intercambialidade de medicamentos com base na …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... ·...

40
FACULDADE DO NOROESTE DE MATO GROSSO - AJES ESPECIALIZAÇÃO EM FARMACOLOGIA E FARMÁCIA CLÍNICA INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA LITERATURA KATYA MARA SANTANA [email protected] ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO SINOP/2018

Upload: others

Post on 31-Dec-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

FACULDADE DO NOROESTE DE MATO GROSSO - AJES

ESPECIALIZAÇÃO EM FARMACOLOGIA E FARMÁCIA CLÍNICA

INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA LITERATURA

KATYA MARA SANTANA

[email protected]

ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO

SINOP/2018

Page 2: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

FACULDADE DO NOROESTE DE MATO GROSSO - AJES

ESPECIALIZAÇÃO EM FARMACOLOGIA E FARMÁCIA CLÍNICA

INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA LITERATURA

KATYA MARA SANTANA

ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do Título de Especialização em Farmacologia e Farmácia Clínica.”

SINOP/2018

Page 3: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

Dedico este trabalho

A Deus, minha família e

amigos.

Page 4: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

AGRADECIMENTOS

A Deus por renovar minhas forças a cada amanhecer, que mesmo perante a

tantos obstáculos, me manteve de pé e com a cabeça erguida, me abençoando e

impulsionando a continuar.

Aos meus pais, José Santana e Teresa dos Santos Santana, por ter me

dado base para trilhar os caminhos da vida e atingir meus objetivos.

Ao meu irmão Wanderson Cristian Santana por todo apoio.

Ao meu namorado Osmanio Jackson Rohling por todo apoio prestado

durante a elaboração desde trabalho.

Aos professores que ao longo desses anos, compartilharam sua sabedoria e

contribuíram com minha formação, desde os primeiros anos escolares até a pós-

graduação, pois o ser humano necessita de base para compreender as

complexidades da vida acadêmica, profissional e social.

A todos aqui mencionados, os meus sinceros agradecimentos, sem vocês

meu sonho não seria realizado.

Page 5: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

““Quando surgirem os obstáculos, mude a

sua direção para alcançar a sua meta, mas

não a decisão de chegar lá.”

Desconhecido

José de Alencar

Page 6: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

RESUMO

Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

sendo eles: referência, genérico e similar. O medicamento de referência por gastar

com pesquisas e ensaios clínicos para se lançarem ao mercado possuem um preço

mais elevado, já os genéricos e similares por serem transcrições dos inovadores,

são mais acessíveis. Segundo dados oficiais, os medicamentos genéricos

conquistam cada dia mais o mercado farmacêutico brasileiro, por possibilitarem o

acesso aos medicamentos com preço acessível, qualidade e por serem

intercambiáveis. Espera-se que o mesmo ocorra com os similares, que a partir do

ano de 2014, passaram a ser intercambiáveis com os de referência, desde que

comprovem por meio de testes que possuem igual qualidade e segurança. Assim, o

escopo desta pesquisa foi estudar a intercambialidade, através de revisão teórica na

literatura específica em mídias impressas e virtuais (livros, revistas, artigos, sites e

publicações de instituições federais). A presente pesquisa revelou que com a

implantação da política de medicamentos genéricos, percebeu-se que a

concorrência fez com que o preço e qualidade dos medicamentos fornecidos à

população melhorassem. Estas ações são fundamentais para melhorar o acesso aos

medicamentos e valorizar o profissional farmacêutico, que é o profissional habilitado

para realizar o intercâmbio. No que aponta os dados estatísticos a intercambialidade

é benéfica e de extrema importância, ainda mais em países em desenvolvimento,

como o Brasil, onde o preço do medicamento está diretamente ligado a adesão ao

tratamento. Observa-se ao longo da pesquisa que a população optam pelo

genérico por serem mais baratos, apresentando também grande confiança nesta

classe de medicamentos. Os similares foram mais utilizados quando, o paciente

buscava um medicamento que não havia a necessidade de prescrição médica, pois

ainda não eram intercambiáveis. Não foram encontradas pesquisas que mostraram

importância dos similares, seu nível de aceitação e conhecimento, uma vez esta é

uma RDC recente. Desta forma, sugere-se e espera-se que novas pesquisas sejam

feitas em relação à essa classe, visto sua importância para facilitar o acesso aos

medicamentos.

Palavras-chave: Medicamentos. Similares. Genéricos. Intercambiabilidade.

Page 7: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

ABSTRACT

Now in the pharmaceutical market there are three types of drugs, namely:

reference, generic and similar. The reference drug for spending on research and

clinical trials to launch to the market have a higher price, since generic and similar for

being transcription of the innovators, are more accessible. According to official data,

generic drugs conquers every day more the Brazilian pharmaceutical market, for they

make possible access to drugs with accessible prices and quality and are

interchangeable. It is expected that the same occurs with similar, that from the year

2014, have become interchangeable with the reference, having to prove by means of

tests that are of equal quality and safety. Thus, the scope of this research was to

detect the relationship interchangeability / population through theoretical review in the

literature in printed and virtual media (books, magazines, articles, websites and

publications federal institutions). This research revealed that with the implementation

of generic drug policy, it was noted that competition made the price and quality of

drugs supplied the population would improve. These actions are fundamental to

improving access to drugs and enhance the pharmacist, who is a qualified

professional to perform the exchange. In pointing statistical data interchangeability is

beneficial and very important, especially in developing countries like Brazil, where the

price of the drug is directly connected to adherence to treatment. It is observed

during the research that the population trusts the pharmacist to make

interchangeability and opt for generic because they are less expensive, with also

high confidence in this drug class. When dealing with disseminating of the drugs the

pharmacist gained prominence, followed by the media, which represent the ways that

people got greater access to disclosure of medicines. Similar were the most used

when the patient sought a drug that there was no need for a prescription because

they were not interchangeable. There were no studies that demonstrated the

importance of similar, their level of acceptance and knowledge, since this is a recent

DRC. Thus, it is suggested and it is expected that further research be done in relation

to this class, as its importance to facilitate access to drugs.

Key-words: Drugs. Similar. Generic. Interchangeability.

Page 8: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 08 1. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 12 1.1 MEDICAMENTOS DE REFERÊNCIA .................................................................. 13 1.2 MEDICAMENTO GENÈRICO .............................................................................. 15 1.3 MEDICAMENTO SIMILARES .............................................................................. 16 2. INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS .................................................... 19 2.1 MUDANÇA NA INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS ........................... 22 3. MEDICAMENTOS GENÉRICOS, SIMILARES E O MERCADO .......................... 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 29 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 31

Page 9: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

INTRODUÇÃO

A saúde é um direito do cidadão e dever do Estado. Para garantir o cumprimento do

direito à saúde o país deve adotar políticas econômicas e sociais que visem à

redução do risco a doenças e outros agravos e ao acesso a serviços de proteção,

promoção e recuperação da saúde. (BRANT, 2004).

O acesso aos medicamentos é parte fundamental de toda política farmacêutica e,

por extensão, um dos pilares fundamentais das políticas de saúde pública. (OMS,

2006). Sendo dever do Estado garantir o acesso a medicamentos com eficácia,

segurança e qualidade comprovadas, dado através da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária – ANVISA. (VIEIRA, REDIGUIERI, REDIGIERI, 2013). O acesso

aos medicamentos essenciais, é uma questão inserida na atenção e nos cuidados

de saúde e sua perda ou sua falta é uma agressão aos direitos humanos.

(CARRARO; CASTRO, 2014).

Um aspecto fundamental para garantir o acesso aos medicamentos é a

acessibilidade ecômica, onde o custo não suponha uma proporção excessiva da

renda de forma que impeça sua compra ou obrigue o usuário a renunciar a outros

bens básicos para poder adquirir os medicamentos de que precisa. O custo do é de

extrema importancia também para o governo, uma vez que pode questionar a

sustentabilidade financeira do sistema. (OMS, 2006).

O custo dos medicamentos está diretamente ligado a sua classificação no

mercado farmacêutico. No Brasil, de acordo com a Lei 9787/99 os medicamentos

industrializados são classificados em medicamentos de referência, genérico e

similar.

