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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a Faltas legais a Serviço militar a Trabalho do professor Legislação Trabalhista e Previdenciária Fascículo N o 10/2014 / a Trabalhismo Considerações gerais sobre o seguro-desemprego 01 / a IOB Setorial Serviços Guia de turismo 10 / a IOB Perguntas e Respostas Seguro-desemprego Empregado aposentado 14 Indenização 14 Requerimento - Prazo 14 Segurado desempregado - Falecimento 14 Última parcela - Recebimento 14

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a Faltas legais

a Serviço militar

a Trabalho do professor

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Fascículo No 10/2014

/a TrabalhismoConsiderações gerais sobre o seguro-desemprego . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a IOB Setorial

ServiçosGuia de turismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

/a IOB Perguntas e Respostas

Seguro-desempregoEmpregado aposentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Indenização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Requerimento - Prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Segurado desempregado - Falecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Última parcela - Recebimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Legislação trabalhista e previdenciária : considerações gerais sobre o seguro-desemprego.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2086-2

1. Previdência social - Leis e legislação - Brasil 2. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Série.

CDU-34:368.4(81)(094)14-01168 -34:331(81)(094)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Leis : Previdência social : Direito previdenciário 34:368.4(81)(094) 2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094)

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Manual de ProcedimentosLegislação Trabalhista e Previdenciária

Boletimj

10-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 CT

O seguro--desemprego será

concedido ao trabalhador desempregado, por um período máximo

variável de 3 a 5 meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses, o qual é contado da data de dispensa

que deu origem à última habilitação, não podendo ser interrompido quando a

concessão do benefício estiver em curso.

a TrabalhismoConsiderações gerais sobre o seguro-desemprego SUMÁRIO 1. Introdução 2. Finalidade 3. Direito 4. Comprovação dos requisitos necessários à obtenção

do benefício 5. Concessão 6. Planos de Demissão Voluntária 7. Valor do benefício 8. Empregador - Documentos a fornecer 9. Documentação a ser apresentada pelo trabalhador 10. Pagamento 11. Primeira parcela 12. Suspensão 13. Cancelamento 14. Encaminhamento do trabalhador ao mercado de

trabalho 15. Parcelas recebidas indevidamente 16. Contrato em aberto na CTPS 17. Vigência - Revogação - Formulários 18. Sistema Seguro-Desemprego

(SDWEB) - Formulários disponíveis

19. Prorrogação do benefício do seguro-desemprego

1. IntroduçãoO programa do seguro-desem-

prego é regulado pela Lei nº 7.998/1990 e pelas Resoluções do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Neste texto, ana-lisaremos tão somente as considerações gerais esta-belecidas pela Resolução Codefat nº 467/2005 (com as alterações introduzidas pela Resolução Codefat nº 651/2010, pela Resolução Codefat nº 665/2011 e pela Resolução Codefat nº 699/2012), que fixa critérios relativos à integração das ações de concessão do seguro-desemprego e de assistência aos trabalhado-res dispensados em face das alterações introduzidas na Lei nº 7.998/1990 e na legislação trabalhista.

2. FInalIdadeO programa do seguro-desemprego tem por

finalidade:

a) prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dis-pensa sem justa causa, inclusive a indireta; e

b) auxiliar os trabalhadores na busca de empre-go, promovendo, para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação pro-fissional.

3. dIreIto

O trabalhador terá direito a perceber o seguro--desemprego no caso de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, desde que comprove:

a) ter recebido salários consecutivos no período de 6 meses imediatamente anteriores à data da dispensa de uma ou mais pessoas jurídi-

cas ou físicas equiparadas às jurídicas;b) ter sido empregado de pessoa ju-

rídica ou pessoa física equiparada à jurídica durante, pelo menos, 6 meses nos últimos 36 meses que antecederam a data de dispensa que deu origem ao Requerimento do Seguro-De-

semprego (RSD);

Nota

Considera-se:

a) pessoa física equiparada à jurídica - o profissional liberal inscrito no Cadastro Específico do Instituto Nacional do Seguro Social (CEI);

b) um mês de atividade - a fração igual ou superior a 15 dias, nos ter-mos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

c) não estar em gozo de qualquer benefício previ-denciário de prestação continuada, previsto no Regulamento da Previdência Social, excetuan-do o auxílio-acidente e a pensão por morte; e

d) não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família.

3.1 Solicitação do benefício pela segunda vez dentro de um período de 10 anos - CondiçãoO recebimento de assistência financeira pelo

trabalhador segurado que solicitar o benefício do

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10-02 CT Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

programa de seguro-desemprego a partir da segunda vez dentro de um período de 10 anos poderá ser con-dicionado à comprovação de matrícula e frequência em curso de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional, habilitado pelo Ministério da Educação, nos termos do art. 18 da Lei nº 12.513/2011, com carga horária mínima de 160 horas.

O curso será ofertado por meio da bolsa-formação trabalhador concedida no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), instituído pela Lei nº 12.513/2011, ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica.

3.1.1 Competência do Ministério da educação

Compete ao Ministério da Educação:

a) ofertar vagas em cursos de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional no âmbito do Pronatec aos trabalhadores benefi-ciários do seguro-desemprego, considerando as vagas gratuitas disponíveis na rede de edu-cação profissional e tecnológica; e

b) encaminhar periodicamente ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informações acer-ca das matrículas e frequência dos trabalha-dores beneficiados pelo seguro-desemprego.

3.1.2 Competência do Mte

Compete ao MTE:

a) orientar e encaminhar os trabalhadores bene-ficiários do seguro-desemprego aos cursos de formação inicial e continuada ou de qualifica-ção profissional ofertados;

b) fixar os requisitos para a definição do perfil do trabalhador para efeito de compatibilidade do curso;

c) encaminhar ao Ministério da Educação infor-mações sobre as características dos traba-lhadores beneficiários do seguro-desemprego para subsidiar as atividades de formação e qualificação profissional desenvolvidas para atendimento desse público; e

d) estabelecer os demais procedimentos neces-sários ao cumprimento da condicionalidade para o recebimento do benefício do seguro--desemprego mencionado no subitem 3.1.

3.1.3 disponibilização de cursos - referência

A disponibilização de cursos de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional pelas ins-tituições ofertantes no âmbito do Pronatec deverá ter

como referência as informações do MTE e do Sistema Nacional de Emprego (Sine) relativas ao perfil dos trabalhadores segurados e às características locais do mercado de trabalho.

