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Page 2: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

Introdução

I - OSMMC (Obra Social Madre Maria Clara)

1. Contexto Institucional

2. Identidade da CONFHIC - Uma Escola Franciscana Hospitaleira da Imaculada

Conceição (a realizar pela aluna Paula André)

II – Creche - Uma Resposta Social

1. Creche de S. José

2. Caracterização do meio envolvente

III – Organização Pedagógica da Creche de S. José

1. Enquadramento

2. Prioridades Educativas

3. Objetivos

IV – Formas de Organização

1. Funcionamento

2. Direção da Obra Social Madre Maria Clara (OSMMC)

3. Organigrama

4. Equipa Técnica da Instituição Creche de s. José

5. Reuniões

6. Meios de Formação

V – Áreas e Recursos da Creche

1. Espaço físico da Creche de S. José

a) Serviços

b) Espaço Logístico do Estabelecimento

c) Recursos de Materiais

d) Recursos Humanos

e) Crianças

VI - Processo de Avaliação

1. Instrumentos de Trabalho

2. Elaboração do Plano de Desenvolvimento Individual da Criança (PDI)

3. Avaliação e Revisão do PDI

4. Avaliação do Projeto Educativo

5. Outros Documentos

Bibliografia

Page 3: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

Introdução

O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades

fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos, dos

pais e encarregados de educação, assim como do meio económico e social.

Pretendemos que este projeto seja um bússola para toda a Instituição e seus

Agentes Educativos, de forma que sejam conhecidas quais as pautas por onde se

encaminha uma Escola Franciscana Hospitaleira, e, no nosso caso, uma Creche, e a

Creche de S. José.

A Creche de S. José 1 rege-se pelas normativas em vigor emanadas do Ministério

da Segurança Social e aplicáveis às Instituições com valência Creche, pelas orientações

da Obra Social Madre Maria Clara e pelo seu Regulamento Interno.

A Creche de S. José é uma Instituição Privada de Solidariedade Social, inserida na

Obra Social Madre Maria Clara, fundada pelas Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da

Imaculada Conceição.

Creche é definida como “um equipamento de natureza socioeducativa,

vocacionada para o apoio à família e à criança, destinado a acolher crianças até aos 3

anos, durante o período correspondente ao impedimento dos pais ou de quem exerça as

responsabilidades parentais.”2

A sua implementação processa-se através de um trabalho em parceria, onde todos

os elementos da equipa educativa (Diretora Técnica, Educadoras de Infância e

Ajudantes de Ação Educativa) que assumem um compromisso de colaboração em prol

do bem-estar e do desenvolvimento harmonioso da criança.

Entende-se por Projeto Educativo o documento que define os objetivos, as

atividades, as estratégias, os recursos e os processos de avaliação considerados

adequados à apropriação do saber e à realização de novas aprendizagens em domínios

específicos, facilitadores do desenvolvimento global do formando. É assim, um

1 Regulamento Interno da Creche de S. José – Vila Real

2 Diário da Republica, 1ª série – nº 167 – 31 Agosto, Art.3º da portaria 262/2011 de 31 Agosto

Page 4: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

documento dinâmico, que orienta e define as metas e as finalidades que se pretendem

atingir no contexto educativo, no nosso caso, em Creche.

Por se tratar de um instrumento dinâmico, o Projeto Educativo, em Creche,

funciona como uma estratégia que permite delinear todo o processo de desenvolvimento

da criança, permitindo uma prestação de serviço de qualidade.

É na primeira infância que surgem as primeiras grandes mudanças, a nível físico,

cognitivo e social. Daí que, as experiências ocorridas durante este período, influenciem

fortemente a criança na sua relação com todas as pessoas que, com elas, se cruzam no

quotidiano. Pela vulnerabilidade de um ser de tão tenra idade, exige dos adultos,

sobretudo dos seus cuidadores, proteção, segurança, afetividade, e um ambiente

acolhedor e propício ao desenvolvimento de todas as suas potencialidades. Assim, nasce

a necessidade de proporcionar um ambiente favorável, ao desenvolvimento harmonioso

e equilibrado para todas as crianças, oferecendo a cada uma a possibilidade de explorar

os interesses próprios. Para que este processo ocorra, e a criança desenvolva todas as

potencialidades de forma global e equilibrada, despertando assim a sua curiosidade e

pensamento crítico, é essencial o estabelecimento de um vínculo afetivo, coeso e seguro

com a criança.

Em paralelo com o Projeto Pedagógico existente nesta resposta educativa,

encontramos os Projetos Curriculares de grupo, vocacionados para cada faixa etária,

dentro da Creche, de acordo com um plano de atividades, que assumem, como

referencial de ação, e que define o modo como participamos e influenciamos o processo

de crescimento das nossas crianças.

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I – Obra Social Madre Maria Clara (OSMMC )

1. Contexto Institucional

A Obra Social Madre Maria Clara é uma Instituição Particular de

Solidariedade Social, criada por iniciativa da Congregação das Irmãs

Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, com Estatutos aprovados

a 18 de dezembro de 1990, nas folhas 66/90 a 99 e 99 verso, cujo extrato foi

publicado no Diário da República, 3ª Série, número 14, de 17 de janeiro de

1991.

A Obra Social Madre Maria Clara tem a sua sede na Rua Visconde

Moreira Rey, nº 12, Linda a Pastora, 2795-762 QUEIJAS.

