iniciativas - clube galp energia vi miséria, uma tristeza profun-da, pessoas, seres humanos, a...
TRANSCRIPT
1 Campanha Livro usado, Livro doado
2 Final Nacional do Campeonato Interno de Futsal
3 @ d| que pensar
4 Estrelas Cup 2015
7 Cruzeiros no Rio Sado
8 A Magia da Xana Toc Toc ...
10 Singapura, Austr|lia & NZ
26 Pesca de Mar Embarcada
No desenvolvimento da sua campanha de recolha e reutilizaç~o de manu-
ais escolares 2015, o Clube Galp Energia – Núcleo Centro recepcionou
uma quantidade significativa de manuais escolares que, pelo seu desen-
quadramento em termos de programas escolares, j| n~o tinham associa-
do interesse em termos da sua reutilizaç~o em território nacional.
Nesse contexto, depois de alguns contatos, foi possível identificar que
ainda existem pessoas carenciadas dos mesmos e que os referidos manu-
ais ainda teriam utilidade na educaç~o de crianças e jovens, nomeada-
mente em alguns PALOPs.
Foi identificada a AFAIJE - Associaç~o dos Filhos e Amigos da Ilha de Jeta -
na Guiné-Bissau, que permitiu a ligaç~o com a populaç~o da supracitada
ilha e, neste enquadramento, foram entregues mais de quinhentos manu-
ais escolares, que v~o permitir estarmos associados { educaç~o das crian-
ças e jovens da ilha de Jeta, potenciando o seu desenvolvimento sócio-
cultural e educacional.
Destaques Campanha Livro usado, Livro doado
30 jan - Caminhada pelas Salinas do Samouco
30 jan - Teatro: Três é Demais
06 fev - Uma História do Outro Mundo
07 fev - Atletismo em Cascais
27 fev - Pippi das Meias Altas: o Musical
11 mar - Ópera: Iphigénie em Tauride
12 a 22 mar - Viagem ao Sri Lanka (1º grupo)
13 a 23 mar - Viagem ao Sri Lanka (2º grupo) 09 abr - H| Fado no Cais: Camané
Próximas Iniciativas
www.clubegalpenergia.com 2 # 221 setembro 2015
Decorreu, no fim de semana de 12 e 13 de setembro de 2015,
em Leça da Palmeira, a Final Nacional do Campeonato de
Futsal do Clube Galp Energia.
No primeiro dia disputaram-se as meias-finais, nas quais as
equipas dos Núcleos Sul e Centro mediram forças com as
duas equipas do Núcleo Norte. Nestas duas primeiras parti-
das, muito competitivas e com incerteza no resultado até ao
fim, as formações do Centro e do Sul levaram a melhor so-
bre as equipas da casa, marcando encontro na final que se
disputou no dia seguinte.
No segundo dia, na primeira partida, as equipas do Norte
defrontaram-se no jogo de atribuiç~o dos 3.º e 4.º lugar. As-
sistiu-se a um jogo disputado a um ritmo baixo, com os joga-
dores de ambas as equipas bastante cansados devido aos
jogos da véspera. Verificou-se um resultado desnivelado a
favor de uma das equipas, mas ambas est~o de parabéns
pelo seu desempenho.
Na segunda partida, a Final opôs a equipa do Centro { equi-
pa do Sul. Um excelente jogo, no qual as equipas entraram
em campo com alguma cautela e arriscando pouco no ata-
que. Ainda assim, a equipa do Centro dispôs de algumas
oportunidades de golo na fase inicial do encontro, que n~o
conseguiu concretizar.
Quem n~o marca, normalmente sofre, e a equipa do Sul
aproveitou dois erros defensivos da equipa do Centro para
se colocar em vantagem no marcador.
Muito experiente e matreira, a partir daí, a equipa do Sul
procurou controlar o jogo, defendendo com as linhas recu-
adas e atacando apenas pela certa. Apesar das inúmeras
tentativas de aproximaç~o { baliza advers|ria, a equipa do
Centro apenas conseguiu marcar o golo de honra na reta
final da partida. Em suma, assistiu-se a um torneio muito
bem disputado, que terminou com um justo vencedor – a
equipa do Núcleo Sul.
Finalizado ao nível desportivo, este evento prosseguiu com
a entrega dos prémios e o almoço de encerramento. Foi
um fim de semana que, para além de permitir a pr|tica des-
portiva de Futsal aos Associados do Clube Galp Energia,
proporcionou também momentos de convívio e confrater-
nizaç~o desportiva e social.
Barreto
Final Nacional do Campeonato Interno de Futsal
www.clubegalpenergia.com 3 # 221 setembro 2015
Ol| a todos esta semana, a minha cró-
nica é esta. Leiam-na, por favor:
A realidade que o nosso País esta
atravessar realmente é muito triste.
Sexta-feira, noite de Lua Cheia, um
luar lindo com 22 graus. Tirei o azimu-
te com destino a Lisboa.
Tanta gente a divertir-se e eu no
Apoio aos Sem Abrigo.
Fizemos os sacos (pacote de leite,
garrafa de |gua, dois pacotes de bola-
chas, uma peça de fruta - banana),
tratamos da sopa quente, arrumamos
a carrinha e partimos.
Quando cheguei ao Saldanha real-
mente vi Miséria, uma tristeza profun-
da, pessoas, Seres Humanos, a viver
na RUA. Mal paramos vieram todos
ao nosso encontro sem atropelos,
todos com o mesmo Lema…: A FO-
ME.
Vi coisas que j| sabia que havia na Ci-
dade de Lisboa. Um Saldanha cheio
de Homens e Mulheres, Crianças ao
colo a passarem FOME, FRIO, SEM O
CONFORTO DE UM LAR.
Partimos em direç~o ao Jardim Cons-
tantino, mais uns quantos a dormir
em cima dos Bancos do Jardim….
Dois dedos de conversa e rumamos
até { Praça de Chile (Mercado de Ar-
roios), { Avenida Almirante Reis
(debaixo das arcadas) e { Igreja de
S~o Jorge de Arroios.
Passei pela Cervejaria Ramiro cerca
das 23 horas. Sempre cheia, até fazi-
am fila { porta e ao lado novamente
pessoas deitadas na rua sem uma
manta para se tapar.
Martim Moniz, Praça da Figueira, Ros-
sio, Restauradores, locais aonde fo-
mos passando e distribuindo os ali-
mentos.
Nos Restauradores todos os locais de
divers~o noturna, restaurantes, ruas,
estavam cheios. Toda a gente a passe-
ar, a divertir-se, enquanto ao lado era
a tristeza que dominava…
Chegamos { Estaç~o de Santa Apoló-
nia. N~o estava quase ninguém. Parti-
mos em direç~o ao viaduto da CP e aí
estavam mais uns quantos deitados
no ch~o.
J| n~o havia muita sopa, mas tinha
que existir alguma reserva para a zo-
na da Expo. O Pavilh~o de Portugal,
nova paragem nos seus jardins adja-
centes.
Neles encontrei v|rias pessoas.
Finalmente chegamos { Expo. Desce-
mos { Gare do Oriente e vi novamen-
te miséria. Rapazes e raparigas novas
com vinte e poucos anos, aí as l|gri-
mas quase a cair … tinha que ser mais
forte do que a minha vista via e assim
o fiz.
Os sacos acabaram, a sopa chegou ao
fim e fiquei com a minha mente grati-
ficada por ter ajudado o próximo.
N~o fiz contra livre vontade, fiz com
muito carinho e amor. J| sabia o que
era miséria, pessoas que vivem sem
teto, sem um cobertor para se tapar,
a dormir em cima de pedras, no ch~o,
na relva… a partilhar espaços com
ratos, realmente é o País em que vivo.
Notei toda a gente bem-educada, sem
atropelos, alguns deles com uma for-
maç~o académica brutal a perguntar
quem éramos nós.
Agradeço aos meus colegas do traba-
lho todo o carinho e conforto que
tiveram com o próximo…
No próximo mês volto a fazer o mes-
mo, com um coraç~o aberto {s pesso-
as que necessitam de algo.
