iob - legislação trabalhista - nº07/2016 - 3ª sem fevereiro

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Boletim j Manual de Procedimentos Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Legislação Trabalhista e Previdenciária Fascículo N o 07/2016 Veja nos Próximos Fascículos a Empregados - Contribuição sindical - Considerações a Folha de pagamento - Preenchimento - Incidências a Novos valores da tabela de salário-de-contribuição e reajustes de benefícios / a Contribuição sindical Contribuição sindical dos autônomos e profissionais liberais 01 / a IOB Setorial Saúde Terapeuta ocupacional - Tecnologia assistiva - Aplicação 14 / a IOB Comenta Transporte de trabalhadores - Aliciamento ou clandestinidade - Pro- vidências para a não caracterização 15 / a IOB Perguntas e Respostas Contribuição sindical dos autônomos e profissionais liberais Advogado empregado 16 Não recolhimento - Penalidades 16 Profissional liberal - Vínculo empregatício 17 Recolhimento - Prazo 17

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IOB ICMS-IPI, Legislacao Trabalhista,07-2016,3a Sem Fevereiro

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Manual de Procedimentos

Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Fascículo No 07/2016

Veja nos Próximos Fascículos

a Empregados - Contribuição sindical - Considerações

a Folha de pagamento - Preenchimento - Incidências

a Novos valores da tabela de salário-de-contribuição e reajustes de benefícios

/a Contribuição sindicalContribuição sindical dos autônomos e profissionais liberais . . . . . . 01

/a IOB Setorial

SaúdeTerapeuta ocupacional - Tecnologia assistiva - Aplicação . . . . . . . . . 14

/a IOB ComentaTransporte de trabalhadores - Aliciamento ou clandestinidade - Pro-vidências para a não caracterização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

/a IOB Perguntas e Respostas

Contribuição sindical dos autônomos e profissionais liberaisAdvogado empregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Não recolhimento - Penalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Profissional liberal - Vínculo empregatício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17Recolhimento - Prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

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Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Legislação trabalhista e previdenciária : contribuição sindical dos autônomos e profissionais.... -- 12. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2653-6

1. Previdência social - Leis e legislação - Brasil 2. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Série.

CDU-34:368.4(81)(094)16-00228 -34:331(81)(094)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Leis : Previdência social : Direito previdenciário 34:368.4(81)(094) 2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094)

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Manual de ProcedimentosLegislação Trabalhista e Previdenciária

Boletimj

07-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CT

a Contribuição sindical

Contribuição sindical dos autônomos e profissionais liberais SUMÁRIO 1. Contribuição sindical (CS) 2. CS - Procedimentos 3. Guias 4. Contribuição 5. Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana

(GRCSU) - Modelo - Instruções de preenchimento 6. Recolhimento fora do prazo - Acréscimos legais - Multa -

Penalidades 7. Profissionais liberais - Exibição da quitação da CS -

Situações - Não recolhimento - Penalidade 8. Cobrança - Ação - Competência 9. Prescrição 10. Quadro das profissões liberais 11. Profissionais liberais 12. Autônomos e profissionais liberais

organizados em firmas ou empresas

1. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL (CS)

1.1 Autonomia da organização sindicalÉ livre a associação

profissional ou sindical cuja fundação independe de autori-zação do Estado, sendo vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical.

1.2 Instituição - Cobrança - ExigênciaA denominada contribuição sindical (CS) é prevista

constitucionalmente, estando determinado que compete, exclusivamente, à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.

Relativamente à cobrança da CS, cumpre notar que a Carta Magna, ao assegurar o processo de modernização da organização sindical, dispõe que a assembleia geral fixará a contribuição que, tratando-se de categoria profis-sional, será descontada em folha, para custeio do sistema

confederativo da representação sindical respectiva, inde-pendentemente da contribuição prevista em lei.

Portanto, o referido preceito constitucional torna evidente a exigência da CS, uma vez que esta decorre da própria lei.

(Constituição Federal/1988, arts. 5º, inciso XVIII, 8º, caput e incisos I e IV, e 149, caput)

1.3 Recolhimento da CS - Publicação de editais - Consulta às respectivas entidades sindicais - Medida preventivaLevando-se em consideração os dispositivos constitucio-

nais ora mencionados, solicitamos ficarem atentos à publicação de editais concernentes à fixação e ao recolhimento da CS que as entidades sindicais estão obrigadas a cumprir nos termos

da legislação trabalhista, uma vez que as instruções adiante não se basearam

apenas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas também

em antigos despachos e resolu-ções do Ministério do Trabalho, atualmente Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), que até a promulga-ção da Constituição Federal de 1988 (CF/1988) vinham

sendo sistematicamente ado-tados pelas entidades sindicais.

Outrossim, no caso de dúvida quanto ao critério de cálculo e recolhi-

mento da CS, é aconselhável, como medida preventiva, que o empregador consulte a respectiva

entidade sindical.

(CLT, art. 605)

2. CS - PROCEDIMENTOS (*)(*) Importante

Os procedimentos a seguir, para fins de recolhimento da CS, no exercício de 2016, fundamentam-se na CLT e na legislação complementar. Assim, conforme comentado no subtópico1.3, é aconselhável que o interessado fique atento ao que dispuserem os editais publicados pelas respectivas entidades sindicais.

O recolhimento da

contribuição sindical dos agentes, trabalhadores autônomos e profissionais

liberais (não organizados em empresas), com vencimento em fevereiro, pode ser feito em todos os canais da Caixa Econômica Federal (agências,

unidades lotéricas, correspondentes bancários, postos de autoatendimento), nas agências do Banco

do Brasil ou em quaisquer estabelecimentos bancários nacionais integrantes do Sistema

de Arrecadação de Tributos Federais

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07-02 CT Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Havendo qualquer divergência nos critérios a serem adotados, caberá ao interessado, após consulta à res-pectiva entidade sindical, a escolha do posicionamento adequado, lembrando sempre que a decisão final sobre a questão competirá ao Poder Judiciário, caso seja proposta a competente ação.

2.1 Recolhimento - Prazo - Agentes arrecadadoresEm fevereiro, os agentes ou trabalhadores autônomos

e profissionais liberais (não organizados em empresa) recolhem a CS. O recolhimento poderá ser feito em todos os canais da Caixa Econômica Federal (Caixa), tais como agências, unidades lotéricas, correspondentes bancários, postos de autoatendimento. A CS também pode ser paga no Banco do Brasil S/A (BB) ou em quaisquer estabelecimentos bancários nacionais integrantes do Sistema de Arrecadação de Tributos Federais, mediante guias fornecidas pelas res-pectivas entidades sindicais.

(CLT, arts. 583 e 586)

3. GUIAS

3.1 ObtençãoAs guias de recolhimento geralmente são entregues

pelos correios aos profissionais sindicalizados. Não sendo sindicalizado ou não recebendo as guias por via postal, o autônomo e o profissional liberal podem obtê-las na cor-respondente entidade sindical. O modelo a ser utilizado é a Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical Urbana (GRCSU) (veja tópico 5).

