LBO faz aniversário de três anosPioneiro, Laboratório de Biologia Oral é hoje referência em pesquisa

Editorial: o Mercado de Trabalho e a Odontologia

Comitê de Referência em Saúde Bucal

NAP-saliva é contemplado pela Reitoria da USP

Vencedora do Piteco fala de sua nova patente

A Faculdade e os Jogos Olímpicos de 2016Entenda a importância da atuação da FOUSP no desempenho de nossos atletas.

Com palestras e atividades clínicas, inter-cambistas passam duas semanas na casa.

Núcleo da Profa. Dra. Silvia Lourenço traba-lhará em conjunto com 16 instituições.

Grupo de profissionais deve auxiliar a Secretaria da Saúde em políticas públicas.

INFOUSPPublicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano VII | edição no 14 | Julho-Setembro/ 2012

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Nicolas Gunkel

Prof. Dr. Rodney Garcia Rocha fala da va-lorização da profissão pela sociedade.

Profa. Dra. Maria Aparecida Borsatti conta como foi vencer a primeira edição do prêmio.

NOTA O CUBO ocorreu nos dias 27, 28 e 29 de setembro. Confira na próxima edição a cobertura completa.

Alunos estrangeiros partici-pam do Ellective Studies

Confira o que mudou no Laboratório em seu primeiro triênio P.3 >>

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C omo o mercado de trabalho valoriza as diferentes pro-fissões, seja para a escolha

da carreira, seja na decisão de órgãos públicos de conceder financiamen-tos como os Programas do PROUNI (Universidade para Todos), FIES (Fi-nanciamento do Ensino Superior) ou mesmo para regulamentar a abertura de Faculdades e do número de vagas que poderão ser disponibilizadas?

Para uma breve análise, baseio--me no estudo “Universidade e você no mercado de trabalho”, de autoria do Prof. Dr. Marcelo Nery, docen-te e economista chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getulho Vargas). A amostra utilizou 48 carreiras universitárias (de Tu-rismo à Tecnologia da Informação) e algumas perguntas foram coloca-das. Destacamos: 1. Quem, na mé-dia ganha mais?; 2. Quem trabalha mais?; 3. Qual carreira é campeã de proteção trabalhista (apresenta me-lhor cobertura previdenciária)? e 4.

Quem, em idade ativa, tem mais chance de conseguir trabalho?

No computo das respostas tem-se: no item 1, quem ganha mais, a carreira de Medicina apresentou-se como a pri-meira. A valores atuais o recebimento mensal chegou a R$8.459,00. A que menos recebe foi a carreira relaciona-da à Religião, com R$2.175. No item 3, quem trabalha mais, a campeã foi a área de Engenharia Mecânica com 42,9 horas semanais. Quem trabalha menos foi a Física, com 34,6 horas semanais.

A carreira campeã de proteção tra-balhista foi a do setor militar, com 97% de cobertura previdenciária; os menos protegidos foram os prestadores de serviços pessoais, como a estética, cuja grande maioria são os que trabalham por conta própria. Quem, em idade ativa tem mais chance de conseguir trabalhar foi também a Medicina, com 98% e, a última, Filosofia, com 89%.

Após a apresentação do ranking geral, envolvendo estas quatro ques-tões, tivemos como vencedora a Me-

dicina com um índice 30% maior que a segunda colocada, a Odon-tologia. Esta apresentou como ren-da do trabalho mensal o valor de R$5.327,21, com 38,24 horas se-manais trabalhadas, 82,33% de co-bertura previdenciária e chance de conseguir trabalho de 96,21%.

Ainda nos primeiros lugares, desta-caria a Engenharia de Transportes e a Engenharia Civil (estas duas passaram por forte valorização na última década). Na base do ranking estão Religião, Fi-losofia, Educação Física e Turismo.

O que se observa destes dados é que o mercado valoriza e muito a Odontologia. Cabe, portanto, às universidades e às instituições de en-sino odontológico o dever de formar profissionais cada vez mais aptos em resposta a este olhar da sociedade. A FOUSP, nesses seus 112 anos, cumpre esta missão.