Medicamento de referência ou inovador é aquele lançado primeiro no

mercado, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente

junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. Por ser um medicamento

inovador seu custo é elevado, uma vez que o laboratorio necessita recuperar os

gastos com seu desenvolvimento e investimendo em marketing para impulsionar sua

comercialização. Os medicamentos inovadores possuem patentes e é durante esse

periodo que o laboratório extrai o lucro que cobre os gastos durante o

desenvolvimento. (FIUZA e LISBOA, 2001).

Já os genéricos e similares por serem uma trasncrição (cópia) dos

Page 10: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

inovadores, possuem preços mais acessíveis. (BERMUDEZ, 2006). Em virtude da

diferença de preço dos medicamentos surge a necessidade da regulação do

mercado farmacêutico. (REGO, 2000).

Condições da concorrência (estrutura do mercado) e as exigências políticas

e sociais determinam quais variáveis serão administradas pela agência reguladora,

bem como a forma e a intensidade da intervenção. No entanto, ao mesmo tempo em

que a Constituição validou a livre iniciativa como base da ordem econômica, negou o

liberalismo econômico absoluto, protegendo a sociedade do abuso do poder

econômico, através de leis específicas, regulando o mercado. (ANVISA, 2016).

Do ponto de vista econômico as regras da regulação pública se aplicam

sobre as entradas e saídas de empresas no mercado, qualidade e preços dos

produtos e serviços, mas apenas os mercados de bens ou serviços essenciais para

a população que apresentem relevantes imperfeições são passíveis de regulação

pública, ou seja aqueles nos quais um desempenho insatisfatório em termos de

preço, qualidade, variedade e quantidade dos serviços/produtos ofertados é social e

politicamente inaceitável. (ANVISA, 2016).

A criação dos medicamentos genéricos veio para regular o mercado

farmacêutico, melhorando a qualidade dos medicamentos, incentivando a

concorrência e aumentando a variedade de oferta ao mercado, fazendo assim com

que o preço dos medicamentos diminuíssem. Facilitando o acesso de

medicamentos a população. (FERNANDES; COUTINHO; VALLE, 2011).

A publicação da RDC 58/2014, que diz respeito a intercambialidade de

medicamentos similares, também é uma forma de regulação do mercado

farmacêutico, trazendo o medicamento similar como mais um concorrente ao

medicamento de referência. (BRASIL, 2014).

Um dos objetivos da regulação do mercado farmacêutico é garantir

medicamentos acessíveis e seguros para a população, promovendo assim a saúde

pública. O preço não é o único fator a ser considerado no acesso ao medicamento,

mas é notório que se trata de uma questão essencial. (REIS e BERMUDEZ, 2004).

Visto a importância do preço dos medicamentos para a saúde pública, a

Legislação Brasileira proporciona formas para facilitar o acesso destes produtos. Um

destes facilitadores é a intercambialidade entre os medicamentos. (RUMEL;

09

Page 11: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

NISHIOKA e SANTOS 2006).

A intercambialidade é a escolha de um medicamento, entre dois ou mais

para os mesmos fins terapêuticos ou profiláticos (NISHOK, 2006). Para que a

intercambialidade seja possivel, são exegidas Boas Práticas de Fabricação,

Equivalência Farmacêutica e Bioequivalência, tanto para os medicamentos similares

quanto para os genéricos, após a publicação da RDC 58/2014. (BEDOR, 2014).

Desta forma, o presente trabalho objetivou detectar a importância da

intercambialidade de medicamentos, através de revisão teórica na literatura

específica em mídias impressas e virtuais (livros, revistas, artigos, sites e

publicações de instituições federais). Trazendo o conceito de intercambialidade, as

vantagens da mesma, destacando ainda as mudanças ocorridas com a publicação

da RDC 58/2014. Incentivando assim esta prática, promovendo a saúde pública.

ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho traz nos capitulos 1 e 2 a definição dos medicamentos

industrializados e de intercambielaide entre medicamentos, para que o consumidor

possa entender a diferença entre as classses de medicamentos existentes no país e

compreender sobre o que se trata a intercambielidade de medicamentos e sua

importância para garantir acessso aos medicamentos. No tópico 3 relataremos as

mudanças ocorridas na intercambialidade após a publicação da RDC 58/2014,

servindo de base não apenas para os consumidores, mas também para os

farmacêuticos se atualizarem e serem uma ferramentta para garantir acesso aos

medicamentos. Trazendo ainda no capítulo 3 a atuação dos medicamentos

genéricos e similares no mercado brasileiro, mostrando o crescimento de venda dos

mesmos e assim a confiança que a população possui nessas classes de

medicamentos e o quanto revam em consideração o custo/beneficio na hora de

adrirem ao tratamento farmacológico.

METODOLOGIA

Para desenvolvimento do presente trabalho, realizou-se um levantamento de

artigos através de sites de pesquisa como BIREME, SCIELO e GOOGLE

ACADÊMICO, utilizando os seguintes unitermos: medicamento genérico, referência,

10

Page 12: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

eficácia terapêutica, intercambialidade, biodisponibilidade, bioequivalência,

equivalência terapêutica, equivalência farmacêutica e deu-se preferência aos

trabalhos publicados no período de 2000 a 2018. Além da consulta em bibliografias

e leis nacionais.

11

Page 13: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

1- CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDUSTRIALIZADOS

Qualquer produto, independentemente da natureza (vegetal, animal, mineral

ou sintética) que possuir alegações terapêuticas, deve ser considerado medicamento

e precisa de registro para ser fabricado e comercializado. (BRASIL, 1973).

De acordo com a RDC Nº 17 de 16 de Abril de 2010, medicamento é um

produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática,

curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Que devem seguir determinações

legais de segurança, eficácia e qualidade. Para garantir tais parâmetros, os

medicamentos seguem normas rígidas, desde seu desenvolvimento, até a sua

comercialização (ANVISA, 2010). Garantidas através da Política Nacional de

Medicamentos (PNM). A qual se tornou um instrumento regulador de todas as ações

no campo dos medicamentos no país. (BRASIL, 1998).

Com a implantação da Política Nacional de Medicamentos houve a criação,

em 1999, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece as

regras a serem seguidas para que os medicamentos possam ser comercializados no

país. (BRASIL, 1998). Sua competência abrange tanto a regulação sanitária quanto

a regulação econômica do mercado. (ANVISA, 2016).

Em 2003 a ANVISA redefiniu os critérios para o registro e renovação de

medicamentos no Brasil. As mudanças se basearam nos seguintes pontos:

reconhecimento de três categorias de medicamentos (fitoterápicos, homeopáticos e

substâncias quimicamente definidas); verificação da qualidade quanto a

reprodutibilidade (igualdade entre os lotes) comprovados por testes laboratoriais e

clínicos; controle da matéria- prima; redefinição da categoria para venda de

medicamentos (controlados, com prescrição médicas e isentos de prescrição

médica); exigência das boas práticas de fabricação; participação nas estratégias que

garantam o acesso aos medicamentos; informatização e desburocratização do

registro e pós registro de medicamentos; monitoração da qualidade dos

medicamentos comercializados; reforço na fiscalização quanto a utilização de nomes

comerciais que possam induzir erros de prescrição e automedicação. (ANVISA,

2004).

Segundo o Art. 2º da Lei 6.360 / 1976, os medicamentos, as drogas, os

Page 14: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

insumos farmacêuticos e correlatos, somente poderão ser industrializados, expostos

à venda ou entregues ao consumo, após serem registrados no Ministério da Saúde.

Para que o registro ocorra, é necessário apresentar o certificado de Boas

Práticas de Fabricação e testes científicos que comprovem sua qualidade,

segurança e eficácia, juntamente com a petição de registro. (BRASIL, 2009).

Ficando, portanto, o detentor do registro, bem como os demais agentes

envolvidos desde a produção até o uso do produto, ou descarte deste quando

couber, responsáveis pela manutenção da qualidade, segurança e eficácia dos

mesmos, até o consumidor final. (BRASIL, 2012).

De acordo, com a Lei 9787/99 os medicamentos industrializados são

classificados em medicamentos de referência, genérico e similar.

1.1-MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA

Conforme o inciso XXII, artigo 3º, da Lei n. 6.360, de 1976, medicamento de

referência é o produto inovador, sendo o primeiro a ser registrado no órgão federal

responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia,

segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal

competente, por ocasião do registro.

