iob - icms/ipi - bahia - nº 41/2014 - 2ª sem outubro · industrialização por encomenda ......

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Boletim j Manual de Procedimentos Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Base de cálculo - Frete - Mercadorias com alíquotas diversificadas a ICMS - Armazém-geral - Operação interestadual a ICMS - Substituição tributária - Bebidas quentes ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 41/2014 Bahia / a Federal IPI Depósito fechado 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária - Águas minerais e gasosas 05 / a IOB Setorial Federal Artesanal - IPI - Produto de artesanato - Exclusão do conceito de indus- trialização 12 / a IOB Comenta Estadual ICMS - Diferimento nas saídas de embalagens destinadas a empresas exportadoras 13 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Industrialização por encomenda - Gravação de discos - Procedimento 13 Industrialização por encomenda - Produto importado colocado em em- balagem - Tratamento fiscal 13 ICMS/BA Crédito - Imposto exigido no momento da saída da mercadoria 14 Débito - Possibilidade de estorno 14 Diferimento - Saídas de sucatas 14

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Boletimj

Manual de Procedimentos

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Base de cálculo - Frete - Mercadorias com alíquotas diversificadas

a ICMS - Armazém-geral - Operação interestadual

a ICMS - Substituição tributária - Bebidas quentes

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 41/2014

Bahia

/a FederalIPIDepósito fechado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária - Águas minerais e gasosas . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialFederalArtesanal - IPI - Produto de artesanato - Exclusão do conceito de indus-trialização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

/a IOB ComentaEstadualICMS - Diferimento nas saídas de embalagens destinadas a empresas exportadoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

/a IOB Perguntas e RespostasIPIIndustrialização por encomenda - Gravação de discos - Procedimento . 13Industrialização por encomenda - Produto importado colocado em em-balagem - Tratamento fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

ICMS/BACrédito - Imposto exigido no momento da saída da mercadoria . . . . . . 14Débito - Possibilidade de estorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Diferimento - Saídas de sucatas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : depósito fechado... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2264-4

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-10062 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

41-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 BA

IPI

Depósito fechado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Providência no recebimento de produtos 3. Fato gerador 4. Suspensão do imposto 5. Crédito fiscal 6. Autonomia dos estabelecimentos 7. Depósito fechado localizado na mesma Unidade da

Federação 8. Depósito fechado localizado em outra Unidade da

Federação 9. CFOP 10. Modelos

1. Introdução

Para fins de interpretação e aplicação das normas contidas no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, serão adotadas, entre outras, as seguin-tes definições:

a) depósito fechado - é aquele em que não se realizam vendas, mas apenas entregas por ordem do de-positante dos produtos; e

b) é considerado, ainda, depósito fechado a área externa, delimitada, de estabelecimento fabri-cante de veículos automóveis.

(RIPI/2010, art. 609, VII e VIII)

2. ProvIdênCIA no rECEBIMEnto dE ProdutoS

Os fabricantes, os comerciantes e os depositários que receberem ou adquirirem para industrialização, comércio ou depósito, ou para emprego ou utilização nos respectivos estabelecimentos, produtos tributados ou isentos, deverão examinar se eles se acham devidamente rotulados ou marca-dos ou, ainda, selados se estiverem sujeitos ao selo de con-trole, bem como se estão acompanhados dos documentos exigidos e se estes satisfazem a todas as prescrições legais.

Em caso de irregularidade, os interessados comunicarão o fato, por escrito, ao remetente, dentro de 8 dias, contados do

seu recebimento, ou antes do início do seu consumo, ou venda, se o início se verificar em prazo menor, conservando em seu arquivo cópia do documento com prova de seu recebimento.

A comunicação revestida das formalidades ora des-critas exime de responsabilidade os recebedores ou os adquirentes, pela irregularidade constatada.

No caso de falta de documento fiscal que comprove a procedência do produto e identifique o remetente pelo nome e pelo endereço, ou de produto que não se encontre selado, rotulado ou marcado, quando exigido o selo de con-trole, a rotulagem ou a marcação, não poderá o destinatário recebê-lo, sob pena de ficar responsável pelo pagamento do imposto, se exigível, e sujeito às sanções cabíveis.

A declaração, na nota fiscal, da data da entrada da merca-doria no estabelecimento será feita no mesmo dia da entrada.

(RIPI/2010, art. 327)

3. FAto gErAdorÉ considerado ocorrido o fato gerador

na saída de estabelecimento depositário do estabelecimento industrial ou a ele equiparado, quanto aos produtos entre-gues diretamente a outro estabelecimento.

Nesse sentido, estabelecimento depo-sitário é o depósito fechado ou o armazém-

-geral e estabelecimento depositante é o reme-tente do produto para aqueles estabelecimentos

(depositários).(RIPI/2010, art. 36, II)

4. SuSPEnSão do IMPoStoPoderão sair com suspensão do imposto os produtos

enviados pelo estabelecimento industrial, ou a ele equipa-rado, a depósito fechado, bem como aqueles devolvidos ao remetente (depositante).

(RIPI/2010, art. 43, caput, III)

5. CrédIto FISCAl Na remessa de produtos, tanto para armazém-geral,

quanto para depósito fechado, o direito ao crédito do imposto, quando admitido, é do estabelecimento depositante.

(RIPI/2010, art. 226, parágrafo único)

a Federal

Poderão sair com suspensão do imposto

os produtos enviados pelo estabelecimento industrial, ou a ele equiparado, a depósito fechado, bem como aqueles

devolvidos ao remetente (depositante)

41-02 BA Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

6. AutonoMIA doS EStABElECIMEntoSCada estabelecimento, seja matriz, sucursal, filial,

agência, depósito ou qualquer outro, manterá o seu próprio documentário, vedada, sob qualquer pretexto, a sua centra-lização, ainda que no estabelecimento matriz.

(RIPI/2010, art. 384)

7. dEPóSIto FEChAdo loCAlIzAdo nA MESMA unIdAdE dA FEdErAção

7.1 Saída para o depósito fechado do próprio remetenteNa saída de produto para depósito fechado localizado

na mesma Unidade da Federação do estabelecimento reme-tente, assim como em seu retorno a este, será emitida nota fiscal com suspensão do imposto, na qual serão indicados, além dos requisitos de praxe:

a) como natureza da operação: “Outras saídas - Re-messa para depósito” ou “Outras saídas - Retorno de mercadorias depositadas”;

b) CFOP: 5.905 (remessa) ou 5.906 (retorno);c) campo “Informações Complementares”, a indica-

ção da expressão “Saído com suspensão do IPI - RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 43, III”.

Note-se que as notas fiscais que acompanharem os produtos serão emitidas pelo depositante, na remessa, e pelo depósito fechado, no retorno.

Notas

(1) O contribuinte obrigado à emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) deve observar as disposições contidas no Ajuste Sinief nº 7/2005 e no Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, aprovada pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012, em especial as orientações expressas em seu Anexo I, que trata do leiaute do referido documento fiscal.