N~o tirei nenhuma fotografia, a m|-
quina ficou em casa.
@ d| que pensar Aç~o de Solidariedade do Clube Galp Energia
Apoio aos Sem-Abrigo
www.clubegalpenergia.com 4 # 221 setembro 2015
A Direç~o do Clube Galp Energia -
Núcleo Centro aceitou o convite que
lhe foi feito para que a sua equipa de
futebol 11/veteranos participasse num
torneio solid|rio.
A resposta só podia ser positiva, pois
a inscriç~o era efetuada em bens ali-
mentares, que seriam posteriormente
entregues a famílias carenciadas.
Foi no domingo, dia 20 de setembro,
que se realizou a Estrelas Cup 2015 -
Masters, um torneio quadrangular
que se jogou nas Instalações do
CCDOS - Clube Cultural Desportivo
Olivais Sul em Lisboa.
A tarde estava bastante soalheira e o
espírito foi sempre de grande despor-
tivismo entre as quatro equipas parti-
cipantes: Estrelas de Lisboa, CF
F~o, Sport Lisboa e Olivais e o Clube
Galp Energia.
O mais importante deste tor-
neio n~o foi a classificaç~o,
nem os golos marcados ou
sofridos, mas sim os kilos de
bens alimentares angariados.
O Clube Galp Energia - Nú-
cleo Centro agradece o con-
vite feito e espera de futuro
poder participar em mais
provas desta natureza.
Como devem calcular, n~o tinha cora-
gem e o telemóvel serve somente pa-
ra atender chamadas dos amigos….
Ao escrever este pequeno texto as
l|grimas voltaram a tentar cair pela
cara abaixo, mas tenho que ser forte
….
É preciso ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda...
Mas….
O meu olhar limpo sobre o céu
Se assim n~o fosse, n~o nasciam flo-
res novas nos prados
Saber e dar é aceitar (penso eu)
E aceito o frio, no alto do Inverno mui-
to calmo, sem me queixar, como me-
ramente se aceita…
E ser real quer dizer n~o estar dentro
de mim.
Aceito por personalidade... E nasci
sujeito, tal como todos nós, a erros a
defeitos, certezas e razões...
Passei por uma noite e é bom saber
que o fiz da melhor maneira … E, olho
para dentro de mim e vejo um pôr-do-
sol, uma aurora e um sorriso brilhante
por sinal...
(Quem me conhece diz que sou boni-
to por dentro e "giro" por fora... eu
para ser sincero n~o penso nisso...).
Obrigada
António Pardal
Estrelas Cup 2015
@ d| que pensar (conclusão)
www.clubegalpenergia.com 5 # 221 setembro 2015
Desta vez foi a mim que me coube contar um pouco do que
foi o nosso divertido passeio ao Museu da Farm|cia e depois
o passeio por terra e pelo rio no divertido Hippotrip.
Foi no dia 5 de setembro, e foi muito agrad|vel. Convidei
duas amigas e l| fomos para Sete Rios encontrarmo-nos
com o resto do grupo, do qual embora tenham sido colegas
eram-me completamente desconhecidos, mas nem por isso
foi pior, antes pelo contr|rio, d| sempre tempo para se co-
nhecer mais pessoas e conviver o que é muito agrad|vel.
Começ|mos pelo Museu da Farm|cia que eu desconhecia,
mas foi uma agrad|vel surpresa. Situado numa zona muito
pitoresca de Lisboa, perto do Chiado, na Zona de Santa Ca-
tarina, mesmo em frente ao miradouro do Adamastor.
O Museu d|-nos uma perspectiva da Farm|cia desde o sécu-
lo XV até aos nossos dias. O Museu constitui uma represen-
tativa história da Farm|cia n~o só nacional, mas também
mundial: desde o antigo Egito, Mesopot}mia, Babilónia, co-
mo também da Grécia antiga.
Depois partimos novamente em direç~o ao local onde almo-
ç|mos, junto {s Docas, mais propriamente no restaurante
Doca de Santo, um almoço muito agrad|vel e participado,
com toda a gente bem-disposta.
Seguiu-se o t~o esperado passeio no autocarro anfíbio, que
partiu perto do restaurante onde almoçamos. Esse autocar-
ro leva-nos a uma visita por terra por locais bem emblem|ti-
cos da nossa cidade e depois mergulha no rio onde nos pro-
porciona uma vista deslumbrante de Lisboa vista do Tejo.
Assim termin|mos de regresso a Sete Rios, depois de um dia
muito bem passado.
Quero deixar também um grande abraço de agradecimento
n~o só ao Clube Galp Energia – Núcleo Centro que proporci-
ona estas pequenas grandes viagens, mas também aos re-
presentantes do Clube que nos acompanharam, como sem-
pre com muita atenç~o e simpatia.
Lucília Leit~o
Sobre esta experiência, só posso recomendar a todas as
crianças, porque apesar de ter algum receio no início,
porque nunca tinha passado uma noite fora de casa,
adorei dormir em frente a um aqu|rio gigante com
tubarões enormes e aprender tanto sobre as suas
espécies.
O tubar~o que mais me fascinou, foi o tubar~o touro,
porque era o maior que existia no aqu|rio.
Após a nossa entrada no ocean|rio, começamos por nos
apresentar para nos conhecermos melhor, depois dividimo
-nos por equipas e fizemos jogos para saber qual a equipa
que tinha mais conhecimentos sobre tubarões.
Antes de dormir fizemos uma ceia e estivemos a observar
os tubarões.
Depois de acordar sobre o olhar dos tubarões, estivemos a
tomar o pequeno-almoço e logo a seguir as monitoras
partilharam connosco experiências que j| passaram e
ainda conhecemos as instalações, por exemplo, o local
onde davam de comer aos tubarões.
Gostei tanto da experiência, que gostava de voltar a
repetir.
Rui Miguel Rodrigues Mineiro
Museu da Farm|cia & Hippotrip
Dormindo com os Tubarões
www.clubegalpenergia.com 6 # 221 setembro 2015
Decorreu, no passado dia 20 de se-
tembro de 2015, no Museu Nacional
de História Natural e da Ciência, uma
aventura muito interessante denomi-
nada 20.000 Léguas Submarinas.
Esta aventura consistiu numa expedi-
ç~o efetuada pelo professor Aronnax
que, com a ajuda do arpeiro Ned
Land, pretendia desvendar qual o ani-
mal misterioso que navegava no fun-
do do mar e que estava a afundar os
navios de guerra.
A bordo do submarino Nautilus, co-
mandado pelo Capit~o Nemo, foram
vividas numerosas e perigosas aven-
turas.
Uma manh~ muito interessante para
miúdos e graúdos, vivida num ambien-
te muito descontraído e aprazível.
Promissora manh~ de s|bado para
mais um encontro de veteranas espe-
cialistas em mais uma demanda de
Bowling Feminino.
Desta vez o renhido encontro foi na
pista de Cascais, pelo que após a épo-
ca de férias de Ver~o era de esperar,
após o merecido descanso, o alto de-
sempenho deste grupo de desportis-
tas de alto gabarito!
E assim foi, um jogo muito disputado,
energético, as expetativas estavam ao
mais alto nível, as pontuações fala-
vam mais alto pois est|vamos na pe-
núltima etapa!
As bolas deslizavam como se n~o hou-
vesse mais amanh~, as participantes
aferiam a sua técnica e perícia indivi-
dual, as bolas pareciam desorientadas
e de alguma forma estiveram { altura
desta exigência!
Estivemos todas muito bem e todas
ganhamos mais uma manh~ de ótimo
convívio e camaradagem onde ganha
sempre esta iniciativa, que promove
n~o só o exercício mas também a ami-
zade !
Texto da F|tima Correia
20.000 Léguas Submarinas
Campeonato Interno de Bowling Feminino
www.clubegalpenergia.com 7 # 221 setembro 2015
O Clube Galp Energia - Núcleo Centro promoveu, nos passa-
dos dias 13 e 26 de setembro, um Mini Cruzeiro a bordo da
embarcaç~o Costa Azul, por forma a possibilitar aos seus As-
sociados e familiares uma visita diferente { bonita zona da
Baía de Setúbal e da Costa do Parque Natural da Arr|bida.
