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HOSPITAL DE CLÍNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Experiência do Departamento de Saúde Comunitária da UFPR e Serviço de Epidemiologia Hospitalar do HC/UFPR Integração Ensino e Serviço

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HOSPITAL DE CLÍNICASUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Experiência do Departamento de Saúde

Comunitária da UFPR e Serviço de

Epidemiologia Hospitalar do HC/UFPR

Integração Ensino e Serviço

Introdução

Modelos tradicionais de ensino para formação na saúde

são incapazes de responder adequadamente às necessidades

apresentadas pela população.

Entre as perspectivas de mudanças na formação dos

profissionais da saúde destaca-se a interface ensino/trabalho,

ou seja, das relações entre o ensino e os serviços de saúde

Albuquerque VS. A integração ensino-serviço no contexto dos processos de mudança na formação superior dos

profissionais da saúde. Rev. bras. educ. med. [online]. 2008, vol.32, n.3 [cited 2009-12-17], pp. 356-362.

Introdução

Muitos docentes mais envolvidos com atividades de pesquisa

(modelo de mérito voltado à produção científica) , colocando em

segundo plano as ações de saúde voltadas para a população

Muitos docentes distanciados das situações práticas do cotidiano e

em especial do SUS, tornando-se teóricos ineficientes na rotina

dos serviços de saúde (estímulo à dedicação exclusiva)

Albuquerque VS. A integração ensino-serviço no contexto dos processos de mudança na formação superior dos

profissionais da saúde. Rev. bras. educ. med. [online]. 2008, vol.32, n.3 [cited 2009-12-17], pp. 356-362.

Em contrapartida

Profissionais dos serviços, muitas vezes, se envolvem de forma

profunda com as atividades rotineiras do cotidiano.

Pouco tempo e falta de capacitação para avaliação do serviço e para

analises dos dados produzidos pelo serviço;

Dificuldade na educação permanente com risco de profissionais dos

serviços estarem pouco atualizados

Introdução

Albuquerque VS. A integração ensino-serviço no contexto dos processos de mudança na formação superior dos

profissionais da saúde. Rev. bras. educ. med. [online]. 2008, vol.32, n.3 [cited 2009-12-17], pp. 356-362.

Vigilância x Atenção

PORTARIA MS Nº 1.378, DE 9 DE JULHO DE 2013

Regulamenta as ações de Vigilância em Saúde...

Art. 30. A integração com a Atenção à Saúde é uma das diretrizes a serem observadas, com

desenvolvimento de um processo de trabalho condizente com a realidade local, que preserve as

especificidades dos setores e compartilhe suas tecnologias, com vistas a racionalizar e melhorar a

efetividade das ações de vigilância, proteção, prevenção e controle de doenças e promoção em

saúde.

Desafios da integração História - Ministérios separados (Saúde e Assistência);vigilância descentralizada para

os municípios no final de 1999

Permanecem dificuldades de descentralizar para atenção primária e de integração nas

esferas municipal, estadual e federal

Introdução

Vigilância x Atenção

“ O SUS abrange além da assistência, ações de promoção da saúde, de vigilância

sanitária (controle e fiscalização da qualidade de produtos para o consumo humano, de

portos e aeroportos etc.), da vigilância epidemiológica e controle de doenças (epidemias,

endemias), de imunizações (produção, vacinações, etc.), de programas orientados para

grupos populacionais ....

Porque ainda prevalece para muitos a noção de um SUS restrito aos seus serviços

assistenciais que existiriam apenas parcelas populacionais “SUS-dependentes?...

Importante, reiterar que as políticas, serviços e ações do SUS estão presentes na vida de

todos os brasileiros...”

4ª Conferência Nacional de Saúde.2011.Documento orientador para os debates.“Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política

Pública e Patrimônio do povo brasileiro” http://conselho.saude.gov.br/14cns/doc_orientador.html

Introdução

Integração ensino-serviço

Trabalho coletivo, pactuado e integrado de estudantes e

professores dos cursos de formação na área da saúde com

trabalhadores que compõem as equipes dos serviços de saúde,

incluindo-se os gestores, visando:

qualidade de atenção à saúde individual e coletiva

qualidade da formação profissional

desenvolvimento e satisfação dos trabalhadores dos

serviços

Missão dos Hospitais de Ensino

Prestar assistência de excelência e referência com responsabilidade social, formar recursos humanos e gerar conhecimentos, atuando decisivamente na transformação de realidades e no desenvolvimento pleno da cidadania.

Integração ensino-serviço nos SEPIH é oportunidade para:

Conhecer a realidade das ações de vigilância

Reforçar a importância de integração vigilância e atenção

Integração ensino-serviço nos Serviços de

Epidemiologia Hospitalar de Hospitais de

Ensino

HOSPITAL DE CLÍNICASUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Missão do SEPIH HC-UFPR

“Contribuir para a produção e análise de

informações epidemiológicas que subsidiem o

planejamento e a organização dos serviços

hospitalares, bem como a prevenção e

controle das doenças, exercendo um papel

formador do profissional da saúde, na prática

diária em saúde comunitária.”