Prof Dr. Rodney Garcia

Diretor

O Mercado de Trabalho e a Odontologia

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Laboratório de Biologia Oral completa três anos

I naugurado no dia 16 de setem-bro de 2009, o Laboratório de Biologia Oral (LBO) da Facul-

dade completa três anos no segundo semestre de 2012.

Com a aprovação de três projetos FAPESP, totalizando quase um mi-lhão de reais, o laboratório já adquiriu 19 equipamentos do mais alto nível para estudos em microscopia, além de estruturar uma sala de cultura de cé-lulas, um laboratório de bioquímica, um centro cirúrgico para pequenos animais e um biotério de experimen-tação em roedores. Com a aprovação de um quarto projeto, ainda em aná-lise, o LBO deve atingir, em breve, 100% de sua capacidade.

A principal área de atuação do la-boratório é a pesquisa básica aplicada à Odontologia com o uso de micros-copia, bioquímica e biologia molecu-lar. Nele são desenvolvidas pesquisas in vivo (amostras procedentes de te-cidos humanos ou de animais) e in vitro (cultura de células), além de es-pécimes por tipos de microscopia (de luz, de fluorescência, confocal a laser, eletrônica de varredura e eletrônica de transmissão).

Além de atender às demandas de todos os departamentos da Faculda-de, o laboratório de pesquisa também colabora com diversas outras unida-des da Universidade de São Paulo, como o Instituto de Ciências Bio-médicas, as Faculdades de Medicina, Veterinária, Ciências Farmacêuticas, entre outras. “Isso ocorre porque o grupo é reconhecido pela sua qualida-de nos estudos microscópicos”, expli-ca o Prof. Dr. Victor Arana, Professor Titular e coordenador do Laboratório de Biologia Oral.

O docente conta que colegas do México, Argentina, Uruguai, Peru e até da Espanha que o visitam de-claram que não há outros labora-tórios como este dentro de uma Faculdade de Odontologia, não só

em outras instituições do Brasil, mas da América Latina.

O docente atribui o sucesso do projeto a sua equipe, composta por uma docente, a Profa. Dra. Alyne Si-mões; uma pós-doutoranda; seis alu-nos de doutorado; três de mestrado; seis estagiários de Iniciação Cientí-fica e cinco professores estrangeiros colaboradores. “Não possuímos ain-da servidor técnico fixo para nossos procedimentos, o que aumenta mais ainda o mérito e a responsabilidade de nossa equipe”, ressalta.

No dia 11 de julho, o então Departa-mento de Materiais Dentários da FOUSP passou a ser denominado Departamento de Biomateriais e Biologia Oral, (ODB) ampliando sua área de atuação, na condu-ção das atividades científicas do LBO.

Além de diversos artigos publi-cados nestes três anos, no início do segundo semestre, o Professor Dou-tor Victor Arana publicou a terceira edição do livro “Histologia e Embrio-logia Oral” e lançou, em parceria com a pós-doutoranda Vivian Bradaschia, o livro “Biologia Celular e Tecidual para Odontologia”, nos quais a quase totalidade das ilustrações provem de trabalhos do seu grupo.Em três anos o laboratório preencheu seu primeiro biotério e criou mais um, separando ratos de camundongos

O LBO aguarda a aprovação de mais um projeto FAPESP para atingir 100% de sua capacidade

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SDO busca ampliar sua área de atuação

O Serviço de Documentação Odontológica vem consoli-dando-se nos últimos anos

como referência nacional e internacional. Para tanto, é necessária uma constante atualização não só do acervo da biblioteca, mas também de seu leque de atividades.

Com uma equipe de 30 pessoas, dentre elas oito bibliotecários pós-gra-duados, o SDO é especializado em do-cumentação, restauro, plotagem, gestão de pessoas e digitalização.

Trata-se de um acervo total de 97.882 livros, periódicos, revistas e videos à dispo-sição de mais de 18 mil usuários apenas da USP. À distância, instituições de todo o ter-ritório nacional, da América Latina, África e Europa requisitam obras da FOUSP.