Geralmente são medicamentos com novos princípios ativos ou que são

novidades no tratamento de doenças. Para que possam ser comercializados, os

medicamentos inovadores, passam por rígidos testes. Inicialmente os testes são

realizados em animais e em laboratórios (fase pré-clínica), para que só depois de

estabelecida a segurança do fármaco e obtidas evidências de que o mesmo é eficaz,

sejam iniciados os estudos em humanos (pesquisa clínica), inteiramente

acompanhada pela Anvisa. (ANVISA, 2016).

Mesmo após serem comercializados, tais medicamentos ficam sob

vigilância, para que possam ser analisados os efeitos indesejados e avaliado sua

segurança. Essa fiscalização é dada através da farmacovigilância.

(FARMACOVIGILÂNCIA, 2016).

Qualquer modificação no produto ou no seu processo produtivo pós registro

13

Page 15: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

deve ser submetido à análise pela Anvisa. (BRASIL, 1973).

De acordo com a ANVISA (2005), a avaliação de um dossiê de registro

costuma ser dividida em três partes: análise farmacotécnica, análise de eficácia, e

análise de segurança.

A análise farmacotécnica está dividida em duas etapas, a primeira delas

consistindo em se conferir se toda a documentação exigida para o registro consta no

processo. A segunda etapa é a análise propriamente dita do dossiê de registro, que

analisa uma parte documental emitidos pela Anvisa e a parte do relatório técnico que

deve conter referentes aos estudos clínicos e a parte farmacotécnica, sendo

avaliadas a estrutura, estabilidade, farmacodinâmica, farmacocinética, toda a

produção do medicamento e controle de qualidade do produto. (ANVISA, 2005).

A análise de eficácia e segurança anteriormente era feita por câmaras

técnicas, constituídas por um número variável de especialistas. Com o objetivo de

obter mais clareza e imparcialidade nas avaliações, passaram a ser encaminhadas

quase a consultores de forma direta ou por meio de associações médicas, as quais

selecionam entre seus afiliados profissionais que possuam conhecimento e

experiência no assunto e que não tenham conflitos de interesse para emitir

pareceres sobre os produtos. Após a comprovação de todos os testes o

medicamento é lançado no mercado com seu nome comercial (marca) e ficando o

laboratório responsável, detentor da sua patente. (ANVISA, 2005).

As patentes existem desde a década de 40. Que permite a empresa

inovadora extrair lucro da sociedade de forma a recompensar o investimento

realizado no produto comercializado e também em várias outras moléculas que não

tiveram sucesso terapêutico para a sua comercialização. (LOPES, 2009).

Patente se trata de um título de propriedade concedida pelo Estado, onde é

assegurado ao titular, temporariamente, exclusividade para a exploração de uma

determinada invenção. Em troca, após expirar a patente todo conhecimento

envolvido em seu processo produtivo deve ser revelado à comunidade. (CHAVES e

OLIVEIRA, 2017).

A introdução das patentes se mostrou benéfica para a sociedade, pois

incentivou e incentiva até os dias atuais, a indústria a investir em pesquisas e

desenvolvimento, possibilitando assim a descoberta de inúmeras moléculas que

14

Page 16: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

aumentaram a qualidade de vida e longevidade da população mundial.

Apresentando como desvantagem o fato de proporcionar aos medicamentos

inovadores vantagens competitivas bastante relevantes em relação aos genéricos e

similares. (LOPES, 2009).

Para equilibrar a sociedade, ao cair a patente dos medicamentos

inovadores, são criados e comercializados seu genérico e/ou similar. Com o objetivo

de colocar o medicamento a disposição da sociedade. (ZANNI, 1999).

1.2 MEDICAMENTOS GENÉRICOS

Os medicamentos genéricos foram criados em 1960 pelo governo Norte-

americano, com o objetivo de proporcionar uma alternativa legal para reduzir os

custos com tratamentos de saúde e ampliar o acesso da população aos

medicamentos, mas somente em 1984 o governo dos Estados Unidos criou as

normas para o registro desses medicamentos, que mais tarde seriam adotadas

mundialmente. (PROGENERICOS, 2001).

Na década de 70, deu-se o início ao processo de discussão sobre os

medicamentos genéricos no país, culminando com a publicação do Decreto 793,

revogado pelo Decreto 3.181, de 23/09/1999, que regulamentou a Lei 9.787, de

10/02/1999. (ANVISA, 2009). Tal lei permitiu que esses medicamentos fossem

instituídos legalmente no Brasil (ZANNI, 2008). A política de medicamentos

genéricos foi implantada no Brasil com o objetivo de estimular a concorrência

comercial, melhorar a qualidade dos medicamentos ofertados a população e facilitar

o acesso ao tratamento medicamentoso. (ARAUJO et al, 2010).

Os genéricos são cópias dos medicamentos de referência, usando os

resultados dos ensaios clínicos de eficácia e segurança do produto original, por meio

da comprovação de equivalência farmacêutica (in vitro) e bioequivalência (in vivo)

(RUMEL, 2006). Ou ainda, medicamento similar a um produto de referência ou

inovador, que se pretende com esse ser intercambiável, geralmente produzido após

a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de

exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela

Denominação Comum Brasileira ou, na sua ausência, pela Denominação Comum

Internacional. (BRASIL, 2003).

15

Page 17: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

O genérico é o medicamento cujo laboratório faz o teste de bioequivalência,

atestando que sua formula e dosagem são idênticas ao de referência, por isso pode

ser intercambiável com o mesmo. (SILVA, 2010).

Como pode ser intercambiável com o medicamento de referência desde sua

criação, o medicamento genérico possui certas exigências para ser registrado ou

renovar seu registro junto à Anvisa, como comprovação da equivalência e

bioequivalência terapêutica. (BRASIL, 1999).

Segundo (RUMEL; NISHIOKA e SANTOS 2006), a equivalência pode ser

alcançada de quatro formas sendo elas: ensaio clínico que comprove a eficácia e a

segurança entre droga teste e droga referência; ensaio clínico que comprove a

mesma mensuração de uma propriedade farmacodinâmica das drogas; teste de

biodisponibilidade relativa, no qual são comparadas as curvas farmacocinéticas da

droga teste e droga de referência (comprovação de bioequivalência); testes in vitro

que comprovem equivalência farmacêutica, demonstrando as mesmas

especificações farmacotécnicas dos produtos teste e referência.

Os ensaios para a comprovação da equivalência farmacêutica devem ser

realizados, simultaneamente no medicamento a ser registrado e o de referência.

(BRASIL, 1999). Após cumprir as exigências o medicamento pode ser

comercializado e poderá ser realizada a intercambialidade com o de referência.

A Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, que altera a Lei nº 6.360 de 23

de setembro de 1976, diz que os genéricos devem ser lançados no mercado com a

Denominação Comum Brasileira (DCB) do fármaco ou princípio farmacologicamente

ativo aprovado pelo órgão federal responsável pela vigilância sanitária, não podendo

conter nome comercial ou marca.

Os medicamentos genéricos podem ser identificados pela tarja amarela na

qual contém em destaque a letra "G". Além disso, deve conter em sua embalagem a

frase “Medicamento Genérico Lei nº 9.787/99”. Como os genéricos não possuem

marca, o que se lê na embalagem é o princípio ativo do medicamento. (ANVISA,

2009).

1.3-MEDICAMENTOS SIMILARES

Os medicamentos similares são definidos como aqueles que possuem o

16

Page 18: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

mesmo fármaco, a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração,

posologia e indicação terapêutica de um medicamento de referência, registrado na

ANVISA, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma

do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo.

Devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. (BRASIL, 2007).

Os medicamentos similares foram instituídos pela publicação da Lei nº

6360/76, época em que não foram estabelecidos critérios técnicos rígidos para seu

desenvolvimento e registro, devido a necessidade de disponibilizar medicamentos de

baixo custo para a população. (GUIMARÃES et al, 2003).

Os similares surgiram com maior intensidade no país a partir de 1971

quando o governo decidiu não reconhecer patentes de medicamentos. Época em

que a legislação vigente não previa o controle de bioequivalência, os laboratórios

puderam produzir medicamentos patenteados em outros países. Em 1976, a

Vigilância Sanitária passou a exigir a emissão do certificado de similares. Para a

obtenção de tais certificados, os laboratórios tinham que comprovar se tratar de um

medicamento com o mesmo princípio ativo que o de referência. (NISHIJIMA, 2008).

