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Instituto de Formação Bancária

Ficha Técnica

Sumário

PROPRIEDADE:

DIRECTOR: REDACÇÃO:CAPA, FOTOGRAFIAS E ILUSTRAÇÕES: CONCEPÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO:FOTOLITO, IMPRESSÃO :

ASSINATURA ANUAL

TIRAGEM: DEPÓSITO LEGAL:

Instituto de Formação Bancária – Sede: Av. 5 de Outubro 164, 1069-198 Lisboa • Telef.: 217 916 200Fax: 217 972 917 • Internet: www.ifb.pt

Manuel Augusto Monteiro José Carlos RodriguesRui Vaz Gracinda Santos

Telef.: 219 436 646Fax: 219 418 127

(4 números): Esc. 1 000$00.

12 200 exemplares 15 365/87*A responsabilidade pelas opiniões expressas nos artigos publicados na , quando assinados, compete unicamente aos respectivos autoresInforbanca .

E ACABAMENTO SocTip, SA – Urb. Portela de Sacavém, lote 201 – cave •

Distribuição gratuita aos empregados bancários, quando feita para o seulocal de trabalho.

O PRESIDENTE DO BANIFFALA-NOS DO SEU BANCO

A GLOBALIZAÇÃO VISTA DAHISTÓRIA

PAGAMENTOS NA INTERNETAs exigências de quem osconsome e as respostas dosistema financeiro

CADERNO DE MERCADOSCriado o Conselho Nacionalde Supervisores Financeiros

Curso Geral Bancário em Regime de Alternância

Curso Avançado de Gestão Bancária

Cooperação com os Países Africanos Lusófonos– Curso Integrado de Gestão Bancária

Euro – As Notas e Moedas estão a chegar!

14ª Edição

Joaquim Filipe Marques dosSantos

Carlos Bastien

Entrega de Certificados e Prémios

4

7

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18

19

Amadeu Paiva

João Duque

12

20

19

www.ifb.pt

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Notícias Breves da Banca

IFB colabora com o Crédito Agrícola

Fórum Estudante Juventude'2000

Instituto Superior de Gestão Bancária

Cooperação Internacional

A Presidente do IFBA visita o IFB

Gosta da ? Então Sugira-aa um Colega

Curso Geral Bancário em Regime de Alternância

Curso Regular de Formação Bancária

IFB/ISGB Actividade em 2000

INOFOR Renova Acreditação do IFB comoEntidade Formadora

Você Sabe Tudo?

Inforbanca

BCP e SABADELL constituemBanco

TOTTA lança Portal Financeiro

Montepio Geral abre representaçãoem Newark

Prémio Gestor 2000

BANIF na Banca de Investimento

ISGB Colabora na Formação de Técnicosde Organização do BNCISGB, a Escola à Distância de um Clique

IFB e ISGB presentes

OnLine 2222

222222

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Saiu a Nº 4

Os melhores de 1999/2000Formandos que Terminaram oCurso Regular em 2000

Banca Jovem

Seminário para Bancários PolacosProjecto LABS

Concurso de Poesia e ContoPalestra para os AlunosVisitas de Estudo

23

27

292929

27

33

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Instituto de Formação BancáriaEd

itoria

lÉ já um lugar comum, e isso transparece também em tantos dosartigos que publicamos, referir-se a "globalização" como coordenadaque baliza, inelutavelmente, as estratégias das instituições financeiras,adequadas à superação dos múltiplos "desafios" que ela levanta eque, quais novos Adamastores, se perfilam terrificamente nohorizonte.

Daí que nos tenha parecido oportuno proporcionar aos nossosleitores uma reflexão sobre tão instante tema.

Que é a globalização, afinal?

Desde uma calamidade expressamente provocada por desenfreadoneoliberalismo, até uma irreversibilidade benéfica e redentora, aglobalização é objecto dos mais diversos e desencontrados juízos.

Perguntar-se-á: em que ficamos?

É algo contra o qual se deve e pode lutar ou é, pelo contrário, umcontexto com o qual não nos resta outra coisa que não sejaaprender a conviver?

Não vamos, naturalmente, formular a resposta.

Os nossos leitores procurá-la-ão na leitura da revista e,provavelmente, nem todos encontrarão a mesma.

Uma coisa é certa: a globalização, se não "é", "está".

Tal como acontece com as bruxas, até podemos não acreditar nela,mas lá que ela existe… existe.

Existe, e surge repetidamente, de modo mais expresso ou implícito,claramente ou nas entrelinhas, em toda a revista, nas notícias brevesda banca, na entrevista e nos artigos que publicamos além daqueleem que a globalização é o tema-protagonista.

Esperamos que os nossos leitores possam confirmar as nossasexpectativas, encontrando neste número da INFORBANCAestimulantes pistas de reflexão e discussão, sobre um fenómeno que,estamos em crer, não pode deixar de os ter já preocupado.

INFORBANCA

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Instituto de Formação Bancária

fala-nos do seu banco

O aumento da concorrência, pela entradade novos no mercado em que o Banifopera e também decorrente da consolidação dosgrandes grupos bancários em consequência doprocesso de fusões e aquisições que têm caracteri-zado o Sistema Financeiro Português, o desenvol-vimento das novas tecnologias, com impacto aonível dos canais de distribuição tradicionais e nolançamento dos produtos e a preparação dosrecursos humanos para um tipo de negóciobaseado intensamente nos sistemas de informação

No ambiente competitivo em que sedesenvolve o negócio bancário, poderia enunci-ar os principais desafios postos à actividade doBanif – Banco Internacional do Funchal, nodecurso dos próximos anos?Para lhe fazer face, quais as principais linhas deorientação estratégica traçadas?

players

BanifO

do

fala-nos do seu banco

PresidentePresidente

Banif

Joaquim Filipe Marques dos Santos

O Grupo Banif criou recentemente uma nova instituição bancária – Banif Banco de Investimento, SA – com a

finalidade de conduzir a sua actividade de banca de investimento.

Tornava-se, assim, de grande interesse dar a conhecer aos nossos leitores quais as perspectivas de um banco que

é líder de mercado nas Regiões Autónomas e se tem vindo a afirmar, progressivamente, no quadro altamente

competitivo e inovador da banca nacional.

Por isso, quisemos ouvir, em entrevista, o Presidente da sua Comissão Executiva, Dr. Joaquim Filipe Marques dos

Santos, que nos esclareceu sobre os propósitos do Banif quanto às grandes orientações para os próximos anos, à

expansão esperada e aos meios tecnológicos a utilizar.

Inforbanca:

Banif:

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Instituto de Formação Bancária

são, genericamente, os aspectos mais relevantes a ter emconta no desenvolvimento da actividade do Banif nospróximos anos.

A aposta no e o desenvolvimento de novoscanais de distribuição permitirão aumentar os níveis deeficiência do Banif e salvaguardar os aspectos subjacentes àvertente rendibilidade. O Banif continuará a adoptar umapostura de banco inovador e flexível, disponibilizando aosseus clientes um serviço de qualidade e produtos e serviçoscompetitivos, alguns dos quais, como a oferta de produtosde seguros, não especificamente bancários.

Constituindo as Regiões Autónomas dos Açores e daMadeira dois nichos de mercado nas quais é líder, o Banifirá desenvolver acções visando potenciar o conhecimentoque possui destes mercados, bem como acompanhar eapoiar as comunidades emigrantes originárias daquelasregiões, posicionando-se, deste modo, mais próximo dosseus clientes.

Internacionalmente, o Grupo Banif encontra-sepresente, através de escritórios de representação, no Brasil,Canadá, Estados Unidos e Venezuela e, ainda, nas IlhasCaimão. De referir que a presença no Brasil é reforçada poruma participação de 51% no Banco Banif Primus. Um dosprincipais objectivos da nossa presença no mercado

cross selling

Uma questão que frequentemente se coloca,tendo em conta questões como o incremento da concen-tração que se tem vindo a verificar e a concorrênciaexistente no sector bancário, refere-se à dimensão dosbancos portugueses.Pode dizer-nos algo sobre a evolução prevista para adimensão do Banif?

Com origem na Ilha da Madeira e Sede So-cial no Funchal, o Banif veio, no entanto, a alargar a suaimplantação a outras áreas geográficas, nomeadamenteao Continente e aosAçores.O que destacaria quanto às perspectivas de expansão doseu banco quer em território nacional, quer em termos deinternacionalização?

Embora estejamos permanentemente atentos a no-vas oportunidades de negócio, o Grupo Banif, tal como seencontra estruturado, tem vindo gradualmente a conquistaro seu espaço no panorama financeiro nacional. Penso que oproblema não se coloca tanto na dimensão, mas antes nacapacidade do Banif para seleccionar os mercados maisadequados às suas competências e, através do desenvolvi-mento de sinergias entre as empresas do Grupo, paradisponibilizar uma oferta alargada de produtos e serviçostirando partido de uma elevada integração horizontal.Actualmente, o Grupo Banif é constituído por um leque deempresas especializadas em várias áreas de negócio.Recentemente, foi criado o Banif Banco de Investimento, oqual irá actuar num segmento em que vários bancos demenor dimensão a operarem em Portugal registaramassinaláveis êxitos.

brasileiro é prestar apoio quer às empresas portuguesas aípresentes, quer às empresas que pretendam investir naquelemercado, nomeadamente na área da banca de investimentose na oferta de soluções de consultoria financeira. Por outrolado, estamos a estudar a possibilidade de a nossa presençana Venezuela ser reforçada, não se limitando a um escritóriode representação, colocando-se duas opções – ou a criaçãode um banco de raiz ou a aquisição de uma pequenainstituição já existente, de forma a potenciar um maiorapoio à comunidade madeirense aí radicada.

Em Portugal, o Banif prevê abrir, a curto prazo, mais 4agências na Região Autónoma da Madeira e mais 18 noContinente. No plano de expansão das redes de distribui-ção, está também a ser equacionado, através da abertura delojas financeiras da corretora do Grupo – a BanifAscor –, oaumento da oferta de serviços na área da corretagem. Estáainda em curso a implementação do projecto próprio doGrupo, que permitirá uma aposta mais efectiva em canaisde distribuição alternativos – Internet, eBanca Telefónica.

Home Banking

A ligação da Banca à Nova Economia, en-volvendo iniciativas suportadas pela convergência entreserviços financeiros e tecnologias de informação e detelecomunicações, em domínios tão diversos como o

LISBOA – COLINA DA GRAÇA – 1987JOÃO ABEL MANTAÓleo sobre tela, 1,20 x 0,90Colecção do Banif – Banco Internacional do Funchal, SA

Inforbanca:

Inforbanca:

Inforbanca:

Banif:

Banif:

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Instituto de Formação Bancária

reforço da capacidade das redes de distribuição, a criaçãode novos produtos e serviços, o incremento das oportuni-dades de negócio e o fortalecimento da competitividade, éhoje uma realidade.

Aactividade bancária tem vindo a apresen-tar uma tendência para a redução progressiva da margemfinanceira.

Como situa a experiência do Banif neste domínio?

Como tem sido encarada esta questão pelo seu banco?

O Banif tem vindo a apostar na diversificação doscanais de distribuição, sendo certo que os canais electróni-cos são uma das vias privilegiadas desse desenvolvimento.De facto, o Grupo dispõe hoje de um portal corporativo,onde, a par das componentes de Banca Internet paraParticulares e para Empresas, por um lado, se possibilita oacesso a toda a oferta das várias empresas do Grupo e, poroutro, se apresenta ao cliente uma visão integrada de todosos canais electrónicos disponíveis. O acesso do cliente podeser feito via Internet, telefone ou telemóvel. Complemen-tarmente, é oferecido acesso a financeiros nacionais einternacionais e informação de carácter geral.

De referir também que o Grupo Banif tem em desenvolvi-mento, em parceria com técnicos brasileiros, um portalfinanceiro no Brasil – o Econofinance – que vai permitir aoGrupo e aos agentes financeiros em geral potenciarem osseus negócios nos mercados brasileiro, americano eeuropeu.

sites

Atendência para a redução da margem financeira éuma realidade que resulta não só dos efeitos de naturezamacroeconómica, mas também da estratégia de aumento dequota de mercado seguida pelos bancos, na qual a concor-

rência entre as diversas instituições se baseiafundamentalmente no factor preço, e, ainda, daalteração da composição do activo, através doaumento do peso de activos com taxas de juromais baixas nos balanços dos bancos,nomeadamente crédito imobiliário.

Os recursos humanos são cada vez mais a chave dosucesso de qualquer empresa, pelo que a sua fidelização eformação são um objectivo na gestão destes recursos. Umadefinição de competências técnicas e comportamentaisprecisa e adequada aos objectivos da empresa é fundamen-tal para uma boa estruturação da evolução de cada colabo-rador e determinação das necessidades de formação, quedeve constituir uma prática normal e continuada.

No sentido de minimizar esta situação, o Baniftem vindo a adoptar uma política de cobrar aosseus clientes em função da qualidade dosserviços prestados. Visando uma melhorgestão dos custos, o Banco iniciou ainda umapolítica de sinergias operativas dentro doGrupo Banif, designadamente ao nível dossistemas de informação e dos recursoshumanos. Adoptou também instrumentos deanálise de riscos, visando, deste modo,salvaguardar a rendibilidade dos seus activos.Por outro lado, a aposta em canais de distribui-ção alternativos aos tradicionais, comsignificativas reduções nos custos, contribuirápara uma efectiva melhoria dos rácios derendibilidade.