A Obra Social Madre Maria Clara é uma resposta ao imperativo “Onde

houver o Bem a fazer que se faça”, que foi lema na vida dos Fundadores da

Congregação, e tem como objetivo “contribuir para a promoção integral das

populações onde está inserida, coadjuvando os serviços públicos competentes

ou outras Instituições Particulares, em espírito de solidariedade humana,

cristã e social”3.

Na década de oitenta do século XX, (1986-1989), as Irmãs Franciscanas

Hospitaleiras da Imaculada Conceição, (CONFHIC), com a intenção de

construírem a sede Geral da

Congregação, ao adquirir a quinta de

Cesário Verde, em Linda a Pastora,

imediatamente se confrontaram com

uma zona socialmente carenciada,

nomeadamente, no apoio às crianças

mais pequenas.

Na casa da quinta do poeta Cesário

Verde, o Governo Geral da CONFHIC

mandou remodelar o Edifício na parte

interior, mantendo o traço (tal como era

exigido), visto que este edifício estava no

Roteiro Turístico da Câmara de Oeiras.

Após a obra de remodelação. o rés-do-

3 Estatutos da Obra Social madre Maria Clara, art. 3

Page 6: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

chão ficou:

Com 3 salas para crianças dos 3 aos 6 anos;

Com 2 salas para crianças dos 6 aos 11 anos;

Uma sala polivalente;

Uma sala de jantar para 60 crianças;

Uma cozinha com despensa anexa;

Uma lavandaria onde estava instalada a caldeira;

Uma pequena sala para produtos de higiene;

Três casas de banho, sendo uma destinada a adultos;

Um pequeno gabinete administrativo;

Uma cave:

Com uma biblioteca;

Um posto de enfermagem;

Um hall de entrada;

Uma sala de animação.

Assim, se deu inicio à Obra Social Madre Maria Clara, a que, entretanto, se

juntaram outros estabelecimentos já existentes em Portugal de bem-fazer,

pertencentes à Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da

Imaculada Conceição.

Hoje, a OSMMC está presente em:

Distrito de Lisboa:

1. Linda a Pastora - Creche e Jardim de Infância;

2. Laveiras - Jardim-de-Infância;

3. Algés - Centro de Dia e Apoio Domiciliário.

Distrito do Porto:

1. Colégio de S. José de Bairros - Jardim de Infância e o 1º ciclo.

Distrito de Vila Real:

1. Colégio Moderno de S. José - Jardim de Infância, 1ºe 2º ciclos;

2. Creche de S. José.

Page 7: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

2. Identidade da CONFHIC – Uma Escola Franciscanas Hospitaleira da

Imaculada Conceição

O presente Projeto Educativo pretende concretizar a proposta educativa que a

Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição –

CONFHIC – oferece a todas as suas escolas.

É inspirado nas orientações da Igreja Católica e por isso forma e promove a

pessoa de acordo com a conceção cristã. Desenvolve um percurso de personalização na

vivência de valores culturais e da vida. Tem dimensão eclesial, comunitária e cultural e

carateriza-se por ser uma escola da pessoa e para a pessoa.

Preconiza uma formação desenvolvida por educadores que vivem e testemunham

uma vocação peculiarmente cristã.

Os alunos são educados nas virtudes que os ensinam a integrar os vários

conteúdos do saber humano à luz da mensagem evangélica, ou seja, a fazerem a síntese

entre cultura e fé e entre fé e vida.

A nossa razão de ser, como educadores católicos, é sermos apóstolos no sentido

pleno do termo. A razão de ser da Escola Católica é tornar-se lugar de autêntica e

específica ação pastoral, de Evangelização sempre nova.

Convencidos de que a educação é uma das mais poderosas armas de que dispomos

para modelar o futuro, somos convidados a viver o Amor, único suporte didático

consistente.

Como disse Sebastião da Gama: Educar é Amar!

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A. CARÁTER PRÓPRIO

“Compreender o presente exige um

conhecimento mais ou menos profundo

do passado”. (Lucien Febvre)

a. De onde partimos – O sonho dos fundadores

Não podemos falar de Escola Franciscana Hospitaleira, sem antes conhecermos os

seus fundadores e nos debruçarmos sobre o tempo em que viveram e como projetaram o

futuro. Foi num contexto, sócio/político, económico e religioso, atribulado do séc. XIX,

que nasceram e viveram os fundadores: Pe. Raimundo dos Anjos Beirão (1810) e Irmã

Maria Clara do Menino Jesus (1843), que, embora nascidos em famílias privilegiadas,

pela sua afeição, às necessidades dos mais desprotegidos e carenciados da sociedade,

não deixaram de sentir e sofrer a crise que se vivia e alastrava a sociedade mais

desprivilegiada.

b. Quem somos

A Escola Franciscana Hospitaleira oferece uma cosmovisão específica, com um

forte sentido de fraternidade, de simplicidade, de inclusão, de ecologia do Espírito em

que o mundo e todas as criaturas aparecem, como caminho e reflexo do Criador.

Procura permear no espírito evangélico das bem-aventuranças toda a ação educativa,

promovendo o crescimento integral das crianças e dos jovens. Adota como pedagogia o

acolhimento que se traduz pelo afeto, pelo amor e a alegria que dá sentido ao ser e ao

saber.

Ser educador hospitaleiro é estar atento à vida e dar ao outro a possibilidade de

descobrir-se e descobrir o que está chamado a ser.

A educação Franciscana Hospitaleira é um caminho aberto e a refazer em cada

tempo e lugar.

A Hospitalidade é uma maneira de dizer amor, colocando em destaque o cuidado,

a atenção, o acolhimento e a misericórdia.