(2) O Protocolo ICMS nº 42/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização da NF-e, em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelo critério de Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e operações com os destinatários que especifica, teve sua vigência adiada pelo Protocolo ICMS nº 173/2012, com efeitos desde 1º.01.2014.

(3) O disposto no referido protocolo não se aplica (Protocolo ICMS nº 42/2009, cláusula quarta):

a) ao microempreendedor individual (MEI), de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006;

b) às operações realizadas por produtor rural não inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

(4) As regras de Escrituração Fiscal Digital (EFD) constam do Ajuste Sinief nº 2/2009, do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que dispõe sobre as espe-cificações técnicas para a geração dos arquivos da EFD e do Guia Prático da EFD, versão 2.0.14.

As operações de entrada e de saída de produtos deverão ser registra-das nos campos próprios dos registros adequados, tais como os do bloco de abertura e de encerramento e, especificamente, do bloco “C”, registros C 170, dentre outros.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 18-A; RIPI/2010, arts. 43, III, 482 e 492, I; Ajuste Sinief nº 7/2005; Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012; Protocolo ICMS nº 42/2009; Protocolo ICMS nº 173/2012; Guia Prático da EFD, versão 2.0.14)

7.1.1 Saída para o depósito fechado do adquirenteNa saída de produto para depósito fechado do adqui-

rente, localizado na mesma Unidade da Federação do esta-belecimento destinatário, este será considerado depositante, devendo o remetente (fornecedor) emitir nota fiscal, com destaque do imposto, se devido, e com a indicação do valor e da natureza da operação, e, ainda:

a) como destinatário, o estabelecimento depositante (adquirente); e

b) o local de entrega, o endereço e os números de inscri-ção, do depósito fechado, no CNPJ e no Fisco estadual.

O depósito fechado deverá escriturar a nota fiscal que acompanhou os produtos, na forma prevista na legislação, e apor na mesma nota fiscal a data da entrada efetiva dos produtos, remetendo-a ao estabelecimento depositante.

Além disso, ao escriturar deverão ser anotados em Observações, relativamente à escrituração mencionada, o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal de saída simbólica emitida pelo estabelecimento depositante na forma da letra “b” adiante.

Caberá ao estabelecimento depositante:a) escriturar a nota fiscal na forma prevista na legisla-

ção, dentro de 10 dias, contados da data da entra-da efetiva das mercadorias no depósito fechado;

b) emitir nota fiscal relativa à saída simbólica, dentro de 10 dias, contados da data da entrada efetiva dos produtos no depósito fechado, mencionando, ainda, o número e a data do documento fiscal do remetente (fornecedor); e

c) enviar a nota fiscal de saída simbólica, emitida na forma da letra “b” anterior, ao depósito fechado, dentro de 5 dias, contados da data da sua emissão.

NotaVeja as notas inseridas no subitem 7.1, relacionadas à NF-e e à EFD.

(RIPI/2010, arts. 484 e 492, V)

7.2 Saída do depósito fechado 7.2.1 Estabelecimento depositante

Na saída de produto de depósito fechado localizado na mesma Unidade da Federação do estabelecimento depo-sitante, com destino a outro estabelecimento, ainda que da mesma empresa, o depositante emitirá nota fiscal, com des-taque do imposto, se devido, e com a declaração de que os mesmos produtos serão retirados do depósito fechado, mencionando o endereço e os números de inscrição deste no CNPJ e no Fisco estadual.

(RIPI/2010, arts. 483, caput, e 492, II)

7.2.2 depósito fechadoO depósito fechado, na saída dos produtos, expedirá

nota fiscal para o estabelecimento depositante, sem destaque do imposto, indicando:

a) o valor dos produtos, que será aquele atribuído por ocasião de sua entrada no depósito fechado;

b) a natureza da operação: “Outras saídas - Retorno simbólico de produtos depositados”;

c) o CFOP: 5.907 (retorno);d) o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal

emitida pelo estabelecimento depositante, na forma do subitem 7.2.1;

e) o nome, o endereço e os números de inscrição, do estabelecimento destinatário dos produtos, no CNPJ e no Fisco estadual; e

f) a data da saída efetiva dos produtos.

41-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

O depósito fechado indicará no verso das vias da nota fiscal do estabelecimento depositante, que deverão acompa-nhar os produtos, a data de sua efetiva saída, o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal por ele emitida.

A nota fiscal, assim emitida, será enviada ao estabeleci-mento depositante, que deverá escriturá-la na forma prevista na legislação, dentro de 10 dias, contados da saída efetiva dos produtos do depósito fechado.

NotaVeja as notas inseridas no subitem 7.1, relacionadas à NF-e e à EFD.

(RIPI/2010, arts. 483, §§ 1º a 3º, e 492, II)

8. dEPóSIto FEChAdo loCAlIzAdo EM outrA unIdAdE dA FEdErAção

8.1 Saída para o depósito fechado do próprio remetenteNa saída de produto para depósito fechado localizado

em Unidade da Federação diversa daquela em que se loca-liza o estabelecimento remetente, este emitirá nota fiscal, com suspensão do imposto, indicando:

a) como natureza da operação: “Outras saídas - Re-messa para depósito em outro Estado”;

b) CFOP: 6.905 (remessa); e c) no campo “Informações Complementares”, a indi-

cação da expressão “Saído com suspensão do IPI - RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 43, III”.

(RIPI/2010, arts. 43, III, 485 e 492, III)

8.2 Saída do depósito fechado 8.2.1 Estabelecimento depositante

Na saída de produto de depósito fechado localizado em Unidade da Federação diversa daquela onde está localizado o estabelecimento depositante, com destino a outro estabeleci-mento, ainda que da mesma empresa, o depositante emitirá nota fiscal com destaque do imposto, se devido, indicando o valor e a natureza da operação e a circunstância de que os produtos serão retirados do depósito fechado, bem como o endereço e os números de inscrição deste no CNPJ e no Fisco estadual.

(RIPI/2010, arts. 486, caput, e 492, IV)

8.2.2 depósito fechadoO depósito fechado, na saída dos produtos, emitirá:a) nota fiscal para o estabelecimento destinatário, sem

destaque do imposto, indicando:a.1) o valor da operação, que será o da nota fiscal

emitida pelo estabelecimento depositante, na forma do subitem 8.2.1;

a.2) a natureza da operação: “Outras saídas - Re-messa por conta e ordem de terceiros”;

a.3) CFOP: 6.923 (remessa por conta e ordem de terceiros);

a.4) o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal do estabelecimento depositante, bem como o nome, o endereço e os números de inscrição deste no CNPJ e no Fisco estadual; e

b) nota fiscal para o estabelecimento depositante, sem destaque do imposto, indicando:b.1) o valor dos produtos, que será aquele atribuído

por ocasião de sua entrada no depósito fechado;b.2) a natureza da operação: “Outras saídas - Re-

torno simbólico de mercadorias depositadas”;b.3) CFOP: 6.907 (retorno simbólico)b.4) o número, a série, se houver, e a data da nota

fiscal emitida na forma do subitem 8.2.1, pelo estabelecimento depositante, bem como o nome, o endereço e os números de inscrição deste no CNPJ e no Fisco estadual;

b.5) o nome, o endereço e os números de inscrição, do estabelecimento destinatário, no CNPJ e no Fisco estadual, e o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal referida na letra “a”; e

b.6) a data da efetiva saída dos produtos.

