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Revista Abrapneus é uma publicação daAssociação Brasileira dos Revendedores dePneus e do Sicop - Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos - distribuída gratuitamente a revendedores, distribuidores e fabricantes de pneus, entidades de classe, órgãos governamentais, empresas fornecedoras de produtos e serviços às revendas e órgãos de imprensa

ABRAPNEUSPresidente: Márcio Olívio Fernandes da CostaVice-presidentes: Walter Paschoal, Dirceu De-lamuta, Isac Moyses Sitnik, Ana Cláudia Tuma Zacharias, João Faria da Silva e Itamar Laércio Grotti.Secretário: Rodrigo F. Araújo CarneiroTesoureiro: Airton ScarpaDiretores: Francisco F. Amaral Filho, Alexandre Quadrado, Geraldo Gusmão Bastos Filho, José Manuel Pedroso da Silva, Sérgio Carlos Ferreira, Gláucio Telles Salgado, Horácio Franco Zacha-rias, Henrique Koroth, Carlos Alberto D. P. Costa, João Ibrahim Jabur, Antônio Augusto, Célio Gazire, Ivo Giunti Yoshioka.

SICOPPresidente: Márcio Olívio Fernandes da CostaVice-presidentes: Walter Paschoal e Carlos Henrique BaptistaSecretário: Rodrigo F. Araújo CarneiroTesoureiro: Dirceu DelamutaDiretoria: Anna Maria Tuma Zacharias, Horácio Franco Zacharias, Itamar Laércio Grotti, Isac Moyses Sitnik e João Faria da Silva.Conselho Fiscal: Airton Scarpa, José Linhares, Felice Perella, Mauro Luiz Barbato, Eduardo Fernandes e José Roberto NicolauRepresentantes junto à Federação do Comércio SP: Márcio Olívio Fernandesda Costa, Rodrigo Fernandes da Costa, Dirceu Delamuta e Walter Paschoal Secretária: Janecy Almeida de Lima

Revista AbrapneusConselho Editorial: Márcio Olívio Fernandes da Costa, Dirceu Delamuta, Walter Paschoal e Silvana CoelhoEdição: Margarete Costa (Mtb 22.835)Textos: Assessoria de Imprensa Abrapneus, Fires-tone, Goodyear, Michelin e Pirelli Foto capa: Sonia MeleProdução Gráfica e Editorial: GT Editora – (11) 4227-5188 / 2996

Atualização de endereço, solicitação de remessa da revista ou envio de material de informações à redação, escreva para Revista Abrapneus: Av. Paulista, 1499 – 5º Andar, cj. 506, São Paulo, Capital, CEP: 01311-928 Telefax: 3284-9266 ou mande um e-mail: [email protected], [email protected]: www.abrapneus.com.br

É permitida a reprodução de matérias e artigos, desde que citada a fonte. As matérias e os arti-gos não refletem, necessariamente, a opinião e o pensamento da entidade.

ÍNDICE

EDITORIAL

Desafios de 2009Este ano temos mais de um desafio

pela frente: além de buscarmos impulsio-nar nossos negócios temos de enfrentar a crise e o restabelecimento da economia mundial. Como diz o colunista do Financial Time Martin Wolf em seu mais recente livro - abordado pela Revista Abrapneus nesta edição - , além do socorro prestado pelo governo a diversos setores da economia para não aprofundar a crise, é preciso alguns ajustes no sistema financeiro global e reforma das instituições internacionais, como o FMI, G-7 e G-20.

De outro lado há demandas internas a exemplo da escassez do crédito. E os juros continuam sendo uma pedra em nosso sapato após 15 anos de vigência do Plano Real, completos em fevereiro, algo que merece um balanço de nossa parte.

Ainda bem que em nosso setor a resposta a todo este cenário tem sido muito trabalho, inovação tecnológica e lançamentos de produtos para atender as ne-cessidades do mercado consumidor, a exemplo da BBTS – Bridgestone Bandag Fire Solution com seu 1º pneu da linha Transporte. Ou ainda, a Goodyear com sua nova camionete de serviço a frotas, e a Michelin com o Guia de Restaurantes na Europa e rodas para os veículos lunares da Nasa. Haja criatividade!

Acompanhe todos estes assuntos em nossa edição. Forte abraço e boa leitura.

Márcio Olívio Fernandes da Costa

Presidente

Capa: Plano Real completa 15 anos pág.04

Atualidades: O novo livro de Martin Wolf pág.08

Pirelli: exposição no Masp traz linguagens inéditas pág.14

Michelin desenvolve produtos para a NASA pág.19

Bridgestone lança pneu para transporte urbano pág.22

Internet: ferramenta de informação pág.24

Qualidade de vida: mudar é preciso pág.25

Goodyear: Camionete amplia serviço a frotas pág.28

Opinião: Eugênio Deliberato (presidente da Anip) pág.30

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15 anos do Plano Real e as perspectivas

econômicas para o Brasil

Mentores do Plano Real reuniram-se no teatro da Fecomercio (Federa-ção do Comércio Do Estado de São Paulo), na Capital, em 24 de mar-ço, para comemorar os 15 anos da edição do pacote que trouxe a es-tabilidade econômica para o Brasil no final do século e no início deste. Ao lado do presidente da entidade, Abram Szajman, e dos economistas Paulo Rabello de Castro, João Sayad e Andrea Calabi, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-ministro Pedro Malan e o ex-presiden-te do Banco Central Gustavo Franco discorreram sobre os antecedentes do Plano, resultados e perspectivas.

Antes de qualquer coisa, os parti-cipantes do encontro desmistificaram

a existência de um pai do Plano Real. Todos reconheceram e afirmaram aos empresários presentes que o pacote econômico foi resultado de uma so-matória de esforços de membros da equipe econômica que aperfeiçoa-ram o modelo de pacotes anterior-mente propostos e muitas vezes não aplicados na totalidade ou sem êxito em determinado momento da história brasileira – “tentativas incompletas de estabilização”, como ressaltou Andrea Calabi. Ou seja, o projeto inicial foi elaborado antes de 1986 por Francisco Lopes, culminando no Decreto criado por Pérsio Arida.

Este texto elaborado a partir do entendimento da linha de pensamen-to dos economistas cariocas e alguns

paulistas, que faziam parte da mes-ma escola, norteou os planos Cru-zado, Bresser, Verão, Collor e Real, sucessivamente de 1986 a 1994.

Entre as diferenças foram citadas a monetarização exagerada do Pla-no Cruzado com a elevada demanda por dinheiro e o desgaste da dívida pública, e o Plano Real com taxas de juros altíssimas – em torno de 40% - gerando dívida pública. Na esfera das semelhanças, todos buscaram ter uma âncora para conter a inflação.

Erros e fracassos cometidos an-teriormente, possibilitaram aper-feiçoar o modelo implementado em 94, relançado pelo Real e man-tido até hoje após três governos.

O grande pulo do gato foi enten-der que só se alcançaria a estabilida-de se houvesse a desindexação, como salientou João Sayad. Foi então cria-da a URV (Unidade Real de Valor). Como âncora foi adotada a moeda estrangeira, levando à valorização cambial. Nos doze meses imediata-mente anteriores ao Real, a inflação brasileira chegou a cerca de 5.000%. Nenhum país do mundo seria capaz de superar tal situação sem um pro-grama de estabilização tendo como uma das âncoras, temporariamente, a taxa de câmbio, afirma Pedro Malan.

Estabilidade – Mostrando ao mun-do que pode ocorrer mudança polí-tica, o governo brasileiro de 1994 investiu na consolidação da estabili-dade com base no sistema de metas de inflação, no câmbio flutuante e na responsabilidade fiscal. Aproveitou-se parte do momento favorável da eco-

Por Margarete Costa e Silvana Coelho

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nomia internacional para consolidar os fundamentos econômicos acumu-lando valor confortável de reservas internacionais, invertendo a trajetória da relação ´dívida/PIB´ e ancoran-do firmemente as expectativas de in-flação. Segundo Pedro Malan, dessa forma o País se tornou mais previsível e confiável, mostrando preocupação com as bases sólidas do crescimen-to sustentável. “O êxito se deu por termos aprendido com outros países como Chile e Israel. Dessa forma, após o Brasil ter tido queda no PIB (per capita) por sete anos consecuti-vos – de 81 a 92 – viramos a mesa sem perder tempo em olhar para heranças malditas recebidas após anos de espiral inflacionária”, opina.