Houve necessidade de recorrer a duas datas, pois face a
uma forte ades~o que se registou para o dia 13, efetuou-se
ent~o uma segunda data - o dia 26 de Setembro. Esta é uma
particularidade que regularmente acontece na organizaç~o
deste passeio de }mbito cultural e recreativo.
Este passeio é sempre destinado a todos os
amantes do Sol, da Praia e da Natureza. O
mini cruzeiro iniciou-se {s 10 horas em Setú-
bal e logo seguimos pelo estu|rio do rio Sa-
do, onde fizemos uma primeira paragem,
junto da Pedra da Anicha, onde os partici-
pantes que assim o pretenderam foram dar
um mergulho até uma das praias aí existen-
tes, sempre desertas devido ao seu difícil
acesso por terra.
Após umas banhocas retemperadoras e que
ajudaram a aliviar o calor que se fazia sentir,
dirigimo-nos para o interior, entr|mos Rio
Sado dentro, onde tivemos a oportunidade
de observar golfinhos / roazes, tendo-nos
permitido a aproximaç~o para tirar umas
fotos bem engraçadas.
Cruzeiros no Rio Sado - 13 e 26 de setembro Como j| era hora de almoço e o apetite havia sido desperta-
do pela brisa marítima, a tripulaç~o iniciou ent~o uma mega
churrascada, composta de sardinhas, carapaus e bifanas.
O almoço foi a bordo, mas junto a uma praia deserta situada
fora de Setúbal e na margem sul do Rio Sado, o que permitiu
que enquanto se faziam os preparativos para a refeiç~o, al-
guns banhistas pudessem ainda dar mais uns mergulhos e
mostrar os seus dotes de nataç~o.
Após o almoço, inici|mos o regresso.
Tempo para observar, admirar e tirar mais algumas fotos aos
golfinhos, assim como ultimar ainda umas conversas com
outros participantes, pois é de realçar o excelente convívio
que estes dois passeios proporcionaram.
www.clubegalpenergia.com 8 # 221 setembro 2015
No passado dia 27 de Setembro de 2015, pelas 17 horas, no Campo Pe-
queno em Lisboa, a Magia começou…
O Campo Pequeno estava cheio de pequenos e graúdos que aguardavam
com muita alegria e expectativa o início do espet|culo.
Com a entrada da Xana Toc Toc, o Campo Pequeno vibrou… de olhinhos brilhantes, sorrisos ras-
gados, vozes afinadas e m~ozinhas preparadas, os mais pequenos iniciaram a viagem no mundo
colorido e m|gico da Xana Toc Toc… Uns começaram de imediato a cantar, a dançar e pular, ou-
tros, “vidrados” no espet|culo da Xana Toc Toc, nem “pestanejavam”, com toda a atenç~o na
magia envolvente …
No Campo Pequeno em “unisom” ouviram-se as melodiosas canções da Xana Toc Toc com o
“pequeno público” e assistiu-se, com toda a atenç~o e risos, { história repleta de cor, persona-
gens e magia.
O Trolipop, os amiguinhos Toc Toc, entre outros, também fizeram parte desta magnífica
festa.
Um espet|culo de cor, luzes, muita música, alegria e magia que nos prendeu a todos ao
palco a cada segundo…
A alegria e euforia era geral e até os mais velhos com muita atenç~o assistiram…
“A Magia Existiu!”
Por c| h| muito que aguard|vamos um espet|culo da Xana Toc Toc. Sem dúvida que o próximo espet|culo ser| aguarda-
do com muita ansiedade e expectativa, em especial pela nossa pequena f~ de 3 anos.
Para terminar…. ...“A Magia Existe!”
“Mil beijinhos da mini F~ Toc Toc e família”…
“Joaninha, mam~ Mafalda e família”
Mafalda Baptista Neves
A Magia da Xana Toc Toc ...
www.clubegalpenergia.com 9 # 221 setembro 2015
Inserida pela primeira vez na
calendarizaç~o anual de atividades
desportivas do Clube Galp Energia –
Núcleo Centro, realizou-se, no
passado dia 13 de setembro de 2015, a
Corrida do Tejo, prova de atletismo
onde se percorreram uma dist}ncia
total de 10 km.
Esta prova percorreu a marginal do
Rio Tejo entre Algés e a Praia da Torre
em Oeiras, passando por Pedrouços,
Cruz Quebrada e Santo Amaro de
Oeiras, possibilitando a todos os
participantes n~o só praticar desporto
como também poder desfrutar da
belíssima paisagem envolvente.
E como a pr|tica desportiva é
bastante saud|vel e de extrema
import}ncia no nosso dia-a-dia, a
mesma ser| constantemente
promovida pelo Clube Galp Energia
na sua programaç~o para o ano que
se avizinha de 2016.
Saudações Desportivas
J| saímos tarde, pois tivemos a en-
cher os sacos com p~o, |gua, leite,
fruta e bolachas.
Primeira paragem: Saldanha, estavam
mulheres e homens { espera que al-
guém aparece-se com algo com que
pudessem enganar o estômago.
A sopa estava muito boa. Era sopa da
pedra e estava t~o saborosa que pedi-
ram-nos para repetir vezes sem conta,
e demos dois dedos de conversa, o
que também aquece a alma……e l|
nos pediam mais uma sopa.
Acredito que s~o muito importantes
para estas pessoas n~o só os alimen-
tos, mas também a atenç~o que lhes
damos, têm sempre boas histórias
para contar.
Algumas pessoas pediam-nos roupa.
N~o tínhamos, e agora que vem o in-
verno vai fazer muita falta. Fica a
ideia.
Quando chegamos { Estaç~o de Ori-
ente, última paragem, j| estava tudo a
dormir, nas pedras frias e duras.
Uns com sacos cama, outros com co-
bertores e outros sem nada, o que
n~o é bonito de se ver.
Para mim estas saídas j| n~o s~o novi-
dade, no entanto, s~o realidades dife-
rentes porque na associaç~o onde eu
sou volunt|ria, as pessoas s~o sempre
as mesmas, j| n~o s~o anónimas, sa-
bemos as suas necessidades e a maior
parte n~o vive na rua.
A rua foi o que me marcou, porque
por uma raz~o ou por outra, estes
seres humanos vivem na rua, sem te-
to, sem nada.
Acabamos a noite de coraç~o quente,
com a sensaç~o de miss~o cumprida.
Sónia Lourenço
Corrida do Tejo 2015
SoliDARiedade - Aç~o de Rua I
www.clubegalpenergia.com 10 # 221 setembro 2015
Eu costumo dizer que todas as viagens começam no momento em que saio de casa. A partir daí todos os meus sentidos,
toda a minha vida se compraz, no que { viagem diz respeito, ao locais que vou visitar, aos companheiros que vou ter, os
meios de transporte que vou usar, enfim todos os pormenores merecem a minha atenç~o e é assim que eu pretendo rela-
tar esta viagem, dando neste caso, especial atenç~o aos meus companheiros de viagem que foram excepcionais e que
transformaram esta longa viagem numa curta e belíssima viagem, que certamente nos ir| deixar muitas saudades.
Neste relato vou usar a informalidade que foi usada ao longo da viagem. Se alguém n~o gostar, paciência. Para a próxima
avisem o Clube: “nós viajamos com o Clube, mas vocês n~o deixam aquele gajo escrever uma linha sequer”.
Deste modo, agora têm que levar comigo, exatamente como o taxista que me levou ao aeroporto e a quem eu contei a
primeira anedota da manh~ e { qual ele n~o achou piada nenhuma.
A coisa n~o estava a começar bem, mas o encontro no aeroporto de todo o grupo de imediato me fez esquecer aquela
infeliz intervenç~o madrugadora e de novo a emoç~o da viagem, os primeiros contactos, o embarque e o primeiro voo
com destino ao Dubai. Seguiu-se de imediato outro com destino a Singapura, este último com algumas perturbações, origi-
nado o entornar de algumas bebidas, calhando ao meu amigo Francisco o derrame de vinho tinto na parte mais sensível
das calças. De imediato consolei o meu amigo dizendo-lhe que poderia ser pior, pois quando é quente origina sempre um
gritinho de afliç~o que pode pôr em causa a masculinidade de qualquer homem. O acidente foi sanado com uma r|pida
troca de calças, até porque uma nódoa t~o pouco discreta ainda por cima numas calcinhas brancas provocaria um redo-
brar de atenções, para além de n~o se saber se em Singapura aquelas nódoas n~o seriam proibidas.
