industrialização por encomenda

41
ÍNDICE ICMS ........................................................................................ 3 Industrialização – Tratamento Fiscal Diferencial de Alíquota Devido por ME e EPP Optantes pelo SIMPLES Nacional IPI .............................................................................................. 24 Selo de Controle – Produtores, Engarrafadores, Cooperativas de Produtores, Estabelecimentos Comerciais Atacadistas e Importadores de Bebidas Alcoólicas – Tratamento Fiscal Legislação do IPI – Destaques quanto à Aplicação da Lei nº 12.715/12 ISS – Município de São Paulo ....................................... 31 Franquia (Franchising) Jurisprudência e Outros ................................................. 34 Superior Tribunal de Justiça (STJ) ICMS – Deslocamento de Bens do Ativo Permanente ou de Uso e Consumo entre Estabelecimentos – Obrigações Acessórias Consultoria Cenofisco ..................................................... 35 ICMS – Antidumping – Importação – Base de Cálculo ICMS – Serviço de Transporte – Mercadorias Destinadas à Exportação – Isenção do Imposto Comex Aduaneiras ............................................................ 36 Controles Prévios ao Registro da DI continua Destaques ICMS O propósito deste trabalho é analisar, especificamente, o tratamento fiscal aplicável às operações de industria- lização por encomenda. Procedimentos relativos ao recolhimento da diferença entre a alíquota interna e a interestadual, nas aquisições de mercadorias de outros Estados e do Distrito Federal, por ME e EPP optantes pelo SIMPLES Nacional. IPI Trabalho com esclarecimentos sobre os principais aspectos fiscais relacionados com os selos de con- trole a serem utilizados pelos contribuintes produtores, engarrafadores, cooperativas de produtores, estabe- lecimentos comerciais atacadistas e importadores de bebidas alcoólicas. ISS Comentários acerca dos aspectos fiscais relativos à incidência do ISS no Município de São Paulo, na prestação de serviços de franquia (franchising). Cleuza Marchi Teixeira Kelly Luciene dos Santos Fernandes Klayton Teixeira Turrin Marianita Ribeiro Diniz Sebastião Guedes de Araújo Cenofisco BD Legislação Com segurança e confiabilidade nas informações, o Cenofisco disponibiliza, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas federais do País com atualização diária, moderno sistema de pesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia. Acesse www.cenofisco.com.br e confira agora este benefício. ICMS • IPI • ISS Outros e Legislação SP 41

Upload: jose-r-m-santana

Post on 31-Dec-2015

261 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: industrialização por encomenda

ÍNDICE

ICMS ........................................................................................ 3

• Industrialização – Tratamento Fiscal

• Diferencial de Alíquota Devido por ME e EPP Optantes pelo

SIMPLES Nacional

IPI .............................................................................................. 24

• Selo de Controle – Produtores, Engarrafadores, Cooperativas de

Produtores, Estabelecimentos Comerciais Atacadistas e

Importadores de Bebidas Alcoólicas – Tratamento Fiscal

• Legislação do IPI – Destaques quanto à Aplicação da Lei nº 12.715/12

ISS – Município de São Paulo ....................................... 31

• Franquia (Franchising)

Jurisprudência e Outros ................................................. 34

• Superior Tribunal de Justiça (STJ)

ICMS – Deslocamento de Bens do Ativo Permanente ou de Uso e

Consumo entre Estabelecimentos – Obrigações Acessórias

Consultoria Cenofi sco ..................................................... 35

• ICMS – Antidumping – Importação – Base de Cálculo

• ICMS – Serviço de Transporte – Mercadorias Destinadas à

Exportação – Isenção do Imposto

Comex Aduaneiras ............................................................ 36

• Controles Prévios ao Registro da DI

continua

DestaquesICMS• O propósito deste trabalho é analisar, especifi camente,

o tratamento fi scal aplicável às operações de industria-lização por encomenda.

• Procedimentos relativos ao recolhimento da diferença entre a alíquota interna e a interestadual, nas aquisições de mercadorias de outros Estados e do Distrito Federal, por ME e EPP optantes pelo SIMPLES Nacional.

IPI• Trabalho com esclarecimentos sobre os principais

aspectos fi scais relacionados com os selos de con-trole a serem utilizados pelos contribuintes produtores, engarrafadores, cooperativas de produtores, estabe-lecimentos comerciais atacadistas e importadores de bebidas alcoólicas.

ISS• Comentários acerca dos aspectos fi scais relativos

à incidência do ISS no Município de São Paulo, na prestação de serviços de franquia (franchising).

Cleuza Marchi TeixeiraKelly Luciene dos Santos Fernandes

Klayton Teixeira TurrinMarianita Ribeiro Diniz

Sebastião Guedes de Araújo

Cenofi sco BD Legislação

Com segurança e confi abilidade nas informações, o Cenofi sco disponibiliza, inteiramente grátis, o mais completo acervo de normas federais do País com atualização diária, moderno sistema de pesquisa (por número, assunto e data) e normas legais do dia.Acesse www.cenofi sco.com.br e confi ra agora este benefício.

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

41

Page 2: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

2 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Manual de procedimentos : ICMS, IPI, ISS, outros e legislação, SP. – – Curitiba, PR : Cenofi sco Editora, 2006.

ISBN 85-7569-027-2

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – Leis e legislação – São Paulo 2. Imposto sobre Produtos Industrializados – Leis e legislação – São Paulo 3. Imposto sobre Serviços – Leis e legislação – São Paulo 4. Tributos – Leis e Legislação – São Paulo

I. Título: ICMS, IPI, ISS, outros e legislação, SP.

06-9525 CDU-34:336.2 (816.1)

Índices para catálogo sistemático :

1. São Paulo : Direito fi scal 34:336.2 (816.1)

ÍNDICE – CONTINUAÇÃO

• SIMPLES Nacional– Resolução CGSN nº 101/12

Alteração na Legislação– Resolução CGSN nº 102/12

Regimento Interno do Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Alteração na Legislação

• Tributos e Contribuições Federais– Lei nº 12.715/12

Alterações na Legislação (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores; Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações; Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional; Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica; Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Defi ciência; Programa Um Computador por Aluno; Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores)

– Medida Provisória nº 582/12Alterações na Legislação

• Tributos Federais– Ato Declaratório Executivo CODAC nº 90/12

Códigos de Receita – Instituição

Legislação Estadual .................................... 41• ICMS

– Decreto nº 58.388/12Programa de Incentivo à Indústria de Produção e de Exploração de Petróleo e de Gás Natural – Disciplina – Retifi cação

Legislação Municipal ........................................... 41• Município de São Paulo

– Portaria SF/SUREM nº 21/12ISS – Sorteio de Prêmios – Tomador de Serviço – Disposições

– Solução de Consulta SF/DEJUG nº 58/12ISS – Consórcio – Documentos Fiscais – Escrituração

– Solução de Consulta SF/DEJUG nº 59/12ISS – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) – Retenção do Imposto

Legislação Federal .............................................. 37• ANEEL

– Resolução Normativa ANEEL nº 507/12Alterações na Legislação

• ICMS– Ato Declaratório CONFAZ nº 14/12

Convênios ICMS nºs 82, 83, 84, 85 e 86/12 – Ratifi cação

– Convênio ICMS nº 59/11Equipamento Medidor Volumétrico de Combustíveis (MVC) – Normas

• Importação/Exportação– Instrução Normativa RFB nº 1.293/12

Copa das Confederações da FIFA 2013 e Copa do Mundo da FIFA 2014 – Despacho Aduaneiro de Bens Procedentes do Exterior

– Resolução CAMEX nº 68/12Alíquotas do Imposto – Bens de Capital – Alteração

– Resolução CAMEX nº 69/12Bens de Informática e Telecomunicação – Alíquota do Imposto – Alteração

• IPI– Ato Declaratório Executivo RFB-RJ nº 15/12

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 32/12

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 38/12

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 39/12

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-MG n° 42/12

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 69/12

Bebidas – Enquadramento– Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 162/12

Bebidas – Enquadramento– Instrução Normativa RFB nº 1.294/12

Regime Especial de Tributação para o Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfi ca (RECINE) – Procedimentos para Habilitação

– Solução de Consulta nº 35/12Produtos Intermediários – Conceito

– Solução de Consulta nº 36/12Material de Embalagem – Estabelecimento Equiparado a Industrial

– Solução de Consulta nº 19/12Classifi cação de Mercadorias – Colcha de Cama em Tecido de Poliéster e Algodão para Decoração

Page 3: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 31a semana Outubro

Manual de Procedimentos

ICMS

Industrialização – Tratamento Fiscal SUMÁRIO

1. Introdução

2. Conceitos2.1. Industrialização2.2. Estabelecimento industrial2.3. Equiparados a industrial2.4. Insumos

3. Aspectos relativos à Tributação do ICMS e do IPI3.1. Suspensão do ICMS e do IPI3.2. Diferimento do ICMS3.3. Retorno fora do prazo – Exigência do imposto3.4. Energia elétrica consumida no processo produtivo3.5. Renúncia à suspensão e ao diferimento do ICMS e do IPI –

Esclarecimentos3.6. Insumos empregados no processo industrial – Alíquota apli-

cável do ICMS

4. Industrialização de Mercadoria Destinada à Subsequente Saída – Procedimentos Fiscais4.1. Remessa para industrialização4.2. Retorno de industrialização

5. Mercadoria Destinada a Uso, Consumo ou Ativo Imobilizado do Encomendante5.1. Destinada a uso ou consumo do encomendante5.2. Destinada ao ativo do encomendante

6. Industrializador – Profi ssional Autônomo ou Avulso6.1. Remessa para industrialização para profi ssional autônomo ou

avulso6.2. Retorno de industrialização executada por profi ssional autô-

nomo ou avulso

7. Aspectos relativos à Tributação do ISS e do IPI7.1. Incidência concomitante do ISS e do ICMS – Impossibilidade7.2. Incidência concomitante do ISS e do IPI – Possibilidade

8. Considerações quanto às Operações Interestaduais8.1. Aplicação8.2. Diferimento do ICMS – Inaplicabilidade8.3. Sucata de metais e com produtos primários de origem animal,

vegetal ou mineral

9. Operações Triangulares9.1. Industrialização por mais de um estabelecimento – Art. 405

do RICMS-SP9.2. Remessa de insumos do fornecedor para o industrializador

por conta e ordem do autor da encomenda – Art. 406 do RICMS-SP

9.3. Remessa do produto industrializado a estabelecimento de terceiro – Art. 408 do RICMS-SP

10. Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOPs) – Quadro Prático

1. Introdução

Por necessidades próprias ou até mesmo para alcançar preços melhores em um mercado extremamente competitivo, a empresa

busca novas alternativas a fi m de baratear seus custos e por con-sequência elevar seus lucros. Atualmente, uma das alternativas mais praticadas pelos contribuintes é a industrialização de mercadorias por conta de terceiros, também denominada “industrialização por encomenda”.

Assim, quando um contribuinte remeter matérias-primas, materiais intermediários ou materiais de embalagem (insumos) para um estabelecimento industrial, a fi m de que este os submeta a processo de industrialização por sua encomenda, devendo o produto acabado, resultante do referido processo industrial, ser enviado em retorno ao encomendante, caracteriza-se operação de industrialização por encomenda.

O presente trabalho visa, especifi camente, dispor sobre o tratamento fi scal aplicável na operação de industrialização por en-comenda, com fundamento nos arts. 402 a 408 do RICMS-SP, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00, nos arts. 43, VI e VII, 493 a 495 do Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/10, e na disciplina estabelecida na Portaria CAT nº 22/07.

2. Conceitos

2.1. Industrialização

Para efeito de aplicação da legislação do imposto, considera-se industrialização qualquer operação que modifi que a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a fi nalidade do produto ou o aperfeiçoe para consumo, tal como (inciso I doart. 4º do RICMS/00 e art. 4º do RIPI/10):

a) a que, executada sobre matéria-prima ou produto inter-mediário, resulte na obtenção de espécie nova, ou seja, transformação;

b) a que importe em modifi cação, aperfeiçoamento ou, de qualquer forma, alteração do funcionamento, da utilização, do acabamento ou da aparência do produto, ou seja, be-nefi ciamento;

c) a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ou seja, montagem;

d) a que importe em alteração da apresentação do produto pela colocação de embalagem, ainda que em substituição à original, salvo quando a embalagem aplicada destinar-se apenas ao transporte da mercadoria, ou seja, acondicio-namento ou reacondicionamento;

Page 4: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

4 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

e) a que, executada sobre o produto usado ou partes rema-nescentes de produto deteriorado ou inutilizado, o renove ou restaure para utilização, ou seja, renovação ou recondi-cionamento.

2.2. Estabelecimento industrial

Estabelecimento industrial para fi ns de incidência do IPI é aquele que realiza quaisquer das operações de industrialização nas modalidades descritas no subitem anterior de que resulte produto tributado, ainda que de alíquota zero ou isento, conforme disposto no art. 8º do RIPI/10.

2.3. Equiparados a industrial

São considerados estabelecimentos equiparados a industrial aqueles que apesar de não realizarem quaisquer das operações de industrialização indicadas no subitem 2.1, a quem a legislação impõe os mesmos direitos e obrigações atribuídos aos estabeleci-mentos industriais, assim se submetem ao cumprimento de todas as obrigações pertinentes à legislação do IPI.

As hipóteses em que o estabelecimento se equipara a industrial estão relacionadas no art. 9º do RIPI/10, e podem ser detalhada-mente examinadas na matéria publicada no Manual de Procedimen-tos Cenofi sco nº 31/09, sob o título “IPI – Estabelecimento Industrial e os Equiparados a Industrial – Tratamento Fiscal”.

2.4. Insumos

Na lição do ilustre doutrinador Aliomar Baleeiro, in Direito Tributário Brasileiro, Forense: Rio de Janeiro, 1980, 9ª edição,pág. 214, a expressão “insumo” é uma algaravia de origem espa-nhola, inexistente em português, empregada por alguns economistas para traduzir a expressão inglesa ‘input’, isto é, o conjunto dos fatores produtivos, como matérias-primas, energia, trabalho, amortização do capital, etc., empregados pelo empresário para produzir o ‘output’ ou o produto fi nal. (...). “Insumos são os ingredientes da produção, mas há quem limite a palavra aos ‘produtos intermediários’ que, não sendo matérias-primas, são empregados ou se consomem no processo de produção”.

Nessa linha, encontra-se a matéria-prima, o material secun-dário ou intermediário, o material de embalagem, o combustível e a energia elétrica, consumidos no processo industrial ou empregados para integrar o produto submetido ao processo de industrialização, própria do contribuinte ou para terceiros.

Entre outros, temos, a título de exemplo, os insumos que se desintegram totalmente no processo produtivo de uma mercadoria ou são utilizados nesse mesmo processo produtivo para limpeza, identifi cação, desbaste, solda, etc.: lixas; discos de corte; discos

de lixa; eletrodos; oxigênio e acetileno; escovas de aço; estopa; materiais para uso em embalagens em geral – tais como etiquetas, fi tas adesivas, fi tas crepe, papéis de embrulho, sacolas, materiais de amarrar ou colar (barbantes, fi tas, fi tilhos, cordões e congêneres), lacres, isopor utilizado no isolamento e proteção dos produtos no interior das embalagens, e tinta, giz, pincel atômico e lápis para mar-cação de embalagens; óleos de corte; rebolos; modelos/matrizes de isopor utilizados pela indústria; produtos químicos utilizados no tratamento de água afl uente e efl uente e no controle de qualidade e de teste de insumos e de produtos (item 3.1 da Decisão Nor-mativa CAT nº 1/01).

3. Aspectos relativos à Tributação do ICMS e do IPI

3.1. Suspensão do ICMS e do IPI

Suspender o imposto signifi ca postergar o momento da sua cobrança, sem que se altere o sujeito passivo da obrigação tributária, ou seja, a expressão ‘suspensão’ nomeia postergação do lança-mento do imposto para etapa ulterior do processo de circulação de mercadoria pelo mesmo contribuinte. Observe, entretanto, que se trata de operações regularmente tributadas pelo imposto.

No tocante às operações de industrialização, especifi camente, temos o lançamento do imposto incidente na saída de mercadoria com destino a outro estabelecimento ou a trabalhador autônomo ou avulso que prestar serviço pessoal, num e noutro caso, para industrialização, suspenso, devendo ser efetivado no momento em que, após o retorno dos produtos industrializados ao estabeleci-mento de origem, autor da encomenda, por este seja promovida a subsequente saída dos mesmos produtos (art. 402 do RICMS-SP).

No que tange à legislação do IPI, as Matérias-Primas (MP), os Produtos Intermediários (PI) e os Materiais de Embalagem (ME) des-tinados à industrialização poderão sair com suspensão do imposto, desde que os produtos industrializados retornem ao estabelecimento remetente daqueles insumos (art. 43, VI, do RIPI/10).

Também serão alcançados pela suspensão do IPI os produtos que, industrializados na forma do disposto no parágrafo anterior e em cuja operação o executor da industrialização não tenha empregado produtos de sua própria fabricação ou importação, forem remetidos ao estabelecimento de origem e por este destinados (art. 43, VII, do RIPI/10):

a) a comércio; ou

b) a emprego, como MP, PI e ME, em nova industrialização que dê origem à saída de produto tributado.

Page 5: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 51a semana Outubro

Manual de Procedimentos

3.2. Diferimento do ICMS

Diferir o imposto é o mesmo que postergar o momento de sua cobrança, no entanto, atribui-se a terceiro a responsabilidade pelo seu recolhimento, ou seja, o diferimento é o não recolhimento do ICMS em determinada operação fi cando adiado para etapa posterior de circulação da mercadoria a ser defi nida no dispositivo legal que o estabelece. Diante disso, observa-se que a operação amparada pelo diferimento do imposto é tributada normalmente.

Para as operações de industrialização, na saída de mercadoria com destino a outro estabelecimento ou a trabalhador autônomo ou avulso que prestar serviço pessoal, num e noutro caso, para industrialização, conforme previsto no art. 402 do RICMS-SP, quando o estabelecimento autor da encomenda e o industrializa-dor se localizarem neste Estado, o lançamento do ICMS incidente sobre a parcela relativa aos serviços prestados fi ca diferido para o momento em que, após o retorno dos produtos industrializados ao estabelecimento de origem, por este for promovida sua subsequente saída (art. 1º da Portaria CAT nº 22/07).

O diferimento do imposto referido no parágrafo anterior não se aplica às hipóteses a seguir indicadas, caso em que o estabe-lecimento que tiver procedido à industrialização deverá calcular e recolher o imposto sobre o valor acrescido, que consiste no so-matório do valor dos materiais empregados no processo industrial, abrangendo inclusive a energia elétrica utilizada, e do valor da mão de obra cobrada do encomendante:

a) encomenda feita por não contribuinte do imposto, por estabelecimento rural de produtor e por estabelecimento optante pelo SIMPLES Nacional;

b) industrialização de sucata de metais.

Importa observar que quando o estabelecimento autor da encomenda estiver sujeito ao Regime Periódico de Apuração (RPA) e o estabelecimento executor do processo de industrialização for optante pelo SIMPLES Nacional, também será aplicado o diferimento do ICMS sobre o valor correspondente à mão de obra cobrada, nos termos da Portaria CAT nº 22/07 e da Decisão Normativa CAT nº 13/09, restando o recolhimento do ICMS sobre os materiais aplicados no processo industrial em conformidade com os anexos de partilha do SIMPLES Nacional.