Foi este o sentir dos nossos Fundadores, quando escreveram: “Ides servir de mães,

educando”.

c. Missão e visão

Como missão, deve cuidar o campo educativo como plataforma evangelizadora

dos educandos e das famílias. Promover o desenvolvimento da pessoa humana,

preparando-a para a vida em todas as dimensões e contribuindo para a transformação da

sociedade.

A hora é de agir, e por isso, tem como visão, evangelizar a partir de projetos

sérios, elaborados conjuntamente e com a colaboração da comunidade educativa numa

sólida preparação - formação de modo a se tornar perita de humanidade e de fé.

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II – Creche – Uma Resposta Social

1. Creche de S. José

A Creche de S. José é uma Instituição

Particular de Solidariedade Social, com

Acordo de Cooperação com a Segurança

Social, sendo uma valência do Colégio

Moderno de S. José.

O Colégio Moderno de S. José é um

colégio Católico, propriedade da

CONFHIC, desde 1928 e que foi integrado

na Obra Social Madre Maria Clara, com autorização definitiva nº 215, em 8 de Outubro

de 2008, que pertence e é dirigida pela

Província de Santa Maria, da Congregação

das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da

Imaculada Conceição, sua entidade tutelar

A Creche de S. José iniciou as suas

funções educativas no dia 1 de Setembro de

2009. Destina-se a crianças entre os 3 meses

aos 36 meses de idade, encontrando-se

organizada em três espaços, cada um deles

com identidades e características próprias.

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Berçário

(Espaço destinado à permanência de bebés entre os 3 meses e a aquisição de

marcha)

Berçário Espaço destinado aos tempos de repouso e descanso dos bebés com

10 camas.

Sala Parque Espaço dedicado aos tempos ativos, onde a criança poderá brincar e

explorar o meio com os agentes educativos e seus pares.

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Salas de Atividades

(Espaços destinados ao

desenvolvimento, e atividades lúdicas e pedagógicas)

Sala de 1 Ano Crianças com idades compreendidas entre a aquisição de marcha e

os 24 meses.

Sala de 2 Anos Crianças com idades compreendidas entre os 24 e os 36 meses.

A Creche de S. José foi criada para dar

resposta aos pais dos alunos do colégio,

que apresentavam as suas dificuldades de

ter os seus filhos mais novos noutros

locais.

A Creche de S. José é uma

Instituição Católica e a sua ideologia

central está fundamentada em fortes

pilares, valores que norteiam os seus

membros e a sua ação quotidiana como:

“Hospitalidade (acolhimento,

com a maior amabilidade);

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Fraternidade (sentir a todos como uma família);

Respeito (pela Liberdade e Dignidade de cada um);

Exigência (preparação rigorosa e competente, como preparação para a vida);

Verdade (sinceridade e abertura nas relações interpessoais)”.4

Sendo todos eles básicos na formação da pessoa, estão presentes em toda e

qualquer iniciativa, ao ser pensada e no seu percurso de concretização.

Para a Escola Franciscana Hospitaleira, a Educação “é um processo dinâmico e

permanente que visa ajudar o aprendente a realizar-se como pessoa, respondendo aos

desafios da sua vocação humana e identificar-se, progressivamente, como Homem

Novo, na sua tríplice relação com Deus, com o outro e com o mundo”5.

Toda a Instituição está aberta a acolher todos os alunos que procurem este

estabelecimento , independentemente da sua religião ou categoria social, desde que

respeitem e se identifiquem com o seu Projecto Educativo, que a todos procura dar

uma Educação humana e personalizada, no sentido da liberdade e da responsabilidade.

É dirigido superior e indirectamente pela Superiora Provincial, da Província de

Santa Maria -Portugal, e diretamente pela Diretora Administrativa, em estreita

colaboração com a Diretora Técnica Creche nomeadas, respectivamente, pela mesma

Autoridade Provincial.

Todo o trabalho neste estabelecimento é desenvolvido por uma Comunidade de

Religiosas em colaboração com pessoal docente e não docente, segundo os princípios da

Proposta Educativa e as normas

contidas neste Projecto Educativo.

4 Proposta Educativa da Escola Franciscana Hospitaleira, Província de Santa Maria, 1999

5 Ibidem

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2. Caracterização do meio envolvente

A Creche de S. José tem as suas instalações dentro do edifício do Colégio

Moderno de S. José, que está situado no

centro da cidade de Vila Real, freguesia de

S. Pedro, na Rua Tenente Bessa Monteiro, nº

45. Goza de bons acessos, quer dos vários

pontos da cidade, quer das povoações

limítrofes.

Fica próximo das instalações dos

Bombeiros da Cruz Verde e da Cruz Branca,

das igrejas de S. Pedro e Calvário, do Centro

Cultural e Regional de Vila Real, da Casa Episcopal, do Jardim da Carreira, do Arquivo

Distrital, do Grupo de Teatro do Nordeste - " Filandorra ", do Cine Teatro D. Dinis, do

Mercado Municipal, das Agências Rodoviárias, da Escola Secundária de S. Pedro, do

Seminário Diocesano, Tribunal da Comarca de Vila Real, Edificio dos Correios e

Telecom, etc..

Relativamente próximo, está também da Câmara Municipal, a Esquadra da P. S.

P., do Ginásio Clube de Vila Real

e da Escola Diogo Cão, à qual o

Colégio foi ministerialmente

anexado para fins de

documentação oficial, visto ter

paralelismo pedagógico.

