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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Ouro ativo financeiro ou instrumento cambial a ICMS - Substituição tributária nas operações internas - Quadro prático ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 27/2014 Mato Grosso do Sul Aviso Importante Este fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente ao mês de Julho/2014. / a Federal IPI Crédito fiscal - Estorno 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária - Regras gerais 05 / a IOB Setorial Federal Petroleiro - Incentivos fiscais - Repetro - Aplicabilidade 09 / a IOB Comenta Estadual Município de Campo Grande institui a NFS-e Temporária 10 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Crédito fiscal - Estorno - Revenda de insumos 11 Sped - EFD - Crédito fiscal 11 Sped - EFD - Venda para entrega futura - CST 12 ICMS/MS Contribuinte do imposto - Produtor rural 12 Mercadoria recebida em retorno - Crédito do imposto 12

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Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Veja nos Próximos Fascículos

a IOF - Ouro ativo financeiro ou instrumento cambial

a ICMS - Substituição tributária nas operações internas - Quadro prático

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 27/2014

Mato Grosso do Sul

Aviso ImportanteEste fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente ao mês de Julho/2014.

/a FederalIPICrédito fiscal - Estorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária - Regras gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialFederalPetroleiro - Incentivos fiscais - Repetro - Aplicabilidade . . . . . . . . . . 09

/a IOB ComentaEstadualMunicípio de Campo Grande institui a NFS-e Temporária . . . . . . . . 10

/a IOB Perguntas e RespostasIPICrédito fiscal - Estorno - Revenda de insumos . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Sped - EFD - Crédito fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Sped - EFD - Venda para entrega futura - CST . . . . . . . . . . . . . . . . 12

ICMS/MSContribuinte do imposto - Produtor rural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Mercadoria recebida em retorno - Crédito do imposto . . . . . . . . . . . 12

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : crédito fiscal : estorno.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2191-3

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-05859 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário EXTRA

Anexo à Edição nº 27/2014 MS 1

Mantenha esta folha encartada no Calendário Tributário Estadual para Julho/2014

MATO GROSSO DO SUL

AGENDA DE OBRIGAÇÕES ESTADUAL E MUNICIPAL PARA JULHO/2014 - COMPLEMENTAÇÃO

No Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas Tributário Estadual para julho/2014 de Mato Grosso/Mato Grosso do Sul, nas págs. 3, 4, 5 e 6, não constaram alguns prazos relativos ao recolhimento do ICMS do Estado de Mato Grosso do Sul, haja vista que dependiam de divulgação pelo órgão competente das datas-limite para o recolhimento em relação aos fatos geradores a ocorrerem nos meses de julho e agosto de 2014, que são fixadas bimestralmente pelo Secretário da Fazenda.

Com a publicação da Resolução Sefaz nº 2.560/2014 no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul de 18.06.2014, complementamos a seguir a Agenda de Obrigações para julho/2014.

MATO GROSSO DO SUL

ICMS - PRAZOS DE RECOLHIMENTO

Vencimento Obrigação Fato gerador Histórico Documento/

Formulário Fundamento legal

... ... ... ... ... ...

11Sexta-feira ICMS 1º.07 -

08.07

Regime SemanalRecolhimento do imposto apurado na semana corres-pondente.NotaPeriodicidade de apuração semanal.

DAEMS Resolução Sefaz nº 2.560/2014, item 2

... ... ... ... ... ...

18Sexta-feira ICMS 09.07 -

15.07

Regime SemanalRecolhimento do imposto apurado na semana corres-pondente.NotaPeriodicidade de apuração semanal.

DAEMS Resolução Sefaz nº 2.560/2014, item 2

... ... ... ... ... ...

25Sexta-feira ICMS

1ª Quin-zena/Julho

Substituição tributária - CarvãoRecolhimento do imposto devido pelas operações com carvão (diferença de preço ou peso em relação aos ad-quirentes localizados em outra Unidade da Federação - Termo de acordo).NotaPeriodicidade de apuração quinzenal.

DAEMS Resolução Sefaz nº 2.560/2014, item 6.5

... ... ... ... ... ...

28Segunda-

-feiraICMS 16.07 -

23.07

Regime SemanalRecolhimento do imposto apurado na semana corres-pondente.NotaPeriodicidade de apuração semanal.

DAEMS Resolução Sefaz nº 2.560/2014, item 2

... ... ... ... ... ...

28Segunda-

-feiraICMS

1ª Par-cela/ Julho

Substituição tributária - Gás natural Recolhimento do imposto devido nas operações com gás natural (Decreto nº 10.483/2001) - Operações inter-na e interestadual (código de tributo 336).NotaPeriodicidade de apuração quinzenal.Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)Relativamente às operações com GLP, deverão ser ob-servados os prazos de recolhimento constantes do De-creto nº 9.427/1999, alterados pelos Decretos nºs 9.453, 9.550 e 9.592/1999.

Resolução Sefaz nº 2.560/2014, item 6.2.3

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Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário

2 MS Anexo à Edição nº 27/2014

Solicitamos aos clientes que anotem nas págs. 4, 5 e 6 do Calendário Tributário Estadual de julho/2014 os prazos acima reproduzidos, a fim de mantê-lo atualizado.

Além dessa solicitação em relação aos prazos de recolhimento do ICMS, sugerimos, também, que anotem o valor da UFERMS dos meses de julho e agosto de 2014, divulgado pela Resolução Sefaz nº 2.561/2014 - DOE MS de 18.06.2014.