3.3. Retorno fora do prazo – Exigência do imposto

Constitui condição para aplicação da suspensão e do diferi-mento do ICMS de que tratam os subitens 3.1 e 3.2, respectivamen-te, o retorno dos produtos industrializados ao estabelecimento de origem, dentro do prazo de 180 dias contado da data da saída da mercadoria do estabelecimento autor da encomenda, prorrogável, a critério do Fisco, por igual período, e admitida, ainda, excepcio-nalmente, uma segunda prorrogação, por mais 180 dias (art. 409 do RICMS-SP e art. 2º da Portaria CAT nº 22/07).

Salvo prorrogação autorizada pelo Fisco, decorrido o prazo indicado no parágrafo anterior sem que ocorra o retorno da mer-cadoria ou dos produtos industrializados, será exigido o imposto devido por ocasião da saída, sujeitando o autor da encomenda ao recolhimento espontâneo com os devidos acréscimos legais exigidos na legislação (art. 410 do RICMS-SP e parágrafo único do art. 2º da Portaria CAT nº 22/07).

No caso de inobservância do prazo citado anteriormente, sem que ocorra a devida prorrogação expressamente autorizada pelo Fisco, o encomendante deverá emitir nota fi scal complementar para efeito de pagamento do imposto, relativo ao documento original(art. 182, IV, do RICMS-SP).

Nesse caso, o estabelecimento industrializador, por ocasião do retorno do produto industrializado ao encomendante, deverá calcular o valor do imposto, considerando como base de cálculo o valor total da operação, ou seja, o valor dos insumos recebidos para industrialização, somado ao valor dos materiais aplicados e o valor da mão de obra empregada no referido processo industrial.

Nota Cenofi sco:Para efeito do parágrafo anterior, os “materiais aplicados” no processo in-dustrial referem-se tão somente aos insumos (as matérias-primas, inclusive a energia elétrica, os produtos intermediários e os materiais de embalagem) efetivamente empregados no processo industrial.

3.4. Energia elétrica consumida no processo produtivo

A consultoria tributária da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, em manifestação por meio da Resposta à Consultanº 1.034/00, cuja íntegra reproduzimos a seguir, defi ne ‘energia elétrica’ como mercadoria sujeita ao ICMS e que, entre outras utili-zações, ao ser consumida no processo industrial, caracteriza o que se denomina insumo industrial e, portanto, deve ser incluída no valor total das mercadorias empregadas no respectivo processo produtivo:

“Resposta à Consulta nº 1.034/2000, de 23 de maio de 2001

Execução de serviço de industrialização sob encomenda – Aplicação de mão-de-obra e matéria prima – Energia elétrica con-sumida no processo produtivo – Insumo de produção – Incidência do imposto.

1. A Consulente informa ter como atividade a fabricação de bicicletas, bem como suas partes e peças, e relata receber insumos industriais de contribuinte localizado neste Estado de São Paulo para industrialização.

1.1. Descreve os procedimentos fi scais referentes a essa operação, assinalando que recebe os referidos insumos com a suspensão prevista no artigo 382 do RICMS/91 e que os produtos industrializados devem retornar ao estabelecimento encomendante dentro dos 180 dias previstos na legislação.

Page 6: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

6 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

1.2. Ao promover o retorno, a Consulente (estabelecimento executor da encomenda) emite nota fi scal com natureza da opera-ção ‘Retorno de Industrialização’ – CFOP 513/594, onde consta ‘o valor das mercadorias recebidas para industrialização e o valor total cobrado do encomendante’.

1.3. A Consulente anota, ainda, que ‘em relação ao material recebido haverá suspensão do ICMS conforme dispõe o Art. 382 do RICMS/SP Dec 33118/91’. E que, em relação ao valor cobrado do encomendante, o imposto referente à aplicação de mão-de-obra fi ca diferido (artigo 383 do RICMS/1991) e o imposto incidente sobre a aplicação de matéria prima abrange o valor referente à energia elétrica consumida no processo produtivo ( artigos 46 e 47 do RICMS/1991).

2. Isso posto, indaga se está correta a afi rmação de que a ener-gia elétrica consumida no processo de industrialização é considerada insumo industrial e, portanto, ‘haverá incidência do ICMS sobre a mesma quando da emissão da nota fi scal de Retorno de Industria-lização’, conforme dispõem os artigos 46 e 47 do RICMS/1991, a Decisão Normativa CAT 01/1991 e a Resposta à Consulta 368, de 02 de agosto de 2000, divulgada no site do Posto Fiscal Eletrônico (http://pfe.fazenda.sp.gov.br/).

2.1. Indaga, ainda, se o ICMS referente à matéria-prima apli-cada no processo produtivo, destacado na nota fi scal referente ao retorno do produto industrializado, poderá ser creditado pelo enco-mendante se esse produto se destinar a uma subsequente saída (comercialização), tendo em vista o princípio da não-cumulatividade do imposto (artigo 56 do RICMS/1991).

3. Como é do conhecimento da Consulente, o tratamento tributário aplicável à remessa de mercadoria para industrialização por encomenda (artigo 402 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 45.490/2000; artigo 382 do RICMS/1991) prevê a suspensão do lançamento do imposto incidente na remessa ao estabelecimento industrializador e no seu respectivo retorno, até o momento da saída do produto industrializado do estabelecimento autor da encomenda. Ressalvado o lançamento do imposto sobre o valor acrescido (artigo 402, § 2º do RICMS/2000; artigo 46 do RICMS/1991), a referida suspensão compreende a saída promo-vida pelo estabelecimento industrializador em retorno ao autor da encomenda (artigo 402, §1º, RICMS/2000).

4. Na saída dos produtos industrializados promovida pela Consulente (estabelecimento industrializador) em retorno ao estabe-lecimento encomendante, o ICMS incide sobre o valor total cobrado – valor acrescido, nele incluídos o valor dos serviços prestados e o das mercadorias empregadas no processo de industrialização (artigo 402, §§ 2º e 3º, do RICMS/2000; artigos 46 e 47 do RICMS/1991).

5. Na hipótese analisada, como o estabelecimento autor da encomenda e o industrializador estão localizados neste Estado, o lançamento do imposto incidente sobre o valor dos serviços

prestados (mão-de-obra) fi ca diferido para o momento em que o encomendante (contribuinte do imposto) promover a subsequente saída da mercadoria (comercialização).

6. Assim, ao promover a saída do produto industrializado, em retorno ao estabelecimento encomendante, em operação interna, a Consulente debitar-se-á do ICMS correspondente aos insumos que empregou no respectivo processo de industrialização (artigo 402, §§ 2º e 3º, combinado com o artigo 403, ambos do RICMS/2000; artigo 383 do RICMS/1991). A energia elétrica, como mercadoria sujeita ao ICMS e que, entre outras utilizações, ao ser consumida no processo industrial, caracteriza o que se denomina insumo industrial, deve ser incluída no valor total das mercadorias empregadas pela Consulente no referido processo produtivo.

6.1. O imposto, a esse título destacado no respectivo do-cumento fi scal (artigos 403 e 404 do RICMS/2000; artigos 383 e 384 do RICMS/1991), enseja ao estabelecimento encomendante o direito ao crédito, quando cabível, observado o disposto nos artigos 59 a 61 do RICMS/2000 (artigos 56 a 58 do RICMS/1991).

6.2. Oportuno esclarecer que, o valor da energia elétrica con-sumida na industrialização sob encomenda e englobado no valor total referente às mercadorias empregadas pela executante, sobre o qual incide o ICMS, não se relaciona, para a encomendante, com as hipóteses de crédito do imposto referentes à entrada direta de energia elétrica no seu estabelecimento.

Esta última situação, no que se refere ao crédito do imposto, a partir de 1º de janeiro de 2001 e até 31 de dezembro de 2002, está sujeita à observância das regras contidas no artigo 1º das Disposições Transitórias do RICMS/2000 (até 31/12/2000 valem as disposições contidas no RICMS/1991 e as considerações pertinen-tes da Decisão Normativa CAT 01/1991, citada pela Consulente).

Elaise Ellen Leopoldi, Consultora Tributária.

De acordo.

Cirineu do Nascimento Rodrigues, Diretor da Consultoria Tributária”.

Nota Cenofi sco: Convém esclarecer que, embora a Resposta à Consulta nº 1.034/00 tenha como base o Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto nº 33.118/91, a orientação nela contida permanece em vigor, considerando-se os disposi-tivos legais do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto nº 45.490/00, atualmente em vigor.

3.5. Renúncia à suspensão e ao diferimento do ICMS e do IPI – Esclarecimentos

Por meio da Resposta à Consulta nº 572/01, a Consultoria Tributária da Secretaria da Fazenda expressa o entendimento no sentido de que a operação de remessa para industrialização tanto

Page 7: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 71a semana Outubro

Manual de Procedimentos

poderá ser com suspensão do lançamento do imposto, nos termos do art. 402 do RICMS-SP, como também com tributação, em caso de renúncia à suspensão. Na hipótese de renúncia, esta deverá ser feita pelo estabelecimento remetente com expressa concordância do estabelecimento destinatário, além de ser encaminhada comunicação ao Posto Fiscal de vinculação dos estabelecimentos intervenientes nas operações (remetente e destinatário/industrializador).

De outra parte, cumpre ressaltar que o diferimento não pode ser renunciado por transferir responsabilidade pelo pagamento do imposto, cuja aplicação se submete a normas que lhe são específi cas e gera consequência tributária totalmente diferenciada da suspensão.

Especifi camente no que respeita à industrialização por encomenda, lembramos que a aplicação do diferimento a que se refere a Portaria CAT nº 22/07 encontra-se vinculada a encomenda feita ao amparo da suspensão do imposto. Assim sendo, uma vez renunciada a suspensão do lançamento do imposto na remessa de insumos para industrialização, o respectivo retorno dos produtos resultantes do referido processo deverá ser normalmente tributado pelo imposto, cuja base de cálculo corresponderá ao valor dos insumos recebidos para industrialização, acrescido do valor cobrado do encomendante (mão de obra + material aplicado), não se aplicando portanto o diferimento do ICMS sobre o valor da mão de obra previsto na Portaria CAT nº 22/07.

Para melhor entendimento do exposto anteriormente, reproduzimos, a seguir, a íntegra da Resposta à Consulta nº 572/01:

“Resposta à Consulta nº 572/2001, de 28 de agosto de 2001

Industrialização – Renúncia tão somente ao diferimento previsto no artigo 403 do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00: Impos-sibilidade.

1. Expõe a Consulente que realiza industrialização por encomenda de terceiros, nos termos dos artigos 402 e seguintes do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490/00. Diante do exposto, indaga da possibilidade de renunciar, tão somente, ao diferimento do imposto expres-so no artigo 403 do RICMS/00 e destacar o ICMS sobre o valor da mão-de-obra, uma vez que, conforme declara, não aplica “materiais” na industrialização.

2. Disciplina o artigo 402 do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00, que o lançamento do imposto incidente na saída de mercadoria com destino a outro estabelecimento ou a trabalhador autônomo ou avulso que prestar serviço pessoal, num e noutro caso, para industrializa-ção, observado o disposto nos artigos 409 e 410, fi ca suspenso, devendo ser efetivado no momento em que, após o retorno dos produtos industrializados ao estabelecimento de origem, autor da encomenda, por este for promovida a subseqüente saída dos mesmos produtos.

3. Tendo em vista que, na sistemática do ICMS, a expressão ‘suspensão’ nomeia postergação do lançamento do imposto para etapa ulterior do processo de circulação de mercadoria pelo mesmo contribuinte, a operação de remessa para industrialização tanto poderá ser com suspensão do lançamento do imposto, nos termos do artigo 402 do RICMS/00, como também com tributação, em caso de renúncia à suspensão. Na hipótese de renúncia, esta deverá ser feita pelo estabelecimento remetente com expressa concordância do estabelecimento destinatário (Consulente), além de ser encaminhada comunicação ao Posto Fiscal de vinculação dos estabelecimentos intervenientes nas operações (remetente e destinatário-industrializador).

4. Cabe-nos esclarecer que, uma vez renunciada à suspensão do lançamento do imposto na remessa dos produtos para industrializa-ção, a operação de retorno dos produtos industrializados deverá ser normalmente tributada pelo imposto, não se aplicando assim as normas contidas no artigo 403 do mesmo diploma legal.

5. Assim, pelas normas expostas, é impossível se aplicar apenas ‘parte’ da legislação de uma operação de remessa e retorno para industrialização, quando a sistemática ora tratada está baseada num todo, sendo proibido, portanto, a Consulente renunciar apenas ao dife-rimento do imposto. A renúncia há de ser total (suspensão e diferimento) na forma atrás delineada.

Sérgio Bezerra de Melo, Consultor Tributário.

De acordo.

Cirineu do Nascimento Rodrigues, Diretor da Consultoria Tributária”.

Page 8: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

8 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

Nota Cenofi sco: O art. 403 do RICMS-SP vigorou até 31/07/2007, tendo em vista a revogação do referido dispositivo legal por meio do Decreto nº 51.520/07, a partir de então, o diferimento do imposto mencionado na Resposta à Consulta nº 572/01 passou a ser disciplinado na Portaria CAT nº 22/07.

Na esfera federal, também é facultado o lançamento do IPI na nota fi scal de remessa para industrialização, conforme preceitua oart. 43, VI, do RIPI/10, mencionado no subitem 3.1.

3.6. Insumos empregados no processo industrial – Alíquota aplicável do ICMS

A Decisão Normativa CAT nº 2/03, em vigor desde 22/02/2003, estabelece que no retorno dos produtos industrializados sob enco-menda aplica-se sobre a base de cálculo do ICMS a alíquota relativa ao insumo aplicado no processo industrial e não a alíquota relativa ao produto acabado.

Essa decisão ao nosso entender é a mais sensata, haja vista que o executor da industrialização ao aplicar um insumo de sua propriedade está a praticar na verdade uma “venda” de um produto, que em decorrência do serviço encomendado será por ele agregado aos materiais remetidos pelo encomendante, tendo como intuito a obtenção de um produto acabado resultante da industrialização.

Cumpre-nos esclarecer que antes da vigência da referida Decisão Normativa, a Consultoria Tributária manifestava entendimento no sentido de que o executor da industrialização, ao retornar o produto acabado resultante do respectivo processo industrial, deveria aplicar a alíquota correspondente ao produto acabado, e não aquela relativa ao insumo aplicado.

4. Industrialização de Mercadoria Destinada à Subsequente Saída – Procedimentos Fiscais

4.1. Remessa para industrialização

A remessa para industrialização de mercadorias que após o seu efetivo retorno dos produtos industrializados ao autor da encomenda, por este seja promovida subsequente saída dos mesmos produtos, será acobertada por nota fi scal, na qual, além dos demais requisitos exigidos na legislação, deverá conter:

a) o CFOP 5.901/6.901, conforme o caso;

b) a natureza de operação: “Remessa para industrialização”;

c) no campo destinatário: os dados identifi cativos do estabelecimento executor da industrialização;

d) no campo “Informações Complementares”: a expressão “Suspensão do ICMS – art. 402 do RICMS-SP” e “Suspensão do IPI – art. 43, VI do RIPI/10”.

Nota Cenofi sco:Aplica-se a suspensão do ICMS e do IPI na operação de remessa para industrialização, desde que sejam atendidas as condições mencionadas nos subitens 3.1, 3.2 e 3.3.

4.1.1. Nota fi scal de remessa – Exemplo

Supondo a remessa de tecidos de malha (insumos) para determinado estabelecimento industrializador para fabricação de camisas de malha, para serem comercializadas posteriormente pelo autor da encomenda, a nota fiscal será emitida na forma exem-plificada a seguir:

Page 9: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 91a semana Outubro

Manual de Procedimentos

UF

SPUF

ICMS IPI

6002.40.10 050 5.901 MT 100 2.000,00

CNPJ

xx.xxx.xxx/xxxx-xxDESTINATÁRIO / REMETENTE

BAIRRO/DISTRITOXXXXXX

CEPxxxxx-xxx

INSCRIÇÃO ESTADUAL

xxx.xxx.xxx.xxx

DATA ENTRADA/SAÍDA03/09/2012

INSCR. ESTADUAL DO SUBST. TRIBUT.

VALOR DO FRETE

CNPJ/CPF

ENDEREÇO

xxxxxxxxxxxxxxxxxx, xx

TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS

HORA DA SAÍDA

VALOR TOTAL DOS PRODUTOS2.000,00

FATURA / DUPLICATA

VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO

UFSP

NOME/RAZÃO SOCIAL

IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR

NATUREZA DA OPERAÇÃO Remessa para industrialização

DANFE

DOCUMENTO AUXILIAR DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA 0 - ENTRADA 1 - SAÍDANº 000.000.001SÉRIE 1Página 1 de 1

||||| |||||||| || ||||||| ||| |||||CHAVE DE ACESSO

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Suspensão do ICMS – art. 402 do RICMS-SPSuspensão do IPI – art. 43, VI, do RIPI/10

DADOS ADICIONAIS

20,00

BASE DO CÁLCULO DO ISSQNVALOR TOTAL DOS SERVIÇOS

RESERVADO AO FISCO

PESO BRUTOxxx

PESO LÍQUIDOxxx

INSCRIÇÃO MUNICIPAL

QUANTIDADEXX

VALOR DO ISSQN

ESPÉCIEXX

CFOPCST

Tecidos de malha

VALOR DO SEGURO

VALOR IPI

CÓDIGO ANTT

ENDEREÇO

NCM/SH

MARCA

CÓD.PROD.

QUANT.

NÚMERO

MUNICÍPIO

DESCRIÇÃO DOS PROD./SERVIÇOS

DADOS DOS PRODUTOS / SERVIÇOS

VALOR UNITÁRIO B. CÁLC. ICMS ALÍQUOTAS

BASE DO CÁLCULO DO ICMS

FONE/FAX

BASE DE CÁLCULO ICMS ST

CÁLCULO DO IMPOSTO

INSCRIÇÃO ESTADUAL xxxx.xxxx.xxxx.xxxx

VALOR DO ICMS

UNIT.

OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS

INSCRIÇÃO ESTADUAL

FRETE POR CONTA0 - EMITENTE1 - DESTINATÁRIO

VALOR ICMS

PLACA DO VEÍCULO

xxx-xxxx

VALOR TOTAL DA NOTA2.000,00

VALOR TOTAL

DESCONTO VALOR TOTAL DO IPI

NOME/RAZÃO SOCIALJAM Indústria

CNPJ/CPFxx.xxx.xxx/xxxx-xx

MUNICÍPIOxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

PROTOCOLO DE AUTORIZAÇÃO DE USOxxxxxxxxxxxxxxx - 03/09/2012

Recebemos de (razão social do emitente) os produtos e/ou serviços constantes na nota fiscal eletrônica ao lado NF-eNº 000000001SÉRIE: 1

DATA DE RECEBIMENTO

DATA DA EMISSÃO03/09/2012

XYZ IndústriaRua xxxxxxxxx, xx

xxxx- São Paulo-SP Tel xxxx.xxxx

CEP xxxxx-xxx

0

1

Page 10: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

10 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

4.1.2. Escrituração fi scal

A nota fi scal nº 000000001, de 03/09/2012, relativa à operação de remessa para industrialização será escriturada, nas colunas próprias do Livro Registro de Saídas do autor da encomenda e do Livro Registro de Entradas do estabelecimento industrializador, na forma exempli-fi cada a seguir:

a) Pelo autor da encomenda:

b) Pelo industrializador:

4.2. Retorno de industrialização

O retorno dos produtos industrializados, remetidos para indus-trialização na forma indicada no subitem 4.1, ao estabelecimento do autor da encomenda, será acobertado por uma única nota fi scal, devendo para tanto o referido documento comportar os CFOPs 5.902/5.124 ou 6.902/6.124, conforme o caso, concomitantemen-te, na qual, além dos demais requisitos, constarão: como natureza de operação “Retorno de industrialização”.