3.1.4 Condicionalidade - dispensa

Não será exigida do trabalhador a condicionali-dade prevista no subitem 3.1 nas seguintes hipóteses:

a) inexistência de oferta de curso compatível com o perfil do trabalhador no município ou região metropolitana de domicílio do trabalha-dor, ou, ainda, em município limítrofe; e

b) apresentação pelo trabalhador de comprovan-te de matrícula e frequência mensal em outro curso de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional com carga horária igual ou superior a 160 horas.

A condicionalidade ainda poderá ser exigida caso o encerramento do curso de que trata a letra “b” ocorrer enquanto o trabalhador estiver recebendo as parcelas do benefício seguro-desemprego.

3.1.5 Benefício - Cancelamento

O benefício do seguro-desemprego do trabalha-dor sujeito à condicionalidade poderá ser cancelado nas seguintes situações:

a) recusa pelo trabalhador da pré-matrícula no curso de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional ofertado;

b) não realização pelo trabalhador da matrícula efetiva na instituição de ensino, no prazo esta-belecido; e

c) evasão do curso de formação inicial e conti-nuada ou de qualificação profissional em que estiver matriculado.

A pré-matrícula ou sua recusa exigirá assinatura de termo de ciência e será realizada nas unidades do MTE ou integrantes do Sine.

No caso de o trabalhador recusar-se a assinar o mencionado documento, será lavrado termo assinado por duas testemunhas.

3.1.6 Bolsa de formação ou vagas - extensão aos demais beneficiados

Atendidos prioritariamente os trabalhadores em gozo do benefício do seguro-desemprego sujeito à condicionalidade, havendo disponibilidade de bolsas--formação trabalhador no âmbito do Pronatec ou de

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10-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica, estas poderão ser ofertadas aos demais beneficiários do seguro-desemprego, respeitados os níveis de escolaridade requeridos e os demais critérios de priorização estabelecidos no âmbito do Pronatec.

3.1.7 outros requisitos necessários à aplicação da condicionalidade - disciplinamento

Ato conjunto dos Ministros de Estado da Edu-cação e do Trabalho e Emprego disciplinará:

a) as características dos cursos de formação ini-cial e continuada ou de qualificação profissio-nal ofertados; e

b) as demais condições, requisitos e normas ne-cessárias para aplicação da condicionalidade.

Nota

Por meio da Portaria Interministerial MTE/MEC nº 17/2013, foram divulga-dos os procedimentos necessários às rotinas de encaminhamento do trabalha-dor requerente ou beneficiário do seguro-desemprego a cursos de formação inicial e continuada (FIC) ou de qualificação profissional, no âmbito do Pronatec.

De acordo com a referida Portaria, além da documentação exigida para habilitar-se ao seguro-desemprego, o trabalhador requerente deverá apresentar os originais e cópias dos comprovantes de escolaridade e de domicílio. O com-provante de domicílio poderá ser em nome próprio, do cônjuge ou de familiar.

Caso não disponha dos comprovantes, as informações relativas à es-colaridade e ao endereço do RSD, declaradas como verídicas, datadas e as-sinadas pelo trabalhador, serão utilizadas para encaminhamento aos cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional concedidos no âmbito do Pronatec.

3.1.8 Bolsa-formação - dotação orçamentária

A oferta de bolsa-formação trabalhador no âmbito do Pronatec fica condicionada à existência de dota-ção orçamentária.

Nota

Por meio da Portaria MEC nº 168/2013, observadas as alterações da Portaria MEC nº 1.007/2013 e da Portaria MEC nº 114/2014, foram estabeleci-das as normas pelas quais a oferta de cursos presenciais por intermédio da Bolsa-Formação será executada no âmbito do Pronatec.

4. CoMprovação doS requISItoS neCeSSárIoS à oBtenção do BeneFíCIo

A comprovação dos requisitos necessários à percepção do seguro-desemprego deverá ser feita:

a) mediante as anotações da Carteira de Traba-lho e Previdência Social (CTPS);

b) pela apresentação do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT), homologado quan-do o período trabalhado for superior a 1 ano;

c) mediante documento utilizado para levanta-mento dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou extrato compro-batório dos depósitos;

d) pela apresentação da sentença judicial transi-tada em julgado, acórdão ou certidão judicial, em que constem os dados do trabalhador e da empresa e se o motivo da dispensa for sem justa causa; e

e) mediante verificação a cargo da fiscalização trabalhista ou previdenciária, quando couber.

A comprovação dos demais requisitos será feita mediante declaração firmada pelo trabalhador no RSD.

5. ConCeSSão

O seguro-desemprego será concedido ao traba-lhador desempregado por um período máximo variável de 3 a 5 meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses, observando-se a seguinte relação:

a) 3 parcelas, se o trabalhador comprovar víncu-lo empregatício com pessoa jurídica ou pes-soa física a ela equiparada de no mínimo 6 e no máximo 11 meses, nos últimos 36 meses;

b) 4 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de no mínimo 12 e no máximo 23 meses no período de referência; e

c) 5 parcelas, se o trabalhador comprovar víncu-lo empregatício com pessoa jurídica ou pes-soa física a ela equiparada de no mínimo 24 meses no período de referência.

O período aquisitivo de 16 meses é contado da data de dispensa que deu origem à última habilitação, não podendo ser interrompido quando a concessão do benefício estiver em curso.

Notas(1) A concessão do seguro-desemprego poderá ser retomada a cada

novo período aquisitivo desde que atendidas as condições estabelecidas no item 3 deste texto.

(2) Veja item 19 e seus respectivos subitens deste texto.

A primeira dispensa que habilitar o trabalhador determinará o número de parcelas a que este terá direito no período aquisitivo.

6. planoS de deMISSão voluntárIa

A adesão a Planos de Demissão Voluntária ou similar não dará direito ao benefício por não caracteri-zar demissão involuntária.

7. valor do BeneFíCIo

O valor do benefício do seguro-desemprego será fixado em moeda corrente na data de sua concessão e corrigido anualmente por índice oficial, não podendo

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10-04 CT Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

ser inferior ao valor do salário-mínimo mensal, e será calculado com base no art. 5º da Lei nº 7.998/1990 e reajustado de acordo com a legislação em vigor.