Até o dia 23 de janeiro do ano de 2000, os medicamentos similares podiam

ser comercializados somente com o nome do princípio ativo. Devido à esta medida

gerar confusão com o medicamento genérico, após essa data ficou obrigatório aos

fabricantes dos similares adotarem marca comercial ou agregar à denominação do

princípio ativo ao nome do laboratório fabricante. (ANVISA, 2000).

Assim como o medicamento genérico o similar era uma cópia da referência.

O que diferia um do outro era que, o similar, não necessitava passar por testes que

comprovassem igual efeito no mesmo espaço de tempo do que o medicamento de

referência, portanto, não poderia ser considerado uma cópia fiel do mesmo, sendo

assim não era um produto intercambiável. (ANVISA, 2009).

Por haver preocupação, se os medicamentos genéricos e similares

realmente apresentavam a mesma eficácia terapêutica que os de referência, a

ANVISA, após consulta pública, publicou a RDC 133/2003, que alterou a forma de

registro de medicamentos similares no país, passando a exigir testes de

biodisponibilidade relativa e equivalência farmacêutica, sendo que, para os

medicamentos que não necessitam de prescrição médica, passou a ser exigido

17

Page 19: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

apenas testes de biodisponibilidade relativa. (RUMEL; NISHIOKA e SANTOS, 2006).

Esses testes possuem o objetivo de verificar se os similares possuem o

mesmo comportamento no organismo (in vivo) e mesmas características de

qualidade (in vitro) do medicamento de referência. (ANVISA, 2009).

Em 2007, foi publicada a Resolução RDC 17/2007 com todos os pré-

requisitos necessários para o registro dos medicamentos similares. Com a

publicação desta norma, houve evolução da legislação relacionada a esta classe de

medicamentos, pois passaram a ser obrigatório o teste de bioequivalência, sendo

assim os similares passaram a ter que apresentar as mesmas provas necessárias

para o registro que os genéricos. Mesmo com tal evolução os similares ainda não

eram considerados intercambiáveis com os medicamentos de referência. (BRASIL,

2014).

Somente após a publicação da RDC 58/ 2014 é que os similares passaram a

ser intercambiáveis, desde que comprovem sua biodisponibilidade e assim esteja

contido na lista de similares intercambiáveis disponibilizada no site da ANVISA.

Podendo ser chamado de medicamento equivalente. (BRASIL, 2014).

A partir do ano de 2015, o farmacêutico pode oferecer o medicamento

similar como mais uma alternativa ao consumidor, que poderá escolher o

medicamento com melhor custo benefício. Se o médico prescrever o nome comercial

do medicamento de referência, o farmacêutico poderá oferecer o genérico, o similar

e o referência, ficando a critério do paciente optar por qual medicamento comprar

(CFF, 2014).

18

Page 20: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

2. INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS

Com a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da

implantação da política dos medicamentos genéricos, foram estabelecidos

importantes regulamentos sanitários, tanto para os genéricos quanto para os

similares. Isto ocorreu devido a necessidade de regulação do mercado farmacêutico

brasileiro, melhorando a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos, tanto

daqueles que já se encontravam no mercado quanto dos que viessem a ser

registrados na Anvisa. (CRF, 2014).

Com a regulação do mercado farmacêutico e a exigência de medidas que

comprovem segurança e qualidade dos medicamentos, há a possibilidade de se

realizar a intercambialidade. Que é definida como a escolha de um medicamento

entre dois ou mais para os mesmos fins terapêuticos ou profiláticos. Sendo de

fundamental importância para facilitar o acesso aos mesmos. (RUMEL; NISHIOKA e

SANTOS 2006).

A intercambialidade é assegurada por testes científicos in vitro e in vivo.

(ANVISA 2009). Esses testes estão baseados no conceito de que o medicamento

intercambeável possui a mesma qualidade e segurança que o de referência, sendo

garantido pela comprovação da equivalência e bioequivalência farmacêutica, das

boas práticas de fabricação e controle de qualidade. (STORPIRTIS et al, 2004).

Os testes de equivalência farmacêutica e biodisponibilidade

relativa/bioequivalência devem ser realizados comparando o genérico a ser

registrado ao seu medicamento de referência correspondente (BRASIL, 2003), onde

são comparados os parâmetros farmacocinéticos ou farmacodinâmicos entre o

medicamento teste e o medicamento de referência ou comparador. (CFF, 2014).

Na elaboração do medicamento de referência o fabricante determinou sua

biodisponibilidade, durante o desenvolvimento do produto. Sua eficácia e segurança

foram comprovadas por meio de ensaios clínicos, antes da obtenção do registro para

comercialização. Já os fabricantes do medicamento genérico, deve investir no

desenvolvimento farmacotécnico de um produto que cumpra com as mesmas

especificações in vitro que o medicamento de referência. Devido os fornecedores de

matérias-primas e equipamentos, não serem os mesmos, para os dois fabricantes,

Page 21: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

aceita-se que a formulação e o processo de fabricação não sejam idênticos para os

dois medicamentos, desde que essas diferenças não comprometam a

bioequivalência entre os produtos. As diferenças no processo de fabricação e

principalmente da matéria-prima é o que determina se o produto é intercambiável ou

não, por isso a necessidade dos testes de bioequivalência. (STORPIRTIS et al,

2004).

São considerados bioequivalentes farmacêuticos os medicamentos que ao

serem administrados na mesma dose molar, nas mesmas condições experimentais,

não apresentam diferenças estatisticamente significativas em relação à

biodisponibilidade. (ANVISA, 2001).

Atualmente há dois conceitos para biodisponibilidade, um se restringe à

circulação sanguínea e o outro inclui a distribuição e local de ação da droga. Sendo

que no primeiro caso trata-se da quantidade de droga que chega a circulação na sua

forma inalterada, após sua administração, ou seja, a quantidade de droga disponível

para ser utilizada pelo organismo. No segundo caso é definida como

biodisponibilidade absoluta, que é a velocidade e extensão com que a molécula

química da droga penetra no corpo ou é liberada em locais pré-absortivos, para

depois atingir a circulação sistêmica. (SILVA, 2010). Podendo ainda ser definida

como a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de

dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua

excreção na urina. (BRASIL, 2001).

A biodisponibilidade é um dos principais fatores para a ação farmacológica

do medicamento. A diferença de absorção, leva a diferença de biodisponibilidade, o

que pode deixar o paciente super ou submedicado. O resultado se reflete na

insuficiêcia terapêutica ou no aparecimento de efeitos adversos graves,

principalmente quando se usam drogas de baixo índice terapêutico e aquelas que

possuem correlação entre intensidade de ação e concentração plasmática. (SILVA,

2010).

As empresas interessadas na execução dos testes deverão providenciar seu

cadastramento na ANVISA e cumprir os requisitos legais pertinentes à sua atividade.

Alguns medicamentos são isentos do estudo de bioequivalência ou em alguns casos

podem substituir esse estudo por teste de equivalência farmacêutica, onde as regras

20

Page 22: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

encontram-se disponíveis no Guia Para Isenção e Substituição de Estudos de

Bioequivalência. (BRASIL, 2003).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária exige que todos os

medicamentos de uso oral e venda sob prescrição médica, comprovem sua

equivalência terapêutica, por meio de demonstração de bioequivalência por testes in

vivo de biodisponibilidade relativa. Já os medicamentos de uso oral e não oral de

venda sem prescrição médica, devem comprovar sua equivalência terapêutica

através de testes in vitro de equivalência farmacêutica. (RUMEL; NISHIOKA e

SANTOS 2006).

Para fins de registro e pós-registro de medicamentos os testes devem ser

realizados em centros de pesquisa certificados pela Agência Nacional de Vigilância

Sanitária. (ANVISA, 2014).

O estudo de bioequivalência deve ser realizado, obrigatoriamente, com o

mesmo lote de medicamentos, utilizado no estudo de equivalência farmacêutica.

(BRASIL, 2003).

Dois produtos são bioequivalentes se suas biodisponiblidades (velocidade e

extensão da absorção) são semelhantes, após administração na mesma dosagem.

(ANVISA, 2006).

A aprovação de um medicamento por meio de teste de bioequivalência só

comprova a intercambialidade do medicamento que passou pelo teste com o de

referência. A realização do mesmo teste entre dois genéricos não é o suficiente para

garantir que o mesmo é bioequivalente ao de marca. (RUMEL; NISHIOKA e

SANTOS 2006).