O Fisco Paulista já se manifestou reiteradas vezes por meio das Respostas à Consulta nºs 298/06, 493/04 e da Decisão Normativa CAT nº 2/03, para esclarecer que não cabe emissão de uma nota fi scal para documentar separadamente o retorno dos insumos en-viados pelo autor da encomenda e outra para a cobrança do valor acrescido, e sim utilização de uma única nota fi scal para esse fi m, contendo os CFOPs identifi cativos da operação, conforme preceitua o § 19 do art. 127 do RICMS-SP.

Para melhor elucidação do exposto neste subitem, destaca-mos a Resposta à Consulta nº 298/06, cuja íntegra reproduzimos a seguir:

“Resposta à Consulta Tributária nº 298/2006, de 17 de maio de 2006

ICMS – Industrialização por conta de terceiro – Emissão de documento fi scal pelo autor da encomenda e pelo industrializador

1. A Consulente, que entre outras, exerce a atividade de ‘fabricação, venda, locação, manutenção e reparo de máquinas, equipamentos, para as indústrias de bebidas e indústrias alimen-tícias’, informa que remete matérias-primas (tais como ‘barra de aço, chapa de aço, base de alumínio, pino de comando para transportador etc.’) para industrialização (‘usinagem, polimento, acabamento etc.’) em estabelecimento de terceiro, e questiona:

‘1. Em relação à remessa de insumos para benefi ciamento, é correto emitirmos Nota Fiscal só com o valor de custo, sem a inclusão do imposto (ICMS)?

2. E quanto à totalização da Nota Fiscal de Retorno, é correto somarmos o valor dos insumos empregados no campo do docu-mento fi scal (Valor Total da Nota)? Mas, tributando apenas o mon-tante dos insumos empregados? Ou devemos apenas informar o valor dos insumos remetidos no campo do documento fi scal (Dados Adicionais/Informações Complementares)?’.

LIVRO REGISTRO DE SAÍDAS

Documento Fiscal ICMS – VALORES FISCAIS IPI – VALORES FISCAIS OBSERV

VALOR CONTÁBIL

COM DÉBITO SEM DÉBITO COM

DÉBITO SEM DÉBITO Espécie Número

CFOP VL CONT BC ALÍQ ICMS ISEN / NT OUTR BC IPI ISEN OUTR

NF 000000001 5.901 2.000,00 – – – – 2.000,00 – – – 2.000,00

LIVRO REGISTRO DE ENTRADAS

Documento Fiscal ICMS – VALORES FISCAIS IPI – VALORES FISCAIS OBSERV

VALOR CONTÁBIL

COM CRÉDITO SEM CRÉDITO COM

CRÉDITO SEM CRÉDITO Espécie Número

CFOP VL

CONT BC ALÍQ ICMS ISEN / NT OUTR BC IPI ISEN OUTR

NF 000000001 1.901 2.000,00 – – – – 2.000,00 – – – 2.000,00

Page 11: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 111a semana Outubro

Manual de Procedimentos

2. Apreende-se, do exposto, que os produtos resultantes da industrialização efetuada pelo estabelecimento contratado pela Consulente retornam ao seu estabelecimento prontos para serem comercializados ou para serem empregados na fabricação dos produtos que posteriormente comercializará.

3. Em conformidade com o artigo 402, caput e item 2 do § 1°, do RICMS/00, observado o disposto nos artigos 409 e 410 desse regulamento, a remessa dos insumos e o retorno dos produtos industrializados podem ser efetuados com suspensão do imposto, ou seja, com postergação do lançamento do imposto incidente para etapa ulterior do processo de circulação de mercadoria pelo próprio contribuinte autor da encomenda.

4. Disciplina o artigo 404 do RICMS/00 que na saída de mercadoria em retorno ao estabelecimento de origem, autor da encomenda, que a tiver remetido nas condições previstas no artigo 402, o estabelecimento industrializador deverá:

I – emitir Nota Fiscal que terá como destinatário o estabeleci-mento de origem, autor da encomenda, na qual, além dos demais requisitos, constarão:

a) o número, a série e a data da emissão, o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do emitente da Nota Fiscal que acompanhou a mercadoria recebida em seu estabelecimento;

b) o valor da mercadoria recebida para industrialização, o valor das mercadorias empregadas e o valor total cobrado do autor da encomenda;

II – efetuar, na Nota Fiscal que emitir, relativamente ao valor total cobrado do autor da encomenda, o destaque do valor do imposto, ressalvada a aplicação do disposto no artigo 403.

5. Nos termos do mencionado artigo 403, tratando-se de autor da encomenda e industrializador paulistas, ao valor acrescido correspondente:

Aos serviços prestados, observado o disposto nos citados artigos 409 e 410, aplica-se o diferimento;

Às mercadorias empregadas (pertencentes ao industrializador) no processo industrial, a tributação é normal (recomenda-se a leitura da Decisão Normativa CAT nº 2/03).

6. Respondendo diretamente, temos que:

Uma vez que a operação de remessa para industrialização é tributada pelo ICMS, porém, com seu lançamento suspenso, o mon-tante desse imposto deve estar integrado ao valor das mercadorias;

No retorno dos produtos industrializados ao estabelecimento autor da encomenda o valor dos insumos recebidos e incorporados ao produto fi nal, que deve ser igual ao valor dos insumos recebidos para industrialização, deve constar na Nota Fiscal emitida no retorno da industrialização, no quadro ‘Dados do Produto’, com o CFOP 5.902 ou 6.902 – Retorno de mercadoria utilizada na industrialização por encomenda. Desse modo, o valor das mercadorias recebidas

para industrialização será computado no valor total da Nota Fiscal emitida pelo estabelecimento industrializador.

7. Por oportuno, ressaltamos que:

É permitida a inclusão de operações enquadradas em dife-rentes códigos fi scais numa mesma Nota Fiscal, hipótese em que estes serão indicados no campo ‘CFOP’ no quadro ‘Emitente’ e no quadro ‘Dados do Produto’, na linha correspondente a cada item após a descrição do produto (§ 19 do artigo 127 do RICMS/00);

As informações referidas na alínea ‘a’ do inciso I do artigo 404 do RICMS/00 devem constar no campo ‘Informações Complemen-tares’ do quadro ‘Dados Adicionais’.

Vera Lucia Rodrigues Figueiredo – Consultora Tributária.

De acordo.

Gianpaulo Camilo Dringoli – Consultor Tributário Chefe – 1ª ACT.

Guilherme Alvarenga Pacheco – Diretor Adjunto da Consultoria Tributária”.

Quanto à legislação do IPI, o entendimento é idêntico à legis-lação do ICMS, no sentido de que os produtos industrializados em retorno ao estabelecimento do autor da encomenda sejam acober-tados por uma única nota fi scal, conforme disposto na Solução de Consulta nº 184/08, cuja íntegra reproduzimos a seguir:

“Ministério da Fazenda

Secretaria da Receita Federal

Solução de Consulta nº 184, de 09 de Julho de 2008 (DOU de 04/08/2008)

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

Ementa: O estabelecimento industrial, quando do retorno dos produtos industrializados por encomenda, deverá emitir uma única nota fi scal, que deverá reportar-se à classifi cação fi scal do produto fi nal, resultante da industrialização realizada, além dos demais pro-cedimentos exigidos no RIPI/2002 para a emissão de notas fi scais. O lançamento do IPI na operação de retorno será calculado pela aplicação da alíquota que corresponder ao produto fi nal, além da menção aos dados dos documentos fi scais que acompanharam os insumos remetidos pelo encomendante e aplicados na indus-trialização efetuada.

Dispositivos Legais: art. 9º do RIPI, inciso IV; artigo 323; artigo 339, I, “i”, VII; artigo 415, inciso II; PN CST 378/71; PN CST 186/71”.

4.2.1. Nota fi scal de retorno

O retorno da mercadoria resultante do processo de industria-lização deverá ser acobertado por uma única nota fi scal, na qual, além dos demais requisitos exigidos na legislação, deverá conter:

a) os CFOPs 5.902/5.124 ou 6.902/6.124, conforme o caso;

b) a natureza de operação: “Retorno de industrialização”;

c) no campo destinatário: os dados identifi cativos do estabe-lecimento autor da encomenda;

Page 12: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

12 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

d) o destaque do valor do ICMS, sobre o valor correspondente aos materiais empregados pelo industrializador no processo de industrialização;

e) no campo “Informações Complementares”: os fundamentos legais indicados a seguir, quando for o caso:

e.1) suspensão do ICMS – art. 402 do RICMS-SP (para os valores correspondentes aos insumos recebidos para industrialização do autor da encomenda);

e.2) diferimento do ICMS – Portaria CAT nº 22/07 (para o valor correspondente à mão de obra cobrada pelo industrializador);

e.3) suspensão do IPI – art. 43, VII, do RIPI/10.

Se eventualmente o industrializador não efetuar nenhum pro-cesso industrial sobre os insumos recebidos para industrialização, o retorno desses insumos ao estabelecimento encomendante se fará mediante emissão de nota fi scal no CFOP 5.903/6.903 (Retorno de mercadoria recebida para industrialização e não aplicada no referido processo), conforme o caso.

4.2.2. Exemplo da nota fi scal

Supondo o retorno dos produtos resultantes do processo de industrialização (camisas de malha) ao estabelecimento do autor da encomenda, considerando que não houve aplicação de material de fabricação ou de importação própria do industrializador, a nota fi scal será emitida na forma exemplifi cada a seguir:

UF

SPUF

ICMS IPI

52041120

9606.21.00

9999.99.99

6002.40.10

000

000

051

050

5.124

5.124

5.124

5.902

UN

UN

UN

MT

08

04

00

100

120,00

80,00

600,00

2.000,00

120,00

80,00

0,00

0,00

21,60

14,40

0,00

0,00

18%

18%

HORA DA SAÍDA

CÓDIGO ANTT

OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIASDESCONTO

INSCRIÇÃO ESTADUAL xxxx.xxxx.xxxx.xxxx

INSCRIÇÃO ESTADUAL

xxx.xxx.xxx.xxx

DATA ENTRADA/SAÍDA19/09/2012

CNPJ

xx.xxx.xxx/xxxx-xxDESTINATÁRIO / REMETENTE

FONE/FAX

INSCR. ESTADUAL DO SUBST. TRIBUT.

ENDEREÇO

xxxxxxxxxxxxxxxxxx, xxBAIRRO/DISTRITOXXXXXX

CEPxxxxx-xxx

RESERVADO AO FISCO

PESO BRUTOxxx

PESO LÍQUIDOxxx

INSCRIÇÃO MUNICIPAL

QUANTIDADEXX

NÚMERO

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARESRecebimento de insumos através da NF nº 000.000.001, de 03/09/2012 Suspensão do ICMS – art. 402 do RICMS-SP (Retorno dos insumos recebidos para industrilização e incorporados ao produto final)Diferimento do ICMS – Portaria CAT nº 22/07 (Mão de obra)Suspensão do IPI – art. 43, VII, do RIPI/10 (Insumos recebidos + mão de obra + material aplicado)Produto final resultante do processo industrial: "Camisas de malha" NCM 6105.10.00

DADOS ADICIONAIS

15,00

20,00

600,00

20,00

BASE DO CÁLCULO DO ISSQN

IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR

NATUREZA DA OPERAÇÃO Retorno de industrialização

DANFE

DOCUMENTO AUXILIAR DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA 0 - ENTRADA 1 - SAÍDANº 000.000.002SÉRIE 1Página 1 de 1

CHAVE DE ACESSO

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

VALOR TOTAL DOS SERVIÇOS

VALOR TOTALUNIT. VALOR ICMS

VALOR DO ISSQN

NCM/SHCÓD.PROD.

QUANT.CFOP

Cone c/ linha para costura (material aplicado)

Botões - Embalagem c/100 unidades (material aplicado)

Mão de obra

Insumos recebidos para industrialização

MUNICÍPIO

ESPÉCIEXX

MARCA

DESCRIÇÃO DOS PROD./SERVIÇOS

DADOS DOS PRODUTOS / SERVIÇOS

VALOR UNITÁRIO B. CÁLC. ICMS ALÍQUOTAS

ENDEREÇO

VALOR DO SEGURO

VALOR IPI

BASE DO CÁLCULO DO ICMS200,00

BASE DE CÁLCULO ICMS ST

CST

VALOR DO FRETE

CNPJ/CPFTRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS

CÁLCULO DO IMPOSTO

VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃOVALOR DO ICMS36,00

VALOR TOTAL DOS PRODUTOS2.800,00

FATURA / DUPLICATA

INSCRIÇÃO ESTADUAL

FRETE POR CONTA0 - EMITENTE1 - DESTINATÁRIO

DATA DA EMISSÃO19/09/2012

VALOR TOTAL DO IPI

PLACA DO VEÍCULO

xxx-xxxx

VALOR TOTAL DA NOTA2.800,00

UFSP

NOME/RAZÃO SOCIAL

NOME/RAZÃO SOCIALXYZ Indústria

CNPJ/CPFxx.xxx.xxx/xxxx-xx

MUNICÍPIOxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

PROTOCOLO DE AUTORIZAÇÃO DE USOxxxxxxxxxxxxxxx - 19/09/2012

Recebemos de (razão social do emitente) os produtos e/ou serviços constantes na nota fiscal eletrônica ao lado NF-eNº 000000002SÉRIE: 1

DATA DE RECEBIMENTO

||||| |||||||| || ||||||| ||| |||||JAM IndústriaRua xxxxxxxxx, xx

xxxx- São Paulo-SP Tel xxxx.xxxx

CEP xxxxx-xxx

0

1

Page 13: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 131a semana Outubro

Manual de Procedimentos

Notas Cenofi sco:1ª) O produto fi nal que resulta do processo de industrialização, em nosso entender, deve ser indicado apenas no campo “Informações Complementares” da NF-e.2ª) Para efeito de validação da NF-e, entendemos pela utilização do código NCM/SH 9999.99.99 para o item correspondente à “mão de obra” cobrada do autor do encomenda.3ª) No campo NCM/SH da NF-e deve ser indicado o código específi co de cada material aplicado no processo industrial.4ª) Para o item correspondente aos “Insumos recebidos para industrialização”, em nosso entender, deve ser utilizado o mesmo código da “NCM” e o mesmo “CST” constante no documento fi scal original.

4.2.3. Escrituração fi scal

A nota fi scal nº 000000002, de 19/09/2012, relativa ao retorno de industrialização, será escriturada nas colunas próprias do Livro Regis-tro de Saídas do estabelecimento industrializador e do Livro Registro de Entradas do autor da encomenda, na forma exemplifi cada a seguir:

a) Pelo industrializador:

b) Pelo autor da encomenda:

5. Mercadoria Destinada a Uso, Consumo ou Ativo Imobilizado do Encomendante

5.1. Destinada a uso ou consumo do encomendante

A legislação regulamentar do ICMS, ao conferir o benefício da suspensão a uma operação de circulação de mercadorias, tem por objetivo benefi ciar os contribuintes envolvidos, evitando o comprometimento de seu capital de giro, ou seja, a suspensão do imposto caracteriza uma medida de controle fi scal que tem por objetivo preservar eventuais créditos tributários em razão de ocor-rências específi cas, até que se verifi que uma operação que, de fato, justifi que o pagamento do imposto.

Evita-se, assim, despender recursos fi nanceiros para o reco-lhimento de um imposto que posteriormente será absorvido como crédito, sem nenhuma repercussão positiva para os cofres públicos. No caso, o imposto fi ca suspenso até que ocorra uma condição legalmente estipulada, o que, como regra, se dá em razão de uma posterior saída do produto do estabelecimento encomendante em razão de uma operação regularmente tributada.

A expressão do legislador paulista ao regular a aplicação da suspensão do imposto nas operações de industrialização por en-comenda, determinando que o pagamento do imposto suspenso se efetive quando da saída dos produtos industrializados promovida pelo respectivo encomendante, tem sido objeto de controvérsias quanto à possibilidade de aplicação do benefício às encomendas

LIVRO REGISTRO DE SAÍDAS

Documento Fiscal ICMS – VALORES FISCAIS IPI – VALORES FISCAIS OBSERV

VALOR CONTÁBIL

COM DÉBITO SEM DÉBITO COM

DÉBITO SEM DÉBITO Espécie Número

CFOP VL

CONT BC ALÍQ ICMS ISEN / NT OUTR BC IPI ISEN OUTR

NF 000000002 5.902 2.000,00 – – – – 2.000,00 – – – 2.000,00

NF 000000002 5.124 800,00 200,00 18% 36,00 – 600,00 – – – 800,00

LIVRO REGISTRO DE ENTRADAS

Documento Fiscal ICMS – VALORES FISCAIS IPI – VALORES FISCAIS OBSERV

VALOR CONTÁBIL

COM CRÉDITO SEM CRÉDITO COM

CRÉDITO SEM CRÉDITO Espécie Número

CFOP VL CONT BC ALÍQ ICMS ISEN / NT OUTR BC IPI ISEN OUTR

NF 000000002 1.902 2.000,00 – – – – 2.000,00 – – – 2.000,00

NF 000000002 1.124 800,00 200,00 18% 36,00 – 600,00 – – – 800,00

Page 14: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

14 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

feitas por contribuinte que se encontre na condição de usuário fi nal. Sob tais circunstâncias, rotineiramente os contribuintes, por medida de cautela, optam pela não aplicação da suspensão, instituto que, como vimos, é renunciável.

Muito embora a matéria já tenha sido objeto de análise e manifestação da Fazenda do Estado, como veremos adiante, en-tendemos pela oportunidade de tecer aqui algumas considerações ao nosso ver necessárias a um melhor entendimento.

A utilização da suspensão nas operações de remessa e retorno dos insumos (5.901/6.901 e 5.902/6.902), além de resguardar o capital dos contribuintes, conforme comentado anteriormente, ga-rante o Fisco quanto ao imposto devido no caso de ocorrer desvio das condições que ensejaram o favor fi scal, voltando a ser exigível o imposto, de modo a evitar qualquer dano ao erário.

O legislador ao dispor expressamente no art. 402 do RICMS/00 que nas remessas para industrialização o imposto fi ca suspenso, devendo ser efetivado no momento em que, após o retorno dos produtos industrializados ao estabelecimento de origem, autor da encomenda, por este for promovida a subsequente saída dos mesmos produtos, não impõe que a aplicação da suspensão esteja vinculada tão somente a produtos que devam, necessariamente, ser objeto de circulação posterior, mas tão somente que a tributação dos produtos correspondente aos insumos somente será devida caso venham a ser objeto de posterior saída do estabelecimento.

Podemos assim concluir que a suspensão do ICMS prevista no art. 402 do RICMS-SP alcança também as remessas de insu-mos a serem empregados na industrialização de material de uso ou consumo do encomendante.

