iob - icms/ipi - mato grosso - nº 36/2014 - 1ª sem setembro · instrução normativa rfb nº...

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Boletim j Manual de Procedimentos Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Beneficiamento - Tratamento fiscal a ICMS - Exportação a ICMS - Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic) ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 36/2014 Mato Grosso / a Federal IPI Substituição tributária - Regime especial 01 / a Estadual ICMS Quadro prático de operações com tratamento fiscal diferenciado 06 / a IOB Setorial Estadual Energia elétrica - ICMS - Procedimentos relativos ao valor da tarifa subvencionada de energia elétrica 09 / a IOB Comenta Federal IPI - Simples Nacional - Importação por via terrestre - RTU - Disci- plina 10 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Conserto - Anulação de crédito fiscal 11 Responsabilidade solidária - Atribuição 11 Transportador - Responsabilidade tributária 12 ICMS/MT Apuração do imposto - Centralização 12 Apuração do imposto - Consideração fiscal para imposto não cobrado 12 Apuração do imposto - Mercadorias sem destinatário certo 13

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Boletimj

Manual de Procedimentos

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Beneficiamento - Tratamento fiscal

a ICMS - Exportação

a ICMS - Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic)

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 36/2014

Mato Grosso

/a Federal

IPISubstituição tributária - Regime especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Estadual

ICMSQuadro prático de operações com tratamento fiscal diferenciado . . . 06

/a IOB Setorial

EstadualEnergia elétrica - ICMS - Procedimentos relativos ao valor da tarifa subvencionada de energia elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB Comenta

FederalIPI - Simples Nacional - Importação por via terrestre - RTU - Disci-plina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

/a IOB Perguntas e Respostas

IPIConserto - Anulação de crédito fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Responsabilidade solidária - Atribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Transportador - Responsabilidade tributária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

ICMS/MTApuração do imposto - Centralização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Apuração do imposto - Consideração fiscal para imposto não cobrado . . . 12Apuração do imposto - Mercadorias sem destinatário certo . . . . . . . 13

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letim

IOB

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

36-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 MT

IPI

Substituição tributária - Regime especial SUMÁRIO 1. Introdução 2. Responsabilidade por substituição tributária 3. Conceito 4. Competência 5. Pedido 6. Concessão 7. Deferimento 8. Alteração, cancelamento e cassação 9. Nota fiscal - Emissão 10. Furto, roubo, inutilização ou deterioração 11. Arquivamento 12. Importação 13. Modelo

1. InTrodução

A substituição tributária é caracterizada pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do imposto a terceira pessoa que não seja a que tenha realizado o respectivo fato gerador.

Dessa forma, o lançamento do IPI devido na saída dos produtos do estabelecimento fornecedor fica suspenso, devendo ser recolhido em momento futuro, definido pela legislação, pelo adquirente.

O regime de substituição tributária, no âmbito do IPI, é aplicável mediante a concessão de regime especial e tem como objetivo a racionalização e a simplificação das operações realizadas pelo requerente, sem pre- juízo das garantias dos interesses da Fazenda Pública.

Neste texto, examinaremos a forma de operacio-nalização do regime da substituição tributária prevista pela legislação do IPI, com fundamento na Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 26; Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010)

2. rESPonSaBIlIdadE Por SuBSTITuIção TrIBuTárIa

É responsável como contribuinte substituto o indus- trial ou o equiparado a industrial, mediante requeri-mento, em relação às operações anteriores, concomi-tantes ou posteriores às saídas que promover.

(RIPI/2010, art. 26)

3. ConCEITo

3.1 Contribuinte substituto

É considerado contribuinte substituto o estabeleci- mento industrial ou equiparado a industrial que recebe os produtos saídos do estabelecimento substituído

com suspensão do IPI.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 2º, I)

3.2 Contribuinte substituído

Contribuinte substituído é o estabelecimento industrial ou

equiparado a industrial que dá saída a produtos, com suspensão

do IPI, para o contribuinte substituto.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 2º, II)

4. CoMPETênCIa

A concessão, a alteração, o cancelamento e a cassação de regime especial de substituição tributária competem ao Superintendente Regional da Receita Federal do Brasil da jurisdição do contribuinte substituto.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 3º)

5. PEdIdo

O requerimento para a concessão de regime es-pecial será apresentado pelo contribuinte substituto e deverá conter:

a Federal

É responsável como contribuinte substituto o

industrial ou o equiparado a industrial, mediante requerimento,

em relação às operações anteriores, concomitantes ou

posteriores às saídas que promover

36-02 MT Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a) a descrição das operações envolvendo os contribuintes substituto e substituído, com a discriminação dos produtos e das respectivas alíquotas do IPI, bem como das operações contempladas com benefícios fiscais e regi-mes aduaneiros especiais, se for o caso;

b) os modelos do documentário fiscal a ser utili-zado nas operações, se diverso do previsto na legislação; e

c) o termo de compromisso de substituição tribu-tária, firmado entre os contribuintes substitu-to e substituído, conforme modelo constante do Anexo Único à Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010 (veja subitem 5.1).

