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DIAGNÓSTICO DAS RESSACAS DO ESTADO DO AMAPÁ: BACIAS DO IGARAPÉ DA FORTALEZA E RIO CURIAÚ Silva, M.S. ; Martins, M.H.A. ; Oliveira, D.M. Hidrodinâmica do Igarapé da Fortaleza e do Rio Curiaú e Morfologia de Fundo (Batimetria) do Igarapé da Fortaleza In: Takiyama, L.R. ; Silva, A.Q. da (orgs.). Diagnóstico das Ressacas do Estado do Amapá: Bacias do Igarapé da Fortaleza e Rio Curiaú, Macapá-AP, CPAQ/IEPA e DGEO/SEMA, 2003, p.137-154. CAPÍTULO 8 Hidrodinâmica do Igarapé da Fortaleza e do Rio Curiaú e Morfologia de Fundo (Batimetria) do Igarapé da Fortaleza Marcio Sousa da Silva Marcos Henrique de Abreu Martins Denis Marques de Oliveira Resumo Os estudos hidrodinâmicos (vazões, velocidade, direção e intensidade das correntes) e morfodinâmicos (batimetria-morfologia de fundo) realizados no âmbito do projeto RESSACAS, se deu nas bacias do igarapé da Fortaleza e rio Curiaú. As metodologias utilizadas foram aquelas apresentadas por Silva e Kosuth (2001) e Torres et al. (2002), as quais, foram aprimoradas neste trabalho. Para os levantamentos hidrodinâmicos utilizou-se um ADCP 600 MHz RDI e o software WINRIVER e para os morfodinâmicos, um ecobatímetro da Raytheon modelo DE719D MK2, DGPS Trimble Ag132 e os softwares HYPACK MAX e SURFER 7. O igarapé da Fortaleza e rio Curiaú possuem como característica dominante a influência da maré, que atua diretamente em todos os processos hidrodinâmicos. Dado a isto, os dados aqui apresentados seguem esta premissa, ou seja, são apresentados em função do ciclo das marés. O igarapé da Fortaleza durante um ciclo da maré de 08/09/2001, apresentou durante o período de vazão positiva (maré vazante) uma vazão total de 1002,1 m3/s e no período de vazão negativa (maré enchente) um total de 837,4 m3/s, resultando durante este ciclo em uma vazão positiva de 164,6 m3/s. O rio Curiaú durante um ciclo da maré de 28/09/2001, apresentou durante o período de vazão positiva (maré vazante) uma vazão total de 692,2 m3/s e no período de vazão negativa (maré enchente) um total de 636,5 m3/s, resultando durante este ciclo em uma vazão positiva de 55,7 m3/s. O levantamento morfodinâmico realizado no igarapé da Fortaleza se deu no mês de março de 2001, período de cheias (águas altas) nos rios e ressacas. O estudo se deu no trecho compreendido entre a foz e a localidade da Gruta, os dados mostraram um comportamento morfológico quase que homogêneo, com profundidades que variaram de 0 a 6,5 metros, o trecho com maiores profundidades se estende das proximidades da foz até a foz do igarapé do Davi, a área da foz do Igarapé da Fortaleza apresenta baixas profundidades devido a barra arenosa existente. O trecho do ig. do Davi até a Gruta apresenta baixas profundidades e uma diminuição gradativa desta. As margens são abruptas, bem definidas e possuem um comportamento constante, o leito do canal apresenta-se sempre centralizado em todo o trecho, não há ocorrências de bancos (arenosos e/ou lamosos) ao longo do canal. Os dados mostraram que a navegação no trecho estudado do igarapé da Fortaleza é segura se realizada durante o período de maré alta e sempre no meio do canal e somente para pequenas a médias embarcações. O uso do ADCP na região da foz do rio Amazonas, onde a maré e suas correntes exercem uma grande influência na hidrodinâmica e morfodinâmica da região, torna-se imprescindível para que se possa demonstrar com maior exatidão como se comportam as vazões e as correntes dos rios e canais desse setor.

