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COORDENAÇÃO DE APOIO TÉCNICO PERICIAL CATEP INSTRUÇÃO TÉCNICA 05/2017 PARCELAMENTO DO SOLO URBANO Unidades Técnico-Periciais Ambiental e de Engenharia Outubro de 2017

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COORDENAÇÃO DE APOIO TÉCNICO PERICIAL

CATEP

INSTRUÇÃO TÉCNICA 05/2017

PARCELAMENTO DO SOLO URBANO

Unidades Técnico-Periciais Ambiental e de Engenharia

Outubro de 2017

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APRESENTAÇÃO

Cabe ao Ministério Público zelar pela garantia da ordem urbanística nos parcelamentos

de solo urbano, agindo de forma preventiva para evitar irregularidades durante o processo

de aprovação e instalação de novos loteamentos, sobretudo, fazendo com que as os órgãos

competentes públicos e privados cumpram com as suas funções legais nos ritos

administrativos e técnicos de aprovação, execução e entrega do empreendimento

imobiliário.

Desta maneira, esta Instrução Técnica visa orientar as Promotorias de Justiça na

atuação de procedimentos referentes à aprovação e aos registros de parcelamentos de solo

quando comunicados pelo Cartório de Registro de Imóveis ou ao receber ou identificar

alguma irregularidade na instalação de novos loteamentos. A presente instrução apresenta de maneira geral as diretrizes, etapas, documentos e

projetos necessários para a aprovação e o registro do parcelamento1 do solo urbano. O

objetivo deste documento é instruir a Promotoria de Justiça para realizar a análise de

documentos remetidos pelo Cartório de Imóveis ou outro órgão visando identificar se o

parcelamento atendeu as diretrizes da Lei nº 6.766/1979 e demais leis pertinentes na esfera

estadual e municipal, estando apto ao registro no Cartório1. Compõe esta instrução técnica: i) fluxograma com as etapas gerais da instalação de um novo parcelamento

(Apêndice 1); ii) check list e lista de documentos necessários para aprovação e registro de um novo

loteamento (Apêndice 2); iii) sugestões de quesitos aos órgãos/instituições competentes sobre parcelamento

do solo (Apêndice 3); e iv) sugestão de rotinas administrativas (fluxo interno) às Promotorias de Justiça para

atuação nas situações de ordem administrativa (análise documental) e análise de

irregularidade (Apêndice 4).

1 Não faz parte do escopo desta instrução processos de desmembramentos, parcelamento de solo

rural e regularização fundiária de loteamentos irregulares ou clandestinos.

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Sumário 1. CONCEITO ..................................................................................................................................... 4

2. NORMATIZAÇÃO APLICÁCEL ................................................................................................. 5

3. ETAPAS DO PARCELAMENTO DE SOLO URBANO .......................................................... 7

3.1. Consulta Prévia .......................................................................................................... 7

3.2. Elaboração de Projetos ............................................................................................ 8

3.2.1. Projeto Urbanístico, Memorial Descritivo e Cronograma das Obras ....... 8

3.2.2. Licença Ambiental .................................................................................................. 9

3.2.3. Projetos de Infraestrutura Básica .................................................................... 11

3.3. APROVAÇÃO E REGISTRO ................................................................................... 13

3.3.1. Aprovação pelo Município ................................................................................. 13

3.3.2. Aprovação pelo órgão de vigilância sanitária .............................................. 13

3.3.3 Registro no Cartório de Imóvel .......................................................................... 14

4. INFORMAÇÕES E ORIENTAÇÕES IMPORTANTES .......................................................... 16

5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 17

6. APÊNDICES ................................................................................................................................. 19

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Coordenação de Apoio Técnico Pericial Unidades Técnico-Periciais Ambiental & de Engenharia

Rua 23, esq. com a Rua 03, Qd. A-12, Lt. 11. Anexo MP

Bairro Jardim Goiás, Goiânia-Goiás - CEP 74.805-100. 62 3239-0621 / 0691

[email protected]

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1. CONCEITO

O planejamento e a instalação de novos parcelamentos do solo urbano devem ser

realizados observando as diretrizes estabelecidas na Lei nº 6.766/1979, Lei Estadual nº

16.140/2007 e as leis municipais existentes.

O parcelamento de solo urbano está condicionado a diversos requisitos e condições

adequadas que envolvem: aspectos relacionados ao zoneamento da área a ser parcelada,

restrições ambientais, condições de salubridade do terreno, licenciamento e execução dos

projetos urbanísticos e de infraestrutura básica.

Embora a Prefeitura Municipal seja a responsável pela aprovação do loteamento,

conforme dispõe o Art. 30, inciso VIII da Constituição Federal, outros órgãos estão

envolvidos neste processo, a saber: órgão ambiental; companhias de saneamento

básico e energia elétrica (SANEAGO e CELG), e órgão de Vigilância Sanitária. O

parcelamento deve envolver ainda a Secretaria Municipal de Obras ou outro órgão

municipal responsável pela análise e aprovação dos projetos de drenagem urbana e

abertura e pavimentação das vias.

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2. NORMATIZAÇÃO APLICÁCEL

Base Constitucional e Legal

Constituição Federal - Art. 24, § 1º; Art. 30, inciso I, II e VIII, Art. 182 e 183.

Lei Federal nº 6.766/1979 – dispõe sobre o parcelamento do solo urbano;

Lei Federal nº 10.257/2001 – Estatuto da Cidades;

Lei Federal nº 11.444/2007 – Diretrizes Nacionais para o saneamento básico;

Lei Federal nº 6.938/1981 – Política Nacional de Meio Ambiente;

Decreto Estadual nº 1.745/1979 – Controle de Poluição Ambiental;

Lei Estadual nº 16.140/2007 – Dispõe sobre o SUS e as condições para a promoção

e recuperação da saúde;

Legislação Municipal (Plano Diretor, Lei de Zoneamento, entre outras);

Resoluções do Conama e CEMAm;

Normas da ABNT.

Compete aos Municípios a aprovação de novos parcelamentos de solo urbanos,

devendo exercer o controle de seu território por meio de legislação urbanística, na qual

destaca-se a Lei nº 6.766/1979, que dispõe sobre o Parcelamento do Solo e dá outras

providências, Lei nº 13.089/2015 que institui o Estatuto das Metrópoles, e legislações

municipais como Plano Diretor, zoneamento urbano e código de edificações.

A aprovação e a instalação de um loteamento são precedidas de processos

administrativos que visam: verificar a viabilidade do empreendimento sob o viés urbano,

social, econômico e ambiental, elaborar e executar projetos visando a garantia da

infraestrutura básica e promover o licenciamento ambiental. Todos estes processos visam

garantir o equilíbrio do meio urbano e ambiental, a dignidade humana e a função social da

cidade. Após a aprovação do loteamento pelo poder público municipal é realizado o seu registro

no Cartório de Registro de Imóveis. O Oficio Circular nº 074/2011 da Corregedoria de

Justiça estabeleceu a obrigatoriedade de os Cartórios de Registro de Imóveis comunicar ao

Ministério Público quando receber decreto do Prefeito aprovando novo projeto de

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parcelamento do solo, fornecendo informações básicas sobre o empreendimento, como:

número do decreto, nome do loteamento e a qualificação do loteador.