TRIBUTOS ESTADUAIS - UNIDADE FISCAL ESTADUAL DE REFERÊNCIA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL (UFERMS) - TABELA DE VALORES

MêsAno

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

2000 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80

2001 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 6,80 R$ 7,00 R$ 7,00 R$ 7,00

2002 R$ 7,00 R$ 7,00 R$ 7,00 R$ 7,00 R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,40 R$ 8,40 R$ 8,60 R$ 8,60

2003 R$ 9,00 R$ 9,00 R$ 9,55 R$ 9,55 R$ 9,60 R$ 9,60 R$ 9,60 R$ 9,60 R$ 9,60 R$ 9,60 R$ 9,60 R$ 9,60

2004 R$ 9,70 R$ 9,70 R$ 9,70 R$ 9,70 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,50 R$ 10,50 R$ 10,50 R$ 10,50

2005 R$ 10,80 R$ 10,80 R$ 11,00 R$ 11,00 R$ 11,00 R$ 11,00 R$ 11,30 R$ 11,30 R$ 11,30 R$ 11,30 R$ 11,30 R$ 11,30

2006 R$ 11,30 R$ 11,30 R$ 11,40 R$ 11,40 R$ 11,40 R$ 11,40 R$ 11,40 R$ 11,40 R$ 11,60 R$ 11,60 R$ 11,70 R$ 11,70

2007 R$ 11,90 R$ 11,90 R$ 12,00 R$ 12,00 R$ 12,06 R$ 12,06 R$ 12,10 R$ 12,10 R$ 12,17 R$ 12,17 R$ 12,48 R$ 12,48

2008 R$ 12,70 R$ 12,70 R$ 13,02 R$ 13,02 R$ 13,16 R$ 13,16 R$ 13,56 R$ 13,56 R$ 13,97 R$ 13,97 R$ 13,97 R$ 13,97

2009* R$ 14,13 R$ 14,13 R$ 14,06 R$ 14,06 R$ 13,92 R$ 13,92 R$ 13,96 R$ 13,96 R$ 13,83 R$ 13,83 R$ 13,87 R$ 13,87

2010 R$ 13,87 R$ 13,87 R$ 13,99 R$ 13,99 R$ 14,23 R$ 14,23 R$ 14,56 R$ 14,56 R$ 14,64 R$ 14,64 R$ 14,96 R$ 14,96

2011 R$ 15,35 R$ 15,35 R$ 15,56 R$ 15,56 R$ 15,81 R$ 15,81 R$ 15,89 R$ 15,89 R$ 15,86 R$ 15,86 R$ 16,08 R$ 16,08

2012 R$ 16,21 R$ 16,21 R$ 16,26 R$ 16,26 R$ 16,36 R$ 16,36 R$ 16,68 R$ 16,68 R$ 17,05 R$ 17,05 R$ 17,42 R$ 17,42

2013 R$ 17,46 R$ 17,46 R$ 17,63 R$ 17,63 R$ 17,71 R$ 17,71 R$ 17,77 R$ 17,77 R$ 17,92 R$ 17,92 R$ 18,24 R$ 18,24

2014 R$ 18,40 R$ 18,40 R$ 18,60 R$ 18,60 R$ 19,04 R$ 19,04 R$ 19,13 R$ 19,13

(Resoluções Sefaz nºs 2.518/2013, 2.527/2014, 2.546/2014 e 2.561/2014)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

27-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 MS

IPI

Crédito fiscal - Estorno SUMÁRIO 1. Introdução 2. Hipóteses de estorno 3. Apuração do valor a estornar 4. Escrituração fiscal 5. Produtos não tributados 6. EFD

1. INTRODUçãO

O IPI tem como uma das características a não cumulatividade, sendo permitido ao contribuinte abater no valor devido em cada operação o montante cobrado nas operações anteriores.

A não cumulatividade é efetivada pelo sistema de crédito, atribuído ao contribuinte, do imposto relativo a produtos entrados em seu estabele-cimento, para ser abatido do que for devido pelos produtos dele saídos, em um mesmo período de apuração.

Contudo, podem ocorrer situações em que o crédito deve ser anulado em decorrência de as saídas subsequentes do mesmo produto (ou de outros, resultantes de sua industrialização) do esta-belecimento industrial ou a ele equiparado não serem realizadas com o lançamento do imposto.

Neste texto, veremos as hipóteses em que a legis-lação exige o estorno do crédito fiscal.

(Constituição Federal/1988, art. 153, IV, § 3º, II; RIPI - De-creto nº 7.212/2010, art. 225 e art. 254)

2. HIPóTESES DE ESTORNO

Deverá ser anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do IPI:

a) relativo a insumos (matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem) que tenham sido:a.1) empregados na industrialização, ainda

que para acondicionamento, de produ-tos não tributados, mesmo que se refi-ram a produtos destinados à exportação;

a.2) empregados na industrialização, ainda que para acondicionamento, de produ-tos saídos do estabelecimento industrial com suspensão do imposto, nos seguin-tes casos:a.2.1) produtos resultantes de indus-

trialização (em que o executor da encomenda não tenha utilizado produtos de sua industrialização ou importação), que forem reme-tidos ao estabelecimento de ori-gem e desde que sejam por este destinados a comércio ou a em-prego, como insumo, em nova industrialização que dê origem à saída de produto tributado;

a.2.2) bens do Ativo Permanente (máqui-nas e equipamentos, aparelhos, instrumentos, utensílios, ferramen-tas, gabaritos, moldes, matrizes e semelhantes) remetidos pelo esta-belecimento industrial a outro esta-belecimento da mesma empresa, para serem utilizados no processo industrial do recebedor;

a.2.3) bens do Ativo Permanente reme-tidos pelo estabelecimento in-dustrial a outro estabelecimento, para serem utilizados no proces-so industrial de produtos enco-mendados pelo remetente, desde que devam retornar ao estabele-cimento encomendante, após o

a Federal

O valor do crédito a ser anulado deverá corresponder

àquele lançado por ocasião da respectiva entrada no

estabelecimento do contribuinte

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27-02 MS Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

prazo fixado para a fabricação dos produtos;

a.2.4) partes e peças destinadas ao re-paro de produtos com defeito de fabricação, quando a operação for executada gratuitamente por concessionários ou representan-tes, em decorrência de garantia dada pelo fabricante;

a.3) empregados na industrialização, ainda que para acondicionamento, de produ-tos saídos de estabelecimento produtor com suspensão do IPI determinada pelo art. 44 do RIPI/2010;