Notas

(1) A GRCSU estará disponível para preenchimento no endereço eletrô-nico do MTPS (www.mte.gov.br) e no da Caixa (www.caixa.gov.br).

(2) Por meio do site da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) - www.cnpl.org.br, os autônomos e os profissionais liberais também podem emitir a guia da contribuição sindical e efetuar o respectivo recolhi-mento nos agentes arrecadadores descritos no subtópico 2.1.

(Portaria MTE nº 488/2005)

3.1.1 LiberaisProfissionais liberais são, entre outros, os relacionados no

tópico 10 deste texto. Em caso de dúvida quanto à entidade destinatária da CS, deve-se contatar a Confederação Nacional das Profissões Liberais: SCS - Quadra 2 - Bloco D - Edifício Oscar Niemeyer, 9º andar - CEP 70316-900 - Brasília/DF.

3.1.2 Condutor autônomo de veículo rodoviárioNos casos de proprietários, coproprietários ou promi-

tentes compradores de um só veículo (autos de aluguel, caminhões de carga etc.), cocheiros ou carreteiros a con-tribuição deve ser recolhida à respectiva entidade sindical.

3.2 Número de vias - DestinaçãoAs guias, normalmente, são compostas de 2 vias com a

seguinte destinação:

a) 1ª via - contribuinte;b) 2ª via - documento do banco.

3.3 PreenchimentoPara o preenchimento das guias, se necessário, con-

sulte a Portaria MTE nº 488/2005 (veja tópico 5).

4. CONTRIBUIÇÃO

4.1 ValorA CS, para os agentes ou trabalhadores autônomos

e para os profissionais liberais, consiste em importância correspondente a 30% do Maior Valor de Referência (MVR) fixado pelo Poder Executivo, vigente à época em que é devida a CS, arredondada para Cr$ 1,00 a fração porven-tura existente.

Importante

Veja os subtópicos 4.2 e 4.3 a seguir.

(CLT, art. 580, caput e inciso II)

4.2 Valores de referência - ExtinçãoA legislação ao tratar de regras da desindexação da

economia extinguiu, dentre outros, desde 1º.02.1991, o MVR e as “demais unidades de conta assemelhadas” que são atualizadas, direta ou indiretamente, por índice de preços, sugerindo, nesse aspecto, a extinção de todos os valores de referência (regionais).

Entretanto, a Lei nº 8.178/1991, art. 21, inciso II, esta-beleceu que os valores constantes na legislação em vigor, expressos ou referenciados em MVR, são convertidos pelos valores fixados na tabela descrita no citado dispositivo legal.

(Lei nº 8.177/1991, art. 3º, inciso III; Lei nº 8.178/1991, art. 21, inciso II)

4.3 Tabela baseada no MVRTendo em vista a tabela de valores fixada pela citada Lei

no subtópico anterior, constata-se a existência de 5 diferen-tes valores distribuídos por regiões, dos quais se depreende que o maior à época (Cr$ 2.266,17) é que deve servir de base de cálculo para a elaboração da tabela de classes de capital social e correspondentes alíquotas, conforme critério que vinha sendo sistematicamente adotado pelo Ministério do Trabalho até fevereiro/1990 (veja subtópicos 2.4.1 e 2.4.2).

Esse entendimento, contudo, não é pacífico, e há quem interprete que o MVR se desdobrou em Valores de Referência Regionais (VRR), acarretando, portanto, a elabo-ração de 5 tabelas distintas da CS patronal.

Importa ressaltar que, ocorrendo dúvida quanto ao critério de cálculo da CS, é aconselhável, como alertamos anteriormente, que o empregador consulte a respectiva entidade sindical, a qual também fornece a referida tabela de CS.

Vale lembrar ainda que, nos termos da CLT, o Ministério do Trabalho vinha elaborando a referida tabela de classes de capital social, e a última expedida foi válida para feve-reiro/1990.

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07-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

4.3.1 Valor - Vigência em fevereiro/2016 - Comentários

Levando-se em consideração os comentários dos subtópicos 4.2 e 4.3, para fins de determinação da CS de agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais em reais (R$), com base no MVR, cabe observar que:

a) em 31.12.1991, foi instituída a Unidade Fiscal de Referência (Ufir) (*) como indexador para fins de cálculo da atualização monetária e que esta “apli-ca-se a tributos e contribuições sociais, inclusive previdenciárias, de intervenção do domínio econô-mico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas” (grifamos);

b) os valores expressos em cruzeiros na legislação tri-butária ficam convertidos em quantidade de Ufir (*), utilizando-se como divisores:b.1) o valor de Cr$ 215,6656, se relativos a multas

e penalidades de qualquer natureza;b.2) o valor de Cr$ 126,8621, nos demais casos,

como, por exemplo, a citada CS;

Nota

Na conversão apresentada adiante, em Ufir (*), utilizamos 8 casas após a vírgula para maior exatidão de cálculos.

c) a reconversão, em reais, faz-se mediante multipli-cação da quantidade de Ufir (*) pela expressão monetária da Ufir (*) referente ao exercício de 2000: R$ 1,0641.

Dessa forma, a CS baseada na CLT e legislação com-plementar é estabelecida na seguinte base de cálculo:

(*) Ufir 717,8632546 = 126,8621 Cr$ de BTN

2.266,17 Cr$ de MVR •

- 17,86325467 x R$ 1,0641 (*) (Ufir em 2000) equivale a R$ 19,0083 (valor para base de cálculo);

- 30% de R$ 19,0083 equivale a R$ 5,70 (valor da CS originário da CLT).

Não obstante os critérios de cálculo anteriormente mencionados, bem como o valor para base de cálculo e a consequente importância apurada da CS, de acordo com os valores que vinham sistematicamente sendo adotados até o exercício de 1997, com base na CLT e legislação pos-terior para atualização da CS em Ufir (*), a CNPL deliberou o valor da CS para 2016 em R$ 236,40 (**), a ser recolhido até 29.02.2016 pelos profissionais liberais inorganizados em sindicatos ou federações, em nome daquela Confederação. Assim, conforme orientação da CNPL, aos profissionais cadastrados, a guia de recolhimento personalizada será enviada pelo correio, e os não cadastrados poderão retirá--la na sede da CNPL, no seguinte endereço: SCS - Quadra 2 - Bloco D - Edifício Oscar Niemeyer, 9º andar - CEP 70316-900 - Brasília/DF ou através do site www.cnpl.org.br.

O referido valor de R$ 236,40 foi publicado no site da CNPL, no endereço anteriormente mencionado, conforme informação obtida no referido site em 15.01.2016.

Importante

(*) No que concerne à aplicação dos cálculos de CS anteriormente mencionados, para autônomos e profissio-nais liberais, lembramos que foram utilizados, entre outros, o valor e o número de Ufir.

Ocorre que, desde 27.10.2000, está extinta a Ufir.

Não obstante a extinção da Ufir, vale lembrar que ficou estabelecido que a reconversão em reais dos valores expressos em Ufir será efetuada com base no valor dessa unidade fixado para o exercício de 2000, ou seja, R$ 1,0641.