Os produtos serão acompanhados, no seu transporte, pelas notas fiscais emitidas pelo depositante, na forma do subitem 8.2.1, e pelo depósito fechado, nos termos da letra “a” deste subitem.

A nota fiscal a que se refere a letra “b” será enviada ao estabelecimento depositante, que a escriturará na forma prevista na legislação, dentro de 10 dias, contados da saída efetiva dos produtos do depósito fechado.

O estabelecimento destinatário, ao receber os produtos, escriturará, na forma prevista na legislação, a nota fiscal emi-tida pelo depositante, anotando em observações Observações, o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal emitida pelo depósito fechado, bem como o nome, o endereço e os números de inscrição deste no CNPJ e no Fisco estadual.

Nota

Veja as notas inseridas no subitem 7.1, relacionadas à NF-e e à EFD.

(RIPI/2010, arts. 486 e 492, IV)

9. CFoPTranscrevemos, a seguir, os Códigos Fiscais de Operações

e Prestações (CFOP) relacionados às operações com depósito fechado:

Entradas SaídasCFOP Descrição CFOP Descrição

- - 5.105/6.105 Venda de produção do estabelecimento, que não deva por ele transitar

- - 5.106/6.106 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de tercei-ros, que não deva por ele transitar

1.905/2.905 Entrada de mercadoria recebida para depósito em de-pósito fechado ou armazém-geral

5.905/6.905 Remessa para depósito fechado ou armazém-geral

1.906/2.906 Retorno de mercadoria remetida para depósito fechado ou armazém-geral

5.906/6.906 Retorno de mercadoria depositada em depósito fecha-do ou armazém-geral

41-04 BA Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Entradas SaídasCFOP Descrição CFOP Descrição

1.907/2.907 Retorno simbólico de mercadoria remetida para depósi-to fechado ou armazém-geral

5.907/6.907 Retorno simbólico de mercadoria depositada em depó-sito fechado ou armazém-geral

1.923/2.923 Entrada de mercadoria recebida do vendedor remeten-te, em venda à ordem

5.923/6.923 Remessa de mercadoria por conta e ordem de tercei-ros, em venda à ordem ou em operações com arma-zém-geral ou depósito fechado

1.934/2.934 Entrada simbólica de mercadoria recebida para depósi-to fechado ou armazém-geral

5.934/6.934 Remessa simbólica de mercadoria depositada em ar-mazém-geral ou depósito fechado

10. ModEloS

10.1 nota fiscal de remessaReproduzimos, a seguir, modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) relativo à remessa para depó-

sito fechado localizado na mesma Unidade da Federação do estabelecimento remetente.

41-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

10.2 nota fiscal de retorno Reproduzimos, a seguir, modelo de Danfe relativo ao retorno de depósito fechado localizado na mesma Unidade da

Federação do estabelecimento depositante.

N

a EstadualICMS

Substituição tributária - Águas minerais e gasosas SUMÁRIO 1. Introdução 2. Aplicação do regime da substituição tributária em

operações internas e interestaduais 3. Inscrição do contribuinte substituto estabelecido em outra

Unidade da Federação 4. Responsáveis pela retenção nas operações internas 5. Hipóteses de não aplicação da substituição tributária nas

operações internas

6. Responsáveis pela retenção nas operações interestaduais

7. Águas minerais e gasosas, Estados signatários do Protocolo ICMS nº 11/1991 e MVA

8. Mercadorias tributadas anteriormente pelo regime de substituição tributária e destinadas a outro Estado

9. Hipóteses de não aplicação da substituição tributária nas operações interestaduais

10. Operações subsequentes à antecipação ou substituição tributária

11. Cálculo do imposto 12. Apuração do imposto 13. Recolhimento do imposto 14. Modelo do Danfe 15. Escrituração - Principais reflexos na EFD

41-06 BA Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

16. Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária (GIA-ST)

17. Consulta tributária 18. Infrações e penalidades

1. IntroduçãoA legislação estadual e os acordos específicos entre as

Unidades da Federação poderão atribuir a terceiro a respon-sabilidade pelo pagamento do imposto, hipótese em que o contribuinte assumirá a condição de substituto tributário.

Neste procedimento, trataremos da substituição tri-butária com águas minerais e gasosas, com base na Lei Complementar nº 87/1996, na Lei nº 7.014/1996, no RICMS--BA/2012 e no Protocolo ICMS nº 11/1991 bem como suas alterações posteriores.

2. APlICAção do rEgIME dA SuBStItuIção trIButárIA EM oPErAçõES IntErnAS E IntErEStAduAISA aplicação da substituição tributária do ICMS nas ope-

rações internas pode ser instituída por lei estadual, a exemplo do que ocorre com águas minerais e gasosas.

Esse regime de tributação em operações interestaduais é utilizado somente se houver a celebração de acordo específico, ou seja, convênio ou protocolo, entre os Estados envolvidos conforme se refiram a todos os Estados ou somente a alguns.

Com efeito, segundo o RICMS-BA/2012, nas operações interestaduais entre Estados signatários de convênio ou protocolo que preveja a retenção do imposto pelo regime de substituição tributária, é atribuída ao remetente a responsabi-lidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto em favor da Unidade da Federação (UF) destinatária, na condição de sujeito passivo por substituição.

O Estado da Bahia, como mencionado, é signatário do Protocolo ICMS nº 11/1991, com os Estados relacionados no tópico 7, que dispõe sobre a substituição tributária do ICMS nas operações com essas mercadorias.

A legislação do Estado incorporou algumas regras estabelecidas nesse acordo sobre a retenção antecipada do imposto, em relação a esses produtos, ao RICMS-BA/2012, art. 289 e Anexo 1, item 2.

(Lei Complementar nº 87/1996, arts. 6º e 9º; RICMS-BA/2012, art. 289, Anexo 1, item 2)

3. InSCrIção do ContrIBuIntE SuBStItuto EStABElECIdo EM outrA unIdAdE dA FEdErAçãoDeverá se inscrever no cadastro de contribuintes do

Estado da Bahia, na condição de substituto, o contribuinte de outra UF que efetuar remessas de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária para contribuintes esta-belecidos neste Estado, observado o disposto em convênios e protocolos dos quais a Bahia seja signatária.

