introdução à pedagogia ii

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1 Introdução à Pedagogia – Parte 2 Introdução à Pedagogia Parte 2 IBETEL Site: www.ibetel.com.br E-mail: i [email protected] om.br Telefax: (11) 4743.1964 - Fone: (11) 4743.182630  

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1Introdução à Pedagogia – Parte 2 

Introdução à PedagogiaParte 2

IBETELSite: www.ibetel.com.brE-mail: [email protected]

Telefax: (11) 4743.1964 - Fone: (11) 4743.182630 

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3Introdução à Pedagogia – Parte 2 

(Org.) Prof. Pr. VICENTE LEITE 

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5Introdução à Pedagogia – Parte 2 

Apresentação

Estávamos em um culto de doutrina, numa sexta-feira destas quentes doverão daqui de São Paulo e a congregação lotada até pelos corredoresexternos. Ouvíamos atentamente o ensino doutrinário ministrado pelo PastorVicente Paula Leite, quando do céu me veio uma mensagem profética e oEspírito me disse “fale com o pastor Vicente no final do culto” . Falei: - Jesuste chama para uma grande obra de ensino teológico para revolucionar aapresentação e metodologia empregada no desenvolvimento da EducaçãoCristã.

Hoje com imensurável alegria, vejo esta profecia cumprida e o IBETELtransbordando como uma fonte que aciona apressuradamente com eficácia oprocesso da educação teológico-cristã.

A experiência acumulada do IBETEL nessa década de ensino teológicotransforma hoje suas apostilas, produtos de intensas pesquisas e eloqüenteredação, em noites não dormidas, em livros didáticos da literatura cristã comuma preciosíssima contribuição ao pensamento cristão hodierno e aplicaçãodidática produtiva. Esta correção didática usando uma metodologia eficaz que

aponta as veredas que leva ao único caminho, a saber, o SENHOR eSalvador Jesus Cristo, chega as nossas mãos com os aromas do nardo, damirra, dos aloés, da qual você pode fazer uso de irrefutável valor pedagógico-prático para a revolução proposta na gênese de todo trabalho.

E com certeza debaixo das mãos poderosas do SENHOR ser um motorpropulsor permanentemente do mandamento bíblico: “Conheçamos eprossigamos em conhecer ao Senhor...” . Por certo esta semente frutificará naterra boa do seu coração para alcançar preciosas almas compradas pelo

Senhor Jesus.

Dr. Messias José da SilvaIn memorian  

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Prefácio

Este Livro de Exegese do Novo Testamento, parte de uma série que compõea grade curricular do curso em Teologia do IBETEL, se propõe a ser uminstrumento de pesquisa e estudo. Embora de forma concisa, objetivafornecer informações introdutórias acerca dos seguintes pontos: FenômenoPedagógico; Conceito de Pedagogia; Os Agentes da Educação; A relevânciado ensino bíblico à criança; O educando em face à Pedagogia; O Ensinorelevante para Juniores (de 9 a 11 anos); O ensino relevante paraadolescentes; Como potencializar e dinamizar o ensino para adultos e EnsinoBíblico para Novos Convertidos.

Esta obra teológica destina-se a pastores, evangelistas, pregadores,professores da escola bíblica dominical, obreiros, cristãos em geral e aosalunos do Curso em Teologia do IBETEL, podendo, outrossim, ser utilizadocom grande préstimo por pessoas interessadas numa introdução a Exegesedo Novo Testamento.

Finalmente, exprimo meu reconhecimento e gratidão aos professores queparticiparam de minha formação, que me expuseram a teologia bíblica

enquanto discípulo e aos meus alunos que contribuíram estimulando debatese pesquisas. Não posso deixar de agradecer também àqueles queexecutaram serviços de digitação e tarefas congêneres, colaborando, assim,para a concretização desta obra.

Prof. Pr. Vicente Leite

Diretor Presidente IBETEL

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Declaração de fé

A expressão “credo” vem da palavra latina, que apresenta a mesma grafia ecujo significado é “eu creio”, expressão inicial do credo apostólico -,provavelmente, o mais conhecido de todos os credos: “Creio em Deus Paitodo-poderoso...”. Esta expressão veio a significar uma referência àdeclaração de fé, que sintetiza os principais pontos da fé cristã, os quais sãocompartilhados por todos os cristãos. Por esse motivo, o termo “credo” jamaisé empregado em relação a declarações de fé que sejam associadas adenominações específicas. Estas são geralmente chamadas de “confissões”(como a Confissão Luterana de Augsburg ou a Confissão da Fé Reformada

de Westminster). A “confissão” pertence a uma denominação e inclui dogmase ênfases especificamente relacionados a ela; o “credo” pertence a toda aigreja cristã e inclui nada mais, nada menos do que uma declaração decrenças, as quais todo cristão deveria ser capaz de aceitar e observar. O“credo” veio a ser considerado como uma declaração concisa, formal,universalmente aceita e autorizada dos principais pontos da fé cristã.

O Credo tem como objetivo sintetizar as doutrinas essenciais do cristianismopara facilitar as confissões públicas, conservar a doutrina contra as heresias

e manter a unidade doutrinária. Encontramos no Novo Testamento algumasdeclarações rudimentares de confissões fé: A confissão de Natanael (Jo1.50); a confissão de Pedro (Mt 16.16; Jo 6.68); a confissão de Tomé (Jo20.28); a confissão do Eunuco (At 8.37); e artigos elementares de fé (Hb 6.1-2).

A Faculdade Teológica IBETEL professa o seguinte Credo alicerçadofundamentalmente no que se segue:

(a) Crê em um só Deus eternamente subsistente em três pessoas: o Pai,o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).

(b) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fénormativa para a vida e o caráter cristão (2Tm 3.14-17).

(c) No nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória,em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensãovitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34; At 1.9).

(d) Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, eque somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentorade Jesus Cristo é que o pode restaurar a Deus (Rm 3.23; At 3.19).

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(e) Na necessidade absoluta no novo nascimento pela fé em Cristo e pelopoder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar ohomem digno do reino dos céus (Jo 3.3-8).

(f) No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente na fé no sacrifícioefetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9).

(g) No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vezem águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conformedeterminou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12).

(h) Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santamediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, atravésdo poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, quenos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Jesus Cristo(Hb 9.14; 1Pe 1.15).

(i) No batismo bíblico com o Espírito Santo que nos é dado por Deusmediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar emoutras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).

(j) Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo àIgreja para sua edificação conforme a sua soberana vontade (1Co12.1-12).

(k) Na segunda vinda premilenar de Cristo em duas fases distintas.Primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra,antes da grande tribulação; Segunda - visível e corporal, com suaIgreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts

4.16.17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14).(l) Que todos os cristãos comparecerão ante ao tribunal de Cristo para

receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo,na terra (2Co 5.10).

(m) No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis,(Ap 20.11-15).

(n) E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e

tormento eterno para os infiéis (Mt 25.46).

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Sumário

Apresentação 5Prefácio 7Declaração de fé 9

CAPÍTULO 1Fenômeno Pedagógico 13

CAPÍTULO 2Conceito de Pedagogia 17

CAPÍTULO 3Os Agentes da Educação 193.1. Os agentes gerais 193.2. O Estado educador 203.3. Os agentes específicos 21

CAPÍTULO 4A relevância do ensino bíblico à criança 23

4.1. Propósito 244.2. Exemplos de pessoas que sofreram a educação divina 244.3. Educação através dos tempos 254.4. A continuidade do ensino 254.5. Na Reforma 254.6. Um exemplo a ser seguido na atualidade 264.7. Dificuldades atuais 26

CAPÍTULO 5O educando em face à Pedagogia 29

5.1. O estudo da criança 29

CAPÍTULO 6O Ensino relevante para Juniores (de 9 a 11 anos) 31

6.1. Quem são os juniores 316.2. Características 316.3. Desenvolvimento do comportamento 326.4. Como ajudá-los 32

CAPÍTULO 7O ensino relevante para adolescentes 33

7.1. Definição de adolescência 337.2. Etapas da adolescência 347.3. Mudanças no desenvolvimento do adolescente - primeira adolescência

(12 a 14 anos) 357.4. Mudanças no desenvolvimento do adolescente - segunda adolescência

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(15 a 17 anos) 397.5. Dificuldades no convívio com adolescentes 427.6. Conclusão: implicações para o educador cristão 45

CAPÍTULO 8Como potencializar e dinamizar o ensino para adultos 47

8.1. Quem é o adulto? 47

CAPÍTULO 9Ensino Bíblico para Novos Convertidos 55

9.1. Descobrindo a Bíblica 559.2. O processo de discipulação 569.3. O perfil do novo convertido 57

9.4.

O perfil do discipulador 589.5. Pré-requisitos específicos 609.6. O método de ensino 61

Referências 63

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13Introdução à Pedagogia – Parte 2 

Capítulo 1

O Fenômeno PedagógicoO problema educativo é universal, como já vimos. Surge em todos os povos eem todas as civilizações.

A princípio, os homens agiam empiricamente. Mas, a partir de certomomento, e à medida que iam adquirindo novos conhecimentos, começaram

a ponderar, que a educação também era suscetível de estudo, deinvestigação e de sistematização.

Assim foram caminhando, e seguindo o método do ensaio e do erro.Enganavam-se hoje? Procuravam, no dia seguinte, uma nova solução. E seainda essa falhava, tentavam outra e outra...

Assim foram surgindo as bases da Pedagogia, que hoje é costume definircomo a ciência e a arte da Educação.

Dissemos que surgiram as bases; não dissemos que surgiu a ciência. Com aPedagogia, deu-se um fenômeno curioso. Durante séculos e séculos, oproblema educativo foi objeto de estudo e de meditação, sem que sehouvesse atribuído a este conjunto de conhecimentos, mais ou menossistematizados, qualquer designação específica.

Em geral, eram os filósofos que versavam os problemas educativos. Entre arealidade e a filosofia havia uma grande distância, que raramente se

transpunha.

As idéias sobre educação eram empíricas, e ninguém se lembrou deprocurar, desde logo, qualquer palavra para designar o conjunto metodizadode conhecimentos, concernentes à questão educativa. Só muito tardeaparece o vocábulo Pedagogia, para designar uma ciência e uma arte quetinham raízes antiqüíssimas, quase tão velhas como a própria Humanidade.

É curioso anotar a evolução progressiva desta referida palavra. Na Grécia e

em Roma, chamava-se pedagogo ao servo ou escravo que acompanhava ascrianças à escola. O próprio termo significa, em grego aquele que conduz acriança (paidos, genitivo de pais: criança; e agos: diretor oriundo de ago: euguio).

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Com o decorrer do tempo, o pedagogo subiu um poço de categoria: começoupor um simples condutor ou guardião da criança, no seu percurso de casa atéà escola, e acabou, em Roma, por se transformar num preceptor. Roma

conquistara a Grécia, e entre os prisioneiros, reduzidos à escravidão, tinhamvindo muitos atenienses cultos e ilustrados, cujas habilidades econhecimentos os romanos sumamente apreciavam. É ver o que, ao tempo,Juvenal escrevia, a respeito dos helenos: “... Tem gênio galhofeiro, audáciapronta, linguagem fluente. Que juízo formal de um grego? Imaginais que sejaum único indivíduo? Pois oculta, dentro de si, uma infinidade. É, ao mesmotempo, gramático, geômetra, pintor, augure, médico, mágico, sabe tudoquanto quer saber, compreende tudo quanto quer compreender”.

Em face desta multiplicidade de conhecimentos, os patrícios e cavaleirosromanos entregaram a educação dos filhos a gregos, seus escravos, algunsdos quais eram filósofos, sofistas, sábios enfim.

Entretanto, decorreu tempo, e surgiu a Idade-Média, após as trágicasinvasões dos bárbaros.

As condições de vida transformaram-se completamente, e como aescravatura desapareceu, sob um fluxo benemérito do Cristianismo, o

pedagogo-escravo deixou de existir.Passaram, então, a receber o nome de pedagogos os estudantesuniversitários pobres, que se instalavam, nos castelos senhoriais e nossolares, servidos de preceptores dos filhos dos fidalgos e grandes senhores.Enquanto estudavam, iam ensinando. Em geral, recebiam, em paga,pequenas importâncias. Na maioria dos casos, ensinavam apenas a troco decomida, luz e roupa lavada.

Depois, como, naqueles tempos recuados, a instrução era difícil, estesestudantes-pedagogos começaram – com autorização dos respectivossenhores – a reunir os filhos do solar, onde lecionavam outras crianças dasredondezas, de famílias conhecidas. Surgiram, desta maneira, embrionáriasescolas particulares. A palavra pedagogo começou, por tal fato, a ser usadacomo sinônimo de mestre-escola.

