, nprovar os oagamentos, quando autori;$;rrlo~, ou manclti-10s cxecutar depois de aprovados ~ ~ e l o Ninistro, fialvo R hi,p6t,es.e prevista no 5 5." do nr- tigo 1,61.", el11 quc a vig6ncia do oryalnelito poderti ser rlct,e~~ninacln pol. portalin ministerial.

Art.. 164." Quando, pox circ~znstiinciss anormais, os orpmeutos nzo estiverem aprovados a tempo de e n t ~ u - 1t.m ell, \-igol Ilr) ( ' o l I l q 0 [TO ni~o ec.on6lnico, continnil- ra'o p~ovisbriamellte ell1 vigor por duodbcimos, 66 quanto h despesa orclinGrin, o orgalnento do ano ante- cedellte e os cr6rlitt1s sailcioundos dur;~nte cle paw ocorrcr a novos encargos permancntes.

3 zinico. Do organiento que vier a ser posterior- monte aprovaclo pelo lfinistro s6 $ergo vdidos os duo- ddcimos referentes aos meses ainda nHo deco~ridos.

Art. 165.0 A provatla insufic:ibncia das rerbas auto- rizadas para despesas certas ou variiiveis 6 euprida por meio dz! transferCncius ile verbas dontro da tjabcla tin rlespess ordin8ria ; para ocorrc?r ao encnrgo de des- ] ) ( ? S ~ S tol.n111lc~11 te in~l)revlsfas n o orynn~ento ser8o aber-

t.03 cl&litos especl"s c extraosdinii~ios, con1 as formu- lidades lega,is.

$ 1." Os crGditos estraordinhrios sbmente podelu ser abertos para ocorrer aos encargos de situaqGes estraor- dinlirins e urgentes, quaudo provie~em de casos de f I ) I . ~ , I 11lil ior, c*olno 11lnnlrla~7ies, inrSn;lios, epiilenli:~;. rlevastaq6es, gucrrs interna ou esterna, alteraqso d r ordem pitblica, on a cjrcunstnucias inlpre~istas quc assumanl o cartictes ile calamid,ade pfiblira.

5 2." 0 s cr6ditos especiais podem ser abertos nos sc- guintes cnsos :

n) 13a,ra o servi(;o (la divirla p6blica (la colbnis; 1,) Para o pagamento clc ,cles~)esas que por senteni;n

ilus trib~ulais o Nstdrlo seja co~npelirlo a satidaacs ; C) lJa,ra d+pesas autorizadas por leis postesiores ao

. . 1,1glc'll(?, s:llille (' (!011f01.i~ ;

c ) Para despemsde strvipos que, por disposiyBo lc- .gal, estejnni autorizntlos a r1e;lpender 'todas as reci!ita.;l clue llres es t i t~~rcn i consignadas ;

f ) Para despcsas result-antes [la e~ecuyCo de conlratos ell, curs0 ;

l':ll'.k t l C > l l ? > i l > ( 1 ~ tl l1Ob ~ ~ ~ ~ ~ l l L ~ l l l ~ ~ L ' O h hlL~lt1~; 7, ) P ~ I ~ , : ~ quaiscluclr uutr:ls despesas d e c n ~ , d c t e r ur-

gcbl~fe ,e de rr:~:ollhccidn J-antagem nncional, detennina- 41c~3 p ~ l o Minist1.o c1;ts Colbnias.

$ '3." 0 s cr6tlit.o~ cstmorr1in:irios s(So a'trcrtos pclos goremudores gerais ou cle col6nia sob sna responsabi- litlsdc e precedldos de comunicay~o telegrjfica ao X i - nisiro rlas Col6ni,as, em que se indicari a cobertura utiliza,da. 9 4." ,4 abc~,tura de cldditos espcciais depende d : ~

vsist6ncia de receita coln~ensadora. ou da, nnnlap5o d? dotnqires coll:espondentJes ks novas rlespesas.

Das reaeitas das ao16nIas

,\rt,. 166." SBo receita:~ prbprias cle cada coldnia os ilupostos ou tasas arrecadados no set1 territ6rio e 0 3

I L I I ~ , cobrados ~ O I ~ : I cl(!le!, 1 1 ~ ~ p e ~ t t > i ~ q ; t i ~ ~ 1)ol ilisposiq%o espressa (la lei, e ainiln os rrrltli~nentc~s q11e rlirrrtn 011

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inriirectameute provttnham de seus hens, ser\ir;os, con- cressijru c esy)lo~~ayd(~s feit;ls prlo Estt~frlo on ell1 clue estc tenha participaqiio.

Art. 167." Todas i ts receitas de ulna col6nia, sem ilistinq5o dc ordeln ncln de natureza, dc qualquer pro- renibncia que sejam, corn ou scm aplicaqzo especial, salvo disposiqiio espressa en1 contrhrio, sRo entreguus na Caisa do Tesouro e constituein rendimento geral do Estado, que nas coritas publicas deve sar devidamente descrito em ha.rmonia com a lei.

Art. 163." S6 podem ser lanqadss e cobradas as recei- tas que ti-rerem sido autorizadas na forma legal e quc estiverem inscritss nas ta,bela,s orpamentais, salvo se ti- Terem si,do posteriormente criadas ou autorizadas.

Art. 169." Compete ?is col6nia,s criar, alterar ou su- primir impastos e taxas no seu territbrio, observados os principios do Acto Colonia.l, da presente Carta Or&- nica, da lei geral e das convenpces internacionais.

Art . 170." 0 e~t~abelecimento, alteragBo ou supressZo tlc todo.; os ilnl~ostoi; ou t ; ~ s ; ~ s que ltecaiaii~ sobre in&- genas B da esclusiva compet8ncia do governador, que na organizapzo do imposto indigena terd em atenpio:

a) -4 forma qua melhor se coadune con1 o estado so- cial, os usos e costumes, tradip5es e necessidades dos in- digenas e o meio natural em que vivem ;

1) A aplicapzo obrigat6ria de ulna deterlninada pcr- centagem do produto anual (lo imposto a obras de pro- tecggo, assistbncia, educapiio e instruqzo dos indigenas e a melhoramentos de ordem material que os interessenl.