Relativamente às implicações da extinção da Ufir na legislação trabalhista, como é o caso da apuração do valor da CS, informamos que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), atual MTPS, havia disponibilizado em seu site (www.mte.gov.br) a Nota Técnica/CGRT/SRT nº 5/2004, não publicada no DOU, a qual dispunha sobre “Cálculo da Contribuição Sindical”. Segundo a citada Nota Técnica, o valor da CS a ser recolhido por trabalhadores autônomos e profissionais liberais era de R$ 5,70, conforme critério de cálculo demonstrado neste subtópico.

Não obstante os comentários anteriores e tendo em vista a polêmica existente entre os valores apurados pelo MTPS e pela CNPL, recomenda-se que os agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais, antes da efetiva utilização de um dos valores de contribuição sindical tratados anteriormente, observados todos os comentários inseridos neste texto, principalmente os do subtópico 1.3, consultem, como medida preventiva, o órgão local do MTPS e as respectivas entidades sindicais sobre os critérios que passarão a ser adotados para fins de cálculo e recolhimento da CS em decorrência da extinção da Ufir.

(**) Apesar do valor apurado pela CNPL, recomenda-se que cada profissional liberal, na hipótese de não recebimento da correspondente GRCSU com o valor a ser recolhido, con-sulte, antecipadamente, a respectiva entidade sindical, a fim de certificar-se do correto valor de contribuição a ser pago, tendo em vista a possibilidade de não ser uniforme a impor-tância a ser cobrada de cada profissional liberal, conforme a profissão exercida. Lembramos ainda que, de acordo com as tabelas de CS patronal para janeiro/2016, elaboradas pelas Confederações Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da Indústria (CNI), do Transporte (CNT), da Saúde (CNS) e do Sistema Financeiro (Consif), foram utilizados, respectivamente, como base de cálculo das citadas tabelas os valores de R$ 321,43, R$ 187,60, R$ 326,08, R$ 307,0875 e R$ 304,38. No que tange aos agentes ou trabalhadores autô-nomos, recomenda-se que cada um, da mesma forma que os profissionais liberais, consulte previamente a entidade sindical que os represente no exercício de sua atividade, para fins de confirmação do valor da CS a ser recolhido.

(CLT, art. 580, caput e inciso II; Lei nº 8.383/1991, art. 1º, § 1º, e art. 3º, incisos I e II; Portaria MF nº 488/1999; Lei nº 10.522/2002, art. 29, § 3º; Lei nº 10.192/2001, art. 6º, parágrafo único; Nota Técnica SRT/CGRT nº 5/2004)

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07-04 CT Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

GUIA DE RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL URBANA (GRCSU)

4.3.2 RuralParceiros, arrendatários, trabalhadores eventuais,

empregadores, empregados, pequenos proprietários e outros que exerçam atividades no meio rural estão obriga-dos ao recolhimento da CS.

O comprovante do recolhimento da contribuição sin-dical rural constitui elemento indispensável à obtenção de qualquer assistência perante as entidades sindicais rurais.

(Portaria MTb/MA nº 3.210/1975, art. 10)

5. GUIA DE RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL URBANA (GRCSU) - MODELO - INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO (*)(*) Importante

Antes da efetiva utilização do modelo adiante reproduzido da GRCSU e de suas respectivas instruções de preenchimento, o autônomo ou o profissional liberal deverá verificar se a enti-dade sindical possui modelo personalizado de recolhimento da CS e se o referido modelo já foi distribuído aos contribuintes por ela abrangidos.

Nota

A GRCSU é o único documento hábil para a quitação dos valores devi-dos a título de contribuição sindical urbana.

Para o preenchimento da GRCSU, deverão ser obser-vadas as condições descritas em portaria ministerial.

Para melhor entendimento do critério de recolhimento das contribuições sindicais urbanas, reproduzimos, a seguir, o modelo da guia e as respectivas instruções de preenchimento.

Page 7: IOB - Legislação Trabalhista - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

MODELO GUIA DE RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL URBANA (GRCSU) - INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

Page 8: IOB - Legislação Trabalhista - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-06 CT Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

(Portaria MTE nº 488/2005, Anexos I e II; Portaria MTE nº 982/2010)

5.1 Repasse de valoresO repasse, pela Caixa, dos valores da contribuição

sindical urbana para as entidades sindicais e para a Conta Especial Emprego e Salário (CEES) observará o disposto nos arts. 589, 590 e 591 da CLT.

A distribuição dos valores recolhidos será efetuada, pela Caixa, de acordo com as filiações da entidade sindical constantes do Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES) no dia do efetivo pagamento da CS pelo contribuinte.

Os valores não repassados a entidades sindicais de grau superior ou centrais sindicais em virtude de diver-

gência nos dados indicados na GRCSU serão repassados integralmente pela CEES.

Caberá ao contribuinte solicitar a restituição dos valores repassados à CEES na hipótese do parágrafo anterior, em conformidade com as normas editadas pelo MTPS, para fins de novo recolhimento à entidade beneficiária.

Será facultativo o preenchimento na GRCSU, pelas enti-dades sindicais, do campo destinado ao código sindical, sendo obrigatório o preenchimento do campo destinado ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), que servirá de base para a distribuição prevista neste subtópico.

(Portaria MTE nº 488/2005, art. 5º; Portaria MTE nº 982/2010)

Page 9: IOB - Legislação Trabalhista - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

6. RECOLHIMENTO FORA DO PRAZO - ACRÉSCIMOS LEGAIS - MULTA - PENALIDADESNos termos da CLT, a fiscalização do trabalho pode

aplicar a multa de 1/5 a 200 valores de referência regionais por infração a dispositivos relacionados à CS.

Cabe observar que, conforme comentários dos sub-tópicos 4.2, 4.3 e 4.3.1, os valores de referência regionais estão extintos.

Não obstante a extinção desses valores, o descumpri-mento do disposto nos arts. 578 a 610 da CLT, que tratam da CS, sujeita o infrator à multa de, no mínimo, 7,5657 e, no máximo, 7.565,6943 (*) Ufir.

Observar, ainda, que o pagamento da CS fora do prazo, quando espontâneo, é acrescido da multa de 10% nos pri-meiros 30 dias, com adicional de 2% por mês subsequente de atraso, juro de mora de 1% ao mês e correção monetária, conforme o caso (CLT, art. 600).

Para maior facilidade do cálculo da multa, pode-se adotar a seguinte fórmula prática:

(2M + 8)%, onde M = nº de meses em atraso.

Exemplo

- débito de fevereiro/2016 a ser pago em maio/2016:- nº de meses em atraso: 3- cálculo:- 2 x 3 + 8 = 14% (multa)

Importante

Na elaboração dos cálculos dos acréscimos legais, deve-se seguir orientação da entidade sindical respectiva, cujos percentuais já poderão estar discriminados nas cor-respondentes GRCSU.

Não obstante o anteriormente mencionado, conforme pesquisa efetuada em 15.01.2016 no site do MTPS, espe-cificamente no endereço eletrônico http://www3.mte.gov.br/fisca_trab/tabela_variavel_2009.pdf, verificamos a publi-cação de tabela das multas administrativas variáveis (em reais) reproduzida parcialmente a seguir.