Neste quadro, um factor muito importante é a qualidade doserviço, e para garantir a qualidade do serviço é necessárioapostar na qualidade de todos os empregados.

É esta uma das apostas do Banif.

Por outro lado, preocupamo-nos com a criação de um bomambiente de trabalho, quer na criação de instalações ade-quadas, quer na implementação de incentivos que permitama compensação justa do esforço que cada empregado desen-volve ao longo do ano.

O Instituto de Formação Bancária, nas áreas em que inter-vém, constitui-se como uma boa escola e um bom meio parase alcançarem alguns dos objectivos atrás expostos.As pro-vas já dadas, a sua experiência e o prestígio alcançadoalém-fronteiras são um capital acumulado que deve orgu-lhar os seus colaboradores e o sistema bancárioportuguês.

A qualidade dos recursos humanos, no ac-tual contexto do negócio bancário, revela-se, talvez comonunca, factor de sucesso.Em sua opinião, que requisitos devem ser privilegiados naactual gestão dos recursos humanos e na sua formação?E como encara, quanto à formação, o papel do Instituto deFormação Bancária?

VALE DE ALCÂNTARAHOGANColecção do Banif – Banco Internacional do Funchal, SA

Banif:

Banif:

Banif:

Inforbanca:

Inforbanca:

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Instituto de Formação Bancária

HistóriaGlobalizaçãohistória

O fenómeno correntemente designado por

globalização corresponde a uma etapa recente da

evolução da economia e da sociedade mundiais e

consiste, no essencial, no aprofundamento do

processo de integração dos diversos espaços que

compõem a economia mundial em ligação com

importantes transformações tecnológicas e com

a emergência de actividades económicas

baseadas no controlo do conhecimento. Os

traços que definem tal processo podem enunciar-

-se, simplificadamente, nos seguintes termos:

elevado grau e crescente ritmo de abertura dos

diversos espaços económicos ao comércio

internacional de mercadorias; elevado grau e

crescente ritmo de crescimento das transacções

financeiras internacionais; presença de empresas

e alianças estratégicas actuando à escala global e

influenciando em tempo real o funcionamento da

economia mundial; prevalência de uma visão

doutrinária liberal. Para além do aspectos

estritamente económico-financeiros e técnicos citados, a globalização surge ainda associada a uma tendencial

uniformização cultural (tanto no plano da cultura científica e técnica como no da “cultura de massas”) e a uma nova

configuração do sistema político caracterizada pela existência de uma hegemonia clara à escala mundial.

Vista

A

da

GlobalizaçãoGlobalização

Carlos Bastien*

Como se começou por assinalar, a globalização é umaetapa. Com efeito, o espaço/sistema económico em quevivemos – a economia mundial – tem a sua origem remotanuma inovação epocal ocorrida em finais do século XVIII.Tal inovação, que se pode definir genericamente comoconsistindo na aplicação sistemática dos saberes àsactividades económicas, deu origem a uma nova épocaeconómica, a época do crescimento económico moderno.

Define e individualiza esta época a existência de um padrãode organização e funcionamento da economia de queresulta o crescimento sustentado da produção, da produtivi-dade e do nível de vida.

Irrompendo no noroeste da Europa – então o centro daeconomia-mundo euro-atlântica –, o crescimento económi-co moderno difundiu-se progressivamente por outrosespaços centrais e depois também por alguns semi--periféricos e periféricos da economia-mundo euro-atlântica e da economia mundial.

A Época do CrescimentoEconómico Moderno

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Instituto de Formação Bancária

Tal difusão, bem como o apontado crescimento sustentadoda produção, da produtividade e do nível de vida, não seprocessaram de um modo linear, mas antes de um modocíclico. Períodos de crescimento económico muito rápidoalternaram ao longo dos dois últimos séculos com períodosde crescimento económico menos rápido, compondo cadaconjunto dessas duas fases ciclos económicos de duraçãoaproximada de meio século, correntemente designados porciclos Kondratiev. Desde o início da época do crescimentoeconómico moderno completaram-se quatro ciclos (1789-1849, 1849-1896, 1896-1947 e 1947-1992?), decorrendoactualmente – assim o entendemos – o limiar do quintociclo.

Cada um dos ciclos mencionados resultou da introdução decachos de inovações de âmbito tecnológico, organizativo,institucional e espacial.

As inovações de âmbito tecnológico que estão na origemdos ciclos Kondratiev são as que resultam de modificaçõesimportantes no sistema tecnológico, ele próprio compostopor um conjunto articulado de subsistemas referentes àstecnologias dos materiais, às tecnologias dos transportes, àstecnologias da informação e comunicação e às tecnologiasda energia. Pelo menos no decurso dos quatro primeirosciclos, as tecnologias da energia ocuparam o centro dosistema, sendo as transformações nelas ocorridas aquelasque marcaram de modo mais directo o potencial produtivo eas próprias estruturas das economias que receberam o seuimpacto (v.g., a introdução da energia a vapor fixa, depoisda energia vapor móvel, depois da energia hidroeléctrica e aresultante dos motores de combustão interna, depois aenergia termoeléctrica, a nuclear).

As inovações de âmbito organizativo expressam-se, entreoutros aspectos, na emergência enquanto actores-chave denovas ou renovadas formas empresariais, tais como apequena empresa capitalista de base familiar, a sociedadeanónima, o banco universal ou o grupo empresarial.

As inovações de âmbito institucional, as relativas às regrasque enquadram o funcionamento das organizações,expressam-se, por exemplo, na introdução de um sistemainternacional de pesos e medidas em meados do século XIXou na redefinição dos sistemas monetários ao longo de todoo período moderno (introdução do padrão-ouro na segundametade do século XIX ou do padrão divisas-ouro após aPrimeira Guerra Mundial, por exemplo).

As inovações de âmbito espacial são, sobretudo, as queresultam da incorporação de novos territórios. No decursoda época do crescimento económico moderno, há aassinalar a absorção, por parte da economia-mundo euro-atlântica, dos grandes espaços constituídos pelo ImpérioRusso, pelo Império Turco e pelas grandes economias--mundo do Extremo Oriente (Índia, China e Japão) e ainda acolonização da África e da Ásia do sudeste em finais do

século XIX, com o consequente desaparecimento dasmúltiplas economias locais de predação e de cultivo atéentão existentes. Como resultado deste processo constituiu--se, na passagem do século XIX para o século XX, aeconomia mundial. Esta define-se assim como umaeconomia-mundo integradora dos diversos espaços numahierarquia mutável de riqueza e poder – como sucede comtodas as outras economias deste tipo –, mas com a particula-ridade de assumir uma escala planetária e de funcionar deacordo com um padrão herdado da economia-mundo euro--atlântica, ou seja, com o crescimento económico modernoe com uma regulação pelo mercado.

Cada um dos ciclos mencionados levou a economiaeconomia-mundo euro-atlântica – e posteriormente aeconomia mundial – a uma nova etapa de organização efuncionamento, revelando cada uma dessas etapas não sóelementos novos resultantes de inovações e roturasespecíficas como também algumas linhas de continuidadehistórica, que, com um ou outro momento de estagnação ourecuo – designadamente no período entre guerras –,percorrem toda a época do crescimento económicomoderno.

Uma dessas linhas é a abertura crescente das diversaseconomias, traduzida no aumento sustentado da relaçãoentre o comércio externo e a produção: a taxa de crescimen-to das exportações mundiais aproximou-se do dobro da taxade crescimento do PIB mundial tanto no século queterminou com a Primeira Guerra Mundial como no períodoposterior a 1950. Tal tendência assentou desde logo emimportantes inovações no sector dos transportes – designa-damente na grande expansão das ferrovias a partir demeados do século XIX e na renovação muito significativados transportes marítimos a partir da transição de século –,as quais se traduziram em importantes reduções de custos eganhos de eficiência do sector. Note-se que as inovações nosistema de transportes – neste período complementadas poralgumas inovações de grande significado no âmbito dascomunicações (v.g., o telégrafo) – foram um elementopotenciador das migrações, elas próprias um reguladordemográfico e económico que potenciou a interdependên-cia entre as várias economias e sociedades.

Outra tendência histórica é a que resulta no aprofundamen-to da interdependência financeira. Apesar da precaridadedos dados disponíveis para o período anterior à SegundaGuerra Mundial, deve admitir-se que os movimentos

"... a globalização é uma etapa ..."

"Define e individualiza esta época a

existência de um padrão de

organização e funcionamento da

economia de que resulta o

crescimento sustentado da produção,

da produtividade e do nível de vida."

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internacionais de capitais, designadamente os empréstimosexternos e o investimento directo estrangeiro, assumiramum significado crescente no decurso do século XIX e noinício do século XX, estimando-se que o investimentodirecto estrangeiro tenha atingido um pico à data do inícioda Primeira Guerra Mundial, quando se aproximou devalores da ordem dos 3% do PNB nos países então maisdesenvolvidos e exportadores de capital.

O actual fenómeno da globalização define uma nova etapada evolução da economia mundial, mas não dá origem auma nova época económica. Os dados essenciais e astendências históricas que caracterizam o crescimentoeconómico moderno não só permanecem como se intensifi-cam no decurso desta etapa.

Com efeito, no limiar do quinto ciclo de Kondratiev, osespaços centrais da economia mundial abandonamprogressivamente um modelo de crescimento centrado naindústria e baseado no controlo físico da tecnologia, dasmatérias-primas e dos produtos em favor de um outromodelo de crescimento, centrado em novos tipos deactividades terciárias e baseado no controlo das tecnologiasda informação e comunicação.

Na base desta modificação do sistema económico estãoalterações importantes no sistema tecnológico, emparticular nas referidas tecnologias da informação ecomunicação, as quais tendem a tomar o lugar central antesocupado pelas tecnologias da energia nos ciclos anteriores.A miniaturização progressiva dos microprocessadores e adramática redução dos custos de armazenamento, processa-mento e transmissão de dados multiplicaram as possibilida-des de utilização destas tecnologias em praticamente todos

os estádios, locais e sectores da produção e do comércio,designadamente na concepção dos bens e serviços, nacoordenação dos processos de trabalho, na gestão de redes,na eficiência dos processos de decisão.

Outro dado deste novo modelo de crescimento é a emergên-cia de novos tipos de actividades terciárias nas economiascentrais – e mesmo de algumas periféricas –, na continua-ção de uma tendência já observável no quarto cicloKondratiev. Na presente etapa está sobretudo em causa aexpansão dos serviços prestados às empresas, em particularserviços complexos relativos às diversas fases do ciclo devida dos produtos, bem como alguns serviços pessoais. Aocontrário do que sucedia nas etapas precedentes doprocesso de crescimento, que acarretavam fundamental-mente a criação de empregos pouco qualificados, a actualetapa impõe uma complementaridade entre mudançatécnica e trabalho qualificado, que se traduz não só nocrescimento do emprego qualificado em todos os sectoresda economia como no acentuar do peso do sector terciáriono conjunto das actividades económicas. No planomicroeconómico, a citada mudança técnica tende aarticular-se com mudanças organizativas, designadamentecom o abandono parcial da produção em massa, padroniza-da e verticalmente integrada (introduzida na fase “fordista”do crescimento económico moderno), em favor de métodosde organização da produção mais flexíveis e com uma maisestreita ligação entre actividades de concepção e deexecução, genericamente designados por “pós-fordistas”.

Uma terceira ordem de modificações é a constituída pelaglobalização em sentido estrito.

Como já antes se referiu, este fenómeno prolonga atendência para a internacionalização da vida económica jáactuante nas anteriores etapas da época do crescimentoeconómico moderno, mas acarreta um ampliar e aprofundar

daquela tendência, de modo a que aintegração das actividades económi-cas à escala global supere os patama-res alcançados no decurso dos ciclosanteriores.

A globalização em sentido estritorevela-se na sequência directa daliberalização progressiva do comércio

A Globalização em Curso

"... modelo de

crescimento centrado

em novos tipos de

actividades terciárias e

baseado no controlo

das tecnologias da

informação e

comunicação."

Fonte: Banco Mundial, FMI

Custo do processamento de informação$(dol.) por instrução e porsegundo, 1975 = 100

Custo de uma chamada telefónica de 3 mi-nutos entre Nova Iorque e Londres, 1966($ dol.)

COMPUTADORESCOMPUTADORES CHAMADAS TELEFÓNICASCHAMADAS TELEFÓNICAS

100

50

0

1930 40 50 60 70 80 90 96

150

200

300

250

IBM mainframe

Digital VAX

Cray I

IBM PC

Sun Microsystems 2

Pentium-chip PC

1975 80 85 90 95

0.01

0.1

1

10

100

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no âmbito do GATT e da criação de alguns espaços decomércio livre no decurso das últimas décadas, mas queconheceu novo impulso em fases recentes, designadamentecom a criação, em meados dos anos 90, da OrganizaçãoMundial de Comércio e com os acordos subsequentes sobreliberalização do comércio. Um valor do exportaçõesmundiais/ PIB mundial superior a 25% – atingido nasegunda metade da década de 90 – denota um grau deabertura das diversas economias significativamentesuperior ao de qualquer outra fase do período moderno.

ratio

O verdadeiro centro nervoso deste processo reside, noentanto, no imenso crescimento das transacções financeirasinternacionais, designadamente o investimento directoestrangeiro, os investimentos em títulos e as operaçõescambiais especulativas. O essencial destes fluxos decapitais, tornados possíveis pelas alterações do sistemamonetário internacional depois do abandono do acordo deBretton-Woods, nos anos 70, e pela mais recente desregula-mentação e privatização dos sistemas financeiros nacio-nais, ocorre preferencialmente entre as economias daTríade – Estados Unidos, Japão e União Europeia – e comlimitada participação das economias periféricas nesseprocesso, não obstante estas terem entrado, na década de90, num novo ciclo de endividamento.