“Temos livros únicos conosco, que datam do século XIX. É um grande pri-vilégio, mas também exige uma série de cuidados, como salas climatizadas para materiais antigos”, ressalta Lúcia Maria Costa Ramos, diretora do SDO.

O Serviço de Documentação tam-bém coordena a Biblioteca Virtual de Saúde em Odontologia, que conta com a colaboração de 17 instituições brasilei-ras. Seu objetivo é expandir tal atuação até o fim de 2013 para toda a América Latina e Caribe e, até 2015, para todos os países de língua portuguesa. “Estamos na maior Faculdade de Odontologia da América Latina. Temos a obrigação de ter também o melhor serviço de docu-mentação”, conclui Lúcia. n

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FOUSP atuará nos Jogos Olímpicos de 2016

A FOUSP está participando do Programa A Universi-dade de São Paulo nos Jogos

Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, promovido pela Reitoria. O obje-tivo do projeto é auxiliar os atle-tas brasileiros em nível científico, pedagógico e clínico, integrando a Universidade à sociedade.

Os docentes da Odontologia envolvidos no projeto são os Pro-fessores Doutores José Leonar-do Simone e Neide Pena Coto. Para eles, o convite da reitoria demonstra o reconhecimento do importante papel da Odontologia no esporte brasileiro.

O trabalho da Comissão se dará de duas maneiras. Em primeira ins-tância, a FOUSP operará com pro-cedimentos básicos. “É necessário oferecer saúde bucal aos atletas, ve-rificar se eles possuem cáries, doen-ças periodontais, comprometimen-tos endodônticos, por exemplo, e realizar os devidos tratamentos em

nossas clínicas”, explica a Profa. Dra. Neide Coto, que ministra a disciplina optativa de Odontologia do Esporte desde 2006. Segundo ela, más condições dentárias podem comprometer e muito o desempe-nho físico dos atletas.

A segunda área de atuação será na confecção de protetores bucais, nasais e faciais individualizados, confeccionados em EVA (etileno--acetato de vinila). Tais aparatos protegem os dentes antero-supe-riores em até 90% . A docente re-comenda que todos os atletas uti-lizem o protetor bucal, inclusive aqueles que praticam esportes de pouco contato.

“Há casos de tenistas que já se ma-chucaram na batida contra o solo ou com a própria raquete. Já na natação, atletas podem bater a boca na borda da piscina”, exemplifica a Profa. Dra. Neide Pena Coto.

O projeto da Faculdade para os Jogos Olímpicos tem como

ponto de partida o estreitamento das relações com outras unida-des. “Quando falamos em saúde do atleta, não podemos desvin-cular a Odontologia da Nutri-ção, Medicina e da Psicologia”, afirma a docente. “Um atleta que rói unhas em função do nervo-sismo, por exemplo, pode apre-sentar problemas de articulação temporomandibular. A onicofa-gia envolve, portanto, uma série de outras áreas da saúde”, com-pleta a docente.

A FOUSP não busca apenas assistir aos atletas brasileiros, mas educá-los sobre como e porque os cuidados bucais são importantes para o desempenho de atividades físicas. É um processo pedagógi-co que começa agora e termina só daqui a quatro anos. “Espero que com a ajuda do Programa, o Brasil possa conquistar muitas medalhas em 2016!”, conclui esperançosa a Profa. Dra. Neide Coto.

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Intercambistas participam de programa na FOUSP

A FOUSP recebeu no dia 20 de agosto, 21 alunos es-trangeiros, sendo seis deles

da Universidad Nacional Mayor de San Marcos (Peru), seis da Uni-versidad Inca Garcilaso de la Vega (Peru), quatro da Universidad In-ternacional del Ecuador (Equador), três do King’s College London (In-glaterra) e dois da Universyty of London (Inglaterra).

O programa, que durou quinze dias, é o Ellective Studies, promovido pela Comissão de Relações Interna-cionais da unidade. Estudantes da casa que logo também viajarão, acom-panharam cada passo da breve e in-tensa estada dos visitantes.