No referido ofício apontou-se ainda que o Cartório de Registro de Imóveis deverá

verificar de forma minuciosa a existência dos documentos mencionados no Art. 18, da Lei nº

6.766/1979, devendo enviar ao Ministério Público cópia do edital do parcelamento do solo,

com os dados da publicação. Ainda, o oficial de Registro Imobiliário deverá zelar para que o

rito do registro de novo loteamento não sofra qualquer paralisação desnecessária.

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3. ETAPAS DO PARCELAMENTO DE SOLO URBANO

As etapas do processo de implantação de um novo loteamento estão representadas no

fluxograma – Passos para aprovação e registros de novos parcelamentos (Apêndice 1),

dividido nas seguintes fases: (i) consulta prévia; (ii) elaboração e aprovação de projetos, (iii)

aprovação e registro, e (iv) instalação do loteamento.

3.1. Consulta Prévia

O início do parcelamento do solo ocorre mediante consulta prévia do empreendedor à

Prefeitura Municipal. Nesta ocasião o loteador deverá apresentar cópia da certidão de

matrícula do imóvel (gleba) que será parcelado, a planta com a localização da área e seus

limites e um pré-projeto urbanístico. A consulta prévia é realizada com os objetivos de: verificar se o terreno a ser parcelado

está inserido em área urbana ou de expansão urbana, conforme diretrizes do Plano Diretor2

ou outra lei municipal (Art 3º da Lei nº 6.766/1979); e estabelecer parâmetros para o uso do

solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para

cada equipamento urbano e comunitário (Art. 7º da Lei nº 6.766/1979). Segundo a Lei nº 6.766/1979, Art. 8º, os municípios com população inferior a 50.000

habitantes poderão dispensar a fixação de diretrizes para o parcelamento do solo. De

acordo com estimativas populacionais do IBGE para o ano de 2016, 91,1% dos municípios

goianos têm população inferior a 50.000 habitantes. Portanto, a grande maioria dos

municípios goianos estão dispensados de fixar diretrizes para o parcelamento do solo. Nos

municípios em que não há legislação sobre o tema, a prática mais comum é a manifestação,

por meio de emissão de certidão, quanto à localização e ao uso do solo do parcelamento,

particularmente se este está em área urbana ou de expansão urbana, em conformidade com

a legislação aplicável. A certidão emitida pelas prefeituras geralmente é denominada de

Certidão de Uso do Solo. Embora não haja previsão na Lei nº 6.766/1979, ou em alguma outra normativa, quanto

à obrigatoriedade de emissão da Certidão de Uso do Solo pelo município, este é um

documento exigido pelos órgãos responsáveis pelo: licenciamento ambiental (Secretarias de

2 O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. De

acordo com o Estatuto das Cidades (Lei 10.257, de 10 de julho de 2001), os municípios com mais de 20.000 habitantes, ou integrantes de zonas metropolitanas, ou integrantes de área de interesse turístico, ou em zonas de influência de empreendimentos com significativo impacto ambiental são obrigados a elaborarem e aprovarem Plano Diretor.

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Meio Ambiente), instalação e operação das infraestruturas básicas (Companhias de água,

esgoto e energia elétrica, Secretaria de Obras Municipal) e verificação das condições de

salubridade do local (Vigilância em Saúde). Uma vez emitida a Certidão do Uso do Solo o empreendedor deverá consultar

previamente os órgãos responsáveis pela prestação dos serviços públicos de abastecimento

de água, esgotamento sanitário1, energia elétrica e iluminação pública2 para verificar a

possibilidade em atender a nova demanda gerada pelo loteamento. Normalmente a resposta

a esta consulta é sistematizada no documento denominado Atestado de Viabilidade

Técnica e Operacional (AVTO). O AVTO é o documento que aponta se há viabilidade técnica de atendimento das

demandas do loteamento pelas companhias prestadoras de serviços públicos, informando

ainda as condições e exigências para elaboração e execução dos projetos de infraestrutura

básica do loteamento. A responsabilidade pela elaboração e execução dos projetos é

do empreendedor, que deverá contratar equipe técnica devidamente habilitada para

este fim. É importante destacar que a obtenção dos documentos de consulta prévia (Certidão do

Uso do Solo e AVTO) não garante ao empreendedor o direito de implantação do

parcelamento de solo, visto que haverá novas etapas a serem atendidas de cunho técnico,

administrativo e legal, como serão relatados nos próximos itens desta Instrução Técnica.

3.2. Elaboração de Projetos

3.2.1. Projeto Urbanístico, Memorial Descritivo e Cronograma das Obras

Após a obtenção da Certidão de Uso do Solo, atestando que a área a ser parcelada

encontra-se na zona urbana do município, e dos AVTOs com as diretrizes para instalação

da infraestrutura básica necessária à prestação de serviços públicos, o empreendedor

deverá providenciar a elaboração dos projetos requeridos para aprovação do loteamento. O primeiro projeto a ser elaborado é o Projeto Urbanístico do Loteamento, o qual

deverá estar alinhado com os aspectos urbanos consolidados do município. Neste projeto

deverá ser indicado: (i) a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e

numerações; (ii) o sistema de vias com a respectiva hierarquia; (iii) as dimensões lineares e

angulares das vias; (iv) os perfis longitudinais e transversais de todas as vias e praças; (v) a

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indicação dos marcos e vias projetadas; e (iv) a indicação de todas as linhas de escoamento

das águas, conforme Art 9º, § 1º, da Lei nº 6.766/1979. O Projeto Urbanístico fornece subsídio para a elaboração do Memorial Descritivo e do

Cronograma de Execução das Obras, no qual deverá conter, no mínimo: (i) descrição

sucinta do loteamento, com suas características e fixação da zona ou zonas de uso

predominante; (ii) as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem

sobre os lotes e suas construções; (iii) a indicação das áreas públicas que serão transferidas

para o município; (iv) a enumeração dos equipamentos urbanos (de escoamento das águas

pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia

elétrica e vias de circulação), comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade pública

(educação, cultura, lazer e similares), conforme Art 9º, § 2º, da Lei nº 6.766/1979. Os equipamentos urbanos a serem indicados no Memorial Descritivo incluem as

infraestruturas básicas, ou seja, os equipamentos de escoamento das águas pluviais,

iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica

pública e domiciliar e vias de circulação a serem instaladas pelo loteador (Art 2º, § 5º, da Lei

nº 6.766/1979). A instalação destes equipamentos deve observar as diretrizes estabelecidas

pelo município e nos AVTOs emitidos pelos prestadores de serviços públicos. O Projeto Urbanístico, bem como o Memorial Descritivo e o Cronograma de Execução

devem ser submetidos à análise da Prefeitura Municipal para avaliação de questões

essenciais de caráter urbanístico, como proporções das áreas, integração com os

equipamentos públicos e estrutura viária existente, dentre outros aspectos, coforme previsto

no Art. 9º da Lei nº 6.766/1979.

