internato cardiologia medicina uel samuel dias batista priscila miguel

96
Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Upload: mateus-perera

Post on 07-Apr-2016

217 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Internato CardiologiaMedicina UELSamuel Dias BatistaPriscila Miguel

Page 2: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

RITMO SINUSAL

Page 3: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Componentes do ECG

0,2s

0,12s

Page 4: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Fibrilação atrial: Miócitos doentes Novos caminhos

elétricos Estímulo:Extra-

sístole atrial : reentrada

Perda da contração rítmica

Ondas f: 400-600 min

Page 5: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Fibrilação Atrial 1 a 2% na população( > 65anos) Etiologia:

1- HÁ2- Valvulopatia reumática ( principalmente mitral)Sobrecarga dos átriosDisfunção de VE Cardiopatia isquêmicaTireotoxicoseLibação alcoólica, uso de adrenérgicos (+ JOVENS)Distúrbios eletrolíticosMiocardite/pericarditeIAM: 6 a 10% dos casosCardiopatias congênitas (CIA)

Os átrios despolarizam-se 400 a 700 vêzes/minuto, como conseqüências:Perda da contração atrial (DC 20%)Formação de trombos atriais embolias sistêmicas

e pulmonares

Page 6: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Fibrilação AtrialOutras causas: miocardite, pericardite, embolia pulmonar, DPOC descompensado, intoxicação digitálica, distúrbios eletrolíticos( hipocalemia ,

hipomagnesemia), Anfetamínicos, acidose, hipoxemia, síndrome bradi-taqui ( DNS + degeneração de

miocárdio atrial). PO de cir valvar (10-40%), coronariana (40-60), e

transplantado (25%) Muito ligada ao Flutter atrial

Page 7: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Mecanismo de reentrada Áreas adjacentes c/ períodos refratários diferentes

Àreas de condução lentificada

Um gatilho (extrassístole)

A B

C

Page 8: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Fibrilação AtrialDiagnóstico clínico Por uma complicação

Descompensação de uma ICCEmbolias

Palpitações, tonteira, sudorese fria, dispnéia Piora hemodinâmica: aumenta PA no A.E AssintomáticoExame físico: Ritmo cardíaco irregular FC variável Déficit de pulso (depende da FC) DISSOCIAÇÃO PULSO-PRECÓRDIO Desaparece a onda A do pulso venoso

Page 9: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Fibrilação Atrial A piora hemodinâmica deve-se: Taquicardia ( reduz enchimento vent,

aumenta consumo de O2) Perda da contração atrial => piorar

congestão pulmonar. Cronicamente: taquicardiomiopatia.

Page 10: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Fibrilação Atrial

Diagnóstico Eletrocardiográfico Ausência da onda P, onda f (V1) FC entre 90-170bpm Irregularidade R-R QRS estreito

Page 11: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Fibrilação AtrialFibrilação Atrial

v1 (ondas F)

v1

Page 12: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 13: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Tromboembolismo Local + comum de formação: apêndice

atrial E. AVE isq., infarto enteromesentérico e

isquemia aguda de MI. Muitos microembolos p/ o SNC passam

clinicamente despercebidos.

Page 14: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Trombo no Apêndice AtrialTrombo no Apêndice Atrial

Trombo de 5mm no apêndice atrial esquerdo em um paciente com fibrilação atrial.Trombo de 5mm no apêndice atrial esquerdo em um paciente com fibrilação atrial.Trombos deste tamanho podem ocluir a artéria cerebral média resultando em um AVC com importante sequela. Trombos deste tamanho podem ocluir a artéria cerebral média resultando em um AVC com importante sequela. Podem ser detectados apenas pelo ecocardiograma transesofágico e não pelo transtorácicoPodem ser detectados apenas pelo ecocardiograma transesofágico e não pelo transtorácico..

N Engl J Med 1969;281:555 N Engl J Med 1969;281:555

Page 15: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Tipos Clínicos Paroxística: autolimitada, <7d

( geralmente menos de 24h). Pode ser recorrente.

Persistente: >7 d, mantendo-se indefinidamente caso não seja cardiovertida. Pode recidivar.

Permanente: >1ano. Pode iniciar como uma persistente (após várias recidivas evolui ).

Page 16: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Tratamento 1° passo: Inibir nódulo AV ( manter FC em

repouso de 60-80bpm) : Digitálicos ( aumenta o tonus vagal), ACC, BB.