Todos estes elementos são

de grande importância, na medida

em que funcionam como recursos

educativos, culturais, desportivos

e outros, sempre que solicitados

pelo Colégio/Creche e de acordo

com as suas disponibilidades.

A Comunidade local em que o Colégio está inserido é neste momento bastante

heterogénea, tendo passado de uma estrutura sociológica tradicional para uma estrutura

Page 14: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

de vivências mais pessoais, como consequência do desenvolvimento industrial,

comercial e cultural de Vila Real.

As crianças, que frequentam a Creche de S. José, são provenientes da cidade e das

várias freguesias circunvizinhas. Pertencem a diferentes categorias sócio-económicas e

socias .

Segundo o Regulamento deste estabelecimento, os critérios de admissão regem-se

pelos seguintes:

a) “Irmãos de alunos que frequentam a Creche e/ou o Colégio Moderno de S.

José;

b) Crianças de famílias carenciadas, monoparentais e numerosas;

c) Ausência ou indisponibilidade dos pais, para assegurar os cuidados básicos;

d) Pais que trabalhem ou residam na área do Colégio;

e) Filhos de funcionários e de antigos alunos da Creche ou do Colégio;

f) Outras crianças já inscritas em lista de espera, por ordem de candidatura e

com os respetivos documentos de identificação.”6

6 Norma V Critérios de Prioridade na Admissão do Regulamento Interno da Creche de S. José.

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III – Organização Pedagógica da Creche

1. Enquadramento

Com a industrialização e a entrada da mulher no mercado de trabalho, as famílias

começaram a sentir dificuldades em cuidar dos seus filhos. Pela iniciativa privada,

aparecem as Creches, como resposta social.

Ao instituir-se legalmente a assistência social à criança, como direito de

cidadania, a Constituição Portuguesa reconhece e é introduzida, na agenda pública, a

necessidade da definição de diretrizes, normas, regras e princípios, que devem estruturar

a sua implementação.

O Manual de Processos para Creches, editado pelo Instituto da Solidariedade

Social, tem como preocupação a primeira infância e como as estruturas Creches estão a

dar respostas às necessidades sentidas. Este reconhece a importância desta fase do

desenvolvimento da criança enquanto indivíduo.

Todas as crianças possuem o seu próprio padrão de desenvolvimento. Apesar de

diferentes investigações terem identificado “normas” ou “estádios” de desenvolvimento,

bebés e crianças muito pequenas necessitam que lhes seja dado espaço, tempo e apoio,

que lhes permita realizar o seu próprio crescimento.

A infância é a etapa fundamental da vida das crianças, sendo os primeiros 36

meses de vida particularmente importantes, para o seu desenvolvimento físico, afetivo e

intelectual.

Assim sendo, a creche assume um papel fundamental na educação das crianças

entre os zero e os três anos, constituindo uma das primeiras experiências da criança num

sistema organizado, externo ao seu meio e círculo familiar. Ao ser integrada, pretende-

se que venha a desenvolver as competências e capacidades próprias da sua faixa etária.

Deste modo, é importante que os profissionais da creche conheçam as características

das crianças, as suas necessidades, saibam respeitar os seus ritmos e tenham parâmetros

de avaliação e observação.

Assim sendo, “o educador deve ser capaz de interligar os aspetos do

desenvolvimento com as áreas de aprendizagem e experiência com aspetos da atividade

lúdica”7, permitindo que as crianças brinquem, manipulem e explorem os diferentes

materiais de cada área, tendo sempre em consideração o cumprimento da rotina diária

como facilitadora do desenvolvimento das crianças. 7 Portugal, Gabriela “Crianças, famílias e Creches” – Uma abordagem ecológica da adaptação do bebé à

Creche – Porto Editora 1998

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Atendendo que as crianças “… necessitam de atenção às suas necessidades

físicas e psicológicas, uma relação com alguém em que confiem, respeito, ambiente

seguro, saudável e adequado ao seu nível de desenvolvimento, oportunidades de

interagir com outras crianças e liberdade para explorar utilizando os seus sentidos”8, daí

ser fundamental a presença de Educadores de Infância e de outros agentes educativos

ligados à infância.

Com efeito, o principal desafio que se levanta à educação, na primeira infância,

será o de conciliar a prestação de cuidados com a educação.

Assim, a conceção de creche “….deverá ser entendida como uma ação promotora

do desenvolvimento infantil, em seus aspetos também básicos de interação e

estimulação.”9

Toda a equipa educativa da Creche deverá ser o “motor” do estabelecimento no

seu campo de trabalho e segundo as suas competências, fazendo-o com qualidade, numa

dimensão de total disponibilidade, para estabelecer uma relação forte em afetos,

fundamentando sempre a sua prática com princípios teóricos que lhe permitam conhecer

a criança, observá-la e fazer propostas enquadradas numa planificação consciente.

2. Prioridades Educativas

Tendo em conta o Carisma Franciscano Hospitaleiro da Congregação e a

problemática sócio-económica e cultural do meio envolvente, assim como os diferentes

saberes da pedagogia para as crianças da 1ª infância, constituem para nós referência

primordial os seguintes princípios e objetivos:

a) Cada criança é um ser único e irrepetível, merecedor do máximo respeito do

educador pelas suas características individuais;10

b) A criança é um ser rico de potencialidades, sujeito e protagonista da sua própria

educação, pelo que as aprendizagens mais estimulantes são aquelas que partem das

experiências e dos interesses das próprias;

c) As aprendizagens mais integradoras e mais duradouras são aquelas que

permitem à criança aprender, fazendo e experimentando, e que possibilitam “aprender a

aprender”;

8 ibidem

9 ibidem

10 Ideário da Obra Social Madre Maria Clara, nº 2

Page 17: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

d) As aprendizagens mais eficazes são aquelas que resultam do exemplo da

comunidade educativa, da harmonia dos espaços e da coerência de todo o processo

educativo.