O Plano Real removeu o compo-nente da indexação automática. Esse componente conferia um caráter for-temente inercial à inflação brasileira. Após a troca de padrão monetário, o combate à inflação residual passou a ser um problema de credibilidade.

Parte do aumento da dívida públi-ca decorreu das altas taxas de juros necessárias para sustentar o câmbio fixo. Mas o desempenho fiscal no período de câmbio fixo foi longe do ideal e agravou o problema, tendo sido combatido apenas em 1999.

Entre os importantes feitos do Plano Real, Malan destaca a recria-ção do Tesouro Nacional, o corte da ligação do Banco do Brasil com o Banco Central e a conquista da credibilidade internacional, redu-zindo consideravelmente o risco do País para investimentos estrangeiros.

PerspectivasAo explicar os motivos da im-

plantação do Plano Real, Gustavo Franco ressaltou que a inflação cau-sou danos na economia naquele período e, por isso, era necessário lançar um novo plano econômico que contemplasse prioritariamente uma reforma monetária para aca-bar com a indexação da economia.

Segundo Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, além

de controlar a inflação e promover o desenvolvimento com a nova polí-tica econômica, era preciso realizar algumas reformas, como a tributária, trabalhista e previdenciária, o que não ocorreu até o momento por con-ta da dificuldade de implantação.

Pedro Malan também acredita na necessidade das reformas tributária e previdenciária (esta última conso-me cerca de 15% do PIB). Afinal, a elevada carga tributária, as altas ta-xas de juros, a falta de clareza nas regras do jogo são, entre outros, en-traves a determinar a perda de com-petitividade das empresas brasileiras perante a concorrência global. Esses entraves também reduzem a atra-tividade do ambiente brasileiro de negócios para o capital privado, fun-damental para gerar mais empregos e reduzir a desigualdade social. “O grande desafio será avaliar nossas práticas e definir o Brasil que quere-mos construir para o futuro, apoiado em três pilares: o da ampliação das liberdades individuais, da justiça so-cial e da busca de eficiência tanto no setor público quanto no privado”.

Outro ponto citado pelo ex-ministro é a flexibilização das leis trabalhistas para que as empre-

sas tenham autonomia e ganhem agilidade diante da crise atual.

Quanto à resposta para a crise com o aumento do gasto público praticada por alguns países, Malan avalia que esta política, se permanente, pode ser perigosa. “John Keynes – economista inglês - em sua teoria alerta que os gastos devem ser compensatórios e temporários. Caso contrário, teremos problemas na área fiscal”, afirma.

Como resposta do Brasil à crise, o ex-ministro sugere a redução das barreiras aos investimentos privados.

Questionado pelos economistas a respeito da meta de inflação ser nor-teadora da política econômica bra-sileira e a sua possível substituição pela “meta de crescimento”, Malan afirmou que não é possível “a tro-ca”. Afinal, lembra ele, se o regime de meta de inflação for compromisso do governo é extremamente benéfico para o País, já que dentro deste meca-nismo o tempo de convergência para o centro da meta permite ajustar a política econômica perante cenários desfavoráveis. E finalizou: “alcançar o crescimento sustentado depende de gente, na qual temos que investir”.

O ex-presidente Fernando Henri-que Cardoso fechou o ciclo de expo-

O economista Paulo Rabello de Castro (1o. à esquerda) questionou a equipe de FHC sobre metas de inflação x metas de crescimento

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sições confirmando que o sucesso do Real foi possível pois o Brasil havia dado um salto com a democratiza-ção política, que resultou na mudan-ça de aspectos culturais do brasileiro, cansado da inflação. “O Plano Real foi bem acolhido e deu certo, tanto que o sistema financeiro, o Proer e

outros programas implantados são mantidos até hoje”, avalia.

Privatização - Apoiador das privatizações, FHC defendeu a política implementada em seu governo. “É um processo necessário dentro da reestru-turação do país que se iniciou já no governo de José Sarney. Procuramos separar o que era de responsabilidade do poder público e do setor privado, algo que está sendo deixado de lado no atual governo. Lutamos muito pela profissionalização do poder público; criamos as

“As bases sólidas do Real permitem

entender a natureza dos desafios da crise mundial, avaliar os riscos e aproveitar as oportunidades”.

Pedro Malan

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agências reguladoras”, argumentou.Destacou ainda que o Brasil preci-

sa de mais investimentos em infraes-trutura. Comparou o ato de governar com a navegação, lembrando que é preciso navegar também nas adversi-dades, numa analogia às crises: “Já navegamos contra a maré diversas vezes nos últimos governos a exemplo da crise do México (1994), da Ásia (97), da Rússia (98), da Rússia, Brasil e Argentina (99), e a interna de 2002 durante a sucessão presidencial”.

E enfatizou: “O crescimento só é possível através de investimentos. E, é claro, num cenário nervoso de crise, as pessoas retardam o pro-cesso. Mas o diferencial é que nos-so barco está mais forte desta vez. Temos apenas de ter a visão do País que queremos. E isto inclui não ter medo do modelo de parceria entre iniciativa privada e Estado”.

FHC lembrou ainda de frase do ex-

governador Mario Covas da necessi-dade de haver um choque de capita-lismo. “Mas não é só isso. Precisamos investir em capital humano, porque ser Primeiro Mundo significa ter edu-cação, saúde e segurança”, concluiu.

Além da unanimidade sobre o êxito do Plano Real, os participantes tam-

Para saber mais sobre o assunto:

bém foram unânimes em prever que a taxa de juros deverá cair até 2010, permanecendo em um dígito. Afinal, seria esta a principal carta na manga do atual governo para promover inves-timentos e o consumo interno e fazer o Brasil voltar a crescer enquanto ou-tros países estão no olho do furacão.

“Repensando a dependência após o Plano Real”, Lídia Goldenstein (Insti-tuto de Estudos Avançados da USP A c e s s e h t t p : / / w w w . s c i e l o .b r / s c i e l o . p h p ? p i d = S 0 1 0 3 -40141998000200009&script=sci_arttext

“Fernando Henrique Cardoso no Roda Viva – 19/03/2009” Acesse http://www.iptvcultura.com.br/sections/content/?id=168

Fotos: Sonia M

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ATUALIDADES

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A reconstrução do sistema financeiro global

Colunista do jornal inglês Financial Times explica em seu livro por que os desequilíbrios globais provocam crises financeiras que atingem todo o mundo e aponta caminhos da recuperação econômica.

A crise econômica que atingiu os Estados Unidos em 2007 vem provo-cando prejuízos em todo o mundo. Desde que o Federal Reserve (ban-co central americano) iniciou uma sequência de cortes de juros que le-vou a taxa a 1% ao ano em 2003, o mercado imobiliário americano rece-beu grande impulso, além de elevar o consumo e a circulação de crédito de modo geral. Em 2005, o ‘boom’ no mercado imobiliário já estava avançado e, com os juros baixos, as companhias hipotecárias passaram a explorar o segmento de clientes ‘sub-prime’ – que contém um risco maior que o de clientes com classificação melhor de crédito –, mas compensa-

desde junho de 2004, chegando a 5,25%. Com os juros mais altos, as correções nos contratos de hipotecas dificultaram os pagamentos de pres-tações, aumentando a inadimplência. A partir daí, as instituições financei-ras, que compraram os títulos hipote-cários subprime e os revenderam sob a forma de derivativos (papéis cujo valor deriva de outros ativos com a finalidade de assumir ou transferir ris-cos), também começaram a ter pro-blemas.

O que se observa é que se o toma-dor não consegue pagar sua dívida inicial ele dá início a um ciclo de não-recebimento por parte dos compra-dores dos títulos. Assim, todo o mer-cado passa a ter medo de emprestar e comprar os ‘subprime’, gerando uma crise de liquidez. Foi em 2007 que o setor financeiro americano sen-tiu os primeiros efeitos disso, quando o aumento da inadimplência nas hi-potecas ‘subprime’ aumentou o risco embutido nos derivativos lastreados nesses papéis de dívida.