Ao serem registrados na Anvisa e comprovarem que passaram por tais

testes, os medicamentos estudados são considerados equivalentes terapêuticos aos

de referência. Isso significa que eles compartilham a mesma eficácia clínica e o

mesmo potencial para gerar efeitos adversos. (STORPIRTIS et al, 2004). Sendo

assim tais produtos são considerados intercambiáveis, podendo o farmacêutico

oferecê-los como alternativa ao paciente, a não ser que o prescritor requisite de

forma clara a não substituição do medicamento prescrito. (RUMEL; NISHIOKA e

SANTOS 2006).

A Resolução 391 de agosto de 1999, atual RDC 60 de outubro de 2014,

211

Page 23: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

detrminou os critérios para a prescrição e dispesação dos medicamentos genéricos.

A prescrição na rede publica deve utilizar a denominação comum brasileira (DCB),

na sua falta deve ser utilizada a denominação comum internacional (DCI). Nos

serviços privados o profissional tem livre escolha entre DCB, DCI ou nome

comercial. Podendo ainda manisfestar sua decisão pela não intercambialidade em

seu receituario a próprio punho (BRASIl, 1999).

A intercambialidade de medicamentos pode ser realizada somente pelo

profissional farmacêutico. No caso em que a prescrição contenha a denominação

genérica, poderá haver a dispensação do medicamento de referência ou seu

genérico (BRASIL,2007).

Em 2003 foram estabelecidas as regulamentaçaões tecnicas paar o registro

dos medicamentos similares. Então passaram a ser exigidos os testes de

equivalência e bioequivalência, garantimdo assim sua qualidade, segurança e

eficácia. Mesmo com tais testes estes medicaments não eram considerados

intercambeáveis (BRASIL,2003).

Partindo da teoria de que, os similares tem a mesma bioequivalência que o

se referência, assim como os genéricos, a ANVISA publicou a RDC 58 de 2014,

criando mudanças na intercambialidade dos medicamentos, no Brasil (BRASIL,

2014).

2.1 MUDANÇAS NA INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS APÓS A

PUBLICAÇÂO DA RDC 58 DE 2014

A partir do dia 1º de janeiro de 2015 com a implantação da RDC 58/2014,

houve mudanças na legislação em relação a intercambialidade de medicamentos.

Esta Resolução determina as medidas a serem adotadas junto à Anvisa pelos

titulares de registro de medicamentos para a intercambialidade de medicamentos

similares com os respectivos medicamentos de referência.Tal mudança impõe testes

de bioequivalência farmacêutica, biodisponibilidade e bioisenção aos medicamentos

similares que já estão no mercado atualmente e para os que serão registrados

(novos). Com isso, os similares se equiparam aos genéricos na possibilidade de

serem intercambiáveis com os medicamentos de referência, pois a nova medida

eleva a sua segurança e eficácia. (CFF, 2014).

22

Page 24: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

Após comprovarem sua bioequivalência junto a ANVISA os similares

intercambiáveis deveram conter em suas bulas a seguinte frase: medicamento

similar equivalente ao medicamento de referência", representado pela sigla EQ.

Neste quesito para assegurar a intercambialidade, a ANVISA publicará em seu sítio

eletrônico a relação dos medicamentos similares indicando os medicamentos de

referência com os quais são intercambiáveis (BRASIL, 2014). Os laboratórios terão

um ano após a sua inclusão na relação de medicamentos intercambiáveis,

disponibilizada pela Anvisa, para adequarem suas bulas. (BRASIL, 2014).

Ao contrário dos medicamentos genéricos, nem todos os similares são

intercambiáveis aos de referência. Somente será considerado intercambiável o

similar que constar na lista da ANVISA. Como os estudo são realizado comparando

o similar ao seu referência, não pode haver a intercambialidade entre similares e

nem similares com genéricos (BRASIL, 2014).

A figura 1 mostra como ficou a intemcaboialidade de medicamentos após a

publicação da RDC 58 de 2014.

Figura 1. Intercambialidade de medicamentos a partir da RDC 58 de 2014

Fonte: ANTUNES,2016.

A nova medida traz mais opções de tratamento ao consumidor, com preço

acessível, elevando o acesso aos medicamentos (CFF, 2014). A intercambialidade

dependerá da forma com a qual o nome do medicamento foi prescrito. (RUMEL;

NISHIOKA e SANTOS 2006).

23

Page 25: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

A orientação ética aos médicos brasileiros é que, levem em consideração

não somente o medicamento adequado para o tratamento do paciente, mas também

levem em conta a possibilidade do mesmo em adquirir o medicamento. Neste

contexto recomenda-se que o receituário seja feito pelo nome do princípio ativo,

seguido da forma farmacêutica e dosagem, bem como duração do tratamento. Se o

prescritor optar, poderá sugerir nomes comerciais, assim o paciente poderá optar

pelo produto com melhor custo benefício. (ZANNI, 1999).

A substituição do medicamento prescrito, pelo medicamento intercambiável,

correspondente, somente poderá ser realizada pelo farmacêutico responsável pela

farmácia ou drogaria, que deve registrar na prescrição que houve o intercambio dos

medicamentos, carimbar e assinar. (ANVISA, 2009).

24

Page 26: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

3-MEDICAMENTOS GENÉRICOS, SIMILARES E O MERCADO

A iniciativa do governo em investir em publicidade e propaganda, assim

como na comprovação da eficácia e segurança dos medicamentos genéricos, fez

com que suas vendas crescessem em proporções cada vez maiores (FERNANDES;

COUTINHO; VALLE, 2011).

Gráfico 1. Participação percentual dos medicamentos genéricos nas vendas totais

do mercado farmacêutico, em R$ e unidades (caixas) – Período: 2003 a 2013

Fonte: Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, 2013.

Tal crescimento é reforçado pelo quadro 1, que mostra os dados do

mercado farmacêutico no ano de 2016.

Quadro1-Dados de mercado referentes a 2016, por tipo de produto.

Tipo de Produto

Empresas Produtos Apresentações cadastradas com comercialização

Princípios ativos e

associações

Faturamento (R$)

Novos 103 1185 2657 1019 25.030.110.542

Genéricos 89 2119 4193 499 8.581.021.119

Similares 159 2355 293 871 14.021.611.788

Fonte: Adaptado de Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico (ANVISA 2016).

Page 27: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

A quantidade comercializada de genéricos ultrapassou a de similares, o que

representa 32,4% e 31,5%, respectivamente. Mais do que isso, os medicamentos

genéricos ultrapassaram 1,46 bilhão de embalagens vendidas e, com esse

resultado, configuraram o tipo de medicamento mais comercializado no País em

2016.

Conforme a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos

Genérico-PróGenéricos. (2016), em países onde o mercado de genéricos já se

encontra mais maduro, a participação desses medicamentos é superior à 30%.

Dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias de

Medicamentos PróGenéricos, em 2016, revelam que 79% dos consumidores de

medicamentos, relatam que já compraram ou compram medicamentos genéricos. A

mesma pesquisa revela que 30% dos medicamentos prescritos no país são

genéricos e 30% dos medicamentos vendidos em farmácias são genéricos e que

72% dos brasileiros acreditam na eficácia e segurança dos medicamentos genéricos.

O quadro mostra que os medicamentos novos permanecem como os mais

representativos em valores, somando mais de R$ 25 bilhões do faturamento do setor

advindos da comercialização de mais de 925 milhões de embalagens.

E que os medicamentos similares se sobressaem quanto ao número de

empresas que comercializam esses produtos. Entre os 214 detentores de registro

que atuaram em 2016 no mercado de medicamentos, 159 deles comercializaram

esse tipo de apresentação.

O gráfico 2, mostra a porcentagem de venda dos medicamentos em 2013,

onde se vê, que os similares dominavam o mercado.

Gráfico 2. Porcentagem de vendas dos medicamentos anualmente

Fonte: GAZETA DO POVO (2015).

26

Page 28: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

Os similares dominavam o mercado em número de vendas, isso pode

derivar do fato que os similares são vendidos em farmácias e drogarias, quando não

há a necessidade de retenção de receita ou para medicamentos isentos de

prescrição. Visto que, na prática do dia a dia, esses medicamentos são mais

vantajosos em relação ao lucro para as farmácias. (FERNANDES; COUTINHO;

VALLE, 2011).

