instituto superior técnico mestrado integrado em ... · pretende-se construir um aterro arenoso...
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Instituto Superior Técnico
Mestrado Integrado em Engenharia Civil
Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016
PROBLEMAS – Parte 1
1. O elemento A do solo arenoso da Figura 1 está sujeito a uma tensão de confinamento
isotrópica igual a 100 kPa. Em seguida, foi executada uma fundação superficial que provocou
o aumento da tensão vertical até à rotura no referido elemento. O acréscimo de tensão que
provocou a rotura, ∆σV, foi 225.5 kPa.
(a) Represente cuidadosamente os círculos de Mohr relativos ao estado de tensão no elemento
A antes da execução da fundação e na rotura.
(b) Determine o ângulo de resistência ao corte do solo. Represente a trajectória de tensão no
diagrama s' – t e a envolvente de rotura nas escalas σ' - τ e s' - t. Verifique que sen φ' = tg α.
(c) Qual o acréscimo de tensão vertical necessário para atingir a rotura no elemento B do
mesmo solo sujeito a uma tensão de confinamento isotrópica de 200kPa? Represente o círculo
de Mohr na rotura para este elemento, desenhando-o no gráfico que usou nas alíneas 1a e 1b.
Represente a trajectória de tensão no diagrama s' - t.
(d) Pretende-se levar à rotura um elemento de solo nas condições do da alínea anterior por
diminuição da tensão horizontal e mantendo constante a tensão vertical. Qual o valor da
tensão horizontal na rotura? Represente o círculo de Mohr na rotura, no mesmo gráfico.
Represente também a trajectória de tensão no diagrama s' - t.
Figura 1
2. O solo arenoso representado na Figura 2 tem instalado um campo de tensões inicial
anisotrópico caracterizado por uma relação K0 = σ´H/ σ´V= 0.5. No elemento A a tensão
horizontal vale σ´H = 150 kPa.
(a) Sabendo que o ângulo de resistência ao corte do solo é 30°, represente a envolvente de
rotura nas escalas σ' – τ e s' – t. Represente igualmente o estado de tensão inicial no elemento
A através do círculo de Mohr e no diagrama s' – t. Determine a equação da linha no diagrama
s' – t a que corresponde o valor de K0 = 0.5.
(b) Considere que a tensão horizontal vai ser reduzida até à rotura, mantendo constante a
tensão vertical. Determine o valor da tensão horizontal na rotura e da sua relação com σ´V.
Represente o círculo de Mohr na rotura e a trajectória de tensões no espaço s' - t.
A
B
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(c) Considere agora que a tensão horizontal aumenta até à rotura, mantendo constante a tensão
vertical. Determine igualmente o valor da tensão horizontal na rotura e a sua relação com σ´V.
Represente o círculo de Mohr na rotura e a trajectória de tensões no espaço s' - t.
Figura 2
3. O solo argiloso representado na Figura 1 está saturado e é normalmente consolidado. O
elemento A está sujeito a uma tensão isotrópica inicial de 200kPa. Em seguida, foi levado a
rotura, em condições não drenadas, por aumento da tensão vertical. O acréscimo de tensão
que conduziu o elemento A à rotura foi de 130 kPa.
(a) Represente o círculo de Mohr, em tensões totais, no estado inicial e na rotura. Calcule a
resistência não drenada. Represente a trajectória de tensões em tensões totais (diagrama s - t).
(b) A pressão intersticial na rotura foi 104 kPa. Determine o parâmetro A de Skempton.
Represente os círculos de Mohr em tensões efectivas e esboce a trajectória de tensões em
tensões efectivas.
(c) Determine o ângulo de resistência ao corte. Represente a envolvente de rotura nos
diagramas σ' – τ e s' – t.
(d) Considere novamente o elemento A sujeito a uma tensão isotrópica inicial de 200 kPa.
Admita que este elemento é sujeito a um aumento isotópico de tensões de 100 kPa em
condições não drenadas. Represente, para estas situações, os círculos de Mohr em tensões
totais e efectivas. Represente, igualmente, os círculos de Mohr em tensões totais e efectivas
do mesmo provete, quando conduzido à rotura por aumento da tensão vertical.