Nesse caso, no retorno dos produtos industrializados, o estabelecimento industrializador deverá destacar o ICMS sobre o valor total cobrado pela operação, isto é, sobre o valor dos mate-riais aplicados no respectivo processo industrial acrescido do valor da mão de obra. Os insumos recebidos para industrialização pelo encomendante retornarão, igualmente, com suspensão do imposto.

Importa esclarecer, todavia, que no caso de industrialização de bens destinados a uso, consumo ou ativo é vedada a utilização dos créditos dos insumos que, caso tenham sido apropriados, deverão ser estornados.

Em que pese o exposto, e reconhecendo as discussões que o tema desperta, lembramos que o contribuinte, em sendo de seu interesse, poderá submeter a operação de remessa de insumos para industrialização de bens destinados a seu próprio uso à tribu-tação regular, hipótese em que no retorno dos bens industrializados ao autor da encomenda o imposto será calculado e pago pelo estabelecimento industrial sobre o valor total cobrado do autor da encomenda e sobre o valor dos materiais recebidos para utilização no processo, sem prejuízo fi scal.

Quanto ao IPI, o retorno de industrialização de mercadorias destinadas a uso ou consumo se fará com a tributação do imposto sobre o valor total cobrado do encomendante, acrescido do valor dos insumos recebidos para industrialização, tendo em vista a ope-ração não alcançar a suspensão do imposto prevista no art. 43, VII, do RIPI/10, conforme mencionado no subitem 3.1.

Observa ademais que, por se tratar de mercadoria destinada a uso ou consumo do encomendante, na base de cálculo do ICMS aplicável no retorno de industrialização deverá ser incluído o valor do IPI (art. 37, § 1º, item 3 do RICMS-SP).

5.2. Destinada ao ativo do encomendante

A remessa de insumos para serem empregados na industria-lização de produtos que serão destinados ao ativo imobilizado do autor da encomenda, ampara-se também com a suspensão do ICMS prevista no art. 402 do RICMS-SP, pelos mesmos motivos expostos no subitem anterior, conforme entendimento exarado na Resposta à Consulta da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo nº 370/06, cuja íntegra reproduzimos a seguir:

“Resposta à Consulta Tributária nº 370/2006, de 24 dejulho de 2006

ICMS – Industrialização por conta de terceiro – Fabricação de partes e peças relativas a máquinas e equipamentos integrantes do ativo imobilizado do autor da encomenda – Remessa da matéria-prima para industrialização e o seu subseqüente retorno ao abrigo da suspensão do imposto – Possibilidade.

1. A consulta está assim formalizada:

‘A Consulente tem como parte de sua atividade a industria-lização de partes e peças destinadas à substituição de peças desgastadas no processo de industrialização, complementação e aperfeiçoamento de maquinários constantes do ativo imobilizado, os quais estão envolvidos na produção, que são utilizados para a fabricação de mercadorias para venda, recebendo do ‘autor da encomenda’ matéria-prima (no caso aço) com suspensão do ICMS conforme art. 402 do RICMS/2000.

Considerando os artigos 403 e 428 do RICMS/2000, quan-do do retorno da mercadoria industrializada ao estabelecimento encomendante, na hipótese de não subseqüente saída, haverá a interrupção do diferimento e da suspensão do ICMS sobre as remessas e sobre seu valor acrescido.

Tem-se no caso exemplifi cado acima a situação de industriali-zação de partes e peças que não resultarão em posterior circulação, mas que atuam diretamente na execução de produtos com fi ns comerciais, isto posto, indagamos sobre o entendimento do fi sco em relação à aplicação da legislação vigente referente à industriali-zação desses tipos de peças, uma vez que fazem parte inerente do processo de produção, se poderemos considerar essa operação com o direito a suspensão e ao diferimento do ICMS.

Page 15: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 151a semana Outubro

Manual de Procedimentos

(...)’.

2. Este órgão consultivo, na Resposta à Consultan° 655/96, de 09/01/2003, que deu origem à Decisão Nor-mativa CAT nº 2/03, concluiu que, se o autor da encomenda for usuário final da mercadoria industrializada, isto é, se não submetê-la a subseqüente saída, o industrializador deveria tributar o valor total cobrado do autor da encomenda, ou seja, que não poderia aplicar o diferimento do imposto incidente so-bre o valor acrescido correspondente aos serviços prestados, previsto no artigo 403 do RICMS/2000.

3. Com a aplicação de tal entendimento à situação exposta na presente consulta, a Consulente:

3.1. pode receber a matéria-prima (aço) remetida pelo autor da encomenda e promover o seu subseqüente retorno com sus-pensão do imposto, nos termos do artigo 402, caput e item 2 do § 1°, do RICMS/2000;

3.2. calculará e recolherá o imposto sobre o valor total cobrado pela industrialização das partes e peças, conforme defi nido no § 3° do artigo 402 do RICMS/2000, não se aplicando o diferimento de que trata o artigo 403 desse regulamento.

Vera Lucia Rodrigues Figueiredo – Consultora Tributária.

De acordo. Maria Alice Formigoni – Consultora Tributária Chefe Substituta – 1ª ACT.

Gianpaulo Camilo Dringoli – Diretor Adjunto da Consultoria Tributária – Substituto”.

Nota Cenofi sco: O diferimento do imposto, mencionado na Resposta à Consulta nº 572/01, até 31/01/2007, era previsto no art. 403 do RICMS/00, a partir de então, passou a ser disciplinado na Portaria CAT nº 22/07.

A base de cálculo do ICMS a ser utilizada pelo industrializador no retorno dos produtos industrializados ao autor da encomenda corresponderá ao valor do material aplicado no processo industrial, somado ao valor da mão de obra cobrada.

Os insumos recebidos para industrialização do encomendante retornarão, igualmente, com suspensão do imposto.

Importa ressaltar que nas hipóteses em que o bem já per-tence ao ativo imobilizado do encomendante e for remetido para industrialização em estabelecimento de terceiro, a operação fi cará amparada por não incidência do ICMS, prevista no art. 7º, XIV, do RICMS-SP, sendo o respectivo retorno tributado pelo valor cobrado do encomendante (insumos aplicados + mão de obra). O valor do bem recebido para industrialização do encomendante retornará, da mesma forma da tributação original, ou seja, com a não incidência do imposto.

6. Industrializador – Profi ssional Autônomo ou Avulso

Todos os procedimentos abordados no presente trabalho são previstos na legislação do ICMS e do IPI e, por consequência, presumem operações de remessa e retorno de industrialização praticadas entre contribuintes devidamente inscritos.

Entretanto, quando, em caráter pessoal, um profi ssional autônomo ou avulso executar operações de industrialização por conta e ordem de terceiros, de produtos destinados a posterior comercialização ou industrialização, será observado o exposto nos subitens 6.1 e 6.2.

Os profi ssionais autônomos ou avulsos fi cam dispensados da obrigatoriedade de inscrever-se no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado de São Paulo, conforme dispõe o inciso I doart. 23 do RICMS-SP.

6.1. Remessa para industrialização para profi ssional autônomo ou avulso

Para promover a remessa para industrialização, quando o industrializador for profi ssional autônomo ou avulso, o autor da enco-menda deverá emitir a nota fi scal, no CFOP 5.901, com suspensão do ICMS e do IPI, fundamentando-se no art. 402 do RICMS-SP e no art. 43, VI, do RIPI/10, fazendo constar os dados de identifi cação do profi ssional autônomo ou avulso e a circunstância da operação.

6.2. Retorno de industrialização executada por profi ssional autônomo ou avulso

O executor da industrialização (profi ssional autônomo ou avulso) é dispensado de inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado de São Paulo nos termos do inciso I do art. 23 do RICMS-SP e, por consequência, não é obrigado à emissão de documentos fi scais.

Desse modo, caberá ao estabelecimento autor da encomen-da emitir a nota fi scal relativa à entrada, nos CFOPs 1.902/1.124, conforme preceitua o art. 136, I, “b” do RICMS-SP para registro da operação de retorno de industrialização. Esse documento servirá para acobertar a retirada da mercadoria industrializada nas depen-dências do profi ssional autônomo ou avulso, caso o encomendante assuma o encargo no seu transporte.

A referida operação fi ca amparada pela suspensão do ICMS e do IPI, conforme previsto no art. 402 do RICMS-SP e no art. 43, VII, do RIPI/10, respectivamente. O valor da mão de obra cobrada pelo profi ssional autônomo ou avulso fi ca amparado pelo diferimento do imposto, conforme disposto na Portaria CAT nº 22/07.

Page 16: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

16 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

7. Aspectos relativos à Tributação do ISS e do IPI

7.1. Incidência concomitante do ISS e do ICMS – Impossibilidade

A Lei Complementar nº 116/03, em seu art. 1º, estabeleceu como fato gerador do ISS a efetiva prestação de serviços constantes na sua lista anexa. Observa-se, entretanto, a disposição do § 2º do referido artigo, que dispõe: “Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não fi cam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermuni-cipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias”.

Em harmonia com o disposto na lei já referida, a Lei Comple-mentar nº 87/96, que disciplina a competência atribuída aos Estados para instituir e regulamentar o ICMS, em seu art. 2º, incisos IV e V, estabelece que ocorre a incidência do ICMS:

a) no fornecimento de mercadorias com prestação de ser-viços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; e

b) no fornecimento de mercadorias com prestação de servi-ços sujeitos ao Imposto sobre Serviços de competência dos Municípios, mas que, por disposição expressa em lei complementar, sujeitam-se ao imposto de competência estadual.

Do exposto, forçoso concluir que, como regra, a incidência do ICMS sobre uma determinada operação exclui a do ISS.

Entretanto, estabelecer com clareza se uma atividade se en-contra sujeita à incidência de um ou de outro imposto, em alguns casos requer uma análise mais criteriosa. Tomemos por exemplo as atividades descritas no item 14.05 da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/03, reproduzido a seguir, que rotinei-ramente gera dúvidas ao contribuinte quanto à sua tributação pelo ISS ou pelo ICMS:

“14.05 – Restauração, recondicionamento, acondiciona-mento, pintura, benefi ciamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastifi cação e congêneres, de objetos quaisquer”.

Podemos verifi car que as atividades anteriormente identifi cadas como prestação de serviços sujeitos ao ISS guardam correlação com atividades reconhecidas como industriais expressamente arroladas no art. 4º do Regulamento do ICMS e que são sujeitas à incidência do ICMS, por envolverem circulação de mercadorias.

Assiste ao contribuinte, portanto, defi nir o campo de incidência que se impõe às operações ou prestações a que der causa, a partir de uma análise que envolve as circunstâncias sob as quais as mes-mas se apresentam. Assim, enquanto a incidência do ISS, por sua natureza, vincula serviços prestados a usuário fi nal, as ações a que são submetidos os bens destinados a posterior comercialização ou industrialização devem ser reconhecidas como etapa do processo produtivo que resulta na obtenção de mercadorias, considerada a acepção técnica do termo, cuja circulação encontra-se no campo de incidência do ICMS.

Melhor esclarecendo, quando a mercadoria submetida ao processo de benefi ciamento, recondicionamento, ou qualquer dos processos constantes do referido item 14.05 da Lista de Serviços, não for destinada a posterior comercialização ou industrialização, a operação será tratada como prestação de serviços sujeita à tributação do ISS.

Entretanto, se caso tais mercadorias forem destinadas a poste-rior comercialização ou industrialização pelo remetente, a operação será tratada como industrialização sujeita à tributação do ICMS.

7.2. Incidência concomitante do ISS e do IPI – Possibilidade

A Receita Federal do Brasil tem manifestado seu entendimento quanto à possibilidade de haver tributação concomitante do Imposto Sobre Serviços (ISS) de competência municipal, e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de competência federal em operações de industrialização por encomenda.

Embora constantes da lista de serviços anexa à Lei Comple-mentar nº 116/03, que regula o ISS, o Fisco Federal entende que os serviços que se enquadrarem no conceito de industrialização contido no Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decretonº 7.212/10, estão sujeitos também à incidência do IPI.

O inciso III do art. 156 da Constituição Federal de 1988 dispõe que não poderá haver tributação do ISS, se a operação, por sua natureza e forma, estiver no campo de incidência do ICMS, de competência estadual, que se concretiza quando a operação é realizada sob encomenda de usuário final, ou seja, as mercadorias não forem destinadas a comercialização ou industrialização.

Entretanto, a incidência do ISS não exclui a incidência do IPI na mesma operação ou prestação. Nesse sentido tem se manifestado reiteradamente a Secretaria da Receita Federal por meio de diversas Soluções de Consulta e Pareceres Normativos, dentre os quais os que reproduzimos a seguir:

Page 17: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 171a semana Outubro

Manual de Procedimentos

“Ministério da Fazenda

Secretaria da Receita Federal

Solução de Consulta nº 174, de 02 de Maio de 2007 – (DOU de 14/06/07) – 8ª Região Fiscal

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

Ementa: Atividade Gráfi ca. Impressos. Industrialização. Iden-tifi cação com Serviço. Sujeição ao ISS. Irrelevância. Incidência do IPI. A produção de impressos de material industrial, comercial e publicitário caracteriza-se como industrialização, salvo se se tratar de impressão por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em ofi cina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profi ssional. Se confi gurada como operação industrial, o produto resultante estará sujeito a in-cidência do IPI quando de sua saída do estabelecimento industrial. O fato de operações caracterizadas como industrialização, pela legislação do IPI, se identifi carem com quaisquer dos serviços rela-cionados na lista anexa à LC nº 116, de 2003, sujeitos ao ISS, não impede a incidência do IPI sobre os produtos resultantes dessas industrializações.

Dispositivos Legais: Constituição Federal, art. 156, inciso III; LC nº 116, de 2003, art. 1º e § 2º; Decreto nº 4.544, de 2002 – RIPI/02, art. 4º, art. 5º, inciso V, art. 7º inciso II, e art. 34, inciso II; PN CST nº 83, de 1977.

Cláudio Ferreira Valladão – Chefe”

“Ministério da Fazenda

Secretaria da Receita Federal

Solução de Consulta nº 38, de 20 de Abril de 2009 –(DOU de 15/05/09)

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

Ementa: Incidência Concomitante de IPI e ISS. Possibilidade. Inexiste impedimento à incidência concomitante de IPI e de ISS sobre uma mesma operação.

Dispositivos legais: PN CST nº 253/1970, PN CSTnº 127/1971 e PN CST nº 83/1977.

Sandro Luiz de Aguilar – Chefe da Divisão”

“Ministério da Fazenda

Secretaria da Receita Federal

Parecer Normativo CST nº 83 de 1977 (DOU 23/12/1977)

O fato de quaisquer dos serviços catalogados na lista anexa ao Decreto-Lei nº 406/68, ou que foram ou venham a ser poste-

riormente incluídos, se identifi carem com operações consideradas industrialização, ex vi do RIPI, é irrelevante para determinar a não incidência do IPI.

Imposto sobre Produtos Industrializados

4.01.00.00 – Incidência

1. Embora o PN nº 253/70 já tenha, ainda que en passant, disposto sobre a matéria, persiste dúvida quanto à incidência ou não do IPI sobre produtos resultantes de processos de industrialização que se possam identifi car com os relacionados na ‘Lista de Serviços’ anexa ao diploma legal que dispõe sobre o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

2. Segue-se a transcrição dos dispositivos legais em torno dos quais tem assento a referida indagação.

‘Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968

Estabelece normas gerais de direito fi nanceiro, aplicáveis aos impostos sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre serviços de qualquer natureza, e dá outras providências.

Art. 8º. O imposto, de competência dos Municípios, sobre serviços de qualquer natureza, tem como fato gerador a prestação, por empresa ou profi ssional autônomo, com ou sem estabelecimento fi xo, de serviço constante da lista anexa.

§ 1º. Os serviços incluídos na lista fi cam sujeitos apenas ao imposto previsto neste artigo, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.

§ 2º. O fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não especifi cados na lista fi ca sujeito ao imposto sobre circulação de mercadorias.’

(Este último parágrafo está com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 834, de 08 de setembro de 1969).

3. Conforme Aliomar Baleeiro, in ‘Direito Tributário Brasileiro’, 1ª edição, página 265, ‘o Decreto-Lei nº 406, na ementa, assumiu expressamente o caráter de diploma de normas gerais de direito tributário e, nessa posição, reservou ao Estado os serviços não previstos na lista, quando envolvem fornecimento de mercadorias’.

3.1. Dispõe a norma transcrita, após defi nir o fato gerador do ISS, especifi camente sobre confl itos de competência entre Estados e Municípios que envolvam problemas de incidência referentes àquele tributo e ao ICM. Diante disto, somente se poderia admitir implicações daquela disposição em outras espécies de tributos, sobretudo federais, que constassem expressamente do texto legal.

4. Portanto, a locução constante do § 1º ‘apenas ao imposto previsto neste artigo’, signifi ca unicamente não incidência do ICM, enquanto que a do § 2º, ‘ao imposto de circulação de mercadorias’, esclarece a não sujeição ao ISS.

Page 18: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

18 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

5. Conseguintemente, o fato de quaisquer dos serviços ca-talogados na lista anexa ao Decreto-Lei nº 406/68, ou que foram ou venham a ser posteriormente incluídos, se identifi carem com operações consideradas industrialização, ex vi do RIPI, é irrelevante para determinar a não incidência do IPI.”

8. Considerações quanto às Operações Interestaduais

8.1. Aplicação

As operações de industrialização por encomenda, bemcomo as denominadas ‘triangulares’, são disciplinadas no âmbito do CONFAZ, por meio do Convênio SINIEF s/nº, de 15/12/1970, razão pela qual alcançam tanto as operações internas quanto as interestaduais.

Cumpre-nos esclarecer que Convênios são atos legais especí-fi cos celebrados pelos Estados e pelo Distrito Federal no Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), devendo ser assinados por todos os representantes de cada um dos entes federativos. Os Convênios dispõem sobre a concessão de benefícios, regimes de tributação, procedimentos fi scais e outros, e devem ser aplicados no âmbito interno de cada Estado e do Distrito Federal e também no âmbito interestadual.

Observamos, ademais, que alguns Estados podem estabe-lecer critérios diferentes quanto à exigência do cumprimento das obrigações acessórias, como é o caso do Estado de São Paulo, que exige que o fornecedor emita nota fi scal relativa à “remessa simbólica” em nome do industrializador, nas operações em que o fornecedor promove a entrega dos insumos adquiridos diretamente ao estabelecimento industrializador por conta e ordem do adquirente (art. 406 do RICMS-SP), enquanto a maioria dos Estados não submete seus contribuintes a essa exigência.

A suspensão do ICMS, nas operações interestaduais de in-dustrialização por encomenda, encontra amparo no Convênio AE nº 15/74, ao qual todos os Estados assinam e concordam com a suspensão nele estabelecida.

Relativamente ao IPI, sendo este um imposto de competência da União, as disposições constantes do Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/10, alcançam todo o território nacional.

8.2. Diferimento do ICMS – Inaplicabilidade

Nas operações interestaduais de retorno de industrialização, não será aplicado o diferimento do imposto de que trata a Portaria CAT nº 22/07 sobre o valor da mão de obra, tendo em vista que o referido ato legal alcança somente as operações internas.