FA de Início recente c/ instabilidade: cardioversão sinc. <48h :100J MO ou 70J BI

>48h: 200J MO ou 100J BI INSTABILIDADE HEMODINÂMICA:fase aguda do

IAM; hipotensão sintomática, congestão pulmonar não responsivas a medidas convencionais.

Page 17: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

AnticoagulaçãoFA> 48h => anticoagulação 3-4 semanas

antes e 4 semanas após a cardioversão.# Anticoagulação iniciada c/ Heparina NF (

KPTT entre 1,5 a 2 o controle) em seguida warfarim mantendo-se o INR entre 2 e 3.

FA < 48h ( alto risco) : mesma cd. Pode se realizar ECO transesofágico, se

for neg, cardioversão após 12h de heparinização plena + 4 semanas de anticoag. Após cardioversão.

Page 18: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Anticoagulação FA< 48h s/ fatores de risco:

heparinização plena por 6 a 12h. Anticoagulação pós nos casos de FA recorrente.

Alto risco: valva mecânica, estenose mitral, tromboembolismo prévio.

Page 19: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Cardioversão Eletiva Farmacológica: amiodarona,

propafenona, dofetilida, flecainida, quinidina.

Amiodarona: bloqueia canal de K ( aumenta período refratário) com isso podem bloquear o circuito de reentrada. Possui pequeno efeito bloqueador do canal de Na e beta bloq. Reduz o automatismo. Aumenta o QT, porém é raro ela produzir torsades des pointes.

Page 20: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Cardioversão Elétrica + eficaz quando associada a amiodarona . Preparo: jejum por 4h, estabilizar eletrólitos,

oximetria, material para reanimação, sedação c/ midazolam#Pode-se optar pela não cardioversão: poupa o pcte do uso crônido de antiarrítmicos, porém há necessidade do uso crônico de cumarínico. Esses pctes permanecem com função cardíaca subótima e podem apresentar sintomas importantes mesmo após o controle da resposta ventricular.

Page 21: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Antiarrítmico Profilático Amiodarona ( droga de maior eficácia

na profilaxia das recidivas da FA) Amiodarona :100-400mg vo/dia Associar com IECA e Estatinas. A chance de se manter sinusal após 1

ano varia em torno de 50% a 60%. Nos pctes que não podem usar

amiodarona, pode-se usar propafenona

Page 22: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Controle da FC

Page 23: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

CHADS2 The Birmingham 2009 schema (CHA2DS2-VASc)

incorporates the risk factors in the traditional CHADS2 strategy, but adds female sex and vascular disease

Risco Moderado : aspirina ou warfarin

Page 24: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

CHA2DS2VASC

Page 25: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 26: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Conduta nos Não Cardiovertidos Pctes com FA persistente (>7d) e

assintomáticos pode-se optar pela adm de inibidores do N. AV e anticoagulação crônica com cumarínico.

Ocorrendo mais de uma recidiva da FA, a CD mais sensata seria deixá-los permanentemente em FA.

Page 27: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Tratamento da Fibrilação AtrialTratamento da Fibrilação Atrial

SINUSALSINUSALFAFA FAFA

FA CRÔNICAFA CRÔNICA

ALTA SEMALTA SEM

MEDICAÇÃOMEDICAÇÃO

ANTIARRÍTMICOS ANTIARRÍTMICOS

ANTICOAGULANTE?ANTICOAGULANTE?

FA AGUDAFA AGUDA(< DE 48 H )(< DE 48 H )

PACIENTE INSTÁVELPACIENTE INSTÁVEL

CARDIOVERSÃO CARDIOVERSÃO SINCRONIZADA 100JSINCRONIZADA 100J AMIODARONA EVAMIODARONA EV

ANTICOAGULANTE ANTICOAGULANTE WARFARIN WARFARIN

MANTER RNI 2,0 A 3,OMANTER RNI 2,0 A 3,O

CARDIOVERSÃOCARDIOVERSÃO SINCRONIZADASINCRONIZADAAPÓS 4 SEM DEAPÓS 4 SEM DE

ANTICOAGULANTEANTICOAGULANTE

??

