insuflável para abrigo

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  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

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    (11) Número de Publicação: PT 105300(51) Classificação Internacional:

    E04H 9/00  (2006)

    E04H 15/20  (2006)

    (12) FASCÍCULO DE PATENTE DE INVENÇÃO

    (22) Data de pedido: 2010.09.20

    (30) Prioridade(s):

    (43) Data de publicação do pedido: 2012.03.20

    (73) Titular(es):

    MARIA DE FÁTIMA CANTEIRO NETORUA EMBAIXADOR EDUARDO CONDÉ, Nº 39, 3ºESQUERDO5370-439 MIRANDELA PT

    (72) Inventor(es):

    MARIA DE FÁTIMA CANTEIRO NETO PT

    (74) Mandatário:

    (54) Epígrafe: ABRIGO AUTO-SUSTENTÁVEL INSUFLÁVEL DE EMERGÊNCIA

    (57) Resumo: A PRESENTE INVENÇÃO DIZ RESPEITO A UM ABRIGO DE EMERGÊNCI INSUFLÁVEL DE USO EMSITUAÇÕES DE CATÁSTROFES NATURAIS, ÁREAS DE CONFLITO OU SITUAÇÕES DE GUERRA; PRONTO AUSAR SEM NECESSIDADE DE MONTAGEM OU ACESSÓRIO (1) (2) (3), APRESENTA UMA AUTONOMIA DE 8DIAS APÓS A SUA ORGANIZAÇÃO IN LOCO.DESTA FORMA A PRESENTE INVENÇÃO É ÚTIL PARAPREENCHER FALHAS QUE EXISTEM HOJE NOS OBJECTOS UTILIZADOS E NO SEU PLANEAMENTO,OFERECENDO A SOLUÇÃO PARA AS NECESSIDADES DE HABITAR EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

    INDEPENDENTEMENTE DO LUGAR, DO CLIMA OU DA SITUAÇÃO DE CATÁSTROFE. È ÚTIL, PORPROPORCIONAR A QUALIDADE/PREÇO QUE NÃO EXISTE NOS ELEMENTOS UTILIZADOS PELAS EQUIPAS DEINTERVENÇÃO, NOMEADAMENTE EM TENDAS E OBJECTOS SIMILARES. SENDO FACILMENTETRANSPORTÁVEL E FLEXÍVEL, DÁ RESPOSTA ÀS NECESSIDADES BÁSICAS DE HIGIENE, CONFORTO ESOCIABILIDADE E VIABILIZA ECONOMICAMENTE ESTA INTERVENÇÃO SUSTENTÁVEL ALINDANDO-SE AOCONCEITO DE PRODUTO LIGEIRO COMERCIALIZÁVEL, DE BAIXO CUSTO, FLEXÍVEL, RECICLÁVEL E PRÉ-FABRICADO.

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    R E S U M O

    “Abrigo auto-sustentável insuflável de Emergência”

    A presente invenção diz respeito a um abrigo de emergência

    insuflável de uso em situações de catástrofes naturais,

    áreas de conflito ou situações de guerra; pronto a usar sem

    necessidade de montagem ou acessório (1) (2) (3), apresenta

    uma autonomia de 8 dias após a sua organização in loco.

    Desta forma a presente invenção é útil para preencher

    falhas que existem hoje nos objectos utilizados e no seu

    planeamento, oferecendo a solução para as necessidades de

    habitar em situação de emergência independentemente do

    lugar, do clima ou da situação de catástrofe.

    È útil, por proporcionar a qualidade/preço que não existe

    nos elementos utilizados pelas equipas de intervenção,

    nomeadamente em tendas e objectos similares.

    Sendo facilmente transportável e flexível, dá resposta às

    necessidades básicas de higiene, conforto e sociabilidade e

    viabiliza economicamente esta intervenção sustentável

    alindando-se ao conceito de produto ligeiro

    comercializável, de baixo custo, flexível, reciclável e

    pré-fabricado.

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    D E S C R I Ç Ã O

    “Abrigo auto-sustentável e insuflável de Emergência” 

    Domínio técnico da invenção

    A presente invenção diz respeito a um abrigo auto-

    sustentável insuflável de emergência de três Unidades

    básicas com diferentes funções, que quando organizadas

    entre si dão resposta às várias necessidades de emergência.

    Desta forma, a presente invenção tem aplicação na área da

    protecção civil e ajuda internacional, através da criação

    de abrigos de emergência que facilitam o tempo de resposta

    destas entidades e permitem o uso imediato, pretendendo

    substituir as limitadas tendas de campanha, entre outros

    similares, aplicadas ainda hoje às situações de emergência

    por todo o mundo.

     Antecedentes da invenção

    A origem do abrigo temporário remete-nos para as tendas e

    os toldos tradicionais, usados ainda hoje por todo o mundo

    em situações de emergência.

    Não é necessária uma pesquisa profunda para perceber que as

    tentativas feitas nesta área não respondem às verdadeiras

    necessidades de um abrigo de emergência, pelo menos não no

    tempo e com a eficiência que necessitam. Muitas vezes há

    tentativas de utilizar materiais autóctones para abrigos de

    emergência, para além de ser menos rápido, incentiva a uma

    apropriação do abrigo como permanente.

    O processo de reconstrução é muitas vezes adiado ou nunca

    concretizado porque para pessoas que nunca tiveram uma casa

    que lhe oferecesse condições mínimas, qualquer abrigo semostra adequado para viver permanentemente.

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    Como foi fácil de perceber após uma pesquisa, ainda nenhum

    abrigo capaz de competir com as tradicionais tendas tinha

    sido inventado. Esta invenção nasce da necessidade de criarum abrigo inovador que cobrisse as necessidades básicas das

    situações de emergência.

