iniciativas - clube galp energia vi miséria, uma tristeza profun-da, pessoas, seres humanos, a...

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1 Campanha Livro usado, Livro doado 2 Final Nacional do Campeonato Interno de Futsal 3 @ d| que pensar 4 Estrelas Cup 2015 7 Cruzeiros no Rio Sado 8 A Magia da Xana Toc Toc ... 10 Singapura, Austr|lia & NZ 26 Pesca de Mar Embarcada No desenvolvimento da sua campanha de recolha e reutilizaç~o de manu- ais escolares 2015, o Clube Galp Energia – Núcleo Centro recepcionou uma quantidade significativa de manuais escolares que, pelo seu desen- quadramento em termos de programas escolares, j| n~o tinham associa- do interesse em termos da sua reutilizaç~o em território nacional. Nesse contexto, depois de alguns contatos, foi possível identificar que ainda existem pessoas carenciadas dos mesmos e que os referidos manu- ais ainda teriam utilidade na educaç~o de crianças e jovens, nomeada- mente em alguns PALOPs. Foi identificada a AFAIJE - Associaç~o dos Filhos e Amigos da Ilha de Jeta - na Guiné-Bissau, que permitiu a ligaç~o com a populaç~o da supracitada ilha e, neste enquadramento, foram entregues mais de quinhentos manu- ais escolares, que v~o permitir estarmos associados { educaç~o das crian- ças e jovens da ilha de Jeta, potenciando o seu desenvolvimento sócio- cultural e educacional. Destaques Campanha Livro usado, Livro doado 30 jan - Caminhada pelas Salinas do Samouco 30 jan - Teatro: Três é Demais 06 fev - Uma História do Outro Mundo 07 fev - Atletismo em Cascais 27 fev - Pippi das Meias Altas: o Musical 11 mar - Ópera: Iphigénie em Tauride 12 a 22 mar - Viagem ao Sri Lanka (1º grupo) 13 a 23 mar - Viagem ao Sri Lanka (2º grupo) 09 abr - H| Fado no Cais: Camané Próximas Iniciativas

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1 Campanha Livro usado, Livro doado

2 Final Nacional do Campeonato Interno de Futsal

3 @ d| que pensar

4 Estrelas Cup 2015

7 Cruzeiros no Rio Sado

8 A Magia da Xana Toc Toc ...

10 Singapura, Austr|lia & NZ

26 Pesca de Mar Embarcada

No desenvolvimento da sua campanha de recolha e reutilizaç~o de manu-

ais escolares 2015, o Clube Galp Energia – Núcleo Centro recepcionou

uma quantidade significativa de manuais escolares que, pelo seu desen-

quadramento em termos de programas escolares, j| n~o tinham associa-

do interesse em termos da sua reutilizaç~o em território nacional.

Nesse contexto, depois de alguns contatos, foi possível identificar que

ainda existem pessoas carenciadas dos mesmos e que os referidos manu-

ais ainda teriam utilidade na educaç~o de crianças e jovens, nomeada-

mente em alguns PALOPs.

Foi identificada a AFAIJE - Associaç~o dos Filhos e Amigos da Ilha de Jeta -

na Guiné-Bissau, que permitiu a ligaç~o com a populaç~o da supracitada

ilha e, neste enquadramento, foram entregues mais de quinhentos manu-

ais escolares, que v~o permitir estarmos associados { educaç~o das crian-

ças e jovens da ilha de Jeta, potenciando o seu desenvolvimento sócio-

cultural e educacional.

Destaques Campanha Livro usado, Livro doado

30 jan - Caminhada pelas Salinas do Samouco

30 jan - Teatro: Três é Demais

06 fev - Uma História do Outro Mundo

07 fev - Atletismo em Cascais

27 fev - Pippi das Meias Altas: o Musical

11 mar - Ópera: Iphigénie em Tauride

12 a 22 mar - Viagem ao Sri Lanka (1º grupo)

13 a 23 mar - Viagem ao Sri Lanka (2º grupo) 09 abr - H| Fado no Cais: Camané

Próximas Iniciativas

www.clubegalpenergia.com 2 # 221 setembro 2015

Decorreu, no fim de semana de 12 e 13 de setembro de 2015,

em Leça da Palmeira, a Final Nacional do Campeonato de

Futsal do Clube Galp Energia.

No primeiro dia disputaram-se as meias-finais, nas quais as

equipas dos Núcleos Sul e Centro mediram forças com as

duas equipas do Núcleo Norte. Nestas duas primeiras parti-

das, muito competitivas e com incerteza no resultado até ao

fim, as formações do Centro e do Sul levaram a melhor so-

bre as equipas da casa, marcando encontro na final que se

disputou no dia seguinte.

No segundo dia, na primeira partida, as equipas do Norte

defrontaram-se no jogo de atribuiç~o dos 3.º e 4.º lugar. As-

sistiu-se a um jogo disputado a um ritmo baixo, com os joga-

dores de ambas as equipas bastante cansados devido aos

jogos da véspera. Verificou-se um resultado desnivelado a

favor de uma das equipas, mas ambas est~o de parabéns

pelo seu desempenho.

Na segunda partida, a Final opôs a equipa do Centro { equi-

pa do Sul. Um excelente jogo, no qual as equipas entraram

em campo com alguma cautela e arriscando pouco no ata-

que. Ainda assim, a equipa do Centro dispôs de algumas

oportunidades de golo na fase inicial do encontro, que n~o

conseguiu concretizar.

Quem n~o marca, normalmente sofre, e a equipa do Sul

aproveitou dois erros defensivos da equipa do Centro para

se colocar em vantagem no marcador.

Muito experiente e matreira, a partir daí, a equipa do Sul

procurou controlar o jogo, defendendo com as linhas recu-

adas e atacando apenas pela certa. Apesar das inúmeras

tentativas de aproximaç~o { baliza advers|ria, a equipa do

Centro apenas conseguiu marcar o golo de honra na reta

final da partida. Em suma, assistiu-se a um torneio muito

bem disputado, que terminou com um justo vencedor – a

equipa do Núcleo Sul.

Finalizado ao nível desportivo, este evento prosseguiu com

a entrega dos prémios e o almoço de encerramento. Foi

um fim de semana que, para além de permitir a pr|tica des-

portiva de Futsal aos Associados do Clube Galp Energia,

proporcionou também momentos de convívio e confrater-

nizaç~o desportiva e social.

Barreto

Final Nacional do Campeonato Interno de Futsal

www.clubegalpenergia.com 3 # 221 setembro 2015

Ol| a todos esta semana, a minha cró-

nica é esta. Leiam-na, por favor:

A realidade que o nosso País esta

atravessar realmente é muito triste.

Sexta-feira, noite de Lua Cheia, um

luar lindo com 22 graus. Tirei o azimu-

te com destino a Lisboa.

Tanta gente a divertir-se e eu no

Apoio aos Sem Abrigo.

Fizemos os sacos (pacote de leite,

garrafa de |gua, dois pacotes de bola-

chas, uma peça de fruta - banana),

tratamos da sopa quente, arrumamos

a carrinha e partimos.

Quando cheguei ao Saldanha real-

mente vi Miséria, uma tristeza profun-

da, pessoas, Seres Humanos, a viver

na RUA. Mal paramos vieram todos

ao nosso encontro sem atropelos,

todos com o mesmo Lema…: A FO-

ME.

Vi coisas que j| sabia que havia na Ci-

dade de Lisboa. Um Saldanha cheio

de Homens e Mulheres, Crianças ao

colo a passarem FOME, FRIO, SEM O

CONFORTO DE UM LAR.

Partimos em direç~o ao Jardim Cons-

tantino, mais uns quantos a dormir

em cima dos Bancos do Jardim….

Dois dedos de conversa e rumamos

até { Praça de Chile (Mercado de Ar-

roios), { Avenida Almirante Reis

(debaixo das arcadas) e { Igreja de

S~o Jorge de Arroios.

Passei pela Cervejaria Ramiro cerca

das 23 horas. Sempre cheia, até fazi-

am fila { porta e ao lado novamente

pessoas deitadas na rua sem uma

manta para se tapar.

Martim Moniz, Praça da Figueira, Ros-

sio, Restauradores, locais aonde fo-

mos passando e distribuindo os ali-

mentos.