Para cálculo do valor do benefício do seguro--desemprego, segundo as faixas salariais a que se refere a Lei nº 7.998/1990, art. 5º, e observando-se o estabelecido no § 2º do mencionado artigo, serão aplicados os seguintes critérios:

a) para a média salarial até R$ 1.151,06, obtida por meio da soma dos 3 últimos salários an-teriores à dispensa; o valor da parcela será o resultado da aplicação do fator 0,8;

b) para a média salarial entre R$ 1.151,07 e R$ 1.918,62, aplica-se o fator 0,8 até o limite da letra anterior e, no que exceder, o fator 0,5. O va-lor da parcela será a soma desses dois valores;

c) para a média salarial superior a R$ 1.918,62, o valor da parcela será, invariavelmente, R$ 1.304,63.

QUADRO DE CÁLCULO E VALORES DO SEGURO-DESEMPREGO A PARTIR DE

11.01.2014Faixas de salário

médio Valor da parcela

Até R$ 1.151,06 Multiplica-se o salário médio por 0,8 (80%)

De R$ 1.151,07 até R$ 1.918,62

Multiplica-se R$ 1.151,06 por 0,8 (80%) e o que exceder a R$ 1.151,06 multiplica-se por 0,5 (50%), e somam--se os resultados

Acima de R$ 1.918,62 O valor da parcela será de R$ 1.304,63, invariavelmente

NotaOs valores em Reais (R$) e a data do início de vigência (11.01.2014), mencionados neste item, constam de notícia publicada em 15.01.2014 no site do Ministério do Trabalho e Emprego (www.mte.gov.br).

7.1 apuração

Para fins de apuração do benefício, será consi-derada a média aritmética dos salários dos últimos 3 meses anteriores à dispensa.

Os salários dos 3 últimos meses utilizados para o cálculo da média aritmética referem-se aos salários--de-contribuição previdenciária estabelecido no inciso I, art. 28, da Lei nº 8.212/1991, informados no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

Se, excepcionalmente, o salário-de-contribuição não constar na base CNIS, este deverá ser obtido na CTPS, atualizado, no contracheque ou, ainda, nos documentos decorrentes de determinação judicial. Nesses casos, as cópias dos documentos deverão ser arquivadas junto ao RSD.

7.2 Salário - Mês incompletoO salário será calculado com base no mês completo

de trabalho, mesmo que o trabalhador não tenha traba-lhado integralmente em qualquer dos 3 últimos meses.

O valor do SD será calculado com base no salário mensal, tomando-se por parâmetro o mês de 30 dias ou 220 horas, exceto para quem tem horário especial, inferior a 220 horas mensais.

7.3 Média dos 2 últimos salários ou valor do último salário - exceçãoPara o trabalhador em gozo de auxílio-doença

ou convocado para prestação do serviço militar, bem como na hipótese de não ter percebido do mesmo empregador os 3 últimos salários, o valor do benefício basear-se-á na média dos 2 últimos ou, ainda, no valor do último salário.

7.4 recebimento por sucessor, curador, representante legal ou procurador - HipótesesO benefício seguro-desemprego é direito pessoal

e intransferível, nos termos da Lei nº 7.998/1990, e será pago diretamente ao beneficiário, salvo em caso de morte do segurado, ausência, moléstia contagiosa e beneficiário preso, observadas as seguintes condições:

a) morte do segurado, quando serão pagas parce-las vencidas até a data do óbito, aos sucesso-res, mediante apresentação de alvará judicial; e

b) grave moléstia do segurado, comprovada pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), quando serão pagas parcelas vencidas ao seu curador legalmente designa-do ou representante legal, mediante apresen-tação de mandato outorgado por instrumento público, com finalidade específica para o be-nefício a ser recebido;

c) moléstia contagiosa ou impossibilidade de lo-comoção, devidamente comprovada mediante perícia médica do INSS, quando serão pagas parcelas vencidas a procurador designado em instrumento público, com poderes específicos para receber o benefício;

d) ausência civil, quando serão pagas parcelas vencidas ao curador designado pelo Juiz, me-diante certidão judicial de nomeação do cura-dor habilitado à prática do ato;

e) beneficiário preso, impossibilitado de com-parecer pessoalmente à instituição financei-ra responsável pelo pagamento, quando as parcelas vencidas serão pagas por meio de instrumento público com poderes específicos para o ato.

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10-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

O RSD somente poderá ser firmado pelo trabalha-dor, admitindo-se, excepcionalmente, sua apresen-tação pelos representantes mencionados nas letras “a” a “e” deste subitem, desde que instruído com os documentos mencionados nos itens 8 e 9 deste texto.

Em qualquer caso, o mandato deverá ser individual e outorgado por instrumento público, especificando a modalidade de benefício seguro-desemprego à qual o requerimento faz referência e à dispensa que lhe deu causa, cujo direito foi adquirido pelo trabalhador em função de demissão sem justa causa, ou no caso do pescador artesanal relativo ao defeso a ser requerido, vedada sua utilização posterior para outros benefícios da mesma espécie.

8. eMpregador - doCuMentoS a ForneCerO RSD e a Comunicação de Dispensa (CD) devi-

damente preenchidos com as informações constantes da CTPS serão fornecidos pelo empregador no ato da dispensa ao trabalhador dispensado sem justa causa.

8.1 requerimento - prazo

Os documentos deverão ser encaminhados pelo trabalhador a partir do 7º e até o 120º dia subsequen-tes à data da sua dispensa ao MTE por intermédio dos postos credenciados das suas Superintendências, do Sine e entidades parceiras.

Nas localidades onde não existam os órgãos supramencionados, o RSD poderá ser encaminhado por outra entidade autorizada pelo MTE.

9. doCuMentação a Ser apreSentada pelo traBalHador

O trabalhador, para requerer o benefício, deverá apresentar os seguintes documentos:

a) documento de identificação - Carteira de Iden-tidade ou Certidão de Nascimento, Certidão de Casamento com o protocolo de requerimento da identidade (somente para recepção), Car-teira Nacional de Habilitação (modelo novo), Carteira de Trabalho (modelo novo), Passapor-te e Certificado de Reservista;

b) Cadastro de Pessoa Física (CPF);c) CTPS;d) Documento de Identificação no Programa de

Integração Social (PIS) ou Programa de Forma-ção do Patrimônio do Servidor Público (Pasep);

e) RSD e CD;f) TRCT, homologado quando o período de vín-

culo for superior a 1 ano;

g) documentos de levantamento dos depósitos no FGTS ou extrato comprobatório dos depósitos; e

h) no caso de o requente não ter recebido as ver-bas rescisórias, certidão das Comissões de Conciliação Prévia/Núcleos Intersindicais (cer-tidão da justiça ou relatório da fiscalização).