4. Pretende-se construir um aterro arenoso com 4 m de espessura sobre um terreno composto
por dois estratos: uma camada de solo arenoso, com γ = 20 kN/m3, e uma camada de solo
argiloso, muito compressível. A execução do aterro dar-se-á em duas fases: uma primeira
fase, construindo o aterro com 2 m de espessura; uma segunda até aos 4 m. O peso volúmico
do aterro é γ = 20 kN/m3. O solo argiloso encontra-se caracterizado por: φ´= 25º, γ�= 17
kN/m3, A = 0,8, Cc = 0,5, e0 (índice de vazios para uma tensão efectiva vertical de 1 kPa) =
3,2, cv = 7 X 10- 4
cm2/s, K0= 0,58.
(a) Admitindo o solo argiloso como normalmente consolidado, escreva a expressão que
relaciona a resistência não drenada com a tensão efectiva vertical. Estime a resistência não
drenada no ponto P, antes da construção do aterro.
(b) Considere que se executa a primeira fase do aterro (2 m). Calcule a pressão intersticial, a
tensão total, a tensão efectiva e a resistência não drenada no ponto P para as seguintes
situações:
A
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i) No instante imediatamente após a execução do aterro, admitindo que esta decorre
muito rapidamente;
ii) 18 meses após a construção do aterro;
iii) No final da consolidação primária.
(c) Considere agora a segunda fase de construção do aterro, em que este atinge os 4 m de
espessura. Calcule a resistência não drenada no final da consolidação primária.
Figura 3: Problema 4
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Mestrado Integrado em Engenharia Civil
Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016
PROBLEMAS – Parte 2
5. Utilizando o teorema da região superior e o mecanismo indicado na Figura 2, estime a
carga F distribuída na largura B = 2 m que, em condições não drenadas, conduz ao colapso. O
solo é argiloso, tem peso volúmico igual a 20 kN/m3 e resistência não drenada cu = 50 kPa.
Figura 2
6. Resolva o mesmo problema, também através do teorema da região superior, considerando o
mecanismo sugerido pela Figura 3.
Figura 3
7. Utilizando o teorema da região superior e o mecanismo indicado na Figura 4 determine o
valor da força F (distribuída uniformemente na largura B igual a 2m) que em condições não
drenadas conduz ao colapso. Considere que o solo é argiloso caracterizado por um peso
volúmico igual a 20kN/m3 e uma resistência não drenada cu=50kPa.
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Figura 4
8. Utilizando o teorema da região superior e o mecanismo indicado na Figura 5 determine o
valor da força F (distribuída uniformemente na largura B igual a 2m) que em condições
drenadas conduz ao colapso. O solo é caracterizado por um peso volúmico igual a 20kN/m3 e
um ângulo de resistência ao corte φ´= 25º.
Figura 5
9. Estime o valor máximo da carga Ip indicada na Figura 6. Considere o solo arenoso,
caracterizado por φ' = 30° e γ = 20 kN/m3. Utilize o teorema da região superior e o mecanismo
sugerido na Figura 6, com ξ = 20°.
Figura 6
10. Resolva o problema anterior, também através do teorema da região superior,
considerando:
(a) ξ = 45°
(b) ξ = 45° e uma sobrecarga uniforme q = 10 kPa aplicada à superfície do terreno (Figura 7).
45º 45º
F
B
32,5º 57,5º
F
B
6
Figura 7
11. Calcule, através do teorema da região inferior, a estimativa da força Ip (Figura 8) que
conduz ao colapso do maciço, em condições não drenadas. O solo tem peso volúmico igual a
20 kN/m3 e resistência não drenada cu = 60 kPa.
Figura 8
12. Resolva o problema anterior, utilizando o teorema da região inferior, considerando
h = 3 m e o solo arenoso, respondendo em condições drenadas, com φ' = 30° e γ = 20 kN/m3.
13. Utilizando o teorema da região superior e o mecanismo indicado na Figura 9, estime a
carga F distribuída na largura B = 2 m que, em condições não drenadas, conduz ao colapso. O
solo é argiloso, tem peso volúmico igual a 20 kN/m3 e resistência não drenada cu = 50 kPa.