3. Objetivos

A Creche de S. José tem como objetivo principal colaborar com os pais na

educação dos seus filhos, sensibilizando-os para os problemas e exigências do seu

normal desenvolvimento, e suprindo, quando necessário, os limites e incapacidades das

famílias.

a) Proporcionar o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças num

clima de segurança afetiva e física, durante o afastamento parcial do seu meio familiar

através de um atendimento individualizado;

b) Colaborar estreitamente com a família numa partilha de cuidados e

responsabilidades em todo o processo evolutivo das crianças;

c) Prevenir e compensar défices sociais e culturais do meio familiar;

d) Facilitar a conciliação da vida familiar e profissional do agregado

familiar;

e) Colaborar com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades

em todo o processo evolutivo da criança;

f) Fomentar a inserção da criança na sociedade, favorecendo a progressiva

consciência de ser membro da mesma;

g) Educar segundo os princípios da Fé Católica, ajudando as crianças a

realizar-se como pessoas;

h) Proceder à despistagem de eventuais problemas ou deficiências, e

promover uma orientação adequada;

i) Assegurar um atendimento individual e personalizado em função das

necessidades específicas de cada criança;

j) Proporcionar condições para o desenvolvimento integral da criança, num

ambiente de segurança física e afetiva;

k) Promover a articulação com outros serviços existentes na comunidade.

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IV - Formas de Organização

Em ordem à realização dos objetivos pedagógicos propostos, a Creche de S. José

aposta em formas de organização caracterizadas por uma gestão participativa, assente na

corresponsabilidade e num permanente trabalho em equipa.

1. Funcionamento

A Creche de S. José inicia as suas funções no primeiro dia de Setembro de cada

ano, num período de funcionamento das 7h50m às 19horas, encerrando para períodos de

avaliação, manutenção, limpeza e férias do pessoal, nos seguintes dias:

a) “Na segunda e terça-feira de carnaval;

b) Nos dois dias úteis anteriores à Sexta-feira Santa;

c) Segunda-feira, depois da Páscoa;

d) De 1 a 31 de agosto;

e) Em dezembro - o último dia útil antes do dia 24; o primeiro dia útil depois do dia

25 e o dia 31;

f) Nos feriados nacionais e municipais;

g) Quando alguma determinação oficial ou da Instituição a isso obrigue, sempre com

aviso prévio por parte do Estabelecimento.

1. A entrada das crianças deverá ocorrer até às 09h30, salvo situações devidamente

justificadas.

2. As faltas deverão ser comunicadas à Diretora Técnica, até às 09h30.

3. A Creche encerra, diariamente, às 19h00. Os atrasos, depois desta hora, estão

sujeitos ao pagamento de um acréscimo à mensalidade, valor atualizado anualmente.

4. No caso de faltas superiores a 30 dias, não motivadas por doença grave e não

devidamente justificadas, a Instituição considera que a criança deixa de frequentar a

creche e, como tal, desligada de todos os compromissos assumidos no ato da inscrição

da criança.”11

11

Regulamento Interno da Creche de S. José, Norma VII, 2011

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2. Direção da OSMMC

Neste sentido, existe uma direção colegial da Creche de S. José, com uma

responsável administrativa e uma diretora técnica - coordenadora pedagógica.

3. Organigrama do Colégio Moderno de S. José e da Creche de

S. José

Diretora Administrativa

Diretora Pedagógica

(Colégio)

Professores

1º Ciclo

2º Ciclo

Educadoras de Infância

Ajudante da Ação Educativa

Diretora Técnica

(Creche)

Educadoras de Infância

Ajudantes da Ação Educativa

Auxiliar de Serviços Gerais

Serviços Administrativos

Auxiliares de Serviços Gerais

Cozinha e armazenamento

Lavandaria

Presidente

Vice - Presidente

Tesoureiro Secretário Vogal

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4. Equipa Técnica

Se num passado, os espaços, que envolviam uma creche, estavam vocacionados

para a guarda das crianças, prestando essencialmente um serviço de cuidados básicos,

que poderia ser feito por alguém carinhoso e responsável, hoje, é também exigido que

todos os agentes educativos apliquem os seus saberes teóricos e teórico-práticos, numa

equipa o mais multidisciplinar possível, nos diferentes saberes.

Segundo o “guião técnico”12

para a implementação de Creches, uma unidade de

Creche compreende:

a) Uma sala dos 3 meses à aquisição da marcha - até 8 crianças, com duas

Ajudantes de Ação Educativa;

b) Uma sala da aquisição da marcha aos 24 meses - até 10 crianças, com uma

Educadora e uma Ajudante de Ação Educativa;

c) Uma sala dos 24 meses aos 36 meses - até 15 crianças, com uma Educadora e

uma Ajudante de Ação Educativa.

No entanto, com a saída da portaria nº 262/2011 de 31 de Agosto13

, pelo

Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, no artigo 7º, a capacidade e

organização em Creche sofreu alterações, aumentando o seu número em berçário, de 8

para 10 crianças; na sala de 1 ano, de 10 até 14 crianças; e, na sala de 2 anos, de 15 até

18 crianças. No nosso caso, como podemos ver no quadro nº 1, encontramos as

alterações conforme as respetivas áreas de sala14

, como define a referida legislação.