NotaO art. 44 do RIPI/2010 dispõe:

“Art. 44. As bebidas alcoólicas e demais produtos de produção nacional, classificados nas posições 2204, 2205, 2206 e 2208 da TIPI, acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo sairão obrigatoriamente com suspensão do imposto dos respectivos estabelecimentos produtores, dos estabelecimentos atacadistas e das coo-perativas de produtores, quando destinados aos seguintes estabelecimentos:

a) industriais que utilizem os produtos mencionados no caput como matéria-prima ou produto intermediário na fabricação de bebidas;

b) atacadistas e cooperativas de produtores; e

c) engarrafadores dos mesmos produtos.”

a.4) empregados na industrialização, ainda que para o acondicionamento, de produ-tos saídos do estabelecimento remetente com suspensão do imposto, em hipóte-ses não consideradas nas letras “a.2” e “a.3”, nos casos em que aqueles produtos ou os resultantes de sua industrialização venham a sair de outro estabelecimento industrial ou a ele equiparado, da mesma empresa, ou de terceiros, não tributados;

Nota

O estorno do crédito de que trata a letra “a.4” não se aplica nas saídas de insumos do estabelecimento industrial com suspensão do IPI, destinados a es-tabelecimento que se dedique, preponderantemente, à elaboração de produ-tos classificados nos Capítulos 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 23 (exceto códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e Ex 01 no código 2309.90.90), 28, 29, 30, 31 e 64, no código 2209.00.00 e nas posições 21.01 a 21.05.00, da TIPI, inclusive aqueles a que corresponde a notação “NT” (não tributados) (RIPI/2010, art. 46, I, e art. 254, § 4º; Lei nº 10.637/2002, art. 29, caput, § 5º).

a.5) empregados nas operações de conser-to, restauração, recondicionamento ou reparo de produtos com defeito de fabri-cação, nas hipóteses em que essas ope-rações não fiquem caracterizadas como de industrialização, descritas no art. 5º, caput, XI e XII, do RIPI/2010;

NotaO art. 5º, XI e XII, do RIPI/2010 dispõe:

“Art. 5º. Não se considera industrialização:

[…]

XI - o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usa-dos, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem assim o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças emprega-das exclusiva e especificamente naquelas operações;

XII - o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive me-diante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante;

[…].”

a.6) vendidos a pessoas que não sejam in-dustriais ou revendedores;

b) relativo a bens de produção que os comer-ciantes equiparados a industrial:b.1) venderem a pessoas que não sejam in-

dustriais ou revendedores;b.2) transferirem para as seções incumbidas

de vender às pessoas indicadas na letra “b.1”; ou

b.3) transferirem para outros estabelecimen-tos da mesma empresa, com a destina-ção mencionada nas letras “b.1” e “b.2”;

c) relativo a produtos de procedência estrangei-ra remetidos pelo importador, diretamente da repartição que os liberou, a outro estabeleci-mento da mesma empresa;

d) relativo a insumos e quaisquer outros produ-tos que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados, ou, ainda, empre-gados em outros produtos que tenham tido a mesma sorte;

e) relativo a insumos empregados na fabricação de produtos que retornem ao estabelecimento remetente com direito ao crédito, nos casos de devolução ou de retorno, e não devam ser ob-jeto de nova saída tributada; e

f) relativo a produtos devolvidos, na forma do art. 231, caput, I, do RIPI/2010.

(Lei nº 10.637/2002, art. 29, caput, § 5º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; RIPI/2010, art. 5º, caput, XI e XII, art. 43, caput, VII, XI, XII e XIII, art. 44, art. 46, caput, I, art. 231, caput, I, e art. 254, caput, §§ 2º e 4º)

3. APURAçãO DO vALOR A ESTORNAR

O valor do crédito a ser anulado deverá corres-ponder àquele lançado por ocasião da respectiva entrada no estabelecimento do contribuinte.

Contudo, nas hipóteses de que tratam as letras “a”, “b”, “d” e “e” do item 2, havendo mais de uma aquisição de produtos e não sendo possível determinar aquela a que corresponde o estorno do imposto, este será calculado com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, art. 254, § 1º)

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27-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

4. ESCRITURAçãO FISCAL

O valor apurado a título de estorno deve ser lan-çado diretamente no livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, no item “010 - Estorno de créditos”, com descrição resumida do fato que deu origem ao estorno.

(RIPI/2010, art. 477, caput)

4.1 Momento do estorno

O lançamento do estorno deve ser feito no pe-ríodo de apuração em que ocorrer ou se verificar o fato determinante da anulação, ou dentro de 20 dias, se o estabelecimento obrigado à anulação não for contribuinte do imposto.

Em caso de estorno de crédito efetuado fora do prazo, isto é, fora do período de apuração do fato determinante da anulação e que resulte em saldo devedor, a ele serão acrescidos os seguintes encar-gos legais provenientes do atraso:

a) juros de mora equivalentes à Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulada mensalmente, calculados a partir do 1º dia do mês subsequente ao do ven-cimento até o último dia do mês anterior ao pa-gamento e de 1% no mês do pagamento; e

b) multa de mora, calculada a partir do 1º dia subsequente ao do vencimento, à taxa de 0,33% por dia de atraso, limitada a 20%.

(RIPI/2010, art. 254, §§ 5º e 6º, art. 553 e art. 554)

5. PRODUTOS NãO TRIBUTADOS

Os estabelecimentos recebedores de matérias--primas (MP), produtos intermediários (PI) e materiais de embalagem (ME) que, na hipótese da letra “a.4” do item 2, derem saída a produtos não tributados, deverão comunicar o fato ao remetente, no mesmo período de apuração do imposto para que, no período seguinte, seja por aquele efetuado o estorno.