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Page 1: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do ... · l â t i o R i o A m ... (ZEE/IEPA, 1997) da área do projeto. Após foram definidas as linhas de referência para que

DIAGNÓSTICO DAS RESSACAS DO ESTADO DO AMAPÁ: BACIAS DO IGARAPÉ DA FORTALEZA E RIO CURIAÚ Silva, M.S. ; Martins, M.H.A. ; Oliveira, D.M. Hidrodinâmica do Igarapé da Fortaleza e do Rio Curiaú e Morfologia de Fundo (Batimetria) do Igarapé da Fortaleza In: Takiyama, L.R. ; Silva, A.Q. da (orgs.). Diagnóstico das Ressacas do Estado do Amapá: Bacias do Igarapé da Fortaleza e Rio Curiaú, Macapá-AP, CPAQ/IEPA e DGEO/SEMA, 2003, p.137-154.

CAPÍTULO 8

Hidrodinâmica do Igarapé da Fortaleza e do Rio Curiaú e Morfologia de Fundo (Batimetria) do Igarapé da Fortaleza

Marcio Sousa da Silva Marcos Henrique de Abreu Martins Denis Marques de Oliveira

Resumo

Os estudos hidrodinâmicos (vazões, velocidade, direção e intensidade das correntes) e morfodinâmicos (batimetria-morfologia de fundo) realizados no âmbito do projeto RESSACAS, se deu nas bacias do igarapé da Fortaleza e rio Curiaú. As metodologias utilizadas foram aquelas apresentadas por Silva e Kosuth (2001) e Torres et al. (2002), as quais, foram aprimoradas neste trabalho. Para os levantamentos hidrodinâmicos utilizou-se um ADCP 600 MHz RDI e o software WINRIVER e para os morfodinâmicos, um ecobatímetro da Raytheon modelo DE719D MK2, DGPS Trimble Ag132 e os softwares HYPACK MAX e SURFER 7. O igarapé da Fortaleza e rio Curiaú possuem como característica dominante a influência da maré, que atua diretamente em todos os processos hidrodinâmicos. Dado a isto, os dados aqui apresentados seguem esta premissa, ou seja, são apresentados em função do ciclo das marés. O igarapé da Fortaleza durante um ciclo da maré de 08/09/2001, apresentou durante o período de vazão positiva (maré vazante) uma vazão total de 1002,1 m3/s e no período de vazão negativa (maré enchente) um total de 837,4 m3/s, resultando durante este ciclo em uma vazão positiva de 164,6 m3/s. O rio Curiaú durante um ciclo da maré de 28/09/2001, apresentou durante o período de vazão positiva (maré vazante) uma vazão total de 692,2 m3/s e no período de vazão negativa (maré enchente) um total de 636,5 m3/s, resultando durante este ciclo em uma vazão positiva de 55,7 m3/s. O levantamento morfodinâmico realizado no igarapé da Fortaleza se deu no mês de março de 2001, período de cheias (águas altas) nos rios e ressacas. O estudo se deu no trecho compreendido entre a foz e a localidade da Gruta, os dados mostraram um comportamento morfológico quase que homogêneo, com profundidades que variaram de 0 a 6,5 metros, o trecho com maiores profundidades se estende das proximidades da foz até a foz do igarapé do Davi, a área da foz do Igarapé da Fortaleza apresenta baixas profundidades devido a barra arenosa existente. O trecho do ig. do Davi até a Gruta apresenta baixas profundidades e uma diminuição gradativa desta. As margens são abruptas, bem definidas e possuem um comportamento constante, o leito do canal apresenta-se sempre centralizado em todo o trecho, não há ocorrências de bancos (arenosos e/ou lamosos) ao longo do canal. Os dados mostraram que a navegação no trecho estudado do igarapé da Fortaleza é segura se realizada durante o período de maré alta e sempre no meio do canal e somente para pequenas a médias embarcações.