Art. 171.' As alterag5es dos direitos aduaneiros nas colhnias, a introdugiio de rubricns novas nas pautas ul- tramarinas e o desdobramento de rubricas esistentes siio da compet6ncia do Ministro das C016nias, devendo ser da sun iniciativa ou da (10s governadores das col6nias.

Art. 172." 0 s emprQstimos sHo da iniciativa dos go- vernadores das col6nia,s, mas s6 podem ser contraidos nos ternlos do Acto Colonial e da presento Carta OrgB- nica.

$ 1." NCo pocle111 scr contraicios sein prgria autoriza- tl:~ -lsst-:liil)lei:l Si~('i011:ll os e~i~,l~l.Pstili~os qlie esijz;u

caugiio ou garantias especiais. $ 2." Depenclenl de pr6via a.provac$o do Jfinistro das

Col6nias os enipr6stimos que nZo esijam caupao ou gn- rnntias c!spc:ciais, clue tenllaln de ser amortizados em pct- riotlo (]11(* t!scc.(l;~ o eserc:ioio (?n1 clue? f o r c ? ~ ~ i.o~itrai(loq

ou cujo - - total - . seja superior a dois dnod6cimos de receita anual da col6nla.

$ 3." Sito autorixados pclos governadores das col6nias os emprkstimos internos que, nfio exigintlo caupSo ou garantias especiais, deva,m estar totalmente amortieaclos no fim do exercicio ern curso, at6 ao limite de dois duo- ddcimos da receita da col6nia prevista no orpanlento ell1 vigor.

1 4." As col6nias nRo podeln contrair emprdstimos em paises estrangeiros.

5 5." Qauando seja precis0 recorrer a prayas esternas para obter r:apitnis dcstiundos 30 fiovt~i~uo clv ~ulln coiti- nia, a operap50 financeira srtr6. feita esrlusivalllente cle conta da metr6pole, sem que a col6nia assuma respon- ssbilidades para corn o estrangeiro ; todas as responsa- bilidades s edo tornadas para con1 a metr6polc, h qua1 s e r h prestadas as garantias devidss.

Das despesas das ool6nias

Art. 173." As verbas autorizadas para certa despesa 1120 poclen~ ter aplica~$io tli\-el.s;\ (la clue rsti\.er Josig- g lam do no orq:lii~entc, ou 710 [li,l)loilla (lur Ii~-or abPl.to o cr6dito.

Art. 174." 0 governador .da col6nia E o ordenador clas despesas inscritis no orpamento.

$ 1." Nenhuma ordem pode ser dada sem informapUo favorkvel do director ou chefe dos servipos de Fazenda quanto ao cabimento e legalidade da despesa.

$ ?.\I informapCio ,desfa~-orbvel qunn6n ao cnhi- nleilto niio pode ser swprida.

$ 5." Qunndo o .govternador cliscordnr da infonma~So (lt?sfavor&\-el do ,dilcctol* .ou ch.efe dos serripos dc ]?a- acntln, qunlito h clnssificapUo ou lcgalirlnilc dz -d,esprsn, onvir:i o Tribunal Adlninistrntiro.

W 4.' Se o parecer do Tribunal for favorjrel h rpa- l i z:lr;?io t l ;~ rlespeso , podcsi o governador ord.en:'\.-la.

W 5." Se os serriyns (11: Ynz.endz e o Tril)uuo,l ,krl~iii- II ist ~:rf.i\-o ,c.oncorrIn.rel~l a a ilegalidnd,e ilt:~. .despesn, o ~ I I -

Y O I - I I : I ~ ~ O I Q 1120 pndr olYie11 A-la, Inns pode subm~i,er n tltl- c.iGo do 1ro(:mw no Jfinistro d:is ColGnias. .l~i. li+5." Yils c-rdhl~i:~s i. ~sl )~~c~ssn l i i ru t r p~*oibitl~, rc.:~-

1 izar tlesprs;l..; quci nZo tonhn~il si do inscritas nos orqa-

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lnentos e beln assim contrair encar5os cle que resulte escederem-se as dotaqaee orpamentais, devendo os go- vernadores, directores e chefes de servigos providenciar de forma que as despesns nunca escedam ss verbas au- torizadas.

8 unico. 0 s govmnadores, directores e chefes de ser- vipo sgo obrigados a aplicar as verbas autorizadas para as despesas dos seus servipos ,de modo a alcanparem o mfiximo de rendimento dtil com o miniruo de dispSndio.

Art. 176." 0 s directores dos servipos de Fazenda das col6nias sQo os linicos responsiveis pelas despesas ilegal- lnente realizadas, corn a escepqfio prevista no 8 4." do artigo 174.O

Art. 177." Na metr6pole nenhuma despesa pode ser paga por conta de quaIquer ,das col6nias se nzo satisfizer a uma das seguintes condiglies :

1." Constituir abono de vencimentos nos precisos termos de guia ou comunicap50 ~ s s s n d a ou feita pela Fazcnda da col6nja ;

2." Ser solicitads pelo governador geral ou do cold- nia, corn a informapZo de haver sido ordenada nos ter- luos legais ;

3." Constituir, por expressa disposipiio legal, encargo da col6nia a pagar na metr6pole, tendo verba no orqa- mento.

J linico. As despesas qne na metrbpole forem pagas contra o que no prescnte artigo se ileterinina siio da responsabilidade do chefe da licparti@o rle Contabili- dade das Col6nias.

Art. 178." Nenhunia colBuin pngard por conta (lc ontrn qualquer ,dt~spess su111 nrtleni esprtvtin [lo go- vernador (lest& e informnyGn nrorc:t ,clc verbn. (* sn.lilt) disponivel. Estas despesas efectnar-se-so por operagGes dc tesouraria e serBo comunicndas nn forui:~ dtl I t . ' 'I ao Ministbrio dns Col6nias.