Segundo uma pesquisa realizada em 2014, pelo Instituto de Pesquisa e Pós-

Graduação para o Mercado Farmacêutico em parceria com o Instituto Datafolha,

54% da população respondeu confiar nesse tipo de medicamento para compra e

consumo, com 19 pontos percentuais de avanço em relação à pesquisa anterior,

realizada em 2012. Ao mesmo tempo, os genéricos e os medicamentos de

referência (ou de marca) ficaram praticamente estáveis. (UNIDAS, 2015).

O impacto da nova RDC deverá ser sentido mais em relação aos medicamentos de

venda controlada. Isso acontece porque, na prática, as farmácias não cobram a

prescrição médica na hora de vender medicamentos de tarja vermelha a não ser

aqueles cuja receita deve ser retida, como antibióticos, sendo assim, o intercâmbio

pelo similar acaba já sendo realizado livremente. (NUBLAT, 2014).

Os similares serão concorrentes diretos dos genéricos, principalmente devido ao

valor dos dois tipos de medicamentos serem bem próximos. (NUBLAT, 2014).

HERRERIAS et al (2015), pesquisou a diferença de valor entre referência, genérico

e similiar, do medicamento Nimesulida e encontrou os resultados de acordo com o

gráfico 2.

Fonte: Adaptado HERRERIAS et al (2015).

Com a implantação da nova RDC, a diferença entre similares e genéricos está no

uso ou não de um nome de marca e na regra de definição de preços, já os similares

27

Page 29: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

possuem marca e os genéricos têm de possuir preço de mercado 35% inferior ao

produto de referência. Mas as exigências de boas práticas de fabricação e

parâmetros de qualidade são iguais para os dois produtos. (CFF, 2014).

Com isso se espera uma maior competitividade entre os medicamentos, baixando

assim seus valores, facilitando seu acesso a população.

28

Page 30: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em países subdesenvolvidos há a necessidade de regulação do mercado

farmacêutico. Com a implantação da política de medicamentos genéricos, percebeu-

se que a concorrência fez com que o preço e qualidade dos medicamentos

fornecidos à população melhorassem, dados iguais são esperados com a

implantação da RDC 58/2014, o que trouxe um concorrente direto aos genéricos,

com segurança e qualidade, certificados pela ANVISA.

Estas ações são fundamentais para melhorar o acesso aos medicamentos e

valorizar o profissional farmacêutico, que é o único profissional habilitado para

realizar o intercâmbio de medicamentos.

No que aponta os dados estatísticos a intercambialidade é benéfica e de

extrema importância, visto que o preço está diretamente ligado a adesão ao

tratamento.

Para que a intercambialidade ocorra é necessário que a população e os

profissionais farmacêuticos, estejam preparados e bem informados. Sendo

necessárias pesquisas que divulguem a intercambialidade de medicamentos e a

bioequivalências dos produtos similares e genéricos, com os de referência.

Foi observado ao longo da pesquisa que os estudos são focados apenas

nos medicamentos genéricos. Acredita-se que isso ocorreu pelo fato da legislação

até o ano de 2014, permitir somente o intercâmbio entre o genérico e referência.

Com a intercambialidade dos similares, são esperadas pesquisas que mostrem a

aceitabilidade dessa classe de medicamentos, crescimento em vendas após a

publicação da RDC e a quantia em reais economizada por seus usuários.

Os dados mostram que a população aceita a intercambialidade de

medicamentos, principalmente pela economia que a prática proporciona ao cidadão.

Os genéricos são muito utilizados, devido sua fácil identificação e políticas

públicas que incentivam seu uso.

Os similares são a classe mais utilizada, quando o paciente busca um

medicamento que não há a necessidade de prescrição médica ou retenção de

receituário. Tal realidade deve ser mudada, já que são equivalentes aos

Page 31: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

medicamentos de referência, desde que apresentem os testes de bioequivalência e

possuam seus nomes na lista de “medicamentos similares intercambiáveis,

disponibilizada pela ANVISA.

30

Page 32: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Juliana. Medicamentos genéricos, similares intercambiáveis e referência. 2016. Disponível em:< https://www.farmaceuticas.com.br/medicamentos-genericos-similares-intercambiaveis-e-referencia-confuso/> Acesso e: 03 Nov 2019. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A Agência. 2012. Disponível em: < http://s.anvisa.gov.br/wps/s/r/zH5>. >. Acesso em: 23 abr.2016. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Conceitos gerais sobre medicamentos. 2009. Disponível em:<www.anvisa.gov.br. > Acesso em: 21 abr. 2016. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Diferenças entre embalagem de genérico e similar. 2000. Disponível em:<http://www.anvisa.gov.br/divulga/notícias/100300.htm>. Acesso em: 23 abr.2016. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Glossário de definições legais. 2005. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/glossario_e.htm>. Acesso em: 23 abr.2016. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Manual das denominações comuns brasileiras. 2006. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/2013/Manual%20DCB%202013%20Vers%C3%A3o%20final.pdf>. Acesso em: 23 abr.2016. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Resolução - RDC Nº 10, de 2 de janeiro de 2001. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/genericos/legis/resolucoes/10_01rdc.htm>. Acesso em: 23 abr.2016. ANVISA. Política vigente para a regulamentação de medicamentos no Brasil. 2004. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/anvisa/manual_politica_medicamentos.pdf>. Acesso em 25 nov. 2018. ANVISA. (Agência Nacional de Vigilância Sanitária; RESOLUÇÃO - RDC Nº 41, de 26 de julho de 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0041_26_07_2012.html; Acesso em: 25 de nov de 2018. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Saiba a diferença entre medicamentos de referência, similares e genéricos. 2009. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu++noticias+anos/2011+noticias/saiba+a+diferenca+entre+medicamentos+de+referencia+similares+e+genericos>. Acesso em: 24 mar. 2016.

Page 33: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

ANVISA. Anuário estatístico do mercado farmacêutico. 2016. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/374947/3413536/Anu%C3%A1rio+Estat%C3%ADstico+do+Mercado+Farmac%C3%AAutico+-+2016/485ddf50-a37f-469f-89e5-29643c5c9df5>. Acesso em: 25 nov. 2018 ANVISA. RDC Nº 17 de 16 de abril de 2010. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0017_16_04_2010.pdf/b9a8a293-f04c-45d1-ad4c-19e3e8bee9fa>. Acesso em: 27 out. 2019. ANVISA. Registro de medicamentos: entenda o passo-a-passo para que um novo produto seja liberado pela Anvisa. 2016. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/noticias?p_p_id=101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU&p_p_col_id=column2&p_p_col_pos=1&p_p_col_count=2&_101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU_groupId=219201&_101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU_urlTitle=registro-de medicamentos-entenda-o-passo-a-passo-para-que-um-novo-produto-seja-liberado-pelaanvisa&_101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU_assetEntryId=2692373&_101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU_type=content>. Acesso em: 13 maio 2018. ANVISA. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 58, de 10 de outubro de 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0058_10_10_2014.pdf>.Acesso em: 23 abr. 2016. ARAÚJO, L. U. et al. Medicamentos genéricos no Brasil: panorama histórico e legislação. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 28, n. 6, p. 480-492, 2010. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v28n6/v28n6a10.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2018 AZARA, Aline Stela Xavier de; RIBEIRO, Graciela Renata, PALHARES, Paulo Henrique Franco. A política nacional de medicamentos genéricos. Revista Direito Mackenzie, Brasilia, v. 6, n. 2, p. 10-32, 2012. BEDOR, Danilo Cesar Galindo, O novo contexto da intercambialidade de medicamentos no Brasil. Boletim Informativo Geum, Recife, v. 5, n. 2, p. 7-13, abr./jun.,2014. BERMUDEZ. Processo da implantação da política de medicamentos genéricos no Brasil. Cad. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(8):1661-1669, ago. 2006. BRANT, Lêda Menezes, O papel do estado no sistema único de saúde: uma investigação teórico-bibliográfica e prática em Minas Gerais. 2004. Disponível em: <https://www.almg.gov.br/export/sites/default/educacao/sobre_escola/banco_conhecimento/arquivos/pdf/papel_estado_e_sus.pdf >. Acesso em: 17 nov. 2018. BRASIL. DECRETO NO 4766, DE 26 DE JUNHO DE 2003. Regulamenta a criação, as competências e o funcionamento da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. CMED. Brasília: Diário Oficial da União, 27 de jun. 2003. Seção 1, p.7.