O uso do ADCP na região da foz do rio Amazonas, onde a maré e suas correntes exercem uma grande influência na hidrodinâmica e morfodinâmica da região, torna-se imprescindível para que se possa demonstrar com maior exatidão como se comportam as vazões e as correntes dos rios e canais desse setor.

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CAPÍTULO 8 138

8.1. Introdução

O estudo de parâmetros hidrodinâmicos e morfodinâmicos é de suma importância para o melhor entendimento da estrutura e funcionamento dos ambientes aquáticos, e a interação e integração desses com outros parâmetros (físico-químicos, biológicos, ecológicos e sociais) podem fornecer um diagnóstico mais preciso do ambiente das “ressacas”. A campanha de medições de vazões, velocidades e direções das correntes, realizada no Estado do Amapá durante o mês de setembro de 2001, só foi possível a partir da cessão, por empréstimo, de um ADCP 600 kHz, pela ANEEL, através da CPRM Manaus. As campanhas realizadas no igarapé da Fortaleza e rio Curiaú foram coordenadas pelo pesquisador Marcio Sousa da Silva e acompanhadas pelo pesquisador Marcos Henrique de Abreu Martins, possibilitando assim o treinamento no uso e operação do ADCP. A campanha de medições de dados batimétricos foi realizada no mês de março de 2002, cobrindo somente o igarapé da Fortaleza (de sua foz até a localidade gruta), sendo acompanhada pelo pesquisador júnior Denis Marques de Oliveira, que foi treinado na preparação, levantamento e tratamento dos dados. Todos os levantamentos e resultados apresentados nesse projeto estão vinculados ao projeto “Hidrodinâmica e morfodinâmica da Orla Fluvial – entre o rio Vila Nova e o Canal do Jandiá – Um subsídio ao planejamento de obras públicas”.

8.2. Metodologia

8.2.1. Localização dos Cursos d’água Estudados As drenagens trabalhadas neste projeto estão localizadas dentro do Setor Estuarino, mais precisamente no Sub-Setor Urbano Portuário ou do Médio Estuário, que cobre os municípios de Macapá e Santana (Figura 8.1). As medições de vazões, velocidades e direção das correntes e os levantamentos batimétricos foram realizados nos baixos cursos do igarapé da Fortaleza (Figura 8.2) e do rio Curiaú (Figura 8.3), onde ocorre a influência direta das marés. 8.2.2. Hidrodinâmica (Vazão e Correntometria) Para o levantamento dos dados hidrodinâmicos, foram necessários os seguintes materiais e equipamentos: uma lancha tipo voadeira de 6 metros, motor de pôpa de 30 Hp Honda, um notebook, um GPS GARMIN 12 XL, um medidor de vazão tipo ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler) 600 kHz com suporte para fixação na voadeira e uma armação para cobertura de voadeira. Inicialmente, definiu-se a seção de medição onde a influência da variação da maré não prejudicasse o levantamento (o que nem sempre aconteceu). Em todas as seções, foram anotadas as coordenadas geográficas nas respectivas margens para posterior localização e posicionamento em uma imagem geo-referenciada. Na preparação do ADCP para as medições foi realizado inicialmente o DUMP TERM, para verificação do funcionamento das células. O ADCP foi configurado para trabalhar em horário local e com configurações específicas para cada transect levantado.

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Hidrodinâmica do Igarapé da Fortaleza e do Rio Curiaú e Morfologia de Fundo (batimetria) do Igarapé da Fortaleza

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Figura 8.1. Setores da Região Costeira do Estado do Amapá. Fonte: CPAQ/IEPA.