(RIPI/2010, art. 254, § 3º)

6. EFD

Os contribuintes do IPI devem observar as dispo-sições contidas no Convênio ICMS nº 143/2006 e no Ajuste Sinief nº 2/2009, relativamente à Escrituração Fiscal Digital (EFD), além de outros atos que disci-plinam a matéria, tais como o Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que dispõe sobre as especificações técnicas para a geração de arquivos da EFD, e os arts. 453 a 455 do RIPI/2010.

A EFD substitui a escrituração e impressão dos seguintes livros fiscais:

a) Registro de Entradas;b) Registro de Saídas;c) Registro de Inventário;d) Registro de Apuração do IPI;e) Registro de Apuração do ICMS; f) documento Controle de Crédito de ICMS do Ati-

vo Permanente (Ciap), modelos “C” ou “D”; eg) Registro de Controle da Produção e do Esto-

que.

É importante observar que a escrituração do livro referido na letra “g” será obrigatória, apenas, a partir de:

a) 1º.01.2015, para os contribuintes relacionados em protocolo ICMS celebrado entre as admi-nistrações tributárias das Unidades da Fede-ração e a RFB; e

b) 1º.01.2016, para os demais contribuintes.

Por outro lado, a cláusula vigésima segunda do Ajuste Sinief nº 2/2009 dispõe que se aplicam à EFD, no que couberem:

a) as normas do Convênio Sinief s/nº de 15.12.1970;

b) a legislação tributária nacional e de cada Uni-dade da Federação, inclusive no que se refere à aplicação de penalidades por infrações;

c) as normas do Ajuste Sinief nº 8/1997, o qual instituiu o documento destinado ao Ciap.

Para a apuração do IPI, deverão ser observadas as orientações constantes do Guia Prático da EFD, espe-cialmente quanto à utilização dos seguintes registros:

a) registro E500: período de apuração do IPI. Este registro deve ser apresentado pelos es-tabelecimentos industriais ou equiparados, conforme dispõe o Regulamento do IPI, para identificação do(s) período(s) de apuração. O(s) período(s) informado(s) deve(m) abran-ger todo o período previsto no registro 0000;

b) registro E510: consolidação dos valores do IPI. Este registro deve ser preenchido com os valores consolidados do IPI, de acordo com o período informado no registro E500, toman-do-se por base as informações prestadas no registro C170 ou, nos casos de Notas Fiscais Eletrônicas de emissão própria, no registro C100. A consolidação se dará pela sumari-zação do valor contábil, da base de cálculo e do imposto relativo a todas as operações,

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27-04 MS Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

conforme a combinação de CFOP e Código da Situação Tributária do IPI (CST_IPI). As in-formações oriundas dos itens dos documentos fiscais - registro C170 ou do documento NF-e de emissão própria - serão consideradas no período de apuração mensal, conforme preen-chimento do campo “IND_APUR. Chave do re-gistro: CFOP e CST_IPI”;

c) registro E520: apuração do IPI. Este registro deve ser preenchido para demonstração da apuração do IPI no período;

d) registro E530: ajustes da apuração do IPI. Este registro deve ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos “Outros Débi-tos” e “Outros Créditos” do registro E520; e

e) registro E990: encerramento do bloco E. Este registro destina-se a identificar o encerramen-to do bloco “E” e a informar a quantidade de linhas (registros) existentes no bloco.

(Ajuste Sinief nº 8/1997; Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Convênio Sinief s/nº de 1970; Convênio ICMS nº 143/2006; RIPI/2010, arts. 453 a 455; Guia Prático da EFD--ICMS/IPI, versão 2.0.14, registro E500)

6.1 Estorno de crédito

O lançamento do estorno de crédito será feito mediante o preenchimento do registro E520 - Apuração do IPI (veja letra “c” do item 6) -, número 05 - “VL _OD_IPI” - IPI - Valor de “Outros Débitos” do IPI (inclusive estornos de créditos), conforme reprodução do quadro a seguir:

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

05 VL_OD_IPI Valor de “Outros Débitos” do IPI (inclusive estornos de créditos) N - 02 O

Além do registro E520, deverá ser preenchido também o registro E530 (veja letra “d” do item 6) para a descrição do valor lançado a título de estorno, conforme reprodução do quadro a seguir:

REGISTRO E530: AJUSTES DA APURAÇÃO DO IPI

Este registro deve ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos” do registro E520.

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo “E530” C 004 - O

02 IND_AJIndicador do tipo de ajuste:0 - Ajuste a débito;1 - Ajuste a crédito.

C 001* - O

03 VL_AJ Valor do ajuste N - 02 O

04 COD_AJ Código do ajuste da apuração, conforme a Tabela indicada no item 4.5.4 C 003* O

05 IND_DOC

Indicador da origem do documento vinculado ao ajuste:0 - Processo judicial;1 - Processo administrativo;2 - PER/DCOMP;9 - Outros.

C 001* - OC

06 NUM_DOC Número do documento/processo/declaração ao qual o ajuste está vinculado, se houver C - - OC

07 DESCR_AJ Descrição detalhada do ajuste, com citação dos documentos fis-cais C - - O

Observações:

Nível hierárquico - 4

Ocorrência - 1:N por Período

Campo 01 - Valor válido: [E530]

Campo 02 - Valores válidos: [0, 1]

Campo 03 - Preenchimento: informar o valor dos ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos” que não constam dos documentos fiscais, exceto no caso de transferência de crédito de IPI, conforme o disposto na Instrução Normativa SRF nº 600/2005.

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27-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Campo 04 - Validação: o valor informado no campo deve existir na Tabela de Ajustes da Apuração IPI, publicada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB (Instrução Normativa RFB nº 932, de 14.04.2009, atualizada pela Instrução Normativa RFB nº 1.009/2010).