O contribuinte que solicitar inscrição no cadastro deste Estado como substituto tributário deverá remeter os seguintes documentos à Gerência de Substituição Tributária (Gersu), da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia:

a) estimativa anual das vendas para o Estado da Bahia;b) registro ou autorização de funcionamento expedido

por órgão competente pela regulação do respectivo setor de atividade econômica;

c) comprovação de capacidade financeira, quando solicitada pela Gersu.

Salienta-se que o número da inscrição em questão deverá constar em todos os documentos dirigidos ao Estado da Bahia, inclusive naqueles de arrecadação.

(RICMS-BA/2012, art. 2º, III, e art. 5º)

3.1 Inexistência de inscrição no Estado destinatárioSe não for concedida a inscrição ao sujeito passivo por

substituição ou este não providenciá-la, deverá efetuar o recolhimento do imposto devido ao Estado destinatário, em relação a cada operação, por ocasião da saída da merca-doria de seu estabelecimento por meio de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE), devendo uma via acompanhar o transporte da mercadoria.

Deverá ser emitida uma GNRE distinta para cada um dos destinatários, constando, no campo “Informações Complementares”, o número da nota fiscal a que se refere o respectivo recolhimento.

(Convênio ICMS nº 81/1993, cláusula sétima, §§ 2º e 3º)

4. rESPonSávEIS PElA rEtEnção nAS oPErAçõES IntErnASSão responsáveis pelo lançamento e recolhimento do ICMS,

na condição de sujeitos passivos por substituição, devendo fazer a retenção do imposto nas operações de saídas internas que efetuarem, para fins de antecipação do tributo relativo à operação ou às operações subsequentes a serem realizadas pelos adquirentes no Estado da Bahia, os contribuintes alienan-tes de águas minerais e gasosas, exceto na hipótese de já terem recebido essas mercadorias com o imposto antecipado.

(Lei nº 7.014/1996, art. 8º; RICMS-BA/2012, art. 289, caput, Anexo 1, item 2)

5. hIPótESES dE não APlICAção dA SuBStItuIção trIButárIA nAS oPErAçõES IntErnASSalvo disposição contrária prevista em Regulamento, não

será feita a retenção ou antecipação do imposto quando a mercadoria se destinar:

a) a estabelecimento filial atacadista situado neste Es-tado, no caso de transferência de estabelecimento industrial ou de suas outras filiais atacadistas, loca-lizado nesta ou em outra UF, ficando o destinatário responsável pela retenção do imposto referente às operações internas subsequentes, hipótese em que aplicará a MVA prevista para a retenção por estabe-lecimento industrial;

b) a outro contribuinte ao qual a legislação atribua a condição de responsável pelo pagamento do im-posto por sujeição passiva por substituição, em re-lação à mesma mercadoria, ficando o destinatário responsável pela retenção do imposto nas opera-ções internas subsequentes;

41-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c) a estabelecimento industrial, inclusive microempre-sa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP), que se dediquem à atividade industrial, para utilização como matéria-prima, produto intermediário ou ma-terial de embalagem;

d) a estabelecimento prestador de serviço de qual-quer natureza definido em lei complementar como de competência tributária dos municípios, sendo a mercadoria destinada a emprego na prestação de tal serviço, a menos que haja indicação expressa de lei complementar acerca da incidência do ICMS nos fornecimentos a serem efetuados pelo prestador.

(Lei nº 7.014/1996, art. 8º, § 8º)

6. rESPonSávEIS PElA rEtEnção nAS oPErAçõES IntErEStAduAISSão responsáveis pelo lançamento e pelo recolhimento

do ICMS, na qualidade de contribuintes por substituição,

nas operações interestaduais com águas minerais e gaso-sas, o industrial, o importador, o arrematante de mercadoria importada e apreendida ou engarrafador de água, em relação às operações subsequentes.

É também contribuinte substituto o estabelecimento industrial, importador ou comercial, localizado neste Estado, em relação às saídas interestaduais das citadas mercadorias, quando destinadas às demais Unidades da Federação.

(RICMS-BA/2012, art. 295; Protocolo ICMS nº 11/1991, cláusula primeira)

7. águAS MInErAIS E gASoSAS, EStAdoS SIgnAtárIoS do ProtoColo ICMS nº 11/1991 E MvAA seguir, apresentamos os produtos, os Estados signa-

tários do Protocolo ICMS nº 11/1991 e a margem de valor adicionado (MVA) sujeitos à substituição tributária, conforme estabelecido no RICMS-BA/2012, Anexo 1, item 2.

2.1Embalagem plástica e copo

plástico de até 500 ml/vidro não retornável até 300 ml

Protocolo ICMS nº 11/1991 - Todos , exceto MG

Indústria: 140%Distribuidor: 100%

147.52% (alíquota 4%)139,78% (alíquota 7%)126,89% (alíquota 12%)

114% ou pauta fiscal para os que possuem termo de

acordo

2.2 Embalagem igual ou maior que 5.000 ml

Protocolo ICMS nº 11/1991 - Todos, exceto MG

Indústria: 100%Distribuidor: 70%

131,33% (alíquota 4%)124.10% (alíquota 7%)112,05% (alíquota 12%)

100% ou pauta fiscal para os que possuem termo de

acordo

2.3 Garrafa plástica de 1.500 ml Protocolo ICMS nº 11/1991 - Todos, exceto MG

Indústria: 120%Distribuidor: 70%

126,70% (alíquota 4%)119,61% (alíquota 7%)107,81% (alíquota 12%)

96% ou pauta fiscal para os que possuem termo de

acordo

2.4 Vidro retornável ou não até 500 ml

Protocolo ICMS nº 11/1991 - Todos, exceto MG

Indústria: 250%Distribuidor: 170%

260,87% (alíquota 4%)249,59% (alíquota 7%)230,80% (alíquota 12%)

212% ou pauta fiscal para os que possuem termo de

acordo

2.5 Outras embalagens ou volumes Protocolo ICMS nº 11/1991 - Todos , exceto MG

Indústria: 140%Distribuidor: 70%

147.52% (alíquota 4%)139,78% (alíquota 7%)126,89% (alíquota 12%)