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CAPÍTULO 8 140

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Figura 8.2. Localização das seções de medição de vazões dos rios Vila Nova e Matapi, Canal de Santana e Igarapé da Fortaleza. Fonte: CPAQ/IEPA. As medições, tratamento e análise dos dados obedeceram a metodologia desenvolvida por Pascal Kosuth, pesquisador do IRD (Institut de Recherche pour le Devèloppemente), para o monitoramento das vazões do rio Amazonas ao longo do trecho sob a influência da maré (Macapá – Parintins), a qual foi modificada para uma melhor interpretação e análise dos dados (Kosuth, 2000 – comunicação pessoal). A metodologia consistiu em: (1) realizar, em uma seção do rio, uma série de medições de vazão durante um período de 12 horas e trinta minutos (um ciclo da maré), usando um equipamento tipo ADCP; (2) interpolar a evolução temporal da vazão na base dessas medições, em períodos constantes de 15 minutos, em função dos levantamentos (travessias) nem sempre serem constantes, o que geraria uma vazão média irreal; e (3) integrar os valores no ciclo da maré (12:30 horas), de 15 em 15 minutos, para obter o valor médio da vazão. OBSERVAÇÃO: Durante os levantamentos, verificou-se que o fechamento de um ciclo de maré nem sempre se deu no período de 12:30 horas, mas variou entre 12:00 e 13:00 horas. Tal conclusão deu-se em função de que os valores de vazão obtidos no início dos levantamentos eram novamente alcançados em maior ou menor tempo do que o previsto no ciclo seguinte.

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Hidrodinâmica do Igarapé da Fortaleza e do Rio Curiaú e Morfologia de Fundo (batimetria) do Igarapé da Fortaleza

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Figura 8.3. Localização da seção de medição de vazões do rio Curiaú. Fonte: CPAQ/IEPA.

8.2.3. Morfodinâmica (Batimetria) O levantamento dos dados batiméticos foi realizado durante o mês de março de 2002, período de cheias das áreas de Ressacas. O primeiro passo foi definir em qual trecho do rio se realizaria o levantamento, o que se deu, a partir de uma base cartográfica georeferenciada previamente digitalizada, tendo como base uma imagem de satélite LANDSAT-5 (ZEE/IEPA, 1997) da área do projeto. Após foram definidas as linhas de referência para que se desse início ao levantamento. Para a execução do levantamento dos dados batimétricos, foram necessários uma embarcação tipo voadeira de 6 metros, motor de 30 Hp Honda, e os seguintes equipamentos: um ecobatímetro analógico-digital da RAYTHEON modelo DE719D MK2; um GPS TRIMBLE modelo Ag132 com correção diferencial em tempo real via satélite e/ou sinal BEACON da marinha; e um computador tipo notebook com duas portas seriais de entrada de dados, onde, através do software HYPACK MAX, os dados adquiridos tanto pelo ecobatímetro quanto pelo GPS eram armazenados, monitorados e sincronizados. Entre outros recursos, está a possibilidade de visualizar no monitor do computador, em tempo real, o deslocamento da embarcação sobre a linha pré-definida, possibilitando assim o

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CAPÍTULO 8 142

gerenciamento do percurso e garantindo melhor qualidade ao levantamento. Como fonte de energia, foram utilizados um gerador e 2 baterias automotivas de 12 volts para um fornecimento constante de energia para os equipamentos. No processamento e pós-processamento dos dados foram utilizados os softwares HYPACK MAX e SURFER 7.0, respectivamente. No processamento os dados foram editados para que os problemas ocorridos durante a aquisição fossem corrigidos. Durante este processo também se efetivou a correção do nível da maré, ou seja, os dados levantados foram reduzidos para uma mesma situação de maré (baixa-mar), tendo como base os dados da tábua de maré do Porto de Santana. Após todos estes procedimentos, os dados eram exportados para que se realizasse o pós-processamento. O pós-processamento se dá no ambiente do software Surfer 7.0 e se inicia com a importação dos dados, que consiste de uma planilha onde se tem os pontos amostrados com hora da aquisição, profundidade, latitude, longitude e observações referentes a determinados trechos do perfil. Inicialmente, estes dados são plotados sobre a base cartográfica, para que se possa verificar a confiabilidade desta base e utilizá-la na edição final dos dados. Verificou-se neste caso que as margens digitalizadas da base não estavam satifatoriamente geo-referenciadas, o que nos levou, a partir dos dados levantados plotados, digitalizar uma margem com maior coerência. Para que se desse um valor de cota coerente para as margens, verificou-se qual o valor mais elevado dentre os dados levantados (2.7m), e, a partir desta informação, optou-se em estabelecer uma margem com a cota em 3 metros. Os dados gerados com a digitalização das margens foram então somados aos dados levantados, para se compor uma planilha com todos os dados necessários para a geração dos produtos esperados. Estes dados foram processados para se obter um grid, a partir do qual pudemos gerar cartas com os pontos amostrados, perfis, cartas batimétricas e blocos diagrama tridimensionais do canal do igarapé da Fortaleza. Estes produtos nos permitiram realizar as considerações, sugestões e conclusões descritas a seguir.

