inquisição
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Inquisição
Resumo da história
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A Inquisição foi criada pelo Papa Gregório IX em 20 de abril de 1233, e tinha o caráter de instituição judicial cujos objetivos eram localizar, processar e sentenciar pessoas culpadas de heresia. O Tribunal do Santo Ofício da Inquisição mandou para a fogueira milhares de pessoas que eram consideradas hereges ( contrárias ao que é definido pela Igreja Católica) por praticarem atos considerados bruxaria, heresia ou simplesmente por serem praticantes de outra religião, e não do catolicismo.
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Nos processos conduzidos pelos inquisidores, qualquer denúncia era considerada prova de culpabilidade, cabendo ao acusado provar que era inocente - ele também ficava incomunicável, preso por correntes, e tinha permissão para falar apenas com os agentes da Inquisição. Cabia ao próprio suspeito arcar com os custos de sua prisão.
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A partir de 1252, no pontificado de Inocêncio IV, a tortura foi formalmente autorizada nos julgamentos do Tribunal da Inquisição, tornando-se assim um meio válido para a obtenção de confissões de suspeitos. Cabia ao poder secular, à época dominado pela influência da Igreja, fornecer soldados e carrascos para que as sentenças fossem rigorosamente aplicadas
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Quando não havia certeza sobre a culpabilidade do acusado, mas sendo provável que o mesmo realizara o crime que lhe era imputado, o Tribunal, por maioria dos seus membros, podia recomendar a tortura como meio de ser obtida a confissão. A tortura às vezes era adiada apenas para que o medo tomasse conta do acusado e ele se decidisse a confessar sua falta - não importando muito o fato de ser ou não inocente. Na verdade, a confissão podia apenas tornar a pena do acusado mais leve, não o livrando em absoluto de ser condenado à morte apesar de confesso - contudo, nesse caso, ele era beneficiado com a absolvição, salvando-se assim do inferno.
Além de meio válido para o Tribunal Inquisidor obter a confissão de culpa de um suspeito, a tortura era também usada como meio dele indicar nomes de companheiros de heresia - independentemente de ter ou não companheiros, de ser ou não herege.
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Não havia, efetivamente, qualquer limite de idade ou sexo para uma pessoa ser torturada pelos inquisidores. As penas aplicadas podiam ser brandas, tais como uma simples censura, progredindo com a gravidade do caso - prisão temporária ou perpétua, trabalhos forçados nas galeras, e excomunhão, após o que o acusado era entregue às autoridades seculares encarregadas de providenciar sua execução na fogueira.
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Uma lista de livros proibidos foi publicada, o ”Index Librorum Prohibitorum” através da qual diversos livros foram queimados ou proibidos pela Igreja. Inclusive a Bíblia era proibida aos leigos e qualquer um que a lesse podia ser condenado por heresia.
O Tribunal era bastante rigoroso quanto à condenação. O réu não tinha direito à saber o porquê e nem por quem havia sido condenado, não tinha direito a defesa e bastavam apenas duas testemunhas como prova.
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Escritores, cientistas, inventores, todos aqueles que tivessem a capacidade de pensar eram considerados potencialmente inimigos da Igreja. Galileu Galilei foi um exemplo bastante famoso da insanidade cristã na Idade Média: ele foi perseguido por afirmar através de suas teorias que a terra girava em torno do sol e não o contrário. Mas, para ele o episódio não teve mais implicações. Já outros como Giordano Bruno, o pai da filosofia moderna, foram mortos pelo Tribunal do Santo Ofício.
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Os cristão-novos - judeus convertidos ao cristianismo - eram sempre visados.
A primeira visitação do Santo Ofício que se tem notícia no Brasil foi feita em 1591, estendendo-se por dois anos. Até 1624 foram processados 245 cristão-novos, todos sob a acusação de ainda praticarem o judaísmo. Entre 1649 e 1748, cerca de dezoito brasileiros foram condenados à morte pela Inquisição em Lisboa.
Na Espanha, a Inquisição acabou em 1843, e em Portugal um pouco antes disso - final do século XVIII.
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Fim