inserção capixaba na economia internacional: a dinâmica do comércio exterior e outras...

MotivacaoReferencial Teorico

Fatos EstilizadosResultados Empıricos

Conclusoes e Pesquisa FuturaReferencias Bibliograficas

Insercao Capixaba na Economia InternacionalA dinamica do comercio exterior e outras oportunidades

Matheus Albergaria de Magalhaes

Victor Nunes Toscano

Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN)

30 de Novembro de 2012

Palestrante: Matheus Albergaria de Magalhaes Insercao Capixaba na Economia Internacional




Organizacao

Motivacao

Referencial Teorico

Fatos Estilizados

Resultados Empıricos

Conclusoes e Pesquisa Futura

Referencias Bibliograficas





Motivacao

I Economia do Espırito Santo: baixo volume de pesquisa ate aprimeira decada do seculo XXI.

I Comercio Exterior: aparentemente, exerce forte impacto sobrevariaveis economicas do estado.

I Necessidade 1: identificar principais regularidades empıricasreferentes ao comercio exterior estadual.

I Necessidade 2: entender especificidades da economia estadualvis-a-vis economia nacional.





Motivacao

Vantagem: quanto melhor entendermos a estrutura economicalocal, mais condicoes teremos de...

I Pensar em polıticas publicas para o estado;

I Auxiliar empresas privadas em estrategias de desenvolvimento;

I Enfrentar possıveis adversidades ocorridas no setor externo;

I Entender especificidades inerentes ao Espırito Santo.





Motivacao

Minhas metas:

I Discutir alguns dos avancos ocorridos na area de ComercioInternacional nas ultimas decadas;

I Listar fatos estilizados, tanto em nıvel micro quantomacroeconomico;

I Expor evidencia empırica relacionada ao estado do EspıritoSanto;

I Propor temas de pesquisa futura (enfase em projetos deDissertacao de Mestrado).





Motivacao

Comercio Internacional e Crescimento Economico

Paıses Selecionados, 1960/1990 (Dados Anuais)

Fonte: Jones (2000, Figura 1.4).Palestrante: Matheus Albergaria de Magalhaes Insercao Capixaba na Economia Internacional




Referencial Teorico

David Ricardo (1821) (Chaney 2010a):

I Paıses possuem distintas tecnologias.

I Motivo para Comercio Internacional: Vantagens Comparativas(Custo de Oportunidade).

I Hipotese Basica: em geral, e mais facil trocar bens quetecnologia.





Referencial Teorico

Hecksher-Ohlin (H-O) (1933) (Chaney 2010a):

I Paıses possuem distintas dotacoes de fatores.

I Motivo para Comercio Internacional: diferencas tecnologicas.

I Hipotese Basica: mais facil trocar bens que fatores deproducao.

I Principal Resultado: comercio, por si so, pode equalizarprecos dos fatores.





Referencial Teorico

Paradoxo de Leontief (1953):

I Tentativa de testar empiricamente modelo H-O.

I Paradoxo: paıses com maior relacao capital/trabalho tambemeram aqueles com menor razao capital/trabalho em suasexportacoes.

I Exemplo: na epoca, Estados Unidos exportavam bensintensivos em trabalho e importavam bens intensivos emcapital.

I Implicacao: necessidade de novas explicacoes teoricas para ocomercio internacional.





Referencial Teorico

Desafios Empıricos ate a decada de 1970:

I Paıses com tecnologias parecidas comercializavam entre si.

I Paıses com dotacoes de fatores similares comercializavamentre si.

I Parcela consideravel do comercio internacional era realizadadentro da mesma industria (comercio intra-industrial).

I Exemplo: EUA exportando carros Ford para Japao; Japaoexportando carros Toyota para EUA.





Referencial Teorico

Krugman (1979) (Chaney 2010a):Nova Teoria do Comercio Internacional

I Tentativa de explicar comercio intra-industrial.

I Hipoteses:

1. Paıses com tecnologias, dotacoes e preferencias identicas.

2. Consumidores querem consumir bens diferenciados (love forvariety).

3. Retornos Crescentes de Escala: paıses especializam naproducao de um conjunto de bens.





Referencial Teorico

Krugman (1979) (Nova Teoria do Comercio Internacional):

I Intuicao inovadora: comercio internacional aumenta bem-estaratraves de variedades adicionais de bens.

I Mas, ganhos do comercio sao advindos de bens estrangeirosmais baratos (nao necessariamente de maior numero de bens).





Referencial Teorico

Krugman (1979) (Nova Teoria do Comercio Internacional):

Ainda assim, restavam desafios empıricos:

1. Alto grau de heterogeneidade entre firmas de distintos setores.

2. Em media, poucas firmas exportam.

3. Firmas exportadoras sao, em geral, muito diferentes de firmasnao-exportadoras.

4. Ocorrem padroes de realocacao entre firmas de setoresespecıficos.





Referencial Teorico

Melitz (2003) (Chaney 2010b):”Nova” Nova Teoria do Comercio Internacional

I Tentativa de explicar desafios empıricos remanescentes.