9.1 Comprovante de entrega

No ato da entrega do requerimento, o agente credenciado ao programa do seguro-desemprego conferirá os critérios de habilitação e fornecerá ao trabalhador comprovante de recepção.

9.2 atendimento dos requisitos de habilitação

Se atendidos os requisitos de habilitação, o MTE enviará a autorização de pagamento do benefício do seguro-desemprego ao agente pagador.

9.3 Indeferimento do pedido

Caso não sejam atendidos os critérios, e na hipótese de não ser concedido o seguro-desemprego, o traba-lhador será comunicado dos motivos do indeferimento.

Do indeferimento do pedido do seguro-desem-prego, caberá recurso ao MTE por meio dos postos credenciados de suas Superintendências, no prazo de 2 anos contados a partir da data de dispensa que deu origem ao benefício, bem como nos casos de notificações, remissões e reembolsos.

10. pagaMento

Ressalvados os casos previstos no subtópico 7.4, o pagamento do benefício poderá ser efetuado mediante crédito em conta simplificada ou conta-poupança em favor de beneficiário correntista da Caixa Econômica Federal (Caixa), sem qualquer ônus para o trabalhador, ou em espécie, por meio da apresentação do Cartão do Cidadão ou documentos a seguir relacionados:

a) documento de identificação (Carteira de Identi-dade ou Carteira Nacional de Habilitação - Mo-delo novo ou Carteira de Identificação Profissio-nal ou que contenha o número do PIS/Pasep); e

b) comprovante de inscrição no PIS/Pasep.

10.1 autenticação em documento próprio

Os pagamentos efetuados nas agências da Caixa, sem utilização do Cartão do Cidadão ou mediante crédito em conta em favor de segurado correntista, terão sua comprovação por meio de autenticação em documento próprio ou registro eletrônico, arquivado

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10-06 CT Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

na Caixa, que deverá ficar à disposição do MTE durante o prazo de 5 anos.

10.2 utilização do Cartão do Cidadão - registro eletrônico

Os pagamentos efetuados com a utilização do Cartão do Cidadão terão sua comprovação por meio do registro eletrônico da transação, ficando à disposi-ção para consulta pelo MTE durante o prazo de 5 anos.

O Cartão do Cidadão será fornecido ao segurado pela Caixa. No ato do cadastramento da senha, o caixa executivo solicitará identificação pessoal do segurado, assinatura no formulário, “Termo de responsabilidade para uso do Cartão/Senha do Cidadão” e cadastra-mento da senha, que é pessoal e intransferível.

O valor a ser pago ao segurado corresponderá ao valor total da parcela disponível. Caso haja impedimento para o pagamento, será impresso comprovante com mensagem impeditiva (notificação), que ficará à dispo-sição para consulta pelo MTE durante o prazo de 5 anos.

O beneficiário que não desejar receber as parce-las do Seguro-Desemprego por meio de crédito em conta simplificada ou conta-poupança deverá solicitar formalmente ao agente pagador a sua suspensão, por meio de agências bancárias, no prazo máximo de até 10 dias após o recebimento da parcela.

As parcelas creditadas indevidamente pelo agente pagador em conta-corrente reverterão auto-maticamente ao Programa do Seguro-Desemprego.

10.3 pagamento por meio de conta simplificada ou conta-poupança

Até o final do exercício de 2015, os pagamentos dos benefícios do seguro-desemprego, em quaisquer modalidades, serão efetuados por meio de conta simplificada ou conta-poupança em favor do bene-ficiário, sem qualquer ônus para o trabalhador, ou, diretamente, em espécie, por meio de identificação em sistema biométrico.

Foram mantidas as hipóteses de pagamento a terceiros de que trata o subitem 7.4.

Observa-se que poderão ser utilizados outros meios de pagamento estabelecidos pelo Banco Cen-tral do Brasil.

11. prIMeIra parCela

O pagamento da 1ª parcela corresponderá aos 30 dias de desemprego, a contar da data da dispensa.

O trabalhador fará jus ao pagamento integral das parcelas subsequentes para cada mês, por fração igual ou superior a 15 dias de desemprego.

A 1ª parcela será liberada 30 dias após a data do requerimento, sendo que as demais, a cada intervalo de 30 dias contados da emissão da parcela anterior.

11.1 liberação por recursoEm caso de liberação por recurso, a 1ª parcela

será liberada no lote imediatamente posterior ao pro-cessamento do recurso, desde que a data do recurso tenha pelo menos 30 dias da data do requerimento.

Para os casos de processos judiciais em que são expedidos mandados judiciais para liberação do seguro-desemprego, as parcelas serão liberadas em um único lote.

12. SuSpenSão

O pagamento do seguro-desemprego será sus-penso nas seguintes situações:

a) admissão do trabalhador em novo emprego; eb) início de percepção de benefício de prestação

continuada da Previdência Social, exceto o auxílio-acidente e a pensão por morte.

Assegura-se o direito ao recebimento do benefício e/ou retomada do saldo de parcelas quando ocorrer a suspensão motivada por reemprego em contrato tem-porário, experiência, tempo determinado, desde que o motivo da dispensa não seja a pedido ou por justa causa, observando que o término do contrato ocorra dentro do mesmo período aquisitivo e tenha pelo menos 1 dia de desemprego de um contrato para outro.

13. CanCelaMentoO seguro-desemprego será cancelado:a) pela recusa, por parte do trabalhador desem-

pregado, de outro emprego condizente com sua qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior;

Nota

Considera-se emprego condizente com a vaga ofertada aquele que apresente tarefas semelhantes ao perfil profissional do trabalhador, de-clarado/comprovado no ato do seu cadastramento.

b) por comprovação da falsidade na prestação de informações necessárias à habilitação;

c) por comprovação de fraude visando à percep-ção indevida do benefício do seguro-desem-prego; ou

d) por morte do segurado.

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10-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

Nota

Nos casos previstos nas letras “a”, “b” e “c”, o seguro-desemprego será suspenso por 2 anos, ressalvado o prazo de carência, o direito do trabalhador à percepção do benefício, dobrando-se este prazo em caso de reincidência.