Art. 179." Constituclrl enc:nltgo tle caada col6nia : ( 1 ) 0 s j i ~ ~ o s , ;~nt1i(l:l11 c~s 11p I I I ~ I J , I * ~ ; S ~ ~ ~ I I I ~ ~ c: e u c a r g ~ , ~

qne tiver a.qsumirlo pot corltral.o o u 1111: forein in1posto5 por lei ;

b ) 0:'. servigos da adnlinisLra.pZo (1% l)r6pi+i:t co16rlis ; c) O f omento (10s seus terri t6rios ; (1) 0 fabric0 (1s sua inoeda. e v:~lorrs selsdos e pos-

tnis ; s ) 0 vencirnento do prtssonl 11e.s classes ir~activas rrn

~)ropor@i(~lo t e n ~ p ~ por ( ~ I I I ' u18la houver scl.rido;

f) As passagens e uanutenpiio dos deportados, d u - gredados e vadios e mais indiriduos enviados para outras col6nias por deterininnpiio dos seus tribunais ou autoridades ;

g) 0 pagamento dos scrvipos de fiscaliza$io da sun administrag20 financeira ;

It) As despesas coln o Consclho do Impbrio Colonial e sua secretaria ;

i) As despesas corn os tribunais superiores e outros serviqos comuns a diversas col6nias, na proporpso das suas receitas ;

j ) 0 s subsidios para a.manutengt'io de carreiras entre os portos da col6nia ou entre estes e os dc outrns co16- nias vizinhas.

Art. 180." Constitueln encargo da metr6pole: a ) As despesas consideradas de soberania, ineluiniIo

as que se fizerem corn a delimitapZo cle fronteiras, as do Padroado do Oriente e as da residgncia de S. Jo5o Bsptista de AjudS;

b ) As despesas da administraqHo central do Minist&- rio das Col6nias;

c ) As miss&s politicas de civilizaqZo, propaganda e estudo, quando de sua iniciativa;

d ) 0s a u d i o s a estabelecimentos de forma950 de missionArios e auriliares, p,ela entrega de edificios pr6- prios, subsidios estraordinarios e peln inscriqiio no Or- qamento Geral do Estado de urns verba destinada a esses estabelecimentos;

e ) 0 s subsidios totais ou parciais a companhias de navegagiio maritima ou a h a , de telegrafia e anilogos;

f ) As passagens e manutenpzo (10s deportaclos, degre- dsdos, vadios e ontros individuos cnviados para as colB- uias por detenninap5o (10s seus tribunnis 0x1 autoridades.

Da oontabllidada 0 Bsaallzap&o

Art. IS].." A contabilidnde das col6nias serli orga- uixsda colno n da metrGpole, coin ns modificapGes que se tornern indispensheis por circunst8ncias especiais. Ao Ministro das Colbnias cumpre a,daptar sucessiva- lllente hs col6nias a legislaggo mctropolitana re6uladora dn conbabilidade pliblica', publicsnrlo as provldi?nci:~a especiais nrcesdrias.

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Art. 182." Its contas das despesaa pliblicas nas co16- nias coincidirdo rigorosamente corn a classificaqZo or- ralnental em vigor.

Art. 183." As col6nias enviarlo ao NinistBrio, nos praxos fisados na lei, as suas contas anuais.

5 1." Pela remessa das contas das colbnias nos prasos da lei sCo respons6veis os directores ou chofes dos ser- viqos de Pazenda das col6nias. Quando, at6 ao fim do praxo legal, as c-ntas nCo tiverem dado entrada no Mi- nistQrio, o director ou chefe dos servipos de Fazenda respousjvel serri suspenso de esercicio e vencimentos por t r b meses; esta penalidade ser-lhe-d imposta por simples despacho ministerial.

5 2." Qua.ndo o Ministro das Col6nias entender aue as-re~~odsabilidades do atraso na remessa de conicts pertencenl a quaisquer outros funcionarios, suspender- -1hes-6 o pagamento dos vencimentos pelo tempo que entender justo, at8 noventa dias,

$ 3." Se at6 trinta dias depois do fim clo prazo legal as contas niio tiverem entrado no bfinistQrio, o Ministro das Col6nias, na primeira vez, agravari a pena do 5 1 .", suspentlendo, por portaria, o director ou chefe dos ser- viqos de Fazenda responstivel, de esercicio e vencimento durante seis meses; na seguuda vez mandh-10-8 passar

iuactividade por dezoiio meses; nn turtceira vez ilemi- ti-10-8 ou mand8-10-6 a,posentar.

4." Nos casos clo pariigrafo anterior o Ministro, depois de aplicar as penas referidas, mandarB proceder a inquQrito para punir todos os mais funciondrios res- pons6veis pelos atrasos verificados.

Art. 184.' A fiscalizaqSo superior da administraqfo financeira Q exercida pel0 Ministro das Col6nias, polt intermQdio dos serviqos do Blinist6ri0, por meio de ins- pecqijes ordinbias e estraordiu~rias e pelo visto dns en- tidades competentes.

$ 1." Em cada col6nia os gover~latlores esercerzo :~ctivn. e constante fiscnlizayt'io sob~,cl :I gc\sl:io f i i ~ : ~ i l -

ccira dos servipoi;, scndo seu rlcver eritar todos os gas- 1.0s ilcgaiu, indteis, ilesproporcionados ou discordantes rios fins superiores (la co1onizac;:'io portuguesa.

5 2." I~ogo que cm rlnalqucr pronesso se prove s cul- pabilidsdc do exactor da Uszendn, por acto a quc coy- rcsponda a pene de ,demisslo, sey-lhe-li esta imposta pelo ~0~t ' "~ i1dCi~ , sejs qua1 for :\ :L~'~uI.:L t . 1 ~ quc? o p~~o(~i~sso slD c:ncontrr, sern prejuizo ila ~1ecisZ0 fillal.

$ 3." Quando se verificar algurn alcance, serS o res- ponshvel recolhido imediatamente B cadeia pGblica por ordem da autoridade judicidria, do inspector ou do governa,dor; serh coaserva,do em cust6dia at6 julga- mento.