3.2.2. Licença Ambiental

Mediante a elaboração do Projeto Urbanístico e o Memorial Descritivo o empreendedor

poderá pleitear a licença ambiental do parcelamento do solo. O órgão ambiental estadual

responsável pelo licenciamento de loteamentos é a Secretaria Estadual de Meio Ambiente,

Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (SECIMA). Nos

municípios em que houve a descentralização do licenciamento, o órgão municipal licenciará

os parcelamentos de solo com áreas inferiores a 100 hectares.

De acordo com o Manual de Licenciamento da SECIMA, no processo de licenciamento

o empreendedor deverá apresentar os seguintes documentos: (i) Certidão de Uso do Solo;

(ii) Certidão de Registro do Imóvel; (iii) Inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para os

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casos em que consta averbação da reserva legal na Certidão de Registro de Imóveis (iv)

AVTO para os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário; (v) memorial de

caracterização do loteamento, documento semelhante ao Memorial Descritivo; (vi) Laudos

Técnicos referentes as condições da área do empreendimento, demonstrando que o terreno

atende o Art. 3º da Lei 6.766/1979; (vii) Laudo Geológico; (viii) Projeto Urbanístico; dentre

outros documentos. Salienta-se que todos estes documentos devem ser apresentados para

análise do órgão ambiental competente visando fundamentar a emissão de licença

ambiental do empreendimento. A lei de parcelamento do solo em seu Art. 3º estabelece diversas restrições locacionais

relacionadas a questões sanitárias (salubridade) e ambientais impeditivas para a instalação

do loteamento em terrenos: (i) alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as

providências para assegurar o escoamento das águas; (ii) que tenham sido aterrados com

material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneadas; (iii) com declividade

igual ou superior a 30%, salvo se atendidas exigências específicas das autoridades

competentes; (iv) em que as condições geológicas não aconselham a edificação; (v) em

áreas de preservação ecológica3 ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias

suportáveis, até a sua correção. Destaca-se que o objetivo do licenciamento ambiental é avaliar a localização,

concepção e impactos ambientais do loteamento, atestando ou não sua viabilidade

ambiental. Portanto, cabe ao órgão licenciador verificar se não há nenhuma restrição

sanitária ou ambiental para a realização do parcelamento mediante a análise de

documentos técnicos (Memorial de Caracterização do Loteamento, Laudo Geológico,

Laudos e Relatórios Técnicos) elaborados por profissionais habilitados contratados pelo

empreendedor. A Licença Ambiental é o documento administrativo que atesta que a área a ser

parcelada atende aos requisitos locacionais. A licença deverá integrar os documentos que

serão encaminhados para o Cartório de Registro antes de realizar a averbação do

loteamento.

3 Inclui-se na definição de áreas de preservação ecológica as Áreas de Preservação Permanente,

definidas no Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012); e as Unidades de Conservação e suas zonas de amortecimento, casos em que deverá obter anuência do órgão gestor da unidade de conservação, conforme previsto na resolução Conama nº 428/2010.

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Cabe ressaltar que o órgão ambiental estadual realiza o licenciamento dos

parcelamentos do solo urbano em apenas uma fase (instalação), ao contrário do processo

trifásico (prévio, instalação e operação) conforme previsto na Resolução Conama nº

237/1997. Durante o processo de licença de instalação é avaliado as condições locacionais,

as obras que serão realizadas no local, os impactos ambientais e as medidas mitigadoras.

Parte das infraestruturas básicas, como as obras de abastecimento de água e esgotamento

sanitário e pavimentação asfáltica, são licenciadas em processo separados do loteamento.

Alguns órgãos municipais realizam o licenciamento dos parcelamentos do solo em duas

etapas, prévia e de instalação. Na fase prévia são avaliadas as condições locacionais e a

viabilidade ambiental do empreendimento, podendo emitir a licença de instalação; na fase

de instalação são avaliadas as intervenções que serão realizadas no local, os impactos

ambientais decorrentes delas e as medidas mitigadoras, podendo emitir nesta etapa a

licença de instalação.

3.2.3. Projetos de Infraestrutura Básica

A infraestrutura básica de um loteamento é constituída pelos seguintes equipamentos

urbanos: vias de circulação, sistema de escoamento das águas pluviais, iluminação pública,

energia elétrica, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável (Art. 2º, § 5º, Lei nº

6.766/1979). A instalação da infraestrutura básica é fundamental para a adequada prestação

de serviços públicos, assegurar a salubridade do local e qualidade de vida da população. A

viabilidade e as diretrizes para os projetos de infraestrutura associados aos serviços

públicos de água, esgoto e energia são estabelecidas nos AVTOs.

É importante destacar que os AVTOs não são documentos de aprovação dos projetos,

trata-se apenas de um indicativo da viabilidade das companhias responsáveis pela

prestação dos serviços públicos em atender a uma nova demanda ou a indicação das

possíveis soluções a serem adotadas pelo empreendedor. Portanto, cabe ao loteador,

independente do sistema a ser adotado, elaborar os respectivos projetos, os quais devem

ser analisados e aprovados pelas concessionárias prestadoras dos serviços públicos. Os projetos das obras de infraestrutura devem ser elaborados de acordo com os

AVTOs. Os projetos de abastecimento de água e esgotamento sanitário elaborados pelo

empreendedor deverão possuir cronograma de execução e ser apresentados à

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concessionária de saneamento (em grande parte dos municípios a SANEAGO4), que deverá

analisá-los e emitir Parecer quanto à aprovação. De igual modo, os projetos de energia

elétrica e iluminação pública devem ser submetidos a apreciação da respectiva

concessionária de energia elétrica (normalmente a CELG5) que emitirá parecer quanto à

aprovação dos projetos e cronograma de execução. Os equipamentos de drenagem urbana e pavimentação das vias não são precedidos de

consulta prévia de viabilidade e emissão de AVTOs, pois não provocam o incremento de

demanda de serviços públicos. Para estas infraestruturas, as diretrizes de projeto, bem

como as análises dos projetos elaborados, devem ser realizadas pela Prefeitura Municipal,

por meio de secretaria de obras ou outro órgão municipal competente. Após a análise e

verificação da compatibilidade do projeto deve-se emitir Parecer de aprovação, com

cronograma de execução das obras. Alguns dos projetos de infraestrutura devem ser submetidos ao licenciamento

ambiental, como por exemplo os projetos de abastecimento de água e esgotamento

sanitário, que devem ser licenciados de acordo com a Instrução Normativa SEMARH nº

11/2011, publicada no Diário Oficial do Estado de Goiás em 19/12/2011. O principal resultado dos projetos de infraestrutura, além dos Pareceres de aprovação,

é a definição de um Cronograma de execução de obras com duração máxima de até

quatro anos (Art. 9º, Lei nº 6.766/1979), o qual deverá ser submetido à aprovação da

Prefeitura Municipal. No ato de aprovação do loteamento deverá constar o Cronograma de

execução de obras aprovado pela Prefeitura Municipal ou Termo de Verificação de

execução das obras de infraestrutura que já foram concluídas. Para garantir a execução das obras de infraestrutura básica, conforme o Cronograma

de execução, a Prefeitura Municipal deverá fixar instrumento de garantia. Isto

geralmente é feito mediante o caucionamento de lotes no valor correspondente aos

custos de execução das obras de infraestrutura.