Assim, a base de cálculo do imposto, no retorno de industria-lização, corresponderá ao somatório do valor do material aplicado no processo industrial e do valor da mão de obra cobrada do en-comendante. O valor dos insumos recebidos para industrialização será tributado igualmente a remessa, ou seja, com a suspensão do imposto prevista no art. 402 do RICMS-SP.

8.3. Sucata de metais e com produtos primários de origem animal, vegetal ou mineral

A suspensão do ICMS prevista no art. 402 do RICMS-SP não se aplica às operações interestaduais de remessa para industriali-zação, com sucata de metais e com produtos primários de origem animal, vegetal ou mineral. Somente será aplicada suspensão do ICMS nas operações interestaduais com esses produtos quando houver regime especial concedido com anuência dos Estados envolvidos (art. 402, § 4º, do RICMS-SP).

9. Operações Triangulares

A legislação em vigor dispõe sobre outras formas em que as operações de industrialização podem se realizar, das quais des-tacamos como exemplo a hipótese em que um estabelecimento mandar industrializar mercadoria em estabelecimento de terceiro, mediante o fornecimento de matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem, adquirido de fornecedor que promove a sua entrega diretamente ao estabelecimento industrializador(art. 406 do RICMS-SP).

Nessa operação, há o envolvimento de pelo menos três agentes: o fornecedor, o adquirente e o estabelecimento industria-lizador. É, nesse sentido, por exemplo, que a operação por suas peculiaridades assume a característica de triangular, modelo este que, dentre outros, proporciona maior agilidade no deslocamento físico das mercadorias submetidas a processos industriais.

Nos subtens a seguir, detalharemos os procedimentos es-pecífi cos aplicáveis nas operações triangulares de industrialização, conforme preceituam os arts. 405, 406 e 408 do RICMS-SP.

9.1. Industrialização por mais de um estabelecimento – Art. 405 do RICMS-SP

Quando a mercadoria tiver de transitar por mais de um es-tabelecimento industrializador antes de ser entregue ao autor da encomenda, cada um deles deverá (art. 405 do RICMS-SP eart. 494 do RIPI/10):

a) emitir nota fi scal, no CFOP 5.949/6.949, para acompanhar o transporte da mercadoria com destino ao industrializador seguinte, sem destaque do valor do ICMS e do IPI, na qual, além dos demais requisitos, constarão:

Page 19: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 191a semana Outubro

Manual de Procedimentos

a.1) a indicação de que a remessa se destina à industria-lização por conta e ordem do autor da encomenda, que será qualifi cado nessa nota fi scal;

a.2) o número, a série e a data da emissão, o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do emitente da nota fi scal que tiver acompanha-do a mercadoria recebida em seu estabelecimento;

b) emitir nota fi scal, nos CFOPs 5.124/5.902 ou 6.124/6.902, conforme o caso, correspondente ao valor acrescido e o valor dos insumos recebidos para industrialização, em nome do estabelecimento autor da encomenda, na qual, além dos demais requisitos, constarão:

b.1) o número, a série e a data da emissão, o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do emitente da nota fi scal que tiver acompanha-do a mercadoria recebida em seu estabelecimento;

b.2) o número, a série e a data da emissão da nota fi scal referida na letra “a”;

b.3) o valor da mercadoria recebida para industrialização, o valor das mercadorias empregadas e o total cobrado do autor da encomenda;

b.4) o destaque do valor do imposto, que será calculado sobre o valor total cobrado do autor da encomenda, ressalvada a aplicação do disposto na Portaria CAT nº 22/07;

c) o último estabelecimento industrializador envolvido na ope-ração, ao promover a saída da mercadoria em retorno ao estabelecimento de origem, autor da encomenda, deverá emitir nota fi scal, nos CFOPs 5.124/6.124 (correspondente ao valor acrescido, ou seja, o valor da mão de obra e do material aplicado) e 5.902/6.902 (relativo aos insumos recebidos para industrialização).

No retorno de industrialização, o estabelecimento industrializa-dor observará a tributação concernente à operação realizada, em observância ao já exposto anteriormente.

9.2. Remessa de insumos do fornecedor para o industrializador por conta e ordem do autor da encomenda – Art. 406 do RICMS-SP

Quando um estabelecimento mandar industrializar mercado-ria, com fornecimento de matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem, adquirido de fornecedor que promover a sua entrega diretamente ao estabelecimento industrializador, será observado o procedimento descrito a seguir (art. 406 do RICMS-SP e art. 493 do RIPI/10):

a) Pelo estabelecimento fornecedor:

a.1) emitir nota fi scal em nome do estabelecimento adqui-rente, no CFOP 5.122/5.123 ou 6.122/6.123, confor-me o caso, na qual, além dos requisitos normalmente exigidos na legislação, constarão o nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do estabelecimento em que os produtos serão entregues, bem como a circunstância de que se destinam à industrialização, destacando o ICMS e o IPI, se devido;

a.2) emitir nota fi scal em nome do estabelecimento in-dustrializador, no CFOP 5.924 ou 6.924, conforme o caso, sem o destaque do valor do imposto, para acompanhar o transporte da mercadoria para o esta-belecimento industrializador, na qual constarão, além dos demais requisitos, o número, a série, a data da emissão da nota fi scal referida na letra “a.1”, o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do adquirente, por cuja conta e ordem a mercadoria será industrializada.

b) Pelo estabelecimento adquirente (autor da encomenda):

b.1) emitir nota fi scal, no CFOP 5.901 ou 6.901, conforme o caso, relativa à remessa simbólica em nome do es-tabelecimento industrializador, sem destaque do ICMS e do IPI, mencionando, além dos demais requisitos, o número, a série e data do documento fi scal emitido nos termos da letra “a.1”;

b.2) remeter a nota fi scal indicada na letra “b.1” ao esta-belecimento industrializador, que deverá anexá-la à nota fi scal emitida nos termos da letra “a.2” e efetuar anotações pertinentes na coluna “Observações”, na linha correspondente ao lançamento no Livro Registro de Entradas.

Nota Cenofi sco: O estabelecimento fornecedor fi ca dispensado de emissão da nota fi scal de remessa, indicada na letra “a.2”, desde que (parágrafo único doart. 406 do RICMS-SP): 1) a saída das mercadorias com destino ao estabelecimento industrializador seja acompanhada da nota fi scal indicada na letra “b.1”; 2) indique, no campo “Informações Complementares” da nota fi scal referida no item anterior, a data da efetiva saída das mercadorias com destino ao industrializador; 3) faça indicação, na nota fi scal a que se refere a letra “a.1”, da circunstân-cia de que a remessa da mercadoria ao industrializador foi efetuada com a nota fi scal prevista na letra “b.1”, mencionando-se, ainda, os seus dados identifi cativos.

c) Pelo estabelecimento industrializador:

c.1) emitir nota fi scal relativa ao “Retorno de Industrializa-ção” em nome do autor da encomenda, nos CFOPs 5.125/5.925 ou 6.125/6.925, conforme o caso, na

Page 20: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

20 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

qual, além dos demais requisitos, constarão o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do fornecedor, o número, a série, quando adotada, e a data da emissão da nota fi scal referida na letra “a.2”, bem como o valor da mercadoria recebida para industrialização, o valor das mercadorias empre-gadas e o total cobrado do autor da encomenda;

c.2) efetuar, na referida nota fi scal, o destaque do valor do imposto, se devido, sobre o valor total cobrado do autor da encomenda, ressalvada a aplicação do disposto na Portaria CAT nº 22/07, que dispõe sobre a aplicação do diferimento do ICMS sobre o valor da mão de obra, conforme se verifi ca no subitem 3.2.

9.3. Remessa do produto industrializado a estabelecimento de terceiro – Art. 408 do RICMS-SP

Na operação em que, estando os estabelecimentos autor da encomenda e o industrializador localizados neste Estado, a remessa dos produtos for efetuada pelo industrializador, por conta e ordem do autor da encomenda, diretamente a estabelecimento que os tiver adquirido, será observado o procedimento descrito no art. 408 do RICMS-SP e no art. 495 do RIPI/10.

Melhor esclarecendo, quando o industrializador promover a en-trega dos produtos resultantes do processo industrial por solicitação do autor da encomenda, diretamente no estabelecimento adquirente do produto, hipótese em que a legislação paulista exige que tanto o estabelecimento industrializador quanto o autor da encomenda estejam localizados neste Estado, para tanto, será observado o procedimento descrito a seguir:

a) Pelo estabelecimento autor da encomenda:

a.1) emitir nota fi scal, no CFOP 5.102/6.102, conforme o caso, em nome do estabelecimento adquirente, com destaque do ICMS e do IPI, se devidos, na qual, além dos demais requisitos, constarão o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do estabelecimento industrializador que irá promover a remessa da mercadoria ao adquirente.

b) Pelo estabelecimento industrializador:

b.1) emitir nota fi scal, no CFOP 5.949/6.949, conforme o caso, em nome do estabelecimento adquirente para acobertar o transporte da mercadoria, sem destaque do valor do imposto, na qual, além dos demais requi-sitos, constarão a natureza da operação, “Remessa por Conta e Ordem de Terceiros”, o número, a série e a data da emissão da nota fi scal referida na letra “a.1”, bem como o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do seu emitente;

b.2) emitir nota fi scal, no CFOP 5.124/5.902, em nome do estabelecimento autor da encomenda, na qual, além dos demais requisitos, constarão: como natureza da operação, a expressão “Retorno Simbólico de Produtos Industrializados por Encomenda”, o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do estabelecimento adquirente para o qual for efetuada a remessa dos produtos industrializados, bem como o número e a série da nota fi scal emitida na forma da letra “b.1”, o número, a série e a data da emissão da nota fi scal pela qual a mercadoria tiver sido recebida em seu estabelecimento para industrializa-ção, o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do emitente, e, ainda, o valor da mercadoria recebida para industrialização, o valor das mercadorias empregadas e o valor total cobrado do autor da encomenda;

b.3) indicar, ainda, no campo “Informações Complemen-tares” da nota fi scal emitida na forma da letra “b.2”, o valor do imposto que será calculado sobre a impor-tância das mercadorias empregadas no processo industrial, hipótese em que será aproveitado como crédito pelo autor da encomenda, quando admitido.

O procedimento exposto anteriormente aplica-se, também, à remessa feita pelo estabelecimento industrializador a outro es-tabelecimento pertencente ao titular do estabelecimento autor da encomenda (§ 1º do art. 408 do RICMS-SP).

O estabelecimento industrializador fi ca dispensado da emis-são da nota fi scal de que trata a letra “b.1”, desde que (§ 2º doart. 408 do RICMS-SP):

1) a saída dos produtos com destino ao estabelecimento adquirente seja acompanhada da nota fi scal indicada na letra “a.1”;

2) no campo “Informações Complementares” da nota fi scal aludida no item anterior, seja mencionada a data da efetiva saída da mercadoria com destino ao adquirente;

3) na nota fi scal a que se refere a letra “b.2”, seja mencionada a circunstância de ter sido a remessa da mercadoria ao adquirente efetuada com o documento fi scal previsto na letra “a.1”, indicando, ainda, os seus dados identifi cativos.

10. Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOPs) – Quadro Prático

Demonstraremos a seguir, na forma de quadro prático, os Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOPs) utilizados nas operações de remessa e retorno de industrialização, constante no Anexo V do RICMS-SP:

Page 21: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 211a semana Outubro

Manual de Procedimentos

a) Remessa para industrialização:

Remessa para industrialização Entrada para industrialização

Remetente CFOP Operação Destinatário CFOP Operação

Autor da encomenda 5.901/6.901 Remessa para industrialização por encomenda

Estabelecimento industrializador 1.901/2.901 Entrada para industrialização

por encomenda

b) Retorno de industrialização:

Remessa para industrialização Entrada para industrialização

Remetente CFOP Operação Destinatário CFOP Operação

Estabelecimento industrializador

5.902/6.902Retorno de mercadoria utili-zada na industrialização por encomenda

Autor da encomenda

1.902/2.902 Retorno de mercadoria remetida para industrialização por encomenda

5.124/6.124 Industrialização efetuada para outra empresa 1.124/2.124

Industrialização efetuada por outra empresa

Notas Cenofi sco:1ª) Quando a industrialização efetuada se referir a bens do ativo imobilizado do encomendante, a entrada deverá ser classifi cada no CFOP 1.551/2.551, “Compra de bem para o ativo imobi-lizado”.

2ª) Quando a industrialização efetuada se referir a materiais destinados ao uso ou consumo do encomendante, a en-trada deverá ser classifi cada no CFOP 1.556/2.556, “Compra de material para uso ou consumo”.

5.903/6.903

Retorno de mercadoria re-cebida para industrialização e não aplicada no referido processo

1.903/2.903Entrada de mercadoria remetida para industrialização e não aplicada no referido processo

c) Operações triangulares:

Remessa para industrialização Entrada

Remetente CFOP Operação Destinatário CFOP Operação

Fornecedor

5.924/6.924

Remessa para industrialização por conta e ordem do adquirente da mercadoria, quando esta não transitar pelo estabelecimento do adquirente

Estabelecimento industrializador 1.924/2.924

Entrada para industrialização por conta e ordem do adqui-rente da mercadoria, quando esta não transitar pelo esta-belecimento do adquirente

5.122/5.123 ou

6.122/6.123

Venda de mercadoria remetida para industrialização por conta e ordem do adquirente, sem transitar pelo estabelecimento adquirente

Estabelecimento adquirente e autor da enco-menda

1.122/2.122

Compra para industrializa-ção em que a mercadoria foi remetida pelo fornecedor ao industrializador sem transitar pelo estabelecimento ad-quirente

Autor da encomenda(adquirente) 5.901/6.901 Remessa para industrialização

por encomendaEstabelecimento industrializador

Anexar esse documento à nota fi scal emitida pelo fornecedor nos CFOPs 5.924/6.924

Page 22: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

22 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

Retorno de industrialização Entrada

Remetente CFOP Operação Destinatário CFOP Operação

Estabelecimento industrializador

5.925/6.925 Retorno de mercadoria rece-bida para industrialização por conta e ordem do adquirente da mercadoria, quando aquela não transitar pelo estabelecimento do adquirente

Autor da encomenda

1.925/2.925 Retorno de mercadoria remetida para industrialização por conta e ordem do adquirente da mercadoria, quando esta não transitar pelo esta-belecimento do adquirente

5.125/6.125

Industrialização efetuada para outra empresa quando a merca-doria recebida para utilização no processo de industrialização não transitar pelo estabelecimento adquirente da mercadoria

1.125/2.125

Industrialização efetuada por outra empresa quando a mercadoria re-metida para utilização no processo de industrialização não transitou pelo estabelecimento adquirente da mercadoria

Notas Cenofi sco:1ª) Quando a industrialização efetu-ada se referir a bens do ativo imobi-lizado do encomendante, a entrada deverá ser classifi cada, no CFOP 1.551/2.551, “Compra de bem para o ativo imobilizado”.2ª) Quando a industrialização efe-tuada se referir a materiais des-tinados ao uso ou consumo do encomendante, a entrada deverá ser classifi cada no CFOP 1.556/2.556, “Compra de material para uso ou consumo”.

Diferencial de Alíquota Devido por ME e EPP Optantes pelo SIMPLES Nacional SUMÁRIO

1. Introdução

2. Aquisição por ME e EPP Optantes pelo SIMPLES Nacional2.1. Fato gerador2.2. Hipóteses de incidência

3. Cálculo do Imposto3.1. Aquisição de empresas sujeitas à tributação normal3.2. Aquisição de empresas ME e EPP também optantes pelo SIMPLES Nacional

4. Recolhimento4.1. Forma de recolhimento4.2. Prazo de recolhimento

5. Obrigação Acessória do Adquirente5.1. Relatório Demonstrativo5.2. Prazo para conservação do Relatório Demonstrativo

6. Mercadorias Sujeitas à Substituição Tributária ou Antecipação do Imposto6.1. Aquisição interestadual de mercadorias sujeitas à substituição tributária ou recolhimento antecipado do imposto

1. Introdução

A Lei Complementar nº 123/06 instituiu o Regime Unifi cado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devido pelas Microempre-sas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES Nacional), que implica em recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, incluindo o imposto de competência estadual (ICMS – Imposto de Circulação de Mercadorias e Sobre Prestação de Serviços) (arts. 12 e 13 da Lei Complementar nº 123/06).

Page 23: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 231a semana Outubro

Manual de Procedimentos

Entretanto, o referido regime não alcança o recolhimento do ICMS correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual nas aquisições de mercadorias em outros Estados e no Distrito Federal, previsto no § 1º do art. 13 do diploma legal em comento.

2. Aquisição por ME e EPP Optantes pelo SIMPLES Nacional

2.1. Fato gerador

Nos termos do art. 2º, XVI, do RICMS, ocorre o fato gerador do imposto na entrada, em estabelecimento de contribuinte optante pelo regime unifi cado de arrecadação – SIMPLES Nacional, de mercadorias oriundas de Outros Estados ou do Distrito Federal.

2.2. Hipóteses de incidência

Nos termos do art. 115, XV-A, “a”, do RICMS-SP, o dife-rencial de alíquota é devido na entrada de mercadorias oriundas de outros Estados ou do Distrito Federal, em estabelecimento de ME e EPP optantes pelo SIMPLES Nacional, quando a alíquota interestadual for inferior à alíquota interna, nas seguintes hipóteses:

a) mercadoria destinada à industrialização;

b) mercadoria destinada à comercialização;

c) material de uso e/ou consumo e bem destinado ao ativo imobilizado.

3. Cálculo do Imposto

3.1. Aquisição de empresas sujeitas à tributação normal

O valor do imposto a ser recolhido será a diferença entre a alíquota interna e a interestadual, obtido pelo valor resultante da multiplicação da base de cálculo constante no documento fi scal, quando a alíquota interna a que estiver sujeita a mercadoria no Es-tado de São Paulo for superior à alíquota interestadual, deduzindo do resultado o valor do imposto destacado no referido documento, conforme segue:

Exemplo

Base de cálculo na operação interestadual:..... R$ 1.000,00

Alíquota:....................................................... 12%

Valor do ICMS:............................................. R$ 120,00

Diferencial de alíquotas

Base de cálculo:............................................ R$ 1.000,00

Alíquota interna:............................................. 18%

Valor do ICMS:............................................... R$ 180,00

Diferencial a ser recolhido: R$ 180,00 - R$ 120,00 = R$ 60,00

Observa-se neste exemplo que o valor do diferencial de alí-quota a ser recolhido pela ME e EPP que adquirem mercadorias em outros Estados ou no Distrito Federal é de R$ 60,00.

3.2. Aquisição de empresas ME e EPP também optantes pelo SIMPLES Nacional

Nas aquisições de ME e EPP também optantes pelo SIMPLES Nacional, deverá o adquirente do Estado de São Paulo adotar o mesmo procedimento a ser observado quando da aquisição de empresas sujeitas à tributação normal.

Desse modo, há de se considerar o mesmo cálculo do exem-plo citado anteriormente, ou seja, embora não havendo destaque do ICMS no documento fi scal emitido pelo fornecedor “SIMPLES Nacional”, deverá o adquirente considerar a alíquota interestadual de 12%, recolhendo apenas a diferença entre a alíquota interna do Estado de São Paulo e a interestadual, conforme o § 8º do art. 115 do RICMS, na redação dada pelo Decreto nº 52.858/08, com efeitos a partir de 03/04/2008.