A partir daí, as consequências são conhecidas: a crise iniciada no merca-do imobiliário americano espalhou-se pelos quatro cantos do mundo, geran-do uma onda de quebra de empresas (especialmente nos EUA), colocando bancos em dificuldades e causando prejuízos em diversos países, inclusi-ve no Brasil. Essa situação exigiu que os governos acudissem as empresas e instituições, injetando recursos volu-mosos, para evitar uma quebradeira maior na economia mundial.

do por taxas de retorno mais altas. Com isso, os papéis de dívidas

hipotecárias atraíram gestores de fundos e bancos, que compraram os títulos hipotecários ‘subprime’ e per-mitiram que uma nova quantia em di-nheiro fosse emprestada, antes mes-mo do primeiro empréstimo ser pago. Um outro gestor, interessado no alto retorno envolvido com esse tipo de papel, comprou o título adquirido pelo primeiro e, assim por diante, ge-rou uma cadeia de venda de títulos.

Porém, em 2006, o mercado imo-biliário americano começava a dar sinais de saturação, com preços e estoques altos de casas, ao lado de uma taxa de juros que vinha subindo

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Para explicar melhor a origem das crises financeiras, e mais recentemen-te a do ‘subprime’, o colunista chefe de Economia do jornal inglês Finan-cial Times, Martin Wolf, escreveu o livro “A Reconstrução do Sistema Fi-nanceiro Global”, prefaciado pelo ex-ministro, Pedro Malan, em que traça um paralelo de crises entre as décadas de 70 e 90, além da mais recente crise.

Em seu prefácio, Pedro Malan res-salta “que a crise atual é uma crise global, sendo a primeira e a mais grave dos últimos 80 anos, e que sua origem encontra-se em problemas do-mésticos; empréstimos internos de alto risco em países securitizados e distri-buídos internacionalmente através de instituições financeiras globais”.

Globalização

De acordo com o autor Martin Wolf, as crises que assolam a econo-mia de um país transformam os siste-mas financeiros globais num grande desafio econômico para aqueles que defendem a integração da economia mundial, processo conhecido como globalização. Hoje, tem sido comum economistas de renome mundial con-denarem a integração financeira, en-tre os quais, destaca-se o prêmio No-bel Joseph Stiglitz, da Universidade de Columbia.

A integração financeira ofere-ce vantagens importantes para os mercados financeiros liberais, mas a exploração dessas vantagens e a minimização dos riscos impõem um grande desafio, como prova a expe-riência das últimas três décadas. Mes-mo em meados da década de 1980, poucos economistas compreendiam o potencial para desastres da interação entre liberação dos sistemas financei-ros, integração financeira global e sis-tema monetário internacional.

Para o autor Martin Wolf, “a in-capacidade de promover o funcio-namento da economia internacional em níveis toleráveis tem gerado con-sequências para todos, sejam eles os

próprios países onde a crise teve ori-gem ou para a economia mundial. A crise do ‘subprime’ iniciada em 2007 é uma conseqüência direta desse fa-tor. Nas décadas de 70, 80 e 90, as crises financeiras sempre ocorreram depois de períodos em que predomi-naram grandes fluxos líquidos de ca-pital para as economias emergentes. Porém, mais tarde, estas últimas deci-diram deixar de atuar como importa-doras de capital e transformaram-se em exportadoras líquidas de capital”.

Diante dessa situação, Martin Wolf questiona se esse padrão de fluxos líquidos de capital, em nível global, é sustentável. E mais: se algumas mu-danças nas políticas públicas criariam condições para que um sistema finan-

“A incapacidade de promover o funcionamento da economia

internacional em níveis toleráveis

tem gerado consequências para todos”.

ceiro global liberal transferisse capi-tal para as economias de mercado emergentes, sem desencadear crises em larga escala. Para Wolf, isso seria possível, mas exigiria reformas subs-tanciais e maior congruência entre o sistema cambial e o padrão de finan-ças internacionais.

Os fracassos do passado foram reponsáveis pelos desequilíbrios do presente. Os Estados Unidos, país detentor da mais importante moeda do mundo, transformou-se no maior devedor do planeta, tudo por causa de algumas falhas, entre elas estão:

• Incapacidade de compreender de maneira adequada os riscos inerentes aos mercados financeiros liberalizados;• Incapacidade de avaliar maio-res riscos, quando as finanças transpõem as fronteiras;• Incapacidade dos países deve-dores de compreender os riscos inerentes à tomada de emprésti-mos em moeda estrangeira;• Incapacidade de modernizar, em tempo oportuno, as instituições globais.

Finanças liberais

Não é novidade que as finanças conferem aos indivíduos liberdade e segurança e proporcionam às econo-mias dinamismo e flexibilidade, trans-ferindo recursos de uma pessoa ou instituição para outra. Com isso, o sis-tema financeiro torna-se uma pirâmi-de de promessas, como afirma Mar-tin Wolf. Os fundos de investimento, por exemplo, prometem remunerar os investidores com os rendimentos das promessas das empresas que compõem seus portfólios, e assim por diante.

Entretanto, as promessas se fun-damentam na confiança ou fidúcia, disponibilizando recursos para outras pessoas através de empréstimos. Con-tudo, é preciso haver uma triagem dos candidatos a empréstimos, moni-toramento do comportamento dos de-vedores e a compilação de registros de crédito detalhados, evitando-se assim, a inadimplência futura.

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Benefícios X riscos da globalização financeira

Um dos principais benefícios da globalização financeira é a criação de um contexto mais competitivo, reduzindo os lucros e forçando as empresas a buscar financiamentos ex-ternos, melhorando o monitoramento das mesmas; além disso, ela exerce impacto significativo sobre a qualida-de da legislação e regulação interna e exige maior transparência.

Já os riscos, como o autor afirma, começam com as crises, especial-mente aquelas que afetam países vi-zinhos. E as razões para isso são: a interligação dos mercados; a percep-ção de debilidade inesperada em um país aumenta as preocupações quan-to às condições de outros países; a incapacidade de governos em reagir às crises e o racionamento do crédito para tomadores arriscados.

Características da globalização financeira

As crises vêm ocorrendo com fre-quência impressionante e o autor classifica algumas características do que ele chama de “segunda globali-zação”, na qual a crise do subprime está inserida.

Segundo Wolf, a liberalização em-purrou as instituições financeiras, os investidores e os reguladores para um contexto desconhecido, mesmo em países como Japão e Estados Uni-dos. Em muitos países, os sistemas fi-nanceiros continuaram a operar sob uma profusão de obrigações que não geravam lucros ou eram arriscadas. Por outro lado, a oferta de capital estrangeiro estimulou os governos, as empresas e as famílias, principal-mente nas economias emergentes, a recorrerem ao capital externo sob forma de empréstimos, numa exten-são bem maior do que o costume e com riscos também mais elevados.

De acordo com estimativas do Banco Mundial, 112 crises bancárias

ATUALIDADES

tinham ocorrido em 93 países entre fins da década de 1970 e fins do sé-culo XX, levando ao entendimento de que houve negligência por parte das instituições. Com isso, observa-se que a era da liberalização financei-ra foi uma época de crises, seja por má gestão ou por indisciplina fiscal. A crise das associações de poupança e empréstimo nos Estados Unidos foi um bom exemplo de liberalização in-terna mal gerenciada.

“A solução no momento é a ajuda

que o governo americano vem

proporcionando a diversos setores, como forma de

manter a economia em funcionamento e não aprofundar ainda mais a crise

existente”.

Desdobramentos das crises

Pode-se dizer que um dos desdo-bramentos das crises foi o fim súbi-to dos fluxos de capital, forçando a queda dos déficits em conta corrente, o colapso das moedas e o encolhi-mento do crédito, ocasionando nas

economias emergentes a desvalori-zação e retração da economia. Por outro lado, as crises serviram de li-ção para muitos países, que busca-ram melhorar seu sistema financeiro e reduzir a própria vulnerabilidade em relação às reversões nas entra-das de capital.

Mercados emergentes

O autor questiona que reformas seriam necessárias nas economias de mercados emergentes. Como ele mesmo analisa, seria necessário o simples reconhecimento dos limites do crescimento induzido por expor-tações; a reforma do setor financeiro e a reforma das políticas macroeco-nômicas, inclusive nos regimes de ta-xas de câmbio, arranjos monetários e política fiscal.

