introdução/objetivos

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USO DE AGREGADOS GRAÚDOS RECICLADOS DE CONCRETO EM CONCRETOS BETUMINOSOS USINADOS A QUENTE Bolsista: Cesar Augusto Pavei Frandoloso – Iniciação Tecnológica UFPR/TN Orientador: Prof. Dr. Leonardo Fagundes Rosemback Miranda Introdução/Objetivos Este trabalho propõe o estudo de substituição de frações de agregados graúdos por agregados reciclados de concreto (ARCg) para utilização em camadas de rolamento, através da dosagem de misturas asfálticas em CBUQ com diferentes percentuais de substituição de agregado natural por ARCg, visando avaliar os efeitos nas propriedades físicas e volumétricas face à substituição dos agregados. Método Definiu-se a curva granulométrica para as misturas dentro dos limites da Faixa “C” – DNIT 031/2006-ES e foram dosados cinco traços experimentais com diferentes frações de agregado reciclado: AN (Referência), A30-G25, A30-G50, A30-G75 e A30-G100. A nomenclatura “A30” refere- se à classe de resistência do concreto que originou os agregados (30 MPa), e “G25” a “G100” indicam os percentuais de substituição dos agregados graúdos. O método utilizado foi a dosagem Marshall com complementação do ensaio Rice, processo que permite determinar o teor ótimo de ligante (CAP 50/70) e comparar os parâmetros físicos e volumétricos de cada traço. Resultados/Discussão •O teor ótimo de ligante para cada traço, obtido do método dos teores centrais (Vv e RBV), variou de 4,9% para o traço referência (AN) até 6,9% quando da substituição completa dos agregados graúdos; •O aumento do teor ótimo de ligante em função do teor de substituição de agregado graúdo reflete a maior porosidade e absorção dos agregados reciclados; •Vv e RBV também aumentam com acréscimo das frações recicladas – mais vazios do material; •A Estabilidade, parâmetro mecânico, não apresentou uma tendência clara de diminuição em função do teor de ARCg, apenas observou-se um valor superior para a mistura referência. Conclusões •De maneira geral, todos as propriedades se enquadram nas especificações, indicando possível viabilidade em vias de baixo tráfego, evidenciando o aproveitamento dos resíduos; •O uso de ARCg em camadas de rolamento é possível, mas é precipitado afirmar que os resultados são conclusivos, pois demanda maiores estudos e normalização específica. Referências (1) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT. Pavimentos flexíveis – concreto asfáltico – especificação de serviço. DNIT 031/2006 – ES. Rio de Janeiro, 2006. (2) FROTA, C. A.; ALENCAR, C. L. S., SILVA, C. P. L. Influência do tipo de agregado na qualidade técnica de misturas asfálticas (2004). In: 35ª REUNIÃO ANUAL DE PAVIMENTAÇÃO, Rio de Janeiro, 2004. (3) RON, M. B.; CASAGRANDE, M. D. T.; DO VALE, A. C.; LOPES, M. de M.; SOARES, J. B. Aplicabilidade de Resíduos Reciclados da Construção Civil e Demolição Como Agregados em Misturas Asfálticas (2008). (In): 15ª REUNIÃO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA, Salvador, 2008. Características e parâmetros da dosagem Marshall TRAÇO AN (REFERÊNCIA) TRAÇO A30G100 Teor de ligante Teor de ligante 4,0% 4,5% 5,0% 5,5% 6,0% 5,0% 5,5% 6,0% 6,5% 7,0% Massa específica aparente (Gmb) g/cm³ 2,28 2,29 2,29 2,31 2,32 2,22 2,22 2,23 2,24 2,26 Gmm - Massa específica RICE (g/cm³) 2,45 2,43 2,41 2,39 2,38 2,43 2,40 2,38 2,37 2,34 Volume de vazios (Vv) % 7,09 5,78 4,91 3,63 2,50 8,67 7,41 6,55 5,52 3,79 Vazios do agregado mineral (VAM) % 18,32 18,21 18,48 18,42 18,53 19,61 19,48 19,74 19,88 19,38 Relação betume/vazios (RBV) % 61,32 68,28 73,42 80,30 86,51 55,77 61,94 66,83 72,24 80,45 Estabilidade (kgf) 1060, 8 1147, 2 1217, 8 1212, 1 1108, 9 1009, 7 1131, 5 1254, 2 1132, 8 1020, 8 Fluência (mm) 3,50 3,97 4,17 4,50 4,90 3,50 3,83 4,00 4,37 4,76 TEORES ÓTIMOS DE LIGANTE PELO MÉTODO Vv e RBV - teores centrais TRAÇO EXPERIMENTAL AN A30G25 A30G50 A30G75 A30G100 TEOR ÓTIMO DE LIGANTE 4,9% 6,0% 6,2% 6,4% 6,9%