4. Recolhimento

4.1. Forma de recolhimento

O valor do imposto apurado mensalmente a título de diferencial de alíquota deverá ser recolhido mediante GARE-ICMS, utilizando-se o Código de Receita 063-2 (art. 115 do RICMS).

4.2. Prazo de recolhimento

O diferencial de alíquota deverá ser recolhido até o último dia da primeira quinzena do mês subsequente ao da entrada das mercadorias no estabelecimento adquirente.

5. Obrigação Acessória do Adquirente

5.1. Relatório Demonstrativo

Conforme disciplina estabelecida pela Portaria CAT nº 75/08, o contribuinte sujeito às normas do Regime Especial de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pela ME e EPP – “SIMPLES Nacional”, relativamente às mercadorias destinadas à industrialização ou comercialização, material de uso ou consumo ou bem destinado ao ativo permanente, remetido por contribuinte localizado em Outro Estado ou no Distrito Federal, deverá elaborar Relatório Demonstra-tivo das operações de entrada interestaduais ocorridas no período de apuração, indicando para cada operação:

I – a data da entrada da mercadoria em seu estabelecimento;

II – o número de inscrição no CNPJ do contribuinte remetente;

Page 24: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

24 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

III – a base de cálculo relativa à entrada;

IV – o valor do imposto obtido mediante a multiplicação do percentual correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, pela base de cálculo, quando a alíquota interestadual for inferior à interna.

Vale ressaltar que, nos termos da referida Portaria, o valor a ser recolhido é o apurado na totalização do Relatório Demonstrativo.

Ressalte-se, ainda, que não há modelo padrão para a elabo-ração do referido relatório, bastando, para tanto, que este contenha todas as informações já mencionadas.

5.2. Prazo para conservação do Relatório Demonstrativo

Importa observar, ainda, que o Relatório Demonstrativo deverá ser conservado no estabelecimento adquirente pelo prazo mínimo de cinco anos, conforme previsto no art. 202 do RICMS.

6. Mercadorias Sujeitas à Substituição Tributária ou Antecipação do Imposto

6.1. Aquisição interestadual de mercadorias sujeitas à substituição tributária ou recolhimento antecipado do imposto

Vale salientar que o cálculo da diferença entre a alíquota interna e a interestadual não se aplica à entrada de mercadorias oriundas de outros Estados ou do Distrito Federal (Portaria CAT nº 75/08), nas hipóteses a seguir indicadas:

a) cuja operação esteja sujeita ao regime jurídico de Substi-tuição Tributária;

b) recolhimento antecipado previsto no art. 426-A do RICMS.

Frise-se que, nas hipóteses citadas anteriormente, tanto o recolhimento por substituição tributária, quanto a antecipação do recolhimento antecipado previsto no art. 426-A do RICMS-SP já englobam o diferencial de alíquota.Base legal: citada no texto.

IPI

Selo de Controle – Produtores, Engarrafadores, Cooperativas de Produtores, Estabelecimentos Comerciais Atacadistas e Importadores de Bebidas Alcoólicas – Tratamento Fiscal

SUMÁRIO

1. Considerações Iniciais

2. Obrigatoriedade da Aplicação do Selo nos Produtos2.1. Produtos importados ou licitados – Forma e prazo de selagem2.2. Formas de aplicação do selo2.3. Importação de bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres –

Capítulo 22

3. Bebidas Sujeitas ao Selo3.1. Relação de produtos sujeitos ao selo de controle3.2. Exceções à exigência de selagem3.3. Tipos de selos de controle

4. Previsão Anual de Consumo – Prazo e Local para Apresentação4.1. Estabelecimento em início de atividade4.2. Início de fabricação de produto novo sujeito ao selo

5. Normas de Fornecimento e Local para Requisição do Selo5.1. Pessoas habilitadas para retirar os selos na unidade da SRF5.2. Procedimentos para solicitação5.3. Limites quantitativos para requisição5.4. Requisição feita em desacordo com a previsão de consumo

6. Escrituração do Selo

7. Devolução de Selos7.1. Selos com defeitos de origem7.2. Transferência para outro estabelecimento7.3. Furto ou roubo de produtos importados7.4. Diligência no local pela SRF7.5. Indenização dos selos devolvidos7.6. Restituição em espécie – Hipótese

8. Diferenças no Estoque de Selos8.1. Diferenças apuradas pelo usuário – Forma de regularização

9. Quebra no Estoque de Selos – Limites Permitidos9.1. Baixa no estoque – Prazo para comunicação ao Fisco

Page 25: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 251a semana Outubro

Manual de Procedimentos

1. Considerações Iniciais

Nesta oportunidade, abordaremos os principais aspectos fi scais relacionados com os selos de controle a serem utilizados pelos contribuintes produtores, engarrafadores, cooperativas de produtores, estabelecimentos comerciais atacadistas e importadores de bebidas alcoólicas, cujo fundamento encontra-se no Regulamen-to do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212, de 15/06/2010, e na Instrução Normativa SRF nº 504, de 03/02/2005 (e alterações posteriores).

Esclarecemos, de início, que a administração do selo de controle será efetuada (art. 53 da Instrução Normativa SRF nº 504/05):

a) em nível nacional, pela Coordenação-Geral de Fiscalização, a quem compete a supervisão e o controle da distribuição, da guarda e do fornecimento;

b) em nível regional, pela Divisão de Fiscalização das Superin-tendências Regionais da Receita Federal, a quem compete supervisionar e controlar a distribuição e a utilização de selos de controle pelas unidades da região fi scal;

c) em nível local, pela Divisão, pelo Serviço ou pela Seção de Fiscalização nas DRF e DEFIC, ou a quem o regimento interno da SRF estabelecer competência para proceder à previsão e controlar as requisições, bem como adotar os procedimentos referentes à guarda, à distribuição e à fi scalização de seu uso.

2. Obrigatoriedade da Aplicação do Selo nos Produtos

Nos termos do art. 304 do RIPI/10, a aplicação do selo de controle nos produtos será feita pelo industrial, antes da saída do produto do estabelecimento industrial, ou pelo importador ou lici-tante, antes da saída do produto da repartição que o desembaraçar ou licitar.

Os produtos de que trata o presente trabalho não poderão sair do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, ser vendidos ou expostos à venda, ser mantidos em depósito fora dos referidos estabelecimentos, ainda que em armazéns-gerais, ou ser liberados pelas repartições fi scais, sem que antes sejam selados (art. 15 da Instrução Normativa SRF nº 504/05).

A aplicação do selo de controle será feita (art. 304 do RIPI/10 e art. 30 da Instrução Normativa SRF nº 504/05 alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.135/11):

a) pelo estabelecimento industrial, antes da saída dos pro-dutos;

b) pelo importador ou adquirente em licitação, antes da saída dos produtos da unidade da SRF que os desembaraçar ou alienar;

c) pelo estabelecimento comercial, na hipótese de regula-rização de produtos não selados, conforme prevista no art. 26 da Instrução Normativa SRF nº 504/05, antes da liberação dos produtos.

2.1. Produtos importados ou licitados – Forma e prazo de selagem

Nos termos do art. 305 do Regulamento do IPI (Decreto nº 7.212/10), e do art. 30, § 2º, da Instrução Normativa SRF nº 504/05 (alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.128/11), a aplicação do selo de controle nas bebidas importadas ou adquiridas em licitação poderá ser feita no estabelecimento do importador ou licitante ou, ainda, em local por eles indicado.

Quando da requisição dos selos de controle, o importador ou licitante deverá informar à unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) responsável pelo despacho o local onde será feita a selagem dos produtos.

O titular da unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) onde ocorrer o desembaraço dos produtos sem aposição dos selos deverá comunicar o fato ao titular da unidade da RFB que jurisdiciona o local indicado para a selagem dos produtos.

Observa-se que o titular da unidade da RFB responsável pelo despacho poderá determinar, excepcionalmente, que a selagem dos produtos ocorra obrigatoriamente na repartição fi scal.

2.1.1. Prazo para selagem

O prazo para a selagem, nos termos deste tópico, será de 15 dias contado da saída dos produtos da unidade da RFB que os de-sembaraçou (art. 30, § 5º, da Instrução Normativa SRF nº 504/05, alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.128/11).

2.2. Formas de aplicação do selo

Nos termos do art. 306 do RIPI/10, o selo de controle será colado em cada unidade do produto, empregando-se cola especial que impossibilite a sua retirada, atendidas, em sua aplicação, as normas estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Por outro lado, o art. 31 da Instrução Normativa SRF nº 504/05 estabelece que o selo de controle será aplicado no fecho de cada unidade, de modo que se rompa ao ser aberto o recipiente, de-vendo ser empregada na selagem cola que impossibilite a retirada do selo inteiro.

Page 26: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

26 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

Qualquer que seja o tipo de fechamento do recipiente, o selo não poderá fi car oculto, no todo ou em parte. Quando numerado, o selo será aplicado obedecendo-se à ordem crescente de série e numeração.

Nota-se que, segundo o art. 32 da Instrução Normativa SRF nº 504/05, o emprego do selo não dispensa a rotulagem ou a marcação dos produtos, na forma prevista na legislação própria.

2.3. Importação de bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres – Capítulo 22

Na importação de produtos do capítulo 22 da TIPI (bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres), relacionados em ato do Secretário da Receita Federal, quando sujeitos ao selo de controle, a Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá estabelecer hipóteses, condições e requisitos para sua aplicação, no desembaraço aduaneiro, ou sua remessa pelo importador, para selagem pelo fabricante (art. 308 do RIPI/10).

3. Bebidas Sujeitas ao Selo

Estão sujeitos ao selo de controle os produtos relacionados no subtópico 3.1, quando (art. 14 da Instrução Normativa SRF nº 504/05):

a) de fabricação nacional:

a.1) destinados ao mercado interno;

a.2) saídos do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, para exportação, ou em operação equipara-da à exportação, para países limítrofes com o Brasil;

b) de procedência estrangeira entrados no país.

3.1. Relação de produtos sujeitos ao selo de controle

Com base no Anexo I da Instrução Normativa SRF nº 504/05, alterado pela Instrução Normativa RFB nº 1.065/10, reproduzimos os produtos sujeitos ao selo de controle:

Código NCM

Produto

2205 Vermutes e outros vinhos de uvas frescas aromatiza-dos por plantas ou substâncias aromatizadas

2206.00 Outras bebidas fermentadas (sidra, perada, hidromel, por exemplo); misturas de bebidas fermentadas e misturas de bebidas fermentadas com bebidas não alcoólicas, não especifi cadas nem compreendidas em outras posições

2208.20.00 Conhaque, bagaceira ou graspa e outras aguardentes de vinho ou de bagaço de uvas

Código NCM

Produto

2208.30 Uísques

2208.40.00 Cachaça e caninha (rum e tafi á)

2208.50.00 Gim e genebra

2208.60.00 Vodca

2208.70.00 Licores

2208.90.00 Aguardente composta de alcatrão

2208.90.00 Aguardente composta e bebida alcoólica, de gengibre

2208.90.00 Bebida alcoólica de jurubeba

2208.90.00 Bebida alcoólica de óleos essenciais de frutas

2208.90.00 Aguardentes simples de plantas ou de frutas

2208.90.00 Aguardentes compostas, exceto de alcatrão ou de gengibre

2208.90.00 Aperitivos e amargos, de alcachofra ou de maçã

2208.90.00 Batidas

2208.90.00 Aperitivos e amargos, exceto de alcachofra ou maçã

2208.90.00 Outros, exceto álcool etílico e bebida refrescante com teor alcoólico inferior a 8%

3.2. Exceções à exigência de selagem

Não se aplicará o selo de controle nas bebidas (art. 16 da Instrução Normativa SRF nº 504/05 e alteração posterior):

1) destinadas à exportação para países que não sejam limí-trofes com o Brasil;

2) objeto de amostras comerciais gratuitas destinadas à ex-portação; e

3) procedentes do exterior, observadas as restrições da legis-lação aduaneira específi ca, quando:

a) importadas pelas missões diplomáticas e repartições consulares de carreira e de caráter permanente ou pelos respectivos integrantes;

b) importadas pelas representações de organismos internacio-nais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, ou por seus integrantes;

c) introduzidas no País como amostras ou remessas postais internacionais, sem valor comercial;

d) introduzidas no País como remessas postais e encomendas internacionais destinadas à pessoa física;

e) constantes de bagagem de viajantes procedentes do ex-terior;

Page 27: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 271a semana Outubro

Manual de Procedimentos

f) despachadas em regimes aduaneiros especiais, ou a eles equiparados;

g) integrantes de bens de residente no exterior por mais de três anos ininterruptos, que se tenha transferido para o País a fi m de fi xar residência permanente;

h) adquiridas, no País, em loja franca;

i) arrematadas por pessoas físicas em leilão promovido pela SRF;

j) retiradas para análise pelos órgãos competentes.

3.3. Tipos de selos de controle

Nos termos do art. 17 da Instrução Normativa SRF nº 504/05, o selo de controle para bebidas será confeccionado pela Casa da Moeda do Brasil (CMB), em modelos e cores diferenciados em fun-ção da espécie e origem dos produtos a que se destinam, conforme Anexo II da Instrução Normativa SRF nº 504/05.

Na selagem das bebidas, o estabelecimento deverá utilizar selo do tipo e da cor indicada no Anexo III da Instrução Normativa SRF nº 504/05, concernentes a espécie, origem, destinação e classe de enquadramento fi scal do produto, nos termos da Lei nº 7.798, de 10/07/1989, e arts. 209 e 210 do RIPI/10.

3.3.1. Selo “Bebidas Alcoólicas – Produto Exportação”

O selo “Bebidas Alcoólicas – Produto Exportação” será utilizado na saída para exportação dos produtos relacionados no subtópico 3.1, exceto para as bebidas alcoólicas-miniatura, para as quais deverá ser utilizado o selo específi co (art. 18, parágrafo único, da Instrução Normativa SRF nº 504/05).

4. Previsão Anual de Consumo – Prazo e Local para Apresentação

Os estabelecimentos a que nos referimos no tópico 1 deverão apresentar, anualmente, até 30 de junho, a previsão de consumo de selos de controle, com as quantidades de selos necessários ao consumo no ano subsequente.

Observa-se que a retifi cação da previsão poderá ser efetuada com antecedência mínima de 60 dias.

4.1. Estabelecimento em início de atividade

Em se tratando de estabelecimento em início de atividades, este deverá apresentar a previsão de consumo do ano em curso com antecedência mínima de 30 dias.

4.2. Início de fabricação de produto novo sujeito ao selo

O início de fabricação de produto novo sujeito ao selo de controle, bem como sua classifi cação fi scal e enquadramento na respectiva classe de tributação, nos termos da Lei nº 7.798/89 e dos arts. 209 e 210 do RIPI/10, deverão ser comunicados à uni-dade da SRF da jurisdição do estabelecimento com antecedência mínima de 30 dias.

5. Normas de Fornecimento e Local para Requisição do Selo

O fornecimento de selo de controle será condicionado à concessão do registro especial, conforme determina o art. 2º da Instrução Normativa SRF nº 504/05.

O estabelecimento requisitará os selos de controle à unidade da SRF (art. 22 da Instrução Normativa SRF nº 504/05):

a) de sua jurisdição, tratando-se de produto de fabricação na-cional ou de bebida importada, na hipótese de autorização da selagem no exterior;

b) que processar o desembaraço aduaneiro ou a liberação, tratando-se de produto importado selado no Brasil ou ad-quirido em licitação.

5.1. Pessoas habilitadas para retirar os selos na unidade da SRF

O estabelecimento deverá credenciar, previamente, na unidade da SRF, procurador autorizado a assinar as requisições e a receber os selos de controle.

Caso não exista depósito de selos na unidade da jurisdição do estabelecimento, a requisição será dirigida à unidade depositária mais próxima.

5.2. Procedimentos para solicitação

Para requisitar os selos de controle, o estabelecimento deverá apresentar o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) quitado, referente ao ressarcimento do valor dos selos requisitados.

5.3. Limites quantitativos para requisição

Na requisição de selos, o estabelecimento deverá atender aos seguintes limites quantitativos:

Page 28: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

28 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

a) para produto nacional, quantidade não superior às neces-sidades de consumo de um mês nem inferior às de uma quinzena, observado o não fracionamento de folha de selos;

b) para produtos estrangeiros:

b.1) cuja selagem seja efetuada na unidade da SRF respon-sável pelo desembaraço aduaneiro ou adquiridos em licitação, quantidade correspondente ao número de unidades consignadas na Declaração de Importação ou no Documento de Arrematação, conforme o caso;

b.2) cuja selagem seja efetuada no exterior, quantidade correspondente ao número de unidades a importar, autorizadas pela SRF.

O fornecimento de quantidade superior à mencionada na letra “a” fi ca condicionado à comprovação de insufi ciência de estoque, mediante a apresentação do Livro Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle, modelo 4, de que tratam os arts. 467 e 468 do RIPI/10.

5.4. Requisição feita em desacordo com a previsão de consumo

A requisição feita em desacordo com a previsão de consu-mo, que implique providências por parte da unidade da SRF para o suprimento extra, sujeitará o estabelecimento ao ressarcimento das despesas com transporte desses selos (art. 25 da Instrução Normativa SRF nº 504/05).

O DARF quitado referente ao recolhimento do valor do trans-porte dos selos deverá acompanhar os documentos que instruírem a requisição.

6. Escrituração do Selo

Os estabelecimentos deverão registrar as movimentações de entradas e saídas dos selos de controle, inclusive das quantidades inutilizadas ou devolvidas, no Livro Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle, modelo 4, de que tratam os arts. 467 e 468 do RIPI/10.

Vale lembrar que é vedado efetuar qualquer espécie de mar-cação nos selos de controle destinados a bebidas.

7. Devolução de Selos

O estabelecimento está obrigado a devolver os selos de con-trole à unidade da SRF fornecedora quando (art. 33 da Instrução Normativa SRF nº 504/05):

a) deixar de fabricar o produto sujeito ao selo;

b) houver defeitos de origem nas folhas dos selos;

c) ocorrer quebra, avaria, furto ou roubo de produtos impor-tados, quando tiver sido autorizada a aplicação dos selos no estabelecimento do contribuinte;

d) não se realizar a importação, quando tiver sido autorizada a selagem no exterior;

e) o modelo de selo for declarado fora de uso pela SRF.

A devolução e a transferência dos selos ensejarão a baixa das quantidades devolvidas ou transferidas nos estoques escriturados no Livro Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle, modelo 4 (art. 35 da Instrução Normativa SRF nº 504/05).

7.1. Selos com defeitos de origem

Os selos de controle, ainda que perfeitos, se integrarem folha com defeito de origem, não poderão ser utilizados nem destaca-dos da folha, que deverá ser devolvida inteira à unidade da SRF fornecedora.

7.2. Transferência para outro estabelecimento

Na hipótese de o estabelecimento deixar de fabricar o produto sujeito ao selo, poderá, mediante prévia autorização da unidade fornecedora, transferir os selos que possuir em estoque para outro estabelecimento da mesma pessoa jurídica.

Na ocorrência das hipóteses mencionadas nas letras “a” e “c” do tópico 7, o estabelecimento comunicará o fato, no prazo de 15 dias, à unidade da SRF fornecedora.

Nos termos do art. 34 da Instrução Normativa SRF nº 504/05, somente será admitida a devolução ou a transferência de selos quando estes se encontrarem no mesmo estado em que foram fornecidos.