Simplesmente, como estes estudantes-pedagogos se apresentavam de modoirritante, com um certo ar doutoral e de superioridade, que o humilde mestre-

escola não tinha, o público atribuiu ao vocábulo, pedagogo, um sentidopejorativo: “Aquela palavra foi por muito tempo tomada numa acepçãodeprimente e como sinônima de pedante”.

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Este significado persistiu durante muito tempo, na linguagem corrente, comoo atestam os diversos dicionários.

Foi da palavra pedagogo que derivou, mais tarde, o termo Pedagogia, e sóentão começou aquela palavra a nobilitar-se verdadeiramente.

No século XVIII, surge, segundo se afirma, pela primeira vez, o vocábuloPedagogia, registrado no Dictionaire de la Langue Française, de 1762.

O termo já devia ser usado na linguagem corrente, porque os dicionáriosregistram, quase sempre, tardiamente as palavras de emprego usual.

Em Espanha, só apareceu o termo Pedagogia, na 11ª edição do Dicionáriode la Lengua Castelhana de 1884, e, mesmo assim, apenas com osignificado de arte.

Em Portugal, já se encontra esta palavra registrada num Dicionário de 1858,mas não com o sentido de arte, nem ciência. Nota-se, na definiçãoapresentada, a influência do sentido pejorativo, que até então se atribuíra aovocábulo pedagogo.

Eis o que se lê no aludido Dicionário:“Pedagogia: O tom, e superioridade dos pedagogos; magistralidade,pedantaria, dogmatismo; diz-se à má parte:” não sofrem bem a suapedagogia”, “depor a pedagogia”, “a pedagogia dos mais filósofos do tempotem corrompido a mocidade desassisada”, “a sua impertinente pedagogiapoderá mestrar e sobressair em escolas de aldeia”.

Com a formação definitiva da Ciência da Educação, o vocábulo Pedagogia

não só se nobilitou a si próprio, mas também enobreceu a palavra e aprofissão de pedagogo.

Hoje, este termo designa, de um modo geral, o especialista em Pedagogia ouo professor de Pedagogia.

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17Introdução à Pedagogia – Parte 2 

Capítulo 2

Conceito de PedagogiaPara alguns autores, Pedagogia seria a arte que se esforça por preparar acriança para a realização, na medida do possível, do ideal humano concebidopelo educador; e, nesta ordem de idéias, fato pedagógico seria de toda equalquer operação tendente à preparação do educando para o cumprimentodo seu destino humano. Atualmente, porém, define-se a Pedagogia como a

ciência e a arte de educar.

Quando o homem começou a ponderar, em plano superior, ao problemaeducativo, desde logo compreendeu que a educação tinha, necessariamente,de responder, entre outras, às seguintes perguntas essenciais: Qual deve sero objetivo da educação? Que devemos ensinar? Como devemos ensinar?

Para responder a estas interrogações, foi necessário procurar sair, do terrenoempírico, para o campo da especulação, da investigação científica e da

experimentação.

Eis, portanto, os dois grandes ramos básicos da Pedagogia: um investiga osfins: Pedagogia racional ou teológica; outro procura descobrir – mediante aobservação e a experimentação – qual a maneira, mais inteligente e maiseficaz, de atingir esses objetivos: é a Pedagogia positiva.

Mas a Pedagogia não podia ser, apenas, uma ciência pura ou especulativa.Tinha, igualmente, de ser uma ciência aplicada, e como tal uma arte. Quando

a Pedagogia põe a execução das teorias e a doutrina concebida pelospedagogos é uma arte ou, se quiserem, uma tecnologia.

Nestas condições, a Pedagogia estabelece aquilo que há a fazer; estuda osmeios de realizar, e põe em prática aquilo que concebeu.

Quem, atualmente, pretender educar ensinar, não pode prescindir dosconhecimentos da Pedagogia, que representam a experiência e o estudosistematizado do fato educativo. A intuição e a vocação não podem substituir

o conhecimento desta ciência:

“Um mestre dotado de grandes aptidões e de ardente vocação, depois detentear e ensaiar, talvez chegue a encontrar, por si mesmo, o caminho quedeve seguir. Porém, todo o tempo gasto em experiências será tempo perdido

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para a obra da educação em geral, e, muito especialmente, para as pobrescrianças que forem vítimas destes infrutuosos ensaios”.

A Pedagogia não é uma ciência exata, e este fato contribui, poderosamente,para tornar difuso o seu âmbito e transcendente o seus estudo. Esclarecendoque a ciência da Educação difere das outras ciências, afirma Wilbois,conforme já dissemos, que “ela não é uma ciência de fatos, mas, sim, depossibilidades – as possibilidades da alma da criança em submeter-se àsinfluências educativas”.

A Pedagogia tem, na sua frente, o homem, que é o mais instável doselementos: e tem, além do mais, que considerar esse homem, na vida

individual, familiar, profissional e social: “... em Pedagogia, o que importa,acima de tudo, é ter uma concepção exata da vida”.

O homem é um microcosmo; a vida – nos seus aspectos fisiológicos e sociais – é uma floresta, por vez um labirinto, de onde se torna forçoso sair. Por isso,“a primeira preocupação que deve ter, quem trata de penetrar no campoemaranhado da Pedagogia, é a de se orientar”.

Mas orientar-se recorrendo a que meios? Quais são as ciências, ou

elementos de que a Pedagogia tem de se socorrer, para alcançar os objetivosque lhe são marcados?

Eis, pois, o problema que primeiro lhe surge pela frente.

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19Introdução à Pedagogia – Parte 2 

Capítulo 3

Os Agentes da Educação3.1 Os agentes gerais

Podem considerar-se agentes de educação aqueles aos quais, de qualquermodo, compete ministrar, aos seus semelhantes, instrução e educação,embora não seja essa a sua atividade específica.

Estão nesse caso os avós, pais, tios, irmãos mais velhos, chefes, patrões,magistrados etc.

Evidentemente, os membros da família têm o dever e a obrigação deministrar, aos membros imaturos da mesma família, as noções fundamentaisao desenvolvimento físico, psíquico, moral e intelectual da criança.

Mas dever e obrigação não constituem capacidade.

Os pais, por exemplo, têm as suas profissões próprias; não podem consagrartoda a sua vida à formação da infância. Além disso, falta-lhes a necessáriapreparação, e até pode acontecer que lhes faltem disposições naturais eoutras qualidades inerentes ao desempenho de tal atividade.

O mesmo pode dizer-se com respeito aos dirigentes, patrões, magistrados,etc. Todos eles – por força da natureza dos próprios cargos - devem educarcom palavras, conselhos e admoestações; com exemplos, com atos de

 justiça, etc.

Mas embora possa e devam ser educadores no sentido genérico dovocábulo, não são professores.

Só estes são os agentes da Educação, porque só estes têm por dever eobrigação instruir e educar. É esta as sua profissão e o seu modo de vida.

O médico, o advogado, o engenheiro podem educar pela palavra e pelo

exemplo, e devem, certamente, fazê-lo. Os dirigentes podem educar os seussubordinados, não só pelo exemplo, mas mediante uma direção inteligente, justa humana e nobre.

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Porém, esta ação é sempre insuficiente e precária. Não obedece qualquerespécie de sistematização: é fortuita, ocasional e fragmentária.

A educação para surtir os desejados efeitos, tem de ser metódica,coordenada, progressiva, contínua e operante.

Esta só pode efetuar os professores, que recebem, para isso, preparaçãoespecial e que têm ao seu dispor os necessários meios, para obtenção doreferido fim.

No entanto, antes de estudarmos a entidade professor, e antes deesboçarmos o seu profissiograma, devemos fazer referência a um agente

geral de educação suigeneris, que entre os restantes merece ser consideradoà parte. Esse agente é o Estado.

3.2 O Estado educador

Mas merecerá, de fato, o Estado à designação de educador?

Vejamos, rapidamente, o problema.

Não resta dúvida que é o Estado quem comanda e dá forma à vida social; éele quem orienta e molda – de harmonia com os superiores interesses da grei- a estrutura cívica e profissional dos cidadãos. É ele quem lhes define osdireitos e quem lhes marca os deveres. É ele que considera a vida social numplano superior ao plano dos interesses individuais, e determina, dentro desseplano, o que é lícito e o que é ilícito, tomando em linha de conta os princípiosreligiosos, morais, filosóficos e econômicos que informam e moldam cadaépoca. É o Estado, em suma, que impõe a disciplina, que marca as sançõese concede as recompensas. Todas essas funções são essencialmente

educativas.

Está claro que são exercidas de modo indireto, por meio da legislação. É porintermédio de leis que o Estado promulga os princípios gerais da vida social ede todas as demais regras especiais de caráter social, econômico, cultural,profissional, deontológico, higiênico, etc: “o Estado moderno - escreve PietroCogliolo – foi chamado, e bem, um Estado de Direito, não porque tenha porúnico escopo e tutela do direito, e não porque se lhe negue a benéfica ecrescente intromissão em todas as atividades sociais, mas porque o seu

organismo, o seu operar, a sua constituição, são revestidas de formas jurídicas”.

Aliás, o Direito e a Moral têm de viver ligados. Uma lei injusta e iníqua nãopode ser considerada como lei: “toda lei útil ao Estado é, por conseqüência,

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útil às pessoas: toda lei útil às pessoas é, conseqüentemente, útil ao Estado”,observa Cogliolo.

Quando o Estado promulga leis gerais e morigeradoras, leis de assistência,leis sociais, leis penais, leis de higiene, leis deontológicas, etc., exerce açãoeducativa; e exerce idêntica ação quando defende a moralidade externa, eproclama a nulidade dos contratos contra bonos mores.

É ainda educador quando estabelece tribunais e, nomeadamente, Tutorias daInfância, Instituições de reeducação, de readaptação e correção, etc; éeducador quando exerce a sua ação preventiva, repressiva e punitiva.

Mas o Estado é o agente geral de Educação por excelência não só por tudoquanto fica dito, mais ainda por outra razão importante, é ele o Estado que éo instituidor, mantenedor e fiscalizador da própria organização escolar. É eleque cria e sustenta os estabelecimentos de ensino oficiais, é ele queinspeciona as escolas particulares e que determina, em suma, os princípios aque deve obedecer toda a Educação.

Pode afirmar-se que a Escola é um órgão do Estado; ela tem de servir osinteresses gerais, e, portanto, terá de se subordinar, mesmo quando

particular, às suas diretrizes. A Escola tem de servir os interesses superioresda comunidade; não pode ser inimiga destes interesses. Terá de respeitar apersonalidade, mas integrando-se sempre no grupo social.

O Estado tem uma função pedagógica de caráter supletivo, não devendo, porconseqüência, absorver ou eliminar o direito educativo privativo dos demaisgrupos sociais.

Ao Estado compete, em suma: promover e proteger a atividade e as

iniciativas das diversas instituições educadoras (Família, Igreja e Escola) esuprir e completar as insuficiências e lacunas das referidas instituições, sem,de forma alguma, se lhes substituir.

3.3 Os agentes específicos

Já vimos que os agentes específicos da Educação, por excelência, são osprofessores. Mas, evidentemente, o professor - ou seja, aquele que se limitaa ensinar a matéria na qual é especializado – não satisfaz à Pedagogia

contemporânea.O verdadeiro professor, digno de tal nome, deve ser, ao mesmo tempo,educador.

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Estas duas palavras são sinônimas. Todos os professores, dignos de taldesignação, devem ser educadores; mas nem todos os educadores sãoprofessores.

Educador é aquele que, pela palavra, pelo exemplo, pela ação – e em todasas emergências ou circunstâncias da vida – ministra conhecimentos,proporciona modelos e exerce sugestões eficazes sobre um indivíduo imaturoou até sobre um grupo. Professor é aquele que limita a ensinar oralmente,numa aula, a matéria em que é especialista.

O verdadeiro professor alia, sempre, à sua profissão, a qualidade deeducador.

Também pode ser considerado agente específico da Educação o pedagogo,isto é, aquele que se consagra ao estudo dos problemas concernentes àEducação, e que, como tal, fornece as diretrizes e as luzes ao professor.

No entanto, é-se pedagogo, em geral, por vocação; pode-se mesmo, serpedagogo sem ser professor, quer por tendência irresistível do espírito, querpor especial vocação. Pode tornar-se pedagogo, pelo fato de se cultivar outraciência, que com a Pedagogia tenha afinidades. Assim acontece a muitos

filósofos, a muitos psicólogos e a muitos sociólogos.O professor pode não ser pedagogo - e por vezes até convém que não o seja-, mas tem de saber Pedagogia e tem de ser educador, se porventura quisercumprir o seu dever com elevação e dignidade.

