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Crianças no Internato

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  • 1. Crianas no Internato

2. Introduo
Neste trabalho vamos desenvolver o tema sobre crianas no internato. Com isto iremos falar sobre algumas instituies de solidariedade social.
Este trabalho tem como objectivo abordar o conceito, os objectivos propostos para as crianas, o trabalho que se desenvolve nas instituies e a insero das crianas na sociedade.
3. Quando apareceram os internatos em Portugal e qual o papel do Estado na sua criao?
Nos sculos XVIII, XIX, por todo o pas, com particular incidncia no norte do pas, surgem os internatos. Muitas destas instituies foram criadas por ordens religiosas e por pessoas benemritas com objectivos de moralizar e proteger. O Salazarismo, louvado a cabo com a soluo para os vrios casos sociais, estimulou as doaes a obras religiosas. Embora a Lei de Assistncia Social, que j existia, previsse a colocao familiar e o subsdio s famlias a resposta foi primordialmente a institucionalizao das crianas e jovens.
4. Qual o enquadramento legal dos internatos em Portugal?
O enquadramento legal dos internatos em Portugal deu-se devido produo de uma legislao que no se encontra implementada. Pode dizer-se que houve inteno, mas no a capacidade poltica para fazer agir essa legislao. No norte do pas, onde o peso da igreja catlica maior, destas instituies conseguiram manter-se sem se alterar. Neste 30 anos, os internatos que, na sua maioria dependem da iniciativa privada, ganharam importncia legal pela funo superior do Estado, integrando-se nas IPSS (Instituies Privadas de Solidariedade Social). A quem o Estado disponibiliza apoio financeiro e tcnico.
5. Porque que as crianas vo para o Internato?
Isso acontece quando h situaes de risco, de negligncia, de excluso, de abandono. Onde as crianas so colocadas pela segurana social, pelo tribunal, ou directamente pelas famlias. Sendo Portugal um pas de pobreza extrema e onde as leis surgiram um pouco mais tarde do que no resto da maioria dos pases Europa. E como no existia lugar onde deixar as crianas, nos momentos de emergncia, as instituies religiosas impuseram-se, oferecendo uma resposta.
6. Instituies Particularesde Solidariedade Social
So instituies particulares de solidariedade social, sem fins lucrativos, por iniciativa de particulares, com o propsito de dar expresso organizada ao dever moral de solidariedade e de justia entre os indivduos e desde que no sejam administradas pelo Estado ou por um corpo autrquico, para prosseguir, entre outros, os seguintes objectivos, mediante a concesso de bens e a prestao de servios:
a) Apoio a crianas e jovens;b) Apoio famlia;c) Apoio integrao social e comunitria;d) Proteco dos cidados na velhice e invalidez e em todas as situaes de falta ou diminuio de meios de subsistncia ou de capacidade para o trabalho;e) Promoo e proteco da sade, nomeadamente atravs da prestao de cuidados de medicina preventiva, curativa e de reabilitao;f) Educao e formao profissional dos cidados;g) Resoluo dos problemas habitacionais das populaes.
Alm dos enumerados no nmero anterior, as instituies podem prosseguir de modo secundrio outros fins no lucrativos que com aqueles sejam compatveis.
7. Estas instituies acolhem crianas rfs, abandonadas ou pertencentes a famlias de risco que no podem cuidar delas, proporcionando-lhes um modelo familiar de cuidados a longo prazo e uma formao slida para alcanarem uma vida autnoma e a plena integrao na sociedade.
8. Objectivos
Promover e garantir a educao da criana em situao difcil, recuperando e desenvolvendo os valores pessoais, culturais e morais, tendo em vista a plena integrao na sociedade.
Garantir a realizao pessoal das crianas de hoje, para que se tornem um modelo das geraes futuras.
9. Promover os meios de formao e educao adequados aos diversos nveis etrios.
Proporcionar um meio ambiente estimulante, de respeito individual e de solidariedade, capaz de consciencializar o seu papel construtivo na sociedade e na famlia.
10. Reforar os processos de animao sociocultural de integrao das crianas e jovens no projecto comunitrio e na comunidade envolvente.
Assegurar a admisso de crianas de preferncia grupos com perfil adequado a poder participar e usufruir as condies proporcionadas pelo projecto comunitrio;
11. Favorecer a autonomia do menor com vista adequada desvinculao da instituio.
Minimizar o tempo do internato por perodo no superior aos 2 anos de lar.
Garantir a cada criana e jovem um ambiente pedaggico que possibilite a sua participao no gesto e execuo das actividades da vida diria de modo a facilitar uma adaptao equilibrada ao ambiente social;
12. Procurar garantir s crianas e jovens uma permanecia fora do lar, em ambiente familiar como ambiente familiar alternativo.
Promover o equilbrio social e emocional dos jovens, que se encontram em processo de autonomia.
13. Idades abrangidas
As idades das crianas variam consoante a instituio. H instituies que aceitam crianas a partir quase do momento em que nascem at aos 3 anos. E h ainda outras instituies que apenas aceitam crianas dos 3 anos at aos 18 anos ou vo ainda mais longe e deixam os jovens permanecerem na instituio, at terem uma vida mais ou menos estabilizada para poderem viver em sociedade completamente desvinculados da instituio.
14. 15. As crianas que so acolhidas
Nestas instituies so acolhidas crianas e jovens que provm de situaes difceis como o abandono por parte dos pais, rfos, por motivos de doena de familiares, situaes de fome e misria nos lares de origem. Contudo, a violncia um dos casos mais frequentes no nosso dia-a-dia. O problema da violncia no seio da famlia constitui uma das maiores contradies da famlia moderna. Se a famlia constitui um ambiente favorvel realizao pessoal dos seus membros e igualdade de oportunidades, porque que por outro lado constitui um espao onde acontecem situaes de violncia? A violncia na famlia tanto resulta de determinantes estruturais como de caractersticas especficas da famlia moderna.
Todos estes problemas levam interveno das instituies competentes, como a Comisso de Proteco de Menores, retirando as crianas em risco s famlias a ttulo provisrio, acabando muitas vezes por se tornam numa medida definitiva.
16. 17. O acolhimento das crianas
As 18 normas: rea normativa 1: Processo de tomada de decises e de admisso.
1- A criana e a sua famlia de origem recebem apoio durante o processo de tomada de decises.
2- A criana tem plenos poderes para participar no processo de tomada de decises.
3- Um processo profissional de tomada de decises garante o melhor acolhimento possvel para a criana.
4- Os irmos so acolhidos conjuntamente.
5- A transio para o novo lar rege-se por um plano de acolhimento individualizado.
18. rea normativa 2: Processo de acolhimento.
7- O lugar de acolhimento da criana adequa-se s suas necessidades, sua situao de vida e ao seu meio social de origem.
8- A criana mantm o contacto com a sua famlia de origem.
9- Os cuidadores esto qualificados e beneficiam de condies laborais adequadas.
10- A relao do cuidador com a criana est baseada na compreenso e no respeito.
11- A criana tem plenos direitos para participar activamente no processo de tomada de decises que afectem directamente a sua vida
12- A criana beneficia de um acolhimento em condies de vida adequadas.
13- A criana com necessidadesespeciais recebem o acolhimento adequado.
14- As crianas e/ ou jovem recebe uma preparao contnuapara a sua emancipao.
19. reanormativa 3: Processo de finalizao do acolhimento.
15- O processode finalizao do acolhimento planificado e implementado de forma exaustiva.
16- A comunicao no processo de finalizao do acolhimento levada a cabo de forma til e adequada.
17- A criana e/ ou jovem tem plenos direitos para participar no processo de finalizao do acolhimento.
18- Garante-se o acolhimento, o apoio contnuo e as possibilidades de contacto.
20. Como vivem as crianas acolhidas
As crianas beneficiam de uma educao integral. Estas crianas recebem uma formao escolar, orientao espiritual, caso se trate de uma instituio religiosa e adquirem conhecimentos tericos e prticos que possam ser teis na sua vida futura. Estas crianas podem receber conhecimentos de costura e outros trabalhos manuais, prtica de culinria, de horticultura e pecuria, de acordo com as respectivas idades.
21. Ajudamos a moldar os seus prprios futuros.
Fazemos com que as crianas vivam de acordo com a sua cultura e religio, e a serem membros activos da comunidade. Ajudamos as crianas a reconhecer e expressar as suas habilidades, interesses e talentos individuais.
Garantimos que as crianas recebam a educao e desenvolvam as habilidades de que necessitam para terem sucesso e serem membros contributivos da sociedade.