Estas alterações devem-se a toda uma política socioeconómica e social a que vimos a

assistir, nos últimos anos e, sobretudo, a uma quebra de apoio familiar e de vizinhança,

e ao predomínio das famílias nucleares em detrimento das famílias alargadas.

Neste sentido, as creches assumem um papel determinante para a efetiva

conciliação entre a vida familiar e profissional das famílias, com base num projeto

pedagógico adequado à sua idade e potenciador do seu desenvolvimento, no respeito

pela sua singularidade.

A Creche de S. José, à luz da portaria já referida, e atendendo ao espaço que lhe

era inerente, e ao grande número de solicitações para este estabelecimento, adaptou-se à

12

Núcleo de Documentação Técnica e Divulgação em Creche (condições de Implementação e funcionamento) Lisboa 1996 13

Diário da República, 1ª serie – Nº 167 – 31 de Agosto de 2011 14

Áreas que se encontram definidas na planta da Creche desenhada pelo gabinete de Engenharia GEVIR Vila Real

Page 21: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

nova realidade a partir do dia 1 de Fevereiro de 2011, e passou a ter o seguinte quadro

de pessoal, (referido no quadro nº 1), com Acordo de Cooperação para 40 crianças,

mantendo-se o mesmo valor de comparticipação por parte do Instituto da Segurança

Social:

Quadro nº 1 a) A cozinha está ligada ao Colégio Moderno de S. José, pois a

cozinha é única.

b) A lavandaria está ligada ao Colégio, pelos mesmos motivos.

Quadro este, no qual pretendemos que todos os agentes educativos conheçam

todas as crianças e que, durante o tempo de permanência da criança em Creche, as

acompanhem desde o primeiro momento até ao último, pois acreditamos na importância

de uma boa relação afetiva, para o desenvolvimento de qualquer ser, como diria

Brazelton & Cramer: “as primeiras relações são o ninho das primeiras aprendizagens de

socialização e afetos.”15

5. Reuniões

No início de cada ano letivo, em data a determinar, haverá uma reunião com os

Encarregados de Educação, para apresentar a Equipa Educativa, o Projeto Pedagógico, o

Projeto Educativo e o Plano de Atividades.

15

Guerreiro Ana & Moreira Luísa: A organização pedagógica da creche: reflexos na formação de Educadores de Infância; Prespetivas nº 8 e 9; 2002/2003

Salas

Áreas

Nº de

Criança

s

Categoria Profissional Habilitações Literárias Afetação

Berçário - 19,51

Sala Parque -

28,32

10

2 - Aj. de Ação

Educativa

Licenciatura Prof do 1º Ciclo

Variante EVT

12 Ano – Téc. de Animador

Sociocultural

100%

100%

De 1 Ano – 23,95 12 1 – Ed. de Infância

1 – Aj da Ação

Educativa

Licenciatura em Ed. de Infância

12º Ano – Aux. de Ação Educativa

100%

100%

De 2 Anos – 34,02

18 1 – Ed. de Infância

1 – Aj da Ação

Educativa

Licenciatura em Ed. de Infância

12º Ano – Aux. de Apoio à Infância

100%

100%

1 - Diretor Técnico Licenciatura em Serviço Social 100%

1 – Aj. Ação Educativa 12 Ano – Técnica de Ação

Educativa 100%

1 - Auxiliar de Serviços

Gerais 12º Ano 100%

Cozinheira a) 30%

Lavandaria b) 30%

Page 22: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

Outras reuniões poderão ocorrer ao longo do ano, para intensificar a colaboração e

participação dos encarregados de educação.

Sempre que necessário realizam-se reuniões com toda a equipa técnica

(Educadoras, Ajudantes de Ação Educativa e Auxiliar dos Serviços Gerais), no entanto

encontram-se calendarizadas em regulamento três grandes momentos para o efeito:

Em dias a marcar durante o ano (uma vez por mês)

Na quarta-feira da semana santa

Dias a combinar no mês de Julho

Nos últimos tês dias úteis do mês de agosto

No dia útil anterior ao dia 24 de Dezembro

6. Meios de Formação

Tendo presente a formação contínua de todos os Agentes educativos, é da sua

própria responsabilidade onde cada deverá fazer o seu próprio discernimento, dentro da

sua função específica, prevendo-se em cada ano:

a) Em colaboração com o Colégio Moderno de S. José sempre que se

promove internamente formação aos docentes e não docentes os intervenientes da

Creche de são José são convidados ou convocados a participar.

b) Participação de ações de formação promovidas pela autarquia local.

c) Participação nas formações promovidas pelo Instituto de Solidariedade

Social.

d) Participação nas atividades promovidas pela Associação de Profissionais

de Educação de Infância (APEI)

e) Participação em workshops ligados à primeira infância promovidos pela

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)

f) Dar oportunidade a estágios de escolas profissionais do local.

V - Áreas e Recursos da Creche

Embora já tenhamos referido no quadro 1 alguns dados, entendemos por bem

referir aqui outros dados que nos parecem importantes e separadamente a informação.

1. Espaço físico da Creche de S. José

A Creche de S. José, encontra-se incorporada no Piso do Res-Chão do Colégio

Moderno de S. José. Tem à sua disposição vários serviços de apoio, bem como usufrui

de variados recursos, quer físicos, maeriais ou humanos.