    A nível económico a situação de resposta actual da

    protecção civil encontra-se em crise pelos altos gastos em

    alimentação, energia, aluguer de equipamentos, e falta de

    condições próprias das tendas e dos abrigos que adquirem a

    preços superiores aos da presente invenção. Para além de

    vantagens económicas, de planeamento e de segurança, há

    também a grande questão ecológica do objecto pelo seu

    carácter renovável e reutilizável, mas também pela

    dignificação do abrigo enquanto abrigo e não habitação

    permanente. Esta solução, para além de resolver questões

    técnicas, resolve ainda as grandes questões culturais e

    geográficas que condicionam as equipas de Emergência.

    Nasce assim a presente invenção, como resposta a esta

    necessidade de criar verdadeiros abrigos de emergência que

    sejam autosustentáveis, inovadores e adequados às

    necessidades de hoje.

    Estado da técnica

    Numa pesquisa cuidada ao estado da técnica foram

    encontrados diversos documentos relacionados com abrigos de

    emergência. É de salientar, que a maioria destes documentos

    refere apenas objectos desmontáveis, frágeis ou elementos

    pontuais para situações específicas sem capacidade de

    responder a catástrofes de grande escala, nem tão pouco

    adaptar-se a um lugar incerto, desprovidos de qualquer

    conotação com abrigo auto-sustentável e insuflável deemergência. Existem ainda outros documentos encontrados

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    sobre abrigos de emergência para animais, investigação que

    está fora do âmbito desta invenção.

    O documento US 5615640(A) descreve um abrigo de emergência

    para animais domésticos, mais especificamente métodos e

    aparelhos para um abrigo de emergência que funciona como

    uma habitação temporária para animais domésticos durante

    desastres naturais como enchentes e outras emergências,

    pelo contrário, a presente invenção apresenta um abrigo de

    emergência para pessoas em caso de desastres naturais e

    outras situações de emergência. O que permite dar resposta

    a outro problema – resolver os abrigos temporários para os

    refugiados em caso de catástrofe ou outra situação de

    emergência.

    O documento US 6981347(B1) descreve uma caixa abrigo para

    uso individual, de material rígido, e limitado na sua

    organização e planeamento a grande escala. É uma caixa

    pensada para o problema dos sem-abrigo e algumas situações

    de catástrofes. Recorre a sistemas electrónicos para fechar

    as mesmas e guardar os pertences, não oferece um bom

    comportamento térmico, nem tão pouco é flexível ao ponto de

    se adaptar às necessidades de diferentes climas. Não se

    apresenta como um objecto autónomo capaz de responder às

    necessidades básicas desde o primeiro momento em que o

    objecto é montado. Pelo contrário, a presente invenção

    apresenta uma solução universal que se adapta ao lugar, ao

    clima e á cultura numa situação de emergência – catástrofes

    naturais ou outras –  através de módulos insuflados

    flexíveis, de uso familiar, o que permite um planeamento a

    grande escala através da organização flexível das

    diferentes Unidades apresentadas para as diferentes

    necessidades básicas individuais e sociais. Adapta-se aqualquer tipo de terreno, pela sua forma e o seu transporte

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    é possível mesmo em sítios onde chegar é uma barreira.

    Oferece a dignidade e conforto necessário para cada

    refugiado e a sua família. Não funciona como uma réplicaadaptada de casa, mas como abrigo temporário que pretende

    ser, com todas as necessidades básicas necessárias. È auto-

    suficiente nas necessidades energéticas básicas, e está

    adaptado para ser autónomo durante 8 dias.

    O documento US 2010122499(A1)  descreve um abrigo com

    material rígido baseado em painéis desmontáveis, para

    pessoas que ficaram sem abrigo após uma catástrofe, guerra,

    para animais ou simplesmente um abrigo para expedições, de

    comportamento e montagem similar ás das tradicionais

    tendas, pelo contrário, a presente invenção apresenta

    Unidades auto-sustentáveis e insufláveis que integram em si

    todos os elementos necessários para dar resposta a uma

    situação de emergência; reúne em si a possibilidade de

    planeamento a grande escala, racionalizando e maximizando a

    utilização do espaço segundo funções e grupos sociais. O

    que permite rapidez de resposta e autonomia desde o

    primeiro dia de implantação, não necessita de montagem, nem

    de elementos adicionais ou acessórios para o seu perfeito

    funcionamento.

    O documento GB 2465330(A)  descreve um abrigo desmontável

    portátil, oco, com dois pisos que se empilham, um kit de

    emergência incluindo mobiliário desmontável, de formas

    rígidas e com obstáculos de altura, pelo contrário, a

    presente invenção apresenta um abrigo facilmente

    transportável, sem necessidade de montagem, que se empilha

    e reutiliza, insuflado –  o que significa que toda a sua

    área é útil - e não necessita de nenhum acessório, o quepermite uma resposta e utilização imediata, acrescenta

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    qualidade, autonomia e um novo conceito no objecto – abrigo

    – de emergência.

    O documento JP 2010043518(A)  descreve uma tenda de

    emergência que pode ser usada como abrigo, pelo contrário,

    a presente invenção apresenta-se como uma solução face às

    tendas que se encontram em crise pelos altos gastos em

    alimentação, energia, arrendamento de equipamentos, e falta

    de condições próprias das tendas e dos abrigos que são

    adquiridos a preços superiores aos das Unidades criadas.

    Para além de vantagens económicas, de planeamento e de

    segurança, há também a grande questão ecológica do objecto

    pelo seu carácter renovável e reutilizável, mas também pela

    dignificação do abrigo enquanto abrigo e não habitação

    permanente.

    O documento DE 102008035937(A1)  descreve uma casa para

    situações de emergência que dispõe de unidades de material

    rígido longitudinais e transversais que montadas criam

    paredes e tectos, apesar de ser de material rígido, não

    oferece mais que as simples tendas, pelo contrário, a

    presente invenção apresenta-se como abrigo temporário – 

    flexível, económico, reutilizável e autónomo - e não casa

    temporária que pode limitar a reconstrução, e o verdadeiro

    sentido dos campos de refugiados que é serem plataformas de

    transição como apelo à reconstrução.