4 Os serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário são prestados pela

empresa de Saneamento Goiás S.A (SANEAGO), em 225 municípios, o que corresponde a 91,5% dos municípios goianos, os restantes, 21 municípios, são prestados por órgãos vinculados à administração municipal.

5 Os serviços públicos de energia elétrica e iluminação pública são prestados pela Companhia de Energia Elétrica de Goiás (CELG).

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3.3. Aprovação e Registro

3.3.1. Aprovação pelo Município

Conforme dispõe a Lei nº 6.766/1979, em seu Art. 12, o projeto de loteamento deverá

ser aprovado pela Prefeitura Municipal. Cabe ressaltar que a aprovação deverá ocorrer

somente se o empreendedor demonstrar o atendimento a todos os itens listados

anteriormente. Antes da aprovação do loteamento, é necessário que a Prefeitura Municipal aprove os

Cronogramas das obras de infraestrutura com prazo máximo de quatro anos e, também,

emita Termo de Verificação de execução das obras que incluirão no mínimo a execução de

vias de circulação do loteamento, demarcação dos lotes, quadras e logradouros e das obras

de escoamento pluvial. A aprovação legal do loteamento ocorre com a publicação de

decreto municipal, no qual deverá constar, no mínimo, as seguintes informações: extensão

do terreno a ser parcelado, quadro de áreas do loteamento, total de quadras e lotes,

identificação das vias, parâmetros urbanísticos do loteamento, relação de obras de

infraestrutura a serem executadas e o respectivo cronograma e instrumento de garantia de

execução das obras de infraestrutura.

3.3.2. Aprovação pelo órgão de vigilância sanitária

A Lei Estadual nº 16.140/2007, visando preservar os requisitos sanitários indispensáveis

à proteção da saúde e ao bem-estar individual e coletivo, estabeleceu a obrigatoriedade da

participação do órgão estadual sanitário no processo de aprovação dos projetos de

loteamentos. Na referida lei definiu-se que os loteamentos devem ser aprovados pelo órgão

de vigilância estadual ou municipal, observando os princípios de proteção à saúde, quanto

aos aspectos de salubridade, drenagem, infraestrutura sanitária, manutenção de áreas livres

e institucionais, sistemas de lazer, entre outros aspectos que possam ocasionar danos ao

meio ambiente e que implique riscos a saúde pública (Art. 132 ao 134). A aprovação do loteamento pelo órgão de vigilância em saúde é dada por meio do

Atestado de Salubridade, requerido pelo empreendedor antes do registro no Cartório de

Imóveis. A Superintendência de Vigilância em Saúde é o órgão estadual responsável pela

emissão do Atestado de Salubridade. A Resolução SES nº 004, de 27 de dezembro de

2011, institui norma técnica para liberação do atestado. O Atestado de Salubridade é emitido após a conferência de diversos documentos, entre

eles: (i) Certidão de Uso do Solo; (ii) Memorial de Caracterização do Loteamento; (iii) Projeto

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Rua 23, esq. com a Rua 03, Qd. A-12, Lt. 11. Anexo MP

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14

Urbanístico; (iv) Laudos Geológicos e Técnicos; (v) Projetos das infraestruturas de

abastecimento de água e esgotamento sanitário; (vi) licença ambiental emitida pelo órgão

competente; (vii) Termos de Compromisso em que o empreendedor se compromete a

executar as obras de saneamento básico. Além da análise documental é realizada também

vistoria no terreno que será parcelado. Portanto, o Atestado de Salubridade é um documento imprescindível para

autorização do loteamento, pois esse documento deverá ser emitido somente se ficar

comprovado, mediante a apresentação dos projetos urbanísticos e de infraestrutura

básica, bem como dos respectivos documentos de aprovação, que a área tem

condições adequadas para dar suporte às populações que ali residirão. Ressalta-se que a Consolidação dos Atos Normativos da Corregedoria-Geral da Justiça,

artigo 762, aponta que para a efetivação do registro de loteamento é obrigatória a

apresentação do Atestado de Salubridade.

3.3.3 Registro no Cartório de Imóvel

De acordo com o que dispõe a Lei nº 6.766/1979 para que o Cartório de Imóvel possa

realizar o registro do loteamento é necessário apresentar no mínimo os seguintes

documentos: (i) título de propriedade do imóvel ou certidão de matrícula; (ii) histórico dos

títulos da propriedade do imóvel; (iii) certidões negativas; (iv) certidões diversas; (v) cópia do

ato de aprovação do loteamento, com Termo de Verificação da Execução de Obras ou

Cronograma de Execução de obras; e (vi) exemplar do contrato padrão de promessa de

venda.

Destaca-se ainda que o artigo 762 da Consolidação dos Atos Normativos da

Corregedoria Geral da Justiça estabelece a obrigatoriedade de apresentar outros

documentos além dos exigidos pela Lei nº 6.766/1979, bem como a legislação estadual

pertinente à matéria, ou seja, atestado de salubridade, licença ambiental e Anotações de

Responsabilidade Técnica dos profissionais que elaboraram os projetos do loteamento. Ressalta-se que é comum constar nos contratos padrão de promessa de venda

cláusulas em que o empreendedor transfere a obrigação de instalar solução de

esgotamento, fossa séptica e sumidouro, ao adquirente do lote, fundamentado na Lei

Estadual nº 18.189/2013, Art. 4º que permite isto mediante acordo por escrito. Entretanto, de

acordo com entendimento do Ministério Público do Estado de Goiás, esta lei é

inconstitucional, sendo que já foi proposta Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 103738-

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56.2015.8.09.0000 (201591037387). A obrigação de instalar todas as obras de infraestrutura

é do empreendedor, conforme previsto na Lei nº 6.766/1979, portanto não deve ser

registrado loteamentos com esta previsão. Tal motivo se deve aos riscos de natureza

ambiental quando a obrigação é transferida ao proprietário do lote em função das limitações

de conhecimento técnico e ainda pela falta de controle de operação e manutenção dos

sistemas individuas de esgotamento.