Ali|s, n~o sei se pelo número de proibições que constam dos regulamentos da cidade, se devido a uma política de limpeza,
o facto é que Singapura começa logo por nos impressionar pela sua limpeza, mesmo nas mais recônditas zonas. Singapura
é uma cidade cheia de proibições, como cuspir ou mandar beatas para o ch~o, deixar lixo ou mastigar pastilha. No meio de
tanta proibiç~o tenho a certeza que o que mais custaria ao portuguesito seria estar proibido de cuspir no ch~o. J| imagina-
ram o que era o tuga ir no seu carrito e n~o poder praticar o lançamento da “cuspidela”, ato que pratica com tanta aplica-
ç~o.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 11 # 221 setembro 2015
Bom, estamos no primeiro dia da viagem e se n~o paro com os apartes nunca mais chego ao fim desta crónica e é preciso
andar com isto, portanto o grito de guerra que foi muito peculiar nesta viagem …VAAMOS (nunca conseguirei reproduzir
este maravilhoso vamos. Primeiro, porque n~o tenho a voz gutural do nosso amigo Bruno, segundo porque necessitaria de
oito dias a gargarejos de sumo de lim~o e eu c| sou mais de gargarejar com sumo de uva).
Singapura foi o nosso primeiro dia de viagem. Um bonito passeio pelo Rio de Singapura e a nossa primeira foto de grupo, a
que se juntou um voluntarioso e divertido grupo de rapazes. Dispensados os figurantes, l| saiu a nossa primeira foto de
grupo. Agradecemos a espont}nea intervenç~o da rapaziada, mas a beleza do nosso grupo dispensava qualquer acessório.
Seguimos para o nosso passeio de Bumboat através do rio até horas de jantar. Ali|s, excelente jantar num bonito restau-
rante denominado Gorden Grill Restaurant, que só n~o correu melhor porque os preços do vinho tinham todos três dígitos
(provavelmente por erro de impressão!). Mas, em compensação, pôde-se arrotar { vontade, pois em Singapura não é proi-
bido arrotar. Até que enfim “um ato agrad|vel” que n~o é proibido.
Para primeiro dia n~o foi mau. Começ|mos o segundo dia de viagem logo cedinho. Mais um passeio por Singapura no qual
se destaca o “Gardens by the Bay”, um jardim de passeio domingueiro, mas muito grande e espetacular cuja |rea foi total-
mente roubada ao mar. Depois do jardim, os bairros Little India e a Arab Street e, para terminar, um curioso almoço em
restaurante Dim Sum no bairro de Chinatown. Neste almoço até eu bebi ch| ... só para apreciar como o ch| era servido. A
ch|vena j| continha um conjunto de ervas arom|ticas, o empregado chegava e deitava um jacto de |gua muito quente
contida num bule com uma ponta fina e comprida, fazendo lembrar um chichizinho feito por um menino quando começa a
descobrir as capacidades da sua natureza …
VAAMOS, deixemo-nos de comparações parvónias, pois ainda temos que fazer um passeio de teleférico até { ilha de Sen-
tosa, onde, para além da bonita paisagem circundante, podemos visitar o parque das borboletas. Aí achei que a express~o
“ai,ai,ai, tanta borboleta “afinal de contas n~o é uma express~o amaricada. Existem sitos onde h| mesmo muitas e bonitas
borboletas. De fato, foi um momento encantador a observar a diversidade e a quantidade de borboletas existentes neste
parque onde, para além das borboletas, existem ainda papagaios e um sem número de insectos … VAAMOS, eu sei que
gostavam de apreciar melhor, mas temos que dar corda aos sapatos e ir para o aeroporto apanhar o avi~o para Melbour-
ne.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 12 # 221 setembro 2015
Chegados ao aeroporto e j| um pouco cansados, mas ainda com folgo para apostarmos quantas vezes a Maria do Céu seria
revistada. Ali|s j| fazia parte da rotina vermos a Maria do Céu a ser revistada com frequência e {s vezes repetidamente.
Maria do Céu deu as devidas explicações, justificando porque quando passava o alarme acionava e desta vez a coisa ficou
por aí. J| dentro do avi~o com destino a Melbourne, após o dia em cheio, eis-nos todos a pensar como é que vamos recu-
perar, pois est| programado chegarmos a Melbourne de manh~ e começarmos logo a visitar a cidade. Só viaj|vamos h|
três dias, mas até parecia que sempre tínhamos viajado juntos, tal foi a facilidade com que todos nos relacionamos.
De tal maneira que começ|mos a dar conselhos uns aos outros de como deveríamos fazer para passar a noite. O problema
principal passava por calar aqueles que gostavam mais de dar { palheta, eu, a minha amiga Teresa e a simp|tica açoriana
Aida, corrijo, simp|tica sim, açoriana nem tanto. Eu c| decidi. Vou pedir uma dose reforçada de tinto e a coisa vai, para a
minha amiga Teresa sugeri-lhe um comprimido, quanto { Aida pareceu-me que a soluç~o estava nos seus amigos, esses
sim açorianos de gema. Uma ameaça do género “ou dormes ou n~o voltas connosco para os Açores “ e se a coisa resultou
mais ou menos comigo e com a Aida , j| com a minha amiga Teresa a coisa parece que falhou, porque caladinha, caladinha
ela foi, mas dormir é que n~o e o resultado foi achar que, chegados a Melbourne, o excelente pequeno almoço que que
nos foi servido, cerca das 11 horas, no bonito e florido parque Fitzroy Garden era jantar e que a catedral dos anglicanos de
Melbourne parecia uma cama. Esta catedral segundo a nossa guia ser| semelhante { de Nova York, sendo a diferença prin-
cipal a cor da pedra.
Depois do clima quentinho e húmido de Singapura, aí temos nós a fresquinha Melbourne, segunda maior cidade da Austr|-
lia e que é considerada a melhor cidade do mundo para se viver de acordo com o ranking elaborado pelo Economist Intelli-
gence Unit. De fato Melbourne tem características que a fazem diferente de outras grandes cidades, nomeadamente a
existência de diversos tipos de vivendas n~o só nos subúrbios como dentro da própria cidade, a disposiç~o e a variedade
arquitectónica encantam-nos e transforma o que é por vezes enfadonho, numa agrad|vel descoberta. Seria fastidioso enu-
merar aqui a quantidade de edifícios, parques, jardins e avenidas com história que nos foi dado a conhecer pela nossa guia
Alicia ao longo do nosso passeio pela cidade, no entanto n~o queria deixar de salientar dois edifícios que me surpreende-
ram n~o só pela sua beleza como pela sua história, um, o Edificio Rialto, construído em 1891, atualmente designado por
Hotel Intercontinental, obra emblem|tica do arquiteto australiano William Pitt e exemplar grandioso da arquitetura gótica
vitoriana do século XIX. O outro, o Hotel Windsor, também uma obra da alta arquitetura vitoriana, onde foi redigida a
constituiç~o da Austr|lia em 1898.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 13 # 221 setembro 2015
E sem querer estamos no quinto dia de viagem, que inici|mos tendo por principal objetivo a visita ao Centro de Conserva-
ç~o de Koalas , situado no Parque Natural de Philiips Island e a parada de pinguins nas |guas de Phillips Bay . Um começo
de passeio auspicioso pois, na marina William Bay, primeira paragem para desentorpecimento das pernas assistimos { mai-
or prova de amor verificada durante a viagem e eu seja ceguinho se n~o vi a Olga ajoelhar-se em frente do Toste.
A marina era bonita, mas acho que n~o era caso para tanto, portanto só poderia ser mais um ato carinhoso destes meus
dois companheiros de viagem. Ali|s aproveitei para exortar todas as senhoras do grupo a demonstrarem deste modo o
seu afecto pelos maridos e companheiros.