Art. 185." As quantias que constituirem os fundori de reserva das col6nias seriio aplicadas:

1." Em titulos de divida p.liblica do Estado Portu- gu8s ou tde Estados estrangeiros de grande crhdito;

2." E m prddios urbanos de boa construt$io e rendi- mento;

3." Em barras ou moedas de ouro; 4." E m titulos de companhias nacionais ou estran-

geiras corn grande crddito; 5." Em dep6sitos no banco emissor da colbnia. § 1 . O Em cada uma ,das categorias enumeradas nos

n."" 2.", 4." e 5." e em titulos de Estados estrangeiros nHo podem ser empregados mais lde 12,b Tor cento da importgncia total dos fundos de reserva. A col6nia nBo pode aplicar mais de 5 por cento dog fundos de reserva em titulos .da mesma enticlade (salvo nos do Estado Portugugs) ; no mesmo prQdio niio podem ser aplicados mais .de 2,5 por cento do fundo total.

§ 2." Do limite estabelecido no parigrafo anterior esceptuam-se as acgaes das companhias nacionais que, por contrato corn o Estado, disfrutem de prerrogativas de administrapHo pliblica.

Art. 186." A aplicaqIo de quaisquer quantias do fundo de reserva h satisfapH0 de necessidades da co16- nia depende sempre de autorizaqiio expressa do Mi- nistro das Col6nias, dada em portaria.

Art. 187."~ fundos de reserva siio geri.dos por urn conselho de administrapiio presidido pelo governador da col6nia e composto mais pel0 director ou chefe doe servigos de Fazenda e pelo director ou chefe dos servi- gos de administraqEo civil.

Art. 158." Todos os titulos e barras ou moedas de ouro que fapam parte dos fundos de reserva das co- 16nias estariio it gurtrda do respectivo banco emissor ou do Bauco de Portugal.

3

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CAPITULO V I

Da administraq80 da just i~a

Dos tribunals nas coldnlas

Art. lS9.O A administraqao d a justiga no Imp6rlo Colonial rege-se pelo Estatuto Judicilrio das Col6nias e pela legislap20 especial aplicsvel, observatlos os prin- cipios do Acto Colonial e da presente Carta OrgBnica.

Art. 190." A f u n ~ t o judicial i! esercitla no Impbrio Colonial por tribunais ordinlrios e tribunais especiais. Siio tribunais ordinhrios:

a ) 0 Supremo Tribunal de Justipa; b) 0 s tribunais ,das Relagijes das col6nias nos distri-

tos judiciais que lhes estiverem designados; c ) 0 s tribuuais judiciais da I." insthncia, em har-

monia corn as necessidades da administrapiio da justiva. $ 1.0 Niio k ~ e r m i t i d a nas col6nias a criaqzo de tri-

bunais especiais corn competincia esclusiva para juI- gamento de determinatla ou determinarlas categorias de crimes, salvo sendo estes fiscais, sociais ou contra a aeguranga do Estado.

3 2." Para resoIupSo ,de questaes entre indigenas podem ser investidos nas fun~6es de julgar funciond- rios ou tribunais especiais ou as autoridades adminis- trativas locais.

Art. 191." As col6nias sZo representadas nos tribu- nais:

a) Pelos Proeura,dores d a Repliblica, junto das Rela- @es;

b ) Pelos delegados dos Procuradores da Repliblica, junto dos tribunais da 1.& instiincia;

c) Pelos representantes legalmente designados, junto dos tribunais especiais.

$ dnico. Em.virtude da rcpresentng50 que por este artigo l l~e s B atribuida, os Procuradores da Repliblica e seus delegados cumpririlo diligentemen te, na defesa dos direitos e interesses do ;Est,ado, as instruq8es quc pelos governadores lhes forem transmitidas por escrito, all-o no qun respei tn~ B t6cuicn juridic3 ou procassunl.

Art. 192." As audibncias dos tribunais ordindrios s ~ o pdblicas, escepto nos casos que a lei espressamente

referir e naqueles em que a publicildacle for conCrrir'i:j k ordem pitblica. nos interesscs ,(lo Esta.rlo. aos da colo- nizaqiio ou >da soberania portuguesn e aos bons cos- tumes.

5 1." Nas col6nias ser6 sempre feito em audiencias seiretas o julgamento dos criines contra a seguranqa do Estado ou contra a honestidsde das pessoas, e ainda dos de natureza gocial, .dos ,de difamapiio, cal6nia ou injGrin, prm-ocaplo pilhlicn a o ci'i1~r e distril3uiqKo (::I

impress50 de publicaqties clandestinas. $ 2.' 0 s governadores dss col6nias ou das provincias,

tendo em vista as disposigaes anteriores, podem soli- citar ao juiz do process0 que as audigncias para o jul- gomento de certo crime sejam secretas; e assim o ordenarg sempre o juiz. 0 s governadores tomarso as meiiitlas ,de preven&o e s egu ran~a necessxirias ao se- greclo d a ~ nudiiincin~.

$ 3." Nso 6 permitida a publicapGo n s imprensa pe- ri6dica de relatos das sessBes secretas de julgamento. 56 a sen ten~a pode receber publicidade.

Art. 1 9 3 . O Silo tribunais administrativos coloniais: a ) No Irnphrio, o Conselho do Imphrio Colonial, que

funciona em Lisboa; b ) Em cada coldnia, urn tribunal administrativo,

que funciona na sua capital. Art. 194." 0 Conselho do Imperio Colonial eserce

jurisdiqzo para a resoluqiio das questaes contenciosa~ da administrnpiio colonial em todo o ImpBrio.

Art. 195." Aos tribunais administrativos das col6nias compete:

1." Julgar as questaes contenciosas que digam res- peito B administraqiio geral d a bol6nia e it a'dminis- trapzo d a sua Fazenda;

2 . O Julgar as contas ,dos corpos e corporagiies admi- nifitrativas e as mais que a lei indicar;

3 . O Emitir parecer aobre mnt0ria .de ordena~nenlo .rle despesas ou assuntos relatives $ a,dministragIo d a co16- nia, sempre que o governador o solicitar;

4." Esercer as atribuiptjes quc a lei especialmento lhes conferir.

Art. 196." Das decisiies ,do8 tribunais administrati- vos h5, recurso para o Conselho do Imp6rio Colonial nos casos e pela forma estabelecidos na lei.

Art. 197.O 0 s tribunais a~dministrativos sPo indepen- dentcs do Pocler Esecutivo no desempenho da6 suas atri-

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buiyties; exercem sobre todas as pessoas e assuntos d:i sua compet8ncia jurisdigZio pr6pria e os seus ac6rdfios t t m o caricter e efeitos .das decisaes dos tribunais ordi- nhrios.

