introdução a ciência do direito

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Introdução a Ciência do Direito: Ciência: Só é cientifico aquilo que lhe dá um objeto de estudo. Fenômeno (Phaenomous): Objeto como se apresenta aos nossos olhos, uma representação. Ex: Sombra de algo. Objeto: Tudo aquilo que pode ser conhecido e alcançado através da nossa capacidade intelectual , seja material ou abstrato. Naturais: Tem a existência própria (pessoas, animais) Ideais: Não tem existência própria (Idéias) metafísicas: Além da física (não podem ser comprovados cientificamente) Culturais: Objetos produzidos pela atividade racional humana (quadros, pedras transformada em objeto, etc.) Sujeito Cognoscente: Tem a capacidade de aprender aquilo que está aos seus olhos. A ciência do Direito: È uma investigação metódica e racional do fenômeno jurídico com a sistematização destes conhecimentos. DIREITO E SOCIEDADE: Pelas locuções latinas ubi jus ibi societas e ubi societas ibis jus já se percebe a intensidade da imbricação entre sociedade e direito. A primeira afirma que onde há direito há sociedade e a segunda, onde há sociedade há direito. Nem todos os estudiosos está de acordo quanto à correção da segundo, pois afirmam alguns que o a humanidade conheceu uma fase evolutiva pré-jurídica. Mas todos estão de acordo com a primeira, ou seja, onde está o direito ali estará uma sociedade. Não se admitindo a existência do direito sem um correspondente grupamento humano. Origem: A sociedade é toda forma de coordenação das atividades humanas objetivando um determinado fim e regulada por um conjunto de normas. PORQUE O SER HUMANO VIVE EM SOCIEDADE? Corrente naturalista: Aristóteles: O homem é um animal político. Vive por um instinto natural, já nasce com a necessidade de viver em sociedade. Era impossível viver só, exceto se for um BRUTO (deficiente mental) ou DEUS (ser sublime que vive só). Acredita que o homem vive em sociedade por instinto natural. Já nasce com a tendência a participar na sociedade. São Tomás de Aquino: O ser humano também vive em sociedade, é um animal político e social. Segundo ele existem 3 formas de viver isolado: excellentia naturae: (indivíduo notadamente virtuoso, que vive em comunhão com a própria individualidade). corruptio naturae: (casos de anomalia mental) mala fortuna : (acidente tipo naufrágio), azar. Corrente contratualista: Esta teoria, por sua vez, distancia-se do elemento natural e explica a sociedade por um acordo de vontades, celebrado entre os membros que decidem viver em sociedade. Thomas Hobbes: O homem por não ser naturalmente sociável vivia num estado de conflito entre eles. ( o homem é o lobo do homem) Explica Hobbes que há um estado pré-sociedade, em que o homem vive em seu estado de natureza, possuindo características como o egoísmo, maldade, crueldade, agressividade, que ocasionam constantes guerras.