32

Page 34: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

BRASIL. LEI 6.360/1976 (LEI ORDINÁRIA) 23/09/1976. MINISTÉRIO DA SAÚDE - MS. Disponível em: <http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.360-1976?OpenDocument>. Acesso em: 23 abr. 2016. BRASIL. Lei Federal n. 8080/90. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, Poder Executivo, 20 set. 1990. BRASIL. Lei Federal nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6360.htm>. Acesso em:18 nov. 2018. BRASIL. LEI Nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9787.htm>. Acesso em: 23 abr. 2016. BRASIL. Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999. Planalto. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9787.htm>. Acesso em: 24 mar. 2016. BRASIL. Lei nº 9787, de 10 de fevereiro de 1999. Altera a Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9787.htm>. Acessado em: 30 set. 2014. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC no 60, de 10 de outubro de 2014. Dispõe sobre os critérios para a concessão renovação do registro de medicamentos com princípios ativos sintéticos e semissintéticos, classificados como novos, genericos e similares e das outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, 13 out. 2014. Seção 1 p. 659. BRASIL. Introdução a normativa no 07, de 21 de agosto de 2014. Determina a publicação da Lista de fármacos candidatos a bioisenção baseada no sistema de classificação. Brasília: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, 2014. BRASIL. Política nacional de medicamentos. Portaria Nº 3.916, De 30 De Outubro De 1998. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3916_30_10_1998.html>. Acesso e: 18 nov. 2018. BRASIL. RDC 58 de 13/10/14 – Intercambialidade entre medicamento similar e referência. Disponível em: <http://www.novaquimicafarma.com.br/Arquivos/RDC%2058_2014_Intercambialidade_entre_medicamento_similar_e_referencia_RIR3PY.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2016. BRASIL. Resolução - RDC Nº 10, de 2 de janeiro de 2001. Disponível em:

33

Page 35: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/genericos/legis/resolucoes/10_01rdc.htm>. Acesso em: 23 abr.2016. BRASIL. Resolução - RE nº 894 de 28/05/2003. Determinar a publicação do "Guia para protocolo e relatório técnico de estudo de bioequivalência". Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/349509/Consolidado%2Bde%2Bnormas%2BCOBIO.pdf/3122249b-48cb-47aa-be78-76f3129a62ba>. Acesso em: 20 nov. 2018. BRASIL. RESOLUÇÃO Nº 4, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2009. Dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os detentores de registro de medicamentos de uso humano. >. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2009/res0004_10_02_2009.html> Acesso em: 27 out. 2019. BRASIL. RESOLUÇÃO RDC Nº 17, de 16 de abril de 2010. Dispõe sobre as boas práticas de fabricação de medicamentos. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0017_16_04_2010.html>. Acesso em: 23 abr. 2016. BRASIL. Resolução RDC Nº 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010. Dispõe sobre as Boas práticas de fabricação de medicamentos. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0017_16_04_2010.pdf/b9a8a293-f04c-45d1-ad4c-19e3e8bee9fa>. Acessado em: 20 nov de 2018. BRASIL. Resolução-RDC nº 17, de 02 de março de 2007. Pré-requisitos necessários para o registro do medicamento similar. Disponível em: <http://www.crfma.org.br/site/arquivos/legislacao/resolucoeseinstrucoesnormativasdaanvisa/RDC%2017%202007.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2018. BRASIL. Vendas de medicamentos genéricos no Brasil quadruplicam em dez anos. 2017. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2012/08/vendas-de-medicamentos-genericos-no-brasil-quadriplica-em-dez-anos>. Acessado em: 18 nov de 2018. CÂNDIDO, Raissa Carolina Fonseca. Medicamento de referência, genérico, similar e a RDC Nº58/2014. Disponível em: <https://cemedmg.wordpress.com/2014/10/30/medicamento-de-referencia-generico-similar-e-a-rdc-no582014/>. Acesso em: 23 abr. 2016. CARRARO, Wendy Beatriz Witt Haddad; CASTRO, Janice Dornelles. Estrutura e modelo do acesso a medicamentos no brasil: uma análise do programa farmácia popular do brasil 2014. Disponível: <http://www.alass.org/cont/priv/calass/docs/2014/sesion5/04-09_sesion5_5_pt.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2016. CARVALHO, Beatriz; BELLATO, Hugo Ribeiro; LOBO, Juliana Maria Fonseca; ALMEIDA, Ana Cristina Cesar Sawaya. Influências culturais e sociais no uso de medicamentos genéricos por idosos no bairro Avenida da cidade de Itajubá, Minas Gerais. Revista Ciências em Saúde, Itajubá-MG, v. 5, n 3, capa, 2015.

34

Page 36: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

CFF (Conselho Federal de Farmácia). Medicamentos similares poderão ser intercambiáveis a partir de 2015. 2014. Disponível em: <http://www.cff.org.br/noticia.php?id=2324>. Acesso em 09 maio 2016. CFF (Conselho Federal de Farmácia). Segmento de genéricos aponta aumento de 15,3% das vendas em maio. 2013. Disponível em: <http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1112&titulo=Segmento+de+gen%C3%A9ricos+aponta+aumento+de+15%2C3%25+das+vendas+em+maio>. Acesso em: 09 maio 2016. CHAVES, G.C. e OLIVEIRA, M.A. Direitos de propriedade intelectual e acesso a medicamentos. VirtuaJus, Belo Horizonte, v.13 - n.1, p.212-230– 1º sem. 2017. COTRIM, Andréia Fagundes de Oliveira; FERNANDES, Daniela de Oliveira; MARTINS, Thaís Reis. Nível de conhecimento da população do município de Igaporã, estado da Bahia, sobre os medicamentos genéricos. Disponível em: <file:///C:/Users/cristian/Desktop/TCC%20FINAL/5.pdf>. Acesso em: 08 maio 2016. COUTINHO, José Vieira, FERNANDES, José Augusto, VALLE, Marcelo Gonçalves, Aceitação do medicamento genérico em diferentes níveis de escolaridade e renda familiar do distrito federal. Disponível em: <http://www.unieuro.edu.br/sitenovo/revistas/downloads/farmacia/cenarium_04_01.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2016. DIGHE, S. V. A review of the safety of generic drugs. Transplantation Proceedings. v. 31, supp. 3A, p. 23S-24S, mai, 1999. FARMACOVIGILÂNCIA. Conceitos, enquadramento histórico e regulamentar. Pêgo, Alexandra. Lisboa : s.n., 2016. Curso avançado em assunto regulamentares de medicamentos e produtos de saúde. Disponível em: <https://www.ordemfarmaceuticos.pt/fotos/editor2/Colegios_de_Especialidade/Titulo_Especialidade/Especialidade_AR/Especialistas_Anteriores/2016/2016_Nuno_Jorge_Mangorrinha_Henriques_Amorim_Romao.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2019. FERNANDES, José Augusto; COUTINHO, José Vieira; VALLE, Marcelo Gonçalves do. Aceitação do medicamento genérico em diferentes níveis de escolaridade e renda familiar do distrito federal. Cenarium Pharmacêutico, Brasilia, Ano 4, n° 4, ISSN: 1984-3380, maio/nov. 2011. Disponível em: <http://www.unieuro.edu.br/sitenovo/revistas/downloads/farmacia/cenarium_04_01.pdf>. Acesso em 02 nov. 2019. FERREIRA, Raphael Marques; FRANCO, Adriane Jane; LIMA, Tiago Rodrigues. Avaliação do conhecimento e da aceitação de medicamentos genéricos pela população do município de São Miguel do Anta, Minas Gerais, Brasil. Disponível em: <https://academico.univicosa.com.br/revista/index.php/RevistaSimpac/article/viewFile/114/275>. Acesso em: 23 abr. 2016. FIÚZA, E. P. S. & LISBOA, M. B. Bens credenciais e poder de mercado: Um estudo econométrico da indústria farmacêutica Brasileira. Rio de Janeiro:

35

Page 37: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

Technical report, texto para discussão do IPEA, 2001 FONSECA, J. J. S. Apostila-metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. GAZETA DO POVO. Anvisa planeja mudar regras para a venda de medicamentos similares. 2015. Disponível em: <http://www.reclamando.com.br/?system=news&action=read&id=42255&eid=319>. Acesso em: 09 maio 2016. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa.4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. GOMES, Renata; PIMENTEL, Vitor; LOUSADA, Marcia; PIERONI, João Paulo. O novo cenário de concorrência na indústria farmacêutica brasileira. Disponível: em:<file:///C:/Users/cristian/Desktop/Correções%20TCC/Artigos%20para%20Discussão/BS%2039%20o%20novo%20cenário%20de%20concorrencia_P.pdf>. Acesso em: 09 maio 2016. GRANGEIRO, Maria Solange Barreto Ribeiro. Avaliação do conhecimento da diferença entre “medicamentos genéricos” e “medicamentos similares” em mulheres economicamente ativas da cidade de Barbalha (CE). 2007. Disponível em:<www.esp.ce.gov.br/index.php?option=com_phocadownload&view=category&download=203:avaliao-do-conhecimento-da-diferena-entre-medicamentosgenricos e medicamentos-similares-em-mulheres-economicamente-ativas-da-cidade-de barbalha-ce&id=32:esp.-assistncia-farmacutica>. Acesso em: 24 mar. 2016. GUIMARÃES, M.C.L. et al. O registro sanitário do medicamento similar no Brasil e suas implicações na saúde pública: a responsabilidade do estado frente à vulnerabilidade da população. Infarma, Brasília, v. 14, p. 76-81, 2003. HERRERIAS, Bruna V.; SILVA, Letícia C.; CANOVA, Lucas; FERNANDES, Renan C.; FARIA, Luciane. Comparação entre preços de medicamentos genérico, similar e referência contendo nimesulida 100 mg. III SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA. Local: Centro Universitário São Camilo Data: 21 a 23 de maio de 2015. IMSHEALTH. IMS World Review. 2008. Disponível em: <http://www.imshealth.com/portal/site/imshealth > Acesso em: 17 nov. 2018. LIMA, Tiago Rodrigues de; FERREIRA, Raphael Marques; IÁSBECK, Amyr Michel Machado; FIALHO, Samuel Mol; VARGAS, Adriana Maria Patarroyo; FRANCO, Adriane Jane. Avaliação do conhecimento e da aceitação de medicamentos genéricos pela população do município de São Miguel do Anta, Minas Gerais, Brasil. Anais V SIMPAC - Volume 5 - n. 1, Viçosa-MG, p. 241-246, jan./dez. 2013 -. LOPES, Jose Antônio, Estudo sobre a reação de preço dos medicamentos líderes de mercado à introdução de concorrentes genéricos e similares. Disponível em: <https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/2630?show=full>. Acesso em: 23 abr. 2016.

36

Page 38: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

LOPES, José Antonio; Estudo sobre a reação de preço dos medicamentos líderes de mercado à introdução de concorrentes genéricos e similares. São Paulo: FGV, 2009. MONTEIRO, Wuelton Marcelo; MELO, Gisely Cardoso de; MASSUNARI, Gustavo

Kiyoshi; HÜBNER, Dirce Vendrametto; TASCA, Raquel Soares. Avaliação da disponibilidade de medicamentos genéricos em farmácias e drogarias de Maringá (PR) e comparação de seus preços com os de outras. Rev. Bras. Cienc. Farm. vol.41 no.3 São Paulo July/Sept. 2005. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1516-93322005000300006>. Acesso em: 18 nov. 2018. NISHIJIMA, Marislei. Os preços dos medicamentos de referência após a entrada dos medicamentos genéricos no mercado farmacêutico brasileiro. Rev. Bras. Econ., Rio de Janeiro, v.62 nº.2, p. 189–206, apr. /jun. 2008 NISHOK, S. Intercambialidade de medicamentos: abordagem clínica e o ponto de vista do consumidor. Revista Saúde Pública, São Paulo, 20(1): 922, 2006. NUBLAT, Johanna. Medicamento similar será opção a droga de referência. Folha de São Paulo. 2014. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/10/1529984-anvisa-aprova-nova-regra-para-venda-de-remedio-similar.shtml>. Acessado em: 18 nov de 2018. ORGANIZAÇÃO Mundial da Saúde (OMS). Saúde pública, inovação e direitos de propriedade intelectual: relatório da comissão de direitos de propriedade intelectual, inovação e saúde pública. Genebra: OMS; 2006. PRODANOV, C. C.; FREITAS. E.C. Metodologia do trabalho científico [recurso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. PRÓ-GENÉRICOS (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos); 2001. Genéricos em Números. Disponível em: <http://www.progenericos.org.br>. Acesso em: 24 mar. 2016. PRÓ-GENÉRICOS (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos); 2016. Genéricos em Números. Disponível em: <http://www.progenericos.org.br>. Acesso em: 24 mar. 2016. PRÓ-GENÉRICOS (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos); 2015. Genéricos representam 23,7% do faturamento das 10 maiores indústrias farmacêuticas do país. Disponível em: < https://www.neoquimica.com.br/duvidas-frequentes-balcao.php>. Acesso em: 23 set de 2015. PUBLICADA lista de medicamentos similares intercambiáveis. Disponível em: <http://s.anvisa.gov.br/wps/s/r/dFg2 >. Acesso em: 24 mar. 2016. REGÔ, Elba Cristina Lima. Política de regulamentação do mercado de medicamentos: a experiência internacional. 2000. Disponível em:

37

Page 39: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/revista/rev1414.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2016. REIS, A.L.A.; BERMUDEZ, J.A.Z. Aspectos econômicos: mercado farmacêutico e preço de medicamentos. In: BERMUDEZ, J.A.Z.; OLIVEIRA, M.A.; ESHER, A. (orgs). Acceso a medicamentos: derecho fundamental, papel del Estado. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; 2004. p. 139-55. RELATÓRIO anual de atividades Sindusfarma. 2013. Disponível em: <http://sindusfarma.org.br/arquivos/RAA_2012.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2016. RIBEIRO, Paulo Roberto da Silva. Controle de qualidade de medicamentos anti-hipertensivos similares comercializados em farmácias de Imperatriz, Ma, Brasil. 2012. Cad. Pesq., São Luís, v. 19, n. 1, p. 64-73, jan./abr. 2012. RUMEL, Davi; NISHIOKA, Sérgio de Andrade e SANTOS, Adélia Aparecida Marçal dos. Intercambialidade de medicamentos: abordagem clínica e o ponto de vista do consumidor. Rev. Saúde Pública [online], São Paulo, vol.40, n.5, p.921-927, 2006. SILVA, Jorge Miguel Ferreira da. Perspectivas e benefícios dos medicamentos genéricos no brasil. Disponível em: <https://ulbra-to.br/bibliotecadigital/uploads/document55e9dd32b41ba.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2016. SILVA, Penildon. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. SILVEIRA, Alexandre. Tudo posso, mas nem tudo me convém-drogas. São Paulo: Palavra & Prece, 2005. SINDUSFARMA (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), 2013. STORPIRTIS, Silvia; MARCOLONGO, Raquel; GASPAROTTO, Fernanda S.; VILANOVA, Crisalida M.. A equivalência farmacêutica no contexto da intercambialidade entre medicamentos genéricos e de referência; Infarma, v.16, nº 9-10, 2004. THE WORLD BANK - TWB. (2014). World development indicators. Disponível em: <http://data.world bank.org/data-catalog/world-development-indicators>. Acesso em: 21 abr. 2016. UNIDAS. União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde. Similares ganham força na disputa com os genéricos. 2015. Disponível em: <https://www.unidas.org.br/similares-ganham-forca-na-disputa-com-os genericos/53299/detalhe-noticia-saude>. Acesso em: 16 dez, 2018. VIEIRA, Fernanda Pires; REDIGUIER, Camila Fracalossi; REDIGUIERI, Carolina Fracalossi. A regulação de medicamentos no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2013. ZANINI, A.C. Genéricos – o médico decide. Dicionário de medicamentos

38

Page 40: INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS COM BASE NA …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia... · 2020. 1. 22. · Atualmente no mercado farmacêutico existem três tipos de medicamentos,

genéricos. Instituto de defesa do usuário de medicamentos e CRF, DF. São Paulo: IPEX, 1999.

39