Deverá constar ainda, do pedido, a informação de que o contribuinte substituto ou substituído já goza de uma dessas condições em outra etapa da cadeia produtiva, se for o caso, observando-se que será apre-sentado um pedido para cada contribuinte substituído.

O pedido será formalizado mediante processo protocolizado na unidade local da Secretaria da Receita

Federal do Brasil (RFB) com jurisdição sobre o domicílio fiscal do requerente, a qual o encaminhará à Superin-tendência Regional da Receita Federal (SRRF), após verificar se o requerimento está corretamente instruído.

Quando o regime envolver alteração na sistemá-tica de emissão e de escrituração de documentos e livros fiscais, o pedido deverá conter a aprovação da Secretaria da Fazenda da Unidade da Federação que jurisdicione os estabelecimentos do contribuinte substituto e do contribuinte substituído.

Nesse caso, o pedido de alteração na sistemática de emissão e escrituração de documentos e livros fiscais deve preceder ao pedido do regime especial de substituição tributária.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 4º)

5.1 TC - Modelo

Veja, a seguir, modelo do Termo de Compromisso, constante do Anexo Único à Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010:

36-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 MT

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

5.2 responsabilidade pelas informações

As informações apresentadas pelo contribuinte substituto são de sua inteira responsabilidade, não ocorrendo, por ocasião do deferimento pela autoridade administrativa, a convalidação das informações, princi-palmente quanto à classificação fiscal e à alíquota do IPI referentes aos produtos objeto do regime especial.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 5º)

6. ConCESSão

Na análise do pedido de concessão do regime especial, serão verificados:

a) a regularidade fiscal das pessoas jurídicas a que pertencem o contribuinte substituído e o substituto, relativamente a impostos e contri-buições administrados pela RFB;

b) se a concessão do regime resultará em racio-nalização e simplificação das operações rea-lizadas pelo requerente, sem prejuízo das ga-rantias dos interesses da Fazenda Pública;

c) se os produtos remetidos pelo contribuinte subs- tituído ao contribuinte substituto serão aplica-dos por este na industrialização de produtos tri-butados pelo IPI, ainda que isentos, sujeitos à alíquota zero ou destinados à exportação;

d) se os produtos sairão do contribuinte substi-tuto com débito do imposto, na hipótese de substituto equiparado a industrial;

e) o cumprimento das obrigações relativas à al-teração na sistemática de escrituração e de emissão de documentos fiscais, quando for o caso, mencionadas nos §§ 4º e 5º do art. 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010; e

f) relativamente aos produtos intermediários a serem recebidos com suspensão do IPI pelo contribuinte substituto, se, sem o regime, esse contribuinte poderia aproveitar o crédito do imposto referente àquelas aquisições, em con-formidade com a legislação.

No caso de não atendimento aos requisitos des-critos nas letras “a” a “f”, a autoridade competente para a análise do pedido poderá, antes do indeferi-mento, intimar o requerente a regularizar a situação no prazo de até 30 dias, contados da data da ciência do interessado.

Transcorrido o prazo fixado sem que haja a regu-larização, o pedido será indeferido.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 6º)

7. dEFErIMEnTo

Deferido o pedido, será expedido ato declarató-rio executivo de concessão do regime especial de substituição tributária, publicado na Seção 1 do Diário Oficial da União (DOU), que deverá conter, no mínimo:

a) a fundamentação legal da concessão;b) a indicação do número do processo;c) a identificação dos contribuintes substituído e

substituto abrangidos pelo regime especial;d) o prazo da concessão;e) as operações em relação às quais haverá

substituição tributária, indicando-se a utiliza-ção dos produtos abrangidos pelo regime; e

f) o documentário fiscal a ser utilizado nas ope-rações, se diverso do previsto na legislação.

Deverá ser juntada ao respectivo processo cópia reprográfica da página do DOU em que for publicado o ato declaratório executivo.

Será dada ciência da concessão do regime espe-cial aos contribuintes substituto e substituído.

Do indeferimento do pedido de regime especial não cabe recurso ou manifestação de inconformidade. Os atos referentes aos despachos de indeferimento não serão publicados no DOU, devendo ser dada ciência ao interessado.

A autoridade competente para deferir o pedido poderá permitir que o contribuinte seja, na mesma cadeia produtiva, substituído e substituto.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, arts. 7º, 8º e 14)

8. alTEração, CanCElaMEnTo E CaSSação

O regime especial poderá ser alterado de ofício ou a pedido ou ser cancelado a pedido.

A alteração e o cancelamento do regime especial:

a) poderão ser pleiteados pelo contribuinte subs-tituto ou pelo contribuinte substituído e segui-rão os trâmites do pedido original;

b) deverão constar do mesmo processo em que foi analisado o requerimento inicial;

c) serão efetuados por meio de ato declaratório executivo publicado no DOU; e

d) serão informados aos contribuintes substituto e substituído, mediante ciência aos interessados.

A solicitação de alteração deverá ser acompa-nhada de novo termo de compromisso.