Nos Restauradores todos os locais de

divers~o noturna, restaurantes, ruas,

estavam cheios. Toda a gente a passe-

ar, a divertir-se, enquanto ao lado era

a tristeza que dominava…

Chegamos { Estaç~o de Santa Apoló-

nia. N~o estava quase ninguém. Parti-

mos em direç~o ao viaduto da CP e aí

estavam mais uns quantos deitados

no ch~o.

J| n~o havia muita sopa, mas tinha

que existir alguma reserva para a zo-

na da Expo. O Pavilh~o de Portugal,

nova paragem nos seus jardins adja-

centes.

Neles encontrei v|rias pessoas.

Finalmente chegamos { Expo. Desce-

mos { Gare do Oriente e vi novamen-

te miséria. Rapazes e raparigas novas

com vinte e poucos anos, aí as l|gri-

mas quase a cair … tinha que ser mais

forte do que a minha vista via e assim

o fiz.

Os sacos acabaram, a sopa chegou ao

fim e fiquei com a minha mente grati-

ficada por ter ajudado o próximo.

N~o fiz contra livre vontade, fiz com

muito carinho e amor. J| sabia o que

era miséria, pessoas que vivem sem

teto, sem um cobertor para se tapar,

a dormir em cima de pedras, no ch~o,

na relva… a partilhar espaços com

ratos, realmente é o País em que vivo.

Notei toda a gente bem-educada, sem

atropelos, alguns deles com uma for-

maç~o académica brutal a perguntar

quem éramos nós.

Agradeço aos meus colegas do traba-

lho todo o carinho e conforto que

tiveram com o próximo…

No próximo mês volto a fazer o mes-

mo, com um coraç~o aberto {s pesso-

as que necessitam de algo.

N~o tirei nenhuma fotografia, a m|-

quina ficou em casa.

@ d| que pensar Aç~o de Solidariedade do Clube Galp Energia

Apoio aos Sem-Abrigo

www.clubegalpenergia.com 4 # 221 setembro 2015

A Direç~o do Clube Galp Energia -

Núcleo Centro aceitou o convite que

lhe foi feito para que a sua equipa de

futebol 11/veteranos participasse num

torneio solid|rio.

A resposta só podia ser positiva, pois

a inscriç~o era efetuada em bens ali-

mentares, que seriam posteriormente

entregues a famílias carenciadas.

Foi no domingo, dia 20 de setembro,

que se realizou a Estrelas Cup 2015 -

Masters, um torneio quadrangular

que se jogou nas Instalações do

CCDOS - Clube Cultural Desportivo

Olivais Sul em Lisboa.

A tarde estava bastante soalheira e o

espírito foi sempre de grande despor-

tivismo entre as quatro equipas parti-

cipantes: Estrelas de Lisboa, CF

F~o, Sport Lisboa e Olivais e o Clube

Galp Energia.

O mais importante deste tor-

neio n~o foi a classificaç~o,

nem os golos marcados ou

sofridos, mas sim os kilos de

bens alimentares angariados.

O Clube Galp Energia - Nú-

cleo Centro agradece o con-

vite feito e espera de futuro

poder participar em mais

provas desta natureza.

Como devem calcular, n~o tinha cora-

gem e o telemóvel serve somente pa-

ra atender chamadas dos amigos….

Ao escrever este pequeno texto as

l|grimas voltaram a tentar cair pela

cara abaixo, mas tenho que ser forte

….

É preciso ser-se natural e calmo

Na felicidade ou na infelicidade,

Sentir como quem olha,

Pensar como quem anda...

Mas….

O meu olhar limpo sobre o céu

Se assim n~o fosse, n~o nasciam flo-

res novas nos prados

Saber e dar é aceitar (penso eu)

E aceito o frio, no alto do Inverno mui-

to calmo, sem me queixar, como me-

ramente se aceita…

E ser real quer dizer n~o estar dentro

de mim.

Aceito por personalidade... E nasci

sujeito, tal como todos nós, a erros a

defeitos, certezas e razões...

Passei por uma noite e é bom saber

que o fiz da melhor maneira … E, olho

para dentro de mim e vejo um pôr-do-

sol, uma aurora e um sorriso brilhante

por sinal...

(Quem me conhece diz que sou boni-

to por dentro e "giro" por fora... eu

para ser sincero n~o penso nisso...).

Obrigada

António Pardal

Estrelas Cup 2015

@ d| que pensar (conclusão)

www.clubegalpenergia.com 5 # 221 setembro 2015

Desta vez foi a mim que me coube contar um pouco do que

foi o nosso divertido passeio ao Museu da Farm|cia e depois

o passeio por terra e pelo rio no divertido Hippotrip.

Foi no dia 5 de setembro, e foi muito agrad|vel. Convidei

duas amigas e l| fomos para Sete Rios encontrarmo-nos

com o resto do grupo, do qual embora tenham sido colegas

eram-me completamente desconhecidos, mas nem por isso

foi pior, antes pelo contr|rio, d| sempre tempo para se co-

nhecer mais pessoas e conviver o que é muito agrad|vel.

Começ|mos pelo Museu da Farm|cia que eu desconhecia,

mas foi uma agrad|vel surpresa. Situado numa zona muito

pitoresca de Lisboa, perto do Chiado, na Zona de Santa Ca-

tarina, mesmo em frente ao miradouro do Adamastor.

O Museu d|-nos uma perspectiva da Farm|cia desde o sécu-

lo XV até aos nossos dias. O Museu constitui uma represen-

tativa história da Farm|cia n~o só nacional, mas também

mundial: desde o antigo Egito, Mesopot}mia, Babilónia, co-

mo também da Grécia antiga.

Depois partimos novamente em direç~o ao local onde almo-

ç|mos, junto {s Docas, mais propriamente no restaurante

Doca de Santo, um almoço muito agrad|vel e participado,

com toda a gente bem-disposta.

Seguiu-se o t~o esperado passeio no autocarro anfíbio, que

partiu perto do restaurante onde almoçamos. Esse autocar-

ro leva-nos a uma visita por terra por locais bem emblem|ti-

cos da nossa cidade e depois mergulha no rio onde nos pro-

porciona uma vista deslumbrante de Lisboa vista do Tejo.

Assim termin|mos de regresso a Sete Rios, depois de um dia

muito bem passado.

Quero deixar também um grande abraço de agradecimento

n~o só ao Clube Galp Energia – Núcleo Centro que proporci-

ona estas pequenas grandes viagens, mas também aos re-

presentantes do Clube que nos acompanharam, como sem-

pre com muita atenç~o e simpatia.

Lucília Leit~o

Sobre esta experiência, só posso recomendar a todas as

crianças, porque apesar de ter algum receio no início,

porque nunca tinha passado uma noite fora de casa,

adorei dormir em frente a um aqu|rio gigante com

tubarões enormes e aprender tanto sobre as suas

espécies.

O tubar~o que mais me fascinou, foi o tubar~o touro,

porque era o maior que existia no aqu|rio.

Após a nossa entrada no ocean|rio, começamos por nos

apresentar para nos conhecermos melhor, depois dividimo

-nos por equipas e fizemos jogos para saber qual a equipa

que tinha mais conhecimentos sobre tubarões.

Antes de dormir fizemos uma ceia e estivemos a observar

os tubarões.

Depois de acordar sobre o olhar dos tubarões, estivemos a

tomar o pequeno-almoço e logo a seguir as monitoras

partilharam connosco experiências que j| passaram e

ainda conhecemos as instalações, por exemplo, o local

onde davam de comer aos tubarões.

Gostei tanto da experiência, que gostava de voltar a

repetir.

Rui Miguel Rodrigues Mineiro

Museu da Farm|cia & Hippotrip

Dormindo com os Tubarões

www.clubegalpenergia.com 6 # 221 setembro 2015

Decorreu, no passado dia 20 de se-

tembro de 2015, no Museu Nacional

de História Natural e da Ciência, uma

aventura muito interessante denomi-

nada 20.000 Léguas Submarinas.

Esta aventura consistiu numa expedi-

ç~o efetuada pelo professor Aronnax

que, com a ajuda do arpeiro Ned

Land, pretendia desvendar qual o ani-

mal misterioso que navegava no fun-

do do mar e que estava a afundar os

navios de guerra.

A bordo do submarino Nautilus, co-

mandado pelo Capit~o Nemo, foram

vividas numerosas e perigosas aven-

turas.