    Breve Descrição das Figuras

    A figura 1  apresenta uma representação esquemática de um

    corte da Unidade Dormitório –  organização do espaço

    interior, integração do mobiliário na forma, sem

    necessidade de nenhum elemento adicional. Representação dapossível curva de deformação Unidade insuflável.

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    A  figura 2 apresenta uma representação esquemática de um

    corte da Unidade Dormitório–  organização do espaço

    interior, integração do mobiliário na forma, sem

    necessidade de nenhum elemento adicional. Representação da

    possível curva de deformação Unidade insuflável.

    A figura 3 apresenta a planta de piso da Unidade Dormitório

    e Planta de Cobertura.

    A figura 4 apresenta cortes transversais e longitudinais na

    Unidade Dormitório, com a representação das medidas

    antropométricas das câmaras de dormir.

    A figura 5 apresenta os alçados da Unidade Dormitório com

    referência à escala humana.

    A figura 6  apresenta pormenores esquemáticos da Unidade

    Dormitório –  Pormenores dos materiais e dos sistemas

    integrados na forma.

    A figura 7  apresenta a planta de piso da Unidade de

    Instalações Sanitárias e a planta de cobertura com

    referência aos dois pontos de ventilação de duas câmaras de

    sanitários.

    A figura 8 apresenta cortes transversais e longitudinais na

    Unidade de Instalações Sanitárias com referência à

    utilização manual dos mecanismo de duches e sanitários.

    A figura 9 apresenta os alçados da Unidade de Instalações

    Sanitárias com a referência á escala humana.

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    A figura 10 apresenta pormenores esquemáticos da Unidade de

    Instalações Sanitárias –  Pormenores dos materiais e dos

    mecanismos integrados na forma - duches.

    A figura 11 apresenta pormenores esquemáticos da Unidade de

    Instalações Sanitárias –  Pormenores dos materiais e dos

    mecanismos integrados na forma - sanitários.

    A  figura 12 apresenta a planta de piso da Unidade de

    Serviços e Planta de Cobertura.

    A figura 13 apresenta cortes transversais e longitudinais

    na Unidade de Serviços, com a representação das medidas

    antropométricas e esquema de ventilação.

    A figura 14 apresenta os alçados da Unidade de Serviços com

    referência á escala humana.

    A figura 15 apresenta pormenores esquemáticos da Unidade de

    Serviços –  Pormenores dos materiais e dos sistemas

    integrados na forma.

    A  figura 16 apresenta as estratégias passivas/activas de

    controlo térmico em climas quentes húmidos.

    A figura 17 apresenta as estratégias passivas/activas de

    controlo térmico em climas frios.

     A figura 18 apresenta  as estratégias passivas/activas de

    controlo térmico em climas quentes secos.

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     A figura 19 apresenta as estratégias passivas/activas de

    controlo térmico em climas temperados –  Verão (36) e

    Inverno (37).

    A  figura 20 apresenta esquematicamente  a  Flexibilidade – 

    formas de acoplagem e organização entre as várias Unidades

    –  para a criação de novos espaços e infra-estruturas

    variadas.

    A  figura 21 apresenta o planeamento estratégico para o

    clima quente seco.

    A  Figura 22 apresenta o planeamento estratégico para o

    clima temperado.

    A  figura 23 apresenta o planeamento estratégico para o

    clima quente húmido.

    A  figura 24 apresenta o planeamento estratégico para o

    clima frio.

    A figura 25 apresenta a estrutura interior em borracha da

    Unidade Dormitório (51), a manta de borracha que reveste a

    estrutura na parte interior e na parte exterior criando uma

    caixa-de-ar, os anéis alternados laterais e o anel

    longitudinal superior e inferior, após insuflamento (53).

    A figura 26 apresenta um Corte nas extremidades da Unidade

    Dormitório para representar a estrutura em borracha de 2cm

    de espessura no interior dos anéis insuflados, e a Unidade

    com revestimento e sem revestimento após utilização.

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    A figura 27 apresenta Esquema do ciclo interno das unidades

    abrigo de emergência para tornar o campo auto-suficiente – 

    biodigestor–  ciclo: Unidade de Instalações sanitárias -

    águas negras - tanque biodigestor - gás – gerador conversor

    de gás em electricidade –  Unidades de Serviços – 

    Equipamentos.

    A figura 28 apresenta o meio de transporte aéreo e o método

    de insuflamento por queda.

    Descrição da invenção

    A presente invenção diz respeito a 3 Unidades de diferentes

    funções básicas: dormir, comer/socializar e manter a

    higiene diária mínima.

    A Unidade Dormitório dá resposta à necessidade básica de

    habitabilidade e protecção. Tem capacidade para 8 pessoas,

    como número capaz de conter uma família, ou um núcleo de

    pessoas controlado. A razão que levou a este número, foi a

    desadequação das tendas multifamiliares que retiram a

    privacidade, aumentam o contágio de doenças, e incentivam à

    promiscuidade entre outros problemas sociais.

    É uma unidade insuflável (fig.2), com zonas alternadas de

    cheio (5) /vazio (6), revestida no seu interior por uma

    fibra sintética impermeável, que se coloca e retira a cada

    utilização (7). Tem 8 câmaras distribuídas em altura, com

    as dimensões apropriadas e ergonómicas para cada pessoa

    dormir (1), ou sentar-se nas câmaras inferiores (2) – 

    pensadas para as pessoas de mobilidade condicionada ou

    idosos - e quatro pequenas câmaras na zona inferior da

    unidade que serve para guardar bens e pertences (3). Entre

    as câmaras de dormir existe um espaço de circulação (4). Aentrada da unidade é uma folha dupla com câmara-de-ar de

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    fibra sintética impermeável, mas translúcida com abertura

    em fecho (8), para permitir a entrada de luz mas manter a

    privacidade. A mesma abertura é utilizada na parte superiordo objecto na abertura circular (7) de iluminação natural e

    ventilação (9). A base da Unidade é reforçada com dupla

    manta de borracha (14) para proteger o objecto insuflável

    do impacto da queda e do contacto directo com o solo. Não

    necessita de acessórios, todos os elementos estão

    desenhados na forma que é um todo (fig.4), e que, sendo

    insuflado, toda a área da Unidade é útil.