A solicitação de cancelamento deverá ser previa-mente comunicada pelo requerente à outra parte do termo de compromisso.

36-04 MT Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Do indeferimento do pedido de alteração e da alteração de ofício não cabe recurso ou manifestação de inconformidade.

A cassação do regime poderá ser aplicada quando:

a) o contribuinte substituto não observar a cor-reta destinação dos produtos recebidos com suspensão do IPI;

b) for verificado que os produtos não saem do contribuinte substituto com débito do IPI, na hipótese de substituto equiparado a industrial;

c) ocorrer a inadimplência do contribuinte subs-tituto relativamente ao IPI incidente sobre os produtos abrangidos pelo regime; e

d) o contribuinte substituído ou o contribuinte subs-tituto deixar de atender à regularidade fiscal de que trata o inciso I do art. 6º da Instrução Nor-mativa RFB nº 1.081/2010, após a concessão do regime, caso em que serão intimados para que regularizem a situação, e em caso de não aten-dimento à intimação ou de não regularização no prazo eventualmente fixado. A apresentação de razões consideradas inconsistentes impli-cará a cassação do regime especial.

O procedimento de cassação do regime observará os requisitos previstos nos incisos II a IV do art. 9º da Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, quais sejam:

a) deverá constar do mesmo processo em que foi analisado o requerimento inicial;

b) será efetuado por meio de ato declaratório executivo publicado no DOU; e

c) será informado aos contribuintes substituto e substituído, mediante ciência aos interessados.

O servidor da RFB que verificar a ocorrência das circunstâncias relacionadas à cassação do regime es-pecial deverá comunicar o fato à unidade de jurisdição do contribuinte substituto ou do contribuinte substituído.

A unidade da RFB que receber a comunicação deverá encaminhá-la à SRRF, que intimará os contribuin-tes substituto e substituído a prestarem esclarecimentos quanto aos fatos objeto da mencionada comunicação.

A cassação do regime se aplicará a partir da data em que:

a) o contribuinte substituto não observar a cor-reta destinação dos produtos recebidos com suspensão do IPI;

b) for verificado que os produtos não saem do contribuinte substituto com débito do IPI, na hipótese de substituto equiparado a industrial;

c) ocorrer a inadimplência do contribuinte subs-tituto relativamente ao IPI incidente sobre os produtos abrangidos pelo regime; e

d) for publicado o ato declaratório executivo de cassação, no caso de o contribuinte substituí-do ou o contribuinte substituto deixar de aten-der à regularidade fiscal de que trata o inci-so I do art. 6º da Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, após a concessão do regime.

A cassação do regime implica o pagamento do imposto suspenso e dos acréscimos legais relativa-mente aos fatos geradores ocorridos a partir da ocor-rência daqueles descritos nas letras “a” a “c” anteriores:

a) pelo contribuinte substituto nas hipóteses das letras “a” e “b”;

b) solidariamente, pelos contribuintes substituto e substituído, na hipótese da letra “c”.

Da cassação do regime não cabe recurso ou manifestação de inconformidade.

O contribuinte cujo regime for cassado somente poderá solicitar novo regime depois de 2 anos, contados da data de publicação do ato declaratório executivo de cassação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, arts. 9º a 12)

9. noTa FISCal - EMISSão

Os produtos remetidos ao contribuinte substituto sairão com suspensão do imposto e, na nota fiscal emi- tida pelo substituído, deverá constar a expressão: “Saída com suspensão do IPI - ADE nº XXXXX, de XX/XX/XXXX, DOU de XX/XX/XXXX” (veja exemplo no item 13).

É vedado o destaque do IPI suspenso, devendo seu valor ser indicado na nota fiscal, no campo “Informações Complementares” do quadro “Dados Adicionais”, e não poderá ser utilizado como crédito fiscal pelo adquirente.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 13)

10. FurTo, rouBo, InuTIlIzação ou dETErIoração

Caso os produtos sujeitos ao regime especial sejam furtados ou roubados, inutilizados ou deteriora-dos ou, ainda, objeto de qualquer outro caso fortuito que impossibilite seu uso no processo produtivo do contribuinte substituto, este ficará responsável pelo pagamento do imposto suspenso.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 15)

36-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 MT

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

11. arquIvaMEnTo

O processo de concessão do regime especial de substituição tributária será arquivado por tempo indeter-minado enquanto for válida a concessão.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 16)

12. IMPorTação

O regime especial de substituição tributária não se aplica ao imposto devido no desembaraço aduaneiro de produtos de procedência estrangeira.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 17)

13. ModElo

A seguir, reproduzimos modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) com exemplo de operação amparada por regime especial de substituição tributária.

N

36-06 MT Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS

Quadro prático de operações com tratamento fiscal diferenciado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Quadro prático 3. Condições para fruição do benefício fiscal 4. Penalidades

1. InTrodução

As operações que envolvem fornecimento de mer-cadorias devem estar acobertadas por documento fiscal idôneo, emitido por contribuinte em situação fiscal regular perante o Fisco.