O estabelecimento que receber os selos a título de transfe-rência deverá proceder à escrituração da entrada deles no livro referido anteriormente.

7.3. Furto ou roubo de produtos importados

No caso de furto ou roubo de produtos importados, será exigida do usuário a apresentação de cópia do relatório dos autos do inquérito policial (art. 33, § 5º, da Instrução Normativa SRF nº 504/05).

Page 29: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 291a semana Outubro

Manual de Procedimentos

7.4. Diligência no local pela SRF

O titular da unidade da SRF determinará a realização de dili-gência fi scal no estabelecimento industrial ou importador, conforme o caso, para apurar a procedência da alegação e verifi car, por tipo e cor, a quantidade dos selos que serão devolvidos ou, se for o caso, transferidos.

7.5. Indenização dos selos devolvidos

A devolução dos selos, nos casos descritos no tópico 7, dará ao usuário direito à indenização mediante crédito correspondente ao valor de ressarcimento dos selos, fi xado com base na tabela de preços em vigor na data da devolução (art. 37 da Instrução Normativa SRF nº 504/05).

No caso de defeito de origem, será admitida a substituição dos selos por outros de mesmo tipo e cor e em igual quantidade.

O crédito a que no referimos anteriormente poderá ser utilizado na primeira requisição de selos a que o usuário proceder, devendo ser deduzido do valor total de ressarcimento dos selos requisitados.

7.6. Restituição em espécie – Hipótese

Na impossibilidade de utilização do crédito na forma prevista no subtópico anterior, assistirá ao usuário direito à restituição em espécie, mediante requerimento ao titular da unidade da SRF for-necedora dos selos.

Declarada a procedência do pedido, será o requerimento encaminhado ao setor fi nanceiro do Fundo Especial de Desenvolvi-mento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (FUNDAF).

A indenização será efetivada por intermédio do Banco do Brasil, a débito do FUNDAF, mediante crédito em conta-corrente ou ordem de pagamento, com despesas a cargo do favorecido.

8. Diferenças no Estoque de Selos

As diferenças no estoque de selos, apuradas em procedimento de fi scalização, caracterizam-se, nas quantidades correspondentes, como (art. 47 da Instrução Normativa SRF nº 504/05):

a) saída de produtos selados sem emissão de nota fi scal, quando indicar insufi ciência no estoque; e

b) saída de produtos sem aplicação do selo, quando indicar excesso no estoque.

Nas hipóteses previstas anteriormente, será cobrado o imposto sobre as diferenças apuradas, sem prejuízo das sanções e de outros encargos exigíveis.

8.1. Diferenças apuradas pelo usuário – Forma de regularização

As diferenças apuradas pelo usuário no estoque dos selos de controle poderão ser regularizadas mediante o lançamento, em nota fi scal, do imposto correspondente, desde que efetuado antes de iniciado qualquer procedimento fi scal (art. 49 da Instrução Normativa SRF nº 504/05).

9. Quebra no Estoque de Selos – Limites Permitidos

Poderá ser admitida quebra no estoque de selos de controle destinados aos produtos de que trata o presente trabalho, quando decorrente de perda verifi cada em processo mecânico de selagem, independentemente de apresentação dos espécimes inutilizados, atendidos os limites e as condições estabelecidas (art. 50 da Ins-trução Normativa SRF nº 504/05).

O limite máximo de quebra admissível é de 0,5%, calculado sobre a quantidade de selos aplicados nas unidades produzidas no período considerado pela fi scalização, atendidas as peculiaridades de cada caso.

9.1. Baixa no estoque – Prazo para comunicação ao Fisco

Para efeito de baixa no estoque de selos no Livro Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle, modelo 4, o estabelecimento deverá, até o último dia útil do mês seguinte ao da ocorrência de quebra, comunicar o fato à unidade da SRF a que estiver jurisdicio-nado (art. 51 da Instrução Normativa SRF nº 504/05).

Ocorrendo a hipótese descrita anteriormente, o delegado da DRF ou DEFIC de jurisdição do estabelecimento determinará a reali-zação de procedimento de diligência para avaliação da procedência da quebra, mediante exame do processo de aplicação do selo.

A quebra informada, ainda que dentro do limite previsto ante-riormente, poderá ser impugnada pela fi scalização, se considerada excessiva.

Constatada diferença entre a quebra informada e a que for apurada em procedimento de diligência, aplicar-se-á ao caso o disposto no tópico 8.Base legal: citada no texto.

Page 30: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

30 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

Legislação do IPI – Destaques quanto à Aplicação da Lei nº 12.715/12

No DOU de 18/09/2012 foi publicada a Lei nº 12.715, de 17/09/2012, conversão da Medida Provisória nº 563/12, que aprovou diversas modifi cações na legislação federal com destaque para os seguintes temas na área do IPI:

a) restabelece o Programa Um Computador por Aluno (PROUCA) e institui o Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional (REICOMP) – arts. 15 a 23 da Lei nº 12.715/12. Conforme o art. 5º do De-creto nº 7.750/12 (DOU de 11/06/2012, republicado no DOU de 12/06/2012), o REICOMP suspende, conforme o caso, a exigência do Imposto sobre Produtos Industriali-zados (IPI) incidente na saída do estabelecimento industrial de matérias-primas e produtos intermediários destinados à industrialização dos equipamentos computadores portáteis classifi cados nos códigos 8471.30.12 e 8471.30.19 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), quando adquiridos por pessoa jurídica habilitada ao Regime. Vi-gência a partir de sua regulamentação (12/06/2012), até 31/12/2015;

b) Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Aden-samento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (INOVAR-AUTO) – art. 40 – Crédito Presumido do IPI. Vigência em relação aos arts. 40 a 44 e 62, a partir de sua regulamentação até 31/12/2017;

c) Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomuni-cações (REPNBL-REDES) – art. 28 – Suspensão do IPI nas vendas no mercado interno de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos e de materiais de construção para utilização ou incorporação nas obras civis abrangidas no projeto;

d) altera o art. 57 da Lei nº 11.484/07, que dispõe sobre o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS) – Reduz a zero as alí-quotas do IPI incidentes na importação realizada por pessoa jurídica habilitada no PADIS, ou na saída do estabelecimento industrial ou equiparado em razão de aquisição efetuada no mercado interno por pessoa jurídica habilitada ao PADIS, de:

d.1) máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação ao ativo imobilizado da importadora, destinados às atividades de que tratam os incisos I e II do caput do art. 6º do Decreto nº 6.233/07; e

d.2) máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, para incorporação ao ativo imobilizado da importadora, destinados às atividades a que nos referimos na letra “d.1”;

e) altera a Lei nº 11.033/05, que instituiu o Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (REPORTO) – Suspende a cobrança do IPI, da Contribuição para o PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e, quando for o caso, do Imposto de Importação (I.I.), as vendas e as importações de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens, no mercado interno, quando adquiridos ou importados diretamente pelos benefi ciários do REPORTO e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços a que se refere o art. 14, incisos I a VI, da Lei nº 11.033/05;

f) altera o art. 57 da Lei nº 11.484/07, que dispõe sobre os incentivos às indústrias de equipamentos para TV Digital e de componentes eletrônicos semicondutores e sobre a proteção à propriedade intelectual das topografi as de circuitos integrados, instituindo o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondu-tores (PADIS) e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para a TV Digital (PATVD) – Redução a zero da alíquota do IPI para o caso de venda no mercado interno ou de importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, para incorpora-ção ao ativo imobilizado da pessoa jurídica adquirente no mercado interno ou importadora, destinados às atividades de que tratam os incisos I a III do caput do art. 2º da Lei nº 11.484/07;

g) altera o art. 61 da Lei nº 11.196/05, que instituiu o Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação (REPES), o Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (RECAP) e o Programa de Inclusão Digital; dis-põe sobre os incentivos fi scais para a inovação tecnológica (arts. 40 e 41 da Lei nº 12.715/12); e dá outras providên-cias. O REPES suspende a exigência do IPI, incidente sobre a importação de bens novos, sem similar nacional, quando efetuada diretamente por pessoa jurídica benefi ciária do regime para incorporação ao seu ativo imobilizado (art. 1º, § 1º, do Decreto nº 5.712/06), já o Programa de Incentivo à Renovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Pro-dutiva de Veículos Automotores (INOVA-AUTO) – art. 40 da Lei nº 12.715/12 – aprova o benefício do crédito presumido do IPI nos termos do art. 41 da Lei nº 12.715/12;

h) altera o art. 67 do Decreto-Lei nº 1.593/77, que alterou a legislação do IPI em relação à fabricação de cigarros classifi cados no código 2402.20.00; referida alteração trata da defi nição da prática de conluio ou fraude, ou de crime contra a ordem tributária pelos fabricantes dos referidos produtos.

Em outra oportunidade voltaremos ao assunto com maiores detalhes.

Page 31: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 311a semana Outubro

Manual de Procedimentos

Franquia (Franchising) SUMÁRIO

1. Introdução

2. Franquia – Conceito

3. Base de Cálculo

4. Alíquota

5. Local de Pagamento do Imposto – Defi nição para Efeito de Reco-lhimento do Imposto

6. Responsável pelo Pagamento

7. Resumo das Obrigações

8. Obrigações Acessórias8.1. Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e)8.2. Nota Fiscal Eletrônica do Tomador/Intermediário de Serviços

(NFTS)

9. Solução de Consulta SF/DEJUG nº 2/11 – Íntegra

1. Introdução

Com base no disposto no RISS, aprovado pelo Decretonº 53.151/12, e nas Instruções Normativas SF/SUREM nºs 8/11 e 10/11, nesta oportunidade, comentaremos os aspectos fi scais relativos à incidência do ISS no Município de São Paulo, na prestação de serviços de franquia (franchising).

2. Franquia – Conceito

Para os devidos efeitos da legislação, relativamente a serviços de franquia, considera-se:

“Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fi que caracterizado vínculo empregatício” (Lei nº 8.955/94, art. 2º – Lei da Propriedade Industrial).

Sempre que o franqueador tiver interesse na implantação de sistema de franquia empresarial, deverá fornecer ao interessado em tornar-se franqueado uma circular de oferta de franquia, por escrito e em linguagem clara e acessível, contendo obrigatoriamente as informações solicitadas no art. 3º da Lei nº 8.955/94.

Conforme preceitua o Doutrinador Sergio Pinto Martins, in Manual do ISS, 6ª ed. p. 280, Ed. Atlas, “podemos conceituar o franchising como negócio jurídico pelo qual uma pessoa concede, a outra, o direito de usar sua marca ou de comercializar seus pro-dutos ou de terceiros ou de prestar serviços, de maneira contínua, com o fornecimento de assistência técnica, inclusive comercial e de publicidade dos produtos, que pode ser limitada a determinado espaço geográfi co de acordo com uma remuneração ajustada entre os contratantes”.

Relativamente à legislação do ISS, os serviços de franquia constam do subitem 17.07 da Lista de Serviços integrante doart. 1º do RISS/12, aprovado pelo Decreto nº 53.151/12 – “17.07 – Franquia (franchising)”.

3. Base de Cálculo

A base de cálculo do ISS é o preço do serviço, não permitidos quaisquer descontos ou abatimentos, com exceção dos concedidos incondicionalmente (art. 17 do RISS/12).

4. Alíquota

A atividade de franquia fi ca sujeita à tributação do ISS pela aplicação da alíquota de 5%. O recolhimento do valor do imposto será efetuado no dia 10 de cada mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores (Instrução Normativa SF/SUREM nº 8/11).

5. Local de Pagamento do Imposto – Defi nição para Efeito de Recolhimento do Imposto

Tratando-se de serviço de franquia, o imposto será devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador. Caso o prestador esteja estabe-lecido no Município de São Paulo, este será o local do pagamento do imposto (art. 3º do RISS/12).

Para efeitos da legislação do ISS, considera-se estabeleci-mento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que confi gure unidade econômica ou profi ssional.

6. Responsável pelo Pagamento

O contribuinte do ISS é o prestador de serviços, contudo, para alguns serviços prestados, o legislador municipal atribui a res-ponsabilidade pelo pagamento do imposto ao tomador de serviços (art. 5º do RISS/12).

ISSMUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Page 32: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

32 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

Os serviços sujeitos à retenção do imposto pelo tomador estão descritos no art. 6º do RISS/12, todavia o serviço tratado neste trabalho não está relacionado no referido artigo. Nesse caso, o prestador de serviços de franquia será o responsável pelo pagamento do ISS (art. 6º do RISS/12).

7. Resumo das Obrigações

Conforme a Instrução Normativa SF/SUREM nº 8/11, as obrigações principal e acessória concernentes à atividade exercida pela pessoa jurídica prestadora de serviços de franquia são as relacionadas no quadro a seguir:

Código de

Serviço

Item da Leinº 13.701/03 Descrição Natureza Alíquota Base de

Cálculo

Período de

Apuração

Data de Vencimento

Documentos Fiscais

(NOTA 1)

Livro Fiscal

(Modelo)

06521 17.07 Franquia (franchising) PJ 5% Preço do

Serviço Mensal

Dia 10 do mês seguin-

te ao de incidência

NFS-e 57

8. Obrigações Acessórias

8.1. Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e)

O Secretário Municipal de Finanças do Município de São Paulo, por meio da Instrução Normativa SF/SUREM nº 10/11 e do art. 85 do RISS/12, estabeleceu que, desde 01/08/2011, tornou-se obrigatória a emissão de Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) para todos os prestadores de serviços, independentemente da receita bruta de serviços auferida, exceção feita ao Microempreendedor Individual (MEI), sociedades unipofi ssionais, profi ssionais liberais e autônomo e outros mencionados na Instrução Normativa citada.

8.2. Nota Fiscal Eletrônica do Tomador/Intermediário de Serviços (NFTS)

A NFTS será emitida pelas pessoas jurídicas e pelos condomínios edilícios residenciais ou comerciais por ocasião da contratação de serviços nas seguintes situações (art. 117 do Decreto nº 53.151/12 – RISS-SP):

a) quando os serviços tiverem sido tomados de prestador estabelecido fora do Município de São Paulo, ainda que não haja obrigato-riedade de retenção, na fonte, do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS);

b) quando os serviços tiverem sido tomados de prestador estabelecido no Município de São Paulo que, obrigado à emissão de NFS-e, não o fi zer;

c) quando se tratar de prestador de serviço, estabelecido no Município de São Paulo, desobrigado da emissão de NFS-e ou outro documento exigido pela Administração, que não fornecer recibo de que conste, no mínimo, o nome do contribuinte, o número de sua inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM), seu endereço, a descrição do serviço prestado, o nome e número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do tomador e o valor do serviço.

Nas hipóteses previstas nas letras “b” e “c” deste subtópico, quando os serviços forem tomados por fundos de investimento ou clubes de investimento, a NFTS deverá ser emitida pelo seu administrador.

9. Solução de Consulta SF/DEJUG nº 2/11 – Íntegra

Considerando as disposições da legislação já referida nos itens anteriores, o Fisco Municipal manifestou seu entendimento acerca desse tema, de modo que, para melhor fi xação do tratamento fi scal, reproduzimos a seguir a íntegra da Solução de Consulta SF/DEJUG nº 2/11:

Page 33: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 331a semana Outubro

Manual de Procedimentos

“Solução de Consulta SF/DEJUG nº 02, de 10/01/2011

DOC-SP de 19/01/2011

Processo nº – Interessado – CCM nº – Assunto – Despacho 2010-0.293.042-8 – V.F. Franqueadora de Farmácia e Manipulação LTDA – 3.251.274-0

Ementa: ISS – Subitem 17.07 da Lista de Serviços da Leinº 13.701, de 24 de dezembro de 2003. Código de serviço 06521. Serviço de franquia.

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE TRIBUTAÇÃO E JUL-GAMENTO, no uso de suas atribuições legais, em especial à vista dos artigos 73 a 78 da Lei 14.107, de 12 de dezembro de 2005, e em conformidade com o que consta nos autos do processo administrativo nº 2010-0.293.042-8;

ESCLARECE:

1. A consulente, regularmente inscrita no CCM – Cadastro de Contribuintes Mobiliários sob os códigos de serviço 03115, 06220, 06238 e 06521, tem como objeto social a exploração do ramo de comércio de franquia, montagem, orientação e implementação de farmácias, farmácias de manipulação alopática, homeopática e dro-garias, com prestação de serviços e assistência aos franqueados.

2. Indaga qual o enquadramento no código de ISS para a atividade de aluguel de marcas.

3. A consulente foi notifi cada a apresentar cópia de contrato de prestação do serviço objeto da consulta formulada, destacando a natureza dos serviços prestados, sendo que a notifi cação foi atendida. Nesta oportunidade apresentou minuta de contrato de franquia, que tem como objeto a concessão ao franqueado do direito de utilizar o sistema desenvolvido pela franqueadora na operação de uma farmácia alopática.

3.1. De acordo com a cláusula 8 do referido contrato, a remuneração da franqueadora se dá através de uma taxa inicial de franquia para novas unidades, bem como a taxa mensal de royalties. Segundo o contrato, a taxa inicial de franquia é cobrada a título de remuneração pelo conjunto de informações e orientações técnicas concernentes à administração inicial e condução da fran-quia, e a taxa de royalties é cobrada a título de remuneração pelo uso continuado de marca, sendo, esta última, o objeto da consulta formulada inicialmente.

4. A Lei nº 8.955, de 15 de dezembro de 2004, defi ne franquia empresarial como o sistema pelo qual o franqueador cede o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventual-mente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fi que caracterizado vínculo empregatício.

5. Tanto a taxa inicial de franquia para novas unidades como a taxa de royalties enquadram-se no subitem 17.07 da lista de ser-viços constante do artigo 1º da Lei nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003, sob código de serviço 06521 – Franquia (franchising), do Anexo 1 da Instrução Normativa SF/SUREM nº 4, de 27 de abril de 2010, incidindo o ISS a alíquota de 5%, de acordo com o art. 16, IV, da Lei nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003, acrescido pela Lei nº 14.668, de 14 de janeiro de 2008.

6. A consulente deverá, ainda, emitir Nota Fiscal de Serviços Série “A”, Nota-Fiscal Fatura de Serviços ou Nota Fiscal Eletrônica de Serviços – NF-e, nos termos do Decreto nº 50.896, de 1 de outubro de 2009, quando da prestação de serviços tributáveis pelo ISS”.

Novo Telefone

Suporte Técnico – Cenofi sco

(11) 3545-2919

Nossos profi ssionais continuam à sua disposição para esclarecer qualquer dúvida sobre instalação e operação dos produtos eletrônicos Cenofi sco.

Atendimento de 2ª a 6ª feira, das 8h30 às 18h.

Page 34: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

34 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ)

ICMS – DESLOCAMENTO DE BENS DO ATIVO PERMANENTE OU DE USO E CONSUMO ENTRE ESTABELECIMENTOS – OBRI-GAÇÕES ACESSÓRIAS

Embargos de Declaração nos Embargos de Declaração no Recurso Especial 2009/0007164-7Relator: Ministro Napoleão Nunes Maia FilhoÓrgão Julgador: Primeira SeçãoData do Julgamento: 22/08/2012 Publicação: 06/09/2012

Ementa

Embargos de declaração nos embargos de declaração em recurso especial. Banco Itaú S/A e Estado da Paraíba. Acórdão embargado julgado sob o rito do art. 543-C do CPC. Operação interestadual de deslocamento de bens do ativo permanente ou de uso e consumo entre estabelecimentos da mesma instituição fi nanceira. Higidez da obrigação acessória consistente na exigência de nota fi scal dos bens. Irrele-vância da inexistência, em tese, de obrigação principal (não incidência de ICMS). Fator viabilizador da fi scalização tributária. Arts. 175 e 194 do CTN. Ausência de omissão ou contradição. Mera reiteração do inconformismo com a solução adotada. Embargos declaratórios rejeitados.