114% ou pauta fiscal para os que possuem termo de

acordo

8. MErCAdorIAS trIButAdAS AntErIorMEntE PElo rEgIME dE SuBStItuIção trIButárIA E dEStInAdAS A outro EStAdoNas operações interestaduais para Estado signatário de

convênio ou protocolo que preveja a retenção do imposto pelo regime de substituição tributária, se as mercadorias já tiverem sido objeto de retenção ou antecipação do imposto, a fim de que não se configure duplicidade de pagamento do tributo:

a) o remetente deverá utilizar como crédito fiscal o imposto incidente na operação de aquisição mais recente das mesmas mercadorias, no quadro “Cré-dito do Imposto - Outros Créditos” do livro Registro de Apuração do ICMS, total ou proporcionalmente, conforme o caso;

b) para efeito de ressarcimento do imposto anterior-mente retido, o remetente deverá emitir outra nota fiscal, exclusiva para esse fim, em nome do respec-tivo fornecedor que tenha retido originariamente o imposto, contendo as seguintes indicações, nos campos próprios, vedada qualquer indicação no campo destinado ao destaque do imposto:b.1) o nome, o endereço, o CNPJ e a inscrição es-

tadual do fornecedor;b.2) como natureza da operação: “Ressarcimento

de ICMS”;

b.3) a identificação da nota fiscal de saída para Estado signatário, que tiver motivado o res-sarcimento;

b.4) o número, a série, se houver, e a data do do-cumento fiscal de aquisição da mercadoria;

b.5) o valor do ressarcimento, que corresponderá ao valor do imposto retido, constante na nota fiscal de aquisição correspondente à última entrada das mercadorias, total ou proporcio-nalmente, conforme o caso;

c) deverão ser enviadas ao fornecedor:c.1) cópia da Guia Nacional de Recolhimento de

Tributos Estaduais (GNRE), referente ao reco-lhimento do ICMS-fonte na saída interestadual;

c.2) cópias reprográficas da nota fiscal de aquisi-ção da mercadoria e da nota fiscal de saída;

d) o estabelecimento fornecedor que, na condição de responsável por substituição, houver efetuado a re-tenção do imposto, ao receber a 1ª via da nota fiscal emitida para fins de ressarcimento, visada, deverá poder deduzir o valor do imposto retido do próximo recolhimento a ser feito à Unidade da Federação do contribuinte que tiver direito ao ressarcimento;

e) a nota fiscal de ressarcimento deverá ser escriturada:e.1) pelo emitente, no livro Registro de Saídas, utili-

zando-se apenas as colunas “Documentos Fis-

41-08 BA Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

cais” e “Observações”, fazendo constar nesta a expressão “Ressarcimento de imposto retido”;

e.2) pelo destinatário do documento, sendo estabe-lecido neste Estado, no livro Registro de Apu-ração do ICMS, em folha destinada à apuração do imposto por substituição tributária, no quadro “Crédito do Imposto - Outros Créditos”, com a expressão “Ressarcimento de imposto retido”.

(RICMS-BA/2012, art. 301, caput)

8.1 Mercadorias tributadas anteriormente pelo regime de substituição tributária e destinadas a outro Estado - opção pelo crédito fiscalEm substituição ao procedimento recomendado no sub-

tópico 6.2, o contribuinte poderá utilizar como créditos fiscais ambas as parcelas do imposto, o normal e o antecipado, total ou proporcionalmente, conforme o caso, a serem lançados no quadro “Crédito do Imposto - Outros Créditos” do livro Registro de Apuração do ICMS.

(RICMS-BA/2012, art. 301, § 1º)

8.2 valor do imposto retido a ser ressarcidoO valor do ICMS retido por substituição tributária a ser

ressarcido não poderá superar o valor retido quando da aqui-sição do respectivo produto pelo estabelecimento.

Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS retido à aquisição do respectivo produto, será tomado o valor do imposto retido quando da última aquisição do pro-duto pelo estabelecimento, proporcional à quantidade saída.

(RICMS-BA/2012, art. 301, §§ 2º e 3º)

8.3 visto da nota fiscal para ressarcimentoA nota fiscal emitida para ressarcimento deverá ser

visada pelo órgão fazendário em cuja circunscrição se loca-lize o contribuinte, acompanhada de relação, discriminando as operações interestaduais.

(RICMS-BA/2012, art. 301, § 4º)

8.4 devolução ou desfazimento do negócioNas hipóteses de devolução ou desfazimento de negócio

relativo a mercadorias recebidas com imposto retido:a) o remetente estornará o débito fiscal corresponden-

te à nota fiscal de devolução, no quadro “Crédito do Imposto - Estornos de Débitos” do livro Registro de Apuração do ICMS;

b) para efeito de ressarcimento do imposto anterior-mente retido, o remetente emitirá outra nota fiscal, exclusiva para esse fim, em nome do respectivo fornecedor que tenha retido originariamente o im-posto, contendo as seguintes indicações, nos cam-pos próprios, vedada qualquer indicação no campo destinado ao destaque do imposto:b.1) o nome, o endereço, o CNPJ e a inscrição es-

tadual do fornecedor;b.2) como natureza da operação: “Ressarcimento

do ICMS”;b.3) a identificação da nota fiscal de devolução,

que tiver motivado o ressarcimento;

b.4) o número, a série, se houver, e a data do do-cumento fiscal de aquisição da mercadoria;

b.5) o valor do ressarcimento, que corresponderá ao valor do imposto anteriormente antecipado, total ou proporcionalmente, conforme o caso.

(RICMS/BA/2012, art. 299, I e II)

8.5 Contribuintes sujeitos à EFdEsclarecemos que os contribuintes sujeitos à Escritu-

ração Fiscal Digital (EFD) devem efetuar os registros men-cionados neste tópico, nesta modalidade de escrituração.

9. hIPótESES dE não APlICAção dA SuBStItuIção trIButárIA nAS oPErAçõES IntErEStAduAISNão se aplica a substituição tributária:a) à transferência da mercadoria entre estabelecimen-

tos da empresa industrial, importadora, arrematante ou engarrafadora;

b) às operações entre sujeitos passivos por substituição, industrial, importador, arrematante ou engarrafador.

Nessas hipóteses, a substituição tributária caberá ao estabelecimento destinatário que promover a saída da mercadoria para estabelecimento de pessoa diversa.

(Protocolo ICMS nº 11/1991, cláusula segunda)

10. oPErAçõES SuBSEquEntES à AntECIPAção ou SuBStItuIção trIButárIAOcorrido o pagamento do ICMS por antecipação ou substi-

tuição tributária, ficam desoneradas de tributação as operações internas subsequentes com as mesmas mercadorias, sendo, por conseguinte, vedada, salvo exceções expressas, a utilização do crédito fiscal pelo adquirente, extensiva essa vedação ao crédito relativo ao imposto incidente sobre os serviços de trans-porte das mercadorias objeto do mesmo regime de tributação.

Os documentos fiscais relativos às operações subsequentes serão emitidos sem destaque do imposto e conterão, além dos demais requisitos exigidos, a seguinte declaração, ainda que por meio de carimbo: “ICMS pago por substituição tributária”.

(RICMS-BA/2012, arts. 290 e 292)

11. CálCulo do IMPoSto11.1 Base de cálculo nas operações internas

A legislação determina que a base de cálculo do ICMS a ser retido seja a obtida pelo somatório das parcelas seguintes:

a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou substituído intermediário;

b) o montante dos valores de seguro, frete, IPI e outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço;

c) a MVA, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subsequentes.