Tabela das multas administrativas de valor variável (em reais)

Natureza Infração Base legalQuantidade

Mínimo Máximo

Contribuição sindical

CLT, arts. 578/610

CLT, art. 598 8,05 8.050,66

(CLT, art. 598; Portaria MTb nº 290/1997)

7. PROFISSIONAIS LIBERAIS - EXIBIÇÃO DA QUITAÇÃO DA CS - SITUAÇÕES - NÃO RECOLHIMENTO - PENALIDADEOs agentes ou trabalhadores autônomos ou profissio-

nais liberais são obrigados a prestar aos encarregados da fiscalização os esclarecimentos que lhes forem solicitados, inclusive a exibição de quitação da CS.

Assim, aos profissionais liberais, a penalidade pelo não recolhimento das contribuições consiste na suspensão do exercício profissional até a necessária quitação. Compete aos órgãos disciplinadores das respectivas profissões, me-diante comunicação das autoridades fiscalizadoras, aplicar a referida penalidade.

Lembra-se, ainda, que as repartições federais, estaduais ou municipais não concederão registro ou licenças para fun-cionamento ou renovação de atividades aos estabelecimen-tos de empregadores e aos escritórios ou congêneres dos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais, nem concederão alvarás de licença ou localização, sem que sejam exibidas as provas de quitação da CS.

Importante

Vale lembrar que o MTPS, com base nas notas técnicas adiante, confirma a exigência da citada prova da quitação da CS contida na CLT.

Transcrevemos a seguir apenas a parte das notas técnicas que tratam do assunto deste tópico:

Nota Técnica SRT/MTE nº 64/2009 (DOU 1 de 17.07.2009, pág. 87)

[...]

10. Saliente-se que a contribuição sindical é obrigatória a todos que participem de uma categoria econômica ou profissional ou exerçam sua atividade na qualidade de autônomo, e essa exigên-cia decorre da lei, portanto, a forma que a Consolidação das Leis do Trabalho entendeu necessária para exigir a contribuição dos autônomos, que consiste na comprovação de sua quitação para licenças e alvarás, é a mais adequada para prevenir eventuais descumprimentos da regra geral, portanto, deve ser observada por todos os responsáveis pela emissão desses documentos.

[...]

Nota Técnica SRT/MTE nº 201/2009 (DOU 1 de 03.12.2009, pág. 119)

[...]

6. Como ressaltado na Nota Técnica nº 64/2009, a legislação brasileira considera nulos de pleno direito os atos praticados por entes públicos das esferas federal, estadual ou municipal, relativos a emissões de registros e concessões de alvarás, permissões e licenças para funcionamento e renovação de ati-vidades aos profissionais liberais e autônomos, inclusive taxis-tas, sem o comprovante da quitação da contribuição sindical.

[...]

Nota Técnica SRT/MTE nº 202/2009 (DOU 1 de 15.12.2009, pág. 150)

[...]

5. Por sua vez, a FECOMÉRCIO/SP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo solicitou complementação da Nota Técnica nº 201/2009, publicada no Diário Oficial da União de 3 de dezembro de 2009, a fim de esclarecer a obrigatoriedade da contribuição sindical patronal.

6. De fato, o art. 608 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, dispõe que as repartições federais, estaduais ou municipais

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07-08 CT Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

não concederão registro ou licenças para funcionamento ou renovação de atividades aos estabelecimentos de emprega-dores e aos escritórios ou congêneres dos agentes ou traba-lhadores autônomos e profissionais liberais, nem concederão alvarás de licença ou localização, sem que sejam exibidas as provas de quitação do imposto sindical.

7. Pela interpretação do dispositivo, constata-se que, na concessão de alvará, permissões ou licenças para funciona-mento de estabelecimentos em geral do setor econômico ou profissional ou ainda em suas renovações, será exigida por parte do Poder Público concedente a prova da quitação do recolhimento da contribuição sindical, sem a qual serão os atos praticados considerados nulos.

[...]

(CLT, arts. 599, 604 e 608)

8. COBRANÇA - AÇÃO - COMPETÊNCIAPerante a CF/1988 e a atual jurisprudência, a com-

petência para dirimir controvérsias relativas às ações de cobrança da CS é da Justiça do Trabalho.

(CF/1988, art. 114; Emenda Constitucional nº 45/2004)

9. PRESCRIÇÃOO direito à ação para cobrança da CS prescreve em 5

anos, uma vez que está vinculada às normas do sistema do Código Tributário Nacional (CTN).

Trata-se de despacho proferido em 14.07.1972, no Parecer nº 238/1972 (Processo MTPS nº 309.093/1971), no qual a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará solicitou esclarecimentos sobre o prazo prescricional.

Nesse processo, o Consultor Jurídico do MTPS enten-deu que:

[…] quanto aos depósitos não recolhidos provenientes de con-tribuições já arrecadadas por empregadores dos respectivos empregados, não correm prazos prescricionais, podendo as importâncias correspondentes ser cobradas em qualquer época.

(CTN, art. 217 - Lei nº 5.172/1966)

10. QUADRO DAS PROFISSÕES LIBERAIS (*)O quadro das profissões liberais inclui, entre outros, os

seguintes grupos:01º - Advogados;02º - Médicos;03º - Odontologistas;04º - Médicos-veterinários;05º - Farmacêuticos;06º - Engenheiros (civis, de minas, mecânicos, eletricis-

tas, industriais e agrônomos);07º - Químicos (químicos industriais, químicos indus-

triais agrícolas e engenheiros químicos);08º - Parteiros;09º - Economistas;10º - Atuários;11º - Contabilistas - Técnicos em contabilidade (veja

nota no subtópico 11.1);

12º - Professores (privados);13º - Escritores;14º - Autores teatrais;15º - Compositores artísticos, musicais e plásticos;16º - Assistentes sociais;17º - Jornalistas;18º - Protéticos dentários;19º - Bibliotecários;20º - Estatísticos;21º - Enfermeiros;22º - Administradores;23º - Arquitetos;24º - Nutricionistas;25º - Psicólogos;26º - Geólogos;27º - Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, auxilia-

res de fisioterapia e auxiliares de terapia ocupa-cional;

28º - Zootecnistas;29º - Profissionais liberais de Relações Públicas;30º - Fonoaudiólogos;31º - Sociólogos;32º - Biomédicos;33º - Corretores de imóveis;34º - Técnicos industriais de nível médio (2º grau);35º - Técnicos agrícolas de nível médio (2º grau);36º - Tradutores.

(*) Importante

Com o advento da CF/1988 garantindo o princípio da liber-dade na organização sindical, a Comissão de Enquadramento Sindical (CES), vinculada ao MTE, foi desativada. Dessa forma, suas decisões, bem como o quadro de atividades ou profissões da CLT, o qual era normalmente fixado por portaria ministerial, podem estar desatualizados ou alterados, razão pela qual solicitamos especial atenção ao disposto nos subtópicos 1.1 a 1.3 e tópico 2. Lembramos ainda que, em caso de dúvida quanto à relação anteriormente descrita, convém consultar, antecipadamente, a CNPL, principalmente quanto a prováveis inclusões de novas profissões liberais.