Com o tradicional VAAMOS, l| seguimos para Philips Island, passando por Churcill Island, onde se situa a heritage farm, lo-
cal onde os primeiros europeus se estabeleceram. E eis-nos num dos principais objetivos deste passeio: o Centro de Con-
servaç~o dos Koalas. Observ|mos que os bichinhos deviam estar mesmo muito bem conservados, pois apesar do empe-
nho de toda a gente apenas descortinamos três. Bom, j| n~o foi chita, restava-nos para aquele dia a célebre parada de pin-
guins nas |guas de Philips Bay, que, segundo a informaç~o disponível seriam cerca de 32.000, portanto bicharada era o
que n~o ia faltar e l| seguimos ao som do tradicional VAAMOS … até porque se fazia tarde e a bicharada com certeza que
n~o ia estar { nossa espera para se apresentar.
Chegamos com antecedência e enquanto esper|vamos pelo anoitecer, deu para apreciarmos toda a costa daquela zona da
Austr|lia. Desloc|mo-nos para o local de onde observaríamos os pinguins e eis que para nossa surpresa deparamos com
bancadas, holofotes e guardas para segurança e também j| centenas de chineses e outros turistas sentados, embrulhados
em mantas { espera. Um espet|culo selvagem, com direito a bancada e holofotes, só faltava começarem a emergir os pin-
guins e de fato quando começaram pouco faltou para se começar a bater palmas, só que a quantidade estava muito longe
do número apregoado e os espectadores preferiram o silêncio, n~o fossem aqueles poucos que emergiram, arrepender-se
e voltar para tr|s.
Após v|rios VAAMOS, l| fomos jantar e, como j| se tinha tornado habitual, um jantar animado e educativo. Desta vez a Ai-
da ensinou-nos a arte de bem dobrar um guardanapo, baseada na liç~o dada por uma madre superiora {s suas noviças, que
entre o dobrar comprido e fino ou curto e grosso resultou um guardanapo erecto, erguido, direito, vertical, altivo, apruma-
do, bom, deixo a liberdade do adjetivo { imaginaç~o dos leitores. Foi tal o sucesso que, nas refeições seguintes, as dobra-
gens do guardanapo foram sempre em crescendo.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 14 # 221 setembro 2015
Jantar e regresso a Melbourne, com tempo para fazermos o balanço do dia e concluirmos que, apesar da bicharada ter
estado em greve de zelo, a paisagem ao longo do trajeto revelou-nos uma Austr|lia selvagem e encantadora.
Mais um dia e mais uma viagem de avi~o agora com destino a Ayers Rock, com escala em Alice Springs, um belo inicio de
viagem, pois logo no avi~o fomos presenteados com a linda melodia do Abril em Portugal, que se repetiu com a nossa che-
gada a Alice Spring .
Nesta escala aproveitamos para visitarmos uma antiga estaç~o de telégrafo, berço de Alice Springs. Esta estaç~o destina-
da a retransmitir as mensagens entre Darwin e Adelaide, preserva os edifícios originais da estaç~o o que nos permitiu dar
um passo atr|s no tempo e imaginar como seria a vida naquele lugar desértico, especialmente no que respeita { recupera-
ç~o e utilizaç~o da escassa |gua existente, através de um sistema designado por evaporimeter. Um sistema que impede a
evaporaç~o da |guas e a aproveita depois de esta passar pelo processo de condensaç~o.
Como acontece sempre em todas as viagens, também nesta tivemos os nossos percalços e eis-nos a esperar mais de três
horas pelo avi~o com destino a Ayers Rock, onde supostamente veríamos o pôr do sol. Bem nos esforçamos mas ele pôs-
se e nem sequer esperou por nós. Fica para a próxima. Como na natureza nada se perde, também nós n~o perdemos tudo,
pois logo a seguir iniciou-se um excelente jantar servido ao ar livre em pleno deserto e sob o magnifico céu estrelado, a
que se seguiu uma oportuna liç~o de astrologia.
Ouviu-se, nesta noite fria do deserto, uma fant|stica interpretaç~o do cante alentejano, protagonizado por todo o nosso
grupo. Fiquei t~o empolgado com o acontecimento que enviei a seguinte mensagem para os meus conterr}neos alenteja-
nos “cantou-se o Alentejo no deserto australiano“ resposta “Manel, tu cantaste?”, resposta “claro”, exclamaç~o “ainda bem
que foi no deserto”.
N~o vimos o pôr-do-sol, mas vimos o nascer do sol por detr|s do Monte Uluru. De certeza imagens que nos ficar~o na reti-
na por muitos anos, portanto nada melhor para se começar mais um dia de passeio que um lindo nascer do sol. Um pas-
seio muito especial, pois, para além de desfrutarmos das variadas cores do rochedo, tivemos uma verdadeira liç~o de co-
mo se sobrevive no deserto.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 15 # 221 setembro 2015
De facto para além das pinturas aborígenes, foi interessante constatar da import}ncia que este monólito tem para os abo-
rígenes, tanto no aspecto espiritual como no aspecto terreno, nomeadamente na import}ncia que as plantas e os arbustos
tem como indicadores da existência de |gua. Vimos, por exemplo, uma espécie de eucalipto que sangrado daria cerca de
dois litros de |gua e um arbusto, designado por Wakalpuka, que quando seca significa que em seu redor n~o existe mais
vestígios de |gua, sendo a última planta a morrer no deserto.
Durante este passeio fic|mos também a conhecer o significado do nosso termo popular”vai-te encher de moscas“. Aqui
sim, aqui h| moscas a sério, ali|s quando alguém me chatear, em vez de utilizar este nosso termo, utilizarei “vai mas é pas-
sear para o Uluru“. N~o sei se foi pelas mosquinhas, o certo é que, desta vez, n~o ouvimos o tradicional, VAAMOS.
Outro dia e mais uma viagem de avi~o, desta vez a caminho da tropical Cairns, onde chegamos e fomos agraciados com
um excelente churrasco para jantar, pois h| muito que n~o comíamos carne …
Dia 26 de setembro, s|bado, bom dia talvez para quase todos, pois a excurs~o prometia dia todo no mar. Só que o início,
com o mar um pouco encrespado, originou algumas cargas ao mar devido { ondulaç~o e n~o aos copos do dia anterior ..
só se a Carlota e a Adosinda se escapuliram para uma tropical noitada. N~o estou a ver, a rapaziada era mesmo muito bem
comportada. Tanto era que toda a gente se atirou {s |guas da Grande Barreira de Coral, segundando o Toste que, elevan-
do a sua qualidade de ilhéu, se atirou { |gua sentindo-se como peixinho em aqu|rio. Bom, peixinho, peixinho n~o ser| bem
o termo, tendo em conta as dimensões do nosso companheiro, mas a ideia é que também foi essa a sensaç~o que todos
sentimos ao nadar naquelas |guas cristalinas quase a tocar nos peixes de diversos tamanhos com cores variadas e garridas
que nos rodeavam. Mais uma experiencia que iremos sempre recordar. Assim foi passado o nosso dia entre mergulhos e
passeios em barcos com casco de vidro especialmente preparados para observarmos do seu interior a vida submarina do
recife de corais.
Na plataforma fixa onde nos encontr|vamos foi servido o almoço, momento que aproveitei para observar outra fauna: os
chinocas a comerem. Fiquei impressionado pois no mesmo prato juntaram carne, peixe, marisco, doces, sushi, massas, tu-
do bem misturadinho e a fazer “cagulo”.Depois, lançaram-se ao pratinho e ainda ia eu nas minhas primeiras garfadas e j|
eles tinham terminado. Rapaziada despachada.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 16 # 221 setembro 2015
Outro dia e outro passeio, agora por terra e bem cedo a caminho de Kuranda - a 25 km de Cairns -, exatamente para a pri-
meira estaç~o do Comboio Panor}mico de Kuranda - Freshwater - designada assim por ter sido a primeira |rea onde os
grupos de oper|rios que trabalhavam na construç~o dos caminhos de ferro encontraram |gua doce, antes de começarem
a subir a Cordilheira de Kuranda.