    Todas as Unidades têm como principal objectivo a sua

    autonomia no sentido energético e funcional mantendo o

    conforto através da iluminação natural (7) e artificial

    (11) e das estratégias passivas –  ventilação (11) (10),

    termo-regulação. Para climas extremos tem a ajuda de

    sistemas activos de ventilação e aquecimento (12). Na parte

    superior do objecto há uma manta (1x2m) de painel

    fotovoltaico (8) que alimenta os sistemas das estratégias

    activas, assim como a iluminação led interior (11).

    A partir do momento em que esta é insuflada mecanicamente

    ou através de uma explosão controlada pelo sistema adaptado

    do air-bag – Lei dos gases ideias - todas as Unidades estão

    prontas a ser habitadas (64) (65).

    A Unidade de Instalações Sanitárias (fig.7) dá resposta às

    necessidades básicas de higiene. É a única das três

    Unidades apresentadas que devido ao seu uso e às forças

    acrescidas a que vai estar sujeita, requer reforços

    estruturais. Contém 4 pontos de sanitários (17) e dois

    pontos de duches (18). Cada Unidade de Instalações

    Sanitárias dá resposta a 64 pessoas, ou seja 8 Unidades

    Dormitório. Esta Unidade foi pensada para ser auto-suficiente durante 8 dias, tempo previsto segundo o uso

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    deste equipamento, para organizar e estabelecer o

    acampamento. Tem 3 depósitos –  águas brancas (20)

    (superior), aguas cinza (21) (intermédio) e águas negras

    (22) (inferior) (fig.10). Estas câmaras de água sujeitam a

    Unidade a maiores pressões consequentemente a sua estrutura

    é reforçada tendo uma base sólida em borracha (19) com dois

    depósitos de águas negras (22) e mais de 80% de zonas

    insufladas (5).

    A dimensão do depósito superior de águas brancas (20) foi

    calculada segundo os valores da Organização Mundial de

    Saúde, tendo em conta a relação da quantidade mínima

    necessária de litros/pessoa/dia. Para gerir a utilização da

    água de forma a rentabilizar o seu uso, esta é reutilizada

    num sentido descendente da organização das câmaras de água,

    partindo da ordem de necessidade de águas brancas (câmara

    superior) para dois pontos da Unidade –  banhos (18) e

    lavatório (17) - passando para as águas cinzas (20) (câmara

    intermédia) das descargas, e por sua vez para as águas

    negras (22) (câmara inferior) onde termina o ciclo de

    aproveitamento da água juntamente com os resíduos sólidos.

    A localização das câmaras em sentido descendente é com o

    objectivo de movimentar as águas sem necessidade a qualquer

    força mecânica utilizando apenas a força gravítica e

    acrescentando pontos de força manual –  controlador de

    chuveiro (25), descarga do autoclismo (26) e manivela (24)

    para retirar a água dos duches para o depósito das águas

    cinzentas (21) utilizadas depois para as descargas. Por

    fim, esta organização facilita a extracção dos resíduos da

    câmara inferior (22) a cada 8 dias.

    Estas Unidades permitem tornar um campo auto-sufuciente a

    nível energético a curto/ médio prazo, se necessário. Uma

    das possibilidades apresentadas é através das águas negrasretiradas de cada unidade (22) de instalações sanitárias a

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    cada 8 dias, que podem ser armazenadas em câmaras

    biodigestoras (60) para produzirem Gás (61), que através de

    geradores que transformam gás em electricidade (63)alimentam as infra-estruturas e lugares sociais do campo – 

    escolas, hospitais, igrejas entre outras (62).

    A Unidade de Serviços (fig.12) dá resposta às necessidades

    comunitárias - desde infra-estruturas a lugares sociais - e

    funciona como uma plataforma de transição. É a única que

    não é uma forma fechada, o que lhe permite conectar-se às

    Unidades de Dormir (40), às Unidades de Instalações

    Sanitárias (38), e entre elas (39), criando espaços que

    podem ter diferentes funções, desde o simples refeitório a

    complexos hospitais de campanha – espaços esses possíveis

    porque a Unidade de Serviços tem uma base que é uma manta

    de borracha sólida para facilitar a circulação de pessoas,

    macas, mercadorias entre outros (31). Duas das suas faces

    são abertas com uma parede de fecho em tela dupla

    impermeável facilmente removida (27), e numa das faces de

    maior comprimento tem 3 aberturas com o mesmo sistema de

    portas (28) para receber a Unidade de Instalações

    Sanitárias, e do lado oposto apenas uma para receber uma

    Unidade Dormitório (31) possibilitando a criação de vários

    espaços com diferentes dimensões, proporcionais às

    necessidades do acampamento (fig14). Como é uma Unidade de

    ligação/serviços comuns, tem mais iluminação através das

    aberturas laterais (27) (28) (31) e zenitais (29) que

    permitem para além de iluminar naturalmente, ventilar (32)

    através da abertura fácil de fechos. A Unidade de Serviços

    tem iluminação similar á Unidade de Dormir. Como primeiro

    recurso tem luz, ventilação e estratégias de controlo

    térmico naturais e passivas, como auxílio possui umpainel/manta fotovoltaico (30) para melhorar às condições

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    básicas de uso – iluminação led e ventilador (quente/frio)

    (33).