Uma manh~ muito interessante para

miúdos e graúdos, vivida num ambien-

te muito descontraído e aprazível.

Promissora manh~ de s|bado para

mais um encontro de veteranas espe-

cialistas em mais uma demanda de

Bowling Feminino.

Desta vez o renhido encontro foi na

pista de Cascais, pelo que após a épo-

ca de férias de Ver~o era de esperar,

após o merecido descanso, o alto de-

sempenho deste grupo de desportis-

tas de alto gabarito!

E assim foi, um jogo muito disputado,

energético, as expetativas estavam ao

mais alto nível, as pontuações fala-

vam mais alto pois est|vamos na pe-

núltima etapa!

As bolas deslizavam como se n~o hou-

vesse mais amanh~, as participantes

aferiam a sua técnica e perícia indivi-

dual, as bolas pareciam desorientadas

e de alguma forma estiveram { altura

desta exigência!

Estivemos todas muito bem e todas

ganhamos mais uma manh~ de ótimo

convívio e camaradagem onde ganha

sempre esta iniciativa, que promove

n~o só o exercício mas também a ami-

zade !

Texto da F|tima Correia

20.000 Léguas Submarinas

Campeonato Interno de Bowling Feminino

www.clubegalpenergia.com 7 # 221 setembro 2015

O Clube Galp Energia - Núcleo Centro promoveu, nos passa-

dos dias 13 e 26 de setembro, um Mini Cruzeiro a bordo da

embarcaç~o Costa Azul, por forma a possibilitar aos seus As-

sociados e familiares uma visita diferente { bonita zona da

Baía de Setúbal e da Costa do Parque Natural da Arr|bida.

Houve necessidade de recorrer a duas datas, pois face a

uma forte ades~o que se registou para o dia 13, efetuou-se

ent~o uma segunda data - o dia 26 de Setembro. Esta é uma

particularidade que regularmente acontece na organizaç~o

deste passeio de }mbito cultural e recreativo.

Este passeio é sempre destinado a todos os

amantes do Sol, da Praia e da Natureza. O

mini cruzeiro iniciou-se {s 10 horas em Setú-

bal e logo seguimos pelo estu|rio do rio Sa-

do, onde fizemos uma primeira paragem,

junto da Pedra da Anicha, onde os partici-

pantes que assim o pretenderam foram dar

um mergulho até uma das praias aí existen-

tes, sempre desertas devido ao seu difícil

acesso por terra.

Após umas banhocas retemperadoras e que

ajudaram a aliviar o calor que se fazia sentir,

dirigimo-nos para o interior, entr|mos Rio

Sado dentro, onde tivemos a oportunidade

de observar golfinhos / roazes, tendo-nos

permitido a aproximaç~o para tirar umas

fotos bem engraçadas.

Cruzeiros no Rio Sado - 13 e 26 de setembro Como j| era hora de almoço e o apetite havia sido desperta-

do pela brisa marítima, a tripulaç~o iniciou ent~o uma mega

churrascada, composta de sardinhas, carapaus e bifanas.

O almoço foi a bordo, mas junto a uma praia deserta situada

fora de Setúbal e na margem sul do Rio Sado, o que permitiu

que enquanto se faziam os preparativos para a refeiç~o, al-

guns banhistas pudessem ainda dar mais uns mergulhos e

mostrar os seus dotes de nataç~o.

Após o almoço, inici|mos o regresso.

Tempo para observar, admirar e tirar mais algumas fotos aos

golfinhos, assim como ultimar ainda umas conversas com

outros participantes, pois é de realçar o excelente convívio

que estes dois passeios proporcionaram.

www.clubegalpenergia.com 8 # 221 setembro 2015

No passado dia 27 de Setembro de 2015, pelas 17 horas, no Campo Pe-

queno em Lisboa, a Magia começou…

O Campo Pequeno estava cheio de pequenos e graúdos que aguardavam

com muita alegria e expectativa o início do espet|culo.

Com a entrada da Xana Toc Toc, o Campo Pequeno vibrou… de olhinhos brilhantes, sorrisos ras-

gados, vozes afinadas e m~ozinhas preparadas, os mais pequenos iniciaram a viagem no mundo

colorido e m|gico da Xana Toc Toc… Uns começaram de imediato a cantar, a dançar e pular, ou-

tros, “vidrados” no espet|culo da Xana Toc Toc, nem “pestanejavam”, com toda a atenç~o na

magia envolvente …

No Campo Pequeno em “unisom” ouviram-se as melodiosas canções da Xana Toc Toc com o

“pequeno público” e assistiu-se, com toda a atenç~o e risos, { história repleta de cor, persona-

gens e magia.

O Trolipop, os amiguinhos Toc Toc, entre outros, também fizeram parte desta magnífica

festa.

Um espet|culo de cor, luzes, muita música, alegria e magia que nos prendeu a todos ao

palco a cada segundo…

A alegria e euforia era geral e até os mais velhos com muita atenç~o assistiram…

“A Magia Existiu!”

Por c| h| muito que aguard|vamos um espet|culo da Xana Toc Toc. Sem dúvida que o próximo espet|culo ser| aguarda-

do com muita ansiedade e expectativa, em especial pela nossa pequena f~ de 3 anos.

Para terminar…. ...“A Magia Existe!”

“Mil beijinhos da mini F~ Toc Toc e família”…

“Joaninha, mam~ Mafalda e família”

Mafalda Baptista Neves

A Magia da Xana Toc Toc ...

www.clubegalpenergia.com 9 # 221 setembro 2015

Inserida pela primeira vez na

calendarizaç~o anual de atividades

desportivas do Clube Galp Energia –

Núcleo Centro, realizou-se, no

passado dia 13 de setembro de 2015, a

Corrida do Tejo, prova de atletismo

onde se percorreram uma dist}ncia

total de 10 km.

Esta prova percorreu a marginal do

Rio Tejo entre Algés e a Praia da Torre

em Oeiras, passando por Pedrouços,

Cruz Quebrada e Santo Amaro de

Oeiras, possibilitando a todos os

participantes n~o só praticar desporto

como também poder desfrutar da

belíssima paisagem envolvente.

E como a pr|tica desportiva é

bastante saud|vel e de extrema

import}ncia no nosso dia-a-dia, a

mesma ser| constantemente

promovida pelo Clube Galp Energia

na sua programaç~o para o ano que

se avizinha de 2016.

Saudações Desportivas

J| saímos tarde, pois tivemos a en-

cher os sacos com p~o, |gua, leite,

fruta e bolachas.

Primeira paragem: Saldanha, estavam

mulheres e homens { espera que al-

guém aparece-se com algo com que

pudessem enganar o estômago.

A sopa estava muito boa. Era sopa da

pedra e estava t~o saborosa que pedi-

ram-nos para repetir vezes sem conta,

e demos dois dedos de conversa, o

que também aquece a alma……e l|

nos pediam mais uma sopa.

Acredito que s~o muito importantes

para estas pessoas n~o só os alimen-

tos, mas também a atenç~o que lhes

damos, têm sempre boas histórias

para contar.

Algumas pessoas pediam-nos roupa.

N~o tínhamos, e agora que vem o in-

verno vai fazer muita falta. Fica a

ideia.

Quando chegamos { Estaç~o de Ori-

ente, última paragem, j| estava tudo a

dormir, nas pedras frias e duras.

Uns com sacos cama, outros com co-

bertores e outros sem nada, o que

n~o é bonito de se ver.

Para mim estas saídas j| n~o s~o novi-

dade, no entanto, s~o realidades dife-

rentes porque na associaç~o onde eu

sou volunt|ria, as pessoas s~o sempre

as mesmas, j| n~o s~o anónimas, sa-

bemos as suas necessidades e a maior

parte n~o vive na rua.

A rua foi o que me marcou, porque

por uma raz~o ou por outra, estes

seres humanos vivem na rua, sem te-

to, sem nada.

Acabamos a noite de coraç~o quente,

com a sensaç~o de miss~o cumprida.