Admita duas situações:
(a) q = 0;
(b) q = 20 kPa.
Figura 9
14. Calcule a estimativa do valor máximo da carga Ip (Figura 10). Considere o solo arenoso,
caracterizado por φ´ = 35° e γ = 20 kN/m3. Utilize o teorema da região inferior. Considere
duas situações:
(a) q = 0;
(b) q = 20 kPa.
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Figura 10
15. Utilizando um método de equilíbrio limite baseado no mecanismo indicado na Figura 11,
estime a carga F distribuída na largura B = 3 m que, em condições não drenadas, conduz ao
colapso. O solo é argiloso, tem peso volúmico igual a 20 kN/m3 e resistência não drenada cu =
70 kPa.
Figura 11
16. Utilizando um método de equilíbrio limite baseado no mecanismo indicado na Figura 12,
estime a carga mínima Ia que mantém o solo em equilíbrio. Considere o solo arenoso, com
φ´ = 33° e γ = 18 kN/m3
Figura 12
17. Utilizando um método de equilíbrio limite baseado no mecanismo indicado na Figura 13,
estime a carga F distribuída na largura B = 3 m que, em condições não drenadas, conduz ao
colapso. O solo é argiloso, tem peso volúmico igual a 20 kN/m3
e resistência não drenada cu =
70 kPa. Admita h = 2 m.
Figura 13
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18. Utilizando um método de equilíbrio limite baseado no mecanismo indicado na Figura 14,
estime a carga máxima Ip que pode ser aplicada ao solo. Considere o solo arenoso, com
φ´ = 33° e γ = 18 kN/m3.
Figura 14
19. Considere a situação representada na Figura 15. Suponha que a estrutura representada na
Figura 15 se desloca para a esquerda. Calcule os impulsos mínimos (activos) do solo arenoso
sobre a estrutura, admitindo a inexistência de atrito solo-estrutura. Considere que φ´ = 30°,
γ = 18 kN/m3 e h = 3 m. Faça os seus cálculos utilizado:
(a) a teoria de Rankine;
(b) o método de Coulomb;
(c) uma teoria da região superior baseada em mecanismo planar.
Compare e comente os resultados obtidos.
Figura 15
20. Suponha agora que a estrutura da Figura 15 é forçada a deslocar-se para a direita. Calcule
os impulsos máximos (passivos) sobre a estrutura, nas mesmas condições do problema
anterior, usando:
(a) a teoria de Rankine;
(b) o método de Coulomb;
(c) uma teoria da região superior baseada em mecanismo planar.
21. Com base nos resultados obtidos nos dois problemas anteriores, qual a gama de valores do
impulso para os quais o colapso não ocorre?
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22. Com base nos resultados obtidos nos problemas 19 e 20:
(a) Represente os círculos de Mohr correspondentes ao estado activo e passivo de Rankine em
dois pontos, localizados junto à estrutura, a 1 e a 3 m de profundidade. Represente igualmente
o estado inicial de cada um desses pontos, admitindo K0 = 0,5;
(b) Determine a inclinação dos planos de rotura correspondentes aos estados activo e passivo
de Rankine;
(c) Determine a inclinação da cunha crítica de Coulomb;
(d) Determine a inclinação da cunha que forma o mecanismo critico planar, baseado no
teorema da região superior;
(e) Compare os resultados.
23. Considere a situação representada na Figura 16, em que o solo é arenoso, com φ´ = 32°,
γ = 18 kN/m3 e q = 10 kPa. Admita h = 4 m. Determine o impulso activo usando:
(a) a teoria de Rankine;
(b) o método de Coulomb;
(c) uma solução da região superior usando mecanismos planares.
Figura 16
24. Considere a situação representada na Figura 17. O solo, arenoso, tem φ´ = 35°, γsat = 21
kN/m3 e γh = 19 kN/m
3. Determine os impulsos activos, usando a teoria de Rankine.
Considere h = 6 m e hw = 4.5 m.
