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Introdução à Estimação de Estados
Profa. Elizete M. Lourenço
Universidade Federal do Paraná
Departamento de Engenharia Elétrica
Curso de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
Introdução à Operação em Tempo-Real
Sistemas de controle e tele-comando (controle centralizado)
- CAG
- Controle Supervisórios
Controles Locais
- Regulação de tensão e velocidade
- Chaveamento
- Proteção
Introdução à Operação em Tempo-Real
CAG
- Controla geração para manter frequência constante (nominal)
- Com interligação dos sistemas: controle de fluxos nas interligações
- Otimizar custo de geração: controle para D.E. (laço + externo)
Controle Supervisório:
- Evolui de regional/distrital para abranger todo sistema
- Função:
• Controle remoto de abrtura/fechamento de disjuntores e dispositivos
para regulação de tensão: taps, capacitores, etc
Introdução à Operação em Tempo-Real
Relevância questões de segurança (final década 60)
- Motivação: “black-outs” costa leste americana
- Mudanças na filosofia da operação
• Controle remoto de abrtura/fechamento de disjuntores e dispositivos
para regulação de tensão: taps, capacitores, etc
Operação de SP com consideração de segurança
- Dificuldades de operação de SP mais cada vez mais interligados
- Importantes desenvolvimentos tecnologicos em computação e telecom
Surgem funções ligadas à monitoração e análise de segurança
Estados de Operação
Restrições de Carga Atender a demanda
g(x,u) = 0 (equações de fluxo de carga)
P, Q PQ e P PV
Restrições de Operação Limites dos equipamentos
h(x,u) 0
- LTs e trafos: limites de fluxos de potência aparente
- Geradores: injeção de potência reativa
- Magnitude das tensões nodais
Limites de operação: - Podem ser violados por algum tempo
- Mais abertos em situações de emergência
Estados de Operação do Sistema
Seguro ou Normal
Restrições de carga e operação OBEDECIDAS
- Sistema intacto
- Suprimento total da demanda
- Sem violação limites operação
Emergência
Demanda atendida
Restrições de operação VIOLADAS
- Motivo: grande variação da carga, curto-circuito, perda de geração, etc
Estados de Operação do Sistema
Restaurativo
Emergência eliminada pelo desligamento de partes do sistema (centro de
controle ou dispositivos locais)
Restrições de operação OBEDECIDAS
Restrição de carga NÃO OBEDECIDAS
- Sistema não está intacto (carga não atendida, ilhamento, etc)
Lista de contingências classificação: seguro ou inseguro
Segurança do sistema: capacidade do SP sofrer
perturbações sem passar para estado de emergência
Operação em Tempo Real
Restrições de Segurança Conjunto de contingêncas
Restrições de carga e operação para cada contingência
s(x,u) 0
• Perturbações mais prováveis: saída/manutenção de LTs ou trafos,
geradores, capacitores/reatores shunt
• Inclusão todas as contingências possíveis Inviável
- Contingências simples
- Número limitado de contingências múltiplas
Estados de Operação do Sistema
Seguro ou Normal-Seguro
Restrições de carga, operação e segurança OBEDECIDAS
- Sistema intacto
- Suprimento total da demanda
- Sem violação limites operação
- Ocorrência contingências Continua Estado Normal
Alerta ou Normal-Alerta
Restrições de carga e operação OBEDECIDAS
- Sistema intacto
- Suprimento total da demanda
- Sem violação limites operação
- Ocorrência contingências Leva Estado Emergência
Etapas da Análise de Segurança
Monitoração de Segurança
Dados obtidos a intervalos regulares de tempo
Verifica violação nas restrições
Identifica estado operativo atual
Determina topologia atual do sistema
Análise de Contingências
Determina segurança do sistema frente lista contingências - Simulações
Usa modelo em tempo-real determinado na etapa anterior
- Análise estática realizada frequentemente
- Análise dinâmica dificuldades práticas inviável
Etapas da Análise de Segurança
Controle Preventivo
No caso de Estado Emergência ou Alerta Levá-lo Estado Seguro
Problema de Otimização: Melhor condição de operação que satisfaz as
restrições de carga, g(.), operação, h(.), e segurança, s(.)