Sónia Lourenço

Corrida do Tejo 2015

SoliDARiedade - Aç~o de Rua I

www.clubegalpenergia.com 10 # 221 setembro 2015

Eu costumo dizer que todas as viagens começam no momento em que saio de casa. A partir daí todos os meus sentidos,

toda a minha vida se compraz, no que { viagem diz respeito, ao locais que vou visitar, aos companheiros que vou ter, os

meios de transporte que vou usar, enfim todos os pormenores merecem a minha atenç~o e é assim que eu pretendo rela-

tar esta viagem, dando neste caso, especial atenç~o aos meus companheiros de viagem que foram excepcionais e que

transformaram esta longa viagem numa curta e belíssima viagem, que certamente nos ir| deixar muitas saudades.

Neste relato vou usar a informalidade que foi usada ao longo da viagem. Se alguém n~o gostar, paciência. Para a próxima

avisem o Clube: “nós viajamos com o Clube, mas vocês n~o deixam aquele gajo escrever uma linha sequer”.

Deste modo, agora têm que levar comigo, exatamente como o taxista que me levou ao aeroporto e a quem eu contei a

primeira anedota da manh~ e { qual ele n~o achou piada nenhuma.

A coisa n~o estava a começar bem, mas o encontro no aeroporto de todo o grupo de imediato me fez esquecer aquela

infeliz intervenç~o madrugadora e de novo a emoç~o da viagem, os primeiros contactos, o embarque e o primeiro voo

com destino ao Dubai. Seguiu-se de imediato outro com destino a Singapura, este último com algumas perturbações, origi-

nado o entornar de algumas bebidas, calhando ao meu amigo Francisco o derrame de vinho tinto na parte mais sensível

das calças. De imediato consolei o meu amigo dizendo-lhe que poderia ser pior, pois quando é quente origina sempre um

gritinho de afliç~o que pode pôr em causa a masculinidade de qualquer homem. O acidente foi sanado com uma r|pida

troca de calças, até porque uma nódoa t~o pouco discreta ainda por cima numas calcinhas brancas provocaria um redo-

brar de atenções, para além de n~o se saber se em Singapura aquelas nódoas n~o seriam proibidas.

Ali|s, n~o sei se pelo número de proibições que constam dos regulamentos da cidade, se devido a uma política de limpeza,

o facto é que Singapura começa logo por nos impressionar pela sua limpeza, mesmo nas mais recônditas zonas. Singapura

é uma cidade cheia de proibições, como cuspir ou mandar beatas para o ch~o, deixar lixo ou mastigar pastilha. No meio de

tanta proibiç~o tenho a certeza que o que mais custaria ao portuguesito seria estar proibido de cuspir no ch~o. J| imagina-

ram o que era o tuga ir no seu carrito e n~o poder praticar o lançamento da “cuspidela”, ato que pratica com tanta aplica-

ç~o.

Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia

www.clubegalpenergia.com 11 # 221 setembro 2015

Bom, estamos no primeiro dia da viagem e se n~o paro com os apartes nunca mais chego ao fim desta crónica e é preciso

andar com isto, portanto o grito de guerra que foi muito peculiar nesta viagem …VAAMOS (nunca conseguirei reproduzir

este maravilhoso vamos. Primeiro, porque n~o tenho a voz gutural do nosso amigo Bruno, segundo porque necessitaria de

oito dias a gargarejos de sumo de lim~o e eu c| sou mais de gargarejar com sumo de uva).

Singapura foi o nosso primeiro dia de viagem. Um bonito passeio pelo Rio de Singapura e a nossa primeira foto de grupo, a

que se juntou um voluntarioso e divertido grupo de rapazes. Dispensados os figurantes, l| saiu a nossa primeira foto de

grupo. Agradecemos a espont}nea intervenç~o da rapaziada, mas a beleza do nosso grupo dispensava qualquer acessório.

Seguimos para o nosso passeio de Bumboat através do rio até horas de jantar. Ali|s, excelente jantar num bonito restau-

rante denominado Gorden Grill Restaurant, que só n~o correu melhor porque os preços do vinho tinham todos três dígitos

(provavelmente por erro de impressão!). Mas, em compensação, pôde-se arrotar { vontade, pois em Singapura não é proi-

bido arrotar. Até que enfim “um ato agrad|vel” que n~o é proibido.

Para primeiro dia n~o foi mau. Começ|mos o segundo dia de viagem logo cedinho. Mais um passeio por Singapura no qual

se destaca o “Gardens by the Bay”, um jardim de passeio domingueiro, mas muito grande e espetacular cuja |rea foi total-

mente roubada ao mar. Depois do jardim, os bairros Little India e a Arab Street e, para terminar, um curioso almoço em

restaurante Dim Sum no bairro de Chinatown. Neste almoço até eu bebi ch| ... só para apreciar como o ch| era servido. A

ch|vena j| continha um conjunto de ervas arom|ticas, o empregado chegava e deitava um jacto de |gua muito quente

contida num bule com uma ponta fina e comprida, fazendo lembrar um chichizinho feito por um menino quando começa a

descobrir as capacidades da sua natureza …

VAAMOS, deixemo-nos de comparações parvónias, pois ainda temos que fazer um passeio de teleférico até { ilha de Sen-

tosa, onde, para além da bonita paisagem circundante, podemos visitar o parque das borboletas. Aí achei que a express~o

“ai,ai,ai, tanta borboleta “afinal de contas n~o é uma express~o amaricada. Existem sitos onde h| mesmo muitas e bonitas

borboletas. De fato, foi um momento encantador a observar a diversidade e a quantidade de borboletas existentes neste

parque onde, para além das borboletas, existem ainda papagaios e um sem número de insectos … VAAMOS, eu sei que

gostavam de apreciar melhor, mas temos que dar corda aos sapatos e ir para o aeroporto apanhar o avi~o para Melbour-

ne.

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Chegados ao aeroporto e j| um pouco cansados, mas ainda com folgo para apostarmos quantas vezes a Maria do Céu seria

revistada. Ali|s j| fazia parte da rotina vermos a Maria do Céu a ser revistada com frequência e {s vezes repetidamente.

Maria do Céu deu as devidas explicações, justificando porque quando passava o alarme acionava e desta vez a coisa ficou

por aí. J| dentro do avi~o com destino a Melbourne, após o dia em cheio, eis-nos todos a pensar como é que vamos recu-

perar, pois est| programado chegarmos a Melbourne de manh~ e começarmos logo a visitar a cidade. Só viaj|vamos h|

três dias, mas até parecia que sempre tínhamos viajado juntos, tal foi a facilidade com que todos nos relacionamos.

De tal maneira que começ|mos a dar conselhos uns aos outros de como deveríamos fazer para passar a noite. O problema

principal passava por calar aqueles que gostavam mais de dar { palheta, eu, a minha amiga Teresa e a simp|tica açoriana

Aida, corrijo, simp|tica sim, açoriana nem tanto. Eu c| decidi. Vou pedir uma dose reforçada de tinto e a coisa vai, para a

minha amiga Teresa sugeri-lhe um comprimido, quanto { Aida pareceu-me que a soluç~o estava nos seus amigos, esses

sim açorianos de gema. Uma ameaça do género “ou dormes ou n~o voltas connosco para os Açores “ e se a coisa resultou

mais ou menos comigo e com a Aida , j| com a minha amiga Teresa a coisa parece que falhou, porque caladinha, caladinha

ela foi, mas dormir é que n~o e o resultado foi achar que, chegados a Melbourne, o excelente pequeno almoço que que

nos foi servido, cerca das 11 horas, no bonito e florido parque Fitzroy Garden era jantar e que a catedral dos anglicanos de

Melbourne parecia uma cama. Esta catedral segundo a nossa guia ser| semelhante { de Nova York, sendo a diferença prin-

cipal a cor da pedra.

Depois do clima quentinho e húmido de Singapura, aí temos nós a fresquinha Melbourne, segunda maior cidade da Austr|-

lia e que é considerada a melhor cidade do mundo para se viver de acordo com o ranking elaborado pelo Economist Intelli-

gence Unit. De fato Melbourne tem características que a fazem diferente de outras grandes cidades, nomeadamente a

existência de diversos tipos de vivendas n~o só nos subúrbios como dentro da própria cidade, a disposiç~o e a variedade

arquitectónica encantam-nos e transforma o que é por vezes enfadonho, numa agrad|vel descoberta. Seria fastidioso enu-

merar aqui a quantidade de edifícios, parques, jardins e avenidas com história que nos foi dado a conhecer pela nossa guia

Alicia ao longo do nosso passeio pela cidade, no entanto n~o queria deixar de salientar dois edifícios que me surpreende-

ram n~o só pela sua beleza como pela sua história, um, o Edificio Rialto, construído em 1891, atualmente designado por

Hotel Intercontinental, obra emblem|tica do arquiteto australiano William Pitt e exemplar grandioso da arquitetura gótica

vitoriana do século XIX. O outro, o Hotel Windsor, também uma obra da alta arquitetura vitoriana, onde foi redigida a

constituiç~o da Austr|lia em 1898.