Integração da área de Epidemiologia

do DSC e SEPIH HC-UFPR

3 professores da área de epidemiologia do DSC

Todos os alunos do curso de Medicina no 10º Período;

180 alunos por ano.

Rodízio de 8 a 12 alunos a cada 2 semanas e meia

Internato de Saúde Coletiva

Integração da área de Epidemiologia do

DSC e SEPIH HC-UFPR

Internato de Saúde Coletiva

Vigilância epidemiológica e fluxo de notificação (reforço aos conteúdos da disciplina de epidemiologia (4º período)

Busca ativa de casos diária • Grupo I – UTI e Semi intensiva adulto

• Grupo II – Semi- intensiva pediatria e PA observação

• Grupo III – Infecto adulto e pediatria e UTI pediatria

• Grupo IV – outras Clinicas selecionadas

• Grupo V – Maternidade

Discussão dos casos e preenchimento das fichas

Seminários sobre agravos de interesse da vigilância: meningites, AIDS, dengue, hepatites, leptospirose, hantavirose, tuberculose, doenças exantemáticas, PFA, eventos adversos a vacina, hanseníase, febre amarela, malária, raiva, imunização, influenza, CRIE...

Esquema vacinal dos alunos

Orientações para a revisão dos Temas de Vigilância Epidemiológica 1- Abordagem bem sucinta da doença quanto às manifestações clínicas. 2- Apontar sua relevância no quadro municipal, estadual e nacional (ou riscos de introdução de acordo com o quadro mundial) apresentando dados epidemiológicos do DATASUS no site da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde , na página da SESA PR . Em Curitiba para além dos dados do DATASUS é possível encontrar dados de alguns agravos no Relatório Anual de Gestão http://sitesms.curitiba.pr.gov.br/saude/sms/relatorios_gestao.htm ou fazer um contato telefônico com a Vigilância Epidemiológica: 3350 9371 3- Descrever formas de transmissão, reservatórios, período de incubação e período de transmissibilidade 4- Informar critérios de notificação (imediata ou não, definição de caso suspeito e confirmado), exames de identificação do agente para confirmação etiológica; informar, se for o caso, ações complementares de vigilância como a vigilância de animais e vetores 5 - Descrever medidas de prevenção e controle incluindo ações de bloqueio, vigilância de contatos, ações sobre vetores e reservatórios, imunização, quimioprofilaxia e tratamento (informar se o tratamento é fornecido pelo Ministério da Saúde) Obs: utilizar como fonte preferencial de informações o guia de vigilância epidemiológica Tempo de apresentação 15 a 20 minutos

Integração da área de Epidemiologia do

DSC e SEPIH HC-UFPR

Internato de Saúde Coletiva

Treinamento para preenchimento da declaração de

óbito (DO)

Apoio do serviço no fornecimento das DO do hospital e no apoio

à solicitação dos prontuários ao arquivo do hospital.

Dividido em 3 momentos:

Discussão das regras gerais de preenchimento da DO;

Alunos preenchem duas declarações de pacientes que foram

a óbito no dois meses antes a partir dos dados do prontuário;

Alunos apresentam o caso e informam como a DO foi

preenchida e a mesma é comparada com a DO original.

Integração da área de

Epidemiologia do DSC e

SEPIH HC-UFPR

PET SAÚDE VS

promovido pelos Ministérios da Saúde e da Educação

desenvolvido por universidades em parceria com

Secretarias Estaduais e/ou Municipais de Saúde

visa à formação do aluno em Vigilância em Saúde

através do trabalho - troca de experiência entre

profissionais que atuam no SUS e alunos de cursos

de graduação da área da saúde.

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE.

Organização das atividades

Tutor Áreas de atuação

Preceptores

Profª

Karin Luhm

Suzana Dal -Ri Moreira

Vig. Transmissíveis internados /SRAG

Adeli Regina P. Medeiros Vig. Não Transmissíveis (violência, s. trabalhador, SINASC)

Rosa Helena S .Souza Registro Hospitalar de Câncer Vig . Mortalidade

4 alunos

2 alunos

2 alunos

Integração da área de Epidemiologia do

DSC e SEPIH HC-UFPR

PET SAÚDE VS

Avanços do trabalho

integrado

Desenvolvimento de aplicativo para celular para facilitar a

difusão da informações de vigilância

Elaboração de rotinas para repasse de

alterações/complementação nas Declarações de Óbito para

SMS e para retroalimentação aos setores do hospital

Realização de estudos de avaliação do serviço e de análise

dos dados produzidos no serviço, incluindo campo para TCC

Discussão para implementar modelos de avaliação das

atividades desenvolvidas pelos alunos

Integração da área de

Epidemiologia do DSC e SEPIH

HC-UFPR

Desafios

Falta de professores

Sobrecarga aos técnicos do serviço

Infraestrutura do serviço

Integração da área de Epidemiologia do DSC e

SEPIH HC-UFPR

Caminhos

Implementação dos espaços de diálogo e sensibilização de

todos atores envolvidos visando a co-responsabilização na

formação de novos profissionais e na execução das ações

desenvolvidas pelo serviço vigilância em saúde.

Sensibilização das instâncias superiores do serviço e da

academia para as necessidades desta estratégia