ProgramaçãoNo primeiro dia de atividades, os

alunos fizeram um tour pela Faculda-de, receberam as boas vindas do dire-tor, Prof. Dr. Rodney Garcia Rocha, e assistiram a uma palestra sobre pe-riodontia com o Prof. Dr. Luiz Anto-nio Pugliesi Alves de Lima.

Ainda na primeira semana, eles conheceram o Departamento de Dermatologia do Hospital das Clí-nicas da Faculdade de Medicina, a Clínica de Estomatologia, o Centro

de Atendimento a Pacientes Especiais (CAPE), a Clínica de Odontopedia-tria e o LELO.

Os docentes que supervisiona-ram tais visitas foram respectiva-mente a Profa. Dra Silvia Vanessa Lourenço o Prof. Dr. Celso Augus-to Lemos Jr. e as Professoras Dou-toras Marina Helena Cury Gallot-tini, Márcia Turolla Wanderley e Patrícia Moreira de Freitas.

O Prof. Dr. Cláudio Costa ain-da ministrou uma aula sobre Ra-diologia Digital e o uso de raios--X portáteis e a Profa. Dra. Márcia André concedeu uma aula sobre fissura labial.

Na segunda semana, os estudan-tes visitaram a Clínica dos Adoles-centes, de Trauma, de Pediatria e de pequenas cirurgias, acompanhados, respectivamente, pelas Professoras Doutoras Mariana Minatel Braga, Márcia Turolla Wanderley e Maria Cristina Zindel Deboni.

As palestras da semana foram sobre Câncer de Boca e Perpecti-vas de Tratamento no Brasil (Prof. Dr. Décio dos Santos Pinto Jr), Pediatria e Métodos Preventivos (Prof. Dr. Marcelo José Strazzeri Bönecker), Cuidados Odonto-lógicos com Pacientes Especiais (Karem Lopez Ortega) e Trata-mento Restaurador Atraumático (Daniela Procida Raggio).

Para fim de integração, a secre-tária da CRint, Sra. Yara Mourão, monitorou os estudantes numa vi-sita que percorreu os pontos mais importante da Cidade Universitária.

ImpressõesPara a aluna Sajni Shah, da King’s

College, as odontologias brasileira e britânica possuem, de forma geral, procedimentos bastante similares. O que lhe chamou a atenção, no entanto, foi o tratamento dado na odontopediatria daqui.

“Impressionei-me com o bom comportamento das crianças brasi-leiras nas clínicas. Ou elas simples-mente amam ir ao dentista, ou os ci-rurgiões dentistas são especialmente bem treinados. Talvez uma combi-nação dos dois”, ri a estudante.

A aluna peruana Ursula Samanie-go, da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, destaca o aprendi-zado profissional proporcionado. “Gostei muito das técnicas de laser em alta e baixa intensidade (LELO) e fascinei-me com os cuidados no tratamento a pacientes especiais (CAPE)”, conta a estudante.

A Profa. Dra. Andrea Mantesso, presidente em exercício da CRint, atesta que o Ellective Studies foi um sucesso. “Tanto a Faculdade quanto a Universidade receberam muitos elo-gios. Inclusive, outros alunos estran-geiros já entraram em contato pedin-do informações sobre o curso”

Estudantes acompanham atendimento pediátrico

Prof. Dr. Rodney Garcia recebe visitantes em sua sala

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Prof. Dr. Guedes-Pinto ganha honraria no Peru

O Prof. Dr. Antonio Carlos Guedes-Pinto, Professor Ti-tular aposentado do Depar-

tamento de Ortodontia e Odontope-diatria da FOUSP, recebeu no dia 27 de junho de 2012 o titulo de Doutor Hónoris Causa pela Universidade Da-niel Alcides Carrion, no Peru.

O título, concedido pela pri-meira vez, reflete o reconhecimento dos serviços prestados pelo docente

à odontologia e, especificamente, à odontopediatria do Peru.

O Prof. Dr. Guedes-Pinto também foi homenageado com o título de Visitante Ilustre e re-cebeu da prefeitura de Cerro De Pasco as chaves da cidade.

