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Instrumentação Médica Equipamentos de Eletrocirurgia Henrique J. Q. Oliveira [email protected]

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Page 1: Instrumentação Médica Equipamentos de Eletrocirurgia Henrique J. Q. Oliveira quintino@umc.br

Instrumentação Médica

Equipamentos de Eletrocirurgia

Henrique J. Q. Oliveira

[email protected]

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Equipamentos de eletro-cirurgia

São equipamentos usados para realizar cortes e coagulação das proteínas dos tecidos em procedimentos cirúrgicos.

Produz cortes e destruição das células locais, o que diminui o risco de disseminação de células defeituosas.

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Histórico

A prática de cauterização dos tecidos por calor é conhecida a mais de 3000 anos.

O conhecimento para a produção dos bisturis elétricos se iniciam em 1891, quando d’Arsonval constata que correntes de alta freqüência podem atravessar o corpo sem dor ou manifestação neuromuscular.

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Histórico

Em 1929 Bovie constrói o primeiro equipamento comercial de corte e hemostasia usando correntes elétricas de alta freqüência;

Com os transistores de estado sólido na década de 1970 se obtém equipamentos mais compactos;

Na década de 1990 se obtém o monitoramento e o controle dos bisturis elétricos, o que amplia sua utilização.

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Princípio de Funcionamento

Os bisturis elétricos são capazes de aplicar correntes de alta freqüência e alta potência em tecidos biológicos sem contato direto;

Essa ação produz aquecimento instantâneo que permite realizar corte ou hemostasia;

A freqüência e a potencia aplicadas pelo bisturi devem ser controladas, com base na impedância dos tecidos, para que o efeito desejado seja obtido.

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Efeitos cirúrgicos: Corte

Corte eletro-cirúrgico: Células são aquecidas rapidamente e explodem. O calor é dissipado pelo vapor, que impede a propagação pelas vizinhanças.

O corte ocorre por centelhamento elétrico, sem que o eletrodo do bisturi toque nas células. Neste caso, são usados eletrodos pequenos para que a densidade de corrente por área seja maior.

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Efeitos cirúrgicos: Corte

As figuras são exemplos de cortes que podem ser realizados por bisturis elétricos

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Efeitos cirúrgicos: Fulguração

Na fulguração não há corte. A freqüência e a potencia do bisturi são controladas de forma que o centelhamento ocorra intermitentemente.

As células são desidratadas, mas não explodem, o que provoca a coagulação superficial das proteínas (hemostasia), formando uma casca sobre o tecido e impedindo a hemorragia.

Neste caso os eletrodos são maiores, para que a densidade de corrente por área seja menor.

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Efeitos cirúrgicos: Blend (corte misto)

O Blend é uma forma intermediária entre o corte e a fulguração.

Neste caso se faz um corte seguido de uma hemostasia moderada.

Ao mesmo tempo que se corta o tecido as regiões vizinhas são aquecidas ao ponto de coagulação, o que diminui o sangramento.

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Sinais de controle do bisturi

Cada efeito desejado se dá por um tipo de sinal:

O corte pode ser realizado por um sinal senoidal com freqüência de 1 a 4,5 MHz e tensão de até 1000 V ou potência de até 400W, com controle de 0,1%.

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Sinais de controle do bisturi

A fulguração pode ser realizada com um sinal senoidal intermitente, ou

Com sinal senoidal amortecido e intermitente

A potencia transmitida ao tecido pode ser controlada pelo tempo intermitência do sinal.

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Sinais de controle do bisturi

O blend pode ser obtido com um sinal senoidal intermitente, alternado com intermitente amortecido, ou...

Sinal senoidal com amplitude modulada no tempo.

A potencia transmitida ao tecido pode ser controlada pelo tempo de intermitência do sinal.

A figura a seguir mostra exemplos desses sinais.

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Sinais de controle do bisturi

Corte

Formas de

Coagulação

Formas de

Blend

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Montagem de trabalho

O bisturi elétrico exige uma base de trabalho específica.

Eletrodo ativo (caneta)

Eletrodo de dispersão (retorno)

Cabo ativoUnidade

Eletrocirúrgica

Cabo do eletrodo de retorno

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Configuração da base

O bisturi elétrico exige uma base de trabalho específica.

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Configuração da base

a) Eletrodo de dispersão simples, rígido, em aço inox. Conector tipo plug;b) Eletrodo de dispersão flexível autocolante descartável. Conector especial;c) Linha de eletrodos de dispersão de um fabricante, incluindo REM.

a) b) c)

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Eletrodos e equipamentos

c) Linha de eletrodos de dispersão de um fabricante, incluindo REM.

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Montagem de trabalho

O eletrodo de trabalho deve ser pequeno quando comparado ao eletrodo de retorno.

O eletrodo de retorno deve ser uma placa condutora com grande área de contado com o corpo, para que a densidade de corrente seja pequena.

Ela deve ser preferencialmente colocada em oposição à área de trabalho.

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Efeitos da corrente sobre o corpo

A potencia do bisturi deve ser controlada, porque uma corrente alta por longo tempo por ser danosa.

INTENSIDADE EFEITO

< 1 mAImperceptível se aplicada externamente. No coração, correntes maiores que 10 A podem causar fibrilação ventricular.

Entre 1 e 10 mA Limiar de percepção

Entre 10 e 30 mA Perda de controle motor (let-go)

Entre 30 e 75 mA Parada respiratória

Entre 75 e 250 mA Fibrilação ventricular

Entre 250 mA e 4 A Contração cardíaca sustentada

> 4 A Queimadura dos tecidos

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Efeitos da corrente sobre o corpo

A densidade local da corrente produz diferentes efeitos sobre os tecidos

Densidade de Corrente Efeito

< 10 mA / mm2 Sem alterações perceptíveis na pele.

Entre 10 e 20 mA / mm2 Avermelhamento na região de contato.

Entre 20 e 50 mA / mm2 Coloração marrom na região de contato. Para t > 10 s, formação de bolhas.

> 50 mA / mm2 Início da carbonização dos tecidos.