Segundo a legislação do ICMS, os dispositivos regulamentares que concedem tratamento fiscal diferenciado (isenção, não incidência, redução da base de cálculo etc.) e a suspensão ou o diferimento do imposto às operações amparadas ou beneficiadas devem ser mencionados no campo “Informações Complementares” da nota fiscal.

Assim, apresentamos, neste texto, um quadro sinó-tico que demonstra as principais operações realizadas no âmbito do ICMS, com base no RICMS-MT/2014.

2. quadro PráTICo

A seguir, relacionamos, em quadro prático, as principais operações e os respectivos fundamentos legais referentes à tributação do ICMS:

a Estadual

Natureza da operação Tributação Dispositivo legal

Amostra grátis Isenção. RICMS-MT/2014, Anexo IV, art. 78.

Armazém-geral Não incidência nas operações internas de remessa e retorno.Incidência nas operações interesta-duais.

RICMS-MT/2014, art. 5º, XI e XIII.

RICMS-MT/2014, art. 2º, I, art. 3º, I.

Arrendamento mercantil Não incidência na remessa. RICMS-MT/2014, art. 5º, IX.

Áreas de Livre Comércio (ALC) Isenção na remessa. RICMS-MT/2014, Anexo IV, art. 86.

Brindes Incidência normal nas aquisições e na operação tributada na distribuição.

RICMS-MT/2014, arts. 652 a 655.

Conserto, revisão ou limpeza de bens de uso Não incidência na remessa e no retor-no.

RICMS-MT/2014, art. 5º, XV (na remes-sa) e XVI (no retorno).

Consignação mercantil Operação tributada. RICMS-MT/2014, arts. 667 a 670.

Depósito fechado Não incidência (na remessa e no retor-no) nas operações internas e incidência nas operações interestaduais.

RICMS-MT/2014, art. 5º, XII e XIII.

Devolução Operação tributada ou amparada por benefício fiscal, se for o caso.

RICMS-MT/2014, arts. 657 a 658.

Doação Operação normalmente tributada. RICMS-MT/2014, art. 3º, I.

Doação a entidades assistenciais reconhecidas como de utilidade pública, para socorro a vítimas de calamidade pública declarada por ato expresso de autoridade competente

Isenção nas saídas de mercadorias, bem como o respectivo transporte.

RICMS-MT/2014, Anexo IV, art. 34.

Doação de produtos alimentícios considerados perdas, com destino aos estabelecimentos de Banco de Alimentos (Food Bank) e do Ins-tituto de Integração e de Promoção da Cidadania (Integra), socieda-des civis sem fins lucrativos, com a finalidade, após a necessária in-dustrialização ou o reacondicionamento, de distribuição a entidades, associações e fundações que os entreguem a pessoas carentes

Isenção. RICMS-MT/2014, Anexo IV, art. 8º, ca-put.

Doação dos produtos alimentícios recuperados promovida:a) pelos estabelecimentos de Banco de Alimentos (Food Bank) e do Integra, com destino a entidades, associações e fundações, para distribuição a pessoas carentes;b) pelas entidades, associações e fundações, em razão de distribui-ção a pessoas carentes, a título gratuito

Isenção. RICMS-MT/2014, Anexo IV, art. 8º, § 1º.

36-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 MT

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Natureza da operação Tributação Dispositivo legal

Doação, por organizações internacionais ou estrangeiras ou por países estrangeiros, para distribuição gratuita em programas imple-mentados por instituição educacional ou de assistência social, re-lacionados com as suas finalidades essenciais, bem como as suas saídas posteriores

Isenção. RICMS-MT/2014, Anexo IV, art. 37.

Doação - O recebimento, por doação, de produtos importados do exterior, diretamente por órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta, bem como fundações ou entidades be-neficentes ou de assistência social, que preencham os requisitos previstos no art. 14 do CTN

Isenção. RICMS-MT/2014, Anexo IV, art. 39.

Drawback Isenção. RICMS-MT/2014, Anexo IV, art. 97.

Exportação direta e indireta Não incidência e manutenção de cré-ditos.

Exportação direta - RICMS-MT/2014, art. 5º, II.Exportação indireta - RICMS-MT/2014, art. 5º, § 8º.

Exposição e feira de amostra Isenção - Remessa e retorno. RICMS-MT/2014, Anexo IV, art. 77.

Importação Operação normalmente tributada. RICMS-MT/2014, art. 2º, § 1º, e art. 3º, IX, § 2º.

Industrialização Diferimento na remessa e no retorno. RICMS-MT/2014, Anexo VII, art. 29.

Locação de bens Não incidência (na remessa e no retor-no), desde que os bens retornem ao remetente.

RICMS-MT/2014, art. 5º, XVII.

Máquinas, aparelhos, veículos, móveis, motores e vestuários usados

Base de cálculo reduzida em: a) 80%, para vestuário, motores, máqui-nas, aparelhos;b) 95%, para veículos usados;c) 80%, para bens desincorporados do Ativo Permanente, desde que ocorra após uso normal e decorridos, ao me-nos, 12 meses da respectiva entrada, sendo vedado o aproveitamento de créditos.