Para melhor visualização da situação atual do quadro das profissões liberais, observados os comentários anteriores, cita-mos a título de conhecimento as seguintes profissões que, além das descritas anteriormente, também fazem parte da CNPL:

a) Administradores da tecnologia da informação;b) Analistas da tecnologia da informação;c) Arquivistas;d) Astrólogos;e) Atores;f) Biólogos;g) Cenógrafos;h) Compositores musicais;i) Fotógrafos;j) Geógrafos;k) Leiloeiros;

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07-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

l) Notários;m) Programador de computador;n) Publicitários;o) Técnico em contabilidade;p) Técnico em segurança do trabalho;q) Tecnologia da informação;r) Tecnólogos;s) Zoólogos.(CLT, art. 577)

11. PROFISSIONAIS LIBERAISProfissional liberal pode ser conceituado, basicamente,

como aquele que exerce, com independência ou autonomia, profissão ligada à aplicação de conhecimentos técnicos e científicos, cuja natureza intelectual é comprovada, geral-mente, por meio de título de habilitação expedido em forma legal. Consideram-se liberais as profissões de advogados, médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, contadores, economistas, jornalistas etc., as quais constituem catego-rias integrantes da CNPL.

11.1 Profissional liberal - Exercício - Vínculo empregatício

Os profissionais liberais registrados como empregados, no exercício das respectivas profissões permitidas pelo grau ou título de que são portadores, podem optar pelo paga-mento da contribuição unicamente às entidades representa-tivas de suas próprias categorias, em valor correspondente a 30% do MVR (*), cujo recolhimento é efetuado pelo próprio contribuinte em fevereiro de cada ano.

(*) Veja comentários nos subtópicos 4.2, 4.3 e 4.3.1.

Importante

Sobre o critério de cálculo e recolhimento da CS dos profissionais liberais que exerçam sua profissão com vínculo empregatício nas empresas, foram publicadas “Notas Técnicas” que reproduzimos adiante para melhor compreensão do assunto.

I – Nota Técnica/SRT/MTE nº 11/2010, de 02.02.2010 - DOU 1 de 26.02.2010, pág. 129

“Ministério do Trabalho e Emprego

GABINETE DO MINISTRO

DESPACHO DO MINISTRO

Em 2 de fevereiro de 2010

Aprovo a NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 11/2010, acerca da contribuição sindical dos profissionais liberais e autônomos.

CARLOS ROBERTO LUPI

ANEXO

NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 11/2010

Sugere a Confederação Nacional das Profissões Liberais - CNPL, no documento epigrafado, nova redação para o item 2 da Nota Técnica nº 201, de 2009, em face de

discussões havidas no ‘Ciclo de Debates CNPL 2010’, em que foram expostas dúvidas em relação à mencionada nota.

2. A solicitação evidenciou a necessidade de esclare-cimentos no sentido de que o valor da contribuição sindical do profissional liberal deve ser repassado ao sindicato da respectiva profissão, e ser recolhido por meio da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana - GRCSU quando o empregado utilizar a opção prevista no art. 585 da Consolidação das Leis do Trabalho, de efetuar o pagamento diretamente à entidade sindical profissional.

Brasília, 2 de fevereiro de 2010

LUIZ ANTONIO DE MEDEIROS

Secretário de Relações do Trabalho”

II – Nota Técnica/SRT/MTE nº 201/2009, de 30.11.2009 - DOU 1 de 03.12.2009, pág. 119

“Ministério do Trabalho e Emprego

GABINETE DO MINISTRO

DESPACHO DO MINISTRO

Em 2 de dezembro de 2009

Aprovo a NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 201/2009, em anexo, acerca da contribuição sindical dos profissionais liberais e autônomos.

CARLOS ROBERTO LUPI

ANEXO

NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 201 /2009

Em virtude da necessidade de esclarecimentos acerca do disposto nos artigos 585, 599 e 608 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, esta nota tem por objeto fixar a interpretação acerca dessas regras para propiciar o seu fiel cumprimento.

2. O recolhimento da contribuição sindical do profis-sional liberal empregado deve ter por base o cálculo pre-visto no inciso I do artigo 580 da CLT, que consiste no valor de um dia da remuneração percebida no emprego, mesmo que o profissional utilize a faculdade, prevista no art. 585 da CLT, de optar pelo pagamento diretamente à entidade sindical representativa da categoria, conforme esclarece a Nota Técnica nº 21/2009.

3. Em face dos prazos legais para o recolhimento da contribuição sindical, os conselhos de fiscalização de profissões devem encaminhar, até o dia 31 de dezembro de cada ano, às confederações representativas das respecti-vas categorias ou aos bancos oficiais por elas indicados, relação dos profissionais neles registrados, com os dados que possibilitem a identificação dos contribuintes para fins de notificação e cobrança.

4. Sempre que a fiscalização dos respectivos con-selhos vier a encontrar, no curso de qualquer diligência, algum profissional liberal inadimplente com o recolhimento da contribuição sindical obrigatória, deve ser apresentada denúncia ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE para as devidas providências.

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07-10 CT Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

5. De acordo com o art. 599 da Consolidação das Leis do Trabalho, é prerrogativa dos conselhos de fiscalização de profissões a aplicação da penalidade de suspensão do registro profissional aos profissionais liberais inadimplentes com a contribuição sindical obrigatória, antes ou após qual-quer providência tomada pelo MTE.

6. Como ressaltado na Nota Técnica nº 64/2009, a legisla-ção brasileira considera nulos de pleno direito os atos praticados por entes públicos das esferas federal, estadual ou municipal, relativos a emissões de registros e concessões de alvarás, permissões e licenças para funcionamento e renovação de ativi-dades aos profissionais liberais e autônomos, inclusive taxistas, sem o comprovante da quitação da contribuição sindical.

Brasília, 30 de novembro de 2009

LUIZ ANTONIO DE MEDEIROS

Secretário de Relações”

III – Nota Técnica/SRT/MTE nº 64/2009, de 16.07.2009 - DOU 1 de 17.07.2009, pág. 87

“Ministério do Trabalho e Emprego

GABINETE DO MINISTRO

DESPACHOS DO MINISTRO

Em 15 de julho de 2009

Aprovo a NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 64/2009, em anexo, acerca da interpretação do Ministério do Trabalho e Emprego quanto à vigência do art. 608 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

ANEXO

NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 64, DE 16 DE JUNHO DE 2009

O interessado supra encaminhou ao Senhor Ministro de Estado do Trabalho e Emprego o Oficio nº DP/013/09, no qual se refere à obrigatoriedade das entidades públicas federais, estaduais ou municipais exigirem, para concessão de registro, licenças e alvarás para funcionamento ou renovação de atividades aos trabalhadores autônomos, a exibição de prova de quitação da contribuição sindical.

2. Aduz que entidades públicas, especialmente do Estado de São Paulo, têm concedido a renovação dos alvarás e licenças a taxistas autônomos sem exigir a prova da quitação da contribuição sindical.