Esclarecemos que, no Estado da Bahia, há pauta fiscal para água mineral, que deverá ser utilizada para a base de cálculo do imposto, quando for o caso.

Será aplicada a alíquota vigente nas operações internas do Estado destinatário sobre o resultado obtido e, do valor

41-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 BA

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Manual de Procedimentos

encontrado, será deduzido o imposto devido pela operação do próprio remetente.

(Lei nº 7.014/1996, art. 23, II; RICMS-BA/2012, art. 289, caput, Anexo 1, item 2)

11.2 Base de cálculo nas operações interestaduaisNas operações interestaduais, conforme mencionado,

foi celebrado o Protocolo ICMS nº 11/1991 referente à subs-tituição tributária com águas minerais e gasosas.

A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será o valor correspondente ao preço máximo de venda a varejo fixado pela autoridade competente, deduzindo-se, do valor obtido, o imposto devido pelo industrial, importa-dor, arrematante ou engarrafador ou o imposto devido pelo distribuidor, depósito ou estabelecimento atacadista.

Na hipótese de não haver esse preço, o imposto a ser retido será com base no preço praticado pelo distribuidor, depósito ou estabelecimento atacadista, incluído o IPI, frete e demais despesas debitadas ao estabelecimento destina-tário adicionado da MVA mencionada no tópico 7.

(Protocolo ICMS nº 11/1991, cláusula quarta)

11.3 Alíquota do ICMSA alíquota do ICMS para as operações internas com

águas minerais e gasosas, no Estado da Bahia, é de 17%.No cálculo do ICMS retido nas operações interesta-

duais, deverá ser observada a alíquota interna da merca-doria no Estado destinatário.

(Lei nº 7.014/1996, art. 15, I)

11.4 Cálculo do ICMS retidoPara o cálculo do ICMS retido, o contribuinte substituto,

responsável pela retenção, deverá aplicar a alíquota do imposto (conforme subtópico 11.3) sobre o valor da base de cálculo do ICMS retido (de acordo com os subtópicos 11.1 ou 11.2) e sub-trair desse valor o imposto devido sobre a sua própria operação.

Dessa forma, o valor do ICMS retido corresponderá à diferença entre o imposto calculado, conforme o tópico 11, e o devido pela própria operação do contribuinte substituto.

(Lei nº 7.014/1996, art. 23, § 5º)

11.5 Exemplo de cálculoApresentamos, a seguir, exemplo de cálculo em uma

operação com água mineral - garrafa plástica de 1.500 ml - considerando-se a MVA de 96% e a alíquota de 15% do IPI.

Base de cálculo do ICMS da operação própria R$ 1.000,00ICMS da operação própria R$ 170,00Base de cálculo do ICMS da substituição tributária [Pre-ço da mercadoria (R$ 1.000,00) + IPI (alíquota a 15%) = 150,00) + Margem de lucro (96% = 1.104,00)] R$ 2.254,00Valor do ICMS-ST = ICMS-ST - ICMS operação própria, onde:ICMS-ST (1.000,00 + 150,00 + 1.104,00 x 17% = 383,18) - ICMS operação própria (R$ 170,00) R$ 213,18Valor total da nota fiscal (Valor dos produtos + ICMS-ST) R$ 1.363,18

12. APurAção do IMPoStoO contribuinte substituto apurará os valores relativos ao

imposto retido no último dia do respectivo período, no livro

Registro de Apuração do ICMS, em folha subsequente à destinada à apuração relacionada com as suas próprias ope-rações, indicando “Substituição Tributária”, devendo lançar:

a) na coluna “001 - Por Saídas com Débito do Impos-to”, o valor da base de cálculo e do imposto retido;

b) na coluna “006 - Por Entradas com Crédito do Im-posto”, o valor da base de cálculo e do imposto re-tido, caso ocorra devolução ou retorno.

Os lançamentos relativamente às operações internas e interestaduais serão feitos em folhas distintas e subsequentes.

O contribuinte substituto efetuará o recolhimento do imposto retido apurado, independentemente do resultado da apuração relativa às suas próprias operações.

Como mencionado no subtópico 8.5, os contribuintes su-jeitos à Escrituração Fiscal Digital (EFD) devem efetuar os regis-tros mencionados neste tópico nesta modalidade de escrituração

(Ajuste Sinief nº 4/1993, cláusulas sétima, oitava e nona)

13. rEColhIMEnto do IMPoStoO imposto devido por antecipação ou substituição

tributária deverá ser recolhido:

a) até o dia 9 do mês seguinte ao período de apura-ção, em relação ao imposto retido e devido a ou-tra Unidade da Federação, ou antes de iniciada a saída da mercadoria, se o contribuinte não for ins-crito no Estado destinatário;

b) até o dia 15 do mês seguinte ao período de apu-ração, em relação ao imposto retido decorrente de saída da mercadoria do estabelecimento sujeita à substituição tributária;

c) antes de iniciada a saída da mercadoria de outro Estado, se o sujeito passivo não for inscrito na Se-cretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz);

d) por ocasião da entrada da mercadoria no Estado da Bahia, se o contribuinte não preencher os requisitos do RICMS-BA/2012, art. 332, § 2º.

Nota

O § 2º do art. 332 do RICMS-BA/2012 estabelece que poderá ser efe-tuado o recolhimento do imposto por antecipação até o dia 25 do mês subse-quente ao da entrada da mercadoria no estabelecimento, desde que o con-tribuinte esteja regularmente inscrito no Cadastro de Contribuinte do ICMS do Estado da Bahia, e preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) possua estabelecimento em atividade no Estado da Bahia, há mais de 6 meses, e já tenha adquirido mercadoria de outra Unidade da Federação;

b) não possua débito inscrito em dívida ativa, a menos que a sua exigi-bilidade esteja suspensa;

c) esteja adimplente com o recolhimento do ICMS;d) esteja em dia com as obrigações acessórias e atenda regularmente

às intimações fiscais.

O recolhimento deve ser efetuado por meio do Documento de Arrecadação Estadual (DAE).

Nas operações interestaduais, o recolhimento será feito através da GNRE.

Será utilizada GNRE distinta para cada hipótese de substituição tributária disciplinada em convênio ou proto-colo específico.

(RICMS-BA/2012, arts. 295, 330, 331 e 332)

41-10 BA Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 - Boletim IOB

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14. ModElo do dAnFEApresentamos, a seguir, modelo do Danfe na venda da mercadoria com substituição tributária. O exemplo é apenas ilus-

trativo. Os dados são fictícios.

15. ESCrIturAção - PrInCIPAIS rEFlExoS nA EFd

Ao contribuinte que estiver obrigado à apresentação da EFD, para o lançamento fiscal da NF-e apresentada no tópico anterior, a título exemplificativo, apresentamos a seguir o preenchimento dos principais registros/campos.

Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 e posteriores alterações, bem como o Guia Prático da Escritu-ração Fiscal Digital (EFD-ICMS/IPI).