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USO DE AGREGADOS GRAÚDOS RECICLADOS DE CONCRETO EM CONCRETOS BETUMINOSOS USINADOS A QUENTE Bolsista: Cesar Augusto Pavei Frandoloso – Iniciação Tecnológica UFPR/TN Orientador: Prof. Dr. Leonardo Fagundes Rosemback Miranda. Introdução/Objetivos - PowerPoint PPT Presentation

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USO DE AGREGADOS GRAÚDOS RECICLADOS DE CONCRETO EM CONCRETOS BETUMINOSOS USINADOS A QUENTEBolsista: Cesar Augusto Pavei Frandoloso – Iniciação Tecnológica UFPR/TNOrientador: Prof. Dr. Leonardo Fagundes Rosemback Miranda

Introdução/ObjetivosEste trabalho propõe o estudo de substituição de frações de agregados graúdos por agregados reciclados de concreto (ARCg) para utilização em camadas de rolamento, através da dosagem de misturas asfálticas em CBUQ com diferentes percentuais de substituição de agregado natural por ARCg, visando avaliar os efeitos nas propriedades físicas e volumétricas face à substituição dos agregados.

MétodoDefiniu-se a curva granulométrica para as misturas dentro dos limites da Faixa “C” – DNIT 031/2006-ES – e foram dosados cinco traços experimentais com diferentes frações de agregado reciclado: AN (Referência), A30-G25, A30-G50, A30-G75 e A30-G100. A nomenclatura “A30” refere-se à classe de resistência do concreto que originou os agregados (30 MPa), e “G25” a “G100” indicam os percentuais de substituição dos agregados graúdos. O método utilizado foi a dosagem Marshall com complementação do ensaio Rice, processo que permite determinar o teor ótimo de ligante (CAP 50/70) e comparar os parâmetros físicos e volumétricos de cada traço.

Resultados/Discussão•O teor ótimo de ligante para cada traço, obtido do método dos teores centrais (Vv e RBV), variou de 4,9% para o traço referência (AN) até 6,9% quando da substituição completa dos agregados graúdos;•O aumento do teor ótimo de ligante em função do teor de substituição de agregado graúdo reflete a maior porosidade e absorção dos agregados reciclados;•Vv e RBV também aumentam com acréscimo das frações recicladas – mais vazios do material;•A Estabilidade, parâmetro mecânico, não apresentou uma tendência clara de diminuição em função do teor de ARCg, apenas observou-se um valor superior para a mistura referência.

Conclusões•De maneira geral, todos as propriedades se enquadram nas especificações, indicando possível viabilidade em vias de baixo tráfego, evidenciando o aproveitamento dos resíduos;•O uso de ARCg em camadas de rolamento é possível, mas é precipitado afirmar que os resultados são conclusivos, pois demanda maiores estudos e normalização específica.

Referências(1) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT. Pavimentos flexíveis – concreto asfáltico – especificação de serviço. DNIT 031/2006 – ES. Rio de Janeiro, 2006. (2) FROTA, C. A.; ALENCAR, C. L. S., SILVA, C. P. L. Influência do tipo de agregado na qualidade técnica de misturas asfálticas (2004). In: 35ª REUNIÃO ANUAL DE PAVIMENTAÇÃO, Rio de Janeiro, 2004. (3) RON, M. B.; CASAGRANDE, M. D. T.; DO VALE, A. C.; LOPES, M. de M.; SOARES, J. B. Aplicabilidade de Resíduos Reciclados da Construção Civil e Demolição Como Agregados em Misturas Asfálticas (2008). (In): 15ª REUNIÃO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA, Salvador, 2008.

Características e parâmetros da dosagem Marshall

TRAÇO AN (REFERÊNCIA) TRAÇO A30G100Teor de ligante Teor de ligante

4,0% 4,5% 5,0% 5,5% 6,0% 5,0% 5,5% 6,0% 6,5% 7,0%

Massa específica aparente (Gmb) g/cm³ 2,28 2,29 2,29 2,31 2,32 2,22 2,22 2,23 2,24 2,26Gmm - Massa específica RICE (g/cm³) 2,45 2,43 2,41 2,39 2,38 2,43 2,40 2,38 2,37 2,34Volume de vazios (Vv) % 7,09 5,78 4,91 3,63 2,50 8,67 7,41 6,55 5,52 3,79Vazios do agregado mineral (VAM) % 18,32 18,21 18,48 18,42 18,53 19,61 19,48 19,74 19,88 19,38Relação betume/vazios (RBV) % 61,32 68,28 73,42 80,30 86,51 55,77 61,94 66,83 72,24 80,45Estabilidade (kgf) 1060,8 1147,2 1217,8 1212,1 1108,9 1009,7 1131,5 1254,2 1132,8 1020,8Fluência (mm) 3,50 3,97 4,17 4,50 4,90 3,50 3,83 4,00 4,37 4,76

TEORES ÓTIMOS DE LIGANTE PELO MÉTODO Vv e RBV - teores centrais

TRAÇO EXPERIMENTAL AN A30G25 A30G50 A30G75 A30G100

TEOR ÓTIMO DE LIGANTE 4,9% 6,0% 6,2% 6,4% 6,9%