13.1 Salário compatível - definição

Para definição do salário compatível, deverá ser tomado como base o último salário recebido pelo trabalhador.

13.2 recusa de novo emprego

No caso de recusa de novo emprego sem justi-ficativa, no ato do cadastramento, o benefício será cancelado.

Caso o trabalhador seja convocado para um novo posto de trabalho e não atender à convocação por 3 vezes consecutivas, o benefício será suspenso.

Após o cancelamento do benefício em decorrên-cia de recusa pelo trabalhador de novo emprego, o trabalhador poderá recorrer por meio de Processo Administrativo, no prazo de 2 anos, contados a partir da data de dispensa que deu origem ao benefício.

14. enCaMInHaMento do traBalHador ao MerCado de traBalHo

O encaminhamento do trabalhador ao mercado de trabalho, no ato do requerimento, não representará impedimento para a concessão do benefício nem afetará a sua tramitação, salvo por comprovação de reemprego e quando não houver resposta do encami-nhamento para a vaga ofertada, no prazo de 30 dias, a contar da data do requerimento.

15. parCelaS reCeBIdaS IndevIdaMente

As parcelas do seguro-desemprego, recebidas indevidamente pelos segurados, serão restituídas mediante Guia de Recolhimento da União (GRU) para depósito na conta do Programa Seguro-Desemprego, cujos valores serão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a partir da data do recebimento indevido até a data da restituição.

O pagamento da GRU deverá ser efetuado na Caixa.

O MTE, ao constatar o recebimento indevido e a obrigação de restituição pelo trabalhador por ocasião do processamento de novo benefício, promoverá a compensação, nas datas de liberação de cada parcela, dos valores devidos ao erário público com o saldo de valores do novo benefício.

O prazo para o trabalhador solicitar o reembolso de parcelas restituídas indevidamente será de 5 anos, contados a partir da data da efetiva restituição indevida.

16. Contrato eM aBerto na CtpS

Nos casos de contrato em aberto na CTPS, o trabalhador poderá requerer o benefício do seguro--desemprego, desde que o empregador não seja localizado pela fiscalização do trabalho nem apresente movimento há mais de 2 anos no Caged, observando-se que o período relativo à situação de contrato em aberto não será considerado para a con-tagem de tempo de serviço para fins de obtenção do seguro-desemprego.

17. vIgênCIa - revogação - ForMulárIoS

A Resolução Codefat nº 467/2005 (com as alterações introduzidas pela Resolução Codefat nº 651/2010, pela Resolução Codefat nº 665/2011 e pela Resolução Codefat nº 699/2012), objeto deste proce-dimento, revogou a Resolução Codefat nº 392/2004.

Ressalte-se que os formulários destinados ao RSD foram aprovados por meio da Resolução Codefat nº 393/2004.

18. SISteMa Seguro-deSeMprego (SdWeB) - ForMulárIoS dISponíveIS

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), por meio da Resolução Codefat nº 608/2009, considerando a adoção de procedimento que permite o acesso dos empregadores ao Sistema Seguro-Desemprego (SDWEB), para informarem a dispensa sem justa causa do trabalhador por meio da Internet, e a necessidade de implantação de projeto--piloto para acompanhamento, análise e melhoria dos novos processos, determinou que os empregadores, previamente autorizados pelo MTE, poderiam utilizar os modelos de RSD e de CD, reproduzidos adiante, dispo-níveis no Sistema SDWEB, impressos em papel formato A4 e em preto e branco, no projeto-piloto implantado no Distrito Federal, no período de 1º.06 a 30.09.2009.

O RSD e a CD, impressos na forma do parágrafo anterior, terão o mesmo efeito legal dos formulários aprovados pela Resolução Codefat nº 393/2004, e terão validade para as demissões ocorridas entre 1º.06 a 30.09.2009.

Nota

A Resolução Codefat nº 620/2009 dispõe que a utilização facultativa de RSD e de CD mediante acesso ao citado Sistema observará o planeja-mento de implantação estabelecido pelo MTE, e que ficam convalidados os atos praticados, com base na Resolução Codefat nº 608/2009, no período de 30.09 a 09.11.2009.

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10-08 CT Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

COMUNICAÇÃO DE DISPENSA - CD

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10-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

REQUERIMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO - SD

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10-10 CT Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

19. prorrogação do BeneFíCIo do Seguro-deSeMpregoConforme determina o § 4º do art. 2º da Lei nº

8.900/1994, o período máximo do seguro-desemprego poderá ser excepcionalmente prolongado em até 2 meses, para grupos específicos de segurados, a cri-tério do Codefat, desde que observados os requisitos legais estabelecidos.

Na determinação do prolongamento do período máximo de percepção do benefício do seguro--desemprego, o Codefat observará, dentre outras variáveis, a evolução geográfica e setorial das taxas de desemprego no País e o tempo médio de desem-prego de grupos específicos de trabalhadores.

NotaPor meio da Resolução Codefat nº 709/2013, foi prorrogada por 2 meses a

concessão do benefício seguro-desemprego aos trabalhadores dispensados sem justa causa do setor da indústria de calçados dos Municípios de Caatiba, Firmino Alves, Itambé, Itororó, Macarani e Itapetinga, localizados no Sudoeste do Estado da Bahia, em decorrência do grande número de demissões do Polo Calçadista.

Terão direito ao benefício os beneficiários do seguro-desemprego cuja dispensa tenha ocorrido no período de 1º.10.2012 a 28.02.2013.

(Decreto nº 7.721/2012; Decreto nº 8.118/2013; Resolução Codefat nº 467/2005 - com as alterações introduzidas pela Reso-lução Codefat nº 651/2010, pela Resolução Codefat nº 665/2011 e pela Resolução Codefat nº 699/2012; Resolução Codefat nº 393/2004; Resolução Codefat nº 592/2009; Resolução Codefat nº 595/2009; Resolução Codefat nº 608/2009; Resolução Codefat nº 619/2009; Resolução Codefat nº 620/2009; Resolu-ção Codefat nº 647/2010; Resolução Codefat nº 709/2013; Re-solução Codefat nº 707/2013; Resolução Codefat nº 725/2013)

N

a IOB SetorialSeRvIçOS

Guia de turismo1. ConCeIto

É considerado guia de turismo o profissional que, devidamente cadastrado no Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), exerça atividades de acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos, em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou especializadas.