15.1 registro C100Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valo-

res apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada no tópico ‘14’, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Registro C100

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C100 O

2 IND_OPER 10 O

3 IND_EMIT 0 O

4 COD_PART 999 O

41-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 BA

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Registro C100

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

5 COD_MOD 55 O6 COD_SIT 00 O7 SER 1 OC8 NUM_DOC 1 O

9 CHV_NFE29140977278843223722550010000000011022430500 O

10 DT_DOC 11.09.2014 O11 DT_E_S 11.09.2014 O12 VL_DOC 1.363,18 O13 IND_PGTO 0 O14 VL_DESC OC15 VL_ABAT_NT OC16 VL_MERC 1.000,00 OC17 IND_FRT 0 O18 VL_FRT OC19 VL_SEG OC20 VL_OUT_DA OC21 VL_BC_ICMS 1.000,00 OC22 VL_ICMS 170,00 OC23 VL_BC_ICMS_ST 2.254,00 OC24 VL_ICMS_ST 213,18 OC25 VL_IPI 150,00 OC26 VL_PIS OC27 VL_COFINS OC28 VL_PIS_ST OC29 VL_COFINS_ST OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C100|10|0|999|55|00|1|1|29140977278843223722550010000000011022430500|11092014|11092014|1.363,18|||0||||1.000,00|170,00|2.254,00|213,18|150,00|||||

15.2 registro C110Este registro destina-se ao lançamento da informação

apresentada no campo “Informações Complementares” na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchi-mento da seguinte forma:

Registro C110Nº Campo Valor Obrigatoriedade1 REG C110 O2 COD_INF 99 O

3 TXT_COMPL

Imposto retido por substituição tributária, conforme RICMS--BA/2012, art. 289, caput, Ane-xo 1, item 2. MVA 96%. OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C110|99|Imposto retido por substituição tributária, con-forme RICMS-BA/2012, art. 289, caput, Anexo 1, item 2. MVA 96%|

15.3 registro C190Este registro analítico de documento fiscal tem por

objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS. Para o exem-plo em questão, teríamos o seguinte preenchimento:

Registro C190Nº Campo Valor Obrigatoriedade1 REG C190 O2 CST_ICMS 010 O3 CFOP 5401 O4 ALIQ_ICMS 17,00 OC5 VL_OPR 1.363,18 O6 VL_BC_ICMS 1.000,00 O7 VL_ICMS 170,00 O8 VL_BC_ICMS_ST 1.363,18 O9 VL_ICMS_ST 213.18 O

10 VL_RED_BC 0,00 O11 VL_IPI 150,00 O12 COD_OBS 999 OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C190|010|5401|17,00|1.363,18|1.000,00|170,00|1.363,18|213,18|0,00|150,00|999|

16. guIA nACIonAl dE InForMAção E APurAção do ICMS - SuBStItuIção trIButárIA (gIA-St)Os sujeitos passivos por substituição que estiverem inscri-

tos no cadastro estadual, na condição de contribuinte substituto, remeterão à Sefaz/BA, mensalmente, até o dia 10, a GIA-ST.

Na GIA-ST, serão informadas as operações com mercado-rias sujeitas ao regime de substituição tributária, destinadas a contribuintes situados neste Estado, realizadas no mês anterior, devendo ser especificados: o valor dos produtos, o valor do IPI, as despesas acessórias, a base de cálculo do ICMS-ST, o ICMS retido por ST, o ICMS de devoluções de mercadorias, o ICMS de ressarcimentos, o crédito do período anterior, os pagamentos antecipados, o ICMS-ST devido, o repasse de ICMS-ST referente a combustíveis, o crédito para o período seguinte, o total do ICMS-ST a recolher e as transferências efetuadas.

Ainda que no período de apuração não tenha ocorrido operação sujeita à substituição tributária, a GIA-ST será reme-tida pelo contribuinte substituto, hipótese em que deverá ser assinalado com “x” o campo 1, correspondente à expressão “GIA-ST SEM MOVIMENTO”.

A GIA-ST será apresentada por meio eletrônico de trans-missão de dados, através do programa aprovado pelo Ato Cotepe/ICMS nº 45/2000.

A GIA-ST será emitida em apenas uma via, do contri-buinte, que servirá como recibo de entrega.

(RICMS-BA/2012, art. 258)

17. ConSultA trIButárIAÉ assegurado ao contribuinte, à entidade representativa

de classe de contribuintes ou aos responsáveis, caso tenham dúvidas sobre questões tributárias, o direito de efetuar consulta à Sefaz/BA sobre a interpretação e a aplicação da legislação tributária em relação a fato determinado e de seu interesse.

A consulta conterá a descrição completa e exata da matéria objeto da dúvida, bem como, se for o caso, a informação da ocorrência de fatos ou atos passíveis de gerar obrigação tributária principal, e será encaminhada via Internet.

41-12 BA Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

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É competente para responder a consulta a respeito da legislação tributária estadual o diretor de tributação da Secretaria da Fazenda.

(RPAF-BA/1999, arts. 55, 56 e 67, I)

18. InFrAçõES E PEnAlIdAdESApresentamos, a seguir, o quadro prático, contendo algumas penalidades aplicáveis relacionadas à falta de recolhi-

mento do imposto e de obrigações acessórias.Deixar de recolher imposto, nos prazos regulamentares, se o valor apurado tiver sido informado em declaração eletrônica estabelecida na legislação tributária;

50% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, I

Deixar de efetuar o recolhimento no prazo em razão de registro de operação ou prestação tributada como não tributada, em caso de erro na aplicação da alíquota, na determinação da base de cálculo ou na apuração dos valores do imposto, desde que os documentos tenham sido emitidos e escriturados regularmente;

60% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “a”

Deixar de recolher o imposto em decorrência de desencontro entre o valor do impos-to recolhido pelo contribuinte e o escriturado no livro fiscal de apuração do imposto;

60% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “b”

Destacar, no documento fiscal, imposto em operação ou prestação não tributada, que possibilite ao adquirente a utilização do crédito fiscal;

60% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “c”

Deixar de recolher o imposto por antecipação nas hipóteses regulamentares; 60% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “d”Deixar de reter o imposto pelo sujeito passivo por substituição; 60% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “e”Mercadoria ou bem encontrados em qualquer estabelecimento sem documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea;

100% do valor imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV “a“

Realizar operação ou prestação sem documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea;

100% do valor imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “b”

Entregar mercadoria a destinatário ou usuário diverso do indicado no documento fiscal;

100% do valor imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV “c”

Acobertar com o mesmo documento fiscal, mais de uma vez, operação ou prestação; 100% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “d”Colocar quantia diversa do valor da operação ou prestação no documento fiscal; 100% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “f”Rasurar, adulterar ou falsificar documentos e livros fiscais ou contábeis; 100% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “g”Deixar de emitir documento fiscal ou emitir documento fiscal inidôneo; 100% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, “h”Reter e não recolher o imposto no prazo legal; 150% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, V, “a”Deixar de efetuar a escrituração fiscal ou fazê-lo com atraso; R$ 460,00 Lei nº 7.014/1996, art. 42, XV, “d” Deixar de apresentar, no prazo regulamentar, a Guia de Informação e Apuração do ICMS, a GIA ST, a Declaração e Apuração Mensal do ICMS (DMA) ou sua Cédula Suplementar (CS-DMA).