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E sem querer estamos no quinto dia de viagem, que inici|mos tendo por principal objetivo a visita ao Centro de Conserva-

ç~o de Koalas , situado no Parque Natural de Philiips Island e a parada de pinguins nas |guas de Phillips Bay . Um começo

de passeio auspicioso pois, na marina William Bay, primeira paragem para desentorpecimento das pernas assistimos { mai-

or prova de amor verificada durante a viagem e eu seja ceguinho se n~o vi a Olga ajoelhar-se em frente do Toste.

A marina era bonita, mas acho que n~o era caso para tanto, portanto só poderia ser mais um ato carinhoso destes meus

dois companheiros de viagem. Ali|s aproveitei para exortar todas as senhoras do grupo a demonstrarem deste modo o

seu afecto pelos maridos e companheiros.

Com o tradicional VAAMOS, l| seguimos para Philips Island, passando por Churcill Island, onde se situa a heritage farm, lo-

cal onde os primeiros europeus se estabeleceram. E eis-nos num dos principais objetivos deste passeio: o Centro de Con-

servaç~o dos Koalas. Observ|mos que os bichinhos deviam estar mesmo muito bem conservados, pois apesar do empe-

nho de toda a gente apenas descortinamos três. Bom, j| n~o foi chita, restava-nos para aquele dia a célebre parada de pin-

guins nas |guas de Philips Bay, que, segundo a informaç~o disponível seriam cerca de 32.000, portanto bicharada era o

que n~o ia faltar e l| seguimos ao som do tradicional VAAMOS … até porque se fazia tarde e a bicharada com certeza que

n~o ia estar { nossa espera para se apresentar.

Chegamos com antecedência e enquanto esper|vamos pelo anoitecer, deu para apreciarmos toda a costa daquela zona da

Austr|lia. Desloc|mo-nos para o local de onde observaríamos os pinguins e eis que para nossa surpresa deparamos com

bancadas, holofotes e guardas para segurança e também j| centenas de chineses e outros turistas sentados, embrulhados

em mantas { espera. Um espet|culo selvagem, com direito a bancada e holofotes, só faltava começarem a emergir os pin-

guins e de fato quando começaram pouco faltou para se começar a bater palmas, só que a quantidade estava muito longe

do número apregoado e os espectadores preferiram o silêncio, n~o fossem aqueles poucos que emergiram, arrepender-se

e voltar para tr|s.

Após v|rios VAAMOS, l| fomos jantar e, como j| se tinha tornado habitual, um jantar animado e educativo. Desta vez a Ai-

da ensinou-nos a arte de bem dobrar um guardanapo, baseada na liç~o dada por uma madre superiora {s suas noviças, que

entre o dobrar comprido e fino ou curto e grosso resultou um guardanapo erecto, erguido, direito, vertical, altivo, apruma-

do, bom, deixo a liberdade do adjetivo { imaginaç~o dos leitores. Foi tal o sucesso que, nas refeições seguintes, as dobra-

gens do guardanapo foram sempre em crescendo.

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Jantar e regresso a Melbourne, com tempo para fazermos o balanço do dia e concluirmos que, apesar da bicharada ter

estado em greve de zelo, a paisagem ao longo do trajeto revelou-nos uma Austr|lia selvagem e encantadora.

Mais um dia e mais uma viagem de avi~o agora com destino a Ayers Rock, com escala em Alice Springs, um belo inicio de

viagem, pois logo no avi~o fomos presenteados com a linda melodia do Abril em Portugal, que se repetiu com a nossa che-

gada a Alice Spring .

Nesta escala aproveitamos para visitarmos uma antiga estaç~o de telégrafo, berço de Alice Springs. Esta estaç~o destina-

da a retransmitir as mensagens entre Darwin e Adelaide, preserva os edifícios originais da estaç~o o que nos permitiu dar

um passo atr|s no tempo e imaginar como seria a vida naquele lugar desértico, especialmente no que respeita { recupera-

ç~o e utilizaç~o da escassa |gua existente, através de um sistema designado por evaporimeter. Um sistema que impede a

evaporaç~o da |guas e a aproveita depois de esta passar pelo processo de condensaç~o.

Como acontece sempre em todas as viagens, também nesta tivemos os nossos percalços e eis-nos a esperar mais de três

horas pelo avi~o com destino a Ayers Rock, onde supostamente veríamos o pôr do sol. Bem nos esforçamos mas ele pôs-

se e nem sequer esperou por nós. Fica para a próxima. Como na natureza nada se perde, também nós n~o perdemos tudo,

pois logo a seguir iniciou-se um excelente jantar servido ao ar livre em pleno deserto e sob o magnifico céu estrelado, a

que se seguiu uma oportuna liç~o de astrologia.

Ouviu-se, nesta noite fria do deserto, uma fant|stica interpretaç~o do cante alentejano, protagonizado por todo o nosso

grupo. Fiquei t~o empolgado com o acontecimento que enviei a seguinte mensagem para os meus conterr}neos alenteja-

nos “cantou-se o Alentejo no deserto australiano“ resposta “Manel, tu cantaste?”, resposta “claro”, exclamaç~o “ainda bem

que foi no deserto”.

N~o vimos o pôr-do-sol, mas vimos o nascer do sol por detr|s do Monte Uluru. De certeza imagens que nos ficar~o na reti-

na por muitos anos, portanto nada melhor para se começar mais um dia de passeio que um lindo nascer do sol. Um pas-

seio muito especial, pois, para além de desfrutarmos das variadas cores do rochedo, tivemos uma verdadeira liç~o de co-

mo se sobrevive no deserto.

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De facto para além das pinturas aborígenes, foi interessante constatar da import}ncia que este monólito tem para os abo-

rígenes, tanto no aspecto espiritual como no aspecto terreno, nomeadamente na import}ncia que as plantas e os arbustos

tem como indicadores da existência de |gua. Vimos, por exemplo, uma espécie de eucalipto que sangrado daria cerca de

dois litros de |gua e um arbusto, designado por Wakalpuka, que quando seca significa que em seu redor n~o existe mais

vestígios de |gua, sendo a última planta a morrer no deserto.

Durante este passeio fic|mos também a conhecer o significado do nosso termo popular”vai-te encher de moscas“. Aqui

sim, aqui h| moscas a sério, ali|s quando alguém me chatear, em vez de utilizar este nosso termo, utilizarei “vai mas é pas-

sear para o Uluru“. N~o sei se foi pelas mosquinhas, o certo é que, desta vez, n~o ouvimos o tradicional, VAAMOS.

Outro dia e mais uma viagem de avi~o, desta vez a caminho da tropical Cairns, onde chegamos e fomos agraciados com

um excelente churrasco para jantar, pois h| muito que n~o comíamos carne …

Dia 26 de setembro, s|bado, bom dia talvez para quase todos, pois a excurs~o prometia dia todo no mar. Só que o início,

com o mar um pouco encrespado, originou algumas cargas ao mar devido { ondulaç~o e n~o aos copos do dia anterior ..

só se a Carlota e a Adosinda se escapuliram para uma tropical noitada. N~o estou a ver, a rapaziada era mesmo muito bem

comportada. Tanto era que toda a gente se atirou {s |guas da Grande Barreira de Coral, segundando o Toste que, elevan-

do a sua qualidade de ilhéu, se atirou { |gua sentindo-se como peixinho em aqu|rio. Bom, peixinho, peixinho n~o ser| bem

o termo, tendo em conta as dimensões do nosso companheiro, mas a ideia é que também foi essa a sensaç~o que todos

sentimos ao nadar naquelas |guas cristalinas quase a tocar nos peixes de diversos tamanhos com cores variadas e garridas

que nos rodeavam. Mais uma experiencia que iremos sempre recordar. Assim foi passado o nosso dia entre mergulhos e

passeios em barcos com casco de vidro especialmente preparados para observarmos do seu interior a vida submarina do

recife de corais.