Ao longo do percurso foram-se desvendando bonitas paisagens de floresta, quedas de |gua e plantações de cana do açú-
car. Concluído em 1891, para assegurar o transporte de abastecimentos entre a costa e as minas de estanho, o caminho-de-
ferro foi considerado um feito sem paralelo, devido aos obst|culos impostos pela selva e {s chuvadas que alagavam os
túneis. Para a construç~o deste caminho de ferro foram escavados, a p|s e picaretas, quinze túneis. Um trabalho duríssi-
mo, de tal ordem que foi criado um sindicato que se dominava por United Sons of Toil (Sindicato dos Filhos do Trabalho
Duro).
Toda a paisagem que se avista do comboio é lindíssima. A destacar talvez a ponte das cascata de Stoney Creek, dadas as
características da sua construç~o, com três pilares em curva com um raio muito apertado de onde se avista uma paisagem
espetacular incluindo o próprio comboio.
O dia ainda estava no começo e, mal nos ape|mos do comboio, logo est|vamos a entrar para uns carros anfíbios do tempo
da II Guerra Mundial onde efetuamos um passeio ao longo de trilhos e charcas de |gua no interior da floresta tropical, uma
liç~o de bot}nica.
Ainda antes de finalizar a manh~, uma visita ao Australian Butterfly Sanctuary , o maior avi|rio de borboletas da Austr|lia,
cujos jardins reproduzem o ambiente natural da floresta tropical, enquanto centenas de borboletas esvoaçavam ao nosso
redor, chegando mesmo a poisar em nós.
Depois de tanta borboleta, e após o almoço, aí estamos nós a entrar para o SkyRail, um teleférico que desliza mais de 7,5
km a poucos metros da copa das |rvores da floresta tropical intata, Património Mundial. Houve tanto cuidado em proteger
esta maravilha, que até os postes deste teleférico foram transportados de helicóptero para o local. Terminado este péri-
plo, hora de cultura aborígene no Parque Cultural Pamagirri, onde foi exibido um espet|culo de danças tradicionais, onde a
nossa companheira Isabel se exibiu a grande nível, especialmente na Dança do Mosquito - Ngukum.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 17 # 221 setembro 2015
Para este desempenho foi de grande utilidade o sacudir as moscas no Urulu. O que n~o foi preciso foi treino para lançar-
mos o boomerang, pois a rapaziada fez lançamentos para todos os gostos. Quanto ao tocar o instrumento, estou a falar
no didgeridoo (instrumento de sopro dos aborígenes), também todos fizeram uma perninha, mas a Guida foi a que de-
monstrou melhor afinaç~o.
Regresso a Cairns e ainda tempo para dar um passeio na Esplanade, uma zona ajardinada na orla de Cairns, com piscina,
locais para churrascos, |reas de piqueniques, parques infantis, lojas e restaurantes. De fato uma zona de lazer bem organi-
zada .
J| estamos no décimo dia e a despedirmo-nos de Cairns, n~o sem dar uma voltinha na praia de Palm Grove. A praia foi ten-
tadora mas, tendo em conta que poderíamos ter a companhia de algum crocodilo, apenas apanh|mos um solinho. Os ba-
nhos ficam para a próxima, content|mo-nos em passear e tomar nota de como os australianos gozam as suas férias de
praia em Cairns.
Fim de tarde e embarque com destino a Sidney, onde j| cheg|mos { noite, mas ainda a tempo de começarmos a conhecer
esta linda cidade com cerca de quatro milhões de habitantes.
Dia 29 de setembro e aí estamos nós começando o nosso passeio a Sidney, pelo lugar conhecido como o presente da se-
nhora Macquaire, uma cadeira esculpida na rocha que constitui o melhor ponto para se observar Sidney, local onde prova-
velmente o nosso companheiro Manuel António ficou com c~ibras de tanto dar ao dedinho para tirar a melhor foto da ci-
dade.
Se n~o fosse o VAAMOS, ainda l| est|vamos e n~o teríamos observado outro local, este constituído por um conjunto de
falésias e precipícios adornados de lindíssima vegetaç~o, mas ao que parece também utilizado para muita gente se suici-
dar.
Depois desta paragem, l| seguimos a caminho da famosa praia Bondi Beach, conhecida praia de Sidney onde o estaciona-
mento custa a módica quantia de mais ou menos 6 € por hora.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 18 # 221 setembro 2015
A Paula, nossa guia, uma portuguesa a viver nos arredores de Sidney, empolgava-se e empolgava-nos com os encantos e
as histórias da sua cidade, enfatizando e chamando a atenç~o para cada detalhe da cidade, nomeadamente { passagem
pela igreja de Nossa Senhora da Estrela do Mar, mandada erigir por baleeiros da comunidade portuguesa.
Chegados ao Centro, podemos visitar a famosa Opera House com o seu impressionante telhado feito de placas de dois ti-
pos de cer}mica que, com a incidência do sol, parece ouro , seguido do Bot}nico Garden, a ponte Harbour Bridge e ainda o
famoso bairro The Rocks, onde Sidney começou.
E foi a partir desta zona que embarc|mos para um lindo cruzeiro na Baía de Sidney, com um excelente almoço a bordo.
Terminado o cruzeiro, dirigimo-nos para o Sealife Sidney Aquarium, agora para uma viagem subaqu|tica na qual observ|-
mos os ambientes marinhos e um infind|vel número de espécies aqu|ticas, incluindo os belos dugongos, que segundo diz
a lenda eram confundidos com sereias pelos marinheiros. Lenda, que convínhamos n~o ser| muito despropositada, se le-
varmos em conta os meses de navegaç~o que eles demoravam para aqui chegar, qualquer bichinho com curvas, seria mu-
lher.
Concluído o passeio marítimo { superfície e {s profundidades, aí estamos nós a subir os 309 metros de altura da Sydney
Tower Eye para um jantar no restaurante giratório O Bar & Dinning, com uma vista deslumbrante de 360º sobre a cidade e o
porto. Uma agrad|vel surpresa foi encontrar-mos dois jovens portugueses que ali estavam a trabalhar. Mais um dia da
nossa viagem concluído espetacularmente.
Ainda n~o refeitos da espetacularidade da noite anterior, aí estamos nós de saída para a excurs~o {s famosas Blue Mou-
tains. Percurso com paragem no Featherdale Wildlife Park, onde tivemos a chance de ver os animais nativos que não conse-
guimos ver na natureza tal como os coalas, dingos, goanas, emas, o celebre demónio da tasm}nia e ainda uma variedade
enorme de aves e repteis.
Chegados a Echo Point e { deslumbrante paisagem das Blue Moutains, assim chamadas porque estas montanhas refletem
uma luz azulada devido |s finíssimas gotas de óleo de eucalipto que flutuam no ar. Neste espet|culo de paisagem desta-
cam-se as Três Irm~s, três formações rochosas incomuns que representam três irm~s da tribo Katoomba que segundo a
lenda aborígene foram transformadas em pedra.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 19 # 221 setembro 2015
Neste local, além da sua beleza constituída pela floresta antiga de Jamison Valley, ainda houve tempo para grandes emo-
ções, nomeadamente pela subida no comboio de inclinaç~o mais íngreme do mundo - Katoomba Scenic Rail -, originalmen-
te construído para transportar carv~o e xisto do fundo do vale. Também visit|mos as minas de onde era extraído o carv~o
que era transportado para o cimo do vale pelo referido comboio, tendo também sido explicado todo o processo e a forma
difícil como ali se desenvolvia a atividade mineira.
Almoço no bonito restaurante situado em pleno Jamison Valley. Regresso a Sidney com paragem na linda cidade de Leura,
onde quase todas as habitações dispõem de jardins. O centro da cidade é lindíssimo, dividido por uma faixa central ajardi-
nada, passeios laterais também ajardinados com relva, flores, arbustos floridos e ambos repletos de cerejeiras, que, para
felicidade nossa se encontravam floridas nesta altura do ano. Nesta cidade a jardinagem é um hobby muito praticado e
anualmente organiza-se um concurso para determinar qual o jardim mais bonito da cidade.