Seria importante ainda que países como a China, por exemplo, prati-cassem a liberalização dos fluxos de entrada de capital que geram riscos relativamente pequenos de instabili-dades e até de crises. Por outro lado, cada país deveria tomar empréstimos na própria moeda, eliminando o ris-co de assumir posições cambiais des-casadas significativas.

Essa distinção fundamental entre a “primeira globalização” da era in-dustrial, que compreende o período entre 1870 e 1914, e as três últimas décadas é fundamental, segundo o autor. Por muito tempo, os formula-dores de políticas adotaram perspec-tiva mais ou menos descontraída so-bre a prática difusa de emitir dívida denominada em dólares, apesar das inúmeras crises, o que foi um erro. Entretanto, se isso for impossível, o melhor é se endividar de forma limi-tada, afirma Wolf.

Em tese, a maior diferença entre as duas eras, em termos de sistemas fi-nanceiros, consiste em que a 1a globa-lização foi a época do padrão-ouro, caracterizada pelas taxas de câmbio ajustáveis. Sob esse regime cambial, a única maneira segura de tomar em-préstimos é na própria moeda.

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Sistema financeiro saudável

Para que haja um sistema financei-ro saudável é primordial que haja, antes de qualquer coisa, a estabili-dade econômica no país. Construir um sistema financeiro saudável e que possibilite o funcionamento estável da economia global é atribuição de cada país. Desde a década de 1990, os países emergentes se fortaleceram e os Estados Unidos atingiram seus li-mites como maior tomador líquido de empréstimo no mundo, isso se tornou mais urgente. São necessárias mu-danças do sistema financeiro global, reforma das instituições internacio-nais, como o FMI, G-7 e G-20.

Mesmo com o desenvolvimento de normas e códigos definidos pelos or-ganismos internacionais de proteção à economia, até os sistemas mais bem regulados podem encontrar dificulda-des em momentos de euforia, como aconteceu durante a chamada da crise ‘subprime’ nos Estados Unidos. Essa experiência mostra que as crises financeiras são inevitáveis, embora a maioria delas possa ser gerenciável se os ativos e passivos forem deno-minados na moeda do país atingido. Conclui-se com isso que é importante o financiamento em moeda nacional.

Existe ainda a possibilidade de re-gulação internacional para fortalecer o desenvolvimento de financiamentos em moeda nacional nos países emer-gentes. “A regulação dos mercados poderia contribuir para isso”, segundo Anne Krueger, ex-vice-diretora do FMI.

De acordo com Martin Wolf, a cri-se nos Estados Unidos já era espera-da, levando ao endividamento das famílias e à fragilidade das empresas. Houve um relaxamento monetário, excesso de financiamento e, acima de tudo, estripulias no mercado imobiliá-rio, ampliando a gravidade da situa-ção. A única solução no momento é a ajuda que o governo americano vem proporcionando a diversos setores, como forma de manter a economia em funcionamento e não aprofundar ainda mais a crise existente.

Ao finalizar o livro, Martin Wolf constata que estamos diante de uma tribulação global, decorrente de de-cisões e fragilidades que permeiam o planeta. Uma das soluções seria limitar a escala de desequilíbrios ma-croeconômicos, além de criar um re-gime financeiro macroeconômico glo-balizado que permita a países mais ou menos bem dirigidos importar ao menos algum capital, com algum grau de segurança, eliminando a de-pendência em relação aos Estados Unidos.

Segundo Wolf, é preciso criar um mundo diferente, em que o capital flua de maneira produtiva e segura para os países pobres, evitando no-vas crises na economia mundial.

“Para que haja um sistema financeiro

saudável, é primordial que

haja, antes de qualquer coisa,

a estabilidade econômica no país”.

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Sorteio de carros e motos marca os 80 anos

Na compra de pneus nas lojas da Rede Oficial de Revendedores, consumidores terão direito a assistência gratuita 24 horas. A campanha sorteará os prêmios através da Loteria

A promoção Máquinas da Pirelli, que fica no ar até o dia 30 de maio, irá sortear cinco carros, dez motos, viagens e centenas de outros prê-mios. Além disso, todo consumidor que comprar pneus em uma das 600 lojas da Rede Oficial de Revendedo-res Pirelli em todo o Brasil tem direi-to à assistência gratuita 24 horas.

“A campanha faz parte da pla-taforma 80 anos, uma homena-gem da Pirelli ao País que ajudou a companhia a crescer e se conso-lidar”, diz Marco Provera, diretor de Marketing para América Latina.

A cada pneu comprado, o con-sumidor recebe um código. Para ter direito à assistência 24 horas, o con-sumidor deve se cadastrar no hotsite da promoção, que pode ser aces-

PIRELLI

sado pela página www.pirelli.com.br, ou no SAC: 0800 728 76 38. Já para o sorteio dos prêmios, este ca-dastramento não é necessário. Basta comprar para concorrer! O sorteio dos ganhadores corre pela Loteria Fe-deral, da Caixa Econômica Federal, dos dias 6 e 20 de junho de 2009.

“Com esta ação, esperamos aumen-tar em até 20% o fluxo de pessoas na Rede Oficial de Revendedores, que conta com um atendimento diferencia-do”, diz o gerente nacional de trade marketing da Pirelli, Pedro Vendramini.

Se quiser aumentar suas chan-ces de ser sorteado, com um mesmo CPF, o consumidor poderá fazer até quatro compras no período da pro-moção, com um limite total de 20 pneus de carros de passeio ou de

caminhão. A promoção é válida somente para compras no varejo.

Para divulgar a promoção Má-quinas da Pirelli, foi levada ao ar uma campanha veiculada em televisão, rádio, mídia impres-sa e internet. A criação foi da agência Leo Burnett e da Maid.

Assistência 24 horas

A assistência 24 horas oferece os seguintes benefícios para os veícu-los: auxílio ao condutor no caso de roubo, furto ou acidente, auxílio e reboque em caso de pane mecâni-ca, elétrica ou seca e troca de pneus para veículos até 3,5 toneladas.

Prêmios

Os cinco carros que serão sor-teados são um Mitsubishi Pajero TR4 2.0 16V; um Volkswagen Golf 2.0 Mi Comfortline; um Chevrolet Vectra GT; um Fiat Punto Sporting e um Ford Focus Ghia/XR Hatch.

Os outros prêmios são dez mo-tos, 20 vagas para um curso de direção do BMW Driver Training; cinco viagens com acompanhante para Milão, na Itália; 300 games Ferrari Challenge Trofeo Pirelli para PS3 e 40 camisetas promocionais.

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Março/Abril 2009 13

Fornecedora exclusiva do Campeonato GT3

Acordo é válido para os próximos três anos. Carros passarão a utilizar o mesmo PZero de competição usado na Europa e Estado Unidos

A partir da temporada 2009, a Pi-relli patrocina o Telefônica Speedy GT3 Brasil e será a nova fornece-dora exclusiva de pneus para toda a categoria. O acordo foi assinado com a SRO Latin America, organi-zadora do evento, e é valido para os próximos três anos. Desta forma, passa a equipar as três categorias que comporão o novo grande even-to automobilístico nacional: além da GT3, também o Itaipava Trofeo

Maserati e a Copa Renault Clio. As três categorias passam a ter um calendário conjunto, competindo nos mesmos autódromos e datas.

Os pneus PZero de competição que serão utilizados na GT3 Brasil também equipam os carros dos cam-peonatos de GT3 na França e na Itália. Alguns destes modelos são em-pregados nos carros do Campeonato Europeu de GT1 e GT2 e Grand AM nos EUA, para citar apenas algumas

das mais importantes competições. Em testes preliminares realizados

com cinco modelos que competem na atual temporada, ficou comprova-do que os pneus PZero apresentam ótimo desempenho e foram aprova-dos pela organização da GT3, pi-lotos e chefes de equipe. Os testes contaram com a presença de um engenheiro da Pirelli de Milão, que é o responsável por acompanhar os campeonatos de GT3 na Europa.