I Hipoteses:

1. Firmas diferem em termos de produtividade.

2. Produtividade vista como aleatoria e nao-observavel parafirmas, antes da realizacao de investimentos irreversıveis deentrada na industria.

3. Firmas se deparam com custos fixos de exportacao.

4. Firmas se deparam com custos variaveis de comerciointernacional (iceberg costs).





Referencial Teorico

Melitz (2003) (”Nova” Nova Teoria do Comercio Internacional):

I Exposicao ao comercio internacional faz com que firmas maisprodutivas optem por exportar.

I Por sua vez, firmas menos produtivas restringirao producao aomercado domestico, apenas.

I Abertura comercial gera realocacao na industria, em favor defirmas mais produtivas.

I Produtividade industrial agregada tende a aumentar, gerandoganho de bem-estar.





Referencial Teorico

Tendencias Recentes (Comercio Internacional):

I Identificacao de fatos estilizados do comercio internacionalcontemporaneo (Eaton, Kortum e Kramarz 2004).

I Relacao entre exportacoes e desenvolvimento economico(Hausmann e Rodrick 2006; Easterly e Reshef 2009).

I Ocorrencia de padroes de concentracao no comercio (Arkolakise Muendler 2010; Di Giovanni, Levchenko e Ranciere 2011).

I Efeitos da crise de 2007-2008 sobre fluxos de comerciointernacional (Levchenko, Lewis e Tesar 2010).





Referencial Teorico

Tendencias Recentes (Macroeconomia Aberta):

I Em termos macroeconomicos, ha tentativas de construcao demodelos onde setor externo desempenha papel relevante.

I Destaque: Modelos International Real Business Cycles (IRBC)(Mendoza 1991; Backus, Kehoe e Kydland 1992, 1994).

I Resultados:

1. Descricao de Fatos Estilizados em nıvel macroeconomico.

2. Construcao e simulacao de modelos de equilıbrio geralcomputavel.

3. Incorporacao de ingredientes do setor externo.

4. Ajuste dos modelos aos fatos observados.





Fatos Estilizados

Comercio Internacional:

I Em media, poucas firmas exportam.

I Dentre as que exportam, ha alto grau de heterogeneidade.

I Principais diferencas: produtividade e participacao.

I Firmas exportadoras sao, em media, mais produtivas quefirmas nao-exportadoras.

I Variacoes nas exportacoes refletem mais diferencas no numerode firmas (margem extensiva) que nos valores exportados porcada firma (margem intensiva).

I Variacoes em parcelas de mercado das firmas refletem maisdiferencas no numero de firmas (margem extensiva).





Fatos Estilizados

Macroeconomia Aberta:

I Apesar de diferencas entre paıses e perıodos amostrais,ocorrem padroes semelhantes em termos de volatilidade econformidade de ciclos de negocios (Lucas 1977; Backus eKehoe 1992).

I Consumo apresenta menor volatilidade que produto (metade);investimento apresenta maior volatilidade (tres vezes mais).

I Maior sincronia entre paıses para flutuacoes do produto queflutuacoes do consumo.

I Exportacoes e Importacoes: maior volatilidade que produto.

I Saldo da Balanca Comercial: padrao contracıclico (Curva-S).






Grau de Abertura

Espırito Santo e Brasil, 2004:01/2011:03 (Dados Trimestrais)

Fonte: Magalhaes e Toscano (2012a, Grafico 1).Palestrante: Matheus Albergaria de Magalhaes Insercao Capixaba na Economia Internacional





Parceiros Comerciais

Espırito Santo, 2002/2012 (Dados Anuais)

Posicao 2008 2009 2010 2011 2012

1 EUA China EUA EUA EUA

2 Coreia EUA China China Holanda

3 Argentina Holanda Holanda Holanda China

4 China Arabia Arabia Coreia Japao

5 Arabia Egito Coreia Argentina Italia

Fonte: Calculos dos autores.






Precos de Commodities e Grau de Abertura

Estados Brasileiros Selecionados

Fonte: Magalhaes (2011, Grafico 11).Palestrante: Matheus Albergaria de Magalhaes Insercao Capixaba na Economia Internacional





Cinco Principais Produtos da Pauta de Exportacao


Mercadoria NCM Valores (USD Bilhoes) Participacao

Minerio de Ferro 32,27 41

Ferro e Aco 11,86 15

Celulose 10,20 13

Cafe 4,39 6

Granito 3,61 5

Subtotal 62,33 80

Fonte: Magalhaes e Toscano (2012c, Tabela 1).