É ainda aspecto importante do processo de globalização emsentido estrito o reforço das empresas multinacionais en-quanto actores centrais da vida económica mundial. Estasempresas realizam internamente, com o seu sistema de fili-ais, cerca de um terço das trocas mundiais de bens e serviços;criam, nomeadamente através de processos de fusão, estru-turas oligopolistas e estratégias à escala global em torno detecnologias, produtos e mercados concretos; determinamquais as regiões do mundo que recebem os fluxos deinvestimento; impõem constrangimentos decisivos aosestados nacionais na definição das políticas públicas e naformadeorganizar a regulaçãodaeconomiamundial.

Estas três ordens de transformações da economia mundial –novo sistema tecnológico, nova terciarização e globaliza-ção em sentido estrito – são interdependentes, o que desdelogo confere ao actual processo de globalização umanatureza distinta relativamente a conjunturas históricaspassadas igualmente marcadas pelo aumento significativode trocas comerciais e de fluxos internacionais de capitais.

A racionalização de todo este processo acarretou o renovarparcial da doutrina liberal. A aceitação – se não mesmo aprocura deliberada – de uma mais ampla integração daseconomias nacionais e dos espaços supracionais naeconomia mundial tornou-se para a generalidade das éliteseconómicas e políticas um desiderato estratégico que nocurto e no médio prazo se traduz no objectivo ‘competitivi-dade’. Criar condições para atrair investimento estrangeiroao seu território e para permitir ao capital local aceder àtecnologia e aos negócios mundiais são agora as grandeslinhas orientadoras da acção económica da generalidadedos governos nacionais, com as quais estes visam obter umnível de emprego e rendimento susceptível de garantir aestabilidade social e política.

A fase actual da globalização reflecte-se ainda em impor-tantes aspectos extra-económicos. É o caso da agudizaçãodos problemas ambientais, sentidos como problema global.

No plano cultural, a globalização envolve, para além dadifusão de saberes científicos e técnicos – também elestendencialmente globalizados –, um avanço no sentido dauniformização dos padrões de vida e de consumo cultural.As línguas nacionais não são já a forma óbvia de expressãocultural, sendo o inglês crescentemente adoptado comolíngua franca na comunicação global, designadamente noâmbito das trocas científicas, técnicas e económicas. Nãoobstante, a esfera cultural tem os seus tempos próprios de

Fonte: , 27/11/99Economist

A REGRA DA INTERDEPENDÊNCIAA REGRA DA INTERDEPENDÊNCIA

Comércio e Produto1950 = 100

1950 55 60 65 70 75 80 85 90 95 2000

Exportações empercentagem do PIB: 26,4

Exportações empercentagem do PIB: 8,0

Exportações mundiaisPIB mundial

100

500

1000

1500

2000

Fonte: Banco de Pagamentos Internacionais

TRANSACÇÕES NO EXTERIOR DE ACÇÕES EOBRIGAÇÕES EM % DO PNB

TRANSACÇÕES NO ESTERIOR DE ACÇÕES EOBRIGAÇÕES EM % DO PNB

0

1980 82 84 86 88

FrançaAlemanhaEstados UnidosJapão

90 92 94 96 98

100

200

300

400

500

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evolução, diversos e mais lentos que os da economia, peloque a existência de blocos linguísticos e religiosos, bemcomo de sociedades multiculturais, coexistirão no âmbitoda economia globalizada.

Um último dado da globalização na sua dimensão nãoimediatamente económica é a reconfiguração do quadropolítico global com a definição de um sistema unipolar. Ocolapso das sociedades socialistas diminuiu de modosignificativo os obstáculos doutrinais e políticos aoprogresso da globalização, de modo que os blocos econó-micos emergentes ou já existentes no início dos anos 90puderam não só consolidar-se como fornecer o modelo parauma integração mais ampla e global.

A globalização resultou assim de condições históricasparticulares, não sendo, pois, consequência automáticanem dos avanços tecnológicos nem tão pouco de um auto--desenvolvimento dos mercados à margem de qualquerregulação política. O mundo actual, globalizado – como omundo das anteriores etapas da época do crescimentoeconómico moderno –, é um mundo regulado e dominadopor uma potência hegemónica que, pela sua dimensãodemográfica e económica, nível de riqueza, potencialtecnológico, poder militar e capacidade de controlo dasorganizações internacionais, tem as condições, de facto,para impor à sociedade mundial o essencial dos objectivosestratégicos dos actores privilegiados do capitalismoglobal. Note-se, contudo, que o processo de globalizaçãotem sido mediado por processos de formação de blocoseconómicos.

A globalização é, como se procura aqui ilustrar, ummomento do crescimento económico moderno iniciado hácerca de dois séculos, mais especificamente a face maisvisível e porventura espectacular do quinto cicloKondratiev.

No horizonte histórico previsível – justamente o que nolimite se identifica com o desenrolar deste mesmo ciclo –, oprocesso de globalização envolve grandes incertezas, já quea História nada garante de antemão, a não ser, eventualmen-te, a identificação de alguns cenários alternativos ou, maissimplesmente, de alguns limites do possível.

Um dos cenário que importa considerar, pelos riscos quecomporta, é o do aprofundamento da polarização da

economia mundial, reduzindo a quota das economiasperiféricas no comércio e nos circuitos financeirosmundiais, gerando uma ainda maior marginalização dessasmesmas economias no acesso às novas tecnologias eprovocando a incapacidade de um número significativo deestados-nações periféricos para mobilizarem recursosindispensáveis ao cumprimento de obrigações sociaismínimas em matéria de saúde, de educação, de infraestrutu-ras e, no limite, de viabilizarem a sua sobrevivência.

Nesta hipótese há um evidente risco de criação de um“Quarto Mundo”, vivendo numa extrema pobreza econstituindo fonte de força de trabalho disposta a emigrarpara as sociedades da Tríade.

Um cenário alternativo é o de uma economia mundial acaminhar para uma maior integração dos mercados,permitindo uma partilha mais equitativa dos benefíciosinerentes à dinâmica de progresso técnico e organizativooriginada nas economias da Tríade.

A concretização de uma alternativa deste tipo passa, noentanto, pela emergência de um novo contrato social globale por novas formas de governação “cooperativa” daeconomia mundial, designadamente através da criação ouremodelação das instituições e mecanismos de regulaçãodas esferas comercial, monetária, ambiental e outras;instituições e mecanismos aptos a combater a dinâmica depolarização e de exclusão que tem caracterizado a evoluçãorecente.

Na ausência destas instituições e mecanismos, e perante ainexistência de instâncias políticas globais interessadas nasua criação, resta a hipótese de os movimentos de cidadãosse dotarem da vontade suficiente para influenciarem asgrandes orientações da política económica e financeira daglobalização. Em qualquer caso, o falhanço da proposta deuma “taxa Tobin” – um primeiro imposto global pensadopara aumentar o risco da especulação cambial, paradevolver alguma autonomia às políticas monetáriasnacionais e para financiar políticas de luta contra pobreza –não permite atribuir ao segundo cenário aqui esboçado umaelevada probabilidade de concretização.

* Docente do ISEG

Os destaques são da responsabilidade da Redacção.

Alguns Aspectos daConjuntura Histórica Actual

"A globalização é, como se procura

aqui ilustrar, um momento do

crescimento económico moderno

iniciado há cerca de dois séculos ..."

"... resta a hipótese de os movimentos

de cidadãos se dotarem da vontade

suficiente para influenciarem as

grandes orientações da política

económica e financeira da

globalização ..."

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Instituto de Formação Bancária

pagamentos

Existe hoje uma abundante literatura,

informação, debate, acerca do comércio

electrónico e, em particular, sobre as questões

dos pagamentos nesta actividade.

Abordado em toda a sua extensão, o assunto

seria, não propriamente inesgotável, mas difícil

de conter no reduzido espaço que a

tão amavelmente põe à nossa disposição. Daí que

eu tenha tomado a decisão de me concentrar

apenas nos fundamentos da evolução que as

formas de pagamento terão necessariamente de

sofrer para se ajustarem ao mundo da Internet e,

nesta, muito em particular no domínio das

transacções .

Limito-me também à arena do pagamento com

cartões, que desde cedo têm gozado do

reconhecimento generalizado como o meio de

pagamento mais adequado a este ambiente.

Basicamente porque, tal como a Internet,

possuem carácter de universalidade (quer em

termos de implantação, quer de reconhecimento) e porque funcionam no mesmo ambiente de telecomunicações. A sua

credibilidade nas transacções tradicionais é também um trunfo de partida para a sua utilização virtual.

Inforbanca

business to consumer

Ficam deliberadamente fora do seu âmbito temas como adiscussão em torno das tecnologias possíveis, frequen-temente parecem esgotar esta problemática, mas que, domeu ponto de vista, embora importantes, não nos devemfazer esquecer o essencial.

Vivemos naquilo que alguém já apelidou de “sociedade dasvinte e quatro horas”, ou seja, aquela em que tudo estácontinuamente disponível. Constrangidos no limite dos

quePerante as experiências empresariais que se têm verifi-cado e as imensas tentativas de soluções para os paga-mentos nesta área, pareceu-me oportuno fazer incidir areflexão sobre a forma como o sistema financeiro (oferta)está, no comércio electrónico, a corresponder à procura deformas de pagamento ajustadas às necessidades dosconsumidores de meios de pagamento, isto é, os consumi-dores finais de bens e serviços e os vendedo-res/comerciantes desses bens e serviços. Ou seja, oconteúdo deste artigo é fundamentalmente do domínio domarketing.

InternetInternet

na

PagamentosPagamentos

Amadeu Paiva*

Enquadramento

A Sociedade doConsumo Permanente

As exigências de quem os consome e asrespostas do sistema financeiro

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86.400 segundos que cabem nos 1.440 minutos contidosnas 24 horas do dia, sublimamos psicologicamente aimpossibilidade de os elasticizar, aumentando a densidadedos actos de consumo por unidade de tempo.

Paralelamente, o valor que os consumidores atribuem aofactor conveniência – comodidade com eficácia – é tambémcada vez maior. Por isso, a percepção dos benefíciosfornecidos pelos meios de pagamento relaciona-se cada vezmais com a maior ou menor conveniência que oferecem aoconsumidor.

Nesta sociedade em que as pessoas podem, por exemplo,trabalhar, fazer compras, ter acesso à informação oudivertir-se, qualquer das coisas tanto de noite como de dia,torna-se inevitável a expectativa de que os meios depagamento assumam novas formas adequadas aos serviçosque utilizamos comummente e às circunstâncias em quedeles usufruímos.

Naturalmente, a capacidade de o sistema financeiro inovarna criação de produtos de pagamento mais convenientes élimitada pelos recursos tecnológicos existentes em cadamomento. Mas algo é possível ousar predizer: os produtosde pagamento do futuro não poderão limitar-se à merafacilitação das trocas de fundos. Eles serão parte integrantede um processo de compra e venda cujo território se está adeslocar do local do vendedor para aquele onde, em cadamomento, se encontra o consumidor. Rompendo com opassado, o local da transacção deixa de ser tipicamentedeterminado pelo vendedor.

O próprio comércio vem percebendo já há algum tempoessa necessidade de se deslocar ele próprio, de ficar maisacessível ao comprador.

Por este motivo, e em termos simples, o dinheiro teráinevitavelmente de adquirir capacidades de funcionamentoe formas (i.e., terá de se transformar) exigidas por essamutação territorial. Perante um mais fácil acesso aos bens eaos serviços a adquirir (através da Internet, por exemplo),precisamos de um acesso também mais fácil ao dinheiro.

Há muito que convivemos com dinheiro a que podemoschamar "virtual". O dinheiro num depósito à ordem, oudisponível através de uma linha de crédito, existe apenascomo informação.

Ora, o facto de o dinheiro se ter tornado "virtual" facilita--nos o seu acesso. E os consumidores dos nossos diaspretendem que este acesso seja simples e imediato, tanto emcasa como no emprego, em trabalho ou em lazer, no seu paísou no estrangeiro, podendo ser eles a decidir, em inteiraindependência e sem restrições, sobre onde, quando, comoe porquê lhe querem aceder.

Ora, os cartões de pagamento existentes já proporcionamessa espontaneidade. Foi por causa desse atributo, aliás, queeles evoluíram de produto restrito para um ingredientenormal da panóplia de produtos oferecidos por qualquerbanco comercial. E será este conceito de "acesso virtual"um aspecto fundamental dos meios de pagamento dofuturo.

Até agora, os "pontos de acesso" ao dinheiro eram osterminais de pagamento automático nas lojas, os balcõesdos bancos e os caixas automáticos. Mas a Internet abriu aporta à expansão dos "pontos de acesso". Graças a ela,passamos de um modelo de "pontos de acesso em pontos devenda" para um modelo de "acesso global".