3. Solicita a expedição de portaria que determine o cum-primento da exigência da prova de quitação da contribuição sindical por parte dos órgãos municipais, na expedição ou renovação de licença para a prestação de serviço de táxi, dos Departamentos Estaduais de Trânsito para licenciamento anual de veículos de aluguel, e dos órgãos estaduais com delegação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro, para o licenciamento do taxímetro.

4. Partindo da análise do texto da Consolidação das Leis do Trabalho, constata-se do art. 608 a seguinte determinação:

‘Art. 608. As repartições federais, estaduais ou municipais não concederão registro ou licenças para funcionamento ou renovação de atividades aos estabelecimentos de empregado-res e aos escritórios ou congêneres dos agentes ou trabalhado-res autônomos e profissionais liberais, nem concederão alvarás

de licença ou localização, sem que sejam exibidas as provas de quitação da contribuição sindical, na forma do artigo anterior.

Parágrafo único. A não observância do disposto neste artigo acarretará, de pleno direito, a nulidade dos atos nele referidos, bem como dos mencionados no art. 607.’

5. Considerando que não houve revogação expressa do artigo acima transcrito, tampouco qualquer modificação legislativa que possa ensejar sua incompatibilidade com o ordenamento jurídico ou a ineficácia de seus preceitos, obviamente o art. 608, ‘caput’ e a parte inicial de seu pará-grafo único encontram-se em pleno vigor.

6. Nesse sentido, vale citar, que no PARECER/CONJUR/MTE/Nº 424/2006, a Consultoria Jurídica apresentou con-cordância com a posição desta Secretaria, afirmando: ‘no que tange à aplicabilidade do artigo 608 da CLT, também pensamos que esse dispositivo continua em vigor, como já adiantado pela SRT, pois não se identificou legislação posterior que disponha noutro sentido’.

7. Dessa forma, a exigência, pelas repartições públicas, da comprovação da quitação da contribuição sindical para concessão de alvarás de funcionamento ou registro de esta-belecimentos de empregadores, autônomos e profissionais liberais, deve ser observada pelo Poder Público concedente, sob pena de tais concessões serem consideradas nulas.

8. Vale somente acrescentar que não há previsão legal de sanção administrativa a ser aplicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego ao órgão público que descumpra os preceitos do art. 608 da Consolidação das Leis do Trabalho, e a possível sanção está prevista no parágrafo único do próprio dispositivo, que esclarece haver nulidade dos atos praticados sem a observância do dispositivo consolidado, porquanto uma portaria ministerial.

9. E essa nulidade não será argüida perante o Ministério do Trabalho e Emprego, que não possui competência para declará-la, e sim perante o Poder Judiciário, que possui a prerrogativa de controlar os atos administrativos no tocante à sua legalidade e obediência aos requisitos de validade.

10. Saliente-se que a contribuição sindical é obrigatória a todos que participem de uma categoria econômica ou profissional ou exerçam sua atividade na qualidade de autô-nomo, e essa exigência decorre da lei, portanto, a forma que a Consolidação das Leis do Trabalho entendeu necessária para exigir a contribuição dos autônomos, que consiste na comprovação de sua quitação para licenças e alvarás, é a mais adequada para prevenir eventuais descumprimentos da regra geral, portanto, deve ser observada por todos os responsáveis pela emissão desses documentos.

11. Por fim, acrescente-se ser recomendável que o taxista autônomo, em face das peculiaridades e riscos ine-rentes à profissão, inscreva-se como contribuinte individual da previdência social, como forma de melhor proteger a sua integridade física e a de seus dependentes.

ANDRÉ LUÍS GRANDIZOLI

Secretário Adjunto de Relações do Trabalho

Em 16 de julho de 2009”

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07-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CT

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IV – Nota Técnica/SRT/MTE nº 021/2009, de 03.02.2009 - Não publicada no DOU

Page 14: IOB - Legislação Trabalhista - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-12 CT Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

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Page 15: IOB - Legislação Trabalhista - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CT

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EXEMPLO DE CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DE PROFISSIONAL LIBERAL QUE TEM VÍNCULO

EMPREGATÍCIO

Empregado que exerce função de contador pode optar por contribuir ao Sindicato dos Contabilistas. Nesse caso, à vista da sua manifestação (declaração de opção, em poder do empregador) e da exibição da prova de quitação, o empregador não efetua, no salário do empregado, o desconto que incidiria no mês de março, a título de CS. A opção ocorre quando o contribuinte exercer, na condição de empregado, a respectiva atividade profissional.

Nota

Os técnicos em contabilidade enquadram-se no 11º grupo - Contabi-listas - do plano da CNPL a que se refere o quadro anexo ao art. 577 da CLT. Portanto, atendidos os requisitos do art. 585 do texto consolidado, esses profissionais têm direito à opção (Processo MTb nº 325.719/1982). Veja ob-servação importante no tópico 10.

(CLT, arts. 580, inciso II, 583, caput, e 585)

11.2 Profissão liberal - Não exercício - Vínculo empregatício

Os profissionais liberais registrados como empregados, que não exercem a profissão permitida pelo grau ou título de que são portadores, pagam a CS à entidade representativa da categoria profissional em que se enquadrem os demais empregados da empresa - categoria preponderante.

(Resolução MTPS nº 325.259/1974; Resolução MTb nº 300.772/1978)

11.3 Profissão liberal/emprego - Exercício simultâneo

Aqueles que exercem profissão liberal e também ocu-pam emprego nas condições mencionadas ficam sujeitos à múltipla CS correspondente a cada profissão exercida.

Assim, se o contador do exemplo citado no subtó-pico 11.1 exercer, exclusivamente, a função de chefe do departamento de pessoal em uma empresa de construção civil, a CS de um dia de trabalho é devida ao Sindicato da Construção Civil, e não ao Sindicato dos Contabilistas.

Se, por outro lado, concomitantemente à função de chefe de pessoal na empresa (condição de empregado), exercer a profissão fora do emprego, executando, por exemplo, a contabilidade de outras empresas, ficará sujeito a contribuir, também, ao Sindicato dos Contabilistas na condição de profissional liberal.

(Resolução MTPS nº 325.259/1974; Resolução MTb nº 300.772/1978)

11.4 Advogados/empregados

O pagamento da contribuição anual à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) isenta os inscritos em seus quadros do pagamento obrigatório da CS.

(Estatuto da OAB - Lei nº 8.906/1994, art. 47)

11.5 Anotações

A empresa anota, na ficha ou na folha do livro Registro de Empregados, as seguintes informações relativas à CS paga:

a) número da guia de recolhimento;

b) nome da entidade sindical;

c) valor e data do recolhimento.

Estes dados também devem constar na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do empregado.

A empresa mantém, em arquivo, cópia da respectiva guia, para fins de exibição à fiscalização quando exigida.