Na plataforma fixa onde nos encontr|vamos foi servido o almoço, momento que aproveitei para observar outra fauna: os

chinocas a comerem. Fiquei impressionado pois no mesmo prato juntaram carne, peixe, marisco, doces, sushi, massas, tu-

do bem misturadinho e a fazer “cagulo”.Depois, lançaram-se ao pratinho e ainda ia eu nas minhas primeiras garfadas e j|

eles tinham terminado. Rapaziada despachada.

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Outro dia e outro passeio, agora por terra e bem cedo a caminho de Kuranda - a 25 km de Cairns -, exatamente para a pri-

meira estaç~o do Comboio Panor}mico de Kuranda - Freshwater - designada assim por ter sido a primeira |rea onde os

grupos de oper|rios que trabalhavam na construç~o dos caminhos de ferro encontraram |gua doce, antes de começarem

a subir a Cordilheira de Kuranda.

Ao longo do percurso foram-se desvendando bonitas paisagens de floresta, quedas de |gua e plantações de cana do açú-

car. Concluído em 1891, para assegurar o transporte de abastecimentos entre a costa e as minas de estanho, o caminho-de-

ferro foi considerado um feito sem paralelo, devido aos obst|culos impostos pela selva e {s chuvadas que alagavam os

túneis. Para a construç~o deste caminho de ferro foram escavados, a p|s e picaretas, quinze túneis. Um trabalho duríssi-

mo, de tal ordem que foi criado um sindicato que se dominava por United Sons of Toil (Sindicato dos Filhos do Trabalho

Duro).

Toda a paisagem que se avista do comboio é lindíssima. A destacar talvez a ponte das cascata de Stoney Creek, dadas as

características da sua construç~o, com três pilares em curva com um raio muito apertado de onde se avista uma paisagem

espetacular incluindo o próprio comboio.

O dia ainda estava no começo e, mal nos ape|mos do comboio, logo est|vamos a entrar para uns carros anfíbios do tempo

da II Guerra Mundial onde efetuamos um passeio ao longo de trilhos e charcas de |gua no interior da floresta tropical, uma

liç~o de bot}nica.

Ainda antes de finalizar a manh~, uma visita ao Australian Butterfly Sanctuary , o maior avi|rio de borboletas da Austr|lia,

cujos jardins reproduzem o ambiente natural da floresta tropical, enquanto centenas de borboletas esvoaçavam ao nosso

redor, chegando mesmo a poisar em nós.

Depois de tanta borboleta, e após o almoço, aí estamos nós a entrar para o SkyRail, um teleférico que desliza mais de 7,5

km a poucos metros da copa das |rvores da floresta tropical intata, Património Mundial. Houve tanto cuidado em proteger

esta maravilha, que até os postes deste teleférico foram transportados de helicóptero para o local. Terminado este péri-

plo, hora de cultura aborígene no Parque Cultural Pamagirri, onde foi exibido um espet|culo de danças tradicionais, onde a

nossa companheira Isabel se exibiu a grande nível, especialmente na Dança do Mosquito - Ngukum.

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Para este desempenho foi de grande utilidade o sacudir as moscas no Urulu. O que n~o foi preciso foi treino para lançar-

mos o boomerang, pois a rapaziada fez lançamentos para todos os gostos. Quanto ao tocar o instrumento, estou a falar

no didgeridoo (instrumento de sopro dos aborígenes), também todos fizeram uma perninha, mas a Guida foi a que de-

monstrou melhor afinaç~o.

Regresso a Cairns e ainda tempo para dar um passeio na Esplanade, uma zona ajardinada na orla de Cairns, com piscina,

locais para churrascos, |reas de piqueniques, parques infantis, lojas e restaurantes. De fato uma zona de lazer bem organi-

zada .

J| estamos no décimo dia e a despedirmo-nos de Cairns, n~o sem dar uma voltinha na praia de Palm Grove. A praia foi ten-

tadora mas, tendo em conta que poderíamos ter a companhia de algum crocodilo, apenas apanh|mos um solinho. Os ba-

nhos ficam para a próxima, content|mo-nos em passear e tomar nota de como os australianos gozam as suas férias de

praia em Cairns.

Fim de tarde e embarque com destino a Sidney, onde j| cheg|mos { noite, mas ainda a tempo de começarmos a conhecer

esta linda cidade com cerca de quatro milhões de habitantes.

Dia 29 de setembro e aí estamos nós começando o nosso passeio a Sidney, pelo lugar conhecido como o presente da se-

nhora Macquaire, uma cadeira esculpida na rocha que constitui o melhor ponto para se observar Sidney, local onde prova-

velmente o nosso companheiro Manuel António ficou com c~ibras de tanto dar ao dedinho para tirar a melhor foto da ci-

dade.

Se n~o fosse o VAAMOS, ainda l| est|vamos e n~o teríamos observado outro local, este constituído por um conjunto de

falésias e precipícios adornados de lindíssima vegetaç~o, mas ao que parece também utilizado para muita gente se suici-

dar.

Depois desta paragem, l| seguimos a caminho da famosa praia Bondi Beach, conhecida praia de Sidney onde o estaciona-

mento custa a módica quantia de mais ou menos 6 € por hora.

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A Paula, nossa guia, uma portuguesa a viver nos arredores de Sidney, empolgava-se e empolgava-nos com os encantos e

as histórias da sua cidade, enfatizando e chamando a atenç~o para cada detalhe da cidade, nomeadamente { passagem

pela igreja de Nossa Senhora da Estrela do Mar, mandada erigir por baleeiros da comunidade portuguesa.

Chegados ao Centro, podemos visitar a famosa Opera House com o seu impressionante telhado feito de placas de dois ti-

pos de cer}mica que, com a incidência do sol, parece ouro , seguido do Bot}nico Garden, a ponte Harbour Bridge e ainda o

famoso bairro The Rocks, onde Sidney começou.

E foi a partir desta zona que embarc|mos para um lindo cruzeiro na Baía de Sidney, com um excelente almoço a bordo.

Terminado o cruzeiro, dirigimo-nos para o Sealife Sidney Aquarium, agora para uma viagem subaqu|tica na qual observ|-

mos os ambientes marinhos e um infind|vel número de espécies aqu|ticas, incluindo os belos dugongos, que segundo diz

a lenda eram confundidos com sereias pelos marinheiros. Lenda, que convínhamos n~o ser| muito despropositada, se le-

varmos em conta os meses de navegaç~o que eles demoravam para aqui chegar, qualquer bichinho com curvas, seria mu-

lher.

Concluído o passeio marítimo { superfície e {s profundidades, aí estamos nós a subir os 309 metros de altura da Sydney

Tower Eye para um jantar no restaurante giratório O Bar & Dinning, com uma vista deslumbrante de 360º sobre a cidade e o

porto. Uma agrad|vel surpresa foi encontrar-mos dois jovens portugueses que ali estavam a trabalhar. Mais um dia da

nossa viagem concluído espetacularmente.

Ainda n~o refeitos da espetacularidade da noite anterior, aí estamos nós de saída para a excurs~o {s famosas Blue Mou-

tains. Percurso com paragem no Featherdale Wildlife Park, onde tivemos a chance de ver os animais nativos que não conse-

guimos ver na natureza tal como os coalas, dingos, goanas, emas, o celebre demónio da tasm}nia e ainda uma variedade

enorme de aves e repteis.

Chegados a Echo Point e { deslumbrante paisagem das Blue Moutains, assim chamadas porque estas montanhas refletem

uma luz azulada devido |s finíssimas gotas de óleo de eucalipto que flutuam no ar. Neste espet|culo de paisagem desta-

cam-se as Três Irm~s, três formações rochosas incomuns que representam três irm~s da tribo Katoomba que segundo a

lenda aborígene foram transformadas em pedra.

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Neste local, além da sua beleza constituída pela floresta antiga de Jamison Valley, ainda houve tempo para grandes emo-

ções, nomeadamente pela subida no comboio de inclinaç~o mais íngreme do mundo - Katoomba Scenic Rail -, originalmen-

te construído para transportar carv~o e xisto do fundo do vale. Também visit|mos as minas de onde era extraído o carv~o

que era transportado para o cimo do vale pelo referido comboio, tendo também sido explicado todo o processo e a forma

difícil como ali se desenvolvia a atividade mineira.