Código Descrição Natureza (*) Detalhamento

001 Estorno de débito C Valor do débito do IPI estornado

002 Crédito recebido por transferência C Valor do crédito do IPI recebidos por transferência, de outro(s) estabelecimento(s) da mesma empresa

010Crédito Presumido de IPI - Ressarcimento do PIS/Pasep e da Cofins - Lei nº 9.363/1996 C

Valor do crédito presumido de IPI decorrente do ressarcimento do PIS/Pasep e da Cofins nas operações de exportação de produtos industrializados (Lei nº 9.363/1996, art. 1º)

011Crédito Presumido de IPI -Ressarcimento do PIS/Pasep e daCofins - Lei nº 10.276/2001

CValor do crédito presumido de IPI decorrente do ressarcimento do PIS/Pasep e da Cofins nas operações de exportação de produtos industrializados (Lei nº 10.276/2001, art. 1º)

012Crédito Presumido de IPI -Regiões incentivadas - Lei nº9.826/1999

CValor do crédito presumido relativo ao IPI incidente nas saídas, do estabelecimento industrial, dos produtos classificados nas posições 8702 a 8704 da Tipi (Lei nº 9.826/1999, art. 1º)

013

Crédito Presumido de IPI - Frete- Medida Provi-sória nº 2.158/2001

C

Valor do crédito presumido de IPI relativamente à parcela do fre-te cobrado pela prestação do serviço de transporte dos produtos classificados nos códigos 8433.53.00, 8433.59.1, 8701.10.00, 8701.30.00, 8701.90.00, 8702.10.00 Ex 01, 8702.90.90 Ex 01, 8703, 8704.2, 8704.3 e 87.06.00.20, da TIPI (MP nº 2.158/2001, art. 56)

019 Crédito Presumido do IPI - Outros C Outros valores de crédito presumido do IPI098 Créditos decorrentes de medida judicial C Valores de crédito do IPI decorrentes de medida judicial099 Outros créditos D Valor de outros créditos do IPI101 Estorno de crédito D Valor do crédito do IPI estornado102 Transferência de crédito D Valor do crédito do IPI estornado103 Ressarcimento/compensação de créditos do IPI D Valor do crédito do IPI, solicitado junto à RFB/MF199 Outros débitos D Valor de outros débitos do IPI

(*) Natureza: “C” - Crédito; “D” - Débito

Campo 05 - Valores válidos: [0, 1, 2, 9]

Campo 07 - Preenchimento: informar a descrição resumida do ajuste, incluindo, se for o caso, o período a que se refere o ajuste, especialmente quando se tratar de períodos de apuração anteriores.

(Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.14, registros E520 e E530)

N

a EstadualICMS

Substituição tributária - Regras gerais SUMÁRIO 1. Introdução 2. Regime de substituição tributária 3. Base de cálculo 4. Obrigações do contribuinte substituto 5. Prazos de recolhimento 6. Penalidades

1. INTRODUçãO

O regime de substituição tributária, em geral, é estabelecido entre as Unidades da Federação, por

meio de convênios ou protocolos, para determinada mercadoria nas operações interestaduais, ou seja, as vendas de mercadorias sofrem a antecipação do imposto pelo remetente da mercadoria.

A antecipação do ICMS pelo remetente das mercadorias, que se refere às operações de saídas internas subsequentes, acaba com a exigência tributária do contribuinte do Estado destinatário das mercadorias.

O regime de substituição tributária é recepcio-nado, ou seja, é incluído na legislação tributária por ato normativo da autoridade competente no Estado, que adotará as regras para a aplicação do regime.

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27-06 MS Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Neste procedimento, veremos as regras gerais do regime de substituição tributária.

2. REGIME DE SUBSTITUIçãO TRIBUTÁRIA

O regime de substituição tributária é aplicado nas operações de circulação interna de mercadorias, referente às saídas subsequentes realizadas por esta-belecimentos distribuidores, atacadistas ou varejistas do Estado destinatário.

As mercadorias que sofrem a aplicação das regras do regime de substituição tributária são as seguintes:

- açúcar de cana;- água mineral, gasosa ou não, ou água potável,

natural;- água gaseificada ou aromatizada artificial-

mente;- aguardente;- aparelhos de barbear;- aparelhos celulares e cartões inteligentes;- bebidas alcoólicas;- bebidas quentes;- café torrado ou torrado e moído;- caixa-d’água, cumeeira e telhas de cimento,

amianto, fibrocimento, polietileno e fibra de vi-dro, inclusive suas tampas;

- câmara de ar;- cerveja e chope;- cigarro, charuto, cigarrilha, fumo, papel e pa-

lha para cigarro e artigos correlatos;- cimento de qualquer espécie;- cosméticos em geral;- preparações solares e antissolares;- farinha de trigo de qualquer espécie e em

qualquer embalagem, inclusive pré-misturas para pães e bolos;

- filme fotográfico e cinematográfico e slide;- gelo;- isqueiros de bolso, a gás, não recarregáveis;- lâmina de barbear;- lâmpada elétrica e eletrônica, reator e starter;- leite longa vida e leite tipos A e B;- luvas cirúrgicas e luvas de procedimento;- medicamentos;- óleo comestível de qualquer espécie;- pilhas e baterias de pilha, acumuladores elé-

tricos;

- pneumáticos;- rações tipo pet;- refrigerantes, incluídas as bebidas hidroeletro-

líticas (isotônicas) e energéticas;- sorvetes de qualquer espécie, inclusive san-

duíches de sorvetes;- preparados para a fabricação de sorvete em

máquina;- telha e tijolos cerâmicos oriundos de outra Uni-

dade da Federação;- tintas, vernizes e outros;- veículos automotores terrestres novos;- veículos de 2 rodas motorizados novos;- vinhos e sidras.

Notas

(1) Aplica-se, também, o regime da substituição tributária nas opera-ções com:

a) energia elétrica, hipótese em que o substituto tributário é responsá-vel pelo pagamento do ICMS desde a produção ou importação até a última operação;

b) álcool combustível, gás liquefeito de petróleo (GLP) e óleo diesel, cuja legislação é específica para a prática da substituição tributária.