8.3. Resultados e Discussão

8.3.1. Hidrodinâmica 8.3.1.1. Igarapé da Fortaleza

As medições de vazões no Igarapé da Fortaleza foram realizadas no dia 08/09/2001 na seção definida pelas coordenadas geográficas 00o02’34,5”S e 51o08’12,6”W (margem direita) e 00o02’34”S e 51o 08’11,7”W (margem esquerda), totalizando 32 metros de largura média. As medições foram realizadas em um período contínuo de 12:31 horas, durante o qual foram realizadas 530 medições, as quais, após a interpolação e integração, foram redistribuídas para 51 medições em um período de 12:30 horas (referente a um ciclo de maré semidiurna). Pode-se observar no gráfico da Figura 8.4, o comportamento hidrodinâmico do igarapé da Fortaleza está diretamente associado à variação diária da maré, gerando, ao longo do seu baixo curso, região onde se realizaram as medições das vazões, um comportamento diferenciado, caracterizado por uma vazão positiva (com fluxo em direção à foz) com duração de 07:30 horas, associada diretamente ao período de maré vazante, e uma vazão negativa (com fluxo em direção à montante) com duração de 05:00 horas, associada diretamente ao período de maré enchente. Durante o ciclo de maré medido, o período de vazão positiva contabilizou uma vazão de 1002,1 m3/s, e o período de vazão negativa, uma vazão de 837,4 m3/s, tendo como resultado uma vazão positiva de 164,6 m3/s durante este ciclo.

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Hidrodinâmica do Igarapé da Fortaleza e do Rio Curiaú e Morfologia de Fundo (batimetria) do Igarapé da Fortaleza

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Os arquivos apresentados a seguir nas Figuras 8.5 e 8.6 mostram o perfil batimétrico da seção de medição e a direção e intensidade da corrente em dois momentos: 1) com uma vazão máxima positiva medida de 64,75 m3/s (arquivo 124); e 2) uma máxima negativa (corrente inversa) de – 70,79 m3/s (arquivo 470), respectivamente.

Variação das vazões do Igarapé da Fortaleza durante um Ciclo de Maré em 08.09.2001.

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Figura 8.4. Resultados das medições de vazão no igarapé da Fortaleza no dia 08/09/2001.

Figura 8.5. Igarapé da Fortaleza - Arquivo 124: Maré Vazante, Vazão positiva (64,75 m3/s).

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CAPÍTULO 8 144

Figura 8.6. Igarapé da Fortaleza - Arquivo 470: Maré Enchente, Vazão negativa (-70,79 m3/s).

8.3.1.2. Rio Curiaú

As medições de vazões no rio Curiaú foram realizadas no dia 28/09/2001 em uma seção com 32 metros de largura média. Foram realizadas em um período contínuo de 12:24 horas, durante o qual foram realizadas 288 medições, as quais, após a interpolação e integração, foram redistribuídas para 51 medições em um período de 12:30 horas (referente a um ciclo de maré semidiurna). Assim, como o igarapé da Fortaleza, o rio Curiaú também tem o seu comportamento hidrodinâmico diretamente influenciado pela variação diária da maré, o que gerou também uma vazão positiva com duração de 07:30 horas e uma vazão negativa com duração de 05:00 horas (Figura 8.7). Durante o ciclo de maré medido, o período de vazão positiva, contabilizou uma vazão de 692,2 m3/s e o período de vazão negativa, uma vazão de 636,5 m3/s, tendo como resultado uma vazão positiva de 55,7 m3/s durante este ciclo. Os arquivos apresentados a seguir mostram o perfil batimétrico da seção de medição e a direção e intensidade da corrente em dois momentos: 1) com uma vazão máxima positiva medida de 51 m3/s (arquivo 229); e 2) uma máxima negativa (corrente inversa) de – 60,24 m3/s (arquivo 141) (Figuras 8.8 e 8.9).