Este acesso global reúne os 400 milhões de computadorespessoais com acesso à Internet que existem espalhados portodo o mundo; os mais de um milhar de milhões detelemóveis; as televisões digitais que viremos a encontrarem todas as casas; e, um dia, todo e qualquer aparelhopossível e imaginário.

Esta facilidade de acesso de que falámos cria uma oportuni-dade de resposta, por parte dos fornecedores de meios depagamento, às exigências da Sociedade do ConsumoPermanente. O mesmo é dizer: coloca-os em melhorescondições de corresponderem à exigência do consumidorque – já foi dito – quer cada vez mais ser ele a decidir semrestrições sobre onde, quando, como e porquê aceder aodinheiro.

Características Adequadas daOferta de Uso de Meios Pagamento

Utilização da Internet pelosMeios de Pagamento

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A forma como o sistema financeiro tem vindo a tratar, e sepropõe tratar no futuro, os pagamentos aconselha atrazer a terreiro um conjunto de preocupações que giram emtorno da problemática da segurança tal como ela se colocagenericamente a qualquer cidadão dos nossos dias.

Desde logo, a questão da privacidade individual. Trata-sede um direito cada vez mais implantado na letra dos moder-nos corpos legislativos de Estado, sobretudo na Europa.

Depois, o anonimato. A Internet constitui um lugar ondemilhões de pessoas encontraram uma espécie de "liberta-ção", de exposição dos seus sentimentos mais íntimos, gra-ças ao anonimato (recurso a e códigos pessoaissecretos como sucedâneo do carácter social da actividadecomercial).

Correlata, surge-nos a questão da autenticação. No mundoreal, a autenticação é um requisito da comunicação: se nãoreconhecemos a voz do nosso interlocutor ao telefone, des-ligamos e refazemos a comunicação; quando pagamos comum cheque, pedem-nos o BI.

Finalmente, a exigência socialmente reconhecida aos indi-víduos no que diz respeito à fiabilidade dos meios e instru-mentos e ao controlo que sobre eles pode exercer, matériarecorrente das intervenções dos fazedores de opinião.

Se agora nos transportarmos directamente ao ambiente dospagamentos via Internet, veremos que estes requisitos estãoigualmente subjacentes. Inquéritos feitos em diferentespontos do mundo são, nesta matéria, profundamente con-cordantes nas suas conclusões1:

Comprador, vendedor e intermediários financeiros2

reclamam. Ponto em que não será difícil reconhecer

as preocupações com a privacidade e a fiabilidade dassoluções técnicas, sendo que à última os fabricantes deequipamentos e soluções de comércio electrónico dedi-cam o melhor dos seus esforços e do seu marketing.Os mesmos agentes reclamam dos res-pectivos parceiros nas transacções. Formulação em quereencontramos o requisito do reconhecimento entreindivíduos.O comprador e o comerciante necessitam de

. Ou seja, estabelecer a certeza de que os dois inter-venientes têm cobertura dos intermediários financeirospara os actos comerciais que pretendem praticar, neces-sidade comungada por estes últimos, por maioria derazões.

Acresce que um sistema de transacções e pagamentos atra-vés da Internet só pode sobreviver se as soluções técnicasque garantem os requisitos enunciados tiverem um carácteruniversal, interoperável e economicamente viável.

online

passwords

integridade e confidencialidade dos dadostransmitidos

autenticação

autoriza-ção

Para a segurança dos pagamentos, é fundamental que o com-prador saiba sempre quem é o vendedor (se ele existe, ondeestá, como pode fazer valer os seus direitos no caso de algu-ma coisa correr mal…) e que o vendedor tenha sempre acerteza de que o comprador que manda debitar o valor dacompra no cartão de crédito é mesmo o seu titular legítimo etem fundos disponíveis. O que implica que quer a entidadeemitente do cartão, quer o validem entre si estascircunstâncias.

Isto remete para a necessidade de satisfazer, por um lado, e, por outro,

.

O historial da resposta do sistema financeiro a este quadrolevar-nos-ia bem para além dos limites de espaço deste arti-go. Contudo, pode afirmar-se que existe hoje em dia respos-ta tecnológica satisfatória para aquela necessidade, permi-tindo pôr cobro à debilidade dos pagamentos com cartõesna Internet, minimizando a ocorrência de irregularidades nasua utilização, em particular protegendo-a das investidasdos criminosos . O problema que permanece é conse-guir a adesão a um por parte de todos os agentesintervenientes e a sua implantação no terreno, condição sema qual a indústria dos meios de pagamento correria o riscode deixar escapar do sistema financeiro um papel que, hámuitos anos, tem sido exclusivamente seu.

Perante este estado de coisas, e no intuito de dar um impulsodecisivo à expansão do comércio electrónico com a garantiade segurança nos pagamentos, a Visa International tomoualguma liderança ao definir uma nova estratégia para imple-mentação do Comércio Electrónico Seguro, designada "Mo-delo dos 3 Domínios"3.

Trata-se de um sistema bastante flexível que permite às dife-rentes tecnologias de autenticação adoptáveis interopera-rem, possibilitando assim que o comprador e o vendedor se

acquirer

onlinestandard

requisitos deíndole tecnológica requisitosdo foro da confiança e da resolução de conflitos

A SegurançaOs Requisitos dosPagamentos na Internet

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identifiquem efectivamente. Por conseguinte, fornece aprova da sua participação no acto transaccional, protegen-do-os a ambos de repudiações ou outras práticas fraudulen-tas.

A implementação do Modelo dos 3 Domínios é obrigatória,na Região Europa da Visa International, a partir de Outubrodo corrente ano, como primeiro passo para a generalizaçãode um sistema de nível global.

As técnicas que o modelo permite obter (se-gurança na comunicação dos dados, mais inequívoca auten-ticação do vendedor e do comprador) só conduzem a umfiduciário sistema de pagamentos com a aplicação de umquadro completo das responsabilidades dos agentes inter-venientes nas transacções.

Desse quadro ressalta uma medida fundamental, conhecidana gíria como , que, uma vez mais de formapioneira, a Visa International torna obrigatória na suaRegião Europa a partir de Junho próximo.

Uma vez que existem meios de autenticação inequívoca docomprador, é agora possível retirar-lhe a faculdade de repu-diação (i.e., de negar a autoria do pagamento), que, ante-riormente, mesmo quando era usada abusivamente, nãodava à outra parte (o vendedor) a possibilidade de compro-vadamente a contrariar.Até agora, sempre que o compradorassim procedia, o (repercutindo ou não esse encar-go no comerciante) não recebia ou tinha inapelavelmentede devolver os fundos recebidos.

A pode ser resumida no quadro seguinte:

Esta nova regra põe em prática duas características essen-ciais a um bom funcionamento das compras e dos pagamen-tos através da Internet:

performances

Liability Shift

acquirer

Liability Shift

A Repudiação

Penaliza os vendedores (e/ou os respectivos )que aceitem cartões não utilizando uma solução segurade pagamento reconhecida. Isto é, que não permitemque sejam reconhecidos pelos compradores comoautênticos e com capacidade (que lhes é dada por um

) para aceitarem os cartões como meios depagamento.Limita a introdução, pelos compradores, de "dinheironão genuíno" no sistema. De facto, se o vendedor forum comerciante que aceita os cartões utilizando umasolução segura de pagamento reconhecida, tem semprea garantia da efectividade do recebimento (quer o car-tão do pagamento utilize ou não uma solução segura depagamento reconhecida).

Embora de momento a sua aplicação seja limitada geografi-camente, esta medida tem, no entanto, um alcance excep-cional.

Ela pode gerar, e é esse o seu objectivo último, um "círculovicioso virtuoso" que conduza à difusão dos pagamentosseguros na Internet.

Os tenderão a contratar apenas com vendedoresque aceitem utilizar formas seguras de aceitação de cartões.O que, aliás, será aceite de bom grado pelos vendedores,que assim sabem ter um passaporte que os identifica comovendedores confiáveis.

Por outro lado, face ao crescente número de vendedores queoptarão por formas de pagamento seguras, as entidades emi-tentes terão também todo o interesse em fornecer aos titula-res de cartões seus clientes métodos de pagamento seguros.Evitarão assim dirimir com eles perdas financeiras resul-tantes de os pagamentos por eles realizados terem cada vezmaior probabilidade de ser pagamentos efectivos, mesmonos casos em que a repudiação fosse legítima.

Esta atitude do lado do emitente/comprador", por sua vez,estimula a adopção de soluções de pagamentos seguros porparte dos " /vendedores", e assim sucessivamente.

Fica claro o alcance excepcional da , uma vezque, para obter a adesão daqueles a quem se aplica, dispensao constrangimento de outras sansões que não aquelas que aactividade dos destinatários espontaneamente gera, isto é,prejuízos financeiros. Não será, pois, pela falta de incenti-vos que os agentes do comércio electrónico deixarão deoptar por formas de pagamento seguras.

acquirers

acquirer

acquirers

"

acquirers

Liability Shift

* Director-Geral da UNICRE eMembro do Card Product Adviser Group da

Visa International

Aceita oscartões

não utilizandouma solução

segura de pagamentoreconhecida

Aceita oscartões

utilizando umasolução

segura de pagamentoreconhecida

Paga com ocartão sem

solução segurade pagamentoreconhecida

Acquirer

é obrigadoa aceitar arepudiação

Não é permitidaa repudiação

Paga com ocartão

utilizando umasolução segurade pagamentoreconhecida

n.a.

Acquirer

é obrigadoa aceitar arepudiação

VENDEDOR

COMPRADOR

1Para conhecimento do caso português, é interessante a leitura do quadro relativo aosfactores inibitórios dos consumidores, constante dos

, cujaedição de 2001 será editada em Maio próximo. Consultar www.unicre.pt.2Por um lado, o emitente do cartão de pagamento e, por outro, o , entidadefinanceira que fornece aos comerciantes, além do serviço de aceitação de cartões, agarantia do recebimento.O leitor interessado em saber em detalhe com funciona o Modelo dos 3 Domínios

pode obter alguma informação no www.visa.com.

Inquéritos anuaisUNICRE/plano21.com acerca dos hábitos de consumo dos portugueses na Net

acquirer

site

3

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16 or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

SupervisoresFinanceirosConselho Nacional de

Supervisores Financeiros

oCriadoCriado

João Duque*Coordenador da Secção

Com a publicação do Decreto-Lei 228/2000, publicadono dia 23 de Setembro de 2000, assistiu-se à criação do

Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF).Este novo órgão é composto pelas 3 instituições desupervisão do sistema financeiro nacional (o Banco dePortugal, o Instituto de Seguros de Portugal e a Comissão

do Mercado de Valores Mobiliários). Cada umatem sido orientada e parece estar vocacionadapara uma supervisão segregada por áreassectoriais, uma para cada um dos váriossubsistemas que compõem o sistema financeiroportuguês. Agora cria-se um fórum próprio para,formalmente, se cruzarem preocupações einformações comuns às três instituições.

A presidência deste órgão foi deixada aogovernador do Banco Central com base najustificação de uma supremacia do banco nopapel de estabilizador do sistema financeiro.Para além do lugar do governador, o Conselho éainda composto pelo membro do conselho deadministração do Banco de Portugal com opelouro da supervisão das instituições de créditoe das sociedades financeiras, pelo presidente doInstituto de Seguros de Portugal e pelo presidenteda Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.Poderão ser ainda convidados a participar nostrabalhos do Conselho representantes do Fundo

de Garantia de Depósitos, do Fundo de Garantia do CréditoAgrícola Mútuo, do Sistema de Indemnização aosInvestidores, das entidades gestoras de mercadosregulamentados e associações representativas de quaisquercategorias de instituições sujeitas a supervisão prudencial.

Caderno deMercados

Caderno deMercados

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A presente lei tem o mérito de colocar em evidência aquiloque há muito se constata: as instituições financeirasdeixaram de estar segmentadas por sectores de actividade e,em resultado de fusões e aquisições sucessivas, os grupos eos produtos financeiros que os mesmos oferecem são cadavez mais híbridos entre produtos bancários e de seguros porvezes transformados em títulos negociados no mercado decapitais. Os riscos de um dos mercados facilmente podemcontagiar os outros e cada vez mais todos fazem tudo. Lá vaio tempo em que o vendedor de castanhas da RuaAugusta sedefendia dos "amigos" que lhe pediam dinheiro emprestadorespondendo que tinha um acordo com o banco lá da rua: obanco não vendia castanhas e ele não emprestava dinheiro!

Cria-se, pois, um fórum em que 4 representantes de 3instituições podem desenvolver os mecanismos detransferência de informação, de supervisão deconglomerados financeiros, de preparação deregulamentação de matérias conexas a mais do que uma dasautoridades representadas, de emissão de pareceres ou deestabelecimento de políticas de actuação coordenada face aautoridades estrangeiras.

Paralelamente há, porém, uma outra "guerra" a travar, umavez que Bruxelas é fortemente apologista de umaautoridade de supervisão europeia. A esta tendênciacentralizadora opõem-se as autoridades de supervisãoregionais (as autoridades de cada Estado-membro)argumentando, com alguma razão, não fazer sentido umasupervisão harmonizada na ausência de políticasharmonizadas. Uma vez que as regras são diferentes deEstado para Estado e não havendo uma posição fortementeaglutinadora em torno de regras centralizadas, para quêformas de supervisão conjunta? No entanto, os problemassão comuns a todas as autoridades, e cada vez mais ofenómeno da internacionalização financeira cria problemasde supervisão de instituições ao nível supranacional.