TRATAR TRATAR CAUSASCAUSAS

REVERSÍVEISREVERSÍVEIS

FIBRILAÇÃO ATRIALFIBRILAÇÃO ATRIAL

CONTROLAR A FCCONTROLAR A FCAMIODARONAAMIODARONA

DIGOXINADIGOXINABETABLOQUEADORBETABLOQUEADOR

DILTIAZEMDILTIAZEM

FA CRÔNICAFA CRÔNICA(( DE 48 H ) DE 48 H )

PACIENTE ESTÁVELPACIENTE ESTÁVEL

DOENÇA ESTRUTURAL ?DOENÇA ESTRUTURAL ?

SIMSIMNÃONÃORITMO SINUSALRITMO SINUSAL

Page 28: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Fibrilação AtrialFibrilação Atrial

D2 D2

CARDIOVERSÃO

100J

Page 29: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Terapia Ablativa FA permanente que se mantém

taquicardicos mesmo com o uso otimizado dos inibidores AV, esta indicada a ablação do nódulo AV e implante de MP VVIR.

Page 30: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

FLUTTER ATRIAL:

Page 31: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Flutter Atrial Freq. atrial>

250bpm , ondas F. Aspecto em dente

de serra FC aprox: 150bpm

( conduação 2:1) QRS estreito

Page 32: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Flutter típico Ondas F na freq de 300bpm. Quase sempre apresenta condução 2:1 Ondas F neg. nas derivações inferiores

(estímulo esta subindo pelo septo interatrial)

Macrorrentrada: grande circuito elétrico com rotação anti-horária (crista terminalis, istmo, e sobe pelo septo interatrial. Formada por miócitos atriais ( condução rápida).

Page 33: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Flutter típico

1- fibras atriais estão com período refratário mais curto que o nl.

2- condução lenta localizada no istmo do circuito ( responsável pelo atraso)

Condução 2:1 por ação do Nódulo AV

Page 34: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Macrorrentrada

Page 35: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Flutter 4:1 A condução 4:1 é geralmente

encontrada em pcte com Dça do NAV associada ou quando está utilizando inibidores do NAV

Page 36: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Flutter 1:1 Complicação típica de drogas

amtiarrítmicas do grupo IA (quinidina). Lentificam a condução pelo circuito, reduzindo a Freq no entanto são vagolíticas, facilitando a condução pelo NAV.

Page 37: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Flutter Típico Reverso A rotação segue no sentido horário.

Neste caso, as ondas F são positivas em D2, D3 e AVF.

Page 38: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Etiologia Dças que sobrecarregam os átrios

( especialmente o direito) : IC, DPOC, dça valvar mitral, hipertireoidismo, CIA, DNS, miocardite, pericardite.

Comum associação de Fibrilação com Flutter: ECG Fibrilo-flutter.

Page 39: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Clínica Frequentemente sintomático com

palpitações, tonteira, cansaço, dispnéia, desconforto torácico.

Agrava congestão pulmonar. Taquicardiomiopatia

Page 40: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Tratamento Instabilidade? => Cardioversão Elétrica

Emergencial. Choque sincronizado, 50J. Estável + Sintomático: Inibidores do AV,

vv, visando reduzir condução av para 4:1

Anticoagulação? Cardioversão farmacológica: Ibutilida ou

dofetilida. Cardioversão Elétrica Eletiva : 50J Antiarritmicos classe I e III

Page 41: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Anticoagulação

Antes de reverter: 1- História de FA 2- Flutter crônico (> 6 M) 3- Risco de Tromboembolismo ( Disf

VE, embolia previa, dça mitral) O esquema é o mesmo para FA.

Page 42: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Tto definitivo Devido a chance bastante alta de

recidiva do flutter, mesmo com o uso de antiarrítmicos, a maioria dos autores recomenda terapia intervencionista para os casos recorrentes e sintomáticos. Ablação por radiofrequencia do circuito do flutter : cauterização do istmo. 85% de sucesso.

Page 43: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 44: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 45: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 46: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 47: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 48: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 49: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Taquicardia Sinusal Resposta fisiológica Resposta compensatória ( sepse, ICC,

anemia) FC entre 100-160 Onda P + em D1 e D2 c/ morfologia nl QRS estreito

Page 50: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Tireotoxicose Aumento da resposta cardíaca às

catecolaminas, levando a uma taqui persistente e predispondo o surgimento de arritmias : flutter e fibrilação atrial.

Page 51: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Reentrada Sinusal Taquicardia começa e termina

subitamente ( caráter paroxístico). Muito são assintomáticos.