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Hidrodinâmica do Igarapé da Fortaleza e do Rio Curiaú e Morfologia de Fundo (batimetria) do Igarapé da Fortaleza

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Variação das Vazões do Rio Curiaú durante um ciclo de Maré em 28.09.2001

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Vazões Medidas Vazões Interpoladas

Figura 8.7. Resultados das medições de vazão no rio Curiaú no dia 28/09/2001.

Figura 8.8. Rio Curiaú - Arquivo 229: Maré Vazante, Vazão positiva (51 m3/s).

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CAPÍTULO 8 146

Figura 8.9. Rio Curiaú - Arquivo 141: Maré Enchente, Vazão negativa (-60,24 m3/s)

8.3.2. Morfodinâmica Em função de algumas dificuldades ocorridas na execução dos levantamentos dos dados morfodinâmicos, apenas o igarapé da Fortaleza foi contemplado com esse estudo, sendo realizado o levantamento de sua morfologia de fundo (batimetria) no trecho compreendido entre a sua foz e a localidade da Gruta (Bairro Universidade), perfazendo aproximadamente dez quilômetros. Ressalta-se que este é o trecho navegável do igarapé da Fortaleza durante a maré alta por barcos de pequeno porte, voadeiras e canoas. Na análise dos resultados, verificou-se a necessidade de se apresentar quatro cartas batimétricas deste trecho: a primeira, mostrando todo o trecho levantado, dando uma visão geral do comportamento batimétrico do canal; a segunda, um zoom que apresenta o trecho compreendido entre a foz e a sede da Associação dos Produtores Rurais do Igarapé da Fortaleza, ou seja, o baixo curso do igarapé da Fortaleza; a terceira, outro zoom, do trecho compreendido entre a sede da Associação e o igarapé do Davi, caracterizado pelo médio curso; e, finalmente, a quarta carta, que nos mostra o alto curso do igarapé, que compreende o trecho entre o igarapé do Davi e a Gruta. Os dados batimétricos levantados mostram um comportamento morfológico do período de cheias (inverno). Conforme descrito na metodologia, os dados aqui apresentados foram reduzidos para uma situação de maré baixa, por isso os mapas apresentados nos Anexos 8.1, 8.2, 8.3, e 8.4 mostram um canal onde os valores de cota positivos representam uma situação em condições de maré alta. O baixo curso do igarapé da Fortaleza (Anexos 8.1) apresenta as melhores condições de navegabilidade deste, pois, mesmo em condições de maré baixa (baixa-mar), tem-se profundidades de até 6 metros. O trecho próximo a sua foz (até 200 metros), possui um comportamento morfológico diferenciado do restante, pois apresenta as menores profundidades, chegando no máximo a 2 metros em situação de baixa-mar. Este trecho caracteriza-se por possuir um canal com margens com declividade suave, gerando uma zona de intermaré de até 40 metros de extensão, possivelmente por representar uma zona

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Hidrodinâmica do Igarapé da Fortaleza e do Rio Curiaú e Morfologia de Fundo (batimetria) do Igarapé da Fortaleza