(2) Os veículos novos estão classificados de acordo com a Nomencla-tura Comum do Mercosul (NCM).

(3) Para efeito da substituição, deverão ser observadas as peculiarida-des de cada operação.

(RICMS-MS/1998, Anexo III, Subanexo Único)

3. BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo para a prática da antecipação do imposto sob o regime da substituição tributária será:

a) o preço final, máximo ou único, fixado por ór-gão público competente;

b) o preço sugerido pelo fabricante ou importa-dor e adotado, rotineiramente, pelos reven-dedores varejistas do respectivo produto, ou o preço marcado ou fixado pelo fabricante ou importador;

c) o valor obtido pelo somatório das seguintes parcelas:c.1) valor da operação própria realizada pelo

substituto tributário ou pelo substituído in-termediário (que também pratica a anteci-pação do imposto no lugar do substituto tributário) ou, se for o caso, pelo remetente não qualificado como substituto tributário;

c.2) valor correspondente ao montante de se-guro, frete e outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes de mer-cadorias ou tomadores de serviço;

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27-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c.3) margem de valor agregado (MVA), inclu-sive lucro, relativa às operações subse-quentes, obtida mediante a aplicação do percentual constante do Subanexo Único do Anexo III do RICMS/MS.

Nota

No caso em que o valor da soma das letras “c.1” e “c.2” for igual ou inferior a 80% do valor constante da pauta fiscal, deverá ser considerado o valor mínimo da referida pauta.

(RICMS-MS/1998, Anexo III, art. 3º)

3.1 Bases de cálculo específicas

3.1.1 Medicamentos

Sobre a base de cálculo identificada nos termos do tópico 3, aplica-se a alíquota interna adequada à mercadoria ou prestação ou, no caso de prestação interestadual, a alíquota correspondente.

(RICMS-MS/1998, Anexo III, art. 4º)

3.1.2 Produtos de toucador

No caso de operações com xampu, creme de barbear, cosméticos em geral, desodorante, esmalte de unha, perfume, colônia, produtos de toucador, compreendidos nos códigos 3303, 3304, 3305, 3306, 3307.10, 3307.20, 3307.30, 6704, 9603.2 e 9605 da NBM/SH, removedor de cutícula e talco, a base de cálculo do imposto é, sucessivamente:

a) o valor correspondente ao preço máximo de venda a consumidor sugerido ao público pelo estabelecimento industrial (PMC catálogo);

b) o preço notoriamente praticado pelos estabe-lecimentos varejistas locais.

Inexistindo os preços mencionados nas letras “a” e “b”, a base de cálculo será obtida tomando-se por base o montante formado pelo preço praticado pelo remetente nas operações com o comércio varejista, neste preço incluídos o valor do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados, o frete e/ou carreto até o esta-belecimento varejista e demais despesas cobradas ou debitadas ao destinatário, adicionada a parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual indicado no RICMS-MS/1998, Anexo III, Subanexo Único, para os respectivos produtos.

Na celebração de termo de acordo com a Secre-taria de Estado de Fazenda, pode ser prevista uma redução de até 35% no preço mencionado na letra “a”, mediante o cumprimento das condições de incremento dos recolhimentos estabelecidas no respectivo termo.

Existindo o preço máximo de venda a consumidor sugerido ao público pelo estabelecimento industrial de que trata a letra “a”, não se aplica a mencionada redução de até 35%, hipótese em que o referido preço prevalece como base de cálculo.

Quando ocorrer a redução de até 35%, se o preço constante na nota fiscal emitida pelo remetente, com-parativamente com os preços praticados no mercado, evidenciar a prática de subfaturamento, a parcela a ser adicionada ao valor, para a obtenção da base de cálculo, é a resultante da aplicação, sobre ele, do percentual de 150%.

(RICMS-MS/1998, Anexo III, art. 5º)

3.1.3 Energia elétrica

A base de cálculo do ICMS devido pelas empre-sas distribuidoras de energia elétrica é o valor da operação da qual decorra a entrega do produto ao consumidor.

(RICMS-MS/1998, Anexo III, art. 6º)

3.2 Cálculo do imposto - Exemplo

Para melhor elucidar o tema abordado, tomamos como exemplo uma empresa mercantil de sorvetes, sediada no Estado de São Paulo, que vendeu R$ 1.000,00 em sorvetes para uma empresa estabelecida em Mato Grosso do Sul.

Consideradas as informações mencionadas e a aplicação da alíquota interna de 17%, podemos exemplificar o cálculo de uma operação com sorvete, com MVA de 70%.

Valendo-nos da base de cálculo mencionada no tópico 3, com valores hipotéticos, teremos:

a) valor da operação própria - R$ 1.000,00;

b) valor do seguro, frete etc. - R$ 110,00;

c) margem de valor agregado - 70%;

d) base de cálculo - R$ 1.887,00;

e) cálculo da substituição tributária - R$ 320,79;

f) ICMS da operação própria - R$ 77,77;

g) ICMS devido na substituição tributária - R$ 243,02.

O ICMS da substituição tributária, assim definido, será recolhido por meio de Guia Nacional de Reco-lhimento de Tributos Estaduais (GNRE), conforme modelo a seguir:

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27-08 MS Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

4. OBRIGAçÕES DO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO

O contribuinte substituto localizado em outra Uni-dade da Federação somente poderá reter o imposto devido referente às operações subsequentes em território sul-mato-grossense depois de credenciado para esse fim, mediante inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado de Mato Grosso do Sul.