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16

4. INFORMAÇÕES E ORIENTAÇÕES IMPORTANTES

A aprovação e o registro de novo loteamento envolve diversas instituições, as quais

visam garantir condições adequadas de habitação, bem como o equilíbrio ambiental, a

dignidade humana e o desenvolvimento do município. As etapas deste processo estão

sistematizadas no Fluxograma com identificação da atuação de cada órgão (Apêndice 1).

A Prefeitura Municipal é a responsável pela aprovação de novos loteamentos, devendo

ela analisar e avaliar todas as documentações e projetos necessários para o parcelamento

do solo antes da emissão do ato de aprovação.

Além disso, é necessário, também, a aprovação do parcelamento pelo órgão de

vigilância sanitária estadual ou municipal, por meio da emissão do atestado de salubridade

(Lei Estadual nº 16.140/2007).

O registro do loteamento é realizado pelo Cartório de Imóveis, devendo conferir a

regularidade da documentação apresentada previamente ao registro. Ainda antes do

registro o Ministério Público deverá ser comunicado pelo Cartório de Imóveis do

parcelamento, sugere-se que nesta ocasião a Promotoria de Justiça verifique, por meio do

Check List (Apêndice 2) se a documentação apresentada para o registro atende a legislação

ou solicite informações do Cartório de Imóveis, para tanto recomenda-se utilizar os quesitos

apresentados no Apêndice 3, quando necessário há outros quesitos para serem

encaminhados aos demais órgãos envolvidos no parcelamento do solo visando esclarecer

alguma diretriz que não foi devidamente analisada durante o processo de aprovação.

Por fim, destaca-se que existem casos particulares que não foram abordados nesta

instrução, como por exemplo: loteamento que possa contemplar mais de um município, na

condição de zona conurbada de região metropolitana, neste caso além de observar todas as

diretrizes aqui apontadas, a aprovação do loteamento deve ser amparada nas diretrizes

previstas no Plano de Desenvolvimento Integrado, conforme diretrizes discriminadas no

Estatuto das Metrópoles (Lei nº 13.089/2015).

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5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6030: apresentação de ofício ou carta formato A-4: procedimento. Rio de Janeiro, 1980.

BRASIL. Constituição Federal - Art. 24, § 1º; Art. 30, inciso I, II e VIII, Art. 182 e 183.Brasilia,

DF, mar 1988.

BRASIL. Lei n. 6.766, de 19 de set. de 1979. Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano

e dá outras Providências. Brasília, DF, set. 1979.

BRASIL. Lei n.10.257, de 10 de jul. de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da

Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras

providências. Brasilía, DF, jul, 2001.

BRASIL. Lei n. 11.445, de 05 de jan. de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o

saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de

maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a

Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Brasília, DF, jan, 2007.

BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de Ago. de 1981.Dispõe sobre a Política Nacional do Meio

Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

Brasília, DF, Ago, 1981.

CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA. Consolidação dos Atos Normativos - TJGO - art.

762 - atestado de salubridade.pdf. Disponível em:

<https://intranet.mpgo.mp.br/share/page/context/shared/document-

details?nodeRef=workspace://SpacesStore/464b228a-e852-4d8e-8103-00241182e344>

Acesso em:27/09/2017.

GARBELINI, Sandra M., SILVA, Rogério C. Manual Básico do Promotor de Justiça de

Defesa do Meio Ambiente: Parcelamento do Solo. Goiânia, Ministério Público do Estado de

Goiás, 2010, Pag. 125-169.

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18

GOIÁS. Decreto n. 1.745, de 06 de dez. de 1979. Aprova o regulamento da Lei nº 8.544, de

17 de outubro de 1978, que dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do meio

ambiente. Goiânia, GO, Dez, 1979.

GOIÁS. Lei n. 16.140, de 02 de Out. de 2007. Dispõe sobre o Sistema Único de Saúde –

SUS, as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização,

regulamentação, fiscalização e o controle dos serviços correspondentes e dá outras

providências. Goiânia, out. 2007.

GOIÁS. Resolução SES nº 04, de 27 de Dez. de 2011. Institui a Norma Técnica para a

liberação de Atestado de Salubridade no ato da implantação de Loteamentos no Estado de

Goiás. Goiânia, Nov. 2011. Disponível em:

<https://intranet.mpgo.mp.br/share/page/context/shared/document-

details?nodeRef=workspace://SpacesStore/50480a57-ac28-4e75-8980-4d85feec0e97>

Acesso em: 27/09/2017.

MINISTÉRIO PUBLICO DO ESTADO DE GOIÁS. Nota Técnica CAOMA nº 01_2014 - AVTO

- projeto de esgotamento sanitário e abastecimento de água.pdf. Disponível em:

<https://intranet.mpgo.mp.br/share/page/context/shared/document-

details?nodeRef=workspace://SpacesStore/0fca6d69-cd81-47cf-a401-0c382d801b40>

Acesso em: 27/09/2017.

MINISTÉRIO PUBLICO DO ESTADO DE GOIÁS. Centro de Apoio Operacional do Meio

Ambiente e Urbanismo, Centro de Apoio Operacional do Consumidor: Registro de

Loteamentos Urbanos. Disponível em:

http://www.mpgo.mp.br/portal/arquivos/2013/04/03/14_43_16_73_orientacoes_basicas_regis

tro_loteamentos.pdf> Acesso em: 27/09/2017.

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Consulta Prévia

Elaboração e Aprovação de Projetos

Aprovação

Registro

Apêndice 1 - Fluxograma Geral

Os projetos foram

executados?

Sim

Não

Vigilância Sanitária

Há restrição ambiental ou

sanitária?

Licença de Instalação

(Loteamento e Obras)

Os projetos de Infraforam

aprovados?

Parecer de Aprovação :- Projeto de Água e de

Esgoto (Saneago);- Projeto de Energia Elétrica

e Iluminação (CELG);- Projeto de Drenagem

Urbana e Pavimentação

Adequação às exigências de salubridade

Execução das Obras de Infraestrutura

Registro do Loteamento

Comercialização

Execução de Garantia para realizar os projetos de

infraestrutura

- Decreto de Aprovação- Cronograma de Execução de Obras

- Garantia de Execução de Obras

Readequação do projeto

Readequação do projeto

SANEAGO/CELG/SEMOB Órgão AmbientalPrefeitura MunicipalEmpreendedor

Liberação de Garantia

Fim

ProjetoUrbanístico foi

aprovado?

- Projeto Urbanística- Memorial Descritivo - Projetos de Infraestrutura

*Água e Esgoto;*Energia Elétrica;*Iluminação pública;*Drenagem Urbana;*Abertura de vias;*Pavimentação

AVTO de Água e Esgoto SANEAGO

AVTO de Energia Elétrica e Iluminção CELG

Diretrizes para elaboração de projeto

Matrícula do Imóvel; Croqui de Localização; e Pré-Projeto Urbanístico

Sim

Não

O terreno se encontra em zona urbana?

Certidão de Uso do Solo

Parcelamento Inviável

Não

Sim

Existe restrição

locacional?