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23Introdução à Pedagogia – Parte 2 

Capítulo 4

A Relevância do Ensino Bíblico àCriançaDesde os mais antigos, Deus se preocupou com o ensino bíblico para acriança. A primeira prova disso é que Ele teve o cuidado de organizar umainstituição educacional que se responsabilizasse pelo ensino, desde a mais

tenra idade do indivíduo “o lar ou a família”.

Compreende-se que o plano fundamental de Deus concernente à educaçãodo seu povo deveria iniciar no lar. O temor do Senhor, a guarda dos estatutose mandamentos, deveria ser passados de pais para filhos, de geração emgeração, a fim de que o conhecimento de Deus fosse uma constante entre opovo.

A criança ocupava lugar importante no seio da família israelense (Sl 127.3 e

128.1-3). Sua educação nos preceitos bíblicos era prioridade. Cabia aos paiso zelo pela instrução dos filhos que, por ordem divina, deveria ser constante ediligente (Dt 4.9-10; 6.1-7 e 11.18-19).

Está claro nas Escrituras que, de acordo com a vontade divina, osmandamentos do Senhor seriam ensinados em todos os momentos(andando, falando assentados em casa, à mesa, pelos caminhos, de dia e ànoite, quando a família se reunia). À criança era concedida a oportunidade defazer perguntas (Ex 12.26-27; Gn 22.7-8), o que tornava o ensino eficaz emais interessante.

Mais tarde, além do lar, as crianças também aprendiam com os sacerdotes eprofetas. Algumas delas eram dedicadas a Deus e entregues aos sacerdotespara educá-las. Um desses casos é o de Samuel, que foi entregue aosacerdote Eli ainda bem novinho (1Sm 1.20-28). O profeta também era umafigura importante na educação nacional. Muitos jovens eram enviados àsescolas de profetas a fim de estudarem as Escrituras e se prepararem parasubstituir seus antecessores (1Sm 10.10; 19.19; 2Rs 2.5 e 4.38).

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4.1 Propósito

Deus preparou um plano de reconciliação para a humanidade perdida e

distanciada do seu Criador. Havia, portanto, necessidade de transmitir àhumanidade a mensagem de perdão, de fé e esperança, bem como ospreceitos e normas para uma vida de comunhão com o Senhor.

Para isso, Deus separou Israel, um povo especial, para que o mesmotransmitisse aos outros povos o propósito divino. Era fundamental que asgerações tomassem conhecimento dos fatos acontecidos no passado, paraserem enriquecidos no presente e não serem esquecidos no futuro.

A transmissão da herança histórica era assunto que deveria ser ensinado àcriança até que ela alcançasse maturidade e, conseqüentemente, condiçõesde transmitir à geração seguinte. Além da história do povo, a idéia doconhecimento de Deus, a adoração e obediência ao Criador, oreconhecimento pelos seus feitos, todos esses aspectos eram pontosfundamentais na educação da criança israelita. Graças a tais cuidados porparte de Deus é que o conhecimento do Todo-Poderoso chegou até osnossos dias.

4.2 Exemplos de pessoas que sofreram a educação divina:

4.2.1 Isaque

É certo que Abraão transmitiu os ensinamentos bíblicos a seu filho Isaqueainda pequeno. A prova disso é que o jovem conhecia todo o ritual dosacrifício, e quando seguia para o monte Moriá com seu pai, sentiu falta docordeiro para o holocausto (Gn 22.7).

4.2.2 A educação de Moisés

Ele era o legislador de Israel, foi educado em toda a ciência do Egito comofilho de Faraó (Ex 2.10 e At 7.22). No entanto, sua meninice teve a influênciados ensinamentos de sua própria mãe hebréia (Êx 2.8-9), que não descuidoude ensinar-lhe os princípios divinos. Isso lhe serviu de base para não secontaminar com a idolatria e guardar, no coração, o temor do Senhor e a féem um único Deus, criador de todas as coisas.

4.2.3 O cuidado de Loide e Eunice

Mesmo tendo um pai grego que certamente lhe ensinava acerca da mitologiae da filosofia da época, Timóteo recebeu também de sua avó e de sua mãe

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ensinamentos das Escrituras (2Tm 1.5 e 3.14-15), desde a sua meninice.Tais fundamentos foram à base de sua fé e conduta, o que o tornou grandeevangelista ainda bem jovem.

4.3 Educação através dos tempos

Os ensinos do Antigo Testamento tiveram ressonância através dos tempos ea preocupação em transmitir as verdades bíblicas às crianças foi um dospontos observados nas sinagogas até mesmo no tempo do cativeiro.

Jesus nunca excluiu as crianças das multidões que vinham a ele ouvir osseus ensinamentos (Mt 14.21). Ele repreendeu seus discípulos quando

pretendiam excluir as crianças do seu convívio (Mc 10.13-14).

4.4 A continuidade do ensino

Lendo as cartas do apóstolo Paulo, entendemos que o ensino sempre foiassunto de relevância na Igreja (Rm 12.7; Cl 1.28; 2Tm 2.2 e 3.14-15) e nolar. Através dos tempos, a Igreja passou por muitas provações, perseguiçõese até mesmo profundas mudanças. Todavia, Deus sempre continuoupreocupado com a questão da transmissão dos seus preceitos e

mandamentos.

4.5 Na Reforma

Através da História, constatamos que Deus sempre levantou homenspreocupados e interessados na educação. Martinho Lutero, o ilustrereformador protestante, por exemplo, empenhou-se em promover a educaçãoconcentrada no lar, como registra o Antigo Testamento. Reconhecia, noentanto, que as autoridades do Estado também deveriam desenvolver

programas educacionais para as crianças tomando para si a responsabilidadede ajudar os pais na educação dos filhos. Ele sugeria um currículo quedesse ênfase aos estudos bíblicos e à música (para isso, a Bíblia deveriaser traduzida para o vernáculo, proporcionando a facilidade da leitura damesma), ao lado de outras disciplinas.

Outro nome é João Calvino, fundador da Academia de Genebra, onde seensinava a crianças e adultos. Ele teve a grande preocupação de convocar aigreja para retornar à tarefa de ensinar às crianças nos moldes do Antigo

Testamento.

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4.6 Um exemplo a ser seguido na atualidade

É fato incontestável que os judeus sempre premiavam pela educação de seus

filhos. Eles consideravam a educação tão importante quanto à oração. Essezelo pelo saber originou-se do preceito bíblico registrado em Deuteronômio11.19. Ainda hoje se pode observar o cuidado e preocupação emtransmitirem aos seus filhos a Lei do Senhor e os preceitos de Jeová.Consideram a educação da criança prioritária.

Somos também o povo escolhido de Deus (Hb 8.10 e Tt 2.14). Assim, aeducação cristã está também embasada nos mesmos princípios e ditamesexpostos nas Escrituras.

A Igreja de Cristo tem como objetivo primordial à salvação do homem e o seupreparo para viver Jesus eternamente. A educação é o agente de mudança.

Para isso, a Igreja se propõe a ensinar a Palavra de Deus de modosistemático, prático e progressivo, alcançando pessoas de todas as idades,principalmente as crianças. A instituição educacional da igreja é a EscolaDominical. O ensino bíblico, ou melhor, a educação cristã deve sercompreendida como uma tarefa que não se limita apenas há algumas horas

de estudo aos domingos na ED. Mas, como um processo, um contínuoaprendizado de crenças e valores, de hábitos, atitudes, maneiras de sentir ede agir de acordo com o querer de Deus.

Cada cristão deve tornar-se uma pessoa zelosa, praticando boas obras como objetivo de melhor servir a Jesus e ser capaz de influenciar na vida dacomunidade, da sociedade em que está inserido. Nessa tarefa cabe aos paisa responsabilidade maior.

4.7 Dificuldades atuais

A sociedade atravessa um período de profundas mudanças. Emconseqüência, os lares são abalados de forma preocupante, o que traz sériosproblemas no que se refere à educação do indivíduo.

De um lado está a necessidade da busca de meios de sobrevivênciacolaborando para que as mães também deixem o lar e se dediquem a algumtrabalho para ajudar a sustentar a economia da família. De outro, as mulheres

que “vestindo a roupagem” do desejo da realização pessoal e da procura deum “espaço” na sociedade, fogem das suas responsabilidades de esposa emãe. E ainda levando-se em consideração os desmandos dos pais, as brigas,as ocupações extras, a separação dos cônjuges, que no final chegam aodivórcio na maioria das vezes.

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Todos esses acontecimentos na vida familiar levam a criança ao abandono, àfalta de orientação, a necessidade de alguém para identificar-se, de ajudapara resolver seus problemas.

Falta a presença dos pais para incentivá-la a crescer, a desenvolver-se, querelogiando-a ou repreendendo-a, conforme a situação. Determinando ecobrando tarefas. Ensinando-a respeitar limites, a ser útil, a participar dogrupo familiar. Dando-lhe oportunidade de partilhar das alegrias e dasdificuldades do dia-a-dia. Ensinando-a fazer escolhas e a tomar decisões.Caminhando junto a ela, apontando-lhe o caminho (Pv 22.6). Orientando-alidar com seus próprios sentimentos.

São os pais e, principalmente a mãe, as pessoas responsáveis para“descortinar” conhecimentos. É a qualidade do mesmo que determinará seusresultados. Sem dúvida, os ensinamentos bíblicos oferecidos ao indivíduodesde a sua infância é que nortearão sua vida de modo eficaz tornando-o umcidadão honrado. Capacitando-o a colaborar para o bem estar da sociedadee da nação. E, acima de tudo, fazendo-o um futuro cidadão dos céus.

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29Introdução à Pedagogia – Parte 2 

Capítulo 5

O Educando em Face à PedagogiaO educador só pode começar a exercer, com relativa consciência, a suaatividade, depois de conhecer e de estudar a natureza da criança, na suaprogressiva e evolução, até atingir o estado de adulta.

5.1 O estudo da criança fornece, ao educador, as seguintes

lições profundas:

a) A criança é um ser complexo, quer dizer: há, dentro dela, forçasdispares e opostas, que se chocam sem cessar. Vozes diferentesfalam na criança; dentro dela, não há paz, mas sim luta; nela há omal e o bem, a delicadeza superior, a vulgaridade e a baixeza;

b) De tudo isto, deve concluir-se que a Pedagogia do deixar correr temde ser substituída por uma Pedagogia firme, capaz de selecionar ede marcar diretrizes ao educando de maneira a valorizar qualidades,

abafar defeitos, canalizar ou sublimar instintos, desenvolverinclinações favoráveis, etc;

c) A Criança é um ser em plena evolução. As crianças devem sereducadas para o dia de amanhã, que nunca poderá ser igual ao diade ontem, nem mesmo o dia de hoje. Por isso, não é de admitir ovelho conceito de que aquilo que foi bom para os pais, também deveser bom para os filhos;

d) A criança não tem experiência, e daí o necessitar ser dirigida commão destra e firme. A este respeito, escreve Ponsard: “Nas famílias,a criança domina; é rei. Nas escolas, parlamenta-se com ela; deixa-se que ela se organize em grupos. Erro, desacerto. Erro, porque acriança é a última a ver aquilo que é melhor para si. Desacerto,porque os deveres da vida são acima de tudo, deveres desubmissão. É por isso que a criança não pode ser preparada para avida, tal como a irá encontrar, senão por meio da antiga virtudeobediência. Não deveis falar muito cedo em respeitar a sua liberdade,que ainda não está formada: em respeitar a sua autonomia, queainda não sabe estabelecer acordo com o direito dos outros; nãodeveis falar na sua personalidade, que ainda não se revelou.Desconfiai do individualismo, que chocará com as exigências da vidasocial. A criança espera a autoridade e tem dela necessidade. Eainda que esta autoridade deva ser confiante, afetuosa e delicada,nem por isso deve deixar de ser real e firme”;