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Page 1: Introdução a Ciência do Direito

Introdução a Ciência do Direito:

 Ciência: Só é cientifico aquilo que lhe dá um objeto de estudo. Fenômeno (Phaenomous): Objeto como se apresenta aos nossos olhos, uma representação. Ex: Sombra de algo. Objeto: Tudo aquilo que pode ser conhecido e alcançado através da nossa capacidade intelectual , seja material ou abstrato. Naturais: Tem a existência própria (pessoas, animais)Ideais: Não tem existência própria (Idéias)metafísicas: Além da física (não podem ser comprovados cientificamente)Culturais: Objetos produzidos pela atividade racional humana (quadros, pedras transformada em objeto, etc.) Sujeito Cognoscente: Tem a capacidade de aprender aquilo que está aos seus olhos.  A ciência do Direito: È uma investigação metódica e racional do fenômeno jurídico com a sistematização destes conhecimentos. DIREITO E SOCIEDADE: Pelas locuções latinas ubi jus ibi societas e ubi societas ibis jus já se percebe a intensidade da imbricação entre sociedade e direito. A primeira afirma que onde há direito há sociedade e a segunda, onde há sociedade há direito. Nem todos os estudiosos está de acordo quanto à correção da segundo, pois afirmam alguns que o a humanidade conheceu uma fase evolutiva pré-jurídica. Mas todos estão de acordo com a primeira, ou seja, onde está o direito ali estará uma sociedade. Não se admitindo a existência do direito sem um correspondente grupamento humano. Origem: A sociedade é toda forma de coordenação das atividades humanas objetivando um determinado fim e regulada por um conjunto de normas. PORQUE O SER HUMANO VIVE EM SOCIEDADE?  Corrente naturalista:  Aristóteles: O homem é um animal político. Vive por um instinto natural, já nasce com a necessidade de viver em sociedade. Era impossível viver só, exceto se for um BRUTO (deficiente mental) ou DEUS (ser sublime que vive só). Acredita que o homem vive em sociedade por instinto natural. Já nasce com a tendência a participar na sociedade. São Tomás de Aquino: O ser humano também vive em sociedade, é um animal político e social. Segundo ele existem 3 formas de viver isolado:excellentia naturae: (indivíduo notadamente virtuoso, que vive em comunhão com a própria individualidade).corruptio naturae: (casos de anomalia mental)mala fortuna: (acidente tipo naufrágio), azar. Corrente contratualista: Esta teoria, por sua vez, distancia-se do elemento natural e explica a sociedade por um acordo de vontades, celebrado entre os membros que decidem viver em sociedade. Thomas Hobbes: O homem por não ser naturalmente sociável vivia num estado de conflito entre eles. ( o homem é o lobo do homem) Explica Hobbes que há um estado pré-sociedade, em que o homem vive em seu estado de natureza, possuindo características como o egoísmo, maldade, crueldade, agressividade, que ocasionam constantes guerras.       Mas diante desse quadro, a vontade e a racionalidade humana atuam no sentido de firmar um pacto social, para controlar o estado de natureza, dando espaço para o estado social.   A busca da paz se torna o principal objetivo dos homens, e em nome desta, os homens deverão respeitar limites para que todos possam conviver pacificamente.   O homem não poderá ser mais senhor de todas as coisas como no seu estado de natureza, pois será obrigado a respeitar os limites atribuídos, que se destinam a uma boa convivência. Mas deve-se ressaltar que para a manutenção dessa nova

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ordem, há de existir um poder maior, que force e controle o estado de natureza do homem. Esse poder será concretizado no Estado, que terá a prerrogativa de controlar e impor limites, mediante castigos e penalidades. E assim, o homem obedecerá por temor de sofrer as penalidades.  John Locke não acreditava no estado de natureza de Hobbes, em que o homem era ruim, perverso e vivia em constante guerra. Para ele os homens, em seu estado de natureza, possuíam intrinsecamente a razão, e dessa forma, viviam pacificamente cada qual com a sua propriedade.      