LicençaPrévia

Definição de Restrição

Parecer de Aprovação

O loteamento atende às

condições de salubridade?

Atestado de Salubridade

Não Emitir Atestado de Salubridade

Pareceres de Recebimento das Obras de Infraestrutura(Saneago, CELG SEMOB)

Não

Sim

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DOCUMENTO RESPONSÁVEL OBJETIVO PREVISÃO LEGAL

Matrícula do Imóvel Empreendedor Atestar a titularidade da gleba a ser parcelada.Lei 6.766/1979, Art. 6º,

Art. 9º

Certidão de Uso do

SoloPrefeitura Municipal

Atestar se a gleba está inserida em área urbana e

definir as diretrizes para o uso e a ocupação do solo.

Lei 6.766/1979, Art. 3º,

Art. 4º §1º, Art. 6º.

Planta e

Mem. c/ ARTAPM APP

Área

VerdeCronograma

AVTO Projeto ART Licença Parecer

Prover o loteamento das seguintes infraestrutura:

abastecimento de água potável e esgotamento

sanitário.

O AVTO atesta se a companhia de saneamento tem

ou não viabilidade técnica operacional para atender a

demanda dos serviços de água e esgoto, bem como

estabelecer as diretrizes para elaboração dos

projetos. Os projetos devem ser acompanhados de

ART e cronograma físico-financeiro.

O Parecer de aprovação atesta que aquele projeto foi

analisado e aprovado pela companhia de

saneamento, responsável pela prestação dos serviços

de água e esgoto. As obras de água e esgoto estão

sujeitas ao licenciamento ambiental, independente da

licença do loteamento.

Lei 6.766/1979, Art. 2º,

§4º, §5º, Art. 18, inciso

V. Instrução Normativa

SEMARH 011/2011

Concessionária de

Água/Esgoto

(SANEAGO) e

Empreendedor

Empreendedor com

Aprovação da

Prefeitura Municipal

RESULTADO DA VERIFICAÇÃO

Apêndice 2 - CHECK LIST

Projeto Urbanístico,

Memorial Descritivo e

Cronograma das

Obras

Estabelecer a divisão dos lotes, quadras e

logradouros. Indicar as Áreas Públicas Municipais

(APM) e Áreas Verdes. Identificar e apontar a

existência de Área de Preservação Permanente

(APP). Enumerar os equipamentos urbanos

(drenagem urbana, abastecimento público,

esgotamento sanitário, energia elétrica e iluminação

pública), comunitários e de serviços públicos no

loteamento e adjacências.

Lei 6.766/1979, Art. 4º,

Art. 9º, §2º, ; Lei

18.104/2014, Capítulo II.

AVTO, Projeto com

ART, e Parecer de

Aprovação dos

Projetos de Água e

Esgoto, Licença

ambiental.

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DOCUMENTO RESPONSÁVEL OBJETIVO PREVISÃO LEGAL

AVTO Projeto ART Licença Parecer

Projetos ART Parecer

Licença Ambiental Órgão Ambiental

Avaliar a localização, a concepção e o potencial

poluidor do loteamento. Durante o licenciamento

ambiental deverá avaliar se o loteamento não

encontra-se em terreno alagadiço ou sujeito à

inundação, em terrenos que tenha sido aterrados com

material nocivo à saúde pública, em terrenos com

declividade igual ou superior a 30%, em APP, portanto

antes da emissão da licença o órgão ambiental deverá

analisar todos laudos e estudos necessário para

comprovar o atendimento das condições locacionais.

Lei 6.938/1981, Art. 10;

Decreto Estadual

1.745/1979, Art. 78; Lei

6.766/1979, Art. 3º

Projetos com ART e

Parecer de

Aprovação dos

Projetos Drenagem

urbana e vias de

circulação, Licença

ambiental

CHECK LIST

Licença

Prefeitura e

Empreendedor

Prover o loteamento das seguintes infraestrutura: vias

de circulação e drenagem pluvial. Os projetos das

respectivas infraestrutura deverá ser acompanhado

das ARTs e cronograma físico-financeiro. A prefeitura

deverá emitir Parecer que atesta que os projetos

foram analisados e aprovados. As obras de drenagem

pluvial e pavimentação asfáltica estão sujeitas ao

licenciamento ambiental, independente do

licenciamento do loteamento.

Lei 6.766/1979, Art. 2º,

§4º, §5º, Art. 18, inciso

V.

RESULTADO DA VERIFICAÇÃO

Prover o loteamento das seguintes infraestrutura:

Energia elétrica e iluminação pública. O AVTO Atesta

se a companhia de energia elétrica (CELG) tem

viabilidade técnica operacional para atender a

demanda dos serviços de energia elétrica e

iluminação pública, bem como estabelece as diretrizes

para elaboração dos projetos das respectivas

infraestrutura. Os projetos devem ser acompanhados

de ARTs e cronograma físico-financeiro. O Parecer de

aprovação atesta que aqueles projetos foram

analisados e aprovados pela companhia de energia

elétrica, responsável pela prestação dos serviços.

AVTO, Projeto com

ART e Parecer de

Aprovação dos

Projetos de Energia

Elétrica e Iluminação

Pública

Lei 6.766/1979, Art. 2º,

§4º, §5º, Art. 18, inciso

V.

Concessionária de

Energia (CELG) e

Empreendedor

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DOCUMENTO RESPONSÁVEL OBJETIVO PREVISÃO LEGAL

Decreto de

AprovaçãoPrefeitura Municipal

O loteamento é aprovado pela Prefeitura Municipal

por meio da publicação de Decreto Municipal. A

Prefeitura deverá informar o quadro de distribuição de

áreas, informações quanto a: execução de

infraestrutura básica (Termo de Verificação da

execução de obras e/ou Aprovação de um

cronograma com duração máxima de quatro anos);

garantia caucionária pela execução da obras de

infraestrutura e registro de escritura no Cartório de

Imóvel.

Lei 6.766/1979, Art. 18,

inciso V.

Atestado de

SalubridadeVigilância Sanitária

Aprovar a implantação do loteamento pelo órgão de

Vigilância Estadual ou Municipal visando garantir a

proteção à saúde da população e avaliação do

impacto à saúde quanto aos aspectos de salubridade,

drenagem, infraestrutura sanitária (água e esgoto),

manutenção de áreas que impliquem risco à saúde,

sob o ponto de vista de sua ocupação.

Lei Estadual

16.140/2007, Art. 135.

Modelo de Contrato

de Compra e VendaEmpreendedor

O contrato de compra e venda valerão como título

para o registro da propriedade do lote adquirido,

deverá conter informações do adquirente e da

contratada, a denominação e situação do loteamento,

entre outras informações.

Lei 6.766/1979, Art. 18,

inciso VI.