RICMS-MT/2014, Anexo V, art. 54.

Saídas de mercadorias remetidas pelo estabelecimento de produto-res para estabelecimento de cooperativa de que faça parte, situada neste Estado

Suspensão. RICMS-MT/2014, art. 21, I.

Saídas de mercadorias remetidas pelo estabelecimento de coope-rativa de produtores, para estabelecimento deste Estado, da pró-pria cooperativa, de cooperativa central ou de federação de que a cooperativa remetente faça parte

Suspensão. RICMS-MT/2014, art. 21, II.

Saídas interestaduais de bens integrados ao ativo imobilizado, bem como de moldes, matrizes, gabaritos, padrões, chapelonas, modelos e estampas, para fornecimento de serviços fora do es-tabelecimento, ou com destino a outro estabelecimento inscrito como contribuinte, para serem utilizados na elaboração de produ-tos encomendados pelo remetente e desde que devam retornar ao estabelecimento de origem no prazo de 180 dias, contados da saída efetiva

Suspensão. RICMS-MT/2014, art. 21, III.

Substituição tributária Operação normalmente tributada. RICMS-MT/2014, arts. 463 a 536 e Anexo X.

Sucata Diferimento - Operações internas.Recolhimento antecipado pelo reme-tente - Operações de saída para outra Unidade da Federação.

RICMS-MT/2014, Anexo VII, arts. 27 e 28.

Transferência de mercadoria Operação tributada. RICMS-MT/2014, art. 3º, I.

Vasilhames, recipientes ou embalagens Isenção. RICMS-MT/2014, Anexo IV, art. 82.

Venda à ordem Operação normalmente tributada. RICMS-MT/2014, art. 182.

Venda para entrega futura Operação normalmente tributada. RICMS-MT/2014, art. 182.

Venda fora do estabelecimento Operação normalmente tributada. RICMS-MT/2014, art. 599, §§ 1º, 4º e 5º.

Zona Franca de Manaus (ZFM) Isenção. RICMS-MT/2014, Anexo IV, art. 85.

36-08 MT Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

3. CondIçÕES Para FruIção do BEnEFÍCIo FISCal

A legislação tributária do Estado do Mato Grosso estabelece que, para a fruição de qualquer benefício, pertinente ao ICMS, deverão ser observados os arts. 13 a 15 e o art. 357 do RICMS-MT/2014, além das demais disposições contidas no Regulamento e em atos específicos, se houver.

Assim, quando a operação ou prestação estiver amparada por benefício fiscal, essa circunstância será mencionada no documento fiscal, indicando--se o dispositivo pertinente da legislação, vedado o destaque do imposto.

Dessa forma, se o reconhecimento do benefício fiscal depender de requisito a ser preenchido e não sendo este satisfeito, o imposto será considerado devido no momento da ocorrência da respectiva operação ou prestação.

O recolhimento do imposto será efetuado com correção monetária e demais acréscimos legais, inclu-sive multas, que serão devidos a partir do vencimento do prazo em que o imposto deveria ter sido recolhido, caso a operação ou a prestação não houvesse sido efetuada ao abrigo do benefício fiscal, observadas, quanto ao termo inicial de incidência, as respectivas normas reguladoras da matéria.

Salvo disposição em contrário, o benefício conce-dido para determinada operação não alcança a corres-pondente prestação de serviço com ela relacionada.

Ressaltamos que não se reconhecerão isenção, crédito, redução de base de cálculo, outras desonera-ções integrais ou parciais ou qualquer outro benefício fiscal à operação ou prestação de serviço irregular ou que não estiver acobertada por documento fiscal idôneo e regular, observado o disposto nos arts. 100, 351 e 354 do RICMS-MT/2014.

Convém salientar que os benefícios fiscais não dispensam o contribuinte do cumprimento das obri-gações acessórias.

A fruição do benefício fiscal previsto neste texto fica condicionada:

a) à comprovação da operação regular e idônea, obrigatoriamente acobertada por Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), bem como por Conhecimen-to de Transporte Eletrônico (CT-e), pertinente à respectiva prestação de serviço de transporte;

b) à prévia extração, durante o correspondente prazo de eficácia, de Certidão Negativa de Débito Eletrônica (CND-e), com a finalidade “Certidão referente ao ICMS”, para o remeten-te ou prestador inscrito no cadastro mato-gros-sense de contribuintes do ICMS, cujo número deve constar na NF-e e no CT-e.

Em relação à certidão mencionada na letra “b”, a mesma deverá ser obtida através do site www.sefaz.mt.gov.br, com validade de 30 dias, contados da data da sua obtenção, a qual acobertará as operações e/ou prestações ocorridas durante o refe-rido período, para servir como prova da respectiva regularidade.

Substitui a CND-e a Certidão Positiva com Efeitos de Certidão Negativa de Débitos Fiscais Eletrônica (CPND-e), que poderá também ser obtida no site da Sefaz, respeitada a mesma finalidade.