Almoço no bonito restaurante situado em pleno Jamison Valley. Regresso a Sidney com paragem na linda cidade de Leura,

onde quase todas as habitações dispõem de jardins. O centro da cidade é lindíssimo, dividido por uma faixa central ajardi-

nada, passeios laterais também ajardinados com relva, flores, arbustos floridos e ambos repletos de cerejeiras, que, para

felicidade nossa se encontravam floridas nesta altura do ano. Nesta cidade a jardinagem é um hobby muito praticado e

anualmente organiza-se um concurso para determinar qual o jardim mais bonito da cidade.

E depois de tanta e extasiante beleza, uma noite amena a permitir o jantar ao ar livre no Waterfront Restaurant, com vista

para a Sidney Harbour Bridge e para o edifício da Opera. Noite que n~o terminou sem um passeio pedonal proporcionado

pela nossa inestim|vel guia Paula na |rea de Rocks, zona velha da cidade e que nos enriqueceu com a história ao vivo da-

quele local de habitações das classes pobres, berço da cidade. Mais um dia com final feliz.

J| estamos no dia 1 de outubro e nada melhor que começar o dia {s quatro da madrugada, n~o para ouvir o passarinho,

mas para embarcar com destino { Nova Zel}ndia, terra de montanhas e vales profundos onde ainda é possível o contato

íntimo com a natureza.

Chegada a Auckland, cidade que contem 32% da populaç~o neozelandesa e é a única cidade do mundo construída sobre

um campo vulc}nico de basalto que ainda est| em atividade. Cidade das Velas, devido ao número de veleiros que navegam

na baía. Uma em cada três famílias de Auckland possui um barco e o clima altera-se com muita facilidade.

Visita ao Auckland Domain, um dos maiores parques da cidade com vista para o golfo de Hauraki e Rangitoto Island, local

onde visitamos o Museu Maori e fic|mos a saber que os maoris eram canibais, só n~o fiquei a saber se o prato era servido

cru ou cozinhado. Devia ter sido complicado para os primeiros europeus que chegaram a estas paragens, pois nunca sabi-

am se eram convidados para o almoço ou se eram o almoço.

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Depois da história maori e dos maoris, visita ao Monte Eden nos subúrbios de Auckland, em que a vista nos tr|s { memória

outras paragens devido { utilizaç~o de pedras e rochas na construç~o da cerca das propriedades. Regresso a Auckland

com passagem por Parnell, o bairro mais antigo da cidade e atualmente composto de inúmeras lojas, bares e cafés e por

Mission Bay, uma das praias mais populares situadas nos subúrbios de Auckland.

A concluir o dia, jantar no restaurante panor}mico Sugar Club, localizado no topo da Sky Tower - a estrutura mais alta do

Hemisfério Sul e de onde desfrut|mos de uma vista fant|stica sobre a cidade toda iluminada.

Dia 2 de outubro, 14º dia de viagem, muito cedinho para todos nós, porque para a nossa companheira Anabela, sempre

primeira a alvorar, foi um pouco mais cedo. Com uma chuvinha como acompanhamento, inici|mos o nosso passeio por

belas paisagens com destino a Waitomo, para visita {s famosas grutas de Glow Worm. Nestas grutas, além das estalactites

e estalagmites, a beleza reside no teto que est| repleto de larvas que brilham no escuro, dando a impress~o de um céu

estrelado. Estas larvas s~o uma espécie de aranhas que s~o únicas, fornecendo uma luz parecida com a dos nossos pirilam-

pos.

Terminada a visita {s grutas, seguimos para Matamata / Hobiton, local onde foram rodadas cenas dos filmes Senhor dos

Aneis e da trilogia Hobitt.

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Pelo caminho, uma paisagem em cen|rios fabulosos de verde a perder de vista, sendo as grandes pastagens uma das ri-

quezas da Nova Zel}ndia. Neste regresso a Auckland, ainda uma paragem na cidade de Otorohanga, a cidade Kiwiana on-

de vimos o verdadeiro Qiwi, ícone nacional da Nova Zel}ndia, num simulacro de habitat natural.

E ainda o dia n~o tinha terminado e j| est|vamos no voo para Christchurch, um voo onde tivemos uma verdadeira demons-

traç~o da simpatia neozelandesa, com medidas de segurança explicadas num humorado rap interpretado pelos All Black,

um comiss|rio ging~o e uns miúdos a oferecer rebuçados. Mais uma viagem de avi~o, esta por sinal bem agrad|vel.

Outro dia e outra cidade para conhecermos, Christchurch. Conhecida por ser o jardim da Nova Zel}ndia, foi atingida por

um terramoto h| cinco anos atr|s e desde essa data até ao presente foram sentidos mais de dez mil abalos. Felizmente,

durante a nossa estadia n~o se sentiu nada a n~o ser os habituais toques entre nós, arruma, desarruma, põe em cima, tira

para baixo, tudo a que temos direito nestas viagens. A nossa companheira Paula, que algumas vezes viajou próximo de

mim, deve ter chegado toda negra. Nada que n~o resolvêssemos com um sorriso e um pedido de desculpas. Ali|s, foi as-

sim que todos nós resolvemos os nossos insignificantes quiproquós.

De fato, Christchurch, que ainda se encontra com muitas sequelas do terramoto, surpreende-nos pela beleza dos seus jar-

dins, estufas de flores e cerejeiras em flor. Numa estufa que visit|mos, a nossa sempre prest|vel companheira Fernanda l|

deu uma ajudinha a um pequenote perdido.

Saída de Christchurch com destino a Lyttelton, pequena cidade portu|ria situada a 12 km de Christchurch, rodeada de coli-

nas que tiveram a sua origem em antigas erupções vulc}nicas. Do cimo destas colinas temos uma vista soberba do porto

de Lyttelton e da baía que o serve. Como era s|bado, foi dia de mercado na rua, bastante animado, com músicos e artistas

a exibirem-se e é utilizado pelos agricultores da regi~o para venderem os seus produtos biológicos, nomeadamente o cele-

bre mel de Manuka. A Manuka é uma variedade de arbusto de ch|, muito vulgar nesta regi~o.

Regresso a Christchurch e, antes de chegarmos ao hotel, pequena paragem para apreciarmos a Catedral de Papel~o de

Shigeru Ban, Catedral tempor|ria que substitui a catedral Anglicana destruída pelo terramoto. A Catedral é mesmo de pa-

pel~o. E mais um dia que chegou ao fim.

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Dia 4, dia de eleições no nosso burgo, todos fic|mos a pertencer aos 43% de abstencionistas. Por castigo tivemos um final

de voo bem turbulento a trazer outras recordações { nossa companheira Ana, j| muito viajada e catedr|tica nesta coisa

dos abanões em aviões, nós, junt|mos mais um susto para contarmos aos netos.

Aí estamos nós na bonita cidade de Queenstown, conhecida como capital dos desportos radicais. N~o fizemos bungee jum-

ping mas a chegada de avião deu-nos adrenalina suficiente. E para acalmar fomos ao Kiwi Birdlife Parque ver os famosos

p|ssaros Kiwis, símbolo da Nova Zel}ndia e assistir a uma demonstraç~o das habilidades de outros p|ssaros e outros ani-

mais autóctones. De seguida dirigimo-nos { cidade mineira de Arrowtown, onde muitos de nós tivemos pela primeira vez a

oportunidade de pegar uma pepita de ouro na m~o. Esta cidade situada ao lado do aurífero Arrow River, foi fundada du-

rante o auge da corrida ao ouro em Otago, e mantem intatos v|rios edifícios de madeira e de pedra originalmente utiliza-

dos por europeus, chineses e japoneses, e agora transformados em lojas.

Grande almoço neste dia: uma perna de borrego divinalmente assada, acompanhada de uns excelentes vinhos na Armisfi-

eld Vineyyard. Ingresso no hotel e exercícios de preparaç~o para o programa da noite, que se adivinhava prometedor.

A caminho da noite, começ|mos, ainda de dia, a subir em tele-cabines ao Pico Bob. Chegados ao cimo deste Pico, depara-

mo-nos com uma paisagem simplesmente deslumbrante, tendo como pano de fundo o vale verdejante em redor de Que-

enstow, o leito azul escuro de lago Wakatipu e as altas montanhas que rodeiam as suas margens.