PIRELLI

Medidas dos pneus Pirelli PZero que vão equipar os veículos da GT3

Calendário de provas

PNEU CARRO DIANTEIRO TRASEIRO

DODGE VIPER 325/650-18 DM

325/705-18 DH

FERRARI 430 285/645-18 DM

305/680-18 DM

LAMBORGHINI GALLARDO

305/645-18 DM

305/680-18 DM

PORSCHE 997 CUP 285/645-18 DM

325/705-18 DH

FORD GT 325/650-18 DM

325/705-18 DH

Data Cidade 26/04 Interlagos / SP 31/05 Curitiba / PR 28/06 Interlagos / SP 26/07 Londrina / PR 16/08 Interlagos / SP 27/09 Rio de Janeiro / RJ 11/10 Santa Cruz do Sul / RS 29/11 Interlagos / SP

Campeonato

GT3

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Abrapneus14

PIRELLI

Coleção Pirelli/MASP de Fotografia chega

à 17ª edição Colaboração de quatro consultores de diferentes regiões do País identificou

percepções ainda ausentes na Coleção

A edição 2009 da Coleção Pirelli/MASP de Fotografia traz 24 fotógra-fos brasileiros - ou estrangeiros atuan-tes no País - que possuem represen-tação e influência significativa para a fotografia brasileira. A escolha de 80 obras, em vez de 60, como nas edições anteriores, refere-se aos 80 anos de atuação industrial da Pirelli no Brasil. A exposição permane-cerá aberta ao público até o dia 3 de maio, no MASP, em São Paulo.

Esta edição se diferencia pela aber-tura a novos olhares, com o objetivo de preencher lacunas das edições anteriores. Em 2008, a comissão or-ganizadora contou com o auxílio de uma consultoria regional composta

pela galerista Márcia Mello e pelos fotógrafos Orlando Azevedo, Pedro David e Tiago Santana. O papel de-les foi o de sugerir artistas de diferen-tes regiões do País cuja contribuição não esteja contemplada na Coleção.

De acordo com a coordenado-ra do projeto, Anna Carboncini, a consultoria permitiu maior profun-didade à pesquisa do panorama da fotografia brasileira, abrangen-do características históricas e esté-ticas específicas de determinadas áreas, longe dos centros habituais.

“Este ano é especial para a Pirelli, porque comemoramos 80 anos de presença industrial e um século de história no Brasil. Com o intuito de

prestar uma homenagem ao País, optamos por incluir mais 20 obras à mostra”, comenta Mario Batista, dire-tor de assuntos corporativos da Pirelli.

A 17ª Coleção Pirelli/MASP con-ta ainda com uma área especial dedicada ao trabalho do fotógra-fo André François, com 20 obras. François percorreu hospitais do País à procura de uma medicina humani-zada e, mesmo em meio a um am-biente difícil e de situações tristes, o artista retrata a ternura e os sen-timentos de afeto entre as pessoas.

A Coleção

O principal objetivo da Coleção Pirelli/MASP de Fotografia é for-mar um panorama da fotografia contemporânea brasileira a partir dos anos 50. Assim, cada edição é pensada de forma a contemplar os trabalhos mais significativos nesse grande mosaico que é a linguagem fotográfica e a sua evolução nos mais diferentes campos. O acervo da Coleção conta com mais de mil obras de cerca de 300 fotógrafos representantes de todas as regiões do País. O conjunto tem a virtude de reunir nomes consagrados, investir em talentos emergentes e também dar destaque a grandes artistas não conhecidos do grande público. O resultado é uma coleção com diver-sidade temática, técnica e estética.

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Novas medidas para caminhões e

implementos agrícolas As linhas FG85 e TG85 ganham medidas com maior capacidade de carga para veículos pesados empregados em

percursos mistos. Linha HF75 agora tem medida especialmente desenvolvida para o setor sucroalcooleiro

As novas medidas 13R 22.5 FG85 (eixos direcionais) e 13R 22.5 TG85 (eixos trativos) para caminhões de uso em asfalto e terra complementam o portfólio de uma linha já consolidada. Atendendo a uma crescente deman-da de mercado, estes lançamentos possuem maior capacidade de carga e menor resistência ao rolamento.

Estes pneus foram especialmente desenvolvidos para caminhões pesa-dos empregados em percurso misto, como transporte agrícola, usinas, canteiros de obras, mineração e de resíduos. Além de oferecer maior du-rabilidade, o desenho da banda de rodagem facilita a auto-limpeza e reduz a captura de pedras, o que é ideal para veículos que transportam carga em estradas de terra e asfalto.

Já a medida 600/50-22.5 HF75 foi especialmente projetada para implementos agrícolas (transbordo) do segmento sucro-alcooleiro. O departamento de Pes-quisa e Desenvolvimento da Pirelli rea-lizou diversas análises para produzir um produto que atenda às necessida-des de trabalho nas usinas, que exi-gem pneus com elevada capacidade de carga e alta flutuação, de forma a proporcionar maior rendimento ho-rário e menor compactação do solo.

O HF75 é mais largo, assim, a maior área de contato com o solo melhora a distribuição de peso, contribuindo para a alta flutuação. Como o pneu irá equipar implemen-tos agrícolas utilizados diretamente

PIRELLI

Linhas FG85 e TG85

nos canaviais, essa característica é importante, pois ajuda a evitar a compactação do solo. O pneu tam-bém possui maior resistência a cortes e lacerações, devido ao reforço do contraforte. Tem maior durabilida-de, apresenta melhor auto–limpeza e aderência, uma vez que o fundo da banda de rodagem foi projetado com diferentes inclinações, além de eliminar resíduos durante o trabalho.

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MICHELIN

Centésima edição do Guia Michelin França

Referência mundial em gastronomia, o Guia Mi-chelin França chega a sua cen t é s ima edição com cerca de 8.500 es-tabelec i -mentos e mais de 2 . 0 0 0 páginas.

A alta qualidade da culinária fran-cesa teve reflexos na publicação, que concedeu a primeira estrela a mais de 60 estabelecimentos, além de incluir 86 novos Bib Gourman-ds, restaurantes que oferecem um bom custo-benefício (menus por até 29 euros nas cidades do interior e 35 euros em Paris). Ao todo, os ins-petores Michelin selecionaram 527 Bib Gourmands e 548 estrelados.

Em comemoração ao centenário, a Michelin organizou na França o “Mês Gourmand”, entre 9 de março a 5 de abril. Neste período, mais de 900 res-taurantes citados na nova seleção ofe-receram serviços diferenciados com preços especiais aos clientes que ad-quiriram o livro e apresentaram o va-le-brinde, que acompanha a edição.

O concurso “100 edições artísti-cas originais do Guia 2009” é outra ação em homenagem ao lançamen-to, que teve participação de artistas e alunos de escolas de belas artes que criaram, em parceria com um chef es-trelado, versões da capa da publica-ção. As obras ficarão em exposição nas principais livrarias francesas. Na página www.guia-michelin-centieme.

com, é possível ver as 100 edições artísticas e os locais de exposição.

A facilidade de acesso aos Guias é outra novidade inaugurada com a cen-tésima edição. Agora, os restauran-tes citados no Guia Michelin França 2009, e em outras edições européias, também estão disponíveis na Apple Store (loja oficial da Apple), que pode ser acessada por meio de um iPhone, iPod Touch ou do iTunes instalado em um computador. O serviço possibili-

ta ao usuário encontrar e reservar o restaurante da sua preferência com poucos cliques, além de compartilhar comentários e opiniões sobre os es-tabelecimentos com outros usuários.

O Guia Michelin França 2009 esta-rá à venda em duas versões: uma com a capa especial “Centésima Edição”, por 24 euros; e a edição numerada que vem junto com uma publicação iné-dita, contendo todos os restaurantes 3 estrelas do mundo, por 34,50 euros.

Número total de estabelecimentos 8.499

Número total de restaurantes 3.531

Três estrelas 26 – dos quais um novo endereço

Duas estrelas 73 – dos quais 9 novos endereços

Uma estrela 449 – dos quais 63 novos endereços

Bib Gourmands 527 – dos quais 86 novos endereços

Número de “aspirantes” 19 – dos quais 14 com uma estrela e 5 com duas

Número total de hotéis 4.429

Bib Hotéis 239 – dos quais 26 novos endereços

Número total de casas de hóspedes 539

(estrelas em ascensão)

Guia Michelin França 2009 em números

Guia Michelin França 2009

Além da centésima edição do Guia Michelin França, também acaba de ser lançado o Guia Michelin Paris 2009, que conta com 20% da lista compos-ta por estabelecimentos mencionados pela primeira vez, sendo 21 novos Bib Gourmands, de um total de 57, e 15 novos bistrôs. A culinária internacio-nal é destaque na seleção, represen-tando mais de 20% dos avaliados. A edição de 2009 soma 65 restaurantes estrelados, dos quais 10 com cotação

máxima de três estrelas, 14 com duas e 41 com uma estrela. Ao todo, são citados 416 restaurantes e 60 hotéis.