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e) A criança vive, em grande parte, pela imaginação. Tem qualidadesmíticas e fabulosas excepcionais, e por isso mesmo precisa serorientada por motivos superiores. A educação, que lhe abafa as

aspirações e os entusiasmos, cria, para ela, uma atmosferaasfixiante: “A Pedagogia deverá, pois, utilizar tais hormonas larga ecriteriosamente, criando uma atmosfera determinante de sentimentosaudazes e magnânimos, algo ambiciosos e entusiásticos, onde aalegria, a tristeza, a esperança, a melancolia, a compaixão, avergonha e a simpatia fluam em todo o seu caudal;

f) A criança não deve ser adulada ou amimada. Um dos erros daPedagogia contemporânea tem consistido, precisamente, em agradardemais à criança e em poupar-lhe esforços. Ora há interesses

infantis e adolescentes, de natureza psicológica, que urge orientar,canalizar ou contrariar. Se o educador se curvasse perantesemelhantes interesses (mitificação, injustiça, abuso de força,comodismo, etc.), seguiria a natureza do educando (é certo), masatraiçoaria a sua missão formativa. Nenhum educador digno de talnome deve subordinar-se aos gostos, simpatias ou interesses doseducandos, porque alguns deles são maus ou podem conduzir aomal. A escola deve habituar o aluno a lutar contra os interessesinferiores ou maus, ensinando-o a vencê-los. A vida é uma luta

contínua entre as forças do bem e as forças do mal. É precisopreparar a criança para dominar e vencer estas últimas. Pergunta-se,muitas vezes, por que motivo alguns homens falham rotundamentena vida? Isto acontece quando o homem só pensa em evitar osofrimento e o insucesso, em vez de persistir em triunfar, custe o quecustar, sobre as forças do mal;

g) A criança deve ser dirigida. Por isso, se preconiza, atualmente, aeducação dirigida, a qual recorre, para atingir os seus objetivos, àfamília, à escola, à ginástica, ao desporto, ao campismo, à imprensa,

ao livro, ao cinema, à radiotelefonia, aos clubes escolares, aostrabalhos manuais, etc. Só quando se conseguir coordenar todosestes elementos é que a Pedagogia terá possibilidade de realizaruma obra mais consciente e mais profunda;

h) A criança deve ser estudada por todas as maneiras ao dispor dopedagogo. Para isso, terá ele de recorrer, a observaçõessistemáticas, ao registro metódico dessas observações, àinterpretação psicológica dos exercícios ou desenhos, a testes, aconversas e interrogatórios, a inquéritos, a questionários etc.

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Capítulo 6

O Ensino relevante para Juniores(de 9 a 11 anos)Neste espaço queremos provocar a reflexão de todos que atuam direta ouindiretamente com os juniores, para que possam ajudar a compreendê-los

que estão se ajustando a um novo padrão de vida que pode afetar seucomportamento na escola, no lar e talvez seu relacionamento com a família.

6.1 Quem são os juniores

De modo geral, por volta dos onze anos, a infância começa a chegar ao fim.Essa idade marca o início da pubescência e às vezes da puberdade.

Nesta idade, os juniores começam a examinar nossos valores ecomportamento, questionar nossos padrões - de autenticidade e deconsideração pelos outros. Os pais deixam de ser elementos formadores porexcelência e passam eles a ser apenas orientadores.

6.2 Características

6.2.1 Física

Ganhando força, apesar de haver um estacionamento no desenvolvimentofísico; gostam de lutar e fazerem “bagunça” gostam de competição.

6.2.2 Mental

Investigadores; vivos e cheios de perguntas; têm boa memória; consciênciade tempo e distância; colecionadores; gostam de leitura e ouvir de heróis;interesse na vida real.

6.2.3 Social

Gostam de grupos (do seu sexo); rebelam-se contra autoridade; meninascomeçam a se interessar pelo sexo oposto; gostam de ter responsabilidade.

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6.2.4 Emocional

Instável; não gostam de manifestações externas de afeto; gostam de

humorismo.

6.2.5 Espiritual

Reconhecem o pecado como pecado; têm fome de Deus; fé simples; têmperguntas sobre o Cristianismo; estão começando a compreendersimbolismo; querem Cristo como Salvador e Senhor.

6.3 Desenvolvimento do comportamento

6.3.1 Motor

Atividade física é bem maior do que nas idades anteriores e tem muito maiorexpansividade.

6.3.2 De adaptação

É caracterizado por uma programação prévia de tudo o que a criança fará.Este detalhe é importantíssimo e não deve nunca ser menosprezado peloadulto. Percepção do mundo exterior é muito mais real e mais vivida.

6.3.3 Lingüístico

Muito “faladeira”. Nesta época, sofre uma certa dificuldade em termos deexpressão literal pura e simples, pois neste período ela é usada muito maispara exprimir sentimentos.

6.3.4 Social

Comportamento mais estável e melhor integrado. Desejo de independência,por isso a autoridade familiar volta a bloquear esta impulsividade da criança.

6.4 Como ajudá-los

A atitude dos líderes pode ajudar muito aos juniores. É uma questão de

encontrar o equilíbrio adequado. É um momento em que a criança começa a“sentir-se gente”. Respeito à individualidade.

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Capítulo 7

O Ensino Relevante paraAdolescentesA vida é uma dádiva do Senhor, que deve ser explorada e vivenciada comtoda força e vigor. O desenvolvimento desta vida pode ser dividido em trêspartes principais: infância, adolescência e vida adulta. Cada uma destas

etapas possui características e necessidades distintas. Para que uma pessoase desenvolva até a plena maturidade, ela terá que fazer os ajustesnecessários à medida que avança através de cada etapa da vida.

A adolescência é uma fase muito importante na vida de uma pessoa. É umperíodo que não pode ser considerado uma mera transição entre a infância ea fase adulta. É uma etapa onde ocorrem as mais diversas transformaçõesem nível físico, intelectual, emocional e social. A adolescência é um processodinâmico de metamorfose que transforma o ser criança em um ser adulto.

Preferimos abordar o assunto da forma tradicional, mostrando as mudançasfísicas, mentais, sociais, emocionais e espirituais que ocorrem e ressaltarqual é a oportunidade que se abre para cada professor, para que consigaexplorar a totalidade do potencial inerente a cada adolescente, a fim de queele desempenhe com satisfação o seu papel na família, igreja e comunidade.

7.1 Definição de adolescência

A palavra adolescência deriva do latim ad (a, para) e olescer (crescer),caracterizando, portanto, o processo dinâmico que o indivíduo apresenta nasua aptidão de crescer. A adolescência também tem raízes na palavraadolescer, de onde origina a palavra adoecer. Temos, pois, uma duplaetimológica: crescer no sentido físico e psíquico e adoecer com astransformações biológicas e mentais que se sucedem nesta fase da vida.

A adolescência é um período da vida que se estende entre a fase da infânciae a fase adulta. Ela é um processo dinâmico e não um estado. É um estágioonde acontece um período radical de transição que deve ser vivido comnaturalidade e intensidade pelo adolescente é um tempo especial onde osadultos precisam compreendê-lo em suas inquietações. É o período onde asbrincadeiras infantis são substituídas pelos esportes, que se manifestam

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como se fossem competições da própria vida. A credulidade da infânciaacaba, e em seu lugar aparece a dúvida, que deverá ser substituída porfortes convicções da vida adulta.

A transição não é fácil, pois há três diferenças significativas entre umacriança e um adulto:

a) A criança confia e aceita as idéias de pessoas mais velhas; um adulto já “tem a cabeça feita”, quer seguir sua própria mente;

b) A criança depende emocionalmente de seus pais, enquanto um adultoé mais independente;

c) A criança sempre participa da realidade da fé através de outros,

enquanto o adulto participa da caminhada da fé cristã marchandosobre seus próprios pés.

Em cada uma destas três áreas, o adolescente fica oscilando entre o mundoda infância e o do adulto. Ele se esforça para agir e se comportar comoadulto, contudo ele sente falta e anela pela segurança que tinha e sentiaquando criança.

O estilo e intensidade da vida moderna aceleram o processo de maturação.

Geralmente resulta em uma adolescência anormal. A pobreza, os problemassociais e a dor também afetam o desenvolvimento neste período,ocasionando uma maturidade precoce.

7.2 Etapas da adolescência

Ao abordar o tema da adolescência, o autor José O. Outeiral fala de trêsetapas que não tem início e fim definidos com precisão e onde algumascaracterísticas se confundem e outras não.

7.2.1 A adolescência inicial

Esta fase da adolescência tem o seu início em torno dos 10 anosestendendo-se até os 14 anos, aproximadamente. A principal caracterizaçãodeste período é a transformação corporal com as devidas alteraçõespsíquicas.

Normalmente, nas meninas o amadurecimento ocorre mais cedo do que nos

meninos. Esta fase é também denominada de adolescência puberal, porapresentar o início das mudanças da puberdade com todas as modificaçõesfísicas e psíquicas da adolescência.

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Nesta etapa da adolescência, uma característica é o isolamento e há umamudança no jeito afetivo do adolescente ser: ele se torna explosivo,suscetível, mal humorado e dorme muito. Ele se fecha em seu quarto ou aténo banheiro por um vasto período. O adolescente torna-se monossilábico e adesobediência passa a ser a tônica principal. Além disso, iniciam a desordem,a falta de asseio e a despreocupação de si mesmo.

7.2.2 A adolescência média

A presente etapa vai dos 14 aos 16 ou 17 anos, aproximadamente. Temcomo característica principal tudo que está relacionado com a sexualidade.Relevante também, nesta etapa, é o surgimento da importância do aspecto

grupal. O adolescente centra seu modelo no relacionamento que ele tem como seu grupo de colegas e amigos.

7.2.3 Adolescência final

Esta fase da adolescência vai dos 16 ou 17 aos 20 anos. Nesta etapa seestabelecem os novos vínculos com os pais e acontecem as adaptações aonovo corpo aos processos psíquicos do mundo adulto. Acontece também orompimento da psicologia grupal e o adolescente busca uma maior

independência onde ele procura inserir-se na sociedade em que vive.Para fins de melhor aproveitamento dos professores, estaremos abordando otema conforme divisão etária seguida pela CPAD: um grupo de 12 a 14 anos,outro de 15 a 17 anos.

7.3 Mudanças no desenvolvimento do adolescente - primeiraadolescência (12 a 14 anos).

Na primeira adolescência, se deve alcançar o desenvolvimento pleno emquatro áreas essenciais para que haja um progresso sadio em toda esta faixaetária. Vejamos quais são:

a) Ajustar-se para a brusca mudança do corpo;b) Normalidade ao desenvolver sua independência;c) Aquisição da sua auto-identidade;d) Aceitação de si mesmo, apreciando e desenvolvendo as áreas

positivas; aceitando e melhorando aquilo que é negativo.

7.3.1 Mudanças complicadas

A faixa etária de 12-14 anos é a que estamos denominando de primeiraadolescência, onde um crescimento e desenvolvimento vertiginoso

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acontecem; assim, é um período de ajustamento e consolidação. Destacam-se as complicadas mudanças nas funções sexuais. O adolescente começa aperceber o despertar de novos poderes dentro de si mesmo e o brotar das

aspirações adultas. Isto cria uma mistura turbulenta de tendências eantitendências, gerando um período de complexidade e contradição.

Apesar de estar em um mundo de mudanças e transição, não entendendo asi mesmo, o adolescente possui um potencial tremendo que quer serestimulado e explorado pelos pais e educadores; ele não deve ser malcompreendido ou ignorado.

Ele precisa de um modelo especial de adulto com o qual possa se relacionar

e identificar-se. Este adulto deve ser amável, paciente e compreensivo, poisaqueles que trabalham com os adolescentes devem aproveitar estaoportunidade ímpar para os discipular para Cristo.

Os professores terão sucesso em sua missão se:

a) Mantiverem abertos os canais da comunicação;b) Usarem os interesses do adolescente como pontes na transmissão da

vida cristã;

c) Souberem como aconselhar;d) Forem “o ou um dos companheiros” e providenciarem companhiassadias;

e) O professor de Escola Dominical será a chave para o evangelismo e odiscipulado dos adolescentes, se realmente se envolver e souberutilizar corretamente as portas que se abrirão nesse período que étambém o do despertamento para as coisas espirituais.

7.3.2 Mudanças físicas

As muitas mudanças físicas que ocorrem durante esta época afetamdiretamente todas as outras áreas do desenvolvimento do adolescente.

O adolescente cresce rápido, mais desproporcionalmente. As moças crescemmais aceleradamente nesta época, e geralmente são mais altas e com maispeso do que os rapazes. Este crescimento acelerado produz um enormeapetite.

Os músculos procuram atividade constantemente. A aparição econscientização das funções sexuais fazem com que o adolescente sepreocupe com sua aparência física. A maioria deles quer ganhar ou perderpeso, e gostariam de ser “mais bonitos”. Por isso, buscam melhorar o

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37Introdução à Pedagogia – Parte 2 

“design” do corpo. As espinhas e cravos se tornam verdadeiros monstros aserem vencidos.