Art. 198." Na e s e c u ~ l o dos seus despachos e sen- tenqas os tribunais das coldnias tbm direito it coadju- vaqiio clas outrav autoridades quando dela carecerem.

§ 1." Salvo caso de extrema urgincia, a coadjuva- qBo neste artigo referida serQ sempre solicitada por escrito 9. autoridade administrativa ou militar superior do local onde a sua interxren~i30 for uecessQria e COJ~II- nicada aos governadores gerais da coldnia ou da pro- vincia.

3 2." A BntervenqHo referida no padgrafo anterior nzo poderj ser negwda at4 lto limita das forqas dr que as autoridades administrativas ou militares dis- puserem e nos termos solicitados pelos tribunais.

Art. 199." Nos feitos submetidos a julgamento nGo podem os tribunais das col6nias aplicar leis, decretos ou quaisquer outros diplomas que infrinjam o ,disposto na ConstituigEo e no Acto Colonial on ofendam os prin- cipios neles consignltdos, ta l como na. presente Cartn OrgBnica do Imp6rio sZo interpretados.

§ 1." A constitucionalidade da regra .de direito con- tida nos diplomas emanados mdos 6rgiios d a soberania designados na Constituiqiio, no que respeita b compe- tgncia da entidade de que dimana ou B forma de ela- borltpfio, s6 poder6 ser apreciada pela Assernbleia N.1- cional e por sua iniciativa ou ,do Governo, determinantlo n. lneslna SssemLleia os efeitos ,da inconstitncionalida~de, sem ofensa por6m das situap5es criadas pelos casos jul- gados, nos termos do artigo 123." e seus partigrafos d s ConutituigiXo.

§ 2." Sempre que, fora dos casos ,do parigrafo ante- rior, nos tribunais das col6nias se levantnr o incidente da inconstitucionalidade de qualquer diploma ou regra de ,direito, quer por iniciativa das partes quer dos ma- gistraclos. se o juiz do processo entcndcr que a arguiqzo tem fundamento, subir i o incidente em separado ao Conselho do Imp6rio Colonial para julgamento.

1 3." Recebido o processo, logo o presidente nomeara relator urn jurisconsulto que do Conselho fags parte; este, por escrito e no prazo mrisimo que decorrer at6 L aegunda sesszo seguinte, dar6,o seu parecer, do ~ u a l aeriio distribuidos duplicados a todos os membros do

Conselho. Na sessso imediata se iIiscutirA o incidente, lavrando-se, segundo o vencido, nc6rd3o sobre a incons- titucionalidade da norms ou diploma em causa, man- dando-os obser'var ou mandando que n%o se apliquem.

§ 4." A conclusiio do ac6rdEo do Conselho referido no parhgrafo anterior ser6 telegrhficamente comunicada :L col6nia ou coltnias interessadas, para cumprimento.

Dos magistrados Judioiais e do Minlst6rio Pfibliao

Art. 200." 0 s juixes dos tribunais ordinhrios das co- 16nias siio vitalicios e inamovi~eis ; a sua nomeaqao, promoqZo, demissl'io, suspensl'io, transferhcia e colo- caqBo na disponibilidade ou iuactividatle fazem-se nos termos da OrganizaqGo Judiciriria das Colcinias.

5 iinico. E rle quatro anos o period0 de inamovibi- lidade a que se refere o presente artigo.

Art. 201," A magistraturn do Ministhrio Pfiblico Q hieriirquica, amo~ivel , rcsponssi~el e dependente do Ni- nistro das Col6nias.

5 1." A amovibi1ida.de consiste em poderem os Pro- curadores da Republica ser livremente esonerados e os seus delegados e conservadores (lo registo predial trans- feridos pelo Ninistro das ColBnias.

5 2." 816m da, responsabilidade civil e criminal por actos praticados no esercicio das suns funqaes, os ma- gistrados rlo 3TinistBrio Pilblico e os coaservadores t h responsabilidade disciplinar directa para com o Ninis- tro das Col6nias, pelo cumprimento dos seus deverev e pels observdncia das ordens e instruqGes que recebe- rem, tanto do Ministro, como dos governadores.

$ 3." 0 s magistrados e agentes do 3finistCrio Piblico nas coldnias sgo hierkrqulcamente subordinados uns aos outros e todos ao Xinistro das Col6nias.

Art. 202." A disciplills dos ma~;.istrndos judicinis sex6 estabelecida cle mod0 a garantir a independsncia e isen~8o das (ilecisijes ou j-ulgamc.ntos e a sua perfeita conformi~lade con1 n lei e a justiya. Selli, por isso, interdita aos magistradou judiciais totla a actividadc ile uaturex:~ nKo judldial; 6-lheh proibid:i qu~lquel . intervenpso n s viha politics ou aclministrativa, dab col6nins e t) rxercieio de emprego 'particular ou liga- (:Go de interrssrs, pms si m1 clros m n l l ~ e r ~ s . cnm yunlque~*

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empress. Bas mn,gistraclos ,do Ilfinist6rio Pdblico sd serlo permitidas as intervenc6es que n lei expressa- mente previr.

$ 1." 0 s rna4istrados jucliciais e do Ministbrio Pi- blico mdas col6nlas siio inelegiveis para quaisquer fun- ~ 6 e s publicas.

2.' 0s magistrados judiciais ou do Xinistbrio Pir- blico que esercerem funyties ou enlpregos interditos serge, na primeira condenn.yGo que p0r esse facto 1lrc.s for imposta, passados b innctividnda por .dois anos c, n a segunda, aposentndos ou demitidos, conforrne o caso.

Art. 203." Sempre clue os juizes ou n2agistrarlos do Minist6rio Pdblico fore111 requisitados pelos governos das coldnias para o desempenllo de comissGes, perma- nentes ou temporcirias, de nsturcza n5o judicial, serzo colocados na disponibilidade, deisalldo de ocupar lugar no quadro, sa1r.o nos casos expressamente previstos na lei.

5 dnico. Consideram-se fungGes de na'turezn judi- cial os inqu&ritos, sindiciincias a inspecgaes dc qne magistrados forem encarregados.