O conceito de propriedade, para aquele pensador, era natural, ou seja, anterior à qualquer manifestação social. Dessa forma, acreditava Locke que nenhum Estado poderia suprimir a propriedade, por ser, esse direito, anterior ao próprio fenômeno estatal. ( n explicou)Montesquieu, também contratualista, também acreditava num estado pré- sociedade em que o homem também era bom. Pensava que o homem tinha em si uma fragilidade associada a uma sensação de inferioridade em relação aos demais, e, por isso, vivia em paz, sem atacar seus semelhantes. Jean Jacque Rousseau, outro autor contratualista, por sua vez, também contrário a Hobbes, afirma que o homem é essencialmente bom, e convive em estado de plena paz, retirando da natureza todo o seu sustento. Contudo, no momento que um homem cerca um terreno, e anuncia ser seu, ocorre a guerra.E, dessa forma, para controlar o estado de guerra, os homem pactuam a vida em sociedade, transferindo para um terceiro ente, o Estado, a prerrogativa de exercer um poder sobre os homens.Só que Rousseau entendia que o poder soberano era devido ao povo, e o Estado apenas representaria esse poder, diferentemente de Hobbes, que entendia ser do Estado o poder soberano. Para Rousseau o Estado deveria proteger a vontade geral, e não atender simplesmente as vontades individuais.Vale dizer que as idéias de Rousseau dão base e fundamento para a democracia. Vale dizer que, atualmente é aceita a teoria mista, ou seja, a sociedade é explicada por uma tendência natural do indivíduo que busca viver com seus semelhantes, associada à vontade, racional e consciente de constituir em sociedade. Onde está o homem, está à sociedade.Onde está à sociedade está o direito.Onde está o homem está o direito.   ORDEM NATURAL X ORDEM SOCIAL Existem vários tipos de leis e todos os dias somos confrontados com elas. Desde logo, podemos fazer uma distinção entre Leis da Natureza e Leis dos Homens. As leis da natureza têm por caracteristica a inviolabilidade e a inalterabilidade. Exprimem a relação entre dois seres ou entre duas variáveis e mantêm-se inaltradas ao longo do tempo.Exemplos:a) A água passa do estado liquido para o estado gazoso quando atinge os 100º b) A lei da gravidade que representa a força de atracção mútua que os corpos materiais exercem uns sobre os outros. c) A lei da astronomia que nos diz que a Terra gira em torno do Sol e não ao contrário como se pensava até Copérnico. Para o nosso módulo de introdução ao Direito, o que nos interessa são as leis dos Homens, as normas, as regras.Uma das caracteristicas das normas é o facto de imporem um dever-ser. As normas e particularmente as normas juridicas, impõem comportamentos ou proibem determinados comportamentos.Exemplos:a) Quem matar outra pessoa sofre uma pena que pode ser de prisão. Através da imposição de uma pena de prisão a lei está a proibir um determinado comportamento. Matar outras pessoas. b) Quem compra qualquer coisa tem que pagar um preço. c) Quem contrata um empregado para executar determinada função, tem que lhe pagar um salário.Contrariamente ao que acontece com as leis da natureza, as leis dos Homens podem ser violadas. Mas o facto de serem violadas não lhes retira validade. O que lhes retira é a eficácia.A ordem social pode ser perturbada porque o Homem é livre e pode rebelar-se contra a ordem estabelecida. Mas, logo de seguida a ordem reconstitui-se, pois sem ordem nenhuma sociedade pode subsistir. 

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ELEMENTOS QUE COMPOE A SOCIEDADE:I – Da Sociedade“Todo Estado é uma sociedade, a esperança de um bem, que é seu princípio, assim como o de toda associação, pois todas as ações dos homens têm por fim aquilo que consideram um bem” (Aristóteles, Política, 355 a.C).Definição de Sociedade. Sociedade é “toda forma de coordenação das atividades humanas objetivando um determinado fim e regulada por um conjunto de normas” (Celso Bastos). Por essa definição podemos identificar os elementos que compõem uma sociedade: atividades humanas coordenadas e reguladas por normas, dirigidas a uma finalidade.Elementos característicos da sociedade. Nem toda reunião de pessoas constitui uma sociedade: é preciso que estejam presentes os elementos característicos da sociedade. Esses elementos diferenciam uma verdadeira sociedade de um simples agrupamento de pessoas. Toda sociedade deve possuir os seguintes elementos: a) finalidade; b) manifestações de conjunto ordenadas; c) poder.a) Finalidade. Toda sociedade deve buscar uma finalidade, ou seja, deve ter um objetivo, que é definido por seus membros, baseado naquilo que estes entendem como um bem (valor). A finalidade relaciona-se com a liberdade humana, porque só o ser livre e racional pode escolher objetivos com base em valores.Finalismo x Determinismo. As teorias deterministas acreditam que o comportamento humano é regido por fatores materiais (geografia, economia etc.) ou sobrenaturais e, portanto, negam