A presença de sintomas indica terapia: adenosina, BB, ACC. Em casos refratários pode-se usar ablação.

Page 52: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Taqui Sinusal Inapropriada Raro Mulheres jovens c/ Taqui incessante

sem nenhuma causa aparente. Diagnóstico de exclusão: não há

cardiopatia, hormonios tireoidianos nl. Mecanismo controverso: distúrbio em

nodulo sinusal? Hipersensibilidade ao sist. adrenérgico?

TTO: BB ou ACC em altas doses p/ evitar taquicardiomiopatia.

Page 53: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Taquicardia Atrial Unifocal Taquiarritmia originada no miocárdio

atrial (exclui-se o flutter e a fibrilação). Manifestam ondas P de morfologia

diferente da sinusal: P - em AVL e + V1 o foco está no AD. Se P+ AVL e – em V1 o foco está no AE.

Condução atrioventricular: depende da frq atrial e da condução AV. Quando a relação for maior que 1:1 => Taquicardia atrial com bloqueio.

Page 54: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Taquicardia atrial unifocal 1- Freq. Atrial entra 100-250 bpm 2- FC = FA 1:1 ( s/ bloqueio) QRS estreito Tipos: Paroxistica Automática Paroxística Reentrante Incessante

Page 55: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 56: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Taqui Atrial Paroxística Automática Sua forma sustentada ( + 30s ou

sintomática) geralmente vem associada a dça cardiaca estrutural e eventos precipitantes : IAM , hipocalemia, intox digitálica, hipoxemia, PNM, DPOC.

Na intoxicação digitálica é clássico o padrão Taqui Atrial c/ bloqueio.

Digitálicos : “Enhanced ectopy and tachyarrhythmias associated with delayed afterpotentials (depolarizations)”

FC vai aos poucos se aumentando ( warm up)

Page 57: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Automatismo: surgimento de foco ectópico cuja freq de disparos torna-se mais rápida que a freq. Sinusal passando a comandar o ritmo.

TTO: corrigir fatores predisponentes, susp digital, reversão com antiarritmicos do grupo IB, IC e III. Não realizar cardioversão elétrica.

Page 58: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Taquicardia Atrial Multifocal 1- Freq Atrial e cardíaca > 100bpm 2- Presença de pelo menos 3

morfologias diferentes de onda P na mesma derivação.

3- Ritmo Irregular ( pulso semelhante a fibrilação atrial)

Patogênese: Hiperautomatismo do miocárdio atrial. Múltiplos focos automáticos ectópicos, cada um determinando um morfologia de P diferente.

Page 59: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TAM A maioria desses pctes (60%) apresenta uma

pneumopatia crônica, geralmente o DPOC. Sua incidência é proporcional a gravidade da

pneumopatia e da insuficiência respiratória. O tto deve começar pela correção de fatores

que podem contribuir: distúrbio resp, oxigenioterapia, susp de teofilina/aminofilina, distúrbios eletrolíticos. Reposição de Potássio.

Sulfato de Magnésio Verapamil e Metoprolol

Page 60: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TAM

Page 61: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Taqui SV Paroxística Taquicardias de origem não ventricular,

súbito aparecimento e desaparecimento, excluindo-se as taquiarritmias de origem atrial ( taqui atrial, flutter e FA).

TSV por Reentrada Nodal TSV por Via acessória

Page 62: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TSV por Reentrada Nodal Mais comum em mulheres jovens. 1-FC entre 120-220 2-Início e término súbitos 3-QRS estreito 4-RR regular 5-Sem onda P aparente ou com pseudo

S e pseudo R’.

Page 63: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Reentrada Nodal Indíviduo deve ter dupla via nodal c/

propriedades eletrofisiológicas diferentes.

25% das pessoas apresentam dupla via nodal.

Via Alfa Lenta /Período refrat. Curto Via Beta Rápida /Período = Longo Extrassítole Atrial

Page 64: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Reentrada Nodal

Page 65: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Estímulo desce pela via lenta, despolariza nl, e em seguida sobe pela via rápida ( beta) despolarizando os átrios de maneira retrógrada, quase ao mesmo tempo em que os vestrículos foram despolarizados. Isso determina uma onda P negativa no final do QRS: pseudo S em D2 e pseudo R’ em V1

Page 66: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Qd. clínico Palpitações muito intensas referidas no

pescoço ou no peito, dispnéia, tonteira ou até síncope.