As certidões obtidas em nome da matriz da empresa, estabelecida no território mato-grossense, aproveitam a todos os estabelecimentos, pertencen-tes ao mesmo titular, também localizados no território mato-grossense.

A condição estabelecida para fins de fruição do benefício fiscal relativa à comprovação da operação regular e idônea, obrigatoriamente acobertada por NF-e ou de CT-e, não se aplica:

a) à operação realizada a partir de estabeleci-mento produtor agropecuário pertencente a pessoa física, regularmente inscrito no Cadas-tro de Contribuintes do ICMS, que não possua inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Ju-rídica (CNPJ);

b) à emissão de Nota Fiscal Avulsa ou de Conhe-cimento de Transporte Avulso, previstos na le-gislação tributária estadual complementar.

Os procedimentos previstos nas letras “a” e “b” do parágrafo anterior deverão ser comprovados me-diante CND-e, com a finalidade “Certidão referente ao ICMS”, cuja validade será de 30 dias, contados da data da sua obtenção, para acobertar as opera-ções ocorridas durante o referido período. A mesma poderá ser substituída por CPND-e, ambas obtidas no site www.sefaz.mt.gov.br, respeitada a mesma finalidade.

Excepcionalmente, a fruição do benefício poderá se estender por até 30 dias, além do período fixado para a validade da CND-e, desde que, ao fim do

36-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 MT

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

referido período, seja emitida a respectiva certidão. Findo o prazo, sem a emissão da CND-e, torna-se sem efeitos a extensão excepcional da fruição, sendo devido o imposto com os respectivos acréscimos legais pertinentes ao período.

A exigência da certidão prevista neste tópico não se aplica, para fins de fruição da redução de base de cálculo, nas operações internas e de importação com veículos automotores novos relacionados no RICMS-MT/2014, Anexo V, art. 22, em relação às operações subsequentes a ocorrerem no território mato-grossense, com veículos automotores novos, quando encaminhados ao Mato Grosso por estabe-lecimento importador ou pertencente à respectiva montadora.

(RICMS-MT/2014, art. 13, §§ 2º, 3º e 5º, art. 14, art. 15 e art. 357, caput)

4. PEnalIdadES

Os contribuintes devem cumprir as obrigações que lhes forem impostas na forma e nos prazos esta-belecidos na legislação. As irregularidades apuradas por meio de ação fiscal implicam ao contribuinte infrator as penalidades capituladas de acordo com o caso concreto.

As penalidades aplicáveis às operações sujeitas ao ICMS estão descritas no art. 924 do RICMS-MT/2014 e, dentre elas, destacamos a multa de 30% do valor da operação ao contribuinte que entregar, remeter, transportar, receber, estocar ou depositar mercadorias desacompanhadas de documentos fiscais hábeis, entendendo-se como tal a falta de sua emissão.

(RICMS-MT/2014, art. 924, III, “a”)

N

a IOB Setorial

EStadual

Energia elétrica - ICMS - Procedimentos relativos ao valor da tarifa subvencionada de energia elétrica

O Estado do Mato Grosso considera como valor da tarifa da energia elétrica subvencionada, o valor repassado pelos órgãos ou entidades federais com-petentes à distribuidora de energia elétrica, para cus-teio dos descontos incidentes sobre a tarifa aplicável ao consumidor final.

Assim, para fins de recolhimento do ICMS, a empresa distribuidora de energia elétrica que receber valores para custeio dos descontos incidentes sobre a tarifa da energia elétrica aplicável ao consumidor final, relativos à tarifa subvencionada, deverá, até o 8º dia do mês subsequente àquele em que ocorrer o faturamento da tarifa subvencionada:

a) emitir Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), contendo, além dos demais requisitos:a.1) no quadro “Dados do Produto”: o valor

da subvenção, a alíquota e o valor do ICMS correspondentes a cada uma das faixas de consumo de energia elétrica às quais são aplicadas a isenção prevista no Regulamento do ICMS, bem como os valores totais da subvenção recebida e o valor do ICMS nele incluído;

a.2) no campo “CFOP”: o código 5.949;a.3) no quadro “Destinatário/Remetente”: a

identificação da própria distribuidora de energia elétrica;

a.4) no campo “Informações Complemen-tares”: a expressão “Subvenção de ta-rifa - Nota fiscal emitida, cf. art. 563-A do RICMS/2014 - Período de referência: ___/__”;

b) elaborar relatório discriminando todos os con-sumidores beneficiados por programas so-

36-10 MT Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ciais de redução tarifária, agrupando-os pelas faixas de consumo de energia elétrica a que se refere a letra “a.1”, de acordo com o res-pectivo consumo de cada um no período de referência, no qual deverão constar, no míni-mo, as seguintes informações:b.1) o nome de cada consumidor relaciona-

do, o código da sua respectiva unidade consumidora e a quantidade de kWh por ele consumida no período de referência;

b.2) a quantidade total de kWh consumida em cada faixa de consumo e o correspon-dente valor de subvenção discriminado na nota fiscal, nos termos da letra “a.1”;

b.3) a quantidade total de kWh consumida no período de referência, obtida pelo somatório dos totais de kWh consumi-dos em cada uma das respectivas fai-xas de consumo;

b.4) o valor total da subvenção recebida e o período ao qual ela se refere;

c) recolher, por meio de DAR-1/AUT, com códi-go de receita estadual específico, o imposto apurado.