Nota

Cumpre notar que a Portaria MTPS nº 3.626/1991, observadas as alte-rações posteriores, ao dispor, entre outros, sobre as informações obrigatórias que devem constar do “Registro de Empregados” (art. 1º e incisos), não exi-ge, mas também não proíbe, a anotação de pagamento de CS, a qual estava prevista na Portaria GB nº 195, de 10.05.1968, atualmente revogada pela citada Portaria MTPS nº 3.626/1991.

A Portaria MTb nº 44/1997 aprova novos modelos de CTPS para bra-sileiros e estrangeiros, e a Portaria SPES/MTb nº 1/1997 estabelece normas para emissão das novas CTPS. Cabe destacar, ainda, que a Portaria MTE nº 210/2008 baixou as disposições a serem observadas na confecção da CTPS informatizada, a qual terá numeração e seriação únicas para todo o território nacional.

12. AUTÔNOMOS E PROFISSIONAIS LIBERAIS ORGANIZADOS EM FIRMAS OU EMPRESAS

Os agentes ou trabalhadores autônomos e os profis-sionais liberais, organizados em firmas ou empresas, com capital social registrado, recolhem a CS segundo a tabela progressiva.

(CLT, art. 580, inciso III)

N

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07-14 CT Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

a IOB Setorial

SAÚDE

Terapeuta ocupacional - Tecnologia assistiva - Aplicação

O terapeuta ocupacional, no âmbito de sua atuação profissional, é competente para:

a) avaliar as potencialidades, dificuldades e necessi-dades do indivíduo para a utilização de produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e ser-viços de tecnologia assistiva;

b) selecionar, indicar, treinar e acompanhar o uso de tecnologia assistiva que auxiliará o desempenho ocupacional, promovendo conforto físico e mental e favorecendo o engajamento nas atividades de vida diária;

c) prescrever, orientar, executar e desenvolver produ-tos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços de tecnologia assistiva, como elementos constituintes ao processo de intervenção terapêu-tico ocupacional;

d) atuar nas práticas e serviços de tecnologia assistiva em suas diferentes áreas de aplicação, relaciona-das a seguir:

d.1) auxílios para vida diária e vida prática;

d.2) comunicação aumentativa e alternativa;

d.3) recursos de acessibilidade ao computador;

d.4) adequação postural;

d.5) auxílio de mobilidade;

d.6) sistema de controle de ambiente;

d.7) projetos arquitetônicos para acessibilidade;

d.8) recursos para cegos ou para pessoas com baixa visão;

d.9) recursos para surdos ou pessoas com déficits auditivos;

d.10) adaptações para veículos;

d.11) órteses e próteses;

e) prescrever, orientar, executar e desenvolver produ-tos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços de tecnologia assistiva no âmbito do treino das atividades de vida diária (AVDs) e atividades instrumentais de vida diária (AIVDs), visando me-lhorar o desempenho ocupacional dos indivíduos

em seu cotidiano, favorecendo sua saúde física e mental, qualidade do viver e participação social;

f) usar a tecnologia assistiva, em suas diferentes áre-as de aplicação, com os objetivos de:

f.1) desenvolver produtos, recursos e estratégias para auxiliar no desenvolvimento de AVDs e AIVDs;

f.2) prescrever, orientar, executar programas e ações que utilizem metodologias, práticas e serviços de tecnologia assistiva que favore-çam a saúde, a qualidade do viver e a partici-pação social das pessoas;

f.3) criar equipamentos, adaptações e softwares de forma a possibilitar e favorecer a comuni-cação, a educação e a integração das pes-soas à sociedade;

f.4) prescrever, desenvolver e confeccionar órte-ses, próteses e meios auxiliares de locomo-ção, visando maximizar o processo de recu-peração do paciente, minimizar sequelas e prevenir deformidades;

f.5) orientar e treinar usuários e familiares quanto à utilização de recursos de tecnologia assisti-va;

f.6) prescrever, orientar, executar e desenvolver serviços de adequação postural visando ma-ximizar o desempenho ocupacional das pes-soas em seu cotidiano;

f.7) prescrever e desenvolver recursos para ade-quar unidades tecnológicas e informatizadas de controle ambiental;

f.8) prescrever, orientar, executar e acompanhar, junto aos órgãos competentes, programas e ações que promovam a adequação de es-paços públicos e privados, urbanos e rurais, de forma a favorecer a acessibilidade desses ambientes e a locomoção das pessoas;

f.9) prescrever, desenvolver, orientar e promover adaptações estruturais em ambientes domés-ticos, laborais, espaços públicos e de lazer;

g) avaliação, prescrição, acompanhamento e alta da utilização dos recursos de tecnologia assistiva indi-cados no tratamento terapêutico ocupacional.

(Resolução Coffito nº 458/2015)

N

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07-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

a IOB Comenta

Transporte de trabalhadores - Aliciamento ou clandestinidade - Providências para a não caracterização

Para o transporte de trabalhadores contratados em qualquer atividade econômica urbana, recrutados para trabalhar em localidade diversa da de sua origem, é neces-sária a comunicação do fato ao órgão local do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) por intermédio da Certidão Declaratória de Transporte de Trabalhadores (CDTT).

Nota

Considera-se “para localidade diversa da de sua origem” o recruta-mento que implique a mudança transitória, temporária ou definitiva de resi-dência do trabalhador.

O aliciamento e o transporte irregular de trabalhadores para localidade diversa da de sua origem constituem, em tese:

a) o crime previsto no art. 207 do Decreto-lei nº 2.848/1940 (Código Penal), quando se tratar de tra-balhador nacional; e

b) o crime previsto no art. 125, inciso XII, da Lei nº 6.815/1980, quando se tratar de trabalhador estran-geiro.

Nota

As normas legais citadas nas letras “a” e “b” dispõem, respectivamente:

“Art. 207. Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território nacional:

Pena - detenção de um a três anos, e multa.

§ 1º Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora da locali-dade de execução do trabalho, dentro do território nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do trabalhador, ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local de origem.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental.”

“Art. 125. Constitui infração, sujeitando o infrator às penas aqui comi-nadas:

[...]

XII - introduzir estrangeiro clandestinamente ou ocultar clandestino ou irregular:

Pena: detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e, se o infrator for estrangeiro, expulsão.

[...]”

A CDTT será preenchida em modelo próprio, conforme Anexo I da Instrução Normativa SIT nº 90/2011, nela cons-tando:

a) a identificação da razão social e o número no Ca-dastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da em-

presa contratante ou nome do empregador e seu número no Cadastro Específico do INSS (CEI) e no Cadastro de Pessoa Física (CPF);

b) a identificação da razão social e o número no CNPJ ou nome do empregador e seu número no CEI e no CPF da(s) tomadora(s), quando se tratar de con-tratação de trabalhadores para atender à demanda ocasionada em virtude de subcontratação de obras ou de serviços;

c) o endereço completo da sede do contratante e a indicação precisa do local de prestação dos servi-ços;

d) os fins e a razão do transporte dos trabalhadores;e) o número total de trabalhadores recrutados;f) as condições pactuadas de alojamento, alimenta-

ção e retorno à localidade de origem do trabalha-dor;

g) o salário contratado;h) a data de embarque e o destino;i) a identificação da empresa transportadora e dos

condutores dos veículos;j) a assinatura do empregador ou seu preposto.