Sintomas súbitos. TTO: Bloqueio da via lenta do NAV =>

adenosina, verapamil. Instabilidade: choque sincronizado de 150J Terapia definitiva: ablação com

radiofrequência.

Page 67: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TSVP por reentrada nodal A freq de rotação do circuito determina

a freq da taquicardia.

Page 68: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Reentrada Nodal – Forma atípica Em 10 % dos casos de TSV o circuito é

inverso ou seja o estímulo desce pela via rápida e sobe pela via lenta. Possui um padrão no ECG bem diferente: como o estímulo sobe pela via lenta, a ativação atrial retrógrada inscreve-se como um atraso no traçado, aproximando-se do próximo QRS. Assim termos um padrão idêntico ao da taquicardia atrial com ondas P neg D2, D3 e AVF e + em V1.

Page 69: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Taquicardia por reentrada em via Acessória Existem 2 formas: Ortodrômica e antidrômica. Critérios: Ortodrômica (80%) FC entre 150 – 250 Inicio e término súbitos. Geralmente

antecidido de uma extrassístole atrial ou ventricular.

QRS estreito RR regular P´ retrógrada pode ser detectada um pouco

depois do qrs.

Page 70: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Via Acessória Antidrômica: ECG idêntico ao de uma

TVMS. Segunda via condutora atrio-ventricular

( feixe de kent) no sulco atrioventricular. Essa via é de condução rápida, costuma

ter um período refratário mais longo. Pode apresentar condução retrograda mais eficaz. (ortodrômica) via acessória oculta.

Page 71: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 72: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Extrassistole Atrial => NAV ( via acessória refrataria) => desp. ventriculos => via acessória => despolarização atrial retrógrada. ( P ´após o qrs).

Extrassitole Ventricular => bloq no nó AV e sobe pela via acessória.

Quando a via acessória possui condução anterógrada eficaz e período refratário curto=> Antidrômica.( pré excitação no ritmo sinusal)

Page 73: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Diferenças entre TSVP por Nodal e Via acessória Reentrada Nodal: pseudo-S em D2, D3

e Avf e pseudo R’ em V1.

Via Acessória: Onda P após QRS.

Page 74: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Clínica È muito parecido com qd de taqui por

reentrada nodal, incluindo a preferência pelo sexo feminino( 2:1). Enquanto a palpitação da reentrada nodal é referida no pescoço, a palpitação da via acessória é referida no peito. Pode haver instabilidade hemodinamica com síncope. Após a reversão p/ sinusal, muitos pctes apresentam um padrão clássico de pré-excitação ventricular => Wolff-Parkinson-White.

Page 75: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TTO Ortodrômica: inibição do NAV =>

adenosina e o verapamil. Antidrômica: inibição da via acessória.

procainamida, grupo IA. Instabilidade: Cardioversão Sinc. 150J

Page 76: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

WOLFF-P-W Feixe anômalo – Feixe de Kent Na presença de via acessória, o

estímulo sinusal chega aos ventrículos precocemente atrávés dessa via ( condução rápida) (intervalo PR curto < 120ms). Ativação dos ventrículos se faz pela porção do miocárdio ventricular de forma lenta ( onda delta) Antes de terminar a despolarização, o estímulo do AV ativa o restante das fibras.

Page 77: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Clínica No ECG sinusal apresenta PR curto e

onda delta. E taquicardia paroxística de repetição ( por reentrada em via acessória) geralmente ortodrômica.

Page 78: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

FA + WPW Ocorre associação em 10 a 30 % dos

pctes. Aumenta o rx de morte súbita Devido a existência da via acessória, boa

parte dos estímulos bloqueados pelo NAV podem atingir o ventrículo, aumentando muito a FV.

Quando > 250bpm, o ritmo pode degenerar em FV.

Essa taquicardia pode ser confundida com TV ( observar R_R irregular e ondas delta)

Page 79: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 80: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TTO Contra –indicados : I-NAV Procainamida e Ibutilida Instabilidade? Choque Sinc. 200J È obrigatória (FA + WPW) a ablação

por radiofrequência da via acessória. Enquanto aguarda a ablação deve utilizar propafenona.