Ressaltamos que a apuração do imposto será efetuada no ato do faturamento e pela aplicação da tarifa subvencionada ao consumidor, independente-mente do momento em que ocorrer o recebimento efetivo da subvenção pela distribuidora. Assim como o relatório discriminando todos os consumidores beneficiados por programas sociais de redução tarifária deverá ser elaborado em meio eletrônico e permanecer disponível para apresentação ao Fisco, quando solicitado, pelo prazo de 5 anos.

(RICMS-MT/2014, art. 563-A)

N

a IOB Comenta

FEdERal

IPI - Simples Nacional - Importação por via terrestre - RTU - Disciplina

A microempresa, optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribui-ções devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), poderá aderir ao Regime de Tributação Unificada (RTU) na forma da legislação de regência que envolve essa tributação, conforme segue:

a) Lei nº 11.898/2009 - institui o Regime de Tributação Unificada (RTU) na importação, por via terrestre, de merca-dorias procedentes do Paraguai;

b) Decreto nº 6.956/2009 - regulamenta o disposto na Lei nº 11.898/2009, que instituiu o RTU; e

c) Instrução Normativa RFB nº 1.245/2012 - dispõe sobre os procedimentos de controle aduaneiro relativos à apli-cação do RTU.

O RTU, a que se referem a Lei nº 11.898/2009 e o Decreto nº 6.956/2009, permite a importação, por via terrestre, de mercadoria procedente do Paraguai pela fronteira, entre os municípios de Ciudad del Este/Paraguai e Foz do Iguaçu/Brasil, e é aplicado com observância do disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.245/2012.

Para efeitos fiscais, consideram-se empresas microimportadoras a microempresa optante pelo Simples Nacional e o empresário individual a que se

36-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 MT

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

refere o art. 966 da Lei n º 10.406/2002 (Código Civil), ambos nos termos da Lei Complementar nº 123/2006, que possuam:

a) situação ativa no Cadastro Nacional da Pes-soa Jurídica (CNPJ); e

b) responsável habilitado no RTU.

O RTU será aplicado exclusivamente em relação às mercadorias relacionadas no Anexo ao Decreto nº 6.956/2009.

Além disso, é vedada a importação ao amparo do RTU de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil.

O optante pelo RTU não fará jus a qualquer be-nefício fiscal de isenção ou de redução do imposto, bem como de redução de suas alíquotas ou bases de cálculo.

Deverão ser observados, na importação de mer-cadorias ao amparo do RTU, os limites, por habilitado, a seguir indicados:

a) R$ 18.000,00 para o 1º e o 2º trimestres-calen-dário;

b) R$ 37.000,00 para o 3º e o 4º trimestres-calen-dário; e

c) R$ 110.000,00 por ano-calendário.

O RTU implica o pagamento dos seguintes impos-tos e contribuições incidentes na importação:

a) Imposto de Importação (II);

b) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

c) Cofins-Importação; e

d) Contribuição para o PIS-Pasep-Importação.

Note-se que os impostos e as contribuições mencionados serão pagos na data do registro da Declaração de Importação (DI).

Os impostos e contribuições federais devidos por optante pelo RTU serão calculados pela apli-cação da alíquota única de 25% sobre o preço de aquisição das mercadorias importadas, à vista da fatura comercial ou documento de efeito equivalente, observados os valores de referência mínimos esta-belecidos pela RFB.

A alíquota mencionada, relativamente a cada imposto ou contribuição federal, corresponde a:

a) 7,88%, a título de II;

b) 7,87%, a título de IPI;

c) 7,60%, a título de Cofins-Importação; e

d) 1,65%, a título de Contribuição para o PIS/Pa-sep-Importação.

(Lei nº 10.406/2002, art. 966; Lei Complementar nº 123/2006; Lei nº 11.898/2009; RIPI/2010, art. 180; Decreto nº 6.956/2009; Instrução Normativa RFB nº 1.245/2012)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IPI

Conserto - Anulação de crédito fiscal

1) O crédito do IPI relativo a partes e peças aplica-das em operação de conserto deve ser anulado?

Sim. O valor do crédito do IPI relativo às aquisi-ções de matérias-primas, produtos intermediários ou material de embalagem empregados nas operações de conserto deve ser estornado na escrita fiscal.

(RIPI/2010, art. 254, I, “e”)

Responsabilidade solidária - Atribuição

2) A quem é atribuída a responsabilidade solidária perante a legislação de IPI?