Art. 204." Salvo por promop50 ou pol. motivo dis- ciplinar, nenhum juiz pocle ser transferido de uma para nucra comarca nas col6nias sem ter, pelo menos, urn ano ae ~ e r m a n e n c i s efectiva na ronlarcn du onrlc for trails- ferido.

Art. 205." Sempre que nas col6niau cjualquer magis- trado judicial ou do Ministerio P6blioo p r o ~ c d a rle morlo a desprestigiar as funy8es riue cxerce, o governador respectivo partitip&-10-8 oonfidencia.lmente ao Ministro das Col6nias seln dependgncia do disposto no artigo 245." da Organiz:ip'%o JudiciGria. ; eslc far;i rcnietel. :L ~xrrtici- pap50 Bs instiincias tlisciplinnres competentes.

$ 1." A disposi$io do preseille artigo ctbrsnge s cri- ticn, verbal ou escrita, em pdblico, ou a apreciagBo lr~aldvola ,rlos actos ,do Govt:rno Central ou (10s gover- nadnres gerais, de col6nia ou do provincia pelos ma- gistrados judiciais ou ,do Minist6rio Puhlico e ainda a p ~ i t i c n do qualq-cler act0 de natureza politics.

5 2.' Nos casos referidos no parjgrafo anterior wrgo gempro os magistrados punirlos corn pens de suspens~o de erercicio e vencimentos.

Art. 206." Us juizes s8o irrenpon~iiveis nos seua jul- gamentos, ressalva,das as esceppiies que a lei consignar.

Art. 207.O As f u n ~ 8 e s .do consultor juridic0 dos go- vernadores sBo csercidas, ua9 ,coltnias de govern0 geral, pel0 Procurador dn Repdblica 'e, nas outras, pelo seu delegado na comarca da capital ou polo mais antigo dos delegados, se houver dois.

3 iuico. Siio atl.ibui@es do consultor jurisdico do go- vernador esclarecer com o sell parecer escrito todos os assuntos de odministrag:'io pfihlica lrle tkcnica juridics e todas as d6vidas de inhrpretapiio ou 3 e aplicaqiio das leis sohne qnr? o gove~.nndo~- o 111:lnile onrir .

Do regime prenentlvo e repressi~o dos orimes

Arf. 2.OS." .A p~e17,onpHo .e repress30 dos crimes 6t?z'$o f,eitns n1ediant.e a aplicitc$Zo de lnedidss de seguranqa a ~ t e penas.

1." Nas col6nias de Angola, Moqambique, Estlrdo da Ind ia e Timor ntio se tlplicarri mais a pena de de- gredo para outm colilui:~. As col~dcnnq5es i~ que, pela lei penal em vigor, corresponds essa pena seriio cum- pridas dentro da pr6pris colbnia em local apropriado. Os governos de S. Tomk, Cab0 Verde, GuinO e Macan podergo fazer cumprir 5 adegredo respectivamente ern Angola os tr6s pr i laeiro~ e em Tinlor o 6ltimo.

5 2." P a r a a defesa da opini5,o pfiblica, prevenpgo do8 delitos por abuso de liberdade de imprehsa e facilidade de esigbncia judicial ou administrativa de responsa- bilidarles, As publicapaes periddieas quo sairem .de novo nas col6nias ~ e r & exigido depdsito prbvio, B. ordem da autoridade indicia1 da sede de comarca e dos governa- dores da col6nia onde estiver instnlarla a redacgzo, da (1u;int,ia, quc a lei fisnr e quo nzo poderB ser inferior a :iO.OOO$ ou equivalente quando ye t ra tar de jornal q u ~ tle1.s a l ~ a ~ ~ e c e r lnais dc qnatro vexes por semana e a 95.000$ ou equivnlellte quando se t ra tar de outros. A wrantia, do dcp6sito prbvio 1150 se aplicarh Bs publi- c:ia~cvpurmmte literarias on cient,ifioas, enquanto nlnntivercl~l esse cnr5cter. 0 levantsmento 'do dep6sito 66 pode ser autorizsdo urn ano depois do aparecimento do liltimo nfimero da publicaqiio.

.Ej 8.. Sem a realixaqZo do dep6sito pr6vio ngo poderg a publ ica~5o peri6dica aparecer, sob pena de apreens80 e rtcstrnig5,o pelas uuiorj'dadcs uc11ninislrai:ivas r dc pot

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elas ser fechada e vendida em hasta pGblica, a favor da assistbncia, a tipografia em que tiver sido impressa. 0 dep6sito deverh ser recomposto sempre que, por vir- tude da exigsncia de qualquer responsabilidade. se ache diminubdo, sob as penns referidas.

S 4.' 0 director de pubIicagfo periddica que, nas col6nias, recusar a inserg50 das notas oficiosas dos po- vernadores, de dimens6es niio escedentes a duas colu- nas de composiqiio ordintiria, serB condenado em multa nLo inferior a 5.000$ ou equivalente. A remessa das notas oficiosas seri feita por meio de oficio, laorando+e documento de entrega.

Art. 209." O regime penal aplicjvel aos indigenas corresponderi em cada coldnia ao seu estado soclo.1 e mod0 de ser individual. A reforma das leis penais e prisionais ultramarinas dew ter em atenp:To este prin- cipio essential.

Art. 210." As portarias regulammtares d a col6nis ] J O ~ ~ % O cominar nos contrnrentorcs as penalidades men- cionadas no artigo 486." clo ,C6digo Penal, corn as modi- ficng6es vigentes na ni,etrripol.e, incluinao multa at4 5.0009 ou quantia zequi~alente em mosds local.

Art. 211." Pode ser recusada, pelo Ministro das Co- i6nias ou pelos governadores coloniais, a entrada numa col6nia a qualquer nacional ou estrangeiro, se n40 mostrar satisfazer i s condiqaes legais, ou se da sua pre- senqa resultarem inconvenientes.