Extasiados com tanta beleza desloc|mo-nos para uma sala de espet|culos onde foi exibido um espet|culo de música e

danças tradicionais Maori. Este espet|culo, como n~o podia deixar de ser, contou com a nossa colaboraç~o especialmente

na dança do Haka, dança tradicional Maori, onde eu, empurrado pela Graça, que n~o só n~o me demostrou o seu afeto

como eu vinha exigindo, tal e qual como a nossa companheira Olga tinha feito ao seu marido, como ainda autoritariamen-

te me disse, vai tu dançar que danças bem. Lembrei-me daquele ditado português, homem pequenino, velhaco ou dançari-

no, se a minha mulher me acha dançarino, j| n~o é mau.

Mau, teria sido se o Pedro, nosso sempre impec|vel e disponível guia, n~o tivesse também entrado na dança, porque tra-

duzir o toque no cotovelo da dança, pelo nosso tradicional manguito poderia n~o dar muito saud|vel. N~o fiz a cara feia,

nem a língua de fora, porque os maoris presentes acharam desnecess|rio.

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Chegados { hora do jantar, demos uma grande alegria a uma simp|tica empregada chinesinha, que nunca tinha visto um

português, mas sabia dizer “obligado“. Pela cara de felicidade dela, concluí que afinal até somos humanos. Com esta boa

disposiç~o l| demos volta ao pratinho, terminando o nosso jantar com dois grandes bolos oferecidos pelo nosso compa-

nheiro Bruno em nome do Clube Galp Energia e mais uma vez com vozes bem afinadas, o parabéns a você, para o nosso

jovem companheiro Francisco, que tinha acabado de entrar para a classe dos idosos.

Com mais um idoso no nosso grupo l| seguimos para o merecido descanso, com a certeza de que este foi mais um dia para

mais tarde recordar.

Décimo sétimo dia de viagem, saída bastante cedo com destino a visitar o Parque Nacional Fiordland, visita que n~o se con-

cretizou devido a derrocadas provocadas pelo temporal do dia anterior que também j| tinha sido impeditivo do passeio

em jetbboat no Rio Shotover.

Mas eis que, Dami~o o excelente guia local, Bruno e Pedro, numa colaboraç~o louv|vel, estipularam outro programa. Des-

te modo fomos fazer o passeio em jetboat que não tínhamos feito no dia anterior. Passeio, é uma forma suave de dizer,

porque andar a abrir entre os penedos n~o é propriamente uma imagem comum dos desportos n|uticos, mas foi assim

que fic|mos a saber que a nossa companheira Carlota, em |gua, gosta é destas emoções fortes, andar de barquinho a

abanar é que n~o. N~o ficou por aqui o nosso dia.

Foi organizado um passeio no lago Wakatipu no último barco a vapor do Hemisfério Sul a funcionar, parecia uma viagem

a um passado recente, o vapor TSS Earnslaw percorreu o lago depois de zarpar de Queenstown até chegar a uma típica

fazenda de ovelhas - Walter Peak Farm - onde um pastor residente apresentou a quinta e as virtudes dos c~es pastores lo-

cais na recolha e orientaç~o dos rebanhos durante o pastoreio. Para terminar, demonstra os segredos da tosquia numa

ovelha azarada. Após o almoço nesta bonita quinta, regresso com a sensaç~o de que o tempo parece ter parado no Sul da

Nova Zel}ndia, possivelmente um dos últimos paraísos intocados do mundo.

Dia 6, embarque e j| cheira a regresso a casa. Paragem em Auckland, ainda para uma visita ao Mundo Subaqu|tico de Kelly

Tarltons.

Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia

www.clubegalpenergia.com 24 # 221 setembro 2015

Partida para o Dubai e chegada a Lisboa depois de muitas horas de voo. As despedidas e entre todos o desejo de nos en-

contrarmos em novas viagens.

Manuel Duarte Serra

Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia

www.clubegalpenergia.com 25 # 221 setembro 2015

Foi com muito gosto que uma vez

mais marc|mos presença no jogo de

apresentaç~o do Grupo Desportivo de

Alvai|zere, coletividade com quase 40

anos de existência, com sede nos ar-

redores de Tomar, no distrito de Lei-

ria.

O Clube Galp Energia – Núcleo Centro

fez-se representar pela sua equipa

sénior, que se encontrava em fase de

preparaç~o da época 2015/2016, apro-

veitando este evento para solidificar a

coes~o dos seus elementos, e para

além da aplicaç~o das t|ticas do trei-

nador, foi possível proporcionar a to-

dos o reencontro de amigos, pois é

assim que consideramos os jogadores

e dirigentes do GDA.

Neste dia o resultado passou para se-

gundo plano, pois a pr|tica desportiva

associada ao convívio entre amigos

s~o os fatos relevantes a salientar.

Associado Pedro Adri~o Costa

No passado dia 20 de setembro, a

equipa do Clube Galp Energia – Nú-

cleo Centro foi convidada para a apre-

sentaç~o da equipa AD Alvai|zere.

O dia começou com boa disposiç~o e

o tempo esteve sempre soalheiro e

repleto de ambiente para disputar-

mos um excelente jogo.

O resultado final sempre foi o menos

importante, mas sim de relevo o con-

vívio nesta apresentaç~o da equipa

anfitri~.

O jogo foi bem disputado de parte a

parte, com muita entrega de todos os

jogadores.

Ambas as equipas estavam empenha-

das em mostrarem, a quem estava a

assistir, um excelente espet|culo de

futebol.

A equipa da casa, com a preparaç~o

mais avançada e competindo num

outro escal~o, demonstrou a sua su-

perioridade com o passar do tempo e

o resultado final um pouco desnivela-

do.

No final do jogo houve entrega de

presentes a todos os participantes,

seguindo-se um jantar de convívio

entre ambas as equipas, refeiç~o essa

organizada pelo clube AD Alvai|zere e

pela C}mara Municipal local.

Foi um dia bem passado com muito

desporto, futebol e que proporcionou

ao nosso Clube dar as boas vindas aos

novos elementos que se estrearam

com a camisola do nosso Clube Galp

Energia.

A todos os nossos agradecimentos,

Associado Filipe Rodrigues

Futebol de 11: GD Alvai|zere vs Clube Galp Energia

www.clubegalpenergia.com 26 # 221 setembro 2015

H| quem diga que se trata de um dos

desportos mais belos, eu concordo!

Ter a possibilidade de desfrutar da

natureza no seu mais belo e puro es-

plendor é um privilégio que qualquer

um deveria experimentar, pelo menos

uma vez nesta vida, e por tal fato é de

salutar as iniciativas levadas a cabo

pelo Clube Galp Energia – Núcleo Cen-

tro, as quais têm juntado cada vez

mais adeptos desta atividade.

Tratou-se de um dia muito bem passa-

do, em que se conjugou a pr|tica des-

portiva com o lazer e a confraterniza-

ç~o, tendo como um dos pontos altos

a almoçarada: uma bela caldeirada de

peixe.

L| estarei nas próximas realizações,

sendo o próximo passo experimentar

a pesca desportiva de rio, pr|tica com

larga tradiç~o no Clube Galp Energia -

Núcleo Centro.

Pesca de Mar Embarcada

Sorteio Star Wars

Star Wars, a maior saga espacial de todos os tempos, começa com: Episódio I – A

Ameaça Fantasma; Episódio II – Ataque dos Clones; e Episódio III – A Vingança

dos Sith e acompanha a passagem do jovem Anakin Skywalker para o lado negro,

{ medida que se transforma de jovem escravo em aprendiz de Jedi, até se tornar

no diabólico Darth Vader!

A Direç~o do Clube Galp Energia – Núcleo Centro vai proceder, entre os seus As-

sociados, ao sorteio de quatro exemplares da colet}nea, em DVD, que reúne os

três supracitados episódios sob a realizaç~o de George Lucas.

Para serem um dos contemplados, os Associa-

dos do Clube Galp Energia devem efetuar a sua

inscriç~o neste sorteio, até ao próximo dia 11 de

fevereiro, junto da Secretaria do Clube Galp

Energia - Núcleo Centro através do número 21

724 05 32 (extensão interna 10 532) ou do ende-

reço de mail Clube GalpEnergia – Secretaria.