22. O que ns queremos para as crianas ?

-> crescer com amor:
A famlia o corao da sociedade. Dentro da famlia cada criana protegida e sente-se em casa.As crianas aprendem valores, compartilham responsabilidades e formam relaes para a vida inteira.

-> crescer com respeito:
A voz de cada criana ouvida e levada a srio. As crianas participam na tomada de decises que afectam as suas vidas e so guiadas a tomarem a responsabilidade pelo seu prprio desenvolvimento. A criana cresce com respeito e dignidade, como um membro estimado da sua famlia e sociedade.
23. -> cresce com segurana:
As crianas so protegidas da negligencia e explorao, da misria, de maus-tratos, de dramas familiares, de abusos sexuais, so mantidas em segurana onde tm alimentao, abrigo, cuidados de sade e ensino.

-> a me:
Cria uma relao afectiva com cada criana que lhe confiada, providenciando-lhes a segurana, o amor, a ternura e a estabilidade de que necessitam como um profissional de cuidados infantis, ela vive juntamente com as crianas, guia-as no seu desenvolvimento e gere o seu lar com independncia.
24. -> irms e irmos:
Rapazes e raparigas de diferentes idades vivem juntos como se fossem da mesma famlia. Os irmos e irms biolgicos nunca so separados.

-> a casa:
O lar familiar com a sua prpria rotina e ritmo, onde as crianas esto em segurana e sentem que pertencem a uma verdadeira famlia. As casas foram concebidas e equipadas, de modo a facilitar a educao das crianas.

25. 26. Actividades

  • Projecto dana/msica criao de um espectculo para apresentao pblica que insere a aprendizagem de danas de vrios estilos bem como a aprendizagem de msica canto e instrumental.

27. Actividade de artesanato e actividades manuais. 28. Temas de formao pessoal e social. 29. Realizao de jogos psicolgicos/temticos 30. Visitas de estudo e passeios 31. Permanncia em colnias de frias 32. Integrao de jovens como voluntrios no mercado de trabalho e instituies.