Figura 17
25. Considere a situação representada na Figura 18. O solo 1, arenoso, tem φ´ = 34°, γ = 19
kN/m3; o solo 2, também arenoso, tem φ´ = 38°, γ = 21 kN/m
3. Admita que o nível freático se
encontra na fronteira entre os dois solos e que à superfície do terreno actua uma sobrecarga,
q = 10 kPa. Determine os impulsos activos, usando a teoria de Rankine. Considere h1 = 2 m e
h2 = 3 m.
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Figura 18
26. Calcule, para a situação representada na Figura 19 os impulsos activos e passivos em
condições não drenadas. O solo, argiloso e saturado, tem cu = 40 kPa e γ = 18 kN/m3. Admita
h = 8 m. Realize os seus cálculos:
(a) usando a teoria de Rankine;
(b) usando uma solução da região superior, com mecanismo planar.
Figura 19
27. Para as condições anteriormente apresentadas do problema 19 (φ´ = 30°, γ = 18 kN/m3 e
h = 3 m), considere agora a existência de atrito, entre a estrutura e o terreno (Figura 20).
Calcule os impulsos de terras activos e passivos, para δ = +20° e δ = -20°, considerando o
mecanismo planar anteriormente considerado. Aplique as soluções de Coulomb e compare os
resultados.
Figura 20
28. Compare os resultados do problema anterior com as correspondentes soluções de Caquot -
Kerisel. Comente.
29. Considere que sobre a superfície do terreno é aplicada uma sobrecarga q = 15 kPa.
Determine o impulso activo, usando a teoria de Coulomb, para δ = +20°.
30. Determine o impulso activo sobre a estrutura representada na Figura 21, usando o método
de Coulomb. Considere φ´ = 36°, δ = 24°, i = 10°, β = 105°, h = 6 m e γ = 20 kN/m3.
NA
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Figura 21
31. Calcule a melhor estimativa da carga F, distribuída na largura B = 2 m, que causa o
colapso do solo argiloso, respondendo em condições não drenadas. O solo é caracterizado por
uma resistência não drenada cu = 50 kPa e um peso volúmico γ = 20 kN/m3. Utilize o teorema
da região superior e o mecanismo sugerido na Figura 22.
Figura 22
32. Calcule a melhor estimativa da carga F, distribuída na largura B = 2 m, que causa o
colapso do solo argiloso, respondendo em condições não drenadas, caracterizado por uma
resistência não drenada cu = 50 kPa e um peso volúmico γ = 20 kN/m3. Utilize o teorema da
região superior e o mecanismo sugerido na Figura 23.
Figura 23
33. Estime a carga F = qrB, com B = 2 m, que causa o colapso do solo argiloso, respondendo
em condições não drenadas, caracterizado por uma resistência não drenada cu = 50 kPa e um
peso volúmico γ = 20 kN/m3. Utilize o teorema da região inferior e os planos de
descontinuidade de tensões indicados na Figura 24. Considere q = 30 kPa.
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Figura 24
34. Repita os cálculos do problema anterior desprezando o peso do solo.
35. Considere agora que o solo a que se refere a Figura 24 é um solo arenoso, com ângulo de
resistência ao corte igual a 35°. Com base nos planos de descontinuidade de tensões definidos
na Figura e no teorema da região inferior, estime o factor Nq.
36. Estime a carga F = qrB, com B = 2 m, que causa o colapso do solo argiloso, respondendo
em condições não drenadas, caracterizado por uma resistência não drenada cu = 50 kPa e um
peso volúmico γ = 20 kN/m3. Utilize o teorema da região inferior e os planos de
descontinuidade de tensões indicados na Figura 25. Considere q = 30 kPa.
Figura 25
37. Resolva o problema anterior, escolhendo os dois planos de descontinuidade de tensões de
modo que a rotação das tensões principais seja distribuída igualmente pelas descontinuidades
(Figura 26).
Figura 26
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38. Calcule a melhor estimativa da carga F, distribuída na largura B = 2 m, que causa o
colapso do solo argiloso, respondendo em condições não drenadas, caracterizado por uma
resistência não drenada cu = 50 kPa e um peso volúmico γ = 20 kN/m3. Considere q = 30 kPa.
