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Integridade territorial e vetores
de degradação na Terra do Meio
Resultados provisórios do diagnóstico 2011
Altamira Maio 2012
Diagnóstico TM-2011
Objetivo: estabelecer uma linha de base 2011 para
subsidiar o monitoramento da degradação das áreas
protegidas da Terra do Meio, de 2012 em diante, mediante
técnicas avançadas de tratamento de imagens de satélite;
Objetivo secundário: comparar o quadro em 2011
com a situação em 2005, utilizando levantamento de
estradas endógenas e dados de desmatamento;
Procedimento: integrar as informações PRODES,
estradas, ocupação, pistas de pouso etc., além das
próprias imagens;
Metodologia
Levantamento das
estradas e áreas degradadas em 2011
Bando de Dados
Geográfico TM
Dados PRODES
Elaborados
Imagens Satélite
processadas
SIG
Processamento Imagens Satélite
Preparação e tratamento de imagens de satélite LANDSAT5-
TM/2011 mediante a técnica NDFI (da IMAZON)
Oito imagens foram processadas seguindo a técnica NDFI Registro->Calibração radiométrica->Calibração atmosférica->Demixagem linear->Cálculo NDFI
Outras imagens (IRS-P6/LISS, ALOS/ALAV) foram utilizadas
pontualmente.
Índice NDFI
Desenvolvido pelo Imazon para maximizar a informação
das imagens satélite de média resolução (20-30m).
Souza et al., 2011
Índice NDFI
É determinado matematicamente, para cada ponto da imagem (pixel), qual a proporção de vegetação verde, vegetação seca e solo, a partir de modelos conhecidos.
O índice é calculado, para cada pixel, como a relação entre a vegetação sã é a soma de vegetação seca e solo.
Muito sensível às cicatrizes de manejo florestal, às estradas de penetração e ao estado da vegetação.
Souza et al., 2011
Imagens processadas Orbita 225 225 225 226 226 226 227 227 227
Ponto 63 64 65 63 64 65 63 64 65
Data Ult. Imagem
2011 20/jul 20/jul 06/set 27/jul 12/ago 12/ago 18/jul 04/set 04/set
Mosaico Landsat
Mosaico NDFI
Metodologia
Levantamento das
estradas e áreas degradadas em 2011
Bando de Dados
Geográfico TM
Dados PRODES
Elaborados
Imagens Satélite
processadas
SIG
Informação PRODES não elaborada
Informação PRODES+Landsat
Índice NDFI
Índice médio nos polígonos. Cutoff=0,86.
Nova mapa, incorporando o estado da área definida
pelo sistema PRODES (verde= em regeneração,
marrom= sem regeneração)
Outras informações utilizadas
Desmatamento 2011: PRODES e elaboração própria
FLONA ALTAMIRA
FES IRIRI
TI BAU
Desm. 2011
Estrada recente Fazendas
Principais resultados do
diagnóstico
Visão de conjunto da Terra do Meio
Terra do Meio: mapa geral
Terra do Meio
Terra do Meio em 2005: desmatamento e estradas
Terra do Meio em 2011
Terra do Meio em 2011: estradas interpretadas visualmente
Terra do Meio em 2011: áreas ativas (marrom) e abandonadas (verde)
Terra do Meio em 2011: áreas sob exploração seletiva de madeira (violeta)
Terra do Meio em 2011: áreas desmatadas em 2011 (roxo)
Resumo estatístico do
diagnóstico
Resumo estatístico do diagnóstico
Nome Área Protegida Super
ficie
(ha)
Ramais
map
eados 2
011
(km
)
Ramais
map
eados 2
005/
ISA (k
m)
Ramais
Map
eados 2
012/200
5 (%)
Ramais
aberto
s rece
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2011¹
(ha)
Áreas D
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% Á
rea D
esmat
ada s
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ação
Áreas d
egra
dação
(ha)
TI Kuruaya 166.784 8,7 53,8 16% Não - 193 265 73% -
TI Xipaya 178.624 - 12,9 0% Não - 87 129 67% -
TI Cachoeira Seca 734.027 334,1 397,6 84% Sim 1.931 23.213 39.233 59% 2.880
RESEX Riozinho do Anfrísio 736.340 314,1 209,9 150% Sim 101 221 3.136 7% 7.254
RESEX Rio Xingu 303.841 - 134,1 0% Não 13 1.397 3.632 38% -
RESEX Rio Iriri 398.938 9,3 127,1 7% Não - 572 7.371 8% -
PARNA da Serra do Pardo 445.392 6,1 478,7 1% Não 37 16.462 26.346 62% -
FES do Iriri 440.493 11,7 82,0 14% Sim 123 1.470 3.383 43% -
ESEC da Terra do Meio 3.373.110 285,2 2.007,0 14% Sim 134 32.395 47.691 68% 1.270
APA Triunfo do Xingu 1.679.280 2.600,7 4.152,8 63% Sim 8.369 410.462 429.048 96% ND
TOTAL 8.456.829 3.570,0 7.655,7 35% Sim 10.708 486.472 560.234 52% 11.404
TOTAL sem APA 6.777.549 969,3 3.502,9 32% Sim 2.339 76.010 131.186 47% 11.404
1: Prodes e elaboração própria
2: Pol ígonos de corte raso 1997-2011 com Índice NDFI < 186
Principais vetores de degradação
Vetores de degradação na Terra do Meio
Por invasão
Ativo com expansão territorial
Ativo sem expansão territorial
Inativo
Por região
BR-163
Transamazônica
Xingu
São Felix
Vetores de degradação na Terra do Meio Principais vetores ativos com expansão territorial:
1. PA Areia (Oeste Riozinho): extração madeira de lei.
2. Norte Riozinho: grilagem e extração de madeira.
3. Santa Luzia (SO Riozinho): extração madeira de lei.
4. Assentamentos (NE Riozinho): pecuária (PA Paraíso), colonos (PA Campo Verde), extração seletiva de madeira.
5. Travessões Oeste (TI Cachoeira seca): pecuária, extração de madeira. Ramal 285 muito ativo.
6. Travessões Leste (TI Cachoeira seca): pecuária, extração de madeira. Comunicação entre transamazônica e Rio Iriri pelo ramal 165. Provável aumento com implantação de BM.
7. Moraes de Almeida a través da Flona Altamira (TI Kuruaya, FES Iriri): grilagem, pecuária, extração de madeira.
8. Vicinal Carajarí na ESEC: detectada expansão. Manutenção de posses e estradas em 2/3 da extensão original.
9. Sul da ESEC, entre APA e TI Kayapó, a partir da APA: manutenção de grandes fazendas e provável extração de madeira.
10. Vicinal do Brabo: extração madeira de lei, forte expansão a partir da BR-163.
Principais vetores ativos sem expansão territorial:
1. Transiriri e fazendas próximas ao rio Iriri (TI CS): atualmente manutenção de posses sem muita expansão.
2. Garimpo Madalena na TI Kuruaya: estável, mas possui potencial de expansão devido à pesquisa mineral e à eventual flexibilizãção da legislação sobre mineração em TI.
3. Divisa Sul da Serra do Pardo: pecuária. Manutenção de posses e estradas
4. Estrada da Canopus na ESEC: manutenção de poses (grandes fazendas e colonos)
5. Sul da estrada da Canopus na ESEC: manutenção de posses (grandes fazendas)
6. Rio do Pardo: antigas posses em manutenção, estradas inativas.
Vetores aparentemente inativos a serem monitorados:
1. Rio Iriri ao norte do Porto Canopus: fazendas inativas.
2. Margem esquerda do Xingu, igarapé do Pontal e rio do Pardo: antigas posses em processo de regeneração, estradas inativas.
Vetores de degradação na Terra do Meio
Trairão
Sta. Luzia
Moraes
Rurópolis
São Felix
Uruará
Vetor ativo em expansão
Vetor ativo sem expansão
Vetor inativo
Ponto conexão intermodal
Vetores por frente geográfica: BR-163
Foco na depredação em
áreas protegidas;
Grupos capitalizados
(madeira e pecuária),
mobilizam rapidamente
grandes contingentes de
homens e maquinário;
Propensão a agir de forma
violenta, inclusive contra
agentes do Estado;
Integrados com a estrutura
política local, repressão
dificultada.
Vetores por frente geográfica: Transamazônica
(TI Cachoeira Seca)
Pluralidade de atividades na
região: grande pecuária e roubo
de madeira sobrepostos à
agricultura familiar.
Pendente de regularização pelo
GT Incra/Funai
A situação crónica de
ilegalidade nos ramais orientais
e ocidentais precisa de esforços
adicionais de fiscalização,
mesmo após a regularização da
situação da TI.
Fator BM: aumento de demanda
de carne e madeira -> aumento
da degradação
Vetores por frente geográfica: Xingu
Numerosas operações do
Estado contra grupos de
grileiros e fazendeiros
parecem ter controlado a
situação;
Precisa ser monitorada de
forma constante;
Fator BM: Aumento de
pressão por recursos
naturais (peixe, madeira) e
desestruturação dos grupos
indígenas -> aumento da
vulnerabilidade territorial
Vetores por frente geográfica: São Felix
Grande pecuária continua sendo a atividade principal;
Depredação florestal permanece;
Diversas frente de ameaças e invasões na ESEC a partir da APA;
Registram-se poucas novas aberturas na ESEC;
Diminuição de estradas ativas mostram decréscimo de atividade na ESEC, mas a recuperação das áreas desmatadas precisa ser monitorada.
Alguns Locais de Interesse
Norte Riozinho, Oeste Riozinho, Cachoeira Seca, Flona Altamira
Resex Riozinho do Anfrísio: estrada a menos de 6 km
de área de produçaõ extrativista
Resex Riozinho do Anfrísio: estrada a menos de 6 km de área de produçaõ extrativista
Vetores de pressão Oeste Riozinho: 4 vetores ativos
‘
Vetores de pressão Leste Cachoeira Seca: múltiplos pontos
de conexão transamazônica-Rio Iriri
‘Fronteira Tríplice’ entre a Flona Altamira, a
Flota do Iriri e a TI Baú
FLONA ALTAMIRA
FES IRIRI
TI BAU
Desm. 2011
Estrada recente Fazendas
Próximos passos no projeto de
monitoramento
Ações previstas
Em curso: ‘Sintonia fina’ do método de classificação
PRODES, finalização interpretação visual;
Junho: Publicação do diagnóstico integridade TM 2011;
Julho: capacitação de ribeirinhos em técnicas de
levantamento de dados em campo;
Agosto: inicio do monitoramento com a disponibilização
das primeiras imagens livres de nuvens;
Setembro/novembro: levantamentos de campo no
Riozinho do Anfrísio.
Juan Doblas