    Os materiais que tornaram possível esta invenção foram

    inspirados nas estruturas pneumáticas. A manta de borracha

    utilizada na indústria pneumática é um material de

    características específicas e proporciona um produto

    ligeiro, económico, flexível, reciclável e pré-fabricado

    (fig. 25). As Unidades são todas elas não rígidas, o que

    lhe dá estabilidade é a borracha sobre pressão do

    insuflamento (52). Apenas existe uma estrutura interior das

    zonas insufladas que lhe atribui mais estabilidades entre

    as zonas alternadas de cheio (53) / vazio (54). Essa

    estrutura é constituída por elementos em borracha de 2cm de

    espessura (51) que desenham a forma interior e exterior de

    cada unidade. Essa estrutura é depois revestida pela manta

    de borracha de 1 cm de espessura (57) que é toda ela

    vulcanizada para depois ser insuflada. Todas as unidades

    menos a unidade das Instalações sanitárias, são revestidas

    por uma fibra têxtil impermeável facilmente lavável e

    removível com bandas termo-coladas (58).

    Todo o objecto insuflado é tratado como uma peça única

    através da técnica de colar a quente –  vulcanizando os

    materiais - aumentando assim a sua resistência.

    Todas as Unidades são feitas de Manta de borracha de

    costura com banda termo-colada (59) - cola de suporte de

    neoprene - que faz a ligação de diferentes materiais

    inclusive fibras têxteis (58).

    A tela de borracha proposta tem características de

    resistência ao ozono, intempéries, ácidos diluídos e

    salmouras, baixa absorção de água e resiste a amplitudes

    térmicas de -40°C a 140°C. Esta borracha é um material

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    inerte e não contamina durante o seu processo de produção,

    de instalação ou durante a sua vida útil (57).

    As aberturas são revestidas 

    em Poliuretano (impermeável elavável) (28) (27) (8) (65) translúcido, com costura de

    banda termo –  colada e fecho éclair de alta resistência

    (27).

    Cada Unidade, por si só, apresenta um bom comportamento

    térmico apenas através de estratégias passivas, como se

    demonstra pela boa resistência térmica:

    λ_(borracha sintética) = 0,4W/m^2℃ 

    λ_poliester=0,4W/m^2℃ 

    λ_(ar (Ra))= 0,16 m^2℃/W

    Kp=1/Rt=1/1,1775≅0,849W/m^2℃ 

    Rt=0.01/i_1+0.18/i_2+0.01/i_3+0.001/i_4

    =0.01/0,4+0.18/0,16+0.01/0,4+0.001/0,4=1,1775m^2℃/W

    K=0,58 W/m^2℃ 

    K=1,13 W/m^2℃ 

    Rt=0.05/0,4+0.005/0,4+0,15/0,16+0.004/0,4=1,028W/m^2℃ 

    Q_1= h_i×S(θ_i-θ_si )×Δt[W.h]

    Q_2= K_p×S(θ_si-θ_se )×Δt[W.h]

    Rt=e_1/i_1 +e_2/i_2 +e_3/i_3

    Uma parede dupla tradicional (tijolo de 15x11cm, caixa de

    ar e isolamento térmico) tem uma resistência térmica de0,58w/m2*Cº, em comparação com o valor obtido 0,849w/m2*Cº,

    as Unidades abrigo de emergência apresentam um bom

    comportamento térmico - funcionam como uma estrutura

    hermética.

    Para melhorar o seu comportamento térmico, em climas

    extremos, as unidades dormitório e serviços incorpora na

    parte superior do objecto uma manta Painel fotovoltaico

    maleável (8) (30), que para além de painel é também uma

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

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    17

    tela impermeabilizadora e altamente eficiente mesmo com luz

    difusa.

    As Unidades Dormitório e a Unidade de Serviços têm uma

    produção média das estratégias activas através da manta

    painel fotovoltaico, segundo dados fornecidos por empresas

    que comercializam este produto, calculamos (por horas de

    exposição solar): 160w/h por m2.

    As Unidades Dormitório e a Unidade de Serviços têm 2m2 de

    manta painel fotovoltaico (8) (30), o correspondente a

    220W/h, ou seja, a 1760W/dia.

    A bateria de 12V (62) tem a capacidade de armazenar 1000 W.

    Tendo em conta que o ventilador (33) (11) (12) gasta em

    média 45w/h e cada lâmpada Led 3W/h, observamos a autonomia

    energética das Unidades.

    As suas capacidades herméticas mantêm a temperatura

    interior estável, mesmo em climas mais extremos (fig.19).

    Calculando agora a autonomia da Produção Energética Passiva

    das unidades dormitório e serviços - como base de toda a

    estratégia termo-reguladora –  tendo em conta que cada

    pessoa por hora liberta 152 calorias, convertendo o calor

    para a potência expressa em watts dada pelo sistema

    internacional W=Jºs -1, obtemos: 

    - 80w por pessoa ou seja uma produção de 640 W/h.

    Apresenta-se a flexibilidade e adequação do objecto ao

    lugar e ao clima (37).

    A Unidade de Instalações Sanitárias tem uma autonomia de 8

    dias - tempo previsto para organização e estabilização de

    um acampamento - após insuflada e enchido com água o

    deposito das aguas brancas (23) manualmente ou com motor,

    foi calculada segundo as normas internacionais daOrganização Mundial de Saúde e UNICEF – 20L/pessoa –  dos

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

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    18

    quais, 2L para beber, 7,5L para o banho, 0,5L para a louça,

    2,5L para lavar o rosto e os dentes, 7,5L para descargas.

    Calculando obtêm-se:

    20 L – 7,5 L (reutilizar a agua do banho para descargas) – 

    0,5 L para a louça = 12 L

    12litros:

      2 L para beber – Diário;

      7,5 L para banho – Semanal;

      2,5 L para lavar rosto – Diário;

    Consumo total de água necessária para beber e lavar o rosto

    partindo do consumo diário recomendado, considerando 8

    dias:

      (2+2,5) × 8pessoas×8cápsulas×8dias = 2304 L;

    Consumo total de Agua necessária para tomar banho, partindo

    do consumo semanal recomendado, considerando 8 dias:

      7,5× 8 pessoas× 8 cápsulas = 480 L (21);

    Total em 8 dias:

      2304L + 480L = 2784L (20) (quantidade de agua a

    colocar no depósito das instalações sanitárias que

    abastece 8 cápsulas).