§ 1." 0 s nacionais ou estrangeiros que residam ou se encontrem em col6nia portuguesa poderiio dela ser ex- pulsos, por tenlpo niio superio~ a cinco anos, pelo go- vernador ou pel0 Ministro das Co16nias7 se da sua pre- senqa resultarem graves inconvenientes de ordem interna ou esterna.

t 2.O Da d,ecisfo do governador que ordenar ct expul- sLo ,de nacionais ou estrangeiros, nos termos do pax& grafo anterior, eabe recurso, sem efeito euspensivo, para o Ministro das Col6nias.

Sr t . 222." Niio seri permitida a entrada ou perma- ngncia numa colrinia a todos os que nela hajam sofrido pens ade adegredo durante os cinco nnos que se seguire~n so seu cumprimento, a n5o ser que hajam sido conde. nados a tal pena pelos tribunais da pr6pria col6nia.

CAPXTULO VII

Da ordem econbmica e social nas colbnias

Do regime eaon6mioo geral das aol6nlas

Art. 213." 0 Ministro das Col6nia.s e os governos co- loniais t6m a obrigaqzo de coordenar e regular superior- mente a vida econ6mica e social das co16nias com os ob j ectivos seguintes: 1." A nacionalizapao drt gente, dos capitais e das

actividades ; 2." A criapao e manutenpzo das condipaes necess&rias

ao desenvolvimento das populap6es nativas; 3 . 9 elevapiio moral, intelectual e econrimica dos

indigenas ; 4." 0 progressive e metbdico aproveitamento dos re-

cursos e possibilidades naturais dos territ6rios do Im- - p6rio ;

5 . O A rea1izal;"a da justiqa social compativel corn aa condip"os eoon6micas e politicas.

§ $nice. No prosseguimento da sua acpLo as autori- dades referidas no presente artigo terzo sempre em vista os objectives indicados no artigo 31." da Consti- twiggo e 0s meios ~eferidos no seu titulo vI11. . Art. 214," 0s regimes econ6micos das col6nias d o es- tabelecidos em harmonia corn as necessidades do seu de- senvolvimento, com a justa reciprocidade entre elas e os paises vidnhos e com os direitos e legitimas con- veniEncias da Napso Portuguesa.

Art. 215." Pertence ao Governo Central, sem prejuizo da descentralizapiio administrativa garantida pelo Acto Colonial, assegurar pelas suas decisBes a conveniente posiq&o dos interesses que, nos termos do artigo an.te- rior, devem ser considersdos em conjunto nos regimes econ6micoa das col6nias.

Art. 216.O A organizapZo econ6mica das col6nias teri em vista a criaqiio de organism08 que se integrem na organizapHo econ6mica geral da Naplo; deveri realiear o mrisimo de produpfio e riqueza socialmente dtil e es- tabelecer uma vida colectiva de que resultem poderic para o Estado e jus t i~a entre os cidadHos.

Art. 217." De futuro a sdministrsqfh e exploraq50 dos portos comerciais das colrinias 950 reservadas para

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o Estado. Lei especial re ulariL as excepg6es que, den- tro de cads po~ to , em reyapgo a deter~ninndss instaln- y6es ou servigos, devem ser admitidas.

Das concess6es nas col6nias

Art. 218;" As concessGes do Estado nas coldnias, ainda quando hajam de ter efeito corn ap1icaqa"o de capi- tais estrangeiros, ser5o seinpre sujeitas a oondipiies q u i assegurem a nacionaliza~Bo e demais conveniCncias da econolnia d : ~ coldnia. Diplolnns especinis regular50 e ~ t e assunto para os mesmos fins.

Art. 219." SZu cousi~dernilns .de inturesse colectivo e sujeitrts a regimes especiais de administragio, concurso, superintendsncia ou fiscaliznq60 do Estado, por inter- m6din do Ministro das Col6nias ou dos governos colo- niais, confornlc as necesvidades da seguranpa pliblica, da defesa nacional e das relaqaes econ6micas e sociais, todns as empres:ls que visem ao a.l>roveitamento e ex- plorag~o ,das coisas que fuzenl p:l,rt,e do dolninio pu- blico do Estado nas coI6nias.

Art. 220." 0 Estndo na"o concede, em nenhuma co- 16nin., a empresas p:~rticulal.es ou co1ectiva.s: 1." 0 esercicio de quaisquer prerrogativas de admi-

nistraqHo p ~ b l i c a , nas quais se considera cornpreendido o direito de cunhar moeda;

2.' A faculdade de estnbclecer, fixar ou cobrar quais- quer tributos ou tasas, ainda que scja em nome do Es- tad0 ;

3," 0 direito de posse de terrenos, ou de Areas de pes- quisns mineirns, corn n faculilnde d c faeesem subconces- sdes n outr:ls empresas.

Art. 221." Nenhuma porpSo de territcirio colonial PO- tleril ser alienndn n govi?rno 011 outr:~ eu.ticlade pdbl ir :~ de pais estran~eiro.

Art. 222." Nilo s30 permitidnu: 1." Numa zona continua de 80 metros al6m do mi -

s i b o nivel dn p r e i a m ; ~ , as cc1uaess6es dr terrenos con- finantes com a costa maritima, dentro ou fora das baias;

2." NuI~~:L SOL^^, costinun Tcl6 80 lnutros al6m do nivn] normal das iguas, as conoe~sijes de terrenos confinantea corn l a p s navegciveis ou com.rios abertos 9 navegapso internaci~nal ;

rn - i :)

-.--

3." Numa faixa de 100 metros ou superior, se lei especial a determinar, para todos os lados, as concess6es de terrenos contiguos ao perimetro das estapzes das li- nhss fkrreas, construidns, projectadas, ou que para esse fim os governos entendam dever reservar; 4." Outras concess6es de terrenos que niio possam ser

feitas conforme as leis que estejam prescntemente em vigor ou vonl~arn s ser prornulgadas.

8 linico. Em casos e~ce~c iona i s , quando convenhs nos interesses do Estndo:

a) Podo ser permitida, conforme a lei, a ocupaqEu de parcelas de terreno si.tuadas nas zonas designadas nos n.OS 1 .o, 3.0 e 3." destc ari?igo,. pox pram ~ U C + 1150 esccda ciuquenta &nos, prorrogliue~s por niais dois pe- r i o d ~ ~ de vinte, sc csse f o ~ o iutercsse do Eat.ado;

b ) Yodem as referidas parcelas ser colnpreendidav na 6reu das povoa@es, nos termos legais, corn aprova- $0 espressa do 3linisf,ro ,das col61lias, ouvidas as ins- ttincias competcntes ;

c) I1o.dem as parcelas assim incluidas n s i r e s das povoa@es ser concetlirlas t~empor81.iament.c em harmo- nia COM lei, sendo tamb6m condig50 indispens~ivel n aprovaqiio espressa. do Yinistro das Col6nias, ouvidau nu mesmas instsncias.