Utilize o teorema da região superior e:
(a) o mecanismo sugerido na Figura 27;
(b) o mecanismo sugerido na Figura 28;
(c) o mecanismo sugerido na Figura 29.
Figura 27
Figura 28
Figura 29
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39. Determine os factores de capacidade de carga Nγ e Nq utilizando o método do equilíbrio
limite e o mecanismo sugerido pela Figura 30. Admita φ´ = 30°.
Figura 30
40. Determine os factores de capacidade de carga Nγ e Nq utilizando o teorema da região
superior e o mecanismo sugerido pela Figura 31. Admita φ´ = 30°, α = 54° e β = 13°.
Figura 31
41. Admitindo a situação ilustrada pela Figura 32, determine a força F que conduz o terreno à
rotura. Considere B = 4 m e D = 1,5 m. O solo é argiloso, saturado, com peso volúmico total
igual a 19 kN/m3 e resistência não drenada igual a 90 kPa.
Figura 32
42. Nas condições da Figura 32, estime a força F que conduz o terreno à rotura. Considere
B = 4 m e D = 1.5 m. O solo é arenoso, com peso volúmico total igual a 18 kN/m3 (húmido) e
20 kN/m3 (saturado). O ângulo de resistência ao corte e igual a 34°. Considere as seguintes
situações:
(a) Nível freático a grande profundidade;
(b) Nível freático coincidente com a base da sapata;
(c) Nível freático 1 m acima da base da sapata.
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43. Considere a situação representada na Figura 33. Considere B = 4 m e D = 1.5 m. O solo 1
é arenoso, com peso volúmico total igual a 18 kN/m3; o solo 2 é argiloso, com peso volúmico
total igual a 19 kN/m3, ângulo de resistência ao corte igual a 28° e resistência não drenada
igual a 65 kPa. Estime a carga de colapso em condições drenadas e não drenadas para as
seguintes situações:
(a) para comprimento infinito;
(b) para comprimento L igual a 5 m;
(c) para comprimento L igual a 5 m e carga com uma excentricidade e, segundo a direcção de
B, de 0.5 m;
(d) para as condições da alínea anterior e uma carga inclinada a 10° com a vertical, na
direcção de B;
(e) nas condições da alínea anterior e com o nível freático a 0.5 m de profundidade;
(f) para as condições da alínea anterior e com uma excentricidade segundo L igual a 1.2 m;
Figura 33
44. Considere o talude vertical representado na Figura 34, correspondente a um corte
realizado num solo argiloso saturado. Estime, usando um método de equilíbrio limite, a altura
h para a qual ocorre o colapso da estrutura. Utilize o mecanismo sugerido na Figura e
considere cu = 60 kPa, γ = 18 kN/m3. Comente o resultado.
Figura 34
45. Resolva o problema anterior usando o teorema cinemático.
46. Resolva o mesmo problema usando o teorema estático.
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47. Considere um talude infinito de um material arenoso com espessura de 4 m, com ângulo
de resistência ao corte igual a 32° e peso volúmico de 18 kN/m3.
(a) Qual a inclinação do talude que o torna instável?
(b) Considere agora que o talude tem 6 m de espessura, qual a inclinação do talude que o
torna instável?
(c) Admita agora o talude totalmente submerso, com peso volúmico saturado igual a 20
kN/m3 e responda à mesma questão.
(d) Considere, finalmente, que o talude está sujeito a percolação paralela à superfície do
talude, com nível de água coincidente com esta superfície. Responda à mesma questão.
48. Considere um talude infinito de um material argiloso com espessura de 6 m, com
resistência não drenada igual a 30 kPa e peso volúmico de 20 kN/m3. Qual a inclinação do
talude que o torna instável?
49. Considere o talude representado na Figura 35, inclinado a 30°. O solo é argiloso,
respondendo em condições não drenadas com peso volúmico igual a 19 kN/m3.
(a) Qual a resistência não drenada do solo, sabendo que o talude deslizou (não
necessariamente com a superfície indicada na figura)?
(b) Usando a superfície indicada, analise o resultado que determinou na alínea anterior.