    Para insuflar as Unidades utiliza-se uma explosão

    controlada similar à do air-bag (55) que tem por base a lei

    dos gases ideais. Para tal utiliza-se o meio de transporte

    aéreo que com o impacto da queda (64) (65) a Unidade é

    insuflada em segundos e pronta a usar. Sem obstáculos

    transportam-se unidades de abrigo prontas a usar, para

    lugares de emergência onde mais nenhum abrigo poderia

    chegar.

    Calculando a quantidade de Azoto para encher 10m3 a uma

    pressão de 2bars = 2atm obtêm-se:

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

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    19

    P=2atm

    V=〖10m〗^3

    T=300K (20℃)

    R=0,08atm×l/(mol×K)

    Pv=nRt = (2×〖10〗^4)/0,082=8,13×〖10〗^2 mol

    Transformando o número de moles de Azoto (N2) em Kg tem-se:

    8,13×〖10〗^2 mol de N_2=22,764Kg de N_(2 ) (8,13×28g)

    São portanto necessários 22,764Kg de Azoto para encher

    10m3,por associação, utilizando a mesma expressão, são

    necessários 18Kg de Azoto para insuflar 8m2–  espaço

    insuflado nas Unidades Dormitório.

    Como opção ao insuflamento por explosão controlada, a

    invenção prevê a possibilidade de ser insuflada com ar

    comprimido, através de uma pequena abertura existente na

    parte inferior de cada unidade.

    As 3 Unidades de Abrigo de emergência têm a capacidade de

    se adaptar a diferentes climas, tendo em conta todas as

    suas especificidades. Para climas quentes secos apresenta

    um planeamento compacto (43), criando um microclima – Unem-

    se as Unidades, em grupos compactos, para reduzir as

    superfícies expostas á radiação, aumentando a massa por

    unidade de volume e com ele o aumento da inércia térmica

    global (42). Aproximar as Unidades entre si gerando sombras

    projectadas favorecendo as perdas de calor sem aumentar os

    ganhos por radiação (41). O Sombreamento planeado pode

    gerar microclimas e consequentemente correntes de ar que

    melhoram a ventilação (44) e o conforto térmico diurno (34)

    e nocturno (35); para os climas quentes húmidos apresenta

    um planeamento disperso (47) –  Organizam-se as Unidades

    separadas entre si, para não criar barreiras à circulação

    do ar, nem os fluxos de umas Unidades para outras, assim

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

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    20

    consegue-se uma maior ventilação para dissipar o calor e

    reduzir a humidade com o movimento do ar (46); para o clima

    frio apresenta um planeamento compacto (50) - Une asUnidades em grupos compactos, para reduzir as superfícies

    expostas, aumentando a massa por unidade de volume e com

    ele o aumento da inércia térmica global, aproximarem as

    Unidades entre si gerando blocos compactos menos expostos

    (48). A sua forma orgânica oferece ainda a mínima

    resistência ao vento, auto protegendo-se dos ventos fortes

    (49); no clima temperado há a necessidade dado a sua

    complexidade de criar estratégias de planeamento sazonal -

    Planear o campo tendo em conta a época do ano da catástrofe

    –  época quente (36), época fria (37), para potenciar as

    estratégias passiva. Criar pequenos núcleos (45), dar maior

    importância social aos lugares - climas relacionados com

    países de hábitos de socialização e vivencia do espaço

    exterior mais desenvolvidas.

    Sumário da invenção

    A presente invenção diz respeito a 3 cápsulas de diferentes

    funções básicas: dormir, comer/socializar e manter a

    higiene diária mínima.

    É objectivo da presente invenção preencher a grande lacuna

    que existe hoje na resposta às situações de emergência.

    Não se apresenta como uma solução limitada a condicionantes

    de lugar, economia ou cultura. Responde de forma eficaz e

    única às situações de emergência porque não existe hoje

    nenhum modelo de abrigo de emergência que possua as

    características da presente invenção –  pelos materiais

    utilizados, os métodos de insuflamento, controlo térmico e

    controlo económico e principalmente pela sua flexibilidadee autonomia.

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    21

    Estas unidades abrigo de emergência têm uma capacidade

    Organizativa/Custo que nenhum abrigo consegue proporcionar

    hoje - na mesma área de ocupação consegue dar abrigo a 10vezes mais pessoas que uma solução tradicional de tendas -

    bem como racionaliza o número de voluntários necessários

    para o controlo do campo. Apresenta-se com capacidade

    comercial, capaz de se sustentar (no caso de países sem

    recursos económicos) através do motor a custo Zero, que não

    é mais que um modelo de publicidade de fluxos sociais – 

    troca de financiamento através da publicidade impressa nas

    em cada Unidade de Abrigo. As soluções actuais encontram-se

    em crise pelos altos gastos em alimentação, energia,

    arrendamento de equipamentos, e falta de condições próprias

    das tendas e dos abrigos que são adquiridos a preços

    superiores aos das Unidades criadas.

    Na tabela seguinte pode-se analisar a relação

    custos/qualidade/ciclo de vida do projecto (dados obtidos

    pelo preço médio em vigor no mercado 2009), e comparar com

    a seguinte tabela que apresenta a relação

    custos/qualidade/ciclo de vida do existente hoje em

    situações de emergência – dados fornecidos pela Protecção

    Civil italiana que actuou no Terramoto em Àquila, Itália

    2009.

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    22

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    23

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    24

    Para além de vantagens económicas, de planeamento e de

    segurança, há também a grande questão ecológica do objectopelo seu carácter renovável e reutilizável, mas também pela

    dignificação do abrigo enquanto abrigo e não habitação

    permanente. Os campos de refugiados são apresentados neste

    projecto como plataformas de transição que devem ser. 

    Esta solução, para além de resolver questões técnicas,

    resolve ainda as grandes questões culturais e geográficas

    que condicionam as equipas de Emergência.