a possibilidade de escolha de finalidades, sendo, no fundo, incompatíveis com a liberdade humana (ex.: socialismo científico marxista).Finalismo. O finalismo, por sua vez, aceita a possibilidade de escolha da finalidade social com base na vontade livre e em valores racionalmente ponderados, pressupondo, portanto, a liberdade humana (ex.: contratualismo).O ser humano é livre, mas livre não é aquele que faz tudo o que quer, e sim aquele que conhece a si mesmo, sabe o que é bom para si e age de acordo com o que verdadeiramente lhe convém, buscando o seu bem. Aquele que age movido pelas paixões não é verdadeiramente livre, mas sim escravo delas; portanto, não é feliz, e sim padece.Bem comum. Segundo Dallari, a finalidade da sociedade humana e também a do Estado deve ser o bem comum, entendido como “o conjunto de todas as condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana”b) Manifestações de conjunto ordenadas. “A lei é um sinal da imperfeição humana e é, ao mesmo tempo, sinal de que os homens almejam a perfeição” (Miguel Reale)Não basta apenas a finalidade. Para que exista uma sociedade, é preciso haver também manifestações de conjunto ordenadas, ou seja, é necessário que as atividades do grupo se desenvolvam com• reiteração• ordem• adequaçãoReiteração. A finalidade social é um objetivo permanente, a ser buscado sempre, ou seja, de forma reiterada, e por todos os membros da sociedade, cada um desempenhando o seu papel, como, por exemplo, um time de futebol nos diversos campeonatos que disputa.Ordem. A atuação da sociedade deve ser ordenada, ou seja, organizada segundo normas, tendo como objetivo a finalidade social. Segundo Goffredo Telles Jr., ordem é a disposição conveniente das coisas segundo uma lei. Para ele, tudo está em ordem, porque o que chamamos de desordem é apenas a ordem não desejada, pois tudo que ocorre no universo é regido por leis.Leis. Segundo Montesquieu, “lei é a relação necessária que deriva da natureza das coisas”. Essa definição se aplica tanto às leis naturais (mundo físico, o “dado”) como às leis ou normas sociais (éticas, culturais, elaboradas pelo ser humano, o “construído”).Causalidade x Imputação. As leis naturais (mundo físico, do “ser”) são regidas pelo princípio da causalidade: se “A” é (condição) – “B” é (conseqüência que sempre se realiza, caso contrário a lei perde a validade). As leis sociais (mundo ético, do “dever-ser”) são regidas pelo princípio da imputação: se “A” é (condição) – “B” deve ser (conseqüência que deve se realizar, mas que, se não ocorrer, não invalida a norma).Moral x Direito. As normas éticas, ou seja, as normas sociais, feitas pelo ser humano e que regem o comportamento, dividem-se em duas espécies: a Moral (que é imperativa, porque pretende determinar comportamentos, mas é unilateral, porque não pode ser imposta) e o Direito (imperativo-atributivo e bilateral, porque determina comportamentos e estabelece uma relação que autoriza a parte lesada a buscar uma sanção em caso de descumprimento da norma).Adequação. Além da reiteração e da ordem, é também necessário que as ações do grupo sejam adequadas para atingir o fim almejado (bem-comum). A superexaltação (exagero) de um fator em detrimento de outros (ordem pública, fatores econômicos etc.) gera desvios e, portanto, inadequação das atividades sociais em relação à finalidade, prejudicando a busca do bem comum.PODER SOCIAL:O terceiro elemento característico da sociedade, depois da finalidade e das manifestações de conjunto ordenadas, é o poder. Trata-se de um dos conceitos mais importantes da Ciência Política e da Teoria do Estado. Pode ser definido genericamente como a possibilidade de uma pessoa determinar o comportamento de outra ou de outras pessoas.Características do poder. O poder é um fenômeno social, porque está presente em qualquer sociedade: família, escola, igreja, Estado etc. É também fenômeno bilateral, porque implica sempre uma vontade predominante e outra