Page 23: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

Assim, passamos a descrever os suportes de apoio à Creche de S. José:

a) Serviços

Secretaria

Central telefónica

Gabinete de apoio pedagógico

Gabinete Técnico

b) Espaço logistico do estabelecimento

Quadro 2

Designação Quantidade

Salas (Berçário, sala de 1 ano e sala dos 2 anos) 3

Fraldários 2

Gabinete 2

Sala de arrumos 1

Sala de materiais 1

Arrecadação de produtos de limpeza 1

O Refeitório onde as crianças comem é o mesmo para os alunos do pré escolar do

Colégio Moderno de S. José.

c) Recursos materiais

Mobiliário de adulto;

Mobiliário adequado ao tamanho das crianças;

Materiais didactico-pedagogicos para as diferentes idades;

Materiais de desgaste e manutenção;

Equipamento de refeitório, cozinha e lavandaria, nas instalações do Colégio.

d) Recursos humanos

Quadro 3

Designação Quantidade

Educadoras 2

Auxiliares de Acção Educativa 5

Fucionária de limpeza 1

Cozinheira 1 a)

Lavandaria 1 a)

a) Ambas as pessoas são funcionárias do Colégio Moderno de S. José

Page 24: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

e) Crianças

Quadro 4

Designação Quantidade

Berçário 10

Sala 1 Ano 12

Sala 2 Anos 18

VI - Processo de Avaliação

1. Instrumentos de Trabalho

A Creche de S. José, orienta-se segundo o Manual de Processos-Chave16

para

Creches do Instituto da Segurança Social.

Segundo este documento, os instrumentos de trabalho, sempre que uma criança é

admitida em Creche inicia-se um processo que passa primeiramente por uma entrevista

de Diagnóstico.

Esta entrevista, que tem como objetivo proceder à clarificação de informação

pertinente sobre as necessidades e desenvolvimento da criança e expectativas da família.

“Baseia-se numa entrevista semi-estruturada à família e observação do comportamento

da criança que possibilita:

O conhecimento da pessoa de referência da criança e sua família;

Identificação das pessoas a quem a criança pode ser entregue diariamente;

Contacto para eventuais emergências/ocorrências;

A clarificação das necessidades da criança (Preferências alimentares, Interesses e

jogos preferidos) e expectativas da família;

A integração da criança no seu grupo e espaço (IMP03.IT03.PC02 – Programa

de Acolhimento Inicial);

A realização do plano de desenvolvimento individual da criança –

(IMP01.IT01.PC03 – Plano de Desenvolvimento Individual);

Para obtenção de um melhor resultado, durante o período de adaptação, os

colaboradores responsáveis pelo acolhimento da criança podem aprofundar aspetos

relativos à caracterização da criança e suas necessidades de intervenção, nomeadamente

através do impresso IMP01.IT02.PC02 - Ficha de Avaliação de Diagnóstico na parte C

16

Manual de Processos Chave – Creches , Instituto da Segurança Social, 1997

Page 25: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

- Perfil de Desenvolvimento, de forma a delinear o Plano de Desenvolvimento da

criança, pois já dispõe um maior conhecimento da criança em causa, e de uma relação

de maior confiança com ela.

Entretanto são prestadas informações à família sobre a forma como está a decorrer

a integração da criança no estabelecimento, e estas passam a constar do seu processo

individual.

Finalmente é elaborado um relatório sobre o processo de integração e adaptação

da criança, utilizando para o efeito o impresso IMP03.IT03.PC02 – Programa de

Acolhimento Inicial.

Tendo por base as competências e potencialidades da criança e expectativas da

família, o educador de infância estabelece os objetivos de intervenção da criança e os

serviços a prestar, de acordo com a instrução de trabalho IT01.PC03 – Plano de

Desenvolvimento Individual (PDI).

2. Elaboração do PDI

Para cada Plano de Desenvolvimento Individual são definidos os responsáveis

pela sua coordenação, elaboração, implementação e avaliação. Tem como principal

objetivo promover:

A aquisição de competências que a criança ainda não adquiriu face à sua

faixa etária;

A manutenção das competências já adquiridas.

O Plano de Desenvolvimento Individual é elaborado tendo por base o conjunto de

necessidades da criança e de expectativas da sua família, recolhidos através da ficha de

Avaliação de Diagnóstico;

Programa de Acolhimento Inicial (IMP03.IT03.PC02);

Relatórios e informações provenientes de outras instituições;

Outros.

Este Plano de Desenvolvimento Individual contém, nomeadamente, os seguintes

elementos:

Identificação da criança e sua família constantes no PDI de cada criança;

Page 26: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

Identificação do colaborador de referência da criança e da família (este

colaborador pode não corresponder ao colaborador responsável pela sala em que a

criança está inserida);

Explicitação dos objetivos de intervenção individual com base nas

competências e potencialidades da criança (Ficha de Avaliação de Diagnóstico -

IMP01.IT02.PC02), focando essencialmente os níveis de desenvolvimento e resultados

desejáveis que se pretendem alcançar e que foram consensualizados com a família;

Cuidados pessoais específicos (por exemplo: higiene, alimentação) a

prestarem à criança no estabelecimento;

Atuação de cada elemento colaborador na implementação do PDI. No

caso de crianças com necessidades educativas especiais incluir colaboradores das

entidades e serviços externos com relevo para o referido plano;

Identificação dos modos de participação da família na intervenção

educativa;

Identificação de necessidades de intervenção multidisciplinar da criança

e de apoio emocional à família (por exemplo: acompanhamento psicoterapêutico,

terapia da fala).