CHECK LIST

RESULTADO DA VERIFICAÇÃO

CHECK LIST

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Apêndice 2 – Lista de Documentos Básicos

CERTIDÃO DE USO DO SOLO

Matrícula do Imóvel

Croqui com a localização da área

Lei Municipal que defina a Zona Urbana

Pré-projeto Urbanístico

AVTO (Água, Esgoto, Energia Elétrica e Iluminação)

Certidão de Uso do Solo

Croqui com a localização da área

Pré-projeto Urbanístico

PLANTA URBANÍSTICA, MEMORIAL DESCRITIVO e CRONOGRAMA

Certidão de Uso do Solo

AVTOs (Água, Esgoto, Energia Elétrica e Iluminação)

LICENÇA AMBIENTAL

Certidão de uso do solo

AVTOs (Água, Esgoto, Energia Elétrica e Iluminação)

Planta Urbanística e Memorial Descritivo

Laudo Geológico

Laudos Técnicos

Memorial de Caracterização do Loteamento

Relatório de vistoria do órgão ambiental

DECRETO DE APROVAÇÃO

Certidão de uso do solo

Planta Urbanísticas e Memorial Descritivo

Licença Ambiental

AVTOs (Água, Esgoto, Energia Elétrica e Iluminação)

Projeto de Abastecimento de Água e Parecer de Aprovação

Projeto de Esgotamento Sanitário e Parecer de Aprovação

Projeto de Iluminação Pública e Parecer de Aprovação

Projeto de Rede Elétrica e Parecer de Aprovação

Projeto de Drenagem Urbana e Parecer de Aprovação

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_____________________________________________________________________________________________________

Projeto de Pavimentação e Parecer de Aprovação

Cronograma de Execução de Obras

Instrumento de Garantia de Execução de Obras

Termo de Verificação de Execução de Obras

ATESTADO DE SALUBRIDADE

Certidão de uso do solo

Planta Urbanísticas e Memorial Descritivo

Licença Ambiental

AVTOs (Água, Esgoto, Energia Elétrica e Iluminação)

Projeto de Abastecimento de Água e Parecer de Aprovação

Projeto de Esgotamento Sanitário e Parecer de Aprovação

Projeto de Iluminação Pública e Parecer de Aprovação

Projeto de Rede Elétrica e Parecer de Aprovação

Projeto de Drenagem Urbana e Parecer de Aprovação

Projeto de Pavimentação e Parecer de Aprovação

Cronograma de Execução de Obras

Garantias de Execução de Obras

Decreto de Aprovação

REGISTRO NO CARTÓRIO DE IMÓVEIS

Matrícula do Imóvel

Planta Urbanística e Memorial Descritivo

Licença Ambiental

Decreto de Aprovação

Cronograma de Execução de Obras

Instrumento de Garantia de Execução de Obras

Atestado de Salubridade

Modelo de Contrato de Compra e Venda

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Apêndice 3 – Quesitos

Quesitos ao Cartório de Imóveis

1. Foi apresentada Certidão de Uso do Solo? Se sim, informar se o terreno a ser parcelado

está inserido em área urbana ou de expansão urbana e se a atividade de loteamento é

compatível com o uso do solo estabelecido para o local.

2. Foi apresentado pelo empreendedor Planta Urbanística, Memorial Descritivo e

Cronograma de Execução das Obras?

3. No Memorial Descritivo foram enumerados os equipamentos urbanos de: escoamento das

águas pluviais, energia elétrica e iluminação pública, abastecimento de água potável,

esgotamento sanitário e vias de circulação?

4. A Prefeitura emitiu Termo de Verificação da execução de obras? Se sim, apontar que obras

de infraestrutura já foram executadas.

5. A Prefeitura aprovou Cronograma de Execução das obras de infraestrutura do loteamento?

Se sim, qual é o prazo para a conclusão de cada infraestrutura.

6. A Prefeitura apresentou instrumento de garantia da execução das obras? Se sim,

especificar.

7. Foi apresentada Licença Ambiental? Se sim, informar o órgão licenciador, o número do

processo de licenciamento, o número e a validade da licença.

8. Foi apresentado Atestado de Salubridade emitido pelo órgão de Vigilância Sanitária? Se

sim, informar o número e o processo do atestado.

9. No Decreto de Aprovação do loteamento foram estabelecidas as Áreas Públicas

Municipais, Áreas Verdes e o sistema viário? Se sim, as áreas estão de acordo com os

percentuais mínimos exigidos pelo município.

10. O modelo de contrato de compra e venda prevê a transferência da obrigação da instalação

de alguma infraestrutura básica (como, por exemplo, tanques sépticos) ao adquirente do

lote? Se sim, informar as cláusulas em que isto está previsto.

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____________________________________________________________________________________________________________

Quesitos à prefeitura municipal

1. O loteamento está inserido na área urbana ou de expansão urbana do município?

2. As atividades previstas para o parcelamento são compatíveis com os usos do solo

estabelecidos para o local? Justificar.

3. A planta urbanística e memorial descritivo apresentam Anotação de Responsabilidade

Técnica (ART)? Se sim, informar os responsáveis técnicos pela elaboração dos projetos.

4. Na Planta Urbanística e no Memorial Descritivo foram delimitadas as Áreas Públicas

Municipais (APM), Áreas Verdes e sistema de circulação em consonância com os

parâmetros urbanísticos estabelecidos pelo município? Se sim, informar a metragem e o

percentual (em relação a área total do parcelamento) de cada uma destas áreas.

5. O loteamento possui licença ambiental? Se sim, informar o órgão licenciador, o número do

processo de licenciamento, o número e a validade da licença.

6. A solução a ser adotada para o abastecimento de água do loteamento foi previamente

aprovada pela companhia de saneamento e licenciada pelo órgão ambiental? Se sim,

informar: i) o responsável técnico pela elaboração do projeto e a respectiva ART; ii) a data

e o responsável de/pela aprovação do projeto; iii) o processo, o número e validade da

licença ambiental.

7. O esgotamento sanitário do loteamento será realizado por meio de solução coletiva ou

individual? Justificar.

8. Em caso de solução coletiva de esgotamento sanitário, esta foi previamente aprovada pela

companhia de saneamento e licenciada pelo órgão ambiental? Se sim, informar: i) o

responsável técnico pela elaboração do projeto e a respectiva ART; ii) a data e o

responsável de/pela aprovação do projeto; iii) o processo, o número e validade da licença

ambiental.

9. Em caso de solução individual de esgotamento sanitário, esta foi previamente aprovada

pelo órgão ambiental e será executada pelo empreendedor? Se sim, informar: i) o

processo, o número e a validade da licença; ii) o responsável técnico pela execução do

projeto e a respectiva ART.

10. Foram apresentados projetos de drenagem urbana e de pavimentação? Se sim, informar

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Coordenação de Apoio Técnico PericialUnidades Técnico-Periciais Ambiental & de Engenharia

Rua 23, esq. com a Rua 03, Qd. A-12, Lt. 11. Anexo MPBairro Jardim Goiás, Goiânia-Goiás - CEP 74.805-100.

