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INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE - INEA Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas – DIBAP
Gerência de Fauna - GEFAU
Gerência de Unidades de Conservação de Proteção Integral - GEPRO
Resende/RJ – 27/08/2015
Proposta de criação do
Refugio de Vida Silvestre da lagoa da Turfeira
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Foto: Geoklok
Foto: Geoklok
Foto: Geoklok
LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000.
Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da
Constituição Federal, institui o SNUC
(Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza)
CAPÍTULO II - Art. 3º O SNUC é constituído pelo conjunto das
unidades de conservação federais, estaduais e municipais, de
acordo com o disposto nesta Lei.
Base legal
CAPÍTULO III
DAS CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
Art. 7º As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-
se em dois grupos, com características específicas:
I - Unidades de Proteção Integral;
II - Unidades de Uso Sustentável.
§ 1º O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é
preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos
seus recursos naturais.
Art. 8º O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto
pelas seguintes categorias de unidade de conservação:
I - Estação Ecológica;
II - Reserva Biológica;
III - Parque Nacional, Estadual ou Municipal;
IV - Monumento Natural;
V - Refúgio de Vida Silvestre.
•Art. 13. O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger
ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou
reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna
residente ou migratória.
•§ 1o O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas
particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da
unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos
proprietários.
•§ 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as
atividades privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às
condições propostas pelo órgão responsável pela administração da
unidade para a coexistência do Refúgio de Vida Silvestre com o uso da
propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que
dispõe a lei.
§ 3o A visitação pública está sujeita às normas e restrições
estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas
estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e
àquelas previstas em regulamento.
§ 4o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão
responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições
e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em
regulamento.
Breve histórico
• 2010 – AMAR e SEA – proposta de criação de RPPN no banhado da
Kodak (lagoa da Turfeira)
• Justificativa – ocorrência significativa de aves (aprox. 150
espécies) - 06 com algum grau de ameaça, cf. Lista Oficial RJ.
• 2011 – inicio do licenciamento da fábrica da Nissan
• Denuncia ao MPF/Resende sobre dano ambiental na área da lagoa
da Turfeira.
Breve histórico (cont.)
• 2012 – INEA notifica Nissan a apresentar estudos ambientas
complementares ao licenciamento
• Justificativa – avaliar a viabilidade de criação de unidade de
conservação
•2013 – Assinatura de TAC – MPF, MPE, governo Estado, INEA,
CODIN, Nissan
• Objetivo - desenvolvimento de estudos ambientais
complementares ao licenciamento, visando subsidiar a
criação de uma Unidade de Conservação para proteger a
longo prazo a lagoa da Turfeira e áreas úmidas existentes e/ou
a restaurar.
•2014 – Conclusão dos estudos e avaliação pelo INEA, MPF e MPE,
das conclusões e indicações.
•2015 – Consulta Pública - proposta de Refúgio de Vida Silvestre
(REVIS).
Breve histórico (cont.)
Significativo remanescente de área úmida, a lagoa da Turfeira representa
um refúgio de nidificação e alimentação para espécies de aves migratórias
e também para algumas espécies consideradas raras ou pouco conhecidas
em âmbito estadual.
Relevância
Visão de Futuro
“implementar um modelo de gestão de áreas naturais,
fundamentado na restauração ambiental, pesquisa
cientifica e geração de conhecimento, sensibilização e
educação ambiental, e visitação orientada,
proporcionando ainda o desenvolvimento local e
promovendo a valorização da comunidade do entorno”.
Localização
Inserida no município de Resende, a lagoa da Turfeira tem
área aproximada de 90ha.
Distância:
Rio de Janeiro - 170 km
São Paulo - 270 km
Belo Horizonte - 430 km
Objetivos
A criação do REVIS Lagoa da Turfeira tem por objetivos:
I. Assegurar a preservação da Lagoa da Turfeira e entorno, bem
como recuperar as áreas degradadas ali existentes;
II. Proteger e preservar populações de animais e plantas nativas e
oferecer refúgio para espécies migratórias, raras, vulneráveis,
endêmicas e ameaçadas de extinção da fauna e flora nativas,
garantindo a:
- Conservação da diversidade biológica, e
-Proteção de local de descanso, alimentação e reprodução da fauna;
III – contribuir para o fluxo gênico de espécies nativas e ampliação da
área de vida daquelas que necessitam de amplo território para o
estabelecimento populacional, por meio da conectividade de fragmentos
e posterior formação de corredores ecológicos;
IV. Preservar os remanescentes de floresta atlântica e os recursos
hídricos – rios e pequenas áreas brejosas, contidos em seus limites;
V. assegurar a continuidade dos serviços ambientais prestados pela
natureza nestas áreas, a saber:
- Controle de enchentes, recarga de aquíferos e proteção dos
recursos hídricos.