Na prática, dois novos aspec-tos vão ajudar tanto aos parisienses quantos aos turistas que visitarem a cidade. Uma nova lista de restauran-tes que possuem terraços foi incluída na publicação, que passa agora a oferecer mais de 60 opções de ende-reços para uma refeição agradável em dias com temperatura amena.

A nova edição do Guia Miche-lin Paris 2009 custará 14,50 euros.

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Março/Abril 2009 19

MICHELIN

Lunar Wheel equipa veículos da Nasa

A Michelin irá fornecer uma roda especialmente projetada para equi-par a última geração de veículos lunares da Nasa. Feita de materiais compostos patenteados, esta inova-ção tecnológica permitirá aos veí-culos manter a mobilidade em ter-renos difíceis e condições extremas.

Desenvolvido nos Centros de Pesquisa da Michelin na Europa e na América do Norte, o conjunto pneu/roda com suporte estrutural ajudará a Nasa a solucionar pro-blemas de mobilidade durante as missões lunares - tripuladas ou não

- previstas para a próxima década. Baseado no conjunto Michelin

TWEEL®, o Michelin Lunar Whe-el é capaz de manter flexibilidade e pressão constantes em contato com o solo, permitindo que os veí-culos lunares enfrentem o piso are-noso e as crateras do solo lunar.

O Michelin Lunar Wheel tem peso reduzido com capacidade de carga elevada. Ele é 3,3 vezes mais efi-ciente do que os pneus Apollo Lunar Rover, usados nas missões Apolo. Fruto de uma parceria entre a Mi-chelin, a Universidade de Clemson

e a Milliken & Company, a banda de rodagem têxtil do Michelin Lunar Wheel garante tração ao veículo mes-mo em temperaturas muito baixas.

O Michelin Lunar Wheel passou por testes de terreno no Havaí, como parte do programa de avaliação e de testes lunares analógicos da Nasa. O terreno, a distribuição de rochas e a composição do solo do local ofe-recem uma simulação de alta quali-dade da região dos polos lunares.

Parceiros de longa data, a Mi-chelin tem fornecido pneus para a Nasa há mais de 20 anos.

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Abrapneus22 Abrapneus22

BRIDGESTONE/FIRESTONE

Empresa lança pneu para transporte urbano

O novo R155 foi testado em diversas condições de uso urbano e diferentes cidades, rodando 35% a mais do que modelos da geração anterior

A Bridgestone do Brasil está lan-çando o R155, um pneu desenvol-vido para atender às severas exi-gências do segmento de transporte urbano de cargas e passageiros. É o primeiro pneu da linha Transpor-te lançado pela Bridgestone após a união com a Bandag, que resultou em um novo modelo de negócios na área de transporte, o BBTS – Bridgestone Bandag Tire Solutions.

As empresas que participaram do desenvolvimento do novo pneu ficaram satisfeitas com o resultado: “Estamos testando o pneu R155 em

nossa frota e já na primeira vida o produto mostrou excelentes resul-tados. A qualidade da carcaça e o reforço de talão ficam evidentes na primeira recapagem. Além disso, o R155 rodou 35% a mais do que o pneu usado anteriormente”. O co-mentário é de Walter Ferrari Riva Júnior, Consultor Técnico da Viação Sambaíba, empresa que faz o trans-porte urbano na região Norte de São Paulo (SP), ao contar como está sen-do a experiência com o novo R155.

Walter Jr. pode ser considerado um especialista quando o assunto é pneu. O consultor técnico tem sob seus cuidados uma frota de 1.270 ônibus, que percorrem seis milhões e 400 mil quilômetros por mês. “São oito mil pneus no chão”, alerta ele, que mantém 100% dos pneus da frota recapados com a tecnologia Bandag.

Na prática – O produto foi tes-tado em operações reais em mais de 20 cidades no Brasil, sob dife-rentes condições urbanas de uso, antes de ser lançado, para garantir um pneu com desempenho superior para os transportadores urbanos.

“O R155 possui maior volume de borracha devido aos sulcos com 18,8 mm de profundidade e a banda de rodagem mais larga, o que garan-te o desgaste uniforme da banda e maior quilometragem. As laterais con-tam com filetes protetores que dão maior resistência e o talão e a car-caça são reforçados”, explica Eduar-do Cassador, Gerente Nacional de Vendas Pneus de Carga da Bridges-tone Bandag Tire Solutions (BBTS).

Durabilidade e economia são

algumas das vantagens que o novo produto pode oferecer, de-vido às seguintes características:

• Banda de Rodagem com maior volume de borracha proporcionado por uma relação entre a largura da banda de rodagem e profundidade dos sulcos superior à dos produtos concorrentes, somado ao desenho e compostos adequados para as cons-tantes mudanças de direção e ao “anda-e-para” do trânsito urbano;

• Aro especialmente reforçado para suportar as elevadas tempera-turas provocadas pelo regime de uso mais constante do sistema de freios;

• Lateral do pneu reforçada para suportar o roçamento late-ral e as flexões para superar obs-táculos como buracos e meios-fios que o pneu tem de enfrentar.

Mercado – A Bridgestone desen-volveu o R155 para atender ao trans-porte urbano, que vem apresentando um grande crescimento nos últimos anos, principalmente no segmento de passageiros. Segundo a Anfavea, o número de licenciamentos de ôni-bus cresceu cerca de 20% de 2007 para 2008, totalizando 27,5 mil veí-culos. Já a produção teve alta de 18% nos últimos cinco anos. A frota estimada de ônibus urbanos no Bra-sil compreende 193,7 mil veículos.

O produto, que atende ao trans-porte urbano de passageiros e ao setor de distribuição de gás, bebidas e outras cargas urbanas, já está dis-ponível para a Rede Oficial de Re-vendedores Bridgestone na medida 275/80 R22.5. Ainda em 2009, será lançada a medida 295/80 R22.5.

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Março/Abril 2009 2323

GOODYEARBRIDGESTONE/FIRESTONE

Campanha é exportada para América Latina

A Bridgestone vai exportar para América Latina a campanha com o piloto Felipe Massa criada pela MPM Propaganda. O trabalho, muito bem avaliado em pesquisas realizadas pelo cliente nesses merca-dos, chegará aos países da América do Sul e Central pelos canais Fox e AXN no próximo dia 09 de março.

“Nosso objetivo é aumentar o co-

nhecimento da marca Bridgestone, reforçando seus valores entre nos-so público-alvo e com uma comuni-cação única para toda a região”, explica o gerente de marketing da empresa, Márcio Furlan. No filme, Massa mostra que a tecnologia que a Bridgestone traz para as pistas de corrida também pode ser encontra-da nos pneus de carros de passeio.

Firestone participa das principais feiras agrícolas

Dois dos maiores eventos do agro-negócio do Brasil, o Show Rural Coo-pavel (em Cascavel – PR) e da Expodi-reto Cotrijal (em Não-Me-Toque - RS), respectivamente nos meses de feve-reiro e março, contaram com a par-ticipação da empresa Firestone. Entre

os grandes destaques que a marca le-vou aos eventos, estavam apresenta-ções de uma trupe teatral no estande da empresa, que garantiu o entreteni-mento do público presente nas feiras.

A empresa expôs sua linha com-pleta de pneus agrícolas da marca

Firestone, a única que oferece oito anos de garantia. Entre os pneus em evidência estava o SAT 23º, o úni-co no mercado que possui barras longas e iguais em ângulo 23º, que garantem uma excelente tração e maior durabilidade para o agricultor.

Representantes da Rede Oficial de Revendedores Bridgestone Fires-tone que atuam na região e uma equipe de técnicos da empresa es-tiveram presentes no estande para prestar assistência e esclarecer dú-vidas dos visitantes e consumidores.