Os britânicos foram mais radicais,fundindo numa só instituição asupervisão dos 3 subsistemas: ossubsistemas bancário, segurador e dosmercados de valores mobiliários. Osfranceses terão recentemente optado pormanter o sistema separado. Por cáoptou-se por uma situação um tantohíbrida, uma vez que se cria ummecanismo aglutinador de supervisoresportugueses, mas dando espaço a uniõesde facto entre autoridades regionaiseuropeias dentro do mesmo subsistema.

Não é verdade que a criação desteConselho Nacional de SupervisoresFinanceiros venha introduzir umarelação nova entre as autoridades desupervisão. Depois de alguns períodose histórias mais ou menos belicosas norelacionamento de instituições queestavam a chegar ao mercado e que

necessitavam de espaço para a sua instalação (como, porexemplo, a CMVM, criada em Abril de 1991), desde cedoexistiram mais pontos de necessidade de entendimento doque de discórdia. Daí que a criação do CNSF não venhamais do que formalizar relações que, ao nível daconvivência e do trabalho realizado, se vinham há muitocristalizando.

O CNSF não reúne com periodicidade definida, mas, umavez que o mesmo já reuniu 2 vezes no espaço de 5 meses,isso pode mostrar a necessidade que os membros sentem nadiscussão de temas de interesse comum. Um dos temas quelevou à reunião do Conselho foi o da supervisão dosconglomerados financeiros, nomeadamente no que respeitaao apuramento do seu capital efectivo para efeito desupervisão dos níveis mínimos de capital exigidos. Atravésde uma auscultação dos intermediários sob a sua área desupervisão, poderão eventualmente identificar-se situaçõesde dupla contagem que, uma vez esclarecidas, deixarãoespaço para o estudo da necessidade, ou não, de novosinstrumentos regulamentares. Esta medida pretendeantecipar-se a uma proposta de directiva da ComissãoEuropeia sobre conglomerados financeiros numa escalaeuropeia.

Fazemos votos para que este fórum, urgente e necessário,continue a desenvolver actividade assídua. Veremos dentrode alguns anos quais as forças que vingarão no planoeuropeu: se as forças tendentes ao reforço da coesão dasautoridades regionais, de que é exemplo o ConselhoNacional dos Supervisores Financeiros, se as forças decoesão das autoridades europeias dentro de um subsistemaidêntico ao FESCO (Forum of European SecuritiesCommissions), que poderia ser apontado como modelo.

* Professor Associado do ISEG/Universidade Técnica de Lisboa

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Em cerimónias realizadas em 15 de Fevereiro, em Lisboa, eem 22 de Fevereiro, no Porto, foram entregues a 68

diplomados do 7º Curso Geral Bancário que terminou emSetembro de 2000, os Certificados de Formação Profissional,testemunho da sua habilitação académica – 12º ano deescolaridade – e da sua habilitação profissional – nível III daUnião Europeia.

Na Mesa da sessão de Lisboa podiam ver-se, por parte do IFB,o Director-Geral, Dr. António Pereira Torres, que presidiu àsessão, e o Dr. Manuel Ferreira, Director do IFB e tambémDirector do Projecto, e, por parte do Instituto do Emprego eFormação Profissional, o Vogal da Comissão Executiva, Dr.José Leitão, e a Dra. PaulaAgapito.

A cerimónia do Porto foi presidida pelo Dr. Manuel Ferreira econtou ainda com a presença do representante do IEFP eDirector do Centro de Emprego do Porto, Dr. Luiz Gonzaga, edos elementos do IFB, Dr.Abílio Marques, DirectorAdjunto, eDr. Mário Costa, Coordenador deste Curso no Pólo do Porto.

Com provas dadas, ao longo dos três anos de formação e,especificamente, ao longo das muitas horas em Posto deTrabalho, estes jovens diplomados têm encontrado, por partedos empregadores, a maior aceitação.

Podemos referir que, desde o primeiro curso, o índice deintegração no sector financeiro foi da ordem dos 90%.

Aproveitando estas cerimónias de entrega dos Certificados deFormação Profissional, foram também entregues os prémiosaos melhores alunos de cada um dos anos curriculares. Forameles:

Cátia Sofia Narciso Neves 16,7 valoresCarlaAlexandra M. Hipólito 16,2 "

Tabita Raquel Moura Gomes 16,8 "Anabela C. Monteiro 16,3 "Rui Manuel Príncipe Vieira 16,3 "

David José Carrilho Madeira Luís 18,2 "José Manuel M. Silva Dias 16,7 "

Tanto a Direcção do Instituto de Formação Bancária como doInstituto de Emprego e Formação Profissional se regozijaramcom o facto de muitos destes diplomados estarem a cursar oensino superior, em muitos dos casos em conciliação com assuas actividades profissionais.

3º ano – 7º curso

2º ano – 8º curso

1º ano – 9º curso

Pelos representantes do Instituto de Emprego foram aindatecidas as mais honrosas considerações à forma como o IFB etoda a sua equipa docente tem adoptado altos padrões dequalidade na realização dos sucessivos cursos e realçado o seuempenhamento na inovação constante das actividadesinerentes ao projecto.�

Entrega de Certificados e Prémios

Curso Geral BancárioEm Regime de Alternância

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Curso Integrado de Gestão BancáriaNo âmbito da colaboração que, de modo sustentado,

vem desenvolvendo desde o início da década de 90com os Sistemas Bancários dos Países AfricanosLusófonos, o Instituto leva a efeito, no corrente ano, emLisboa, uma acção de formação especificamente destinadaa participantes daqueles países – o Curso Integrado deGestão Bancária.

Frequentam o Curso, que se iniciou no passado dia 29 deJaneiro e terminará em 6 de Abril, 23 participantes, estandorepresentados todos os PALOP.

Os formandos têm habilitações mínimas de nível médio eexperiência anterior em funções tecnicamente qualificadasou de enquadramento. De um modo geral, frequentaram econcluíram anteriormente o Curso Regular de FormaçãoBancária do IFB ou as versões próprias do mesmo Curso emAngola e Moçambique.

Com o Curso Integrado tem-se em vista proporcionar aosformandos a possibilidade de aprofundamento da suaformação técnico-profissional no sentido de os prepararpara o desempenho de funções de apoio à gestão. O planocurricular do Curso caracteriza-se pela sua abrangência,sem prejuízo de um cunho acentuadamente prático, ecompreende cinco módulos: Economia, Gestão eOrganização da Banca; Gestão Financeira de Empresas;Financiamento e Crédito Bancário; Mercados Financeiros.Fazem também parte das actividades lectivas algumaspalestras por oradores convidados, bem como visitas deestudo a bancos e empresas. O Curso tem avaliação e a sua

Curso Integrado de Gestão Bancáriaconclusão conduz à atribuição de um diploma.

A abertura do Curso, que teve lugar, como no início sereferiu, no dia 29 de Janeiro, foi presidida pelo Sr. Dr.António Pereira Torres, Director-Geral do Instituto, econtou com a presença da Srª. Drª. Marinela Amaral,Administradora do Banco Nacional de Angola e Presidenteda Direcção do Instituto de Formação Bancária de Angola,que proferiu uma intervenção sobre "Os SistemasFinanceiros dos PALOP". A sessão terminou com a liçãoinaugural do Curso, a cargo da Srª. Drª. Maria JoãoAzevedo, que abordou o tema "África Sub-Sahariana –Crescimento Económico, Ajustamento e Reforma doSistema Financeiro". �

14ª CAGBO Prof. Doutor Ernâni Rodrigues Lopes, com a liçãosobre formação profissional do director bancário e o

seu posicionamento perante a realidade, inaugurou nopassado dia 19 de Janeiro a 14ª edição do Curso Avançadode Gestão Bancária.

No IFB, o CAGB constitui o seu curso de topo. Éconsiderado uma pós-graduação, que resulta de umacooperação com a Universidade Católica Portuguesa epretende formar executivos do sector financeiro.

Estiveram presentes nesta primeira sessão do Curso, paraalem do Prof. Ernâni Lopes, o responsável pela Área deGestão/Finanças Empresariais, Prof. Doutor Guilherme deAlmeida e Brito, a Directora do Instituto, Dra. Fernanda

Curso Avançado de Gestão Bancária

Marques Pereira, e o Presidente da Direcção daAGESBANCA, Dr. José Pires da Silva. �

14ª Edição

Cooperação com os Países Africanos Lusófonos

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1Outubro

2001

1Outubro

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17Dezembro

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17Dezembro

2001

1Dezembro

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1Dezembro

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1Setembro

2001

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2001

EuroEuro20022002EE20022002EuroEuro

22

A passagem à moeda única encontra-se dividida emdois grandes momentos fundamentais: o período depreparação para a adesão ao euro e o período detransição.

O , que foi já largamente ultrapassa-do, iniciou-se com a entrada em vigor do Tratado daUnião Europeia, assinado em Maastricht, e com aspolíticas de convergência, tendo durado até 31 deDezembro de 1998.

O , que agora decorre, teve início em1 de Janeiro de 1999, com a substituição da moedanacional pela moeda única europeia de acordo com astaxas de conversão adoptadas pelo Conselho, eterminará em 31 de Dezembro de 2001. A partir destadata ocorrerá a introdução física das novas notas emoedas denominadas em euros, que circularãodurante algum tempo em paralelo com as notas emoedas denominadas em escudos.

As notas e moedas denominadas em euros serãocolocadas em circulação a partir das 0 horas do dia 1de Janeiro de 2002 em todos os Estados-membros queadoptaram a moeda única, cabendo a estes fixar ostermos em que se deverá operar a substituição dasnotas e das moedas nacionais pelas notas e moedasdenominadas em euros.

Na sua sessão de 16 de Novembro de 2000, oConselho de Ministros aprovou, através de umaResolução, o documento

.

primeiro período

segundo período

Orientações Nacionais

para a Introdução Física do Euro

Dessas orientações, destacamos aqui as seguintes:

A partir de 1 deSetembro de 2001, asmoedas em eurospoderão ser disponi-bilizadas e pré-po-sicionadas junto dasinstituições de crédi-to e das Tesourarias deFinanças.

As notas em euros po-derão ser disponibili-zadas e pré-posicio-nadas junto dasinstituições de cré-

dito e das Tesou-rarias de Finanças.

Os retalhistas poderãosolici tar junto dasinstituições de créditonotas e moedas emeuros para os seusfundos de caixa, sendoque as mesmas apenaspoderão ser utilizadas emtransacções a partir de 1 deJaneiro de 2002.

As instituições de créditopoderão distribuir pelosparticulares moedasaté ao valor de 10euros, sendo que asm e s m a s a p e n a spoderão ser utilizadas

em transacções a partirde 1 de Janeiro de 2002.

EuroEuroNotas MoedasAs e

estão a chegar!As eestão a chegar!

Notas Moedas

Page 21: Instituto de Formação Bancária - IFB

21

Instituto de Formação Bancária

30Junho

2002

30Junho

2002

Até esta data, os balcõesdas instituições de créditoe das Tesourarias deFinanças

.

Data limite para atroca de escudos poreuros, mas só na sede,filial, delegações

regionais ou agênciasdo Banco de Portugal.

Para além dos prazos previstos nas duas alíneasanteriores, a troca em euros das em escudosretiradas de circulação efectuar-se-á, nos termos dalei, num prazo de 20 anos, na sede, filial, delegaçõesregionais ou agências do Banco de Portugal.

podem trocarescudos por euros

notas

A partir desta data, asinstituições de cré-dito, sempre quepossível, deixarãode fornecer notas emoedas em escu-dos.

Finalmente, as notase moedas em eurosentram em circula-ção às zero horas de1 de Janeiro de2002. Os ATM co-

meçam a distribuirnotas de 5, 10, 20 e 50

euros, devendo o proces-so de conversão estar concluído

no final da primeira quinzena de Janeiro de 2002.Todos os retalhistas que tiverem de efectuar trocos nastransacções com os seus clientes deverão, sempre quepossível, fazê-lo em euros.

Fim das notas e moedas em escudos. O período dedupla circulação das notas e das moedas em euros eem escudos, que se inicia em 1 de Janeiro de 2002,termina no dia 28 de Fevereiro do mesmo ano,deixando, no dia 1 de Março seguinte, de ter cursolegal e poder liberatório todas as notas e moedas emescudos.

31Dezembro

2002

31Dezembro

2002

1Janeiro

2002

1Janeiro

2002

31Dezembro

2001

31Dezembro

2001

28 Fevereiro 200228 Fevereiro 2002

Mais 20 AnosMais 20 Anos

Page 22: Instituto de Formação Bancária - IFB

BCP e SABADELL constituem BANCO ONLINE

MONTEPIO GERAL abrerepresentação em NEWARK

BANIF na BANCA DE INVESTIMENTO

BCP e SABADELL constituem BANCO ONLINE

MONTEPIO GERAL abrerepresentação em NEWARK

BANIF na BANCA DE INVESTIMENTO

TOTTA lança PORTAL FINANCEIRO

PRÉMIO GESTOR 2000

NO

TÍC

IAS

BREVES

DA

BAN

CA

22 or ancanI B 48

As autoridades espanholas concederam ao BancoSabadell e ao BCP – Banco Comercial Portuguêslicença para a constituição de uma nova instituiçãobancária.