- Proteção contra a erosão do solo e o assoreamento dos corpos
d’água.
VI – Oferecer oportunidades de pesquisa científica, interpretação e
educação ambiental, e visitação;
Objetivos (cont.)
INEA CRITÉRIOS PARA PROPOSTAS DE CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
1. a representatividade dos ecossistemas, considerando estudos
técnicos e estratégias voltadas à preservação das diversidades
biológica e geológica;
2. a relevância dos serviços ambientais prestados pela UC,
sobretudo no que tange os serviços hidrológicos, controle da erosão e
assoreamento, conservação da diversidade biológica, conservação do
patrimônio geológico e arqueológico;
3. a minimização de conflitos fundiários na definição das áreas a
serem incorporadas no território da UC, com prioridade sobre APPs,
áreas públicas e outras áreas com restrições legais;
4. o estabelecimento de conectividade, de modo a reduzir o efeito de
fragmentação sobre os ecossistemas da Mata Atlântica;
5. a perspectiva de implantação de empreendimentos na zona de
amortecimento direcionados à ocupação ordenada, conciliando
preservação e desenvolvimento econômico.
CRITÉRIOS PARA PROPOSTAS DE CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (cont.)
1. Diversidade de espécies da fauna e seu status de
conservação;
2. Relevância para a hidrologia ;
3. Existência de restrições legais do ponto de vista ambiental;
4. Relevância ecológica;
5. Possibilidade de conectividade com outros fragmentos
florestais; e
6. Existência de áreas públicas.
CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO DE
ÁREAS NO REVIS Lagoa da Turfeira
1. Levantamentos de campo e sobrevoo;
2. Imagens de satélite (2013);
3. Mapeamentos de Áreas Prioritárias para Conservação e
Fitofisonomias Ameaçadas (Estado do Ambiente, 2010); e
4. Delimitação das áreas de APP.
Subsídios para a criação do REVIS da Lagoa da Turfeira
Caracterização Interação com outros fatores ambientais
A área de estudo apresenta porções com
menor altitude, referentes à lagoa da
Turfeira e o rio Paraíba do Sul, com cotas
altimétricas em torno de 388 e 385 metros
respectivamente, bem como áreas com
maior altitude, principalmente nas colinas
da AMAN a oeste da lagoa, com cotas
altimétrica em torno de 450 metros.
Áreas de Preservação Permanente (APPs) são identificadas nas áreas de
menor altitude (lagoa e margens do rio Paraiba do Sul), como de maior
altitude (nascentes e córregos nas colinas da AMAN e vizinhanças).
Tais áreas são ambientalmente mais sensíveis e protegidas por lei.
Além disso, nestas áreas, sobretudo nas áreas de menor altitude,
associadas ao rio Paraíba do Sul, foram registradas os maiores valores
de riqueza e abundância para a herpetofauna e avifauna.
Esta condição pode estar relacionada a maior disponibilidade hídrica e
de áreas úmidas, assim como, maior disposição de alimentos na áreas
baixas. Entretanto foi observada a ocorrência de espécies destes grupos
tanto nas áreas mais baixas quanto
altas.
Desta maneira, entende-se que as variações apresentadas na
topografia do relevo não configuram compartimentos diferenciados na
paisagem, haja visto as fisionomias e as espécies encontradas nos
estudos.
Topografia
Caracterização Interação com outros fatores ambientais
A área da NISSAN está localizada sobre uma
antiga várzea do Rio Paraíba do Sul,
indicando que no passado a área sofria
inundação em épocas de cheia.
Estudos indicaram que as cheias do Rio
Paraíba do Sul, com períodos de retorno de
até 25 anos, não acarretam elevações do
nível d’água que provoquem inundações do
terreno correspondente à área da NISSAN
em sua condição natural (topografia
original).