E depois de tanta e extasiante beleza, uma noite amena a permitir o jantar ao ar livre no Waterfront Restaurant, com vista
para a Sidney Harbour Bridge e para o edifício da Opera. Noite que n~o terminou sem um passeio pedonal proporcionado
pela nossa inestim|vel guia Paula na |rea de Rocks, zona velha da cidade e que nos enriqueceu com a história ao vivo da-
quele local de habitações das classes pobres, berço da cidade. Mais um dia com final feliz.
J| estamos no dia 1 de outubro e nada melhor que começar o dia {s quatro da madrugada, n~o para ouvir o passarinho,
mas para embarcar com destino { Nova Zel}ndia, terra de montanhas e vales profundos onde ainda é possível o contato
íntimo com a natureza.
Chegada a Auckland, cidade que contem 32% da populaç~o neozelandesa e é a única cidade do mundo construída sobre
um campo vulc}nico de basalto que ainda est| em atividade. Cidade das Velas, devido ao número de veleiros que navegam
na baía. Uma em cada três famílias de Auckland possui um barco e o clima altera-se com muita facilidade.
Visita ao Auckland Domain, um dos maiores parques da cidade com vista para o golfo de Hauraki e Rangitoto Island, local
onde visitamos o Museu Maori e fic|mos a saber que os maoris eram canibais, só n~o fiquei a saber se o prato era servido
cru ou cozinhado. Devia ter sido complicado para os primeiros europeus que chegaram a estas paragens, pois nunca sabi-
am se eram convidados para o almoço ou se eram o almoço.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 20 # 221 setembro 2015
Depois da história maori e dos maoris, visita ao Monte Eden nos subúrbios de Auckland, em que a vista nos tr|s { memória
outras paragens devido { utilizaç~o de pedras e rochas na construç~o da cerca das propriedades. Regresso a Auckland
com passagem por Parnell, o bairro mais antigo da cidade e atualmente composto de inúmeras lojas, bares e cafés e por
Mission Bay, uma das praias mais populares situadas nos subúrbios de Auckland.
A concluir o dia, jantar no restaurante panor}mico Sugar Club, localizado no topo da Sky Tower - a estrutura mais alta do
Hemisfério Sul e de onde desfrut|mos de uma vista fant|stica sobre a cidade toda iluminada.
Dia 2 de outubro, 14º dia de viagem, muito cedinho para todos nós, porque para a nossa companheira Anabela, sempre
primeira a alvorar, foi um pouco mais cedo. Com uma chuvinha como acompanhamento, inici|mos o nosso passeio por
belas paisagens com destino a Waitomo, para visita {s famosas grutas de Glow Worm. Nestas grutas, além das estalactites
e estalagmites, a beleza reside no teto que est| repleto de larvas que brilham no escuro, dando a impress~o de um céu
estrelado. Estas larvas s~o uma espécie de aranhas que s~o únicas, fornecendo uma luz parecida com a dos nossos pirilam-
pos.
Terminada a visita {s grutas, seguimos para Matamata / Hobiton, local onde foram rodadas cenas dos filmes Senhor dos
Aneis e da trilogia Hobitt.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 21 # 221 setembro 2015
Pelo caminho, uma paisagem em cen|rios fabulosos de verde a perder de vista, sendo as grandes pastagens uma das ri-
quezas da Nova Zel}ndia. Neste regresso a Auckland, ainda uma paragem na cidade de Otorohanga, a cidade Kiwiana on-
de vimos o verdadeiro Qiwi, ícone nacional da Nova Zel}ndia, num simulacro de habitat natural.
E ainda o dia n~o tinha terminado e j| est|vamos no voo para Christchurch, um voo onde tivemos uma verdadeira demons-
traç~o da simpatia neozelandesa, com medidas de segurança explicadas num humorado rap interpretado pelos All Black,
um comiss|rio ging~o e uns miúdos a oferecer rebuçados. Mais uma viagem de avi~o, esta por sinal bem agrad|vel.
Outro dia e outra cidade para conhecermos, Christchurch. Conhecida por ser o jardim da Nova Zel}ndia, foi atingida por
um terramoto h| cinco anos atr|s e desde essa data até ao presente foram sentidos mais de dez mil abalos. Felizmente,
durante a nossa estadia n~o se sentiu nada a n~o ser os habituais toques entre nós, arruma, desarruma, põe em cima, tira
para baixo, tudo a que temos direito nestas viagens. A nossa companheira Paula, que algumas vezes viajou próximo de
mim, deve ter chegado toda negra. Nada que n~o resolvêssemos com um sorriso e um pedido de desculpas. Ali|s, foi as-
sim que todos nós resolvemos os nossos insignificantes quiproquós.
De fato, Christchurch, que ainda se encontra com muitas sequelas do terramoto, surpreende-nos pela beleza dos seus jar-
dins, estufas de flores e cerejeiras em flor. Numa estufa que visit|mos, a nossa sempre prest|vel companheira Fernanda l|
deu uma ajudinha a um pequenote perdido.
Saída de Christchurch com destino a Lyttelton, pequena cidade portu|ria situada a 12 km de Christchurch, rodeada de coli-
nas que tiveram a sua origem em antigas erupções vulc}nicas. Do cimo destas colinas temos uma vista soberba do porto
de Lyttelton e da baía que o serve. Como era s|bado, foi dia de mercado na rua, bastante animado, com músicos e artistas
a exibirem-se e é utilizado pelos agricultores da regi~o para venderem os seus produtos biológicos, nomeadamente o cele-
bre mel de Manuka. A Manuka é uma variedade de arbusto de ch|, muito vulgar nesta regi~o.
Regresso a Christchurch e, antes de chegarmos ao hotel, pequena paragem para apreciarmos a Catedral de Papel~o de
Shigeru Ban, Catedral tempor|ria que substitui a catedral Anglicana destruída pelo terramoto. A Catedral é mesmo de pa-
pel~o. E mais um dia que chegou ao fim.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 22 # 221 setembro 2015
Dia 4, dia de eleições no nosso burgo, todos fic|mos a pertencer aos 43% de abstencionistas. Por castigo tivemos um final
de voo bem turbulento a trazer outras recordações { nossa companheira Ana, j| muito viajada e catedr|tica nesta coisa
dos abanões em aviões, nós, junt|mos mais um susto para contarmos aos netos.
Aí estamos nós na bonita cidade de Queenstown, conhecida como capital dos desportos radicais. N~o fizemos bungee jum-
ping mas a chegada de avião deu-nos adrenalina suficiente. E para acalmar fomos ao Kiwi Birdlife Parque ver os famosos
p|ssaros Kiwis, símbolo da Nova Zel}ndia e assistir a uma demonstraç~o das habilidades de outros p|ssaros e outros ani-
mais autóctones. De seguida dirigimo-nos { cidade mineira de Arrowtown, onde muitos de nós tivemos pela primeira vez a
oportunidade de pegar uma pepita de ouro na m~o. Esta cidade situada ao lado do aurífero Arrow River, foi fundada du-
rante o auge da corrida ao ouro em Otago, e mantem intatos v|rios edifícios de madeira e de pedra originalmente utiliza-
dos por europeus, chineses e japoneses, e agora transformados em lojas.
Grande almoço neste dia: uma perna de borrego divinalmente assada, acompanhada de uns excelentes vinhos na Armisfi-
eld Vineyyard. Ingresso no hotel e exercícios de preparaç~o para o programa da noite, que se adivinhava prometedor.
A caminho da noite, começ|mos, ainda de dia, a subir em tele-cabines ao Pico Bob. Chegados ao cimo deste Pico, depara-
mo-nos com uma paisagem simplesmente deslumbrante, tendo como pano de fundo o vale verdejante em redor de Que-
enstow, o leito azul escuro de lago Wakatipu e as altas montanhas que rodeiam as suas margens.
