interação discursiva

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Page 1: Interação discursiva

RECURSOS GRAMATICAISOutros Percursos 12

Interação Discursiva

Todo o ato comunicativo é regulado por princípios que contribuem para uma comunicação eficaz ede qualidade.Os princípios reguladores da interação discursiva implicam algumas máximas conversacionais quese podem sistematizar assim:

Interação discursiva

Cooperação:baseia-senasmáximasde…

quantidade (o discurso produzido deve conter a informaçãonecessária).qualidade (o discurso não deve afirmar o que o locutor crê serfalso, nem o que carece de provas).

relação (o discurso deve ser pertinente ou relevante).

modo ou de modalidade (o discurso deve ser claro, breve eordenado).

Recurso da língua, entre outros, de natureza formal, com a função discursiva deregular eficazmente a interação do locutor com o interlocutor, com vista aminimizar/eliminar obstáculos ou ruturas na comunicação/interação. Mecanismoscomo este marcam o exercício verbal e situam-se no estudo que cruza as relaçõesentre as ações discursivas, que perseguem determinados objetivossociocomunicativos, e princípios conversacionais como o da cortesia e ainda um“código de boas maneiras” vigente numa sociedade. A opção por uma forma detratamento em detrimento de outra é determinada por um sentido defamiliaridade/proximidade – distância psicossocial, e quer o locutor quer ointerlocutor contam com a ativação de formas adequadas à situaçãointerativa/comunicativa.Tipos de formas de tratamento: familiar (tu, amigo); honorífico (senhorPresidente, senhor Ministro); nobiliárquico (Sua Majestade, Sua Alteza);eclesiástico (Monsenhor, Sua Eminência); académico (senhor Doutor, ProfessorDoutor); etc.

Pertinência

Princípiosreguladores

Formas detratamento

Este princípio, também conhecido como princípio de relevância, servepara explicar como se processa a interpretação dos enunciados numato de comunicação. A pertinência é uma propriedade que nãoexiste intrinsecamente nos enunciados, mas que deriva da interaçãoentre um enunciado e um recetor dotado de determinadosconhecimentos e inserido numa situação comunicativa concreta. Oreceptor, graças aos seus mecanismos cognitivos, partindo dopressuposto de que o enunciado que lhe foi comunicado épertinente e tendo em conta os fatores pragmático-contextuais,escolhe a interpretação que lhe parece mais adequada, “filtrando” oselementos não pertinentes e deixando, por conseguinte, de ladooutras possíveis interpretações. O princípio de pertinência orienta demodo semelhante o emissor na produção de enunciados.

Princípio pragmático fortemente regulador da interação discursivaentre os interlocutores. Este princípio, correlacionado com ocontexto situacional e o contexto sociocultural dos interlocutores,concretiza-se nas estratégias discursivas adotadas pelos mesmos afim de evitar ou reduzir os conflitos, as ofensas ou as ameaças entrequalquer dos intervenientes na interação comunicativa verbal,devendo para tal observar-se máximas como: não interromper ointerlocutor, não manifestar falta de atenção, evitar o silêncioostensivo, não proferir insultos, injúrias ou acusações gratuitas, etc.Outros procedimentos retórico-estilísticos contribuem para levar àprática o princípio de cortesia, como é o caso de: os atos de falaindiretos, o eufemismo, a perífrase, entre outros.

Cortesia