As mudanças físicas não são só externas, mas também internas. Odesenvolvimento das glândulas é o mais importante. Os órgãos vitais tambémcrescem rapidamente, o coração quase que dobra de tamanho; os pulmõescrescem, as glândulas se tornam mais ativas, as cordas vocais quase dobramem comprimento, trazendo dificuldades para o adolescente controlar sua voz.O crescimento desproporcional dos ossos traz um desenvolvimento“esquisito”, frustrando e embaraçando o adolescente. Ele precisacompreender que estas mudanças são necessárias, pois ninguém deixa ainfância e se torna um adulto da noite para o dia.

7.3.3 Mudanças mentais

A adolescência é o tempo em que a pessoa atinge o ápice do criticismo emsua vida. Ele quer e exige que tudo passe pelo teste e crivo da sua razão e julgamento. São aspectos que estão se desenvolvendo, mas ainda sãolimitados pela experiência.

Neste período, já é possível ao professor trabalhar com mais profundidade o

pensamento. Eles desenvolvem a habilidade de entender relacionamentos esolucionar problemas. Crescem em sabedoria prática, empírica para julgar deacordo com o senso comum. O seu conhecimento teórico está também àfrente da sua experiência. Assim, o professor de adolescente deve apresentarquestões e problemas para que ele trabalhe diretamente nas Escrituras eache as respostas. Esta nova habilidade de lidar com o abstrato deve serexplorada, pois ele compreenderá melhor as idéias simbólicas do que asconcretas. Ele pode memorizar bem, mas deve ter uma razão para isso. Asatividades devem fazer sentido.

Os temas de estudo devem abordar uma variedade de assuntos, pois ohorizonte mental é amplo e há um grande potencial na capacidade intelectual,possibilitando ao professor caminhar em várias direções.

7.3.4 Mudanças sociais

Novas atividades aparecem também no que diz respeito à vida social.Especialmente seu desejo por companhia e de pertencer ao grupo. Ele quer

ser “grande”, crescido, superior aos irmãos mais novos. Aqui ensaiam seusprimeiros “vôos” para fora do ninho, a caminho da independência; contudo,isto pode fazer dele um “rebelde” e distanciá-lo dos pais, gerando umrelacionamento difícil em casa.

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Os pais devem reconhecer como natural o sentimento de independência; seeles o reprimirem, estarão abrindo a porta para constante fricção edesavenças e perda definitiva do controle. Aqui o adolescente deve começar

a ser treinado para o uso total da liberdade que terá como adulto. Arepreensão retira dele a oportunidade sadia de um treinamento cristão para avida.

O professor da Escola Dominical tem aqui uma oportunidade de ouro parainfluenciar positivamente na vida dos adolescentes, pois eles começam abuscar modelos significativos fora de casa.

A vida social na escola também é importante, pois é lá que ele buscará

popularidade, atenção, prestígio, segurança e aceitação diante da turma.Nesta época, se destaca a procura pelo divertimento, do fazer as coisas comos outros (companheirismo, principalmente porque há um aumento dasatividades escolares) e da lealdade ao grupo (turma). Os professores daigreja devem atentar para estes itens e encontrar atividades cristãs, mas queao mesmo tempo caminhem junto com esta trajetória normal da vida de umadolescente.

7.3.5 Mudanças emocionaisAs emoções de um adolescente são mais quantitativas do que qualitativas.Ele muda da alegria e do contentamento para a tristeza e a irritação porpouca coisa. Muitos adolescentes são irritáveis e respondões: “você não meentende” é a mais freqüente exclamação, antes de uma batida de portas.Esta instabilidade emocional, esta flutuação, às vezes, é algo difícil para ospais entenderem e lidarem com ela. Contudo, com o professor da EscolaDominical é diferente, ele coloca uma “máscara” e se abre mais, o que facilita

a ministração.

7.3.6 Mudanças espirituais

Os professores desta faixa etária, às vezes, subestimam a capacidadeespiritual e o potencial do adolescente. Conversão é acima de tudotransformação, e como este período é caracterizado por mudanças, por quenão esperar, como houve mudanças em todas as áreas, também mudançaespiritual, isto é, conversão? O adolescente desta classe está pronto para se

decidir por Cristo. Uma conversão clara e definida pavimentará o caminhopara o crescimento espiritual, o qual será nos anos posteriores. Se não foralcançado por Cristo agora, talvez nunca mais seja. A experiência espiritualdo adolescente é distinta e pessoal. Ele ora ou vai aos cultos não porque éobrigado (o que acontecia na infância) ou é costume. Ele é livre para decidir

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se continua ou pára de freqüentar a igreja; sua decisão depende das suasconvicções pessoais.

A dependência moral também diminui. Ele expressa suas próprias opiniões eprecisa de mais liberdade pessoal de escolha. Aqui aparece o conceito econvicção de pecado/pecador, que é fundamental para que uma pessoa sejasalva.

Nesta idade, não há preocupação com a filosofia da religião ou com aformulação de doutrinas. O adolescente quer uma religião que funcione, quemude sua vida, satisfaça seus anseios e transforme seus ideais. O professordesta classe deve então desafiar seus alunos a terem experiências com Deusatravés da oração; eles devem ver Deus operando em curas, milagres,soluções de problemas e situações difíceis.

O adolescente deve ser incentivado a ter uma vida de fé comprometida,centrada em Jesus e a buscar a perfeição da vida e do caráter cristão. Deveser guiado pelo exemplo de adultos que amam e seguem a Cristo.

Ele terá dúvidas religiosas, mas o que deseja é uma estabilidade bem firmadae fundamentada na Palavra de Deus. Ele buscará uma certeza baseada em

fatos, não em sentimentos. O professor deve discutir as questõesamigavelmente, pacientemente, guiando-o nas verdades da Palavra.

7.4 Mudanças no desenvolvimento do adolescente - segundaadolescência (15 a 17 anos)

Nesta época, o adolescente está se preparando para as responsabilidades davida. A indiferença é substituída pela preocupação; a expansividade dá lugarà concentração e à seleção.

Ao término deste período, o adolescente deve ter tido um desenvolvimentosadio nas seguintes áreas:

a) Ao obter relacionamentos novos e maduros com companheiros damesma idade e de ambos os sexos;

b) Ao conscientizar-se de quais são suas funções sociais como homem ecomo mulher;

c) Ao aceitar o seu corpo físico como é e usá-lo de forma efetivamente

cristã;d) Ao alcançar sua independência emocional dos pais e de outrosadultos;

e) Ao conscientizar-se da necessidade de se obter independênciafinanceira;

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f) Ao selecionar e começar a se preparar para uma profissão;g) Ao preparar-se para o casamento e vida familiar;h) Ao obter conceitos de juízo que são necessários à prática da

cidadania;i) Ao comportar-se socialmente de forma responsável e cristã; j) Ao adquirir um conjunto de valores cristãos e éticos que sirvam como

guias para o seu comportamento;

Vamos especificar a nossa abordagem por áreas, para fins de melhorentendimento, mostrando as mudanças e características do adolescenteneste período.

7.4.1 Mudanças físicasO corpo físico do adolescente alcança as características e potencial damaturidade, fazendo com que a sua preocupação seja com a beleza visual.Precisa, portanto ser lembrado de que a aparência física é somente um dosaspectos da vida, e que a beleza interna e a espiritualidade também sãoimportantes.

Como este é o período também da formação dos bons e dos maus hábitos (é

possível que experimente o cigarro, o álcool, o tabaco, etc.), o adolescenteprecisa conscientizar-se de que é o mordomo do seu corpo, o qual deve servalorizado, respeitado e honrado.

7.4.2 Mudanças mentais

O criticismo da primeira adolescência é substituído por um julgamento maismaduro. Ele começa a ocultar o seu papel na sociedade à medida que seuraciocínio, autocontrole e independência se afirmam e se expandem.

Adquire a capacidade de pensar os problemas complexos e questiona tudo.Quer saber as razões e rejeita as respostas fundamentadas no autoritarismo.O seu professor de Escola Dominical deve levá-lo direto às Escrituras eensiná-lo como achar as respostas para as grandes perguntas da vida.

A imaginação atinge o ápice e se torna a alavanca para os sonhosidealísticos e para as grandes realizações.

O sucesso na vida depende de autocontrole e disciplina, e isto o adolescentedeve aprender em casa, na escola e na igreja. Sua educação nunca serácompleta se não conseguir domínio sobre o corpo e sobre a mente (vontade).

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A independência de pensamento: ao chegar a esta idade, o adolescente deveser encorajado a escolher sua vocação, alinhada nos seus interesses ehabilidades. Um homem de sucesso é aquele que seu coração, mente e tudomais estão juntos na profissão escolhida.

É comum o adolescente demonstrar neste período a atitude do “sabe-tudo”,que pode levá-lo a se isolar da influência e conselhos dos pais.

Contudo é altamente sujeito a sugestões, que vem, principalmente, atravésda TV, rádio e daquilo que ele lê. Abre-se aqui uma porta para o professor daEscola Dominical, que tem tudo para ser uma das principais influências sobrea vida dele, tanto como um modelo, quanto como um indicador bibliográficoou de programação de rádio e TV.

7.4.3 Mudanças sociais

Neste período, a turma é substituída por um grupo menor, mais seleto.Preferem mais a companhia dos amigos à da família. Os pais e professoresdevem respeitar este período de maturação; tratá-los como adultos e procurarouvi-los mais do que simplesmente ficar dando conselhos e avisos.

Aparecerá o interesse pelo sexo oposto e, apesar de a maioria dos casos ser

superficial, o professor do adolescente deve incluir em seus ensinos eorientações sobre como o rapaz e a moça devem se relacionar e namorar.Pais e igreja devem trabalhar juntos e auxiliar os adolescentes a adotarem osvalores e padrões cristãos no namoro e na amizade.

7.4.4 Mudanças emocionais

O adolescente deste período quer ação para o momento. Ele querexperimentar muitas emoções, e esta atitude pode ser perigosa tanto física

como moralmente. Os resultados podem ser acidentes de carro, bebida,drogas, sexo impróprio, etc. O que o professor pode fazer é desafiá-lo para aação positiva, como ser um missionário, ganhar todo o seu bairro, escola ecidade para Jesus, construir uma igreja, etc. O adolescente possui umpotencial tremendo para a evangelização e o serviço cristão.

A auto-estima e a vontade de ser considerado adulto são também questão dealta prioridade e não devem ser atropelados.

7.4.5 Mudanças espirituais

O professor de adolescente deve mostrar sua fé na prática ao relacionar-secom Jesus, ao invés de apresentar uma lista religiosa de “faça” e “não faça”.Eles precisam ver que a fé tem segurança e propósito.

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O adolescente precisa de um cristianismo ativo, que dê oportunidade para sere também para fazer. Ele precisa relacionar sua experiência espiritual com asdecisões da vida.

Muitos fatores podem ser um empecilho para o desenvolvimento de uma vidacristã normal. Por exemplo, o testemunho inconsistente de cristãos adultos,principalmente dos pais, professores da Escola Dominical ou outro líder daigreja. Dúvidas e confusões podem surgir também de ensinos materialistas eateístas que têm a pretensão de contradizer a Bíblia e que são apresentadospela escola secular ou pela mídia.

O que devemos ter em mente é que um adolescente com uma vida espiritual

autêntica, real, fundamentada na Palavra de Deus, não abrirá espaço em seucoração para o criticismo e a apostasia, mas ficará firme como Daniel (Dn1.8), sem comprometer a fé e nem os valores cristãos.

Um dos aspectos mais positivos da vida espiritual do adolescente é opotencial que ele possui para a adoração a Deus. Eles gostam e seinteressam em participar da ministração do louvor, e isto é uma aberturatremenda para que cheguem a presença do Senhor e experienciem amajestade e o poder do Deus Todo-poderoso. O professor do adolescente

deve agendar reuniões periódicas em ambientes diferentes (em um terraço,sítio, em sua casa ou na de um aluno), com a finalidade de conversar, rir,estudar a Palavra, orar e louvar.

7.5 Dificuldades no convívio com adolescentes

Vimos até aqui a complexidade pela qual passa o adolescente em seu estadode metamorfose. A seguir, listaremos alguns aspectos que, se nãoobservados, irão dificultar nossas relações para com eles neste período de

total transformação pelo qual passam.

7.5.1 Não compreendê-los

Ser compreensivo significa entender e captar os sentimentos do adolescente;é confiar em sua capacidade para ir adiante, é respeitar sua liberdade,respeitar sua intimidade, não julgá-lo, aceitá-lo como ele é, aceitá-lo tal comoele quer chegar a ser; é ver o outro como sujeito.