Extasiados com tanta beleza desloc|mo-nos para uma sala de espet|culos onde foi exibido um espet|culo de música e
danças tradicionais Maori. Este espet|culo, como n~o podia deixar de ser, contou com a nossa colaboraç~o especialmente
na dança do Haka, dança tradicional Maori, onde eu, empurrado pela Graça, que n~o só n~o me demostrou o seu afeto
como eu vinha exigindo, tal e qual como a nossa companheira Olga tinha feito ao seu marido, como ainda autoritariamen-
te me disse, vai tu dançar que danças bem. Lembrei-me daquele ditado português, homem pequenino, velhaco ou dançari-
no, se a minha mulher me acha dançarino, j| n~o é mau.
Mau, teria sido se o Pedro, nosso sempre impec|vel e disponível guia, n~o tivesse também entrado na dança, porque tra-
duzir o toque no cotovelo da dança, pelo nosso tradicional manguito poderia n~o dar muito saud|vel. N~o fiz a cara feia,
nem a língua de fora, porque os maoris presentes acharam desnecess|rio.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 23 # 221 setembro 2015
Chegados { hora do jantar, demos uma grande alegria a uma simp|tica empregada chinesinha, que nunca tinha visto um
português, mas sabia dizer “obligado“. Pela cara de felicidade dela, concluí que afinal até somos humanos. Com esta boa
disposiç~o l| demos volta ao pratinho, terminando o nosso jantar com dois grandes bolos oferecidos pelo nosso compa-
nheiro Bruno em nome do Clube Galp Energia e mais uma vez com vozes bem afinadas, o parabéns a você, para o nosso
jovem companheiro Francisco, que tinha acabado de entrar para a classe dos idosos.
Com mais um idoso no nosso grupo l| seguimos para o merecido descanso, com a certeza de que este foi mais um dia para
mais tarde recordar.
Décimo sétimo dia de viagem, saída bastante cedo com destino a visitar o Parque Nacional Fiordland, visita que n~o se con-
cretizou devido a derrocadas provocadas pelo temporal do dia anterior que também j| tinha sido impeditivo do passeio
em jetbboat no Rio Shotover.
Mas eis que, Dami~o o excelente guia local, Bruno e Pedro, numa colaboraç~o louv|vel, estipularam outro programa. Des-
te modo fomos fazer o passeio em jetboat que não tínhamos feito no dia anterior. Passeio, é uma forma suave de dizer,
porque andar a abrir entre os penedos n~o é propriamente uma imagem comum dos desportos n|uticos, mas foi assim
que fic|mos a saber que a nossa companheira Carlota, em |gua, gosta é destas emoções fortes, andar de barquinho a
abanar é que n~o. N~o ficou por aqui o nosso dia.
Foi organizado um passeio no lago Wakatipu no último barco a vapor do Hemisfério Sul a funcionar, parecia uma viagem
a um passado recente, o vapor TSS Earnslaw percorreu o lago depois de zarpar de Queenstown até chegar a uma típica
fazenda de ovelhas - Walter Peak Farm - onde um pastor residente apresentou a quinta e as virtudes dos c~es pastores lo-
cais na recolha e orientaç~o dos rebanhos durante o pastoreio. Para terminar, demonstra os segredos da tosquia numa
ovelha azarada. Após o almoço nesta bonita quinta, regresso com a sensaç~o de que o tempo parece ter parado no Sul da
Nova Zel}ndia, possivelmente um dos últimos paraísos intocados do mundo.
Dia 6, embarque e j| cheira a regresso a casa. Paragem em Auckland, ainda para uma visita ao Mundo Subaqu|tico de Kelly
Tarltons.
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 24 # 221 setembro 2015
Partida para o Dubai e chegada a Lisboa depois de muitas horas de voo. As despedidas e entre todos o desejo de nos en-
contrarmos em novas viagens.
Manuel Duarte Serra
Crónica de uma memor|vel viagem a Singapura, Austr|lia e Nova Zel}ndia
www.clubegalpenergia.com 25 # 221 setembro 2015
Foi com muito gosto que uma vez
mais marc|mos presença no jogo de
apresentaç~o do Grupo Desportivo de
Alvai|zere, coletividade com quase 40
anos de existência, com sede nos ar-
redores de Tomar, no distrito de Lei-
ria.
O Clube Galp Energia – Núcleo Centro
fez-se representar pela sua equipa
sénior, que se encontrava em fase de
preparaç~o da época 2015/2016, apro-
veitando este evento para solidificar a
coes~o dos seus elementos, e para
além da aplicaç~o das t|ticas do trei-
nador, foi possível proporcionar a to-
dos o reencontro de amigos, pois é
assim que consideramos os jogadores
e dirigentes do GDA.
Neste dia o resultado passou para se-
gundo plano, pois a pr|tica desportiva
associada ao convívio entre amigos
s~o os fatos relevantes a salientar.
Associado Pedro Adri~o Costa
No passado dia 20 de setembro, a
equipa do Clube Galp Energia – Nú-
cleo Centro foi convidada para a apre-
sentaç~o da equipa AD Alvai|zere.
O dia começou com boa disposiç~o e
o tempo esteve sempre soalheiro e
repleto de ambiente para disputar-
mos um excelente jogo.
O resultado final sempre foi o menos
importante, mas sim de relevo o con-
vívio nesta apresentaç~o da equipa
anfitri~.
O jogo foi bem disputado de parte a
parte, com muita entrega de todos os
jogadores.
Ambas as equipas estavam empenha-
das em mostrarem, a quem estava a
assistir, um excelente espet|culo de
futebol.
A equipa da casa, com a preparaç~o
mais avançada e competindo num
outro escal~o, demonstrou a sua su-
perioridade com o passar do tempo e
o resultado final um pouco desnivela-
do.
No final do jogo houve entrega de
presentes a todos os participantes,
seguindo-se um jantar de convívio
entre ambas as equipas, refeiç~o essa
organizada pelo clube AD Alvai|zere e
pela C}mara Municipal local.
Foi um dia bem passado com muito
desporto, futebol e que proporcionou
ao nosso Clube dar as boas vindas aos
novos elementos que se estrearam
com a camisola do nosso Clube Galp
Energia.
A todos os nossos agradecimentos,
Associado Filipe Rodrigues
Futebol de 11: GD Alvai|zere vs Clube Galp Energia
www.clubegalpenergia.com 26 # 221 setembro 2015
H| quem diga que se trata de um dos
desportos mais belos, eu concordo!
Ter a possibilidade de desfrutar da
natureza no seu mais belo e puro es-
plendor é um privilégio que qualquer
um deveria experimentar, pelo menos
uma vez nesta vida, e por tal fato é de
salutar as iniciativas levadas a cabo
pelo Clube Galp Energia – Núcleo Cen-
tro, as quais têm juntado cada vez
mais adeptos desta atividade.
Tratou-se de um dia muito bem passa-
do, em que se conjugou a pr|tica des-
portiva com o lazer e a confraterniza-
ç~o, tendo como um dos pontos altos
a almoçarada: uma bela caldeirada de
peixe.
L| estarei nas próximas realizações,
sendo o próximo passo experimentar
a pesca desportiva de rio, pr|tica com
larga tradiç~o no Clube Galp Energia -
Núcleo Centro.
Pesca de Mar Embarcada
Sorteio Star Wars
Star Wars, a maior saga espacial de todos os tempos, começa com: Episódio I – A
Ameaça Fantasma; Episódio II – Ataque dos Clones; e Episódio III – A Vingança
dos Sith e acompanha a passagem do jovem Anakin Skywalker para o lado negro,
{ medida que se transforma de jovem escravo em aprendiz de Jedi, até se tornar
no diabólico Darth Vader!
A Direç~o do Clube Galp Energia – Núcleo Centro vai proceder, entre os seus As-
sociados, ao sorteio de quatro exemplares da colet}nea, em DVD, que reúne os
três supracitados episódios sob a realizaç~o de George Lucas.
Para serem um dos contemplados, os Associa-
dos do Clube Galp Energia devem efetuar a sua
inscriç~o neste sorteio, até ao próximo dia 11 de
fevereiro, junto da Secretaria do Clube Galp
Energia - Núcleo Centro através do número 21
724 05 32 (extensão interna 10 532) ou do ende-
reço de mail Clube GalpEnergia – Secretaria.