O empregador poderá optar por realizar os exames médicos admissionais na localidade onde será prestado o serviço, caso não haja serviço médico adequado no local da contratação, desde que tal providência ocorra antes do início da atividade laboral.

Na hipótese de o trabalhador não ser considerado apto para o trabalho, o empregador será responsável pelo cus-teio das despesas de transporte até o local de origem, bem como pelo pagamento das verbas salariais decorrentes do encerramento antecipado do contrato de trabalho.

A CDTT deverá ser devidamente preenchida e entregue nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) ou nas Gerências Regionais do Trabalho e Emprego (GRTE) da circunscrição dos trabalhadores recrutados, acompanhada dos seguintes documentos:

a) cópia da inscrição no CNPJ ou CEI e CPF do em-pregador;

b) procuração original ou cópia autenticada, conce-dendo poderes ao procurador para recrutar, contra-tar trabalhadores e proceder ao encaminhamento da CDTT junto à SRTE;

c) cópia do contrato social do empregador, quando se tratar de pessoa jurídica;

d) cópias do documento de identidade do procurador e das habilitações dos condutores dos veículos;

e) cópias dos contratos individuais de trabalho;f) cópia do certificado de registro para fretamento

da empresa transportadora, emitido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), ou do

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07-16 CT Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

comprovante de custeio por parte do empregador de transporte terrestre, aéreo ou fluvial efetuado por linhas regulares;

g) relação nominal dos trabalhadores recrutados, com os números da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e do Programa de Integração Social (PIS).

A CDTT poderá, excepcionalmente, ser protocolada fora das dependências da unidade do MTPS, desde que em local definido pela chefia da fiscalização e por servidor especialmente designado para esse fim.

A SRTE, entre outras providências:

a) receberá uma via da CDTT, devolvendo outra via ao empregador, devidamente protocolada;

b) formará processo a partir do recebimento da documentação, encaminhando-o à SRTE da cir-cunscrição onde ocorrerá a prestação dos servi-ços, para que a situação seja analisada e, quan-do necessário, ocorra o devido acompanhamento in loco das condições de trabalho.

A SRTE de origem dos trabalhadores enviará cópia da CDTT ao sindicato dos trabalhadores da categoria respec-

tiva, acompanhada da relação nominal dos trabalhadores recrutados, e a entidade, se assim entender, dará ciência ao sindicato da localidade de destino.

O empregador, ou seu preposto, deverá manter à dis-posição da fiscalização, durante a viagem, no veículo de transporte dos trabalhadores, e, posteriormente, no local da prestação de serviços, cópia da CDTT, juntamente com a cópia da relação nominal dos trabalhadores recrutados.

Identificado o transporte de trabalhadores sem a CDTT, o Auditor Fiscal do Trabalho comunicará o fato imediata-mente à Polícia Rodoviária Federal e Polícia Rodoviária Estadual, diretamente ou através de sua chefia imediata, ao tempo em que adotará as medidas legais cabíveis e providenciará relatório contendo a identificação do empre-gador, dos trabalhadores e demais dados relativos aos fatos apurados.

A chefia da fiscalização encaminhará o relatório ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público do Trabalho para as providências aplicáveis ao aliciamento e transporte irregular de trabalhadores.

(Instrução Normativa SIT nº 90/2011)

N

a IOB Perguntas e Respostas

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS AUTÔNOMOS E PROFISSIONAIS LIBERAIS

Advogado empregado

1) O advogado que trabalha na condição de empregado está sujeito ao desconto da contribuição sindical?

Não. O pagamento da contribuição anual à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) isenta os inscritos em seus quadros do pagamento obrigatório sindical.

(Lei nº 8.906/1994 - Estatuto da OAB, art. 47)

Não recolhimento - Penalidades

2) A que penalidades estarão sujeitos os agentes ou tra-balhadores autônomos e profissionais liberais que não efetua-rem o recolhimento da contribuição sindical?

Os agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais são obrigados a prestar aos encarregados da fiscalização do trabalho os esclarecimentos que lhes forem solicitados, inclusive a exibição de quitação da contribuição sindical.

O recolhimento da contribuição sindical fora do prazo, quando es-pontâneo, implica acréscimo de multa, juros e atualização monetária.

Caso não tenha havido o recolhimento da contribuição, os profis-sionais liberais ficarão sujeitos à suspensão do exercício profissional até a necessária quitação, competindo aos órgãos disciplinadores das respectivas profissões, mediante comunicação das autoridades fiscali-zadoras, aplicarem a referida penalidade.

Além das penalidades mencionadas, as repartições federais, es-taduais ou municipais não concederão registro ou licença para funcio-namento ou renovação de atividades aos estabelecimentos de empre-gadores e aos escritórios ou congêneres dos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais, nem concederão alvarás de licença ou localização, sem que sejam exibidas as provas de quitação da con-tribuição sindical.

(Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, arts. 599, 604 e 608)

Page 19: IOB - Legislação Trabalhista - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

Profissional liberal - Vínculo empregatício

3) Como será efetuada a contribuição sindical do profis-sional liberal que trabalha na condição de empregado?

Os profissionais liberais registrados como empregados no exercício das respectivas profissões permitidas pelo grau ou título de que são portadores podem optar pelo pagamento da contribuição unicamente às entidades repre-sentativas de suas próprias categorias.

Assim, se o empregado exercer, por exemplo, a função de contador, poderá optar por contribuir ao Sindicato dos Contabilistas. Nesse caso, deverá manifestar-se por escrito mediante declaração de opção que será fornecida ao empregador, juntando a prova de quitação da contribuição sindical.

À vista da manifestação do contribuinte (declaração de opção e comprovante de quitação da contribuição), o empregador não efetua, no salário do empregado, o des-conto que incidiria no mês de março a título de contribuição sindical.

Essa opção somente poderá ocorrer quando o contri-buinte exercer, na condição de empregado, a respectiva atividade profissional. Caso o profissional liberal registrado como empregado não exerça a profissão permitida pelo grau ou título de que é portador, deverá pagar a contribuição

sindical à entidade representativa da categoria profissional em que se enquadrem os demais empregados da empresa.

(CLT, arts. 580, II, 583, caput, e 585)

Recolhimento - Prazo

4) Qual é o prazo para o recolhimento da contribuição sindical devida pelos trabalhadores autônomos e profissio-nais liberais?

Os agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais (não organizados em empresa) recolhem a contri-buição sindical no mês de fevereiro.

O recolhimento pode ser efetuado nas agências do Banco do Brasil S/A (BB), Caixa Econômica Federal (Caixa) ou em qualquer agência bancária integrante do sistema de arrecadação de tributos federais, mediante guias que pode-rão ser fornecidas pelas respectivas entidades sindicais.

O modelo da Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical Urbana (GRCSU) foi instituído pela Portaria MTE nº 488/2005. Ela está disponível para preenchimento nos sites do Ministério do Trabalho e Previdência Social (www.mte.gov.br) e da Caixa (www.caixa.gov.br).

(CLT, arts. 583 e 586)