Busca melhor ação corretiva para sugerir ao operador
Funções da Operação em Tempo-Real
Monitoração de Segurança Aquisição de dados
SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition)
Telemdidas (medidas analógicas): magnitude tensão, fluxos, injeções, etc
Medidas digitais: status de chaves e disjuntores das SEs
Aplicativos da Monitoração em Tempo-Real:
1. Configurador de Rede
Processa medidas digitais (SCADA) Topologia atual da rede (diag. unifilar)
Rede interna (tempo real) e Rede externa (eventualmente)
2. Pré-Filtragem
Testes de compatibilidade sobre dados analógicos Erros mais flagrantes
Funções da Operação em Tempo-Real
3. Estimação de Estados
Dados de Entrada
• Topologia da rede (configurador)
• Conjunto de medidas analógicas pré-filtradas Número suficiente
Sistema observável (pseudomedidas, subsistemas)
• Parâmetros da rede (banco estático)
Objetivo: Processar dados redundantes contaminados por ruído
• Melhor estimativa tensões complexas nas barras do sistema
• Pode fornecer estado de barra não supervisionada Informação barras
adjacentes
Aplicativos
• Análise de observabilidade: avalia plano de medição
• Processamento de Erros: Detecção e Identificação de medidas espúrias
• Estimação dos estados
Funções da Monitoração Tempo-Real
4. Monitoração de Segurança
A partir da operação corrente (EE) Restrições carga e operação
Identifica Estado de operação: Normal, Emergência ou Restaurativo
Estado de emergência Controle de Emergência aliviar sobrecarga
elementos
• manobras na rede,
• entrada de geradores,
• alívio de carga
Estado Restaurativo Controle Restaurativo Recompor sistema
Consumidores atendidos
Estado Normal Realizar análise de segurança
Funções da Monitoração em Tempo-Real
Análise de Segurança
Segurança estado de operação Conjunto de contingências
Sistema interligado Reação sistema externo Modelagem aproximada do
sistema externo
Aplicativos da análise de segurança
• Seleção de contingências + prováveis para condição de operação EE
• Modelagem do sistema externo: equivalente ou modelo explícito
• Análise de contingências: efeito de cada contingência com métodos aproximados
(análise sensibilidade, fluxo de carga desacoplado rápido)
Controle Preventivo
Acionado se: Análise de contingência Sistema inseguro
Programas de otimização Ações preventivas Melhor condição de
operação que atenda 3 restrições
Estimação de Estados em SP - EESP
Função: fornecer base de dados confiável em tempo-real a partir de
telemedidas redundantes e corrompidas por erros
Processa medidas Estimar tensões complexas em todas as barras (estado do
sistema em regime permanente)
• Fluxos e injeções de potência, etc Necessários para Análise de segurança
Processamento de Pseudomedidas: informações conhecidas (não medidas)
Aplicações Principais da EESP
Monitoração da Segurança: observar condição corrente da operação: N, E ou R
Análise da Segurança: avaliar efeito de eventuais contingências
Previsão de carga: estimar demanda futura das barras do sistema
Monitoração da Segurança: Breve histórico
Supervisão com base na medição de variáveis básicas associadas à
instalações chaves: Imcompleto
Uso direto dados SCADA
Apenas medidas brutas
Impossibilidade de determinar/monitorar quantidades não medidas
Fluxo de Potência On-Line
Uso apenas de medidas de tensão e injeção de potência
Perda de uma medida impossibilidade de solução
Medida incorreta impacto direto nos resultados
Estimação de Estados
Estimador de Estados
Processamento de diversos tipos de medidas
Redundância permite estimação mesmo com perda de medidas
Extensão permite o processamento de erros grosseiros em medidas
Determina quantidades não medidas
Estimação de Estados: Subproblemas
Observablidade: verifica se o número e localização das medidas permite a
determiação dos estados do sistema
Estimação de Estados: cálculo de estimativas para os estados a partir da
topologia da rede, dados do sistema e conjunto de telemedidas
Detecção de Erros Grosseiros: verificação da existência de erros
estruturais e/ou medidas espúrias
Identificação de Erros Grosseiros: determinação de quais são as medidas
portadoras de erros
Recuperação de medidas portadoras de erros: tratamento das medidas
espúrias de forma que possas ser usadas no processo de estimação
Classificação dos Estimadores de Estados
Classificação é feita de acordo com:
• Modelagem do problema de EESP
• Maneira como os dados são processados
• Algoritmo utilizado para resolver o problema de EESP
Modelagem do problema de EESP
Minimização da soma ponderada dos quadrados dos resíduos: MQP
Minimização da soma dos valores absolutos dos resíduos: MVAP
Maneira como os dados são processados
Tipo “batch”: medidas processadas simultaneamente
Sequenciais: medidas processadas uma por vez
Algoritmos utilizados
Problema de MQP (processo iterativo)
• Solução via Equação Normal
• Métodos Ortogonais (reflexões de Householder, rotações de Givens, etc)
• Métodos Híbridos
• Método de Hactel (método da Matriz Aumentada ou Tableau Esparso)
• Estimadores Desacoplados
Estimadores Sequenciais
Solução de um problema de MQP recursivos, baseados, p.e. Filtro de
Kalman ou métodos ortogonais baseados nas rotações de Givens
Minimização da soma dos valores absolutos dos resíduos: MVAP