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de maior sedimentação, dada em função da influência hídrica (barreira) que as águas do canal de Santana exercem para com as águas do igarapé da Fortaleza. O trecho após esta influência sedimentar da foz caracteriza-se por possuir profundidades de até 6 metros (em baixa-mar), onde as margens do canal apresentam-se com uma declividade maior, função primeiramente das obras infra-estruturais geradas pelos diversos trapiches e atracadouros existentes no setor da foz até a ponte. Após a ponte, até as proximidades da sede da Associação a profundidade do leito do canal varia entre 3 e 5 metros de profundidade, encontrando-se sempre na porção central. A porção média do igarapé da Fortaleza (Anexo 8.2) possui profundidades variando de 1 a 6 metros e comportamento das margens semelhante à porção anterior. Este setor pode ser dividido em dois: um que se estende da sede da associação até a foz do igarapé Provedor, onde a profundidade varia de 3 metros, no final do trecho, a 6 metros, nas proximidades da Associação; e um segundo, que se estende do Provedor às proximidades da foz do igarapé Davi, com um comportamento morfológico homogêneo, ou seja, a profundidade média do canal permanece quase que constante, em torno de 3 metros. O alto curso do igarapé da Fortaleza (Anexo 8.3) é aqui representado pelo trecho compreendido entre o igarapé do Davi e a Gruta. Este trecho, nos 1500 metros iniciais, apresenta profundidades entre 1 e 3 metros e, no restante do trecho, profundidade em torno de 1 metro, chegando nas proximidades da Gruta a menos de 1 metro. Tal comportamento não condiz com a realidade local, visto que esta porção do canal nunca seca totalmente, mesmo em condições de maré baixa. Este resultado se deu em função das condições de maré utilizadas na redução dos dados levantados, que levou em consideração as condições de maré previstas para o Porto de Santana.

8.4. Considerações Finais

O uso do ADCP na região da foz do rio Amazonas, onde a maré e suas correntes exercem uma grande influência na hidrodinâmica e morfodinâmica da região, torna-se imprescindível para que se possa demonstrar com maior exatidão como se comportam as vazões e as correntes dos rios e canais desse setor. Com os resultados das medições com ADCP, podemos avaliar de forma concreta o comportamento dos parâmetros hidráulicos de um determinado curso d’água em uma determinada data ou período, como foi o caso do igarapé da Fortaleza e rio Curiaú. Os rios e canais onde foram realizadas as medições com ADCP fazem parte de três projetos desenvolvidos no IEPA: o primeiro, “Hidrodinâmica e Morfodinâmica da Orla Fluvial - entre o rio Vila Nova e o Canal do Jandiá – Um subsídio ao Planejamento de Obras Públicas”, o qual engloba os rios Vila Nova e Matapi, Igarapé da Fortaleza e o Canal de Santana; o segundo, “Avaliação Ambiental da Ilha do Brigue, Arquipélago do Bailique, Através de Estudos Morfodinâmicos”, que envolve os canais do Marinheiro, dos Guimarães, Gurijuba (Norte e Sul) e o rio Gurijuba; e o terceiro, “Diagnóstico das Ressacas dos Municípios de Macapá e Santana – Rio Curiaú e igarapé da Fortaleza”, envolvendo as bacias do rio Curiaú e do igarapé da Fortaleza. O ADCP é comprovadamente o equipamento mais adequado para realizar medições de vazões na região Amazônica, onde a maioria dos cursos d’água e rios são de grande dimensão e, certamente, o único que possibilita realizar tais medições onde se tem a componente maré como um complicador. A metodologia até o momento utilizada nos dá uma boa resposta, mas talvez necessite de pequenas modificações para que os resultados finais dêem um diagnóstico totalmente confiável aos parâmetros medidos.