R$ 460,00 Lei nº 7.014/1996, art. 42, XV, “g”

N

FEdERal

Artesanal - IPI - Produto de artesanato - Exclusão do conceito de industrialização

Considera-se industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, como, por exemplo, transformação, benefi-ciamento, montagem, acondicionamento ou reacondiciona-mento e renovação ou recondicionamento.

Contudo, determinadas operações, tendo em vista especialmente o método utilizado para a obtenção do produto (elaboração artesanal ou semiartesanal, prepon-derância da mão de obra etc.), são excluídas do conceito de industrialização, o que importa em considerar o produto dela resultante fora do campo de incidência do IPI.

As operações excluídas do conceito de industriali-zação estão expressamente relacionadas no art. 5º do Regulamento do IPI (RIPI). Entre elas figura a confecção ou o preparo de produto de artesanato.

Nesse sentido, não é considerada industrialização a confecção ou o preparo de produto de artesanato, desde que atendida a definição a seguir descrita.

Para fins de exclusão do conceito de industrialização, são considerados produto de artesanato aquele prove-niente de trabalho manual realizado por pessoa natural, nas seguintes condições:

a) quando o trabalho não contar com o auxílio ou a participação de terceiros assalariados;

b) quando o produto for vendido a consumidor, dire-tamente ou por intermédio de entidade de que o artesão faça parte ou pela qual seja assistido.

Vale enfatizar que os produtos que não se enquadram no conceito de artesanato estão sujeitos à tributação do IPI por ocasião de sua saída, desde que o seu processo de produção se caracterize como industrialização e não estejam excluídos do conceito de industrialização, na forma do RIPI/2010, art. 5º, como, por exemplo, o preparo de produtos alimentares e a confecção de vestuário.

(RIPI/2010, arts. 4º, 5º, III, 7º, I)

N

a IOB Setorial

41-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a IOB Comenta

EStadual

ICMS - Diferimento nas saídas de embalagens destinadas a empresas exportadoras

As empresas exportadoras costumam adquirir no mer-cado interno embalagens para acondicionar seus produtos destinados ao mercado exterior.

De acordo com a legislação, é diferido o imposto nas saídas internas de embalagens, efetuadas de estabeleci-mento fabricante desses produtos, com destino a empresas exportadoras, para acondicionamento de produtos que serão exportados.

Esclareça-se que diferimento é a transferência da res-ponsabilidade pelo pagamento do imposto para um dado

momento futuro previsto na legislação ou para terceira pessoa que não o contribuinte.

Esse benefício encerra-se na saída subsequente da mercadoria ou do produto resultante de sua industrialização, considerando-se lançado o imposto diferido se a saída sub-sequente resultante de sua industrialização for tributada.

Entretanto, é dispensado o lançamento do imposto diferido quando: a operação de saída subsequente vier a ocorrer com a não incidência e houver expressa autorização de manutenção do crédito.

Com efeito, o imposto não incide sobre as operações que destinem mercadorias ao exterior. Por outro lado, permite-se que o contribuinte exportador mantenha os créditos do imposto referente às mercadorias empregadas no processo industrial.

(Lei nº 7.014/1996, art. 3º, I; RICMS-BA/2012, art. 286, XXIX, § 13, I e art. 310, I, “a”)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IPIIndustrialização por encomenda - Gravação de discos -

Procedimento

1) Como deve ser tratada a operação de remessa do estabelecimento matriz para gravação de disco destinado a posterior comercialização?

A saída da matriz para gravação de disco é considerada como remessa para industrialização. Deve ser emitida a nota fiscal com a natureza de operação “Remessa para industriali-zação”, sem o destaque do IPI e com a indicação, no campo “Informações Complementares”, da expressão “Saído com Suspensão do IPI - Art. 43, VI do RIPI/2010”.

A gravação de discos e fitas por encomenda de terceiros, mediante remessa de matriz, ainda que sem envio de insu-mos, destinados a posterior comercialização, caracteriza-se como operação de industrialização.

Observa-se, ainda, que a empresa encomendante da industrialização será equiparada a industrial na saída dos produtos industrializados por terceiros sob sua encomenda,

mediante a remessa por ela efetuada de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos.

(RIPI/2010, art. 9º, IV, art. 43, VI, e art. 415, III; Parecer Normativo CST nº 421/1970)

Industrialização por encomenda - Produto importado colocado em embalagem - Tratamento fiscal

2) O produto importado colocado em embalagem de apresentação é considerado nacional?

É considerado produto nacional aquele resultante de operação de industrialização realizada no País, ainda que essa operação consista em mera colocação de embalagem de apresentação em produto de procedência estrangeira.

Contudo, o contribuinte deverá observar as disposições contidas no art. 283 do RIPI, que dispõe sobre rotulagem e marcação, já que a troca da embalagem pode indicar a falsa procedência do produto, colocando-o como nacional quando se trata de importado, e implicar em penalidade ao infrator.

(RIPI/2010, art. 283; Parecer Normativo CST nº 460/1970)

41-14 BA Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 41 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS/BaCrédito - Imposto exigido no momento da saída da

mercadoria

3) Em que momento o contribuinte fará o crédito na hipó-tese de o imposto ser exigido quando da saída da mercadoria?.

Quando o pagamento do imposto for exigido no momento da saída, somente será admitido o crédito quando compro-vado o respectivo recolhimento.

(RICMS-BA/2012, art. 309, § 1º)

Débito - Possibilidade de estorno

4) A legislação do ICMS permite o estorno de débito?

Sim. O débito fiscal somente poderá ser estornado ou anu-lado quando não se referir a valor constante em documento fiscal.

(RICMS-BA/2012, art. 307)

Diferimento - Saídas de sucatas

5) Há tributação nas saídas de sucatas?

É diferido o lançamento do ICMS nas sucessivas saídas internas de sucatas de metais, papel usado, aparas de papel, ossos, ferro-velho, garrafas vazias, cacos de vidro e fragmen-tos, retalhos ou resíduos de plásticos, de borracha, de tecidos e de outras mercadorias.

O diferimento encerra-se na saída subsequente da mercadoria ou do produto resultante de sua industrializa-ção. Considera-se lançado o imposto diferido se a saída subsequente da mercadoria ou do produto resultante de sua industrialização for tributada.

(RICMS-BA/2012, art. 286, XVI, §§ 2º e 3º)