A Lagoa da Turfeira, não é abastecida pelo
rio Paraíba do Sul, pois a mesma encontra-
se em cota altimétrica superior. Esse aporte
de água só ocorre num período de retorno
de 50 anos.
Pode-se dizer que é inviável o estabelecimento de comunidades
aquáticas na região norte da área da NISSAN em virtude de enchentes
regulares a partir do transbordo do rio Paraíba do Sul.
O mesmo é valido para o restante da área, visto que as demais regiões
começam a inundar a partir do período de recorrência de 50 anos. Tais
comunidades concentram-se efetivamente na lagoa e no próprio rio
Paraíba do Sul.
A comunicação da lagoa com o rio Paraíba do Sul, por ocorrer no
sentido lagoa – rio e não no sentido rio-lagoa, torna-se uma importante
razão do inexpressivo número de espécies de ictiofauna encontradas na
lagoa.
Hidrologia
Caracterização Interação com outros fatores ambientais
Foram realizadas seis campanhas para o
levantamento da avifauna.
Este estudo revelou 200 espécies, sendo 06
espécies enquadradas como ameaçadas e
03 endêmicas. Na área também foram
registradas espécies migratórias da região
sul do país.
A partir dos dados obtidos no inventário,
entende-se que uma maior atenção deve
ser dada aos ambientes ribeirinhos
(margens do Rio Paraíba) e aos ambientes
florestados do entorno da lagoa da
Turfeira. Isso se deve ao fato dessas áreas
representarem um maior potencial para a
conservação dos recursos naturais e
manutenção da riqueza de espécies de
aves da região.
Apesar da compartimentação da paisagem encontrada na área de
estudo, decorrente das variações altimétricas (Rio Paraiba do Sul –
Lagoa – colinas da AMAN) e das diferentes fisionomias encontradas
(campo, lagoa, mata), os efeitos dessa compartimentação na avifauna
são minimizados tendo em vista o deslocamento frequente pela busca
de alimento e abrigo de diversas espécies associada a cada
compartimento (ocorrência de certas espécies em partes mais altas, e
outros grupos em áreas
mais baixas).
Avifauna
Caracterização Interação com outros fatores ambientais
O estudo revelou 22 espécies, sendo apenas
uma espécie classificada como em perigo
segundo a Lista de Fauna no Estado do Rio
de Janeiro.
Foi observado um aumento na riqueza e
abundância de espécies nas últimas
campanhas e isso pode estar vinculado ao
aumento da temperatura e pluviosidade
com a chegada da estação chuvosa.
O fato das margens do rio Paraíba do Sul serem hábitat do jacaré de
papo amarelo, inclusive para nidificação, corrobora com a importância
de revegetação e proteção das APPs do rio e demais corpos hídricos
associados.
Os resultados do levantamento sugerem, dentro de um contexto geral,
uma predominância de espécies associadas a áreas abertas e espécies
mais resistentes a ambientes mais antropizados.
Tendo em vista a peculiar localização da área, situada no vale do rio
Paraíba do Sul e entre dois complexos montanhosos (serra da
Mantiqueira e serra do Mar), era esperado como resultado do estudo
um número maior de espécies na área, sobretudo endêmicas.
Desta maneira, entende-se que a baixa riqueza de espécies encontrada
na área de estudo está diretamente ligada ao grau de antropização da
área, corroborada pela baixa qualidade da água, a reduzida cobertura
vegetal e estratos homogeneizados da paisagem.
Herpetofauna
Termo de Referência
“elaboração de estudos complementares de caracterização física e ambiental da lagoa da Turfeira e seu entorno imediato
visando avaliar a viabilidade do estabelecimento de uma Unidade de Conservação”
ÁREAS 1 e 2 - Áreas da CODIN (aprox. 122ha) Áreas adquiridas pela CODIN e que não foram utilizadas pelo empreendimento em face de restrições ambientais identificadas. ÁREA 1 - localizada a oeste da Nissan constitui grande parte da lagoa da Turfeira com aproximadamente 94 hectares, e ÁREA 2 - localizada às margens do rio Paraíba do Sul, a leste da Nissan, com aproximadamente 30 ha. A inclusão no REVIS considerou a relevância ambiental e o fato de constituir-se em área pública, reduzindo-se assim os conflitos de uso e os custos com desapropriação.