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Este primeiro levantamento dos parâmetros hidrodinâmicos já nos permite tecer algumas considerações: - Necessidade de se realizar estudos sistemáticos integrados nas áreas de hidrodinâmica, sedimentologia, físico-química e biologia (pesca); - Realizar levantamentos hidrodinâmicos em diferentes períodos do ano (cheia, seca e transição), para que se tenha uma caracterização do comportamento hidrodinâmico em diferentes condições ambientais, e assim fornecer subsídios a diferentes ações que necessitem desses parâmetros como base; - O estudo realizado já nos permite subsidiar o levantamento de parâmetros físico-químicos e de qualidade de água dos cursos d´água estudados, pois nos forneceu uma informação de extrema importância, que foi a de que o período de vazão positiva é maior que o de vazão negativa, com uma diferença em torno de duas horas e meia a mais, ou seja, para que se tenha uma maior probabilidade de se estar coletando e/ou analisando águas que realmente provenham dessas bacias hidrográficas, deve-se realizar a coleta da água durante este período de vazante. - Verificou-se que as velocidades das correntes de maré enchente são superiores as de vazante, com magnitudes superiores a 1,5 m/s. - A direção das correntes possuem um comportamento semelhante nos dois cursos d´água estudados, ou seja, possuem direção paralela à direção do canal. Não se verificou comportamento cisalhante, ou seja, direções de fluxo opostas em um mesmo instante.

Quanto aos dados morfológicos levantados no igarapé da Fortaleza, podemos caracterizá-lo como um canal de comportamento morfodinâmico homogêneo, onde não se verificou formação de barras e/ou bancos arenosos ou lamosos nem em suas margens nem em seu leito, a não ser em sua foz, onde se verifica a formação de uma barra areno-lamosa, função principal da barreira hídrica exercida pelas águas do Canal do Norte do Rio Amazonas e/ou Canal de Santana, a qual dificulta a navegação durante a maré baixa. De uma forma geral, o canal do igarapé possui um formato em “V” e margens abruptas em toda sua extensão estudada.

A variação de sua profundidade até as proximidades do igarapé Davi possui forte influência da maré observada no Porto de Santana, e, a partir daí, esta influência já não é tão significante, o que acabou gerando como resultado na carta batimétrica um comportamento morfodinâmico irreal, necessitando de ajustes, somente possíveis com um monitoramento da variação da maré neste trecho do igarapé, e/ou não se considerando a redução dos dados deste trecho à maré observada no Porto de Santana. Se considerarmos este último caso, então, as profundidades a serem admitidas para este setor anexariam os valores positivos observados na Carta Batimétrica gerada (Anexo 8.4), dando-nos profundidades em torno de 2 metros. As maiores profundidades, em torno de 6,5 metros, foram observadas no baixo e parte do médio curso principalmente nas curvas, conforme podemos observar nos Anexos 8.1 e 8.2. Ressalva-se aqui que os termos utilizados como baixo, médio e alto curso estão relacionados ao trecho estudado neste trabalho, não sendo considerada a bacia como um todo, mas apenas o trecho navegável por pequenas a médias embarcações. A partir deste trecho, a navegação se torna muito difícil, em função da baixa profundidade e dos obstáculos gerados pelos troncos de árvores caídos no leito do igarapé, além de que tal atividade só é possível de se realizar durante o período de cheias. Os dados aqui apresentados representam um importante subsídio para as ações a serem realizadas nas bacias do igarapé da Fortaleza e do rio Curiaú, tanto ao nível de pesquisas básica e aplicada e atividades de gestão dos recursos hídricos, bem como às obras de infra-estruturas que forem necessárias ao longo desses cursos d´água.

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Referências SILVA, M.S. ; KOSUTH, P. Comportamento das vazões do rio Matapi em 27.10.2001. CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DO QUATERNÁRIO, 8., Imbé-RS, 2001. Resumos..., ABEQUA. p.594-596. TORRES, A.M. et al. Levantamentos batimétrico e correntométrico em trechos dos canais do Gurijuba e do Marinheiro, arquipélago do Bailique-AP. CONGRESO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 41. João Pessoa-PB, 2002. Anais... p.118.

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Anexo 8.1. Batimetria do baixo curso do igarapé da Fortaleza.

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Anexo 8.2. Batimetria do médio curso do igarapé da Fortaleza.

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Anexo 8.3. Batimetria do alto curso do igarapé da Fortaleza.

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Anexo 8.4. Batimetria ao longo de todo o trecho estudado igarapé da Fortaleza.

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