A marca Firestone é top of mind no segmento agrícola e é a úni-ca do mundo a contar com uma pista de testes exclusiva para o desenvolvimento de pneus agríco-las, em Columbiana, Ohio (EUA).

O próximo evento do setor agrí-cola que a empresa estará presente é a Agrishow, entre d 27 de abril e 2 de maio, em Ribeirão Preto (SP).

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Abrapneus24

INTERNET

Uma ferramenta de acesso a informações

Com um clique, você fica conhecendo todas as novidades do setor

Desde 1995, quando a internet começou a ser utilizada de forma comercial no Brasil – até então era utilizada nos meios acadêmicos – , mudou não só o perfil dos internautas como também o seu interesse diante de diversas ferramentas que o mundo virtual disponibiliza. E de acordo com o relatório de indicadores do Comitê Gestor da Internet no Brasil publica-do em 2007, chegou a 45 milhões o número de usuários em todo o país,

que buscam todo tipo de informação.A internet virou uma ferramenta

muito útil para as empresas, sindi-catos e demais organizações que encontraram uma maneira muito rápida de divulgar notícias de in-teresse junto ao seu público-alvo. A Associação Brasileira dos Reven-dedores de Pneus (Abrapneus) faz uso dessa ferramenta e disponibiliza em seu site (www.abrapneus.com.br) várias informações que aten-

dem aos interesses da categoria.Ao acessar o site, os empresários

encontram rapidamente as informa-ções necessárias para o dia-a-dia de sua empresa, bem como as circula-res emitidas pela entidade, conven-ção coletiva, boletins econômicos, indicadores financeiros e link para as páginas virtuais das empresas fornecedoras de pneus. Além disso, podem conferir o conteúdo completo das edições da Revista Abrapneus.

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Março/Abril 2009 2525

ARTIGO

Você tem medo da mudança ou do novo?

Imagine se seu cérebro fosse o hardware de um computador e você pudesse “alimentá-lo” com dois programas: um que denota apenas as necessidades a serem su-pridas e o outro vislumbra as pos-sibilidades a serem executadas.

Aí estão dois grandes grupos de pessoas: aquelas que vêem proble-mas a resolver e aquelas que vêem oportunidades de crescimento. As pessoas que se movem para satisfazer suas necessidades são quase obriga-das a tomar uma decisão quando as coisas estão muito críticas. São pesso-as que se movimentam quando real-mente precisam, que não encontram progresso pessoal, pois têm medo de mudança e de tentar algo novo.

Muitas vezes o mesmo tipo de pen-samento que o trouxe onde está hoje

não é necessariamente o que irá levá-lo até aonde deseja ir. Para vislumbrar o sucesso é preciso deixar os velhos modelos que se repetem (sem que você perceba) e fazem com que você faça tudo o que faz sempre da mes-ma maneira, não ousa inovar e ver possibilidades de crescimento em no-vos modelos de agir, pensar e mudar.

As pessoas mais infelizes geral-mente são as que temem a mudan-ça. Tudo evolui, nada está estático. Muitas vezes repetimos fórmulas de sucesso que em essência são receitas do fracasso. Um velho barco que te ajudou na travessia de um rio será inútil se adentrar a floresta. Velhas estratégias que serviram para um dado momento precisam ser revistas, inovadas, recriadas, quando quere-mos algo novo para as nossas vidas.

É preciso mudar sua maneira de pensar para mudar sua maneira de agir. Você precisa reconhecer que novos modelos podem expandir sua forma de ver e agir. Existem partes do mundo em sua vida e em seu ne-gócio que você não consegue en-xergar porque precisa ver com esse novo modelo. Roosevelt aconselhou certa vez: “ Todos os dias faça al-guma coisa que lhe dê medo”.

O verdadeiro risco é não fazer nada. Quais são os velhos modelos mentais e arcaicas ideias persistentes em sua vida que não te deixam progredir?

Quais são as pequenas ações que você pode realizar hoje que possibilitam trazer novas pers-pectivas de futuro? Um pouco de ousadia vai ampliar considera-velmente seu mapa de mundo.

Adriano Ferraz Cese – consultor, coaching e diretor da Focus Desenvolvimento Humano – www.focus-desenvolvimento.com.br (referente ao tema leia também no site a metáfora “Persistência x Mudanças”)Adriano Ferraz Cese – consultor, coaching e diretor da Focus Desenvolvimento Humano – www.focus-desenvolvimento.com.br (referente ao tema leia também no site a metáfora “Persistência x Mudanças”)

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GOODYEAR

Goodyear premiada pela Honda como Melhor

Fornecedor 2008

A Goodyear, fabricante que está completando 90 anos de presença no Brasil, acaba de receber da Hon-da o prêmio de Melhor Fornecedor 2008 na categoria ‘Desenvolvimento’.

O motivo da premiação, cuja ce-rimônia aconteceu no dia 22 de ja-neiro, em São Paulo (SP), foi o de-senvolvimento do pneu 175/65R15

GPS3, projetado especificamente para o veículo Honda Fit 2009.

Entre as metas estabelecidas pela montadora e consideradas na premia-ção estão prazo de desenvolvimento do ferramental (moldes), o próprio desen-volvimento do pneu, além da velocidade nas respostas da Goodyear no atendi-mento aos requerimentos e especifica-

ções dos departamentos de Engenha-ria, Compras e de Logística da Honda.

“Essa premiação vem reconhecer um forte trabalho que envolveu várias equipes da empresa, e certamente con-tribuirá para futuros desenvolvimentos da Goodyear para a Honda”, afirma Benedito Faria, diretor de Equipamen-to Original da Goodyear do Brasil.

Celso Shoiti Shinohara (gerente de compras da Honda Brasil )Benedito Faria (diretor de equipamento original - América Latina da Goodyear)Ricardo Silva (gerente de contas equipamento original - Goodyear)Carlos Eigi Miyakuchi (diretor de produção da Honda Brasil)

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GOODYEAR

Fabricante exibe novidades na Expodireto

Cotrijal 2009Goodyear celebra no evento 90 anos de presença no Brasil expondo diversas linhas de produto, além da nova

Camionete de Serviços a Frotas

Entre 16 e 20 de março, a Goodye-ar esteve presente na Expodireto Co-trijal, feira agrícola no Estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Não-me-toque. A fabricante de pneus, que está completando 90 anos de presen-ça no Brasil, montou estande temático dessa comemoração, levando para o evento diversas linhas de pneus, além da nova Camionete de Serviços a Fro-tas, a grande novidade da Goodyear.

Em seu estande a Goodyear expôs em vendas pneus para aplicações industriais, veículos de passeio e ca-minhões, agrícolas e fora de estrada. Entre os destaques agrícolas esta-vam modelos como a linha Optitrac, Dyna Torque II, Dyna Torque III e Su-per Traction, este último encontrado na medida 7.50-18 6PR, para trato-res de baixa potência, entre outros.

Primeira linha radial agrícola pro-duzida na América Latina, a Optitrac da Goodyear apresenta, de manei-ra geral, maior durabilidade, menor custo por hora trabalhada, consumo de combustível menor, maior contato com o solo, maior poder de tração, proteção extra contra cortes e per-furações, além de excelente tração e auto-limpeza. Outros modelos que a Goodyear disponibilizou da linha agrícola na Expodireto Cotrijal foram o Dyna Torque II e o Dyna Torque III, ambos com construção diagonal. Eles possuem desenho exclusivo com bar-ras curtas e longas alinhadas na área

dos ombros, o que se traduz numa perfeita distribuição de força no cen-tro e nos ombros dos pneus, ou maior poder de tração com menor índice de patinagem. O modelo também possui sulcos largos e profundos, propor-cionando maior auto-limpeza, além de durabilidade. Os pneus possuem, também, carcaça com cordonéis 3T que propiciam distribuição uniforme das tensões, proporcionando resistên-cia superior a danos provocados por pedras, raízes, tocos, entre outros.