Levantamento Fundiário
ÁREA 3 - Área da CIAFLU (aprox. 74ha) Localizada ao sul da Nissan, com aproximadamente 74, foi indicada nos estudos como área de contribuição hídrica para a lagoa da Turfeira. Possui relevância significativa para a manutenção desse corpo hídrico uma vez que não há aporte de água do rio Paraíba do Sul para a lagoa. Outra característica que justifica sua incorporação é a existência de um remanescente de floresta que abriga diversos exemplares da fauna terrestre que ali ocorre.
Levantamento Fundiário (cont.)
ÁREA 4 - Área da AMAN Localizada a oeste da área da CODIN, é compostas basicamente por encostas, e não tem atualmente uso econômico significativo. A ÁREA 4, de propriedade da AMAN, possui aproximadamente 35ha, ÁREAS 5 – Área particular sem informação de titularidade Localizada a oeste a área da CODIN, é composta basicamente por encosta, e não tem atualmente uso econômico significativo. A ÁREA 5, de propriedade particular, possui aproximadamente 3ha.
Levantamento Fundiário (cont.)
ÁREA 6 - Área de propriedade da empresa Lopes Moço Localizada a norte da área da Nissan esse trecho integra uma propriedade particular e possui papel estratégico na constituição da unidade de conservação, uma vez que irá complementar o corredor ecológico entre a lagoa da Turfeira e o rio Paraíba do Sul, ambas indicadas no estudo como relevantes para a fauna, com alta restrição ambiental e, portanto, prioritárias para a conservação. Possui aproximadamente 27ha.
Levantamento Fundiário (cont.)
As ÁREAS 4, 5 e 6 vem sendo afetadas pela instalação de processos erosivos diversos como ravinas e voçorocas comprometendo ainda mais a sua conservação, em especial alguns fragmentos de floresta ainda existentes. Além da perda de solo e matéria orgânica, o carreamento desse material pelas chuvas acaba provocando o acúmulo de sedimentos nas partes baixas aumentando o risco de assoreamento da lagoa a Turfeira. Apresentam características relevantes para a incorporação à unidade de conservação proposta pois integram a área de contribuição da lagoa, possuem remanescentes de floresta e, no caso da AMAN, por tratar-se de área pública.
Levantamento Fundiário (cont.)
Planejamento Após a criação da unidade de conservação o Inea dará inicio a im- plantação da mesma, contemplando quatro linhas de atuação: Conselho consultivo, o qual irá atuar conforme previsto na legisla- ção e de acordo com a prática que vem sendo desenvolvida nas demais unidades de conservação administradas pelo Inea. Plano de manejo, o qual deverá considerar a disponibilidade de recursos financeiros oriundos da Nissan, conforme previsto na cláu- sula 12° do TAC; a categoria proposta; as dimensões reduzidas da unidade; a quantidade de dados e informações já disponíveis tanto para a área quanto seu entorno e; a necessidade de produção de um documento prático, objetivo e de implementação imediata.
Estratégia de implantação
Zona de amortecimento
O decreto de criação da unidade de conservação irá estabelecer uma zona de amortecimento provisória, até que a proposta dos limites definitivos para a mesma seja regulamentada no plano de manejo. •Essa zona provisória deverá contemplar:
•APP existentes e áreas sensíveis, em especial aquelas inseridas na Área de Estudos, localizadas as margens do rio Paraíba do Sul, e devem ser objeto de restauração florestal, constituindo corredores ecológicos, e ampliando a oferta de abrigo e alimentação para a fauna local.
Estratégia de implantação (cont.)
• Futuros empreendimentos na zona de amortecimento ou próximas a essa, devem priorizar atividades com menor potencial poluidor, respeitadas as características da zona industrial.
• Objetivo é reduzir risco de eventuais acidentes e vazamentos de efluentes e outros produtos químicos possam comprometer o ambiente e a UC.
Estratégia de implantação (cont.)
Restauração florestal, a qual deverá contemplar de imediato as áreas públicas cedidas pela CODIN ao INEA, e na sequencia àquelas que forem sendo incorporadas ao patrimônio público ou aquelas que, mesmo permanecendo na posse de particulares sejam objeto de autorização específica para início da restauração. Cabe destacar que atualmente já existe uma demanda por áreas para restauração florestal de cerca de 900ha, decorrentes de compromissos ambientais vinculados ao licenciamento ambiental de empreendimentos na região hidrográfica do Médio-Paraíba. Regularização fundiária, a qual deverá ter início simultaneamente a elaboração do plano de manejo, uma vez que aproximadamente 50% da área proposta para a unidade de conservação demanda essa providência.