    Exemplos de aplicação

    Os elementos constituintes do invento podem ser realizados,

    preferencialmente, das seguintes formas:

    - Para as várias Unidades desta invenção, que têm a mesma

    base industrial, podem ser realizadas com manta de borracha

    e borracha sólida com as seguintes características:

    resistência ao ozono, intempéries, ácidos diluídos e

    salmouras, baixa absorção de água e resistência a

    amplitudes térmicas de -40°C a 140°C.

    A borracha utilizada nesta invenção é um material inerte e

    não contamina durante o seu processo de produção, de

    instalação ou durante a sua vida útil.

    - Para os elementos da estrutura interna (37) de todas as

    Unidades, pode ser realizada com uma manta de borracha de

    2cm de espessura, com as características apontadas

    anteriormente.

    - Para os elementos da base da Unidade de Instalações

    Sanitárias (18), pode ser realizado em molde industrial,com duas câmaras vazias e quatro pontos sanitários de

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    25

    borracha desenhados na forma. Este bloco maciço incorpora

    já uma estrutura de 2cm de espessura de borracha semelhante

    á da Unidade de Dormir (37). Para a base da Unidade de

    Serviços, pode ser realizada com borracha sólida de 6 cm

    apenas com moldes laterais.

    - Para a manta de borracha de 1cm (57) (52) e 2cm (37) de

    espessura utilizada em todas as unidades pode ser realizada

    com uma manta de borracha utilizada na indústria pneumática

    de características específicas, referidas anteriormente; a

    estrutura interior das zonas insufladas de borracha de 2cm

    de espessura (37) com as mesmas características, que define

    os anéis alternadas de cheio (53) / vazio (54).

    - Para os elementos de revestimento interior da Unidade

    Dormitório e de Serviços pode ser realizada com fibra

    têxtil impermeável e lavável, e fechos resistentes

    existentes no mercado têxtil (58).

    - A Unidade de Instalações Sanitárias, a base é em

    borracha sólida com duas câmaras vazias e quatro pontos

    sanitários de borracha desenhados na forma, como se de um

    molde se tratasse. Este bloco maciço incorpora já uma

    estrutura de 2cm de espessura de borracha semelhante á da

    Unidade de Dormir, apenas é necessário contornar a

    estrutura e moldar a forma para ser insuflada.

    - A Unidade de Serviços tem uma base sólida em borracha de

    6cm de espessura revestida pela manta de 1cm e suportada

    pela estrutura de borracha de 2cm.

    - Todos os elementos das Unidades são tratados como umapeça única através da técnica de colar a quente, para

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    26

    poderem ser insufláveis, e vulcanizados para aumentar a sua

    resistência. O interior da Unidade Dormitório, e na Unidade

    de Serviços, é revestido por uma manta de fibra têxtil

    impermeável lavável removível (58).

    - Os elementos podem ser realizados com a seguinte fase de

    montagem numa indústria ligada á pneumática e moldes:

    1. Estrutura interna/base sólida ou insuflável;

    2. Revestimento com manta de borracha interior de

    características descritas acima;

    3. Colocação dos elementos no interior das zonas aneladas

    vazias (55) (12) (11), Azoto para o insuflamento por

    queda - pode ser o utilizado pela indústria automóvel

    no airbag e a manta painel fotovoltaico utilizada na

    indústria das energias alternativas (30);

    4. Revestimento exterior que envolve toda a estrutura

    (56);

    5.  Revestimento do interior com a fibra têxtil

    impermeável lavável;

    6.  Colocação a quente das aberturas em tecido semelhante

    ao do revestimento interior mas translúcido e fechos

    industriais resistentes utilizados na industria do

    vestuário.

    7. 

    Transporte e Utilização.

    - Para o elemento –  biodigestor –  pode ser realizado in

    loco criando dois tanques subterrâneos semelhante à técnica

    utilizada em muitas cidades asiáticas. O gerador pode ser

    um gerador industrial capaz de converter gás em

    electricidade.

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    27

    - Para o seu transporte pode ser utilizado transporte via

    aérea, marítima ou terrestre, e no caso de ser transportada

    por via aérea é lançada no local por pára-quedas (64) e

    insuflada pelo impacto da queda (65). Os pára-quedas podem

    ainda ser reutilizados para fazer zonas de sombreamento

    como uma das estratégias de planeamento descritas na

    descrição da invenção (41).

    - Para o motor custo zero, pode ser realizado através da

    publicidade de grandes empresas, e pelas entrevistas dos

    meios de comunicação social.

    Como mostrado, este projecto é susceptível de aplicação

    industrial através de um processo semelhante á produção de

    elementos insufláveis aliados á pneumática. Todas as peças

    desenhadas neste projecto foram pensadas para produção

    industrial modular. A sua viabilização económica parte do

    principio da produção em série, para responder às situações

    de catástrofe, minimizando custos e maximizando o produto.

    Os materiais referidos na descrição detalhada da invenção e

    nos exemplos de aplicação, são os susceptíveis de aplicação

    industrial relacionada com embarcações de pneumáticos e

    semi-rígidos.

    Desta forma, a presente invenção tem aplicação na área da

    protecção civil e ajuda humanitária internacional.

    Covilhã, 16 de Setembro de 2010

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    R E I V I N D I C A Ç Õ E S

    1. Abrigo auto-sustentável insuflável de Emergência,

    caracterizado por responder eficazmente a situações de

    catástrofes naturais, áreas de conflito e situações de

    guerra, pronto a usar sem necessidade de montagem ou

    acessórios (52), apresenta uma autonomia de 8 dias (20)

    após a sua organização in loco (43) (45) (47) (50) que

    após estabelecido, tem capacidade de gerar energia para

    todas as infra-estruturas criadas no acampamento (60)

    (61) (63) (62).

    2. Abrigo auto-sustentável insuflável de Emergência, de

    acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo método

    de insuflamento, adaptado dos sistemas air-bag [lei dos

    gases ideais (52) (53) (54) (1)], provocado pelo impactoda queda quando transportado via aérea (64).