Nota

É condição para o exercício da atividade de guia de turismo a inscrição no Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur) de que trata a Portaria MTUR nº 197/2013.

2. atrIBuIçõeS

Constituem atribuições do guia de turismo:

a) acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos em visitas, excursões ur-banas, municipais, estaduais, interestaduais ou especializadas dentro do território nacional;

b) acompanhar ao exterior pessoas ou grupos or-ganizados no Brasil;

c) promover e orientar despachos e liberações de passageiros e respectivas bagagens, em ter-minais de embarque e desembarque aéreos, marítimos, fluviais, rodoviários e ferroviários;

d) ter acesso, quando possível, a todos os veí-culos de transportes, durante o embarque ou desembarque para orientar as pessoas ou gru-pos sobre sua responsabilidade, observadas as normas específicas do respectivo terminal;

e) ter acesso gratuito, quando possível, a mu-seus, galerias de arte, exposições, feiras, bi-bliotecas e pontos de interesse turístico, quan-do estiver conduzindo ou não pessoas ou grupos, observadas as normas de cada esta-belecimento, desde que devidamente creden-ciado como guia de turismo;

f) portar, privativamente, a credencial de guia de turismo emitida pelo Ministério do Turismo,em local visível, de maneira que possibilite a ve-rificação de seu nome, idiomas para os quais possui compreensão, a categoria em se encon-tra cadastrado e a validade de sua credencial;

g) esclarecer aos turistas os serviços que pres-tará e os valores correspondentes, sendo ve-dada a cobrança de comissão como condição para levá-los a estabelecimentos comerciais.

A forma e o horário dos acessos a que se referem as alíneas “c”, “d” e “f” serão, sempre, objeto de pré-vio acordo do guia de turismo com os responsáveis pelos empreendimentos, empresas ou equipamentos.

O guia de turismo deverá possuir grau de conhe-cimento suficiente na língua estrangeira que incluir em seu cadastro a fim de promover a adequada condução de grupo de pessoas, com bom grau de compreensão e expressão oral.

Nota

O guia de turismo deverá observar, ainda, o disposto no art. 34 da Lei nº 11.771/2008, o qual dispõe que são deveres dos prestadores de serviços turísticos:

a) mencionar e utilizar, em qualquer forma de divulgação e promoção, o número de cadastro, os símbolos, expressões e demais formas de identificação determinadas pelo Ministério do Turismo;

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10-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

b) apresentar, na forma e no prazo estabelecido pelo Ministério do Turis-mo, informações e documentos referentes ao exercício de suas ativida-des, empreendimentos, equipamentos e serviços, bem como ao perfil de atuação, qualidades e padrões dos serviços por eles oferecidos;

c) manter, em suas instalações, livro de reclamações e, em local visível, cópia do certificado de cadastro; e

d) manter, no exercício de suas atividades, estrita obediência aos direi-tos do consumidor e à legislação ambiental.

3. exerCíCIo regular da atIvIdade

O exercício regular da atividade de guia de turismo depende de prévia realização de curso téc-nico de formação profissional e de cadastro junto ao Ministério do Turismo.

O interessado que solicitar cadastro junto ao Ministério do Turismo será classificado na categoria de guia de turismo para a qual estiver habilitado, desde que comprovada esta condição mediante apresenta-ção de certificado ou diploma de conclusão de curso específico de educação profissional de nível técnico.

O curso específico de educação profissional de nível técnico deverá respeitar a carga horária mínima definida em normativos do Ministério da Educação e seus órgãos representativos nos Estados.

O guia de turismo poderá exercer suas atividades por meio de contrato de prestação de serviço na qua-lidade de funcionário de agência de turismo ou trans-portadora turística cadastradas junto ao Ministério do Turismo, ou firmado diretamente com o consumidor final, conforme o caso.

4. CadaStraMento

4.1 pedido

O pedido de cadastramento como guia de turismo deverá ser realizado por meio do site www.cadastur .turismo.gov.br ou pessoalmente, junto ao órgão dele-gado de turismo da respectiva Unidade da Federação:

a) na qual o interessado residir, para os casos de cadastro como excursão nacional e/ou inter-nacional; ou

b) na qual prestará serviços, quando se tratar de cadastro como Guia Regional e/ou Especiali-zado em Atrativo Turístico, respeitando-se, em todos os casos, as normas editadas pelo Mi-nistério do Turismo, relativas ao cadastro dos prestadores de serviços turísticos.

4.2 Classificação

Conforme a especialidade de sua formação pro-fissional e das atividades desempenhadas, os guias de turismo serão cadastrados em uma ou mais das seguintes categorias:

a) guia regional - quando suas atividades compre-enderem a recepção, o traslado, o acompanha-mento, a prestação de informações e assistência a turistas, em itinerários ou roteiros locais ou in-termunicipais de uma determinada Unidade da Federação para visita a seus atrativos turísticos;

b) guia de excursão nacional - quando suas ativi-dades compreenderem o acompanhamento e a assistência a grupos de turistas, durante todo o percurso da excursão de âmbito nacional ou rea-lizada na América do Sul, adotando, em nome da agência de turismo responsável pelo roteiro, to-das as atribuições de natureza técnica e adminis-trativa necessárias à fiel execução do programa;

c) guia de excursão internacional - quando rea-lizarem as atividades referidas na alínea “b”, para os demais países do mundo;

d) guia especializado em atrativo turístico - quan-do suas atividades compreenderem a presta-ção de informações técnico-especializadas sobre determinado tipo de atrativo natural ou cultural de interesse turístico, na Unidade da Federação para a qual o mesmo se submeteu à formação profissional específica.

4.3 guia de turismo especializado em atrativo natural

Para requerer o cadastro na categoria de guia de turismo especializado em atrativo natural ou em atra-tivo cultural, o interessado deve, primeiramente, ser habilitado como guia de turismo regional, em cursos específicos de qualificação profissional.

A atividade de Guia Especializado em Atrativo Natural ou atrativo cultural somente poderá ser exer-cida por aquele que tiver formação profissional espe-cífica para o Estado do atrativo turístico no qual atuará.

4.4 guia de turismo - Categoria regional

O guia de turismo que pretender o cadastro na categoria regional para exercer suas atividades em determinado Estado, deverá apresentar o certificado de conclusão de curso técnico de formação profissional de guia de turismo daquela Unidade da Federação.