Art. 223." Nns itreas destinadas a povoaq6es mariti- mas das col6nias ou ii sua presumivel expans60 as con- cessijes ou subconcess6es dc terrenos a faeer ficanl su- jeit.as $s seguin tes regras :

1." N5o podera'o ser feitss a estrangeiros sem a a.pro- vtl~ao rlo Collselho de Ninistros ; 2." hTSo poclerBo ser outorga.das a quaisquer outros

individuos ou sociedarles senno para aproveitamentos que tuuham de fazer paza as suas instalaqGes nrbanas, inrlustriais ou comerciais.

5 1." NHO dependem de 4autorizac:go pr4via do Go- verno os nctos de t r ans~n i s s~o particular dn proprie- dado de tcrrenos; lnav se a tr;lnsmissiio contrariar o disposto nos n.""." e 2 . V o d e r j ser anula.rla por sim- Ides despa~llo rlos governndores gerais ou de colrinia, j~ub1ir:ado uo Bolct i?~~. Ofic:inZ nos scis lneses seguintes ;tquele e u que do facto bourer conhecimento, seln pre- ju izn rla anula(;Zo e n qualqllcr tempo, pelos meios or- dinhrios, nos tennos rl n par6grafo ~eguinte .

'$ 2." SSo impresc~i t i~c is os direitos q v . ~ est,e nrYigc1 e o artipo anterior asseguram au Estado.

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Art. 2 i 3 6 . O Sera organizarlo e mantido constante- mente em boa ordein o registo geral ou recenseamento das populaqiies indigenas.

Art. 337."~ a.utorirlatles e colonos foinentnrCo acti- vamente a difusKo do lingua portuguesa entre os indi- genas.

Art. 235." O Estndo c~stabc1~c.c insf3t,nic;Ecs pdblicns c promove a criaqGo dc instituiqSes pnrticulares, por- tugueses ulnas e outrns? ell1 f n t o ~ dos direitos ilos in- digenas ou para a sua assistbncia e educaqzo.

Art. 239." 11 lei garante aos inrligenas, nos tenlior; por eln doclarados, a proprieda.de e posse dos seus ter- renos e cultum, dcvclldo ser rcspeitaclo cste principio em torlas as concess6t.s feitas pelo Estado e fiscalizada ri-orosamente a sua aplicaqZo. 3 dnico. A propriedade indigeoa nas co16nias d s Africa e Timor n5o poderi scr alienacla., nem por qunI- quer forma obrigada, considerando-se nulos todos 09

artos de tra.namissiio que nKo sejnm os sdmitidos pel0 uso consuetudjn6rio gentilico entre os membros da respeci i~a familia.

Art. 2-40." 0 Estnclo nGo impije nem permite que se esija aos indigenas das suas col6nias qualquer especie de trabi~lho obrigatdrio ou cnmpelido para fins parti- culal.t~s, emho~n n6o prescindn de que eles procurcnz pelo tmb:~lho os meios tde subsist6ncia.

Art. 241.' 0 Estntlo shnente potle compelir os inili- gems ao trabalho em obrils p~ih l ica ,~ de interesse geraI da colectividade, em oeupa@es cujos resultatIos lhes pertenpam, em esecuqlo de decisaes judiciirias de car6cter penal ou para cumprimento d e obrigagaes fiscais.

Art. 242.' 0 trabalbo clos indigenas ao servieo do Estado ou dos corpos administrativos 6 remunerado.

Art . %?-13.' S5,o proibidos: 1." Todos 08 regimes pelos quais o Estado se obrigue

a fornecer trnbalhadores hdigenns a quaisrluer empre- sas de esplorag50 econ6mica;

2." Todos ns re~i rnes pelos qunia os indimenas esis- tentes em determlnada [email protected] territorial sejam obrigados a p~cst:t.r tr;thn.lho hs empresns n.cima. intli- ceda.s, por qualquer titulo.

Art. 244.0 0 regime do contrato de tra,bnlbo dos indi- genas assenta na liberdado individual e no direito a

just0 saljrio e assisti.ncia, intervindo a autoridade pd- blica sbmente para fiscalizapiio.

bnico. E assegurada aos indigenas nas col6nias portuguesas liberdade de escolha do trabalho que melhor entenderem, quer ,de conta prbpria, quer de conts nlheia, nas suos tcrras ou nns clue para esse efeito estHo destinadas nos territ6rios do ImpBrio. Reserva-se porem o Estado o .direit0 de os tutelar, procurando encaminhi- -10s pars m6todos de trabalho por conta pr6pria que melhorem a sua condigiio iidividual e social.

Art. 245." Serj. organizado urn regime de inspecqZo ao trabalho dos indigenas, directamente dependente do 3IinistBrio das Col6nias.

Art. 246." Nas col6nias atender-se-8 a0 estado de evo- lupao dos povos nativos, havendo estatutos especiais dos indigenas que estaleleqam para estes, sob a indulin- cia do direito pfiblico e privado portuguhs, regimes juridicos de contemporizapiio corn os seus usos e cos- tumes individuais, dom6sticos e sociais que niio sejam inco~n~at ive is corn a moral, com os ditames de huma- nitlade ou corn o livre esercicio da soberania portu- guesa, embora procurando o seu lento aperfeiqoamento.

$ unico. No Est:l.clo iln. India e nss colbnios de Na,ca.u e Cabo T , e~de , as respectivns populnqEes n"a ostEo sujeitas men1 h classificagiio de indigenas nem ao regime de indigena.to, a n sun a,cepp%o legal.

Bli~ist6ri0 d a s Col6nias. 11 de Junho de 1946.- 0 Bfinistro das Col6nias, 11d~~rcello .JusB d a s Aleties Alms (;aeta./~o.