O adolescente precisa ser compreendido e aceito em sua maneira de ser eagir. Ele necessita de um ambiente acolhedor que o proteja e lhe mostre ocaminho a ser seguido. O adulto é para o adolescente um refúgio necessário,mas ao mesmo tempo, alvo de agressão e destruição. É uma tarefa árdua,mas bela e gratificante, ser este adulto racional e maduro para um

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adolescente que está à procura de parâmetros que sirvam de modelo parasua afirmação como pessoa.

7.5.2 Falta de empatiaNo relacionamento humano é fundamental que se busque a compreensão doque a pessoa está dizendo e sentindo. É o que se chama de empatia. É sentiro que o outro sente; é ouvir a sua história como se fosse a minha. É acapacidade de dar-se conta das emoções e das mudanças internas dapessoa com a qual nos relacionamos. É colocar-se no lugar da pessoa.

Ao nos comunicarmos com o adolescente ou mesmo com outra pessoa

qualquer, é certo que receberemos aquilo que estamos a lhe oferecer. Senosso sentimento for de indiferença e apatia, é natural recebermos algosemelhante em troca.

A empatia requer a aceitação incondicional do outro: isso quer dizer que oaceito como ele é procurando aceitar todos os aspectos de sua pessoa: seusgestos, sua forma de falar, sua maneira de enfocar a vida, sua inteligência,seu corpo e seus atos. Isso faz com que eu não procure manipulá-lo, mudá-loe favorece o outro a se expressar livremente e com confiança.

7.5.3 Não sendo uma presença real

O adolescente percebe quando somos uma presença irreal, apenas de corpoou se estamos totalmente com ele, sendo uma presença de corpo, “alma” emente. O doar-se fará bem ao adolescente, mas talvez o grande beneficiadoseja o adulto que irá desfrutar do convívio o que de melhor pode existir: asinceridade e o amor à vida.

7.5.4 Não entendendo seus sentimentosAssim como o adulto, o adolescente tem o direito de vivenciar e expressar oseu sentimento em relação ao mundo e às pessoas. É importante que orespeitemos, assim como ele é e assim como se expressa. O adolescentetem o direito de pensar, sentir e agir conforme seu coração, desde que istonão violente as formas de convivência.

7.5.5 Querer convencer o adolescente a partir de nossos pressupostos

Em nosso relacionamento com o adolescente, é fundamental que ele percebaque nos encontramos abertos para ouvi-lo e não para lhe impor nossasverdades. Estamos juntos para que haja uma troca de experiências econhecimentos que enriquecerão nossas relações. Em uma relação nada

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pode ser imposto. Pode haver um compartilhar de idéias que permitirão umatroca mútua. O adolescente perceberá que os seus pressupostos têm valor, enão apenas os do adulto.

7.5.6 Não sendo coerente

A coerência é imprescindível em toda e qualquer relação. Ser coerente é ter acoragem de ser o que se é, sem disfarces. O adolescente é especialista emperceber se somos coerentes com aquilo que falamos e fazemos. O não sercoerente nos tira a credibilidade para termos uma relação próxima com oadolescente.

7.5.7 Não escutando o adolescenteEscutar é diferente de ouvir. Nós ouvimos sons, ruídos ou palavras. Nós osouvimos ainda sem querer quando alguém ou algo os emite. O escutar supõeuma disposição: é preciso querer escutar. Nós ouvimos sem querer; noentanto, para escutar é preciso querer fazê-lo.

O adolescente, no contato conosco, deve perceber que nós o estamosouvindo de corpo inteiro e isto implica, conforme Luiz Antônio Ryzewski, em 3

habilidades, chamadas de A.C.A., que descreveremos a seguir.

7.5.7.1 “A” de atender

Atender é estar ligado, atento, conectado. É receber a informação e noscertificar que estamos recebendo exatamente aquilo que o adolescente nosquer transmitir. É perceber também o sentido oculto das palavras, gestos eações.

7.5.7.2 “C” de compreender

É o momento da interpretação do significado da mensagem expressa peloadolescente. Nem sempre uma determinada palavra tem o mesmo significadopara todas as pessoas. Deve ficar claro o que isto significa na linguagemusada pelo adolescente. A compreensão correta se dá se nos colocarmos noseu lugar.

7.5.7.3 “A” de avaliar

É quando refletimos sobre o que nos foi informado e a partir da avaliaçãovamos definir nossa reação frente a uma determinada situação. Devemosavaliar, não a partir dos nossos preconceitos, mas a partir do adolescente.Isto não significa concordar sempre com ele,

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mas respeitar sua opinião, dando a nossa, colocando argumentos prós econtra.

7.6 Conclusão: implicações para o educador cristãoO professor de adolescentes deve ter um programa de educação completo,que englobe ação, equilíbrio e propósitos definidos; que conscientize o alunosobre o significado e razão da sua vida. As perguntas devem ser manejadascom honestidade (quando não se sabe as respostas, os professores têm odever de admitir, ao invés de se expor ao ridículo com uma resposta errada).Aliás, isto deve ser uma oportunidade para trabalharem juntos até chegar aoconhecimento da verdade.

O adolescente precisa ser treinado no serviço cristão, e ao mesmo temporeceber a responsabilidade de tarefas específicas na igreja. Ele precisa teroportunidade de trabalhar na causa do Mestre. Penso que o lema apropriadopara esta faixa etária é “ou você me usa, ou você me perde”. O adolescentetem condições de se envolver e ser uma bênção nos projetos maisimportantes da igreja. Lembre-se esta é a geração da ação.

O adolescente não deve ser um anônimo, deve ser aceito como pessoa.

Identidade e aceitação são questões de vida e morte, e eles saberão que sãoimportantes para a igreja e, conseqüentemente, para Deus, através dosprogramas feitos especialmente para eles.

Devido ao fato de o adolescente querer os privilégios de um adulto, mas semas responsabilidades, o seu professor deve estar diante dele como umexemplo ao lado, oferecendo companhia e amizade e, por detrás, dando osuporte e encorajamento.

Eles devem ser levados a estudar a Bíblia. Sua prontidão mental paraaprender, capacidade de concentração, habilidade para discussão e oaumento de independência intelectual fazem dos adolescentes alunosresponsivos e participantes no estudo da Palavra de Deus.

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Capítulo 8

Como Potencializar e Dinamizar oEnsino para AdultosTornar o ensino potente e dinâmico significa atribuir-lhe força para produzirou transformar alguma coisa. No âmbito da educação significa modificar ocomportamento na maneira de pensar, sentir e agir.

O ensino deve ser atuante, vibrante e instigador. Ensinar não significasimplesmente transmitir conhecimentos, como se a mente do aluno fosse uminsignificante receptáculo do conhecimento alheio, ou uma folha em branco,na qual o professor poderia gravar o que desejasse. Muitos professoresacham que é dever comunicar o máximo do que eles sabem aos alunos, naforma mais bem estruturada possível, mesmo sem medir ou avaliar oresultado, em termos de quantidade e qualidade de conteúdo assimilado.Ensinar, entretanto, não é somente transmitir, não é somente transferir

conhecimentos de uma cabeça a outra, não é somente comunicar. Ensinar éfazer pensar; é ajudar o aluno a criar novos hábitos de pensamento e deação. Isto não significa que a exposição da aula não deva ter estruturaalguma, ou que seja melhor o professor ser um mal comunicador. Significa,sim, que a estrutura da exposição deve conduzir ao raciocínio e não aabsorção passiva de idéias e informações do professor.

O ensino pode ser potencializado, direcionado e adaptado a qualquer faixa-etária. Porém, sua adequação baseia-se sempre no conhecimento dasparticularidades de cada fase da vida humana.

8.1 Quem é o adulto? Quais são suas necessidades, interesses eexpectativas?

Estas e tantas outras interrogações sobre as peculiaridades dos adultosdevem ser respondidas e refletidas por todos quantos se engajam nomagistério específico para a denominada “idade vigorosa”.

Segundo o dicionarista Aurélio, o termo “adulto” diz respeito ao “indivíduo queatingiu o completo desenvolvimento e chegou à idade vigorosa; que atingiu amaioridade”.

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No âmbito psicológico diz-se do “indivíduo que atingiu plena maturidade,expressa em termos de adequada integração social e adequado controle dasfunções intelectuais e emocionais”.

Além dos aspectos físicos e psicológicos, podemos também observá-lo peloprisma social e espiritual. A maioria dos adultos está estabilizada na áreafinanceira, familiar e social. Buscam coisas concretas e reais. Suasexpectativas estão calcadas e fundamentadas em aspectos reais da vida.Época da mais completa manifestação da vida; tempo de grandeprodutividade, período em que se manifesta a maior capacidade dediscernimento; sérias responsabilidades, amizades estáveis, grande ambiçãoe força de vontade. Também de comodismo espiritual, no sentido de imaginar

que já sabem tudo que diz respeito às coisas espirituais. Como atingi-los como ensino bíblico? Como motivá-los ao estudo da Palavra? Como reverter oquadro de estagnação e rotina?

Para melhorarmos a qualidade do ensino ajustado aos adultos, precisamosconhecer suas necessidades, preferências, expectativas e, principalmente, deque modo se disponibilizam à aprendizagem. Vejamos:

8.1.1 O adulto precisa envolver-se totalmente no processo ensino- 

aprendizagemQualquer tempo gasto sem que o aluno esteja profundamente envolvido nalição é tempo perdido. O que se pensa, geralmente, é que somente asclasses infantis e de adolescentes necessitam de elementos incentivadorespara captar e cativar a atenção dos alunos para o estudo. Esse pensamentonão traduz a verdade no âmbito da prática docente. Muitos recursoseducativos normalmente aplicados à infância e à adolescência podem serpotencializados e redimensionados para o ensino de adultos. Temos que

fazer o aluno envolver-se na lição. Torná-los cooperadores engajados naaprendizagem.

A participação ativa dos alunos constitui fator essencial à aquisição eprincipalmente a retenção do conteúdo da lição. O professor deve “abrirespaço” para seus alunos contarem suas próprias experiências relacionadasaos aspectos essenciais da lição.

Todo ensino tem de ser ativo, e toda aprendizagem não pode deixar de ser

ativa, pois ela somente se efetiva pelo esforço pessoal do aprendiz, visto queninguém pode aprender por alguém. O professor deve solicitar, quer no início,quer no decurso de qualquer aula, a opinião, a colaboração, a iniciativa, otrabalho do próprio aluno.

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8.1.2 O adulto também requer métodos flexíveis e variados

Não devemos tornar nossos métodos tão rígidos a ponto de não admitirmos

meios de comunicação mais práticos e flexíveis. Por exemplo, o método depreleção ou exposição oral, embora muito criticado, é o preferido,principalmente pelos professores de adultos. Neste método, o professor fala otempo todo e às vezes responde algumas poucas perguntas. Dentre asdesvantagens do uso exclusivo deste método, destacam-se duas: primeira, apreleção “centraliza o ensino na figura do professor, exigindo pouco ounenhum preparo da lição por parte dos alunos”. Segunda, este método, “nãopermite que o professor dê atenção especial a todos os alunos, obrigando-o,em alguns casos, a nivelar a aula, por mera suposição”. (Como tornar o

ensino eficaz, CPAD).Precisamos diversificar nossos métodos e adequá-los eficientemente àsnovas circunstâncias. Ou seja, mudar a maneira de comunicar uma verdadesem alterá-la.

Um dos maiores problemas do ensino nas Escolas Dominicais, atualmente,independente de faixa-etária, é a inadequação dos métodos de ensino. Osmétodos (quando são usados) são escolhidos sem objetivar o aluno e a

transformação de sua vida.O professor deve ser criterioso ao escolher o método que irá usar em suaclasse. Cada situação especifica requer um método apropriado. Devemser avaliadas todas as vantagens e desvantagens antes de aplicá-lo.

O professor deve adotar outros métodos e técnicas de ensino atuais taiscomo: debates, discussão em grupo, perguntas e respostas, dramatizações etantas outras dinamizadoras do ensino.

8.1.3 O adulto também precisa de novidades

O professor deve cultivar sempre o senso de “novidade”. Deve criar umambiente de constante expectativa do “novo”, do atraente, da curiosidade. Oadulto quer livrar-se do tédio e da monotonia. Ele deseja entrar em atividadee demonstrar que é habilidoso e criativo.

O conteúdo da revista (informações e aplicações) por mais enriquecedor e

profundo que seja, não é suficiente, até mesmo em função do pouco espaçopara desenvolvê-lo. Os alunos sempre esperam que o professor transmita àclasse informações complementares.