A solenidade seguiu os protoco-los de honra da cidade, entregando junto ao título um diploma, uma medalha e um anel.Prof. Dr. Guedes é homenageado no Peru

Acervo Pessoal

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A aluna de doutorado Talita Girio Carnaval teve seu tra-balho premiado no IV Con-

gresso Brasileiro Sobre o Uso Racio-nal de Medicamentos, ocorrido em agosto, em Salvador (BA). Com o título “Avaliação Clínica e Cirúrgica da Indicação de Prescrição Antibi-ótica Pós-operatória em Cirurgia de Terceiros Molares”, a cirurgiã-dentis-ta obteve o 1º lugar na categoria V – Trabalho em nível de graduação.

A colocação rendeu à equipe da Disciplina de Clínica Integrada, a publicação de um artigo, um livro,

um prêmio, certificados e uma placa, entregue pelo secretário da Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

O trabalho teve como orientador o Prof. Dr. Carlos Alberto Adde e como autores as alunas Talita Girio Carnaval, Fernanda Palone Aldarvis e Roberta Moura Sampaio, os Profs. Drs. Marcelo Munhós Romano, Ma-rio Sérgio Soares, Isabel Freitas Peixo-to e Rodney Garcia Rocha. Também merece destaque a equipe do Prof. Dr. Waldyr Antonio Jorge, que cola-borou com o projeto.

“O trabalho mostrou que nem sempre a utilização de antibióticos após cirurgias de terceiros molares é necessária. O tratamento depende mais da habilidade do cirurgião den-tista, biossegurança e condições sistê-micas do paciente”, explica Talita.

O Prof. Dr. Carlos Alberto Adde credita a conquista ao programa de Iniciação Científica da Faculdade e enaltece o crescimento da odontologia. “É de grande relevância para nós, que encontramos em eventos como estes a possibilidade de contribuir e nos inte-grar a outras áreas da saúde”.

Congresso interdisciplinar premia aluna da casa

Fórum de Integração FOUSP-ICBForam realizados no mês de

agosto e setembro os dois primei-ros encontros do Fórum de Inte-gração entre a Faculdade de Odon-tologia e o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB).

A iniciativa da Comissão de Graduação visa uma maior inte-ração entre as disciplinas minis-tradas no curso de odontologia,

evitando-se assim repetições ex-cessivas na grade horária.

O primeiro encontro foi reali-zado sem pauta dirigida, para que os docentes pudessem formular suas opiniões.

Na segunda oportunidade, professores do ICB e do IB apre-sentaram os conteúdos lecionados nas disciplinas de Genética, His-

tologia e Fisiologia. “As discussões foram extremamente valiosas para as futuras decisões da Comissão de Graduação”, afirma o Profes-sor Doutor Oswaldo Crivello Jr., organizador do debate.

O próximo encontro, previsto para outubro, contemplará docen-tes das disciplinas de Farmacologia, Imunologia e Microbiologia.

A Faculdade participou em agosto tanto da 6a Feira de Profissões da USP, quanto da Feira USP de Inovação e Em-preendedorismo (USPiTec). Alunos e docentes organizaram-se em turnos para mostrar ao público o que é desenvolvido em termos de Ensino e Pesquisa.

6a Feira de Profissões Nos dias 2, 3 e 4 de agosto o Centro

de Práticas Esportivas da Cidade Uni-versitária recebeu mais de 40 mil visitas de vestibulandos, pais e professores de todo o país. O evento, organizado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, permitiu aos visitantes tirarem dúvidas sobre os cursos, mercado de trabalho e áreas de atuação de diversas carreiras.

Munido de próteses bucais, auricu-lares e nasais, o aluno André Bordo Jú-nior procurou destacar a abrangência da profissão. “O estudante de Ensino Médio acha que a Odontologia é muito específi-

ca. Tentamos passar as possibilidades da área, já que o curso oferece uma formação muito ampla.”

A Profa. Dra. Lylian Kazumi Ka-nashiro, do Departamento de Orto-dontia, elogiou a iniciativa. “Lembro que na minha época senti falta desse tipo de conversa. Somos muito jovens quando escolhemos que profissão va-mos seguir e acho que ninguém melhor que os próprios alunos da Graduação para tirar essas dúvidas.