Estratégia de implantação (cont.)
Estruturação
Propostas de curto prazo. *A indicação das ações e estratégias para implementação da unidade de conservação será contemplada no plano de manejo. Infraestrutura física - Considerando as peculiaridades da categoria de unidade de conservação proposta, o Inea entende que não devam ser investidos recursos significativos na construção de sede administrativa, posto de fiscalização e centro de visitantes. Por se tratar de uma área destinada prioritariamente à preservação da vida silvestre, pesquisa cientifica e restauração dos ambientes naturais, podendo haver visitação pública de acordo com regulamento específico, propõe-se a instalação de uma pequena estrutura de apoio a essas atividades em área ainda a ser definida.
Estratégia de implantação (cont.)
Pessoal - Da mesma forma, em relação à equipe da UC sugere-se, de imediato, que o monitoramento e a fiscalização da área fiquem a cargo das equipes do INEA lotadas na Superintendência Regional do Médio-Paraíba - SUPMEP e do Parque Estadual da Pedra Selada - PEPS. Essas equipes, em articulação com a gerência de unidades de conservação de proteção integral - GEPRO e a gerência de fauna - GEFAU, da diretoria de biodiversidade e áreas protegidas - DIBAP do Inea irão desenvolver essas atividades de forma coordenada, realizando visitas à área no mínimo três vezes por semana. O plano de manejo deverá indicar a estrutura organizacional e funcional a ser adotada para a gestão da unidade de conservação.
Estratégia de implantação (cont.)
Monitoramento e fiscalização – complementarmente à presença física das equipes do Inea na área e buscando o monitoramento mais eficiente sugere-se a instalação de duas câmeras com boa qualidade de imagem e alcance de cerca de 2km, em estruturas elevadas localizadas no estacionamento existente nas instalações da NISSAN. Esse equipamento deverá contar com o recurso de acionamento remoto permitindo que as câmeras diretamente das sedes do INEA possam ser acionadas e direcionadas para pontos de interesse, aproximando e afastando a imagem (função zoom). O objetivo principal dessas câmeras é monitorar a ocorrência de incêndios, possibilitando o acionamento rápido das equipes para o combate mais eficiente, evitando assim perdas ambientais significativas.
Estratégia de implantação (cont.)
Restauração florestal – a proposta do Inea consiste no direcionamento de ações de recomposição florestal relativas a medidas compensatórias de empreendimentos licenciados na região hidrográfica do médio Paraíba do Sul. A demanda de empreendedores por áreas para restauração florestal na região é de aproximadamente 900ha. Além das áreas públicas incorporadas à unidade de conservação, é possível iniciar esse trabalho em alguns trechos de propriedades particulares como, por exemplo, APPs do rio Paraíba do Sul. Os proprietários poderão ser sensibilizados a autorizar essa recomposição uma vez que essas áreas só poderão ser ocupadas por florestas, conforme prevê a legislação.
Estratégia de implantação (cont.)
Caso isso não aconteça nesse momento as áreas terão que ser restauradas pelos proprietários na ocasião do licenciamento de futuros empreendimentos, o que torna essa proposta bastante atraente seja do ponto de vista ambiental quanto do econômico. Por fim, cabe ainda ressaltar o benefício social dessa ação uma vez que o processo de restauração dos cerca de 200ha irá gerar diversos postos de trabalho na região, os quais poderão ocupar essa força de trabalho por quatro a cinco anos aproximadamente.
Estratégia de implantação (cont.)
Regularização fundiária – será dado encaminhamento a transferência definitiva da área da CODIN para o INEA Em paralelo deverão ser iniciado o levantamento da documentação das propriedades particulares inseridas nos limites do REVIS visando a transferência definitiva da posse para o INEA.
Estratégia de implantação (cont.)
Proprietário Domínio Área (ha)
CODIN Público 122
AMAN Público 42
CIAFLU / PREIT Privado 74
Lopes Moço Privado 27
Sem informação Privado 5
TOTAL 270
Estratégia de implantação (cont.)
OBRIGADO!
Gerência de Fauna – GEFAU [email protected]
(21) 2334-9614
Gerência de Unidades de Conservação [email protected]
(21) 2334-6207