4.5 guia de turismo - Categoria de excursão nacionalO guia de turismo cadastrado apenas na catego-

ria de excursão nacional não poderá realizar, dentro de uma Unidade da Federação, as atribuições do guia de turismo regional daquele Estado.

A atuação do guia de turismo cadastrado na cate-goria excursão nacional abrange o percurso interes-tadual, por meio terrestre ou aéreo, compreendendo o assessoramento técnico e a assistência necessária

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10-12 CT Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

aos turistas, incluindo procedimentos de bordo e acomodação do turista em hotel.

Caso houver a necessidade de realização de pas-seios locais, em determinados atrativos turísticos de um Estado, o guia de excursão nacional, em nome da agência de turismo, deverá contratar Guia de Turismo Regional que atue naquela Unidade da Federação.

4.6 guia de excursão internacional

O guia de excursão internacional deverá observar, no exercício de suas atividades, os tratados, as conven-ções e os acordos internacionais dos quais o Brasil seja signatário, além das demais legislações pertinentes.

Caso a legislação local exigir a contratação de um guia de turismo do país visitado, caberá ao guia de turismo de excursão internacional, em nome da agên-cia de turismo, a contratação do guia correspondente.

4.7 Condutor de visitantes em unidades de conservação e monitor de turismo - distinçãoA atividade de guia de turismo não se confunde

com o exercício das atividades de condutor de visitan-tes em unidades de conservação federais, estaduais ou municipais e de monitor de turismo.

Nos termos da legislação pertinente, considera-se condutor de visitantes em unidades de conservação o profissional que recebe capacitação específica para atuar em determinada unidade, cadastrado no órgão gestor, e com a atribuição de conduzir visitantes em espaços naturais e/ou áreas legalmente protegidas, apresentando conhecimentos ecológicos vivenciais, específicos da localidade em que atua, estando per-mitido conduzir apenas nos limites desta área.

Considera-se monitor de turismo a pessoa que atua na condução e monitoramento de visitantes e turistas em locais de interesse cultural existentes no município, tais como museus, monumentos e prédios históricos, desen-volvendo atividades interpretativas fundamentadas na história e memória local, contribuindo para a valorização e conservação do patrimônio histórico existente, não sendo permitida ao monitor de turismo a condução de visitantes fora dos limites do respectivo local.

A necessidade ou obrigatoriedade de acompanha-mento de condutor durante visitações deverá ser verifi-cada pelo guia de turismo que se deslocar com o grupo de turistas a uma determinada unidade de conservação.

4.8 requisitos

O cadastramento e a classificação do guia de turismo em uma ou mais das classes previstas no

subitem 4.2 estará condicionada à comprovação do atendimento aos seguintes requisitos:

a) ser brasileiro ou estrangeiro residente no Bra-sil, habilitado para o exercício de atividade profissional no País;

b) ser maior de 18 anos;c) ser eleitor e estar em dia com as obrigações

eleitorais;d) ser reservista e estar em dia com as obriga-

ções militares, no caso de requerente do sexo masculino menor de 45 anos;

e) ter concluído curso técnico de formação pro-fissional de guia de turismo, em instituição re-conhecida pelos órgãos competentes de ensi-no, na categoria para a qual estiver solicitando o cadastramento;

Nota

Para fins de comprovação do atendimento ao requisito referido na alí-nea “e”, admitir-se-á que o requerente:

a) tenha se formado em curso superior de turismo e cursado cadeira especializada na formação de guia de turismo; ou

b) tenha concluído o curso de formação profissional à distância e sido aprovado em Exame de Suplência Profissionalizante ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac); ou

c) tenha comprovado, no prazo de 180 dias a contar de 04.10.1993 (iní-cio de vigência do regulamento aprovado pelo Decreto nº 946/1993), o efetivo exercício da profissão por, no mínimo, 2 anos, bem como aprovação em exame de suplência nos termos da alínea anterior.

f) apresentar, no momento da renovação do cadas-tro, cópia dos comprovantes de recolhimento da contribuição sindical, correspondentes ao pe-ríodo de validade da credencial a ser renovada;

g) apresentar uma foto 3x4 recente e com plano de fundo contrastando com a roupa e a cor da pele;

h) no caso de estrangeiro residente no País e ha-bilitado para o exercício da atividade profissio-nal, apresentar o Registro Nacional de Estran-geiro (RNE) expedido pela Polícia Federal;

i) apresentar comprovante de residência; ej) apresentar cópia de diploma de curso de idioma,

ou comprovante de exame de proficiência ou atestado de fluência, em pelo menos uma língua estrangeira para os que pretendam o cadastra-mento na categoria de guia de turismo excursão internacional, fornecidos por instituição de ensi-no reconhecida pela autoridade competente.

4.8.1 Conhecimento suficiente em língua estrangeiraO guia de turismo deverá possuir grau de conhe-

cimento suficiente na língua estrangeira que incluir em seu cadastro, visando à adequada condução de grupo de pessoas, com bom grau de compreensão e expressão oral.

Para cada idioma incluído no cadastro, o guia apre-sentará certificado de conclusão de curso do referido

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10-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

idioma, comprovante de exame de proficiência ou atestado de fluência emitido por instituição competente.

A competência para a apreciação e a aprovação do mérito dos planos de curso para a formação de técnicos em guia de turismo a serem ministrados pelas instituições de ensino no país fica a cargo exclusivamente dos conselhos de educação e órgãos do sistema educacional.

Somente terão validade, para fins de cadastro junto ao Ministério do Turismo, os cursos de qualifica-ção, habilitação e especialização profissional desen-volvidos no nível técnico, obedecida a carga horária mínima estipulada pelo Ministério da Educação.

Os certificados de conclusão de curso deverão especificar o conteúdo programático e a carga horá-ria de cada módulo, a categoria em que o guia de turismo está sendo formado e a especialização em determinada área geográfica ou tipo de atrativo.

O estágio supervisionado, quando for o caso, dos alunos concludentes dos cursos técnicos de formação profissional de guia de turismo deverá ser orientado por guia de turismo credenciado e em situação regular.

5. CraCHá de IdentIFICação proFISSIonal

Após o cumprimento das exigências a que se refere o subitem 4.8, o Ministério do Turismo fornecerá ao requerente o respectivo certificado de cadastro e o crachá de identificação profissional, em modelo único, válido em todo o território nacional, contendo nome, filiação, número do cadastro e da cédula de identidade, fotografia, idiomas, categoria e âmbito de atuação prevista em seu curso de formação.