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submetida. Pode ser analisado como relação (sujeitos) ou como processo (dinâmica funcionamento). É necessário? O que o justifica?RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE DIREITO E LEI: Direito: Sistema de normas de conduta imposto por um conjunto de instituições para regular a vida na sociedade. È da natureza da norma de direito a existência de uma ameaça pelo seu não cumprimento e a sua imposição por uma autoridade publica com o objetivo de atender ao interesse geral. O direito não significa que não discipline as coisas e os animais, mas o faz com o propósito de proteger direitos e obrigações para pessoas ainda que o interesse possa ser o de toda comunidade. Lei: È o conjunto de normas obrigatórias impostas pela classe dominante, numa determinada sociedade. É toda regra jurídica, escrita ou não, abrange os costumes e normas produzidas pelo estado. As leis começam a vigorar para legislar sobre casos futuros e não passados. O direito tem um sentido que se opões ao da lei. “A lei é o que determina o que podemos fazer e as punições para quem cometer um erro. Direito é o que podemos fazer sem infringirmos a lei.”     ACEPÇÕES DA PALAVRA DIREITO Direito como Norma: Trata-se da forma mais comum de aplicação da palavra direito, sendo também conhecida como direito objetivo ou norma agendi. São as regras exteriores ao homem e que a ele se dirigem e se impõem, atuando em sua vida particular e social. Na definição de Rudolf Von Ihering, “é o conjunto de normas coativamente garantidas pelo Poder Público” . Regra social obrigatória. EX: O direito não permite o duelo. “direito” significa à norma, a lei, a regra social obrigatória. Direito como Faculdade: é o poder que tem o homem de exigir garantias para a realização de seus interesses, quando estes se conformam com o interesse social. É o poder de ação assegurado pela ordem jurídica. Trata-se de uma prerrogativa de agir, uma opção, uma alternativa posta ao sujeito. Também chamado de direito subjetivo ou facultas agendi, tendo sido por Ihering definido como o interesse juridicamente protegido (Jus est facultas agendi). Compreende um sujeito, um objeto e a relação que os liga.  Ex: O estado tem o direito de legislar. “direito” significa a faculdade, o poder, a prerrogativa que o Estado tem de criar leis.  Direito como Justo: O que é devido por justiça. Relacionado com o conceito de justiça, possuindo dois sentidos diferentes:Bem devido por justiça: na definição de São Tomás de Aquino, é o que é devido a outrem, segundo uma igualdade.Bem conforme a justiça: não existe contrapartida, mas sim uma determinação social que acredita ser aquela a melhor alternativa a determinada situação. Ex: A educação é um direito da criança. “direito” significa o que é devido por justiça. Direito como Ciência: usada como “ciência do direito”, o setor do conhecimento humano que investiga e sistematiza os fenômenos da vida jurídica e a determinação de suas causas. Organização teórica do Direito. Ex: Cabe ao direito estudar a criminalidade. “direito” significa ciência, ou, mais exatamente, a ciência do direito.  Direito como Fato Social: Ao realizar o estudo de qualquer coletividade, a sociologia distingue diversas espécies de fenômenos sociais. Considera os fatos econômicos, culturais, esportivos e, também, o direito. O direito é, então, considerado como um setor da vida social. É o conjunto de condições de existência e desenvolvimento da sociedade, coativamente asseguradas. Ex: O Direito constitui um setor da vida social. “direto” é considerado como fenômeno da vida coletiva. Ao lado dos fatos econômicos, artísticos, culturais, esportivos etc., também o direito é um fato social.  DIREITO OBJETIVO X DIREITO SUBJETIVO Direito Objetivo, "o conjunto de regras jurídicas obrigatórias, em vigor no país, numa dada epóca" (José Cretella Júnior). Em outras palavras, o direito objetivo são as normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os homens que vivem na sociedade que adota essas leis. O descumprimento dá origem a sanções. 

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Direito Subjetivo pode ser definido como "a faculdade ou possibilidade que tem uma pessoa de fazer prevalecer em juízo a sua vontade, consubstanciada num interesse." (José Cretella Júnior). Ou, "o interesse protegido pela lei, mediante o recolhimento da vontade individual." (Ilhering). Em outras palavras, é a capacidade que o homem tem de agir em defesa de seus interesses, invocando o cumprimento de normas jurídicas existentes na sociedade onde vive, todas as vezes que, de alguma forma, essas regras jurídicas venham ao encontro de seus objetivos e possam protegê-lo. Por ex.: o seu veículo, parado no semáforo, é atingido na traseira por outro. Há normas no Código Brasileiro de Trânsito (direito objetivo), aos quais você pode recorrer, através de uma ação, para fazer valer seu direito. Você está utilizando seu direito subjetivo de utilizar a regra jurídica do direito objetivo para garantir seu interesse atingido.