São solidariamente responsáveis:

a) o contribuinte substituído, na hipótese do art. 26 do RIPI/2010, pelo pagamento do impos-to em relação ao qual estiver sendo substituí-do, no caso de inadimplência do contribuinte substituto;

36-12 MT Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

b) o adquirente ou cessionário de mercadoria im-portada beneficiada com isenção ou redução do imposto pelo seu pagamento e dos acrés-cimos legais;

c) o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pes-soa jurídica importadora, pelo pagamento do imposto e acréscimos legais;

d) o encomendante predeterminado que adqui-re mercadoria de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora, na operação a que se refere o § 3º do art. 9º do RIPI/2010, pelo pagamento do imposto e acréscimos le-gais;

e) o estabelecimento industrial de produtos classificados no código 2402.20.00 da TIPI, com a empresa comercial exportadora, na hi-pótese de operação de venda com o fim es-pecífico de exportação, pelo pagamento do imposto e dos respectivos acréscimos legais, devidos em decorrência da não efetivação da exportação;

f) o encomendante de produtos sujeitos ao re-gime de que trata a Lei nº 7.798/1989, com o estabelecimento industrial executor da enco-menda, pelo cumprimento da obrigação prin-cipal e acréscimos legais;

g) o beneficiário de regime aduaneiro suspen-sivo do imposto, destinado à industrialização para exportação, pelas obrigações tributá-rias decorrentes da admissão de mercadoria no regime por outro beneficiário, mediante sua anuência, com vistas à execução de eta-pa da cadeia industrial do produto a ser ex-portado; e

h) o encomendante dos produtos sujeitos ao im-posto conforme os regimes de tributação de que tratam os arts. 222 e 223 do RIPI/2010, com o estabelecimento industrial executor da encomenda, pelo imposto devido nas formas estabelecidas nos mesmos artigos.

Além disso, são solidariamente responsáveis com o sujeito passivo, no período de sua admi-nistração, gestão ou representação, os acionistas controladores e os diretores, gerentes ou represen-tantes de pessoas jurídicas de direito privado, pelos créditos tributários decorrentes do não recolhimento do imposto no prazo legal.

(Lei nº 7.798/1989; RIPI/2010, arts. 9º, § 3º, 26 a 28, 222 e 223)

Transportador - Responsabilidade tributária

3) O transportador pode ser responsabilizado pela falta de pagamento do IPI se transportar mercadoria sem a nota fiscal?

Sim. O transporte de mercadoria deve ser acober-tado pela nota fiscal emitida por ocasião da saída da mercadoria.

O transportador que não possuir a nota fiscal relativa à carga transportada é responsável pelo IPI devido dos produtos tributados.

(RIPI/2010, arts. 25, I, e 407)

ICMS/Mt

Apuração do imposto - Centralização

4) Existe possibilidade de centralização de apura-ção e recolhimento do ICMS em Mato Grosso?

Sim. Mediante requerimento da empresa interes-sada, o Gerente de Informações Econômico-Fiscais e o Superintendente de Informações do ICMS podem autorizar a centralização da apuração e do recolhimento do imposto. É importante ressaltar que a centralização da apuração e do recolhimento do imposto, para estabelecimento mato-grossense, não implica dispensa de emissão de documentos fiscais ou manutenção de escrituração para os demais esta-belecimentos da empresa.

(RICMS-MT/2014, art. 905, parágrafo único)

Apuração do imposto - Consideração fiscal para imposto não cobrado

5) Em que situação o imposto não será considera-do cobrado pelo Fisco?

O imposto não será considerado cobrado, ainda que destacado no documento fiscal, quando a correspondente operação ou prestação tiver sido contemplada com subsídio, incentivo ou benefício de natureza fiscal, financeira ou creditícia, concedido em desacordo com o que dispõe o art. 155, § 2º, XII, “g”, da Constituição Federal.

(RICMS-MT/2014, art. 100)

36-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 MT

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Apuração do imposto - Mercadorias sem destinatário certo

6) Nas entregas, a serem realizadas em território mato-grossense, de mercadorias provenientes de ou-tra Unidade da Federação e sem destinatário certo, haverá a cobrança do imposto antecipadamente?

Sim. Nas entregas, a serem realizadas em terri-tório mato-grossense, de mercadorias provenientes de outra Unidade da Federação e sem destinatário certo, o imposto será calculado mediante aplicação de alíquota vigente para as operações internas sobre o valor das mercadorias transportadas, acrescido de 50% e antecipadamente recolhido no 1º posto fiscal por onde transitarem, deduzindo o valor do imposto cobrado na Unidade da Federação de origem, até a importância resultante da aplicação da alíquota vigente para as operações interestaduais realizadas entre contribuintes para fins de comercialização ou

industrialização, sobre o valor das mercadorias indi-cado nos documentos fiscais.

Presume-se destinadas à entrega neste Estado mercadorias provenientes de outra Unidade da Federação, sem documentação comprobatória de seu destino.

Se as mercadorias não estiverem acompanhadas de documentação fiscal, o imposto será exigido pelo seu valor total sem qualquer dedução.

Na hipótese de entrega das mercadorias por preço superior ao que se serviu de base para cálculo do tributo, sobre a diferença, será também pago o imposto em qualquer município mato-grossense.

(RICMS-MT/2014, art. 598)