(RICMS-MS/1998, Anexo III, art. 16, caput)

4.1 Procedimentos para a inscrição cadastral do contribuinte substituto tributário

Para a inscrição cadastral do contribuinte substi-tuto, deverá ser apresentada na Secretaria da Fazenda de Mato Grosso do Sul a seguinte documentação:

a) pedido de inscrição no cadastro de contribuin-tes, na condição de substituto tributário, indi-cando:a.1) o nome, a qualificação civil e o CPF dos

sócios ou diretores responsáveis pela empresa;

a.2) a atividade exercida e o capital social atualizado;

a.3) o nome do contador ou da pessoa autori-zada a dar informações e seu endereço, telefone e fax ou e-mail;

b) cópia dos atos constitutivos e da sua última al-teração;

c) cópia do documento de inscrição no CNPJ;

d) cópia de inscrição no Estado onde estiver do-miciliado;

e) registro ou autorização de funcionamento ex-pedido por órgão competente pela regulação do respectivo setor de atividade econômica;

f) Declaração do Imposto de Renda dos sócios nos 3 últimos exercícios;

g) outros documentos ou informações, a critério do Superintendente de Administração Tributá-ria.

(RICMS-MS/1998, Anexo III, art. 16, § 1º)

5. PRAZOS DE RECOLHIMENTO

Os prazos para o recolhimento do imposto apu-rado sob o regime da substituição tributária são defi-nidos em convênios ou protocolos ou em calendário fiscal divulgado pela Secretaria da Fazenda de Mato Grosso do Sul.

(RICMS-MS/1998, Anexo III, art. 14, I)

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27-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

6. PENALIDADES

Quando o contribuinte descumprir as regras contidas na legislação do imposto, ficará sujeito às sanções impostas pela legislação tributária. Assim, destacamos as seguintes:

a) no caso de falta de pagamento do impos-to cujas operações, inclusive aquisições ou prestações, estejam submetidas ao regime de substituição tributária, será aplicada multa equivalente a 150% do valor do imposto devi-do;

b) quando ocorrer falta de registro de documento relativo à entrada de mercadoria ou bem no

estabelecimento ou aquisição de sua proprie-dade, ou, ainda, ao recebimento de serviço, quando já escrituradas as operações ou pres-tações do período a que se refira, o contri-buinte estará sujeito à aplicação de multa equi-valente a 10% do valor da operação ou pres-tação constante no documento e, tratando-se de operações ou prestações não tributadas ou com o imposto retido ou recolhido pelo regime de substituição tributária, multa equivalente a 1% do valor da operação ou prestação.

(RICMS-MS/1998, art. 119, I, “e”, V, “a”)

N

a IOB Setorial

FEdERAl

Petroleiro - Incentivos fiscais - Repetro - Aplicabilidade

O setor petroleiro prevê um investimento de R$ 30 bilhões em pesquisa científica para o desenvolvi-mento nos próximos 10 anos, anunciou recentemente a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O setor é legalmente obrigado a investir 1% de todo o seu faturamento em projetos de pesquisa e desenvolvimento. O valor previsto se baseia nos

resultados do cálculo de produção informado pelas petrolíferas à agência reguladora.

A ANP afirmou que em 2020 será registrada a maior obrigação de investimentos destinados a pes-quisa científica, estimados em R$ 4 bilhões.

Segundo a ANP, o crescimento pode ser expli-cado pelo início da produção nos campos do pré-sal.

Na esfera tributária, o Governo federal disciplina o Regime Aduaneiro Especial de Exportação e de Importação de Bens Destinados às Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural (Repetro) definido pelo art. 6º da Lei

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27-10 MS Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

nº 9.478/1997, em conformidade com a legislação aduaneira e, em especial, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.415/2013.

O Repetro aplica-se também na exportação e na importação de bens destinados às atividades de pesquisa e lavra, de que trata a Lei nº 12.276/2010, e às atividades de exploração, avaliação, desenvolvi-mento e produção, de que trata a Lei nº 12.351/2010.

Esse regime admite a possibilidade, conforme o caso, de utilização dos seguintes tratamentos adua-neiros:

a) exportação, sem que tenha ocorrido a saída do bem do território aduaneiro e posterior aplicação do regime aduaneiro especial de admissão temporária, no caso de bens de fa-bricação nacional, vendidos a pessoa jurídica domiciliada no exterior;

b) exportação, sem que tenha ocorrido a saída do bem do território aduaneiro, no caso de par-tes e peças de reposição destinadas a bens já admitidos no regime de admissão temporária;

c) importação, sob o regime de drawback, na modalidade de suspensão, de matérias-pri-mas, de produtos semielaborados ou acaba-dos e de partes ou peças para utilização na fabricação de bens a serem exportados; e

d) importação, sob o regime de admissão tempo-rária, de bens desnacionalizados procedentes do exterior ou estrangeiros, com suspensão total do pagamento de tributos.

A aplicação do Repetro abrange somente:

a) os bens relacionados no Anexo I à Instrução Normativa RFB nº 1.415/2013; e

b) as máquinas e os equipamentos, inclusive so-bressalentes, as ferramentas e os aparelhos

e outras partes e peças, inclusive os destina-dos a proteção do meio ambiente, salvamento, prevenção de acidentes e combate a incên-dios, desde que utilizados para garantir a ope-racionalidade dos bens referidos na letra “a” anterior, ou necessários ao cumprimento de outras exigências normativas para as ativida-des alcançadas pelo regime em referência.

Na hipótese da letra “b”, é vedada a aplicação do regime aos bens:

a) de valor aduaneiro unitário inferior a US$ 25.000,00 (vinte e cinco mil dólares dos Esta-dos Unidos da América);

b) cuja função principal seja o transporte de pes-soas, transporte de petróleo, gás ou outros hi-drocarbonetos fluidos; ou

c) de uso pessoal.

Para efeito de aplicação da regra citada na letra “b” anterior, considera-se transporte de petróleo, gás e outros hidrocarbonetos fluidos a sua movimentação em meio ou percurso considerado de interesse geral, conforme disposto no inciso VII do art. 6º da Lei nº 9.478/1997.

Os bens submetidos à admissão temporária em Repetro deverão ter utilização econômica exclusiva-mente nos locais indicados nos contratos de conces-são, autorização, cessão ou partilha de produção.