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O professor que simplesmente reproduz, enfadonha e rotineiramente oconteúdo da revista, sem empreender o esforço da pesquisa, estáirremediavelmente fadado ao fracasso.

Muitos professores por não dominarem o conteúdo, chegam até serintransigentes, acolhendo com olhar de desagrado a mínima participação daclasse, ou interrupção de sua preleção. Temem, na verdade, que o aluno façaperguntas que não estejam atreladas direta ou indiretamente às suas idéiaspré-concebidas ou estruturas mentais arrumadas. Isto evidencia,indubitavelmente, total despreparo e descuidado com o ministério de ensino.“O professor deve conhecer muito bem o assunto que está ensinando. Umfraco domínio do conteúdo resulta num ensino deficiente” (John Milton

Gregory).A Palavra de Deus diz que aqueles que possuem o dom de ensinar devemesmerar-se em fazê-lo: “... se for ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm12.7b).

8.1.4 O adulto rejeita a improvisação

Outra questão relevante no ensino para adultos é a famigerada comodidade,

que gera a improvisação. É de se admirar o que ouvimos por aí nos“bastidores” da Educação Cristã:

“Planejar aula para adultos? Que nada! É só ler a revista e reproduzir ocomentário com outras “palavras”.

O planejamento é imprescindível em qualquer atividade humana. Que diránum empreendimento educacional! Pelo planejamento, o homem evita servencido pelas circunstâncias, e aprende a aproveitar as novas oportunidades.

Um bom plano de aula promove a eficiência do ensino, economiza tempo eenergia, contribui para a realização dos objetivos visados e, acima de tudo,evita a corroedora rotina e a improvisação. Todo o planejamento seconcretiza em um programa de ação, que constitui um roteiro seguro queconduz progressivamente os alunos aos resultados desejados.

Antes de planejar sua aula, todo professor deveria fazer a si mesmo asseguintes perguntas: Qual a melhor maneira de introduzir esta aula? Comoposso transmitir o conteúdo desta lição de maneira atraente e interessante?

Que tipo de aplicação seria mais eficaz para esta aula? Como concluir essalição eficazmente a ponto de suscitar no meu aluno o desejo de retornar aaula no próximo Domingo?

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8.1.5 O adulto precisa ser incentivado

Antes de iniciar a lição, o professor deve propiciar a seus alunos boas razões

para continuarem assistindo suas aulas. Contar antes uma históriainteressante, uma ilustração curiosa, uma notícia de última hora ou umaexperiência vivenciada por ele mesmo, constituem excelentes formas deincentivar o aluno.

Ao escolher o elemento incentivador, o professor deve sempre levar em contaos interesses reais de seus alunos. Quais são as coisas que mais lhesinteressam? Sobre que gostam de falar?

Às vezes é bom usar algum acontecimento do momento como ilustração, eassim relacionar a lição com eventos e atividades que estejam interessandoos alunos na ocasião.

Qualquer que seja essa incentivação, ela deve conduzir o pensamento, demaneira lógica e fácil, para a lição propriamente dita, relacionando o assuntoa aspectos reais da vida.

O relato de um acontecimento; a leitura de um texto paralelo da Bíblia;

citações de outros comentaristas; apresentação de uma gravura, objeto etc.Estes são alguns dos variados recursos de que o professor de adultos podedispor para vivificar o ensino e a aprendizagem, mediante sua aproximaçãocom a realidade e com a atualidade.

Na verdade, o professor não motiva, ele pode apenas incentivar, embora aincentivação só seja eficiente se repercutir no aluno a ponto de criar oudinamizar motivos; ele apenas pode incentivar a aprendizagem, isto é,fornecer estímulos que despertam, no aluno, um ou vários motivos. Em

outras palavras, o aluno pode ficar motivado para o estudo a partir deincentivos do professor. Exemplo: O professor leva para a sala de aularecortes de revistas e jornais com notícias atuais com o objetivo de ilustrar ouelucidar um fato histórico da Bíblia.

8.1.6 O adulto precisa ser compreendido, respeitado e valorizado

O professor deve ouvir e dialogar com seus alunos, levantando as suasnecessidades, procurando atendê-las dentro do possível, dedicando-lhes

tempo fora da classe da Escola Dominical.Há professores que se colocam num pedestal julgando-se “donos do saber”.Tais professores esquecem que seus alunos, independente da“escolarização”, possuem experiências de vida dignas de serem

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compartilhadas. O conhecimento que possuem, embora, às vezesassistemático, constitui matéria indispensável para o enriquecimento doconteúdo da aula.

O professor jamais pode subestimar seus alunos. Deve tratá-los comrespeito, valorizando sempre suas participações e compartilhamento deidéias. Todo o professor deve conhecer e praticar o princípio do respeito eigualdade. Quando o aluno percebe que seu professor o respeita, sente-seaceito e desenvolve um relacionamento de respeito e admiração com aqueleprofessor. Vendo-se no mesmo nível de igualdade que ele, o aluno expressa-se com mais facilidade, fica à vontade para expor suas dúvidas, fazerperguntas e conversar sobre suas idéias. Sente-se valorizado. Ele acredita

que o professor não irá censurá-lo ou constrangê-lo com julgamentos sobresua capacidade intelectual, mas irá ajudá-lo a se expressar melhor.

8.1.7 O adulto precisa sentir que faz parte de um grupo

Dentre as muitas funções do professor, destaca-se a de “socializador”.Inclusive, a própria educação e o ensino são fenômenos de interaçãopsicológica e comunicação social. O professor de temperamento egocêntrico,fechado, incapaz de manter contatos sociais com certo entusiasmo, não está

talhado para as funções do magistério cristão; estas, além do “amorpaedagogicus” e genuína espiritualidade, exigem comunicabilidade, interessee dedicação à pessoa dos educandos e aos seus problemas.

A possibilidade de uma pessoa relacionar-se bem com a sua família ou comum grupo de amigos lhe dá segurança, ajuda a combater a solidão e favoreceo crescimento espiritual.

Às vezes, imaginamos tendenciosamente, que os alunos da classe de adultos

só precisam do conhecimento bíblico para o pronto ingresso na obra doMestre. Olvidamos de suas carências sociais e afetivas, dificuldades derelacionamento e a necessidade de cultivar amizades sinceras.

Isto é um erro crasso! O professor deve propiciar um clima de amizade entreos alunos. Não é suficiente o contato que o professor tem com o alunodurante a aula na Escola Dominical. Ele deve proporcionar um meio-ambientepropício para um inter-relacionamento com outros crentes onde compartilhamidéias, verdades aprendidas na Palavra, aspirações, e onde haja

compreensão.

Observando as palavras de Paulo em Efésios 4.3 “Até que todoscheguemos...” verificamos que o meio-ambiente propício ao crescimentoespiritual é encontrado no contexto da comunhão cristã.

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53Introdução à Pedagogia – Parte 2 

Lecionar para adultos pode ser um interessante desafio! Depende doprofessor.

Ao contrário do que se pensa, lecionar para adultos pode ser um grandedesafio. Basta ser criativo, dinâmico e empreendedor. Um bom professornunca fica satisfeito com seu trabalho. Procura sempre melhorar seudesempenho. Vive na busca constante do novo, de como criar novasexpectativas em seus alunos. O ensino dinâmico é aquele que provoca nosalunos uma sensação de intensa vontade de aprender.

Os adultos precisam saber que são produtivos e podem compartilhar suasidéias e experiências. Essas experiências, consideradas conteúdo dinâmico,podem até influenciar positivamente no amadurecimento de outras pessoas.Isto porque, geralmente, o adulto aprende, quando suas necessidades sãosatisfeitas ou quando o objeto de estudo tem significado pessoal para ele.Caso contrário, se vier a freqüentar as aulas, será, simplesmente paracumprir um protocolo eclesiástico. Ou, quem sabe, arranjar uma boaocupação para as manhãs de domingo.

Você sente a chamada de Deus para essa obra? Reconhece a importânciade sua tarefa? Esforça-se para seguir o exemplo de Jesus, o Mestre dos

mestres?Os professores da EBD são freqüentemente escolhidos pelos líderes. Seráque são vocacionados? Os vocacionados têm esmero. “... se for ensinar, hajadedicação ao ensino” (Rm 12.7b). O que significa esmero? Esmero significaintegralidade de tempo no ministério - estar com a mente, o coração e a vidanesse ministério. Ser professor é diferente de simplesmente ocupar o cargode professor.

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Capítulo 9

Ensino Bíblico para NovosConvertidosO Novo convertido deve ser recebido entre nós com a seguinte afirmativa:Você está tomando a maior decisão de toda a sua vida: entregar-se a JesusCristo. Essa decisão vai mudar toda a sua vida, e vai garantir seu destino

após a morte. Essa é, sem dúvida, a mais importante decisão!

O que conduz alguém a tomar essa decisão? Uma música, uma oração, umapregação, um testemunho, uma cura, uma libertação espiritual, a solução deum problema, etc. Essas e outras podem ser as causas evidentes que levamalguém se entregar a Jesus. Como Deus está agindo em você?

Sejam quais forem as causas que conduzam alguém se entregar a Jesus,sempre a Bíblia está envolvida nessas causas. Deus usa, Sua Palavra para

nos falar. Por isso vamos enfatizar a necessidade de conhecer a Bíblia.

9.1 Descobrindo a Bíblica

A Bíblia é a Palavra de Deus à humanidade. Na Bíblia encontramos o planodivino para a salvação de todo aquele que crê em Jesus (João 20.30,31). ABíblia é o alimento espiritual de cada dia: “Desejai afetuosamente, comomeninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que porele vades crescendo” (1 Pedro 2.2). Portanto, como você se alimentadiariamente, também diariamente medite na Palavra de Deus (Salmos 1.2). Ameditação diária traz benefícios sobre nossa vida, nosso espírito, nossa almae nosso corpo, porque nos faz descansar nas promessas de Deus.

Deus mesmo afirma: “Assim será a palavra que sair da minha boca; nãovoltará para, mim vazia” (Is 55.11). O apóstolo Paulo fala do evangelho comoo “poder de Deus” para transformação da vida do que o aceita: “É novacriatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizerem novas” (2Co 5.17).

A Bíblia apresenta a si mesmo como: alimento (Am 5. 11), fogo (Jr 23.2.9),luz (Sl 119. 105), leite (1Pe 2.2), mel (SI 19.10), ouro (Sl 19. 10), espelho (Tg

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1.23-25), martelo que esmiúça a penha (Jr 23.29), espada (Ef 6.17) esemente (1Pe 1.23).

9.1.1 A importância da BíbliaÀ medida que se descobre a Palavra de Deus, ela se torna mais maravilhosapara nós. Leia Mateus 22.29 e verifique as duas causas porque as pessoaspensam e agem erradamente: desconhecem as Escrituras e o poder deDeus. Verifique em Hebreus 4.12 o importante trabalho realizado pela Bíbliaem nossas vidas. O apóstolo Paulo descreve a Timóteo as utilidades daBíblia: “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar,para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Timóteo 3.16). Além

dessas citações bíblicas, que esclarecem a importância da Palavra de Deus,toda esta lição vai conduzi-lo a verificar que a Bíblia é importantíssima.Nenhum outro “livro” pode substituir a Bíblia, a Palavra de Deus. Só ela tem aorientação para a vida espiritual e a sabedoria necessária para a caminhadaneste mundo tão cheio de pecados. Portanto, abrace a Bíblia como suaamiga até o fim da vida. “Exalta-a, e ela te exaltará; e, abrançando-a tu, ela tehonrará” (Provérbios 4.8).

O vocábulo Bíblia não se acha no nas Sagradas Escrituras. Vem do grego, a

língua original do Novo Testamento. É derivado do nome que os gregosdavam à folha de papiro preparada para escrita – “biblos”. Um rolo de papirode tamanho pequeno era chamado “biblion” e vários destes eram uma“bíblia”. Portanto, literalmente, a palavra bíblia quer dizer “coleção de livrospequenos”. Com a invenção do papel desapareceram os rolos, e a palavrabíblia “deu origem à” livro “como se vê em biblioteca, bibliografia, bibliófilo,etc. É consenso geral entre os doutos no assunto que o nome Bíblia foiprimeiramente aplicado às Sagradas Escrituras por João Crisóstomo,patriarca de Constantinopla, no Século IV”.

9.2 O processo de discipulação

A classe de novos convertidos na Escola Dominical é uma expressão ouextensão do amplo Ministério do Discipulado. O Discipulado é um ministériopessoal, ilimitado e flexível. É uma das formas mais rápidas de aumentar onúmero de batismos e aprofundar a qualidade de vida dos que sãoalcançados para Cristo.