No caso de o guia de turismo devidamente cadas-trado junto ao Ministério do Turismo não receber seu crachá de identificação profissional em tempo hábil, será permitido o exercício da atividade desde que esteja portando um certificado de cadastro válido.

Ao guia de turismo que possui crachá de identifi-cação profissional emitido pelo Ministério do Turismo é vedada a atuação portando apenas o certificado de cadastro.

O guia de turismo com cadastro suspenso ou cancelado deverá devolver seu crachá de identifica-ção profissional ao Ministério do Turismo ou ao órgão delegado responsável pelo cadastro.

6. poStura proFISSIonal

No exercício da profissão, o guia de turismo deve:

a) conduzir-se com dedicação, decoro e responsa-bilidade, zelando pelo bom nome do turismo no Brasil e da empresa para a qual presta serviços;

b) respeitar e cumprir leis e regulamentos que disciplinem a atividade turística, podendo, por desempenho irregular de suas funções, vir a ser punido pelo seu órgão de classe.

7. InFraçõeS dISCIplInareS

7.1 Condutas enquadradas

Constituem infrações disciplinares praticadas pelo guia de turismo:

a) deixar de portar, em local visível, o crachá de identificação;

b) induzir o usuário a erro, pela utilização inde-vida de símbolos e informações privativas de guias de turismo cadastrados;

c) faltar a qualquer dever profissional imposto pelo Decreto nº 946/1993;

d) utilizar a identificação funcional de guia ca-dastrado fora dos estritos limites de suas atri-buições;

e) descumprir integralmente os acordos e contratos de prestação de serviço, nos termos e na quali-dade em que forem ajustados com os usuários;

f) descumprir totalmente os acordos e contratos de prestação de serviços, bem como qualquer dever profissional imposto pela legislação;

g) facilitar, por qualquer meio, o exercício da ati-vidade profissional aos não cadastrados;

h) praticar, no exercício da atividade profissional, ato que contrarie as disposições do Código de Defesa do Consumidor ou que a lei defina como crime ou contravenção;

i) manter conduta e apresentação incompatível com o exercício da profissão.

Nota

Considera-se “conduta incompatível com o exercício da profissão” a que se refere a alínea “i”, entre outras:

a) a prática reiterada de jogo de azar, como tal definido em lei;b) a incontinência pública escandalosa; c) a embriaguez habitual;d) o uso de drogas ilícitas ou entorpecentes; e e) o contrabando.

7.2 penalidades

O exercício da atividade de guia de turismo sem o devido cadastro junto ao Ministério do Turismo, ou com este vencido, sujeitará o profissional às penalida-des previstas na Lei nº 11.771/2008, regulamentada em ato próprio do Ministério do Turismo.

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10-14 CT Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

Pelo desempenho irregular de suas atribuições, o guia de turismo cadastrado junto ao Ministério do Turismo ficará sujeito às seguintes penalidades:

a) advertência; e b) cancelamento de cadastro.

O Ministério do Turismo, seus órgãos delegados, as federações e associações de classe deverão dar conhecimento recíproco das penalidades aplicadas aos guias de turismo para que cada entidade adote as providências cabíveis.

Aquele que exercer a atividade de guia de turismo sem o devido cadastro no Ministério do Turismo estará

sujeito à penalidade prevista no art. 47 do Decreto-lei nº 3.688/1941, devendo o Ministério do Turismo ou seu órgão delegado dar conhecimento da ilegalidade à autoridade competente para as providências cabíveis.

O prestador de serviços que contratar pessoa para a execução da atividade de guia de turismo sem o devido cadastro junto ao Ministério do Turismo estará sujeito à aplicação das penalidades previstas no art. 53 do Decreto nº 7.381/2010.

(Lei nº 8.623/1993, regulamentada pelo Decreto nº 946/1993; Portaria MTUR nº 197/2013; Portaria MTUR nº 27/2014)

N

a IOB Perguntas e RespostasSeguRO-deSemPRegO

Empregado aposentado

1) O empregado já aposentado que for dispensa-do sem justa causa terá direito a receber o seguro--desemprego?

Não. Um dos requisitos para a percepção do seguro-desemprego é não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento da Previdência Social, exce-tuando o auxílio-acidente e a pensão por morte.

Portanto, ainda que satisfaça os demais requisitos previstos na legislação, o empregado aposentado dispensado sem justa causa não terá direito ao seguro-desemprego.

(Resolução Codefat nº 467/2005, art. 3º, III)

Indenização

2) O empregado dispensado que não recebeu a guia do seguro-desemprego poderá pleitear indeniza-ção na Justiça do Trabalho?

Sim. Se o empregado preencher os requisitos para receber o benefício e não puder requerê-lo pela não entrega do formulário pelo empregador, será este responsabilizado pelos prejuízos causados ao empregado.

Nesse sentido, a Súmula nº 389 do TST dispõe que o não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desem-prego dá origem ao direito à indenização, e a Justiça do Trabalho é competente para julgamento de lide nesse sentido.

Requerimento - Prazo

3) Qual é o prazo máximo para o trabalhador re-querer o seguro-desemprego?

O trabalhador deverá solicitar o seguro-desem-prego a partir do 7º e até o 120º dia subsequente à data da sua dispensa.

(Resolução Codefat nº 467/2005, art. 14)

Segurado desempregado - Falecimento

4) Em caso de falecimento do segurado desempre-gado, o dependente terá direito ao seguro-desemprego?

O seguro-desemprego é pessoal e intransferível, salvo no caso de morte do segurado, quando serão pagas parcelas vencidas, até a data do óbito, aos sucessores, mediante apresentação de alvará judicial.

(Lei nº 7.998/1980, art. 6º; Resolução Codefat nº 467/2005, art. 11, I, com redação da Resolução Codefat nº 665/2011)

Última parcela - Recebimento

5) Se, no mês correspondente à última parcela do seguro-desemprego, conseguir um novo emprego, o tra-balhador terá direito de receber essa última parcela do benefício?

De acordo com a Resolução Codefat nº 467/2005, art. 17, o trabalhador fará jus ao pagamento integral das parcelas subsequentes para cada mês, por fra-ção igual ou superior a 15 dias de desemprego.

Dessa forma, será devido o pagamento da última parcela se, no mês em referência, ele ficar 15 dias ou mais desempregado.

(Resolução Codefat nº 467/2005, art. 17, § 1º)