Cinco Principais Produtos da Pauta de Importacao


Mercadoria NCM Valores (USD Bilhoes) Participacao

Hulhas 6,90 10

Automoveis 5,52 8

Catodos de Cobre 3,15 5

Veıculos de Carga 1,42 2

Malte 0,85 1

Subtotal 17,84 26







Indice Herfindahl-Hirschman

Espırito Santo e Brasil, 1997/2011 (Dados Anuais)

Indicador Espırito Santo (1) Brasil (2) (1)/(2)

Exportacoes 2.184,8 152,2 14,4

Importacoes 127,6 83,5 1,5







Indicadores de Concentracao

Exportacoes e Importacoes


Indicador Exportacoes (1) Importacoes (2) (1)/(2)

R1/10 30 6 5,0

R1/100 7.951 46 172,85

Numero de Bens 2.122 7.950 0,27

Fonte: Calculos dos autores.






Histograma Exportacoes


Fonte: Magalhaes e Toscano (2012d, Grafico 1).Palestrante: Matheus Albergaria de Magalhaes Insercao Capixaba na Economia Internacional





Histograma Importacoes







Curvas de Especializacao de Exportacoes e Importacoes







Exportacoes e Importacoes

Classificacao por Categoria de Uso







Conteudo Tecnologico das Exportacoes







Conteudo Tecnologico das Importacoes







Exportacoes, Importacoes e Nıvel de Atividade


Fonte: Magalhaes e Toscano (2012b, Graficos 1 e 2).






Saldo Comercial e Nıvel de Atividade


Fonte: Magalhaes e Toscano (2012b, Graficos 3 e 4).






Saldo Comercial e Termos de Troca


Fonte: Magalhaes e Toscano (2012b, Grafico 5).






Volatilidade Relativa (Espırito Santo/Brasil)2002:01/2011:02 (Dados Trimestrais)

Variavel Brasil (1) Espırito Santo (2)/(1)

Prod.Industrial 3,60 7,90 2,19

Exportacoes 10,10 17,60 1,74

Importacoes 12,50 17,40 1,39

Corrente Comercio 10,60 16,00 1,51Saldo Comercial 21,19 23,26 1,09

Media 11,60 16,43 1,59

Mediana 10,60 17,40 1,51

Fonte: Magalhaes e Toscano (2012b, Tabela 4).






Indice Grubel-Lloyd (Comercio Intra-Industrial)


Fonte: Calculos dos autores.Palestrante: Matheus Albergaria de Magalhaes Insercao Capixaba na Economia Internacional





Indice Grubel-Lloyd








Taxa de Cobertura








I Comercio internacional desempenha, de fato, importantepapel sobre a economia do Espırito Santo.

I Grau de Abertura da economia estadual: 50 por cento,aproximadamente.

I Pautas de Exportacao e Importacao: ambas concentradas,mas com distintas composicoes.

I Movimentos em precos de commodities exercem maiorimpacto relativo sobre o nıvel de atividade estadual.






I Exportacoes, Importacoes e Balanca Comercial: duas a tresvezes mais volateis que nıvel de atividade industrial.

I Nao ha evidencias favoraveis a existencia da “Curva-S”.

I Baixo volume de comercio intra-industrial no estado.

I Resultado: Abertura, Concentracao e Volatilidade.

I Consequencia: Espırito Santo tende a ser, em media, maissuscetıvel a acontecimentos ocorridos no cenario internacional.






Oportunidades Academicas (Front Teorico):

I Construcao e calibracao de modelos de equilıbrio geraldinamico, com enfase no caso de uma pequena economiaaberta.

I Elaboracao de modelos teoricos capazes de replicar principaisfatos estilizados do comercio internacional, com enfase emprodutividade, custos de entrada e realocacao intrasetorial.

I Utilizacao de matriz insumo-produto para simular possıveisimpactos oriundos de acontecimentos no setor externo sobreeconomia do Espırito Santo.






Oportunidades Academicas (Front Empırico):

I Descricao de novas regularidades e/ou anomalias relacionadasao comercio exterior estadual.

I Estimacao de elasticidades de exportacoes e importacoes afatores como precos e renda (series temporais ou dados empainel).

I Elaboracao de estudos empıricos relacionados a microdadosestaduais, voltados para testar diferencas, em termos deprodutividade, entre firmas exportadoras e nao-exportadoras.

I Realizacao de detalhado estudo relacionado a influencia doFundo de Desenvolvimento das Atividades Portuarias(FUNDAP) sobre o comercio exterior estadual.






Oportunidades Aplicadas:

I Discussao de melhorias relacionadas as questoes deinfraestrutura e logıstica no estado.

I Esboco de diretrizes voltadas para o setor industrial estadual,com enfase no setor externo.

I Possibilidade: manter exportacoes concentradas emcommodities, mas reduzir sua participacao em favor deservicos com alto valor agregado.

I Necessidade: maiores investimentos em capital humano epesquisa e desenvolvimento. Destaque para interacaouniversidade-empresa (Longo Prazo).






ARKOLAKIS, C.; MUENDLER, M.A. The extensive margin of exporting

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Matheus Albergaria de Magalhaes

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