    3. Abrigo auto-sustentável insuflável de Emergência, de

    acordo com a reivindicação 1 e 2, caracterizado pela

    capacidade de termo-regulação através de estratégias

    passivas por um sistema de layers  [anéis insufláveis

    constituídos por um combinado de manta de borracha (56),caixa-de-ar (55), manta de borracha e fibras têxteis

    impermeáveis (58) que funcionam como uma unidade

    hermética] com o apoio de sistemas de ventilação natural

    (9) (32) e pelo auxílio de estratégias activas (33) nas

    unidades dormitório e serviços [manta painel

    fotovoltaico (12) (30), que armazena a energia numa

    bateria situada num anel central de um vazio (55) e que

    alimenta a iluminação led interior e o ventilador

    29

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    29/56

    quente/frio (12) (11) (33)], estas estratégias adaptadas

    ao lugar (34) (35) (36) (37) e utilizadas em conjunto

    com as estratégias de planeamento (43) (45) (47) (50),

    completam este objecto, na diferença face ao

    comportamento térmico dos abrigos usados hoje pelas

    equipas de intervenção.

    4. Abrigo auto-sustentável insuflável de Emergência, de

    acordo com a reivindicação 1, 2 e 3 caracterizado por

    ser economicamente viável face às soluções usadas hoje

    pelas equipas de intervenção (conforme ilustração na

    tabela apresentada na descrição), obtém-se um tempo de

    montagem reduzido a 1 minuto e dispensando a utilização

    de qualquer acessório, face aos 40 minutos de montagem

    e à necessidade de vários voluntários e utilização de

    acessórios como estrados, colchões, cadeiras e ar

    condicionados, que acrescem significativamente o preçopor pessoa.

    5. Abrigo auto-sustentável insuflável de Emergência, de

    acordo com a reivindicação 1, 2, 3 e 4 caracterizado por

    ser facilmente transportável e flexível, dando resposta

    a necessidades básicas de higiene, conforto e

    sociabilidade, viabilizando economicamente esta

    intervenção sustentável ao aliar-se ao conceito de

    produto ligeiro comercializável de baixo custo,

    flexível, reciclável e pré-fabricado.

    6. Abrigo auto-sustentável insuflável de Emergência, de

    acordo com a reivindicação 1, 2, 3, 4 e 5 caracterizado

    pela capacidade de minimizar o uso do espaço

    [conseguindo dar abrigo a 10 vezes mais pessoas que uma

    30

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    30/56

    solução tradicional de tendas comuns, na mesma área de

    ocupação] bem como racionalizar o número de voluntários

    necessários para o controlo do campo, não condicionando

    o lugar de implantação (42) (44) (45) (46) (47) (48)

    (49).

    7. Abrigo auto-sustentável insuflável de Emergência, de

    acordo com a reivindicação 1, 2, 3, 4, 5 e 6

    caracterizado por ser comercialmente viável pela

    possibilidade apresentada num motor económico a custo

    Zero [complemento económico desta invenção que aproveita

    a possibilidade comercial da publicidade] possível

    através de um diagrama de circulação de energia social,

    baseado numa dinâmica sem custos para os afectados –

    Catástrofe; Unidades de emergência; Publicidade impressa

    em cada unidade; meios de comunicação social;

    publicidade das entidades financiadoras impressas nasunidades de abrigo; ligação da entidade publicitada a

    causas sociais.

    8. Abrigo auto-sustentável insuflável de Emergência, de

    acordo com a reivindicação 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 que se

    caracteriza por ser um abrigo original devido às suas

    características de transporte, montagem, utilização,autonomia, flexibilidade, economia e capacidade de

    reutilização.

    Covilhã, 16 de Setembro de 2010

    31

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    31/56

     

    D E S E N H O S

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    32/56

    2/26 

    Figura 1

    (2)

    (3)

    (1) (4)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    33/56

    3/26 

    Figura 2

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    34/56

    4/26 

    Figura 3

    (5) (6)

    (8)(7)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    35/56

    5/26 

    Figura 4

    (5)(6)

    (9)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    36/56

    6/26 

    Figura 5

    (10)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    37/56

    7/26 

    Figura 6

    (15)

    (10)

    (14)

    (13)

    (14)

    (7)

    (11)

    (12)

    (16)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    38/56

    8/26 

    Figura 7

    (17)

    (18)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    39/56

    9/26 

    Figura 8

    (19)

    (19)

    (5)

    (5)

    (18)

    (17)

    (20) (20)

    (17)

    (21)

    (22) (22)

    (23)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    40/56

    10/26 

    Figura 9

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    41/56

    11/26 

    Figura 10

    (24)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    42/56

    12/26 

    Figura 11

    (25)

    (10)

    (26)

    (26)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    43/56

    13/26 

    Figur

    Figura 12

    (27)(27)

    (34)

    (28)

    (29)

    (30)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    44/56

    14/26 

    Figura 13

    (28)

    (31)

    (29)(29)(29)

    (32)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    45/56

    15/26 

    Figura 14

    (27)

    (28)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    46/56

    16/26 

    Figura 15

    (27)

    (30)

    (33)

    (16)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    47/56

    17/26 

    Figura 16

    Figura 17

    Figura 18

    Figura 19

    (34) (35)

    (36)

    (37)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    48/56

    18/26 

    Figura 20

    (40)

    (38)

    (39)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    49/56

    19/26 

    Figura 21

    (43)

    (42)

    (41)

    (44)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    50/56

    20/26 

    Figura 22

    (45)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    51/56

    21/26 

    Figura 23

    (47)

    (46)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    52/56

    22/26 

    Figura 24

    (50)

    (48)

    (49)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    53/56

    23/26 

    Figura 25

    (51)

    (52)

    (53)

    (54)

    (51)

    (57)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    54/56

    24/26 

    Figura 26

    (59)

    (58)

    (56)

    (55)

    (57)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    55/56

    25/26 

    Figura 27

    (60)

    (63)

    (62)

    (61)

  • 8/17/2019 Insuflável para abrigo

    56/56

    (65)

    (64)