O novo banco, que deverá iniciar as suas actividadesem 2001, terá a sua sede social em Madrid.

Esta iniciativa surge do acordo estratégico, assinadopor ambos os grupos bancários, destinado a promoverprojectos conjuntos em áreas de interesse mútuo, emparticular no domínio da Internet e da sua aplicação aonegócio financeiro.�

O Banco Totta &Açores lançou recentemente o portal financeiro Totta NetBanco, que agrega, para além de todas as informações sobre produtos eserviços do banco, o acesso a um novo serviço de , com

.home banking e-

broker �

O Montepio Geral, no desenvolvimento da sua estratégia de internacionalizaçãojunto das comunidades emigrantes portuguesas, inaugurou um escritório derepresentação em Newark, no EUA.�

O prémio Gestor 2000, instituído pela empresa de consultoria A.T. Kearney e pelo, foi atribuído ao Dr. António da Costa Leal, presidente do

Montepio Geral.

Esta iniciativa, que pretende avaliar o desempenho dos dirigentes portugueses no que serefere a factores de crescimento, produtividade e rendibilidade, representou também,neste caso, o reconhecimento da actividade mutualista desenvolvida pelo MontepioGeral.

Na opinião do premiado, o mérito deve-se ao trabalho e forte colaboração entre todos osfuncionários da instituição.

Semanário Económico

O Banif Banco de Investimento, SA, criado em 15 deDezembro de 2000, tem como objectivo conduzir aactividade de banca de investimento do Grupo Banif,dinamizando e complementando os serviços que jávinham sendo oferecidos aos seus clientes nacionais eestrangeiros.

A sua actuação desenvolve-se nas áreas estratégicas degestão de activos, mercado de capitais, corretagem,

e .

Tem sede em Lisboa e delegações no Porto, no Funchale em Ponta Delgada.

corporate finance private banking

Para responder à crescente actividade internacional, oGrupo Banif, que já dispõe de representação em váriospaíses do Continente Americano, acaba de constituirem Miami, no Estado da Florida, a subsidiária BanifFinancial Service Inc. e prepara-se para criar umacorretora em Nova Iorque.�

Instituto de Formação Bancária

Page 23: Instituto de Formação Bancária - IFB

23or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

colaboraIFB

Crédito Agrícolacom oIFBIFB

Manuel Lacasta

O IFB tem vindo ultimamente a con-cretizar com a Caixa Central de Cré-ditoAgrícola Mútuo importantes pro-gramas de formação especialmentedireccionados para o Crédito Agríco-la.Conversámos com o Dr. ManuelLacasta, responsável directo pelaÁrea de Formação da Caixa Central,tentando analisar os fundamentos daintensificação da actividade formati-va do Crédito Agrícola em geral e dasCaixasAgrícolas em particular.Manuel Lacasta começou por nosconfirmar que:

Perguntando nós se isso reflecte umprojecto concertado e gradual de qua-lificação dos recursos humanos doCrédito Agrícola, disse-nos ManuelLacasta:

«— Efectivamente, a procura de forma-ção vem registando um crescimentoregular, e isso deve-se essencialmente auma correlação de estratégias ao nívelda gestão dos recursos humanos e da suainteracção com a arquitectura de umapolítica de formação evolutiva, indisso-ciada das aquisições de novas compe-tências e, portanto, consoante com agestão da carreira de cada empregado.»

«— Cada vez mais a formação profis-sional assume um papel fundamentalpara o cumprimento dos objectivos dedesenvolvimento do CréditoAgrícola.Apercepção do nosso potencial de cresci-mento, o desafio colocado pela existên-cia de quase 600 balcões distribuídospor todo o Continente e Açores, perten-centes a 134 CaixasAgrícolas, com forteenraizamento local, e a noção da impor-tância e da especificidade do sectorfinanceiro cooperativo obrigam-nos ater presente a responsabilidade inerenteà implementação de adequadas políti-cas de selecção de pessoal e de planea-mento da actividade formativa comocondição essencial para a obtenção dosmelhores resultados.»

«— Sim, mas pode dizer-se, para alémdisso, que houve e há um investimentoprogramado na formação, cuja virtuali-dade, se quisermos, reside na racionali-zação dos objectivos a alcançar e numapolítica de consulta regular das necessi-dades de formação junto das CaixasAgrí-colas, com a participação activa de umórgão consultivo composto por repre-sentantes de 134 Caixas, designado porConselho de Formação do Sistema Inte-grado do Crédito Agrícola Mútuo(SICAM), o qual, sentindo as necessida-des no terreno, tem condições privilegia-das para uma análise de fundo acercadessas mesmas necessidades.»

«— O Crédito Agrícola tem hoje, deacordo com os últimos indicadores a queacedemos, a 2ª população activa maisjovem da banca portuguesa. Esta reali-dade, inerente ao crescimento do própriogrupo e à política de recrutamento quevem sendo prosseguida, permite expli-car que haja, em constância, um númeroconsiderável de colaboradores que fre-quentam anualmente o Curso BásicoBancário, que entendemos ser imperati-vo para todos os novos empregados, e oCurso Regular, em que, nalguns casos,se verifica progressão para o Curso deGestão Bancária, nas suas vertentes debacharelato e licenciatura.»

«— Por outro lado, também assumimosa Formação de Desenvolvimento e aFormação Qualificante como um impe-rativo, porque ninguém tem hoje dúvi-das de que uma organização não sobre-viverá se não assentar os seus alicercesem recursos humanos altamente qualifi-cados, que acompanhem novas verten-tes e oportunidades de negócio, as cons-

Falando-se depois sobre o tipo de for-mação que tem sido adoptado, disseManuel Lacasta que essa concepçãoestratégica da formação tem suscita-do uma aposta regular na formaçãobásica e de aperfeiçoamento, frisandoa propósito:

colabora

tantes evoluções dos mercados e asnovas tecnologias.»

«— Assim se explica, a título de exem-plo, que, nos últimos dois anos, 1989empregados, o que representa mais de50% dos efectivos, tenham sido inscri-tos em cursos como o Euro e o Crédito àHabitação, para não citar vários outroscom igual índice de participação, muitooportunamente promovidos pelo IFB, eque nos encontremos agora a organizar,com a colaboração do vosso Instituto,um curso de Atendimento Comercial.Este curso regista já, numa primeirafase, 455 inscrições de empregados dasCaixasAgrícolas, o que é, seguramente,um sinal de vitalidade e de aposta nofuturo.»

«— Não tanto quanto queríamos, dizManuel Lacasta. É inegável para nós queuma das fontes mais promissoras derecrutamento na banca reside nos alunosdo Curso Geral, mercê do inegável pres-tígio do IFB enquanto entidade forma-dora e da experiência muito positiva quetemos da passagem de alguns dessesalunos pelos nossos balcões, algunsmesmo recrutados posteriormente, deacordo com as nossas necessidades.Projectamos investir mais nesta verten-te, na medida em que a racionalizaçãodos meios disponíveis permita acolhê--los com a dignidade e disponibilidadeque merecem.»

A terminar, lembrámos que o CréditoAgrícola e, nomeadamente, a CaixaCentral têm acolhido alguns jovensalunos do Curso Geral Bancário.

Page 24: Instituto de Formação Bancária - IFB

Instituto de Formação Bancária

24 or ancanI B 48

Próximos Cursos

Estão abertas as inscrições paraos cursos:

Próximos Cursos

Inglês BancárioEnsino a Distância

Institutode FormaçãoBancária

Para todos os que na sua actividadeprofissional necessitem do domínioda língua inglesa aplicada aosector financeiro.

InscriçõesAbertas

InscriçõesAbertas

Gestão de Produtos Financeiros

• O Cheque e Outros Meios dePagamento

O Euro

• Crédito à Habitação

Page 25: Instituto de Formação Bancária - IFB

25or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

ISGBa escola à distância

de um clique

ISGB colabora naformação de técnicosde organização do

INSTITU

TO

SU

PE

RIOR DE GEST

ÃO

BA

NC

ÁRIA

ISGB colabora naformação de técnicosde organização doNo sentido de optimizar a actuação dos seus técnicosda área de Organização, o BNC – Banco Nacional deCrédito Imobiliário solicitou ao ISGB a realização deum curso expressamente dirigido àqueles técnicos.

Os conteúdos do curso foram organizados de forma aconceder aos participantes uma adequada visão dopapel que incumbe aos organizadores e também asformas mais eficazes da sua actuação.

Do programa destacam-se, assim, temas como o

estudo qualitativo e quantitativo do trabalhoadministrativo, a reorganização de espaços, osmanuais de organização da instituição e os novosconceitos e tendências, tais como a gestão pelaqualidade total, a aplicabilidade prática dona banca e a gestão da relação com o cliente, numaperspectiva integradora.

Na abordagem dos temas, os docentes do ISGBprivilegiaram a participação activa dos formandos nas36 horas úteis de formação em sala.

e-business

ISGBa escola à distância

de um cliquePara que os alunos dos cursos que funcionamno ISGB sintam que a escola está cada vez maispróxima de si, foi agora posto à sua disposição,via Internet, um conjunto de informações e defacilidades quer de carácter geral, querreferentes à situação específica de cada aluno.

Dada a característica de confidencialidade dasinformações, o acesso ao serviço só serápossível através da utilização de e

.

Estão disponíveis os mais variados serviços einformações, salientando-se: calendários dosexames, notas obtidas nas provas realizadas,situação curricular, situação de documentosentregues e em falta, pagamentos, pedidos dedocumentação e consultas aos GuiasPedagógicos das várias disciplinas e àBiblioteca.

usernamepassword

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26 or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

20002000

IFB e ISGB estiveram presentes noFórum Estudante Juventude, quese realizou pela primeira vez, noParque das Nações, de 10 a 14 deDezembropassado.

Estes eventos têm como principalobjectivo a promoção do contactodos jovens estudantes com as di-versas áreas profissionais e de for-mação pré-profissional, informan-do-os quanto a acessos, currículos,saídas e mercados de cada área.

A exposição deste ano – a 6ª – vol-tou a ser organizada pelo CUPAV– Centro Universitário PadreAntó-nio Vieira e reuniu cerca de umacentena de expositores, constituídapor um variado leque de estabele-cimentos de ensino superior e pro-fissional.

Foram especialmente divulgadasas licenciaturas e pós-graduaçõesdo ISGB, o Curso Básico Bancárioe ainda o Curso Geral em RegimedeAlternância.

O IFB/ISGB teve como ani-madores jovens alunos do ISGBque, acompanhados por um docen-te, prestaram informações aos visi-tantes: pais, encarregados de edu-cação, professores e, predominan-temente, jovens alunos do 9º ao 12ºano e psicólogos de núcleos de ori-entação profissional das EscolasSecundárias.

stand

O Fórum Estudante Juventude é olocal ideal para captar, ao vivo, aatenção de milhares de jovens queainda não decidiram o seu futuro

FÓRUM ESTUDANTEJUVENTUDE'FÓRUM ESTUDANTEJUVENTUDE' 2000

IFB e ISGB presentes

profissional e, por isso, a presençado IFB nestes eventos, como"Escola Bancária de Portugal", éde louvar.�

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27or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

CooperaçãoInternacionalCooperaçãoInternacional

Seminário para Bancários PolacosDando continuidade à sua cola-boração com aAssociação Pola-ca de Bancos, estabelecida porintermédio da Embaixada daPolónia em Lisboa, o IFB orga-nizou, nos dias 4, 5 e 6 deDezembro de 2000, o 4º Semi-nário para dirigentes e quadrossuperiores de bancos polacos.

Este Seminário, em que maisuma vez os participantes tive-ram oportunidade de se con-frontar com a experiência dabanca portuguesa, foi subordi-nado ao tema Modern Depart-ment Management.

Integraram o Seminário exposições de enquadramentosobre a Economia Portuguesa e o Sistema Financeiro

Português, apresentações que estiveram a cargo de ele-mentos qualificados do Banco Espírito Santo e da CaixaGeral de Depósitos.�

O LABS (LearningAgent in the Banking Sector) é umprojecto financiado pelo programa comunitárioLeonardo.

Tem por objectivo geral desenvolver um estudo eanálise acerca das práticas inovadoras existentes nosector bancário e financeiro, a nível da formação e dosrecursos humanos, e relacionar o resultado desseestudo com as funções, papéis, competências ecaminhos de aprendizagem emergentes, em particulartendo em conta a perspectiva da evolução, no sector,das áreas em apreço.

Este trabalho, que envolve bancos pertencentes a 5países europeus, tem vindo a ser realizado por um

Projecto LABSconsórcio do qual fazem parte, para além de Portugal,a Grécia, a Hungria, a Espanha e a Itália (quecoordena).O projecto está a chegar ao fim. Em Março de 2001terá lugar, em Roma, uma conferência dedisseminação dos resultados obtidos. Neste evento,estarão presentes não só os 5 parceiros, mas tambémrepresentantes de um banco por cada país envolvidono consórcio.