62 3239-0621 / [email protected]

_____________________________________________________________________________________________________

os responsáveis técnicos pela elaboração dos projetos e as respectivas ART’s.

11. Os projetos de drenagem e de pavimentação demonstram-se tecnicamente viáveis e com

suficiente durabilidade em relação ao porte e características do loteamento?

12. O projeto de pavimentação contempla todas as vias do loteamento?

13. Os projetos de drenagem urbana e de pavimentação foram aprovados pela Prefeitura e

licenciados pelo órgão ambiental? Se sim, informar: i) a data e o responsável de/pela

aprovação do projeto; ii) o processo, o número e validade da licença ambiental.

14. Já foi concluída alguma das obras de infraestrutura básica do loteamento? Se sim, a

Prefeitura emitiu Termo de Verificação de Obras?

15. Foi apresentado Cronograma de Execução das obras de infraestrutura básica? Se sim, o

cronograma foi aprovado pela Prefeitura? Informar os prazos para a execução das obras.

16. Qual é o instrumento utilizado pela Prefeitura para garantir a execução das obras de

infraestrutura do loteamento?

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Quesitos à Vigilância Sanitária

1. Há restrições locacionais, ambientais e/ou sanitárias para a instalação do loteamento?

Justifique.

2. Foi emitido AVTO positivo para atendimento do loteamento com os serviços de

abastecimento de água, esgotamento sanitário, energia elétrica e iluminação pública? Se

sim, que obras foram exigidas para a prestação destes serviços?

3. A solução a ser adotada para o abastecimento de água do loteamento foi previamente

aprovada pela companhia de saneamento e licenciada pelo órgão ambiental? Se sim,

informar: i) o responsável técnico pela elaboração do projeto e a respectiva ART; ii) a data

e o responsável de/pela aprovação do projeto; iii) o processo, o número e validade da

licença ambiental.

4. O esgotamento sanitário do loteamento será realizado por meio de solução coletiva ou

individual? Justificar.

5. Em caso de solução coletiva de esgotamento sanitário, esta foi previamente aprovada pela

companhia de saneamento e licenciada pelo órgão ambiental? Se sim, informar: i) o

responsável técnico pela elaboração do projeto e a respectiva ART; ii) a data e o

responsável de/pela aprovação do projeto; iii) o processo, o número e validade da licença

ambiental.

6. Em caso de solução individual de esgotamento sanitário, esta foi previamente aprovada

pelo órgão ambiental e será executada pelo empreendedor? Se sim, informar: i) o

processo, número e validade da licença; ii) o responsável técnico pela execução do projeto

e a respectiva ART.

7. Foram apresentados projetos de drenagem urbana e de pavimentação? Se sim, informar

os responsáveis técnicos pela elaboração dos projetos e as respectivas ARTs.

8. Os projetos de drenagem urbana e de pavimentação foram aprovados pela Prefeitura e

licenciados pelo órgão ambiental? Se sim, informar: i) a data e o responsável de/pela

aprovação do projeto; ii) o processo, o número e validade da licença ambiental.

9. As soluções a serem adotadas para o fornecimento de energia elétrica e de iluminação

pública foram previamente aprovadas pela CELG e licenciadas pelo órgão ambiental? Se

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sim, informar: i) o responsável técnico pela elaboração dos projetos e a respectiva ART; ii)

a data e o responsável de/pela aprovação do projeto; iii) o processo, o número e validade

da licença ambiental.

10. Já foi concluída alguma das obras de infraestrutura básica do loteamento? Se sim, a

Prefeitura emitiu Termo de Verificação de Obras?

11. Foi apresentado Cronograma de Execução das obras de infraestrutura básica? Se sim, o

cronograma foi aprovado pela Prefeitura? Informar os prazos para a execução das obras.

12. Qual é o instrumento utilizado pela Prefeitura para garantir a execução das obras de

infraestrutura do loteamento?

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Quesitos ao órgão ambiental

1. O empreendedor apresentou Memorial de Caracterização do Loteamento? Se sim, quais

as soluções apontadas para o abastecimento de água e esgotamento sanitário do

loteamento?

2. O empreendedor apresentou Laudo Geológico e Laudos Técnicos da área que se pretende

parcelar? Se sim, informar se estes foram elaborados por profissionais habilitados com

expedição de Anotação de Responsabilidade Técnica.

3. Foi realizada vistoria por técnicos do órgão ambiental na área que se pretende parcelar?

Se sim, informar: i) se existem nascentes, cursos d’água, veredas ou outro elemento que

caracterize área de preservação permanente (APP); ii) se o terreno é alagadiço e/ou

sujeito à inundação; iii) se houve ou há disposição de resíduos sólidos na área; iv) se as

condições geológicas são desfavoráveis à implantação do loteamento; v) se na área foi

constatada alguma outra condição desfavorável ou impeditiva à implantação do

loteamento; vi) se as constatações da vistoria estão de acordo com as informações

apresentadas nos Laudos Geológico e Técnicos;

4. Há APPs degradadas no terreno que se pretende parcelar? Se sim, que medidas serão

tomadas pelo empreendedor para a recuperação destas?

5. Há remanescentes arbóreos não inseridos em APPs? Se sim, estes serão suprimidos ou

convertidos em área verde?

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Apêndice 4 - Fluxo Interno - Procedimento Geral

Não

Não

Sim

SimComunicação do Cartório de Imóves

à PJ

Foram encaminhados

documentos peloCartório?

Realizar check list (Apêndice 2)

Requerer manifestação do cartório (ver Apêndice 3)

Todos os documentos previstos no Apêndice 2

foram apresentados?

Manifestar favoravelmente ao

registro do loteamento

Recomendar ao Cartório de Imóveis não registrar o

loteamento

Manifestação do Cartório

Análise da manifestação do Cartório

Solicitar manifestação do órgãoresponsável pelo documento

ausente/irregular (Ver Apêndice

- Prefeitura- Órgão Ambiental- Vigilância Sanitária

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Fluxo Interno - Avaliação de Irregularidade

Sim

Não

Sim

Sim

Solicitar manifestação do órgão responsável pelo documento

ausente ou irregular (Ver Apêndice 3)

A manifestção do órgão foi suficiente para a avaliação?

Recomendar o Registro

NãoSolicitar apoio à CATEP

Análise Técnica

Parecer Técnico para a PJ

É necessário alguma atuação da PJ para

regularização?

Atuação

O parcelamento foi regularizado?

Não

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Fluxo Interno - Denúncia de Irregularidade

Sim

Não

SimDenúncia de irregularidades à

PJ

Requerer a manifestação dos órgãos de controle por meio de quesitos:

- Cartório (Apêndice 3)- Prefeitura - Vigilância Sanitária- Órgão Ambiental

Foram constatadas

irregularidades?

Solicitar apoio à CATEPInformar o interessado;

Arquivar denúncia.

Análise Técnica

Parecer Técnico

A manifestação do órgão é

suficiente para atuação da PJ?

Atuação da PJ

Não