Na linha de pesados da Goodye-ar, destaque para a Série 600 de pneus radiais, com todos os quatro modelos expostos na Expodireto Co-trijal (G658, G667, G665 e G657). A novidade é o G657, desenvolvido para atender à crescente demanda de frotas que atuam no serviço ro-doviário de longa distância. Novo formato da Série 600, o G657 tem aplicação em eixos direcionais, livres e de tração moderada, e tem como principal característica um excelente consumo de combustível, comprova-do em testes realizados pela empre-sa, aliado a uma excelente perfor-mance. Como os demais desenhos da Série 600, o novo G657 foi desen-volvido com a tecnologia Duralife™, exclusiva da Goodyear, que propor-ciona vida mais longa para o pneu, um grande benefício para frotas. Também estavam no estande da Goo-dyear o tradicional pneu Papaléguas

G8, um dos mais antigos da empresa e consagrado pelo mercado, o Super Conquistador – na medida 11.00-22 –, além de modelos da Série 300 da Goodyear como o G386 e o G377.

A Goodyear disponibilizou na feira uma completa linha de pneus para veículos de passeio, com mo-delos como o GPS Duraplus, na me-dida 175/70 R13, o Goodyear Ex-cellence (pneu 205/55 R16), Fulda Excelero (medida 235/40 Rz17), Eagle F1, na medida 245/40 Rz17, além da linha Fortera para picapes e SUVs (medida 235/75 R15). A consagrada linha Wrangler, também para picapes e SUVs, esteve repre-sentada na Expodireto Cotrijal pelos modelos 245/70 R16 RTS, 35x12,5 R15 MTR e o pneu 255/55R18 F1.

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GOODYEAR

Nova camionete de Serviços a Frotas

oferece mais recursos

Uma das maiores novidades da Goodyear na Expodireto Cotrijal foi a apresentação da nova Camionete de Serviços a Frotas, que a partir de agora está apta a atender solicita-ções de caminhões, ônibus, agrícola e fora de estrada. “A versatilidade é a principal mudança no padrão da camionete. Ela agora conta com equipamentos de geometria veicu-lar computadorizada, além de ba-lança para análise da distribuição de cargas para pneus de caminhão,

agrícola e fora de estrada de até 40 toneladas”, explica Rubens Campos, Gerente de Marketing Comercial.

Os novos equipamentos permi-tem que a Camionete de Serviços a Frotas da Goodyear realizem uma infinidade de check-ups e reparos. Alguns exemplos dos serviços reali-zados são análises de pneus remo-vidos de serviço, de distribuição de cargas, de temperatura, sistema de controle de pneus e manutenção de

veículos, além de controle eletrônico de pneus, entre outros. “Mais uma vez a Goodyear inova no atendimen-to a frotas, sendo pioneira no aten-dimento de setores como caminhão, ônibus, agrícola e fora de estrada, oferecendo novos serviços de qua-lidade, além de profissionais quali-ficados”, afirma Campos. O novo conceito será estendido a todas as Ca-mionetes de Serviço a Frota do Brasil.

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GOODYEAR

Promoções no estande Goodyear

O estande da Goodyear reservou outras surpresas aos visitantes. Uma delas foi promoção que pre-miou os clientes com uma jaqueta exclusiva Goodyear na compra de 2 pneus radiais agrícolas ou fora de estrada. “Além da jaqueta personalizada, proporcionamos desconto em toda a nossa linha e as vendas podem ser feitas por meio do BNDES”, afirma Rubens Campos, gerente de Marketing Comercial.

Marca completa 90 anos no Brasil

A Goodyear está comemorando 90 anos de atuação no Brasil. A empresa pos-sui três unidades industriais: a fábrica em Americana, município do interior do Esta-do de São Paulo, a fábrica na cidade de São Paulo, localizada no bairro do Belen-zinho e a unidade de materiais de recau-chutagem na cidade de Santa Bárbara do Oeste (SP). Além disso, a empresa também possui sede na capital paulista, com sete regionais de negócios de vendas no Brasil.

A Goodyear do Brasil fabrica pneus para automóveis, vans, picapes, SUVs, ca-minhões, ônibus, pneus para equipamentos agrícolas, fora de estrada e para a aviação, além de materiais para recauchutagem. A empresa possui uma rede de 150 revende-dores oficiais com 900 pontos de venda em todo o País. Para mais informações sobre a Goodyear, visite: www.goodyear.com.br

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OPINIãO

Pneus: um exemplo de responsabilidade

pós-consumo

A Federação das Indústrias do Es-tado de São Paulo (Fiesp) abriu uma janela em sua reunião de diretoria para homenagear a Associação Na-cional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), por sua contribuição ao cres-cimento sustentável, em 23 de março. A homenagem foi um reconhecimen-to ao trabalho desenvolvido, por in-termédio da Reciclanip, pela marca de 200 milhões de pneus inservíveis de automóveis, o equivalente a 1 milhão de toneladas de pneus co-letados e destinados que deixaram de ser descartados na natureza.

Para se ter uma idéia da dimensão desse resultado, todos esses pneus re-colhidos seriam suficientes para equi-par duas vezes a frota de automóveis do Brasil. Não temos dúvida, que es-ses números consagram a Reciclanip como o primeiro programa de pós-consumo brasileiro de grande escala.

Exemplo da proatividade da indús-tria, o programa conta hoje com 374 pontos de coleta em todo Brasil, em

parceria com as Prefeituras munici-pais. Essas centrais de recepção de pneus inservíveis são uma das princi-pais frentes de nossa atuação, cujo esforço é voltado para a ampliação das parcerias com as Prefeituras para criação de novas unidades de coleta. Nessa parceria, a Prefeituras cedem os locais e a estrutura para instala-ção do ponto de coleta e a Recicla-nip fica responsável pela logística de transporte até a destinação final, seja para o co-processamento como com-bustível alternativo para as cimentei-ras ou para a fabricação de pó de borracha, asfalto, solado de sapato e duto fluvial, entre outras aplicações.

Mas não vamos parar. Apesar do sucesso dessas parcerias, buscamos desenvolver novos modelos de gestão para aumentar a eficiência do processo de coleta e destinação, beneficiando os diversos elos da cadeia produtiva.

Assim, criamos a nova modalidade do convênio triplo, que envolve as Prefeituras, os reformadores de pneu e a Reciclanip. Nele, a administra-ção do município cede o local para o ponto de coleta. O reformador faz a gestão do ponto de coleta e ope-racionaliza o processo. A Reciclanip fica incumbida de retirar o produto in-servível para destinação adequada. Na prática, o convênio triplo foi a for-ma encontrada para agilizar a opera-cionalização do processo nos pontos de coleta, uma vez que nem todas as Prefeituras dos municípios possuem in-fraestrutura para a realizar a tarefa.

Outro novo modelo que estamos colocando em operação é voltado

para os grandes geradores, como su-cateiros e reformadores, que geram um volume mínimo de 40 toneladas de pneus inservíveis por semana. Para eles, oferecemos a retirada do material, que é encaminhado direta-mente para a destinação adequada, o que evita problemas, como o exces-so de produto nos pontos de coleta.

Além desses modelos, buscamos ainda aumentar a capilaridade do sistema, ao adotar um novo modelo de consórcios nos Estados brasilei-ros, que está sendo implantado por meio de uma central, a qual atende a diversos municípios. Nosso obje-tivo é atender aos pequenos municí-pios, que não teriam condições de manter seu próprio ponto de coleta.

Mas queremos mais. Por isso, temos um novo desafio, que é o de estimu-lar o desenvolvimento desta nova ca-deia produtiva e contribuir para abrir oportunidades de novos negócios. Além disso, trabalhamos também no sentido de desenvolver programas e ações de conscientização ambiental para a população. A participação de todos os agentes da cadeia produtiva – fabricantes, revendedores, borra-cheiros, reformadores, o consumidor e o poder público – é fundamental para o sucesso de toda e qualquer ação que envolva a destinação final de pneus inservíveis no Brasil. Sem a conscientização da população e o en-volvimento das Prefeituras, das autori-dades governamentais e de represen-tantes da sociedade civil organizada, nossa ação fica limitada. Esse pro-cesso exige a participação de todos.

Eugenio Deliberato - Presidente da ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) e do Sinpec (Sin-dicato Nacional da Indústria de Pneumáticos, Câmaras de Ar e Camelback)

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A Revista Abrapneus é uma publicação da Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus e do SICOP - Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos, distribuida gratuitamente aos revendedores, distribuidores e fab-ricantes de pneus, entidades de classe, orgãos governamentais, empresas fornecedoras de produtos e serviços às revendas e orgãos de imprensa.

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