De acrescentar ainda que todas as aquisições desteprojecto ficarão na Internet e que o IFB será o"hospedeiro" desta informação, na medida em que acoloca no seu servidor. O endereço de acesso a esta

será divulgado na conferência de Roma.

online

homepage �

Page 28: Instituto de Formação Bancária - IFB

28 or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

A Presidente do IFBAvisita o IFBA Dra. Marinela Amaral, na qualidade de Presidente daDirecção do Instituto de Formação Bancária de Angola,visitou o IFB no passado dia 30 de Janeiro, com a finalidadede conhecer melhor a sua actividade.

A Dra. Marinela Amaral, que, no dia anterior, haviaparticipado no arranque de um novo curso dedicado a todosos PALOP, tal como noutro local noticiamos, foi acolhidapelo Director-Geral do IFB, Dr.António Pereira Torres, quelhe proporcionou uma descrição global do funcionamentodo Instituto.

Pôde também aquela alta responsável do IFBA aperceber--se da vasta actividade do IFB/ISGB, desde as acçõesdestinadas a jovens candidatos à profissão bancária, até àslicenciaturas e pós-graduações em domínios da actividadefinanceira.

A Presidente dovisita o

IFBAIFB

Para além do Dr. Pereira Torres, a visitante foiacompanhada pelos elementos da Direcção, Drs. ManuelFerreira, Fernanda Marques Pereira e Manuela Santos.�

endereço

leitores

Actualização

Novosdo

?Gosta daEntão sugira-a a um colegaO pedido pode ser feito:• Na folha de remessa da revista ou• Numa fotocópia do quadro seguinte.

Institutode FormaçãoBancária

Novo leitor

Alteração de endereço

Renovação

Desejo que a me seja enviada de forma personalizada epara o meu local de trabalho.

INFORBANCA

(1)

(2)

Preencher com a designação utilizada no correio interno do banco.Preencher com a sigla pela qual o banco é conhecido.

Nome

Função

Balcão/Serviço(1)

Banco(2)

do

bra

Inscrição válida

para 4 númerosInscrição válida

para 4 númerosInscrição válida

para 4 números

Page 29: Instituto de Formação Bancária - IFB

29or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

Acaba de ser publicado o nº 4 da , revista dosalunos do Curso Geral Bancário em regime de alternância.

Apetece ler esta pequena revista, pois, para além de umgrafismo bastante fresco e juvenil, aborda assuntos demuito interesse para os jovens desta escola que, tal como sediz no editorial, "nunca fecha". E é bem assim, porque pelaporta que saem os diplomados estão a entrar os caloiros doano lectivo seguinte.

Podemos ver neste número como vai o Concurso de Poesiae Conto e conhecer uma história de pregos, a propósito deofensas verbais.

As páginas centrais são dedicadas ao do IFB na FIL,por ocasião da Feira Nacional de Orientação Escolar eProfissional, às novas tecnologias e à confraterniza-ção/reunião de trabalho dos professores da escola.

Uma referência, também, ao quadro dos alunos que mais sedistinguiram em 1999/2000. São os 7 magníficos dos 3 anoscurriculares.

De salientar, ainda, o depoimento de uma das alunasdestacadas para receberem os visitantes do do IFB.Descreve a "aliciante experiência vivida" e termina assim:

"Foi, para mim, muito gratificante ajudar jovens da minhaidade a poderem fazer uma opção para a sua vida."

Face ao êxito obtido com a experiência do ano passado, estáa realizar-se o 2º Concurso de Poesia e Conto.

Banca Jovem

stand

stand

em Regime de AlternânciaCurso Geral Bancário

SAIU A Nº 4BANCA JOVEM

Curso Geral Bancário

SAIU A Nº 4BANCA JOVEMPALESTRA PARA OS ALUNOS

VISITAS DE ESTUDO

PALESTRA PARA OS ALUNOS

VISITAS DE ESTUDO

CONCURSO DE POESIA E CONTOCONCURSO DE POESIA E CONTO

Integrado nas actividades curriculares dos conteúdosprogramáticos do Curso, este concurso tem por finalidade apromoção de experiências literárias e de narração quelevem ao gosto e correcção da comunicação através daescrita.

Os 67 trabalhos apresentados estão a ser avaliados por umjúri constituído pelos formadores de Língua e CulturaPortuguesa, estando marcada a entrega dos prémios para o3º trimestre.

Integrada nas actividades formativas, teve lugar no passadodia 15 de Março, nas instalações do IFB, uma palestra sobreo tema “Diálogos sobre o Futuro”.

Foram oradores o Dr. Jorge Albuquerque Ferreira e o Dr.Rui Calheiros da Gama, que dissertaram sobre “O NegócioBancário e os Recursos Humanos”.

Esta comunicação realizou-se no âmbito da manutençãodos contactos com o recém-criado Núcleo dos AntigosAlunos do Curso Geral Bancário.

As presenças, tanto dos antigos alunos, como dos actuais,foram em número elevado, o que nos leva a afirmar que esteencontro de gerações foi um êxito.

O plano curricular do Curso contempla a ida a locaisque, pela sua relação com as matérias dos váriosdomínios, se mostram complementares na aquisição decompetências.

Dos muitos que foram realizados, destacam-se os seguin-tes:

Sala de Mercados da Caixa Geral de Depósitos, para dar aconhecer como, nos bancos, funcionam estas salas;Escola Superior de Comunicação Social, com o objectivode compreender a atitude de Marketing e de visualizar aaplicação dos conceitos apreendidos em sala;Baixa Lisboeta, para conhecer os locais mais frequenta-dos pelos Pós-Românticos;Biblioteca Nacional, para visitar a Exposição sobre aVida e Obra de Eça de Queiroz.

Page 30: Instituto de Formação Bancária - IFB

30 or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

Em todos os anos lectivos, o IFB tem vindo a atribuirprémios aos melhores formandos dos 3 anos do CursoRegular, podendo os próprios optar por materialinformático, por uma enciclopédia e livros ou por umaviagem.

Curso Regular deFormação BancáriaCurso Regular deFormação Bancária

A seguir, damos nota dos premiados deste ano, queexpressaram à nossa Revista a sua satisfação por lhester sido atribuída esta recompensa.

Anabela da Silva FernandesBNU – Gândara dos OlivaisNúcleo Leiria 93

«— O mercado em que nos inserimos exige cada vez mais profissionaispolivalentes, capazes de dar resposta às mais variadas questões, e o CursoRegular vem precisamente ao encontro dessa realidade…»

Os melhores de 1999/2000

Lina Maria Silva NetoCCAM – TramagalNúcleo Leiria 91

«— O Curso Regular mostrou-me caminhos para alcançar objectivos,respostas para as minhas interrogações, uma mudança nos meus hábitos, umaperfeiçoamento e a necessidade de fazer algo mais…»

Os melhores de 1999/2000

Isabel Maria Rodrigues MartinsBNU – Faro

Núcleo Faro 92

«— Este Curso é extremamente importante para quem inicia a sua carreiraprofissional na banca ou para quem já está nela inserido e sente que necessitade mais conhecimentos acerca da actividade que desempenha…»

Page 31: Instituto de Formação Bancária - IFB

31or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

BANCO BPI

BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

BANCO ESPÍRITO SANTO

BANCO NACIONAL ULTRAMARINO

BANCO PORTUGUÊS DO ATLÂNTICO

BANCO PINTO E SOTTO MAYOR

BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO

BANCO INTERNACIONAL DE CRÉDITO

BANCO MELLO

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE CADAVAL

CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO

EMIRCIO RIBEIRO CARVALHOMANUEL PAIVA MATOS CARDOSOMARGARIDA MARIA SILVA FIGUEIRA*MARIA JOSÉ RAMALHO FERNANDES*

FILIPE MIGUEL RAMOS CARRANÇA*JOSÉ ANTÓNIO SOUSA PEREIRA RIBEIRAL*JOSÉ CARLOS DUARTE CORREIA*JOÃO CARLOS PEREIRA DOMINGOS*JOÃO PEDRO CASTANHEIRA BORGESMARIA TERESA GONÇALVES LOUSADARUI PEDRO MARTINS MATOS GUEIFÃO*

DAVID MANUEL MOREIRA FERREIRAJORGE AGRIPINO DIAS FERREIRAJOSÉ CARLOS LOPES FIGUEIREDOMARTA FÁTIMA GODINHO GUERREIROORLANDO ANTÓNIO GRAÇA MENDESRUI JESUS FERREIRA

ISMAEL ARAÚJO FERREIRA*

LUÍS FILIPE MONTEIRO SILVA MAGALHÃES

ANA PAULA BRITO BRANDÃOEMÍLIA MARIA NASCIMENTO ANTÃO FERNANDES*LEONOR OLIVEIRA FREIRENATALINO VICENTE MOTA*PEDRO NUNO GRANJA DOS SANTOS SILVAFERNANDO RUI HENRIQUES CUNHANUNO FILIPE NEVES OLIVEIRA

ANABELA SILVA FERNANDESANTÓNIO JOSÉ MAIA BATISTA NETOCARLA SOFIA SILVA FRADE COUTOCRISTINA MARIA VALENTE AIRESJOÃO ALBERTO SANTOS MONTEIROJOÃO MANUEL GONÇALVES PASSOSMARGARIDA ISABEL ARAÚJO FERREIRATERESA MARIA DIAS FIALHO MARTINHO

ARLINDO AUGUSTO ENCARNAÇÃO TEIXEIRA

JOSÉ HENRIQUE MARTINS MACHADO

DINIS SILVA NOBRE*

ANA MARIA GOMES COSTAANA PAULA GUERREIRO ATANÁSIOANDRÉ ALEXANDRE PORTELA MARTINS*ANGELINA MARIA COELHO BRITOANTÓNIO MARIA GONÇALVES BRAZ*CARLOS MANUEL PALMA RODRIGUES*

RICARDO JOSÉ MOREIRA GUERRA

CARLOS NUNO FONSECA RAMOSCRISTINA MARIA ASSUNÇÃO VENTURA NUNESGRACINDA MARIA FERREIRA SOARESJOSÉ ANTÓNIO SERRANO PONTESJOSÉ BRANCO SILVAJOSÉ MANUEL FERNANDES JORGEJOÃO MANUEL BRANCO LUCASJÚLIO MIGUEL ALVES SOARES*LINA MARIA FRANCO FERNANDES LOPESLUIS FILIPE CID FERREIRA NUNESMARIA CELESTE PEREIRA BARREIRA HENRIQUESMARIA JÚLIA SANTOS OLIVEIRA*MARIA ODETE GOMES SILVA MATIASPAULO JORGE GONÇALVES RODRIGUESRUI MANUEL FONSECA CURVELOSÉRGIO PAULO PAULISTA NUNES

ANTÓNIO FERNANDO GOMES*ANTÓNIO MARIA MOTA REBELOHELENA CRISTINA GOMES LINCE CONDEÇOJAIME MIGUEL FERNANDES GARCIA*JOÃO PAULO SANTOS ESTRELAMARIA ARMANDA ALBUQUERQUE*MARIA IVONE OLIVEIRA COSTA*PAULA CRISTINA TEIXEIRA SANTOSPAULO LUÍS SOUSA GOMESSÉRGIO FERREIRA RODRIGUES*

ELSA MARIA XAVIER GUEDES LEBRE LEITÃO*

ANA RITA JANEIRO ANTUNESHELGA REGINA CUNHA MINASLÚCIA SOFIA HILÁRIO GONÇALVES*RITA SOFIA ROSA NETO

ISAURA CONCEIÇÃO R.B.PIMENTEL DOS SANTOS*DALTON COSTA ESPÍRITO SANTO GONÇALVESPAULO FILIPE NASCIMENTO CORTÊS*ANTÓNIO AUGUSTO TOMÁS MIRANDAEDUARDO ANTÓNIO GABRIEL NOBREELEUTÉRIO CARVALHO NUNESNUNO FERNANDO GARCIA FERREIRAPAULO JOSÉ MARTINS LOUREIROPEDRO MIGUEL ALMEIDA COSTA FERREIRA

LEONILDE DAYSE RESENDE COSTA

MANUEL BIAGUE

SIMÃO SANCHES

DILSON SOUSA PONTES TINYFELISBERTO GRAÇA CASTILHOFERNANDO COSTA TEIXEIRAIDALÉCIO D'APRESENTAÇÃO VIANA

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

FINIBANCO

MONTEPIO GERAL

INDIVIDUAIS

Cabo VerdeBANCO COMERCIAL DO ATLÂNTICO

Guiné-BissauBANCO INTERNACIONAL DA GUINÉ-BISSAU

BANCO TOTTA & AÇORES DA GUINÉ-BISSAU

S. Tomé e PríncipeBANCO COMERCIAL DO EQUADOR

* Formandos que concluíram o CursoRegular com equivalência ao 12º anodo Ensino Oficial e ao Nível III da UE.