Antes de conhecer as peculiaridades de sua classe e os métodos maisadequados a serem adotados, o ensinador de Novos Crentes precisa saberde antemão o que significa ser discípulo. Quem não é discípulo não podefazer discípulos! A palavra “discípulo”, mathetés, é usada 269 vezes nos

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Evangelhos e em Atos. Significa pessoa “ensinada” ou “treinada”, aluno,aprendiz. (Texto-base: Mt 28.19,20.).

9.2.1 Nos Evangelhos, Jesus define a palavra discípulo de cincomaneiras

a) Discípulo é um crente que está envolvido com a Palavra de Deus demaneira contínua (Jo 8.31);

b) Discípulo é aquele que ama sacrificialmente, sem medir esforços (Jo13.35; 1Jo 3.16);

c) Discípulo é alguém que permanece diariamente em união frutíferacom Cristo (Jo 15.8);

d) Discípulo é aquele que assume a sua cruz e segue a Cristo (Lc14.27);e) Discípulo é aquele que renuncia tudo que tem (Lc 14.33).

9.3 O perfil do novo convertido

Quem são seus alunos? A ênfase está justamente nisto: não são alunoscomuns.

9.3.1  São como crianças recém-nascidas em Cristo que precisam seridentificadas logo após o nascimento que devem ser recepcionadosimediatamente após a conversão e identificados, através da “Ficha deidentificação e triagem”.

9.3.2 São pessoas especiais que requerem atenção especial

São totalmente dependentes espiritualmente. Só conseguem digerir osaspectos mais simples das verdades espirituais. “Com leite vos criei e não

com manjar, porque ainda não podíeis, nem tão pouco ainda agora podeis”(1Co 3.1-3).

Precisam ser alimentadas por outrem. Têm dificuldade em falar (deexplicarem a razão da fé).

9.3.3 Falta-lhes um senso adequado de valores

a) Agarram-se a detalhes sem importância, em vez de aprenderem o quetem realmente valor. Eles se escandalizam facilmente; se apegam arudimentos de doutrinas; podem criar dogmas;

b) O professor deve apresentar a Cristo como Senhor e não apenascomo Salvador (senhorio de Cristo Mt 16.24);

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c) Muitos querem as bênçãos do Salvador, mas não o aceitam comoSenhor. Precisamos aceitar o senhorio de Cristo (diferente daConfissão Positiva);

d) O professor deve apresentar a real proposta do evangelho. Livrar ohomem da perdição eterna (diferente do Evangelho da Prosperidade).

9.3.4 São pessoas carentes que requerem cuidados especiais

Quando o homem aceita a Cristo torna-se nova criatura, ou seja, nasce denovo. Não se pode administrar à criança recém-nascida alimentos sólidos,antes, o leite materno.

O novo convertido precisa conhecer as doutrinas básicas da salvação.Portanto, inicialmente, deve afastar-se de assuntos complexos eespeculativos.

A princípio, a criança é alimentada pelos outros; mais tarde, começa aalimentar-se por conta própria e finalmente, quando adulta, passa a alimentaroutros.

Um dos alvos do fazedor de discípulos é ensinar o discípulo a alimentar-se,

de forma que ele possa, mais tarde alimentar também outros.

9.3.5 “Meio-ambiente” propício (lar espiritual)

Não é suficiente o contato que o professor tem com o aluno durante a aula naEscola Dominical. O professor deve proporcionar um meio-ambiente propíciopara um inter-relacionamento com outros crentes onde se compartilhamidéias, verdades aprendidas na Palavra, aspirações, e onde hajacompreensão.

9.3.6 Precisam de um referencial no novo grupo de convivência

Geralmente a primeira referência do novo convertido na igreja é o professor(discipulador) de sua classe na Escola Dominical.

9.4 O perfil do discipulador

Em linhas gerais, o professor da classe de novos convertidos precisa ser umcrente fiel, espiritual e seguro conhecedor das doutrinas bíblicas, além de tercomprovada capacidade para ensinar.

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Conhecimentos teológicos mínimos: Deus, Jesus Cristo, Espírito Santo,Trindade, homem, pecado, soteriologia: (regeneração, redenção, expiação,propiciação, justificação, santificação). Formação pedagógica, se possível.

9.4.1 Pré-requisitos gerais

9.4.1.1 Vocação autêntica

A vocação floresce no próprio cerne da personalidade. Significa a propensãofundamental do espírito, sua inclinação geral predominante para umdeterminado tipo de vida e de atividade, no qual encontrará plena satisfaçãoe melhores possibilidades de auto-realização.

9.4.1.2 Sociabilidade

A educação e o ensino são fenômenos de interação psicológica e social;temperamentos egocêntricos, fechados, incapazes de abrir e mantercontatos sociais comum certo calor e entusiasmo, não estão talhados para afunção do magistério; este exige comunicabilidade e dedicação à pessoa doseducandos e aos seus problemas.

Geralmente a escolha de um professor favorito se baseia numrelacionamento pessoal e não na capacidade para ensinar. Os alunos selembram dos professores que mostraram interesse especial e cuidam delesantes de se lembrarem daqueles que tinham bons dotes de oratória.

9.4.1.3 Apreço e interesse pelos valores da inteligência e da cultura

O professor que realmente tem vocação para o magistério é naturalmente umestudioso, um leitor assíduo, com sede de novos conhecimentos capaz de se

entusiasmar pelo progresso da ciência e da cultura.9.4.1.3.1 Aptidões específicas

São atributos ou qualidades pessoais que exprimem certa disposição naturalou potencial para um determinado tipo de atividades ou de trabalho.

(Saúde, equilíbrio mental e emocional, órgãos de fonação, visão e audiçãoem boas condições; boa voz: firme, agradável, convincente; linguagem

fluente, clara e simples; autoconfiança e presença de espírito; naturalidade edesembaraço; firmeza e desembaraço; imaginação, iniciativa e liderança;habilidade de criação; boas relações humanas.).

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9.4.2 Preparo especializado

O conhecimento amplo e sistemático da matéria ou da respectiva área de

estudo é condição essencial e indispensável para a eficiência do magistériocristão.

9.5 Pré-requisitos específicos

Ser chamado por Deus para o ministério do ensino (Ef 4.11,12).

9.5.1 Os professores da EBD são freqüentemente escolhidos pelos líderes enão vocacionados p or Deus. Os vocacionados têm esmero

(dedicação): “... se for ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7b).Esmero significa integralidade de tempo no ministério - estar com amente, o coração e a vida nesse ministério. Ser professor é diferentede ocupar o cargo de professor.

9.5.2  Ter um relacionamento vital e real com Jesus Cristo. O que representaeste relacionamento? Cristo é seu salvador pessoal; salvo-o de todo opecado e é também Senhor e dono da sua vida.

9.5.3 Esforçar-se em seguir o exemplo de Jesus. Jesus é o maior pedagogode todos os tempos; usou todos os métodos didáticos disponíveis paraensinar.

9.5.4   Reconhecer a importância da sua tarefa e encará-la com seriedade.Qual importância? Quando um investimento espiritual é feito em outravida, você participa de toda a glória das recompensas espirituais queserão colhidas através da vida, para sempre. O apóstolo Paulo disseaos tessalonicenses: “Vós sois a nossa glória e nosso gozo” (1Ts2.20).

9.5.5 Lealdade. No apoio ao pastor; na assistência aos cultos; naparticipação no sustento financeiro.

9.5.6 Disposição de aprender. O homem é um ser educável e nunca acabade aprender. Aprendemos com os livros; com nossos alunos;aprendemos enquanto ensinamos. “Não há melhor maneira de

aprender do que tentar ensinar outra pessoa”.Quando não sabe umaresposta, é melhor ser honesto e dizer que não sabe.

9.5.7   Saber planejar suas aulas. Ter objetivos claros e definidos em cadaetapa do ensino.

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9.5.8  Ser crente integrado à sua igreja: presença nos cultos e atividades daigreja; dizimista; manter-se distante dos ventos de doutrinas;eticamente correto.

9.6 O método de ensino

9.6.1 O ensino deve, em primeiro lugar, objetivar um plano de cultivo deresultados, ou seja, a integração dos novos crentes, levando o novoconvertido a alcançar a certeza de salvação. Três passos para levar onovo convertido a ter certeza de salvação:

a) Levar o convertido a confiar no caráter de Deus. Deus não pode

mentir (Tt 1.2). O caráter de Deus é o fundamento para que a pessoaalcance a certeza de vida eterna;b) Levar o convertido a compreender com clareza as promessas de

salvação feitas por Deus (Jo 5.24; Ap 3.20);c) Levar o convertido a entender claramente as condições estabelecidas

por Deus para alguém ser salvo: O pecador precisa se arrepender (Is55.7); o pecador precisa confessar seus pecados (1Jo 1.9); o pecadorprecisa crer em Jesus (Jo 5.24); o pecador precisa invocar o nome doSenhor (Rm 10.13).

9.6.2 Doutrinar o novo crente para que seja batizado conscientemente

a) Necessidade do batismo;b) Valor e significado;c) Forma bíblica do batismo (imersão);d) Ceia, finalidade;e) Para quem foi instituída a ceia;f) Igreja (origem, natureza, missão e destino).

9.6.3 Doutrinar o novo batizado para que adquira firmeza doutrinária ese integre na comunhão da igreja.

a) Crente e sua nova natureza;b) Comportamento do cristão;c) Vida devocional;d) Mordomia cristã;e) Testemunho.

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9.6.4 O ensino deve atender às dificuldades de compreensão peculiarao novo convertido.

9.6.4.1 Linguagem. A linguagem deve ser comum entre o professor e o aluno.O novo convertido não está familiarizado com a linguagem evangélica.

9.6.4.2Cultura Bíblica. O conhecimento que possuem a respeito de Deusgeralmente é alheio às Escrituras. Não compreendem a história, ageografia, os costumes dos personagens bíblicos e sua aplicaçãopara os nossos dias.

9.6.4.3 Temas teológicos e doutrinários da Bíblia. O novo convertido não está

habituado a expressões como: Regeneração, Justificação, Redenção,Expiação, Arrebatamento da Igreja, Milênio, Escatologia etc.

9.6.4.4 Noções de tempo, espaço e circunstância no plano bíblico. Nesteaspecto quais providências o professor deve tomar em relação aministração do conteúdo da matéria?

9.6.5 O ensino deve ser planejado e não improvisado. O professordeve preparar-se profundamente para a aula (2Tm 2.15):

9.6.5.1 Através da oração. A oração é o segredo do poder no ensino (Mc1.35; Lc 5.16).

9.6.5.2 Com propósito preestabelecido. O professor deve estabelecer osobjetivos da lição.

9.6.5.3 Através de estudo diário. O professor deve preparar suas lições comantecedência. Ou seja, diariamente, do início ao término da semana.

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AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDEE IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ÀÀ PPEEDDAAGGOOGGIIAA IIII 

Nome: ___________________________________________Professor:_______________ Unidade:__________________Data: ___/___/____Nota:_____ Entregar até:___/___/____

Questionário

1) Defina com suas palavras como surgiram as bases da Pedagogia.

2) O que significa o termo pedagogo?

3) Qual o sinônimo para a palavra “pedagogo”?

4) Escreva a causa que levou o termo “pedagogo” a ter um sentidopejorativo.

5) Qual a origem do termo Pedagogia?

6) Como se define o vocábulo Pedagogia?

7) O que é pedagogia racional e positiva ? Explique.

8) O que são agentes gerais da educação ?

9) O que é educador e professor?

10) Como o estado deve preparar a formação do cidadão?

11) Que são os agentes específicos da educação?

12) Quanto à educação da criança, quais os aspectos fundamentaisda mesma?

13) Explique como foi a educação de Isaque , Moisés, Loide e Eunice.

14) Qual é a instituição educacional da igreja?

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15) Quais os possíveis problemas vividos no lar que levam a criança àfalta de orientação?

16) Quem são os agentes principais capazes de transmitirconhecimentos à criança?

17) Quais são as lições que as crianças fornecem ao educador?

18) Quem são os juniores?

19) Quais as suas características?

20) Como podemos ajudá–los?

21) Defina a palavra adolescência.

22) Quais são as etapas da adolescência?

23) Quais mudanças que ocorrem na adolescência?

24) Quais os prejuízos da falta de empatia?

25) Com suas palavras defina a fase adulta.

26) Quais as características do professor ideal?

27) O que é ser um professor socializado?

28) Como deve ser recebido o novo convertido para o ensino bíblico?

29) Explique o termo discípulo.

30) Com suas palavras, dê o perfil do termo discipulado.