O Repetro não se aplica à entrada no território aduaneiro de bens objeto de contrato de arrenda-mento mercantil financeiro, conforme normas do Banco Central do Brasil (Bacen).

(Lei nº 9.478/1997, art. 6º; Lei nº 12.276/2010; Lei nº 12.351/2010; Instrução Normativa RFB nº 1.415/2013, arts. 1º a 3º, Anexo I)

N

a IOB Comenta

ESTAduAl

Município de Campo Grande institui a NFS-e Temporária

O Decreto nº 7.571/1997 relacionou e oficializou modelos de livros fiscais, de documentos fiscais e de formulários utilizados pelos contribuintes do Município

de Campo Grande. Acessando a norma da década de 90, é perceptível a quantidade de documentos em papel abordados nela, contudo, com a informatização das obrigações fiscais, tal norma passou a tratar também das obrigações eletrônicas, como é o caso da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) e a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica Temporária (NFS-e Temporária), inserida com a publicação do Decreto nº 12.371/2014 e que se trata de um regime especial.

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27-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

A legislação municipal dispõe que, quando o sujeito passivo deixar, reiteradamente, de cumprir as obrigações fiscais, a autoridade fiscal poderá impor-lhe regime especial para cumprimento dessas obrigações. Tal regime constará das regras que forem necessárias para compelir o sujeito passivo à obser-vância da legislação municipal.

Ressalta-se, ainda, que o despacho que con-ceder regime especial esclarecerá quais as normas específicas a serem observadas pelo sujeito passivo, advertindo ainda que o regime poderá ser, a qualquer tempo e a critério do Fisco, alterado ou suspenso, quando não forem cumpridas as normas anterior-mente concedidas.

Portanto, foi instituída a NFS-e Temporária, em regime especial. Assim, terá de emitir a NFS-e Temporária o sujeito passivo que deixar, reiterada-mente, de cumprir com as obrigações fiscais.

A NFS-e Temporária é o documento fiscal emitido e armazenado eletronicamente em software próprio do Município de Campo Grande/MS, com o objetivo de materializar os fatos geradores do ISS. Essa nota eletrônica será concedida ao contribuinte irregular com sua obrigação principal cujo procedimento e o prazo de inadimplência será definido em ato do Secretário Municipal da Receita.

Por fim, a NFS-e Temporária é gerada eletroni-camente em ordem sequencial e juntamente com a respectiva guia de recolhimento do imposto, ressal-tando que os contribuintes enquadrados no Simples Nacional não estão autorizados a emitir o documento temporário.

(Lei Complementar nº 59/2003, art. 86; Decreto nº 12.371/2014, art. 1º, caput e §§ 1º, 2º, 3º, 4º e 7º)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IPI

Crédito fiscal - Estorno - Revenda de insumos

1) Na revenda de insumos a usuários finais não contribuintes, o estabelecimento industrial deve estor-nar o crédito do IPI?

Sim. O estabelecimento industrial que revender insumos (matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagens) a pessoas que não sejam industriais ou revendedores deve estornar o crédito do IPI escriturado por ocasião da entrada desses insumos no estabelecimento.

Se houver mais de uma aquisição e for impossível identificar a nota fiscal relativa aos insumos, o contri-

buinte deve calcular o valor a estornar com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, art. 254, caput, I, “f”, § 1º)

Sped - EFD - Crédito fiscal

2) Como registrar crédito do IPI na aquisição de insumos, fornecidos por comerciante atacadista não contribuinte, calculado pelo adquirente mediante a aplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto sobre 50% do seu valor?

A nota fiscal, sem destaque do IPI, deve ser lançada no registro C100 e filhos, normalmente, e o crédito deve ser apropriado por meio de ajuste no registro E530.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, Anexo Único; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.14, registros C100 e E530)

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27-12 MS Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Sped - EFD - Venda para entrega futura - CST

3) Quais os Códigos de Situação Tributária (CST) do IPI a serem utilizados nas operações de venda para entrega futura quando da emissão das notas fiscais de “simples faturamento” e de “remessa”, considerando que houve destaque do IPI na nota fiscal de simples faturamento?

Deverá ser indicado o CST do IPI na nota fiscal de “simples faturamento” como 50 (Saída Tributada) e na nota fiscal de “remessa” como 99 (Outras Saídas).

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, Anexo Único; Instrução Nor-mativa RFB nº 1.009/2010, Anexo Único, Tabela I)

ICMS/MS

Contribuinte do imposto - Produtor rural

4) O produtor rural pessoa física é considerado contribuinte do imposto?

Sim. O produtor rural é considerado contribuinte do ICMS e, como tal, deve se inscrever no Cadastro da Agropecuária (CAP).

(RICMS-MS/1998, art. 43, § 2º, I)

Mercadoria recebida em retorno - Crédito do imposto

5) Estabelecimento que receber, em retorno, mer-cadorias recusadas pelo destinatário poderá creditar--se do imposto?

Sim. O estabelecimento que receber, em retorno, mercadorias recusadas pelo destinatário poderá creditar-se do imposto que incidiu por ocasião da saída, devendo, para tanto:

a) emitir nota fiscal relativa à entrada, com men-ção dos dados identificativos do documento fiscal original, lançando-a no livro Registro de Entradas e consignando os respectivos valo-res nas colunas “ICMS Valores Fiscais - Ope-rações com Crédito do Imposto”;

b) manter arquivada a 1ª via da nota fiscal emiti-da por ocasião da saída, a qual deverá conter anotações, no verso, efetuadas pelo destinatá-rio ou pelo transportador, sobre o motivo pelo qual não foi entregue a mercadoria;

c) anotar a ocorrência na via presa ao bloco ou documento equivalente;

d) exibir ao Fisco, quando exigidos, todos os ele-mentos, inclusive contábeis, comprobatórios de que a importância eventualmente debitada ao destinatário não foi recebida.

(RICMS-MS/1998, art. 226)