3. Avaliação e Revisão do PDI

O PDI é avaliado e revisto, sempre que necessário e no mínimo, duas vezes por

cada período a que se reporta, através do envolvimento de todos os interlocutores

(educadores de infância, ajudantes de ação educativa, família, outros colaboradores

(internos ou externos) tais como psicólogo, educadora de apoio tendo em consideração a

faixa etária e o respetivo ritmo individual do desenvolvimento da criança.

Para esta avaliação são tidos em consideração:

Os resultados da implementação do Projeto pedagógico (Plano de

Atividades de Sala IMP02.IT01.PC05);

Os resultados da avaliação do Projeto Pedagógico (Relatório de

Avaliação do Projeto Pedagógico - IMP03.IT01.PC05);

Relatórios e informações provenientes de outras instituições;

Informações diárias do responsável pela criança;

Page 27: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

Os resultados da avaliação da satisfação (clientes, colaboradores e parceiros), bem

como os resultados da supervisão dos serviços prestados. Esta supervisão é realizada

pelos responsáveis pelo estabelecimento e, sempre que necessário, entidades ou serviços

externos.

Deve ser realizada com uma periodicidade regular (por exemplo:

trimestralmente), estabelecida de acordo com os resultados alcançados na

implementação do PDI isto é, caso se registem dificuldades de funcionamento ou de

adaptação da criança ou sua família, a supervisão deve ser realizada com uma

periodicidade menor, podendo esta ser aumentada caso não se registem situações

anómalas.

São efetuados, sempre que necessário e no mínimo no final do de cada período de

funcionamento registos da avaliação e revisão do PDI evidenciando os progressos das

crianças (Relatório de Avaliação do Plano de Desenvolvimento Individual -

IMP02.IT01.PC05).

Os dados relativos à avaliação são tomados em consideração na planificação das

atividades diárias da sala. Os registos, devidamente datados e assinados, relativos à

avaliação e revisão do PDI fazem parte integrante do Processo Individual de cada

criança.

O PDI e respetivas avaliações e revisões são do conhecimento da família,

disponibilizando-se as informações sobre as aquisições e progressos da criança. Sempre

que são envolvidos outros serviços e intervenientes (externos ou internos) com

responsabilidade na prestação direta ou indireta na implementação do PDI, estes têm

conhecimento, em tempo útil do Plano de Desenvolvimento Individual e das respetivas

revisões.

Sempre que as alterações e revisões do Plano de Desenvolvimento Individual

justifiquem alterações aos serviços prestados e contratualizados com a família no

âmbito do contrato, este é alvo de revisão.

4. Avaliação do Projeto Educativo

Constituindo as crianças a razão de ser do Projeto Educativo, elas são as que nos

permitem avaliar o grau de eficácia da sua concretização. Neste sentido, entendemos

que o crescimento harmonioso e saudável da criança, nos vários domínios, que nos

mostra em que medida o Projeto Educativo está ajustado ou é corretamente

desenvolvido. Deste modo a principal avaliação deste projeto é dada pela avaliação

Page 28: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

contínua das crianças, feita pela educadora através dos meios diversos dos quais se

destaca o Plano de Desenvolvimento Individual da Criança.

Mas outras formas estão previstas ao longo do ano com as vivências quotidianas e

através do diálogo com os diferentes agentes educativos e pais.

Podemos destacar os seguintes:

1. Na preparação de cada atividade e após a sua realização;

2. Nas reuniões com as respetivas educadoras e ajudantes de Ação Educativa;

3. Com os pais, escutando-os num diálogo aberto a novas sugestões e

críticas;

4. Em reunião do final do ano a Equipa Técnica avaliará todo o processo

resultado das aprendizagens, práticas dos educadores, melhorias significativas a

desenvolver;

5. Elaboração do Relatório de Avaliação do Plano de Atividades e do

Projeto Pedagógico segundo as orientações do Instituto da Solidariedade Social (ISS)

5. Outros Documentos

Este projeto educativo é complementado com os seguintes documentos:

Projeto Pedagógico segundo as orientações do Instituto da Solidariedade

Social;

Propostas Educativa da Escola Franciscana Hospitaleira;

Regulamento Interno da Creche de S. José;

Propostas de Intervenção em Creche

Projeto Curricular de Grupos;

Plano de Atividades da Creche de S. José;

Page 29: Introdução · Introdução O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos,

BIBLIOGRAFIA

Azevedo, Rui; Projetos Educativos: Elabotração, Monitorização e Avaliação

– Guião de apoio; Recursos e Dinâmicas;Lisboa; 2011

Estatutos da Obra Social Madre Maria Clara; Linda a Pastora

Gabinete de Engenharia GEVIR; Vila Real

Guerreiro,Ana & Moreira, Luisa; A organização pedagógica da creche:

reflexos na formação de Educadores de Infância; Prespectivar Educação; nº.

8/9: 23-26; 2002/2003;

Ideário da Obra Social Madre Maria Clara; Linda a Pastora

Instituto da Segurança Social; Manual de Processos-chave – Creche; 1997;

Portugal, Gabriela; Educação de bebés em Creche – Prespectivas de

Formação Teóricas e Práticas; Revistas do GEDEI N.º 1;

Portugal, Gabriela; Crianças, Familia e Creches – uma abordagem rcológica

de adaptação do bebé à Creche; Colecção Cidine, Porto; Porto Editora; 1998;

Proposta Educativa da Escola Franciscana Hospitaleira; Provincia de Santa

Maria 1999

Regulamento Interno da Creche de S. José; 2011