Page 81: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Taquicardia Ventricular Potencial de degeneração p/ FV Marcador de cardiopatia grave Foco da arritmia é o próprio miocárdio

ou as fibras His-Purkinje. O mecanismo pode ser reentrada ou hiperautomatismo.

Page 82: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TVMS FC > 100 / 120 QRS> 120ms e aberrante QRS se repete precisamente RR regular. Sustentada: >30s ou Instabilidade

hemodinâmica. DD: 1- TSV c/ aberrância ( bloqueio de ramo

prévio ou taquicárdico dependente 2- TSV via acessória antidrômica 3- Fibrilação Atrial + WPW

Page 83: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TVMS Conceito : Período refratário do RD

costuma ser um pouco maior que o E. Em uma Taqui muito rápida isso pode se manifestar como BRD.

Page 84: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel
Page 85: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TVMS Localização do foco: BRD símile o foco

certamente está no VE. BRE símile o foco pode estra no VD ou no septo interventricular.

Etiologia : Dça coronariana, cardiomiopatia hipertrófica ou dilatada. Mecanismo mais comum: reentrada.

Tempo médio de incidência da TVMS pós infarto é 3 anos. Quando surge nos primeros 3 meses, o prognóstico é mais reservado.

Page 86: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TVMS TV RAMO-A-RAMO: Cardiomiopatia

dilatada, alentecimento da condução em RD e RE que predispões a um mecanismo de reentrada utilizando os ramos de condução. Sobe pelo E e desce pelo D. Padrão de BRE típico.

Displasia Arritmogênica de VD: degeneração predispões focos de TVM. Sempre padrão BRE-símile.

Page 87: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Clínica Repercussão hemodinâmica da TVMS

dependende basicamente da freq da taquicardia e da função ventricular e coronariana prévia.

FC> 170 geralmente se manifesta com síncope, pré-síncope, hipotensão sintomática, angina de peito ou dispnéia por congestão pulmonar.

Pode se degenerar: FV

Page 88: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TTO Terapia aguda: Instabilidade? 100J + antiarrítmico p/

previnir recidiva ( amiodarona, procainamida)

S/ instabilidade? Amiodarona

Page 89: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Terapia Crônica 1- cardiopatia estrutural + instabilidade

hemodinâmica ou Fe<40% => CDI + amiodarona.

2-cardiopatia estrutural s/ instabilidade e c/ FE>40%.=> Amiodarona.

Page 90: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TVPS 1- FC> 200 QRS alargado e aberrante Morfologia de QRS varia

significativamente em cada derivação 2 subtipos: QT NL E QT LONGO.

Page 91: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TVPS QT NL QT NL: quase sempre decorrente de

isquemia aguda grave. Mec: reentrada pelo encurtamento do período refratário dos mióciotos. Pode degenerar p/ FV.

TTO: Desfibrilação elétrica 200J + amiodarona ( previnir recidiva).

CATE

Page 92: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Síndrome do QT longo Bazett:

QT longo > 0,45s “mantem os miocitos despolarizando por

mais tempo” Inibir canal de K ou Deixar abertos os canais de Na ou Ca.

Adquirida: grupo IA, Grupo III, cocaína, hipocalemia, bradiarritmias.

Cong: Surdez + HF

Page 93: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

Torsades des Pointes Pós-Potencias prococes =>

Extrassístole Vent => Atividade deflagrada c/ vários períodos refratários diferentes=> reentrada => muda alternadamente seu eixo.

Diag: Deve-se calcular o QTc no ritmo sinusal!

Morfologia sugestiva, mas n confirma.

Page 94: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TTO Desfibrilação: 200J + Sulfato de Mg. MP provisório p/ manter FC > 90bpm.

( bradicárdico-dependente).

Page 95: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TVNS s/ cardiomiopatia Pelo menos 3 complexos QRS seguidos

no traçado do ECG. Em indivíduos c/ ECO nl, s/

coronariopatia, a ocorrência de TVNS não aumenta risco de morte.

Nos casos sintomáticos: BB

Page 96: Internato Cardiologia Medicina UEL Samuel Dias Batista Priscila Miguel

TVNS com Cardiopatia Estrutual Coronariopatia, Cardiomiopatia dilatada

ou hipertrófica e valvopatia. 60% desses pctes apresentam TVNS no

Holter. FE<35-40% => ECG-AR (procurar

potencial tardio) se + => EEF ( tentar induzir um TVS) => Rx alto de morte súbita.=> CDI.