1. Afi rmou-se que os deveres instrumentais, previstos na legislação tributária, ostentam caráter autônomo em relação à regra matriz de incidência do tributo, uma vez que vinculam, inclusive, as pessoas físicas ou jurídicas que gozem de imunidade ou outro benefício fi scal,ex vi dos arts. 175 e 194, parág. único do CTN; assim, ainda que, em tese, o deslocamento de bens do ativo imobilizado e de material de uso e consumo entre estabelecimentos de uma mesma instituição fi nanceira não confi gure hipótese de incidência do ICMS, compete ao Fisco Estadual averiguar a veracidade da aludida operação, sobressaindo a razoabilidade e proporcionalidade da norma jurídica que tão somente exige que os bens da pessoa jurídica sejam acompanhados das respectivas notas fi scais.

2. Asseverou-se, ainda, nos embargos anteriores, opostos pelo Banco, que, em tese, tem direito à repetição tributária o contribuinte que comprovadamente tiver recolhido ao Fisco Estadual valores indevidos a título de ICMS, em razão de não ser sujeito desse imposto.

3. A observação supra não signifi cou a alteração do provimento jurisdicional anterior ou o acolhimento do pedido de repetição de in-débito como quer fazer crer o Banco embargante, uma vez que deverá ser comprovada, por meio de processo administrativo ou judicial, o efetivo recolhimento do imposto; por isso não há que se falar, também, em qualquer contradição do acórdão embargado, como pretende seja reconhecido o ente estatal.

4. Embargos Declaratórios do Banco Itaú S/A e do Estado da Paraíba rejeitados.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráfi cas a seguir, por unanimidade, rejeitar ambos os embargos de declaração, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.

Os Srs. Ministros Mauro Campbell Marques, Francisco Falcão, Teori Albino Zavascki, Arnaldo Esteves Lima, Humberto Martins e Herman Benjamin votaram com o Sr. Ministro Relator. Impedido o Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha.

Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Benedito Gonçalves.

JURISPRUDÊNCIA E OUTROS

Page 35: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 351a semana Outubro

Manual de Procedimentos

ICMS – Antidumping – Importação – Base de Cálculo

O Direito antidumping deve compor a base de cálculo do ICMS na importação?

Preliminarmente convém esclarecer que Dumping é uma prática comercial, geralmente desleal, que consiste em uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos por preços baixos, muitas vezes inferior ao preço de custo, visando eliminar a concorrência local.

As medidas antidumping têm como objetivo neutralizar os efeitos danosos à indústria nacional causados pelas importações objeto de dumping, por meio da aplicação de alíquotas específi cas (fi xadas em dólares dos EUA e convertidas em moeda nacional), ad valorem (sobre o valor aduaneiro da mercadoria em base CIF, no Brasil) ou de uma combinação de ambas.

CONSULTORIA CENOFISCOPERGUNTAS E RESPOSTAS

A base de cálculo do ICMS na operação de importação será composta do valor constante do documento de importação, acrescido do valor dos Impostos de Importação (I.I.), sobre Produtos Industrializados (IPI) e sobre Operações de Câmbio (IOF), bem como quaisquer outros impostos, taxas e despesas aduaneiras (art. 37, IV, do RICMS/00, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00).

O Regulamento do ICMS estabelece que se consideram “de-mais despesas aduaneiras” aquelas efetivamente pagas à repartição alfandegária até o momento do desembaraço da mercadoria, tais como diferenças de peso, classifi cação fi scal e multas por infrações (art. 37, § 6º, do RICMS/00).

Por meio da Resposta à Consulta nº 555/11, a Consultoria Tributária da Secretaria da Fazenda expressa o entendimento no sentido de que o direito antidumping deve ser incluído na base de cálculo do ICMS incidente na importação.Base legal: citada no texto.

ICMS – Serviço de Transporte – Mercadorias Destinadas à Exportação – Isenção do Imposto

A não incidência prevista para as mercadorias destinadas à exportação se estende ao serviço de transporte corres-pondente?

Estabelece o art. 3º, II, da Lei Complementar nº 87/96, que as saídas de mercadorias e serviços de transporte e de comuni-cação, em operações e prestações para o exterior, não sofrem a incidência do ICMS.

As disposições da citada lei complementar foram introduzidas à Lei Estadual nº 6.374/89, que institui o ICMS no Estado de São Paulo, e regulamentadas pelo Decreto nº 45.490/00 que aprova o Regulamento do ICMS, em vigor.

A referida não incidência do imposto não se estende às pres-tações de serviços de transporte, da localidade do exportador ao

ponto de embarque da mercadoria, conforme entendimento exarado na Resposta à Consulta da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo nº 20/05.

Contudo, o art. 149 do Anexo I do RICMS-SP concede isen-ção do imposto à prestação de serviço de transporte interestadual ou intermunicipal de mercadoria destinada à exportação, quando esta for transportada desde o estabelecimento de origem, situado no território paulista, até:

1) o local de embarque para o exterior;

2) o local de destino no exterior;

3) o recinto ou armazém alfandegado para posterior remessa ao exterior;

4) o armazém-geral situado neste Estado, para depósito em nome do remetente, observado que a isenção do imposto:

Page 36: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

36 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

4.1) aplica-se apenas na hipótese em que o estabelecimento remetente da mercadoria esteja credenciado perante a Secretaria da Fazenda, nos termos de disciplina por ela estabelecida;

4.2) fi ca condicionada à efetiva exportação da mercadoria no prazo de 180 dias, contado da data da saída da mercadoria do estabelecimento remetente;

4.3) não prevalecerá se houver descumprimento do disposto no subitem 4.2, hipótese em que se aplicará, ao estabelecimento remetente, a responsabilidade solidária pelo pagamento do imposto nos termos previstos na legislação.

A isenção do imposto prevista no art. 149 do Anexo I do RICMS-SP aplica-se:

a) nas hipóteses dos itens 1, 2 e 3 somente quando a saída da mercadoria do estabelecimento de origem estiver fora do campo de incidência do imposto, nos termos do inciso V e da alínea “b” do item 1 do § 1º, ambos do art. 7º do RICMS-SP;

b) quando a prestação de serviço de transporte se tratar de redespacho ou subcontratação, observado o disposto na letra “a”.

Não se exigirá o estorno do crédito do imposto relativo às prestações benefi ciadas com a isenção prevista no art. 149 do Anexo I do RICMS-SP. Base legal: citada no texto.

Controles Prévios ao Registro da DI

João dos Santos Bizelli

VOCÊ SABIA?

Que o depositário de mercadoria sob controle aduaneiro deverá informar, à RFB, de forma imediata, a disponibilidade da carga recolhida sob sua custódia em local ou recinto alfandegado, mediante indicação do Número Identifi cador da Carga (NIC)?

Que os sinais de avaria e a constatação de falta ou acréscimo de volume também devem ser informados pelo depositário à fi scalização aduaneira?

Que o NIC deverá ser utilizado pelo importador para fi ns de preenchimento e registro da DI?

Que a disponibilidade da carga e a utilização do NIC não se aplicam à carga: ingressada por unidade Mantra, onde se processe o despacho aduaneiro; introduzida no País por meio de ductos, esteiras ou cabos; cujo despacho tenha sido autorizado com dispensa de seu descarregamento; e transportada pelo serviço postal ou despachada como remessa expressa?

Que a verifi cação do cumprimento de controle administrativo por outros órgãos anuentes, inclusive que exijam inspeção da mercadoria, será realizada na fase do licenciamento da importação?

Que o chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro poderá, no caso de inspeção da mercadoria pelos órgãos anuentes, dis-pensar o acompanhamento pela fi scalização aduaneira?

Que o chefe da unidade da RFB regulamentará o credenciamento para acesso ao recinto ou local de depósito da mercadoria importada, dos servidores dos órgãos anuentes pela inspeção da mercadoria no licenciamento da importação?

COMEX ADUANEIRAS

Page 37: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 371a semana Outubro

Manual de Procedimentos

Que a retirada de amostra para a inspeção da mercadoria no licenciamento deverá ser averbada em termo próprio com as assinaturas do importador ou de seu representante, do servidor responsável pela inspeção e do depositário e, havendo acompanhamento fi scal, do representante da RFB?

Que o termo referido será mantido em poder do depositário para apresentação à RFB quando solicitada?

Que as mercadorias retiradas a título de amostra para a inspeção na fase do licenciamento da importação devem ser incluídas na DI?

Que os relatórios ou termos de verifi cação lavrados por servidores dos órgãos anuentes poderão servir como elemento comprobatório da identifi cação e quantifi cação das mercadorias inspecionadas, para os fi ns da fi scalização aduaneira?

Que o importador também poderá requerer, previamente ao registro da DI, a verifi cação das mercadorias, para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, inclusive no que se refere à sua perfeita identifi cação, com vistas à classifi cação fi scal e à descrição detalhada?

LEGISLAÇÃO FEDERALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofi sco BD On-line.

RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 507, DE 04/09/2012DOU de 19/09/2012

ANEEL

Alterações na Legislação

Sinopse: A Resolução Normativa ANEEL nº 507/12 altera a Resolução ANEEL nº 281, de 01/10/1999, a Resolução ANEEL nº 371, de 29/12/1999, e a Resolução Normati-va nº 68, de 08/06/2004, e revoga a Resolução Normativa nº 400, de 13/04/2010.

ATO DECLARATÓRIO CONFAZ Nº 14, DE 19/09/2012DOU de 20/09/2012

ICMS

Convênios ICMS nºs 82, 83, 84, 85 e 86/12 – Ratifi cação

Sinopse: O Ato Declaratório CONFAZ nº 14/12 ratifi ca os Convênios ICMS nºs 82, 83, 84, 85 e 86/12.

CONVÊNIO ICMS Nº 59, DE 08/07/2011DOU de 13/07/2011, republicado no DOU de 19/09/2012

ICMS

Equipamento Medidor Volumétrico de Combustíveis (MVC) – Normas

Sinopse: Foi republicado no DOU de 19/09/2012 o Convênio ICMS nº 59/11, que estabelece normas relativas ao equipamento Medidor Volumétrico de Combustíveis (MVC), às empresas interventoras e às empresas usuárias.

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.293, DE 21/09/2012DOU de 24/09/2012

Importação/Exportação

Copa das Confederações da FIFA 2013 e Copa do Mundo da FIFA 2014 – Despacho Aduaneiro de Bens Procedentes do Exterior

Sinopse: A Instrução Normativa RFB nº 1.293/12 dispõe sobre o despacho aduaneiro de bens procedentes do exterior

Page 38: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

38 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

destinados à utilização na Copa das Confederações da FIFA 2013 e na Copa do Mundo da FIFA 2014, de que trata a Lei nº 12.350, de 20/12/2010.

RESOLUÇÃO CAMEX Nº 68, DE 21/09/2012DOU de 24/09/2012

Importação/Exportação

Alíquotas do Imposto – Bens de Capital – Alteração

Sinopse: A Resolução CAMEX nº 68/12 altera, até 30/06/2014, as alíquotas do Imposto de Importação (I.I.) inciden-tes sobre bens de capital, na condição de ex-tarifários.

RESOLUÇÃO CAMEX Nº 69, DE 21/09/2012DOU de 24/09/2012

Importação/Exportação

Bens de Informática e Telecomunicação – Alíquota do Imposto – Alteração

Sinopse: A Resolução CAMEX nº 69/12 altera para 2%, até 30/06/2014, as alíquotas do Imposto de Importação (I.I.), incidentes sobre bens de informática e telecomunicação, na condição de ex-tarifários.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-RJ Nº 15, DE 20/09/2012

DOU de 24/09/2012

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-RJ nº 15/12 divulga o enquadramento de bebidas, segundo o regime de tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 32, DE 18/09/2012

DOU de 19/09/2012

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 32/12 divulga o enquadramento de bebidas, segundo o regime de tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 38, DE 18/09/2012

DOU de 19/09/2012

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 38/12 divulga o enquadramento de bebidas, segundo o regime de tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG Nº 39, DE 18/09/2012

DOU de 19/09/2012

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 39/12 divulga o enquadramento de bebidas, segundo o regime de tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-MG N° 42, DE 21/09/2012

DOU de 24/09/2012

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-MG nº 42/12 divulga o enquadramento de bebidas, segundo o regime de tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SC Nº 69, DE 19/09/2012

DOU de 21/09/2012

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 69/12 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tri-butação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB-SC Nº 162, DE 19/09/2012

DOU de 20/09/2012

IPI

Bebidas – Enquadramento

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo RFB-SC nº 162/12 divulga o enquadramento de bebidas segundo o regime de tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798, de 10/07/1989.

Page 39: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 391a semana Outubro

Manual de Procedimentos

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.294, DE 21/09/2012DOU de 24/09/2012

IPI

Regime Especial de Tributação para o Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfi ca (RECINE) – Procedimentos para Habilitação

Sinopse: A Instrução Normativa RFB nº 1.294/12 estabelece os procedimentos para habilitação ao Regime Especial de Tributação para o Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfi ca (RECINE).

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 35, DE 06/09/2012DOU de 20/09/2012

IPI

Produtos Intermediários – Conceito

Sinopse: A Solução de Consulta nº 35/12 traz o conceito de produtos intermediários para efeito de aplicação da suspensão do IPI.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 36, DE 12/09/2012DOU de 20/09/2012

IPI

Material de Embalagem – Estabelecimento Equiparado a Industrial

Sinopse: A Solução de Consulta nº 36/12 esclarece sobre a utilização de material de embalagem por estabelecimento equiparado a industrial e a suspensão do imposto.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 19, DE 13/09/2012DOU de 21/09/2012

IPI

Classifi cação de Mercadorias – Colcha de Cama em Tecido de Poliéster e Algodão para Decoração

Sinopse: A Solução de Consulta nº 19/12 esclarece sobre a classifi cação fi scal do produto colcha de cama em tecido de poliéster e algodão para decoração.

RESOLUÇÃO CGSN Nº 101, DE 19/09/2012DOU de 21/09/2012

SIMPLES Nacional

Alteração na Legislação

Sinopse: A Resolução CGSN nº 101/12 altera a Resolução CGSN nº 94, de 29/11/2011, que dispõe sobre o SIMPLES Nacional.

Page 40: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

40 • No 41/12 1a semanaOutubro

Manual de Procedimentos

RESOLUÇÃO CGSN Nº 102, DE 19/09/2012DOU de 21/09/2012

SIMPLES Nacional

Regimento Interno do Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Alteração na Legislação

Sinopse: A Resolução CGSN nº 102/12 altera a Resolução CGSN nº 1, de 19/03/2007, que aprova o Regimento Interno do Co-mitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, de que trata o inciso I do art. 2º da Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006.

LEI Nº 12.715, DE 17/09/2012DOU de 18/09/2012, retifi cada no DOU de 19/09/2012

Tributos e Contribuições Federais

Alterações na Legislação (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Auto-motores; Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações; Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional; Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica; Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Defi ciência; Programa Um Computador por Aluno; Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores)

Sinopse: Foi retifi cada no DOU de 19/09/2012 a Lei nº 12.715/12, que altera a alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários devidas pelas empresas que especifi ca; institui o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações, o Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional, o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica e o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Defi ciência; restabelece o Programa Um Computador por Aluno; altera o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores, instituído pela Lei nº 11.484, de 31/05/2007; altera as Leis nºs 8.666, de 21/06/1993, 9.250, de 26/12/1995, 9.430, de 27/12/1996, 9.532, de 10/12/1997, 10.406, de 10/01/2002, 10.637, de 30/12/2002, 10.865, de 30/04/2004, 10.925, de 23/07/2004, 11.033, de 21/12/2004, 11.196, de 21/11/2005, 11.484, de 31/05/2007, 11.774, de 17/09/2008, 12.431, de 24/06/2011, 12.414, de 09/06/2011, 12.546, de 14/12/2011, os Decretos-Leis nºs 1.455, de 07/04/1976, 1.593, de 21/12/1977, e a Medida Provisória nº 2.199-14, de 24/08/2001; e dá outras providências.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 582, DE 20/09/2012DOU de 21/09/2012

Tributos e Contribuições Federais

Alterações na Legislação

Sinopse: A Medida Provisória nº 582/12 altera a Lei nº 12.546, de 14/12/2011, quanto à contribuição previdenciária de empresas dos setores industriais e de serviços; permite depreciação de bens de capital para apuração do Imposto de Renda; institui o Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de Fertilizantes; altera a Lei nº 12.598, de 22/03/2012, quanto à abran-gência do Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa; altera a incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS na comercialização da laranja; reduz o Imposto de Renda devido pelo prestador autônomo de transporte de carga; e dá outras providências.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO CODAC Nº 90, DE 20/09/2012DOU de 21/09/2012

Tributos Federais

Códigos de Receita – Instituição

Sinopse: O Ato Declaratório Executivo CODAC nº 90/12 dispõe sobre a instituição de códigos de receita para os casos que especifi ca.

Page 41: industrialização por encomenda

ICMS • IPI • ISSOutros e Legislação

SP

No 41/12 • 411a semana Outubro

Manual de Procedimentos

LEGISLAÇÃO ESTADUALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofi sco BD On-line.

DECRETO Nº 58.388, DE 14/09/2012DOE-SP de 15/09/2012, retifi cado no DOE-SP de 19/09/2012

ICMS

Programa de Incentivo à Indústria de Produção e de Exploração de Petróleo e de Gás Natural – Disciplina – Retifi cação

Sinopse: O Decreto nº 58.388/12, retifi cado no DOE-SP de 19/09/2012, disciplina o Programa de Incentivo à Indústria de Produção e de Exploração de Petróleo e de Gás Natural no Estado.

PORTARIA SF/SUREM Nº 21, DE 18/09/2012DOC-SP de 19/09/2012

Município de São Paulo

ISS – Sorteio de Prêmios – Tomador de Serviço – Disposições

Sinopse: A Portaria SF/SUREM nº 21/12 dispõe sobre o sorteio de prêmios para tomador de serviço identifi cado na Nota Fiscal de Serviços Eletrônica.

SOLUÇÃO DE CONSULTA SF/DEJUG Nº 58, DE 03/09/2012DOC-SP de 18/09/2012

Município de São Paulo

ISS – Consórcio – Documentos Fiscais – Escrituração

Sinopse: A Solução de Consulta SF/DEJUG nº 58/12 esclarece acerca da escrituração de documentos fi scais emitidos em nome de consórcio.

SOLUÇÃO DE CONSULTA SF/DEJUG Nº 59, DE 05/09/2012DOC-SP de 18/09/2012

Município de São Paulo

ISS – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) – Retenção do Imposto

Sinopse: A Solução de Consulta SF/DEJUG nº 59/12 esclarece acerca da retenção do imposto sobre serviços prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

LEGISLAÇÃO MUNICIPALA íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofi sco BD On-line.