Formandos TerminaramCurso Regular

2000

Formandos TerminaramCurso Regular

2000

que

oem

Page 32: Instituto de Formação Bancária - IFB

32 or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

Você Sabe Tudo?

$$

$

$$ $$ $$

$

$

$

Soluções

ABCDE

– 4

– 7

– 10

– 13

– 19

FGHIJ

KLMNO

PQRST

– 23 – 42 – 61

– 25 – 46 – 67

– 31 – 50 – 71

– 36 – 56 – 74

– 38 – 59 – 77

INOFOR renova

acreditação do IFB

como entidade

formadora

IFB/ISGBIFB/ISGB

EBT – EUROPEAN BANK TRAINING NETWORKICDE – INTERNATIONAL COUNCIL FOR DISTANCE EDUCATIONEDEN – EUROPEAN DISTANCE EDUCATION NETWORK

LEONARDO – PROJECTO EURO BANKCARTA PROFISSIONAL DE COMPETÊNCIASLEONARDO –

LEONARDO – PROJECTO LABS – ROMA

PROGRAMAS

O IFB É MEMBRO DE

• POLÓNIA

• CABO VERDE

• GUINÉ BISSAU

• ANGOLA

• MOÇAMBIQUE

• S.TOMÉ E PRINCIPE

• REPÚBLICA ESLOVACA

PROGRAMA PHARE

BANCO MUNDIAL

COOPERAÇÃO PORTUGUESA

APOIOS

CONSULTORIA

ACTIVIDADE FORMATIVA ACTIVIDADE INTERNACIONALPARTICIPANTESHORAS

FORMANDO

Formação Superior – ISGB

Curso Avançado de Gestão Bancária

1 074

23

157 129

8 234

Formação em Técnicas Bancárias

Formação em Alternância

Formação em Gestão

Formação a Distância – Escola Virtual,C. Regular e outros

4 104

409

1 716

5 806

77 560

556 488

26 425

102 952

Formação Qualificante 358 12 664

Formação na Área Comercial 2 160 36 288

Seminários 13 182

TOTAL 15 663 977 922

Actividade em 2000

INOFOR renova

acreditação do IFB

como entidade

formadoraO IFB viu renovada a sua acreditação pelo Ministério do Trabalho, através doINOFOR, Instituto para a Inovação na Formação, por um período de mais trêsanos, para intervir nos seguintes domínios:

Diagnóstico de necessidades de formação;Planeamento;

Concepção;Organização e promoção;

Desenvolvimento/execução;Acompanhamento e avaliação.

Ao Instituto é, assim, oficialmente reafirmada acapacidade para tratar, de modo integrado e

global, toda a problemática da formação,desde a detecção de necessidades até ao

acompanhamento e avaliação das acçõesentretanto montadas e desenvolvidas.

Começa em

SetembroComeça em

SetembroComeça em

Setembro

Page 33: Instituto de Formação Bancária - IFB

33or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

Você Sabe Tudo?Você Sabe Tudo?

$

$

$

$ $

$$

$$

$

$

$

Se pensa que sim, experimente fazer o teste que lhe

propomos. Ele foi elaborado a partir de 20 questões

sobre a actividade bancária, anteriormente utilizadas

no material pedagógico dos diversos cursos organizados

pelo Instituto. Num outro local da revista, encontrará as

soluções. Depois, só terá de fazer contas. Por cada resposta

certa, somará 5 pontos e por cada que errar descontará 1,66

pontos (correspondentes a 1/3 da cotação de cada

pergunta). Se estiver muito hesitante, é, pois, preferível não

responder.

Se não concordar com alguma ou algumas questões

apresentadas ou considerar que poderia haver respostas

correctas diferentes das que são propostas ou, ainda, se

quiser fazer-nos qualquer sugestão, poderá sempre

escrever-nos. Participe, na certeza de que também nós não

sabemos tudo e tentamos fazer sempre melhor.

A

B

C

D

E

A capacidade de concessão de crédito, por parte do banco, éinfluenciada negativamente se:1 – Os bancos registarem elevados índices de solvabilidade.2 – Aumentar o volume dos depósitos à ordem.3 – Os bancos recorrerem ao redesconto.4 – Aumentar a taxa de reservas mínimas de caixa.

Arendibilidade e a solvabilidade de uma empresa:

5 – São independentes do seu posicionamento ao mercado.6 – São unicamente uma consequência da sua gestão

financeira.7 – Podem ser afectadas por alterações tecnológicas

rápidas.8 – Constituem elementos de incerteza sempre que se

analisa o risco do cliente.

Um depósito a prazo dado ao banco como caução de um créditoconstitui uma:9 – Garantia pessoal.

10 – Garantia real.11 – Fiança.12 – Hipoteca.

A maior parte dos investimentos publicitários visa adivulgação de novos produtos. Contudo, há situações em que

se pretende atingir um elevado índice de notoriedade.Como forma de atingir este objectivo, que tipo de publicidade deve serutilizada?

13 – Institucional.14 – De produto.15 – Orientada para o segmento.16 – Acção de Relações Públicas.

O endereço de um e o endereço de um :

17 – São a mesma coisa.18 – O endereço de só se utiliza a nível interno de cada

país, enquando o endereço de um é internacional.19 – O endereço de é uma morada de correio

electrónico para onde se enviam de e onde se recebemmensagens, enquanto o endereço de um é um localde consulta.

20 – Não existem endereços de .

e-mail site

e-mailsite

e-mail

site

sites

F

G

H

I

J

Nas operações em moeda estrangeira a constituição de“depósitos” é uma operação:21 – Com efeito cambial.22 – Com variação no saldo dos valores em moeda

estrangeira.23 – Sem efeito cambial.24 – Com variação no saldo dos valores em moeda nacional.

O (IVA), imposto sobre o valor acrescentado, incide sobre atransmissão de bens e serviços.

Assim, estão sujeitos a IVA:

25 – Aadministração de propriedades e guarda de valores.26 – A guarda de valores e a venda de moedas

comemorativas.27 – Avenda de moedas comemorativas e a administração de

propriedades.28 – O aluguer de cofres e venda de moedas comemorativas.

Uma emissão de acções, com preferência a accionistas:

29 – É sempre realizada através de subscrição privada.30 – É uma operação de Mercado Monetário Primário.31 – Pode ser realizada através de subscrição pública.32 – Não implica entrada de fundos na empresa.

Quando um título é negociado numa mesma sessão de Bolsacom várias cotações diferentes, estamos perante um título que é

negociado no sistema:

33 – Automático.34 – De 2 chamadas diárias.35 – De viva voz.36 – Contínuo.

Como sabe, os fundos de investimento têm como suporte umacarteira de produtos geridos por uma entidade especializada. A

principal diferença entre um fundo de investimento e um contrato degestão da carteira está:

37 – No grau de especialização da entidade gestora.38 – No número de proprietários do capital aplicado.39 – No número de entidades que gere o capital aplicado.40 – Na composição da carteira.

Page 34: Instituto de Formação Bancária - IFB

34 or ancanI B 48

Instituto de Formação Bancária

Quadro de Respostas

ABCDEFGHIJ

KLMNOPQRST

1

5

9

13

17

21

25

29

33

37

2

6

10

14

18

22

26

30

34

38

3

7

11

15

19

23

27

31

35

39

4

8

12

16

20

24

28

32

36

40

41

45

49

53

57

61

65

69

73

77

42

46

50

54

58

62

66

70

74

78

43

47

51

55

59

63

67

71

75

79

44

48

52

56

60

64

68

72

76

80

Número de Respostas Certas C =Número de Respostas Erradas E =

Para calcular o número de pontos que obteve, empregue aseguinte fórmula: Nº de pontos = (C – E/3) 5x

Anote aqui as suas soluções e confronte-as com os resultadospublicados na página 32.

K

L

M

N

O

P

Q

A taxa de câmbio é um dos instrumentos de política económicautilizado pelo governo de um país para atingir determinados

objectivos, como a redução do défice da balança de pagamentos e ocontrolo da taxa de inflação.O instrumento referido acima corresponde ao ramo da políticaeconómica:

41 – Monetária.42 – Cambial.43 – Orçamental.44 – De rendimentos e preços.

Pode considerar-se que os objectivos de um diálogo presencialpoderão ser atingidos quando:

45 – Emissor e receptor fazem uso correcto da língua eevitam a rigidez do assunto, falando também de outrasquestões.

46 – Emissor e receptor utilizam o nível de língua adequado eproduzem mensagens claras e objectivas.

47 – Emissor e receptor mantêm uma relação amigável edesenvolvem o diálogo sem uma estrutura definida.

48 – Emissor e receptor entram de imediato no assunto eevitam perdas de tempo com agradecimentosdesnecessários.

O profissional de atendimento deve:

49 – Usar espontaneamente o seu comportamento emqualquer situação de atendimento de clientes.

50 – Saber comunicar eficazmente.51 – Privilegiar o aspecto técnico da sua função, mais do que

o relacional.52 – Dar sempre razão ao cliente.

Os instrumentos financeiros que representam empréstimos àentidade emitente são:

53 – Plano Poupança Reforma.54 – Obrigações e acções.55 – Títulos de dívida pública e acções.56 – Obrigações e títulos de dívida pública.

O que distingue uma Conta Nostro de uma Conta Vostro naperspectiva do Banco Lusitânia é:

57 – Aqualidade dos intervenientes.58 – Amoeda em que estão expressas.59 – Asua domiciliação num correspondente ou nos próprios

livros do banco.60 – A movimentação no estrangeiro ou em território

nacional.

Um capital depositado à taxa de juro de 14,5%, em regime decapitalização composta, produziu um valor acumulado de 6 942

434$00 ao fim de 8 anos de depósito.Qual foi o valor do capital aplicado?

61 – 2 350 000$00.62 – 3 214 089$00.63 – 4 592 434$00.64 – 2 300 000$00.

O documento particular:

65 – Pode ser sempre utilizado para substituir a escritura.66 – Só pode ser utilizado desde que não haja hipoteca.67 – Só pode ser utilizado em determinadas situações e

relativamente à escritura tem as vantagens de ser maisrápido e barato.

68 – Não tem vantagens face à escritura.

R

S

T

Os seguros são alguns dos elementos fundamentais para opedido de empréstimo para aquisição de habitação. Neste

contexto:

69 – O seguro de vida é sempre obrigatório.70 – Os financiamentos destinados a empregados bancários e

deficientes não exigem seguro de incêndio.71 – Os financiamentos destinados a empregados bancários e

a deficientes exigem sempre a apresentação de seguro devida.

72 – O seguro de incêndio nunca é obrigatório.

As moedas de euros serão disponibilizadas:

73 – Apartir de Setembro de 2001, apenas aos bancos.74 – A partir de Setembro de 2001, aos bancos e a grandes

retalhistas.75 – Apartir de Janeiro de 2002, apenas aos bancos.76 – A partir de Janeiro de 2002, aos bancos e a grandes

retalhistas.

Oficialmente, um comerciante poderá aceitar pagamentos emeuros – notas e moedas:

77 – Apenas a partir de 01/01/2002, altura em que onumerário será oficialmente colocado em circulação.

78 – Logo a partir de Setembro de 2001, porque o numeráriocomeçará a ser disponibilizado.

79 – A partir da última quinzena de 2001, porque só nessaaltura é que o numerário será canalizado para o públicoem geral.

80 – As moedas, logo a partir de Setembro de 2001. As notas,só a partir de Janeiro de 2002.

Page 35: Instituto de Formação Bancária - IFB

FORMAÇÃO PROFISSIONALCursos em Sala Lisboa/Porto 2001

Para mais informações, contacte:

– Av. 5 de Outubro, 164 • 1069-198 LISBOA

Tel.: 217 916 200 Fax: 217 977 732 • Teresa Corales

– R. Fernandes Tomás, 352 – 4º • 4000-209 PORTO

Tel.: 225 106 368 Fax: 225 102 205 • António Alberto Matos

INSTITUTO DE FORMAÇÃO BANCÁRIALisboa

Porto

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

ABR. MAI. JUN.CURSOS

Técnicas de Negociação e Venda

Liderança de Equipas Comerciais

Metodologias da Acção Comercial

09 a 11

– – –

14 a 16 (P)

28 a 30 (P)

23 a 25

21 a 25 (P)

Comunicação na Empresa e Relacionamento Interpessoal

Gestão do Stress

Auditoria Bancária

Consolidação de Contas nas Empresas 02 a 03

(P) Porto

28 e 29Avaliação Financeira de Projectos

Contabilidade Analítica e Gestão Orçamental

05 a 06 (P)

16 a 18

04

Mercados e Produtos Financeiros

Organização e Funcionamento de uma Sala de Mercados

Análise de Risco no Mercado de Capitais

Crédito Externo

Crédito à Habitação

Operações Bancárias de Estrangeiro

Operações Bancárias Gerais

Contratos Bancários e Garantias do Crédito Bancário

Direito Bancário

Regime Jurídico da Letra e da Livrança

Regime Jurídico do Cheque

Branqueamento de Dinheiro

Falsificação de Meios de Pagamento – Detecção

O Direito das Sociedades e os Processos Especiais de Recuperação da Empresa e de Falência

18 a 20

23 a 24

19 a 20 (P)

16 a 18

2 a 4

9 a 11 (P)

3 e 4

15 (P)

4 e 5 (P)

4 a 6

4 a 6

Institutode FormaçãoBancária

– – –

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Page 36: Instituto de Formação Bancária - IFB

INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO BANCÁRIA

Av. Barbosa du Bocage, 87 – r/c 1050-030 Lisboa

Tel.: 217 916 210 Fax: 217 955 234

Rua Fernandes Tomás, 352, 4º 4000-209 Porto

Tel.: 225 376 405/225 369 913 Fax: 225 102 205

E-mai: [email protected] www.isgb.pt

Inscriçõesem Junho