Figura 35
50. Considere o talude representado na Figura 36, inclinado a 30°. Os solos 1 e 2 têm,
respectivamente, ângulos de resistência ao corte de 25 e 32° e pesos volúmicos totais de 17 e
19 kN/m3. Avalie se ocorre deslizamento pela superfície indicada através dos seguintes
métodos:
(a) Método de Fellenius;
(b) Método de Bishop simplificado.
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Figura 36
51. Considere um talude infinito constituído por um material arenoso com altura constante de
4 m, sobre um maciço de melhores características inclinado a 20°. O solo arenoso tem peso
volúmico igual a 19 kN/m3 e ângulo de resistência ao corte igual a 30°. Verifique a segurança
em relação ao escorregamento do talude, usando o EC7.
52. Considere um talude infinito constituído por um material argiloso com altura constante de
4 m, sobre um maciço de melhores características inclinado a 20°. O solo argiloso tem peso
volúmico igual a 19 kN/m3 e resistência não drenada de 35 kPa. Verifique a segurança em
relação ao escorregamento do talude, usando o EC7.
53. Considere um talude vertical, de solo argiloso respondendo em condições não drenadas,
com peso volúmico igual a 20 kN/m3 e resistência não drenada de 50 kPa.
(a) Qual a profundidade crítica do talude (aquela que, se for atingida, causa a rotura)?
(b) Qual a profundidade do talude que verifica a segurança em relação a rotura do talude, de
acordo com o EC7?
54. Considere a situação geotécnica indicada na Figura 37. O solo, argiloso, tem peso
volúmico igual a 19 kN/m3 e resistência não drenada igual a 32 kPa. Verifique a segurança
em relação ao escorregamento do talude de acordo com o EC7.
Figura 37
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55. Considere a fundação representada na Figura 38, sujeita a uma carga permanente FG =800
kN e uma carga variável FQ = 500 kN. O solo é argiloso, com φ´ = 28° e cu = 60 kPa. O solo
tem peso volúmico húmido igual a 19 kN/m3 e peso volúmico saturado de 20 kN/m
3.
Verifique a segurança em relação à rotura da fundação.
Figura 38
56. Considere a fundação representada na Figura 39, sujeita a uma carga permanente
FG =1200 kN (vertical e centrada) e uma carga variável FQ = 600 kN (inclinada a 15° e com
excentricidade e = 0.12 m. O solo é arenoso, com φ´ = 32°. O solo tem peso volúmico húmido
igual a 17 kN/m3 e peso volúmico saturado de 19 kN/m
3. Verifique a segurança em relação à
rotura da fundação.
Figura 39
57. Considere a fundação representada na Figura 40, sujeita a uma carga permanente
FG =1600 kN (vertical e centrada) e uma carga variável FQ = 400 kN (com excentricidade e1 =
0.1 m e e2 = 0.15 m. O solo é argiloso, com φ´ = 26° e cu = 60 kPa. O solo tem peso volúmico
total igual a 18 kN/m3. Verifique a segurança em relação à rotura da fundação:
(a) em condições não drenadas;
(b) em condições drenadas.
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Figura 40
58. Considere a fundação representada na Figura 41, sujeita a uma carga permanente
FG =1300 kN (vertical e centrada) e uma carga variável FQ = 100 kN. O solo é arenoso, com
φ´ = 34°. O solo tem peso volúmico total igual a 18 kN/m3. Verifique a segurança em relação
à rotura da fundação.
Figura 41
59. Considere a estrutura de suporte de betão, com peso volúmico de 24 kN/m3, representada
na Figura 42. O solo suportado é uma areia com ângulo de resistência ao corte igual a 30°,
peso volúmico húmido de 18 kN/m3 e peso volúmico saturado de 20 kN/m
3. A sobrecarga q é
variável e tem o valor de 2 kPa. Verifique a segurança da estrutura em relação à rotura da
fundação (cargas verticais e deslizamento) e em relação ao derrubamento usando o EC7 para
as seguintes situações:
(a) admitindo que o ângulo de atrito solo-paramento é nulo e que o ângulo de atrito solo-base
é 2/3 φ´.
(b) admitindo que ângulo de atrito solo-estrutura (paramento e base) é 2/3 φ´.
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Figura 42
60. Considere agora que a base da estrutura de suporte da Figura 42 está assente sobre um
solo argiloso, com resistência não drenada igual a 80 kPa. Repita o problema anterior para
esta situação.
61. Considere a estrutura de suporte de betão armado representada na Figura 43. O solo
suportado é uma areia com ângulo de resistência ao corte igual a 32° e peso volúmico de 18
kN/m3. A sobrecarga q é variável e tem o valor de 4 kPa. O ângulo de atrito solo-estrutura é
28°. Verifique a segurança da estrutura em relação à rotura da fundação (cargas verticais e
deslizamento) e em relação ao derrubamento usando o EC7.
Figura 43
62. Considere a estrutura de suporte constituída por uma cortina de estacas-prancha
representada na Figura 44. O solo suportado é uma areia, com ângulo de resistência ao corte
φ´ = 30°, peso volúmico húmido igual a 18 kN/m3 e peso volúmico saturado de 20 kN/m
3.
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Figura 44
(a) Para q = 0 determine a altura enterrada (ficha) f, por forma a que fique verificada a
segurança;
(b) Determine o momento máximo de cálculo na cortina;
(c) Represente o diagrama de momentos flectores de cálculo na cortina;
(d) Para q = 15 kPa repita os cálculos anteriores.
63. Considere agora que, na cortina do problema anterior, era colocada uma escora horizontal
a 2 m de profundidade.
(a) Para q = 0 determine a altura enterrada (ficha) f e a força de cálculo na escora, por forma a
que fique verificada a segurança. Utilize o método do apoio simples.
(b) Determine o momento máximo de cálculo na cortina.
(c) Represente o diagrama de momentos flectores de cálculo na cortina.
(d) Para q = 15 kPa repita os cálculos anteriores.
64. Considere a situação que se apresenta na Figura 45. O solo, arenoso, pode ser
caracterizado por um módulo de deformabilidade de 35000 kPa e por um coeficiente de
Poisson de 0.33. O peso volúmico do solo é 20 kN/m3. A fundação, de dimensões B = 2 m por
L = 10 m, está fundada a 2 m de profundidade e está sujeita a uma carga de 400 kPa.
Calcule o assentamento no centro da fundação para:
(a) H = ∞
(b) H = 10 m
(c) H = 2 m
(d) H = ∞ e admitindo B = 4 m.
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Figura 45
65. Considere a situação geotécnica que se apresenta na Figura 46. O solo é argiloso e tem
peso volúmico húmido aproximadamente igual ao peso volúmico saturado, que é de 20
kN/m3. Um ensaio edométrico realizado sobre uma amostra colhida a 4 m de profundidade
revelou que o solo era normalmente consolidado e com um índice de compressibilidade Cc =
0.15. O índice de vazios à referida profundidade era de 0.80. A fundação tem dimensões B =
2 m por L = 3 m, está fundada a 1m de profundidade e está sujeita a uma carga de 200 kPa.
Calcule o assentamento por consolidação primária do solo argiloso considerando a divisão do
solo abaixo do plano da fundação em:
(a) 3 camadas de igual espessura;
(b) 6 camadas de igual espessura;
(c) 2 camadas de igual espessura;
(d) 1 camada.
Figura 46
66. Considere a situação geotécnica que se apresenta na Figura 46. Admita que o solo é
argiloso, fortemente sobreconsolidado e tem peso volúmico húmido aproximadamente igual
ao peso volúmico saturado, que é de 20 kN/m3. Um ensaio edométrico realizado sobre uma
amostra colhida a 3 m de profundidade revelou um índice de compressibilidade Cc = 0.25 e
um índice de recompressibilidade/ expansibilidade Cs = 0.04. O índice de vazios à referida
profundidade era de 0.52. A fundação tem dimensões B = 3 m por L = 6 m, está fundada a 1m
de profundidade e está sujeita a uma carga de 300 kPa. Calcule o assentamento por
consolidação primária do solo argiloso. Considere que, pelo facto de o solo ser fortemente
sobreconsolidado, a carga exercida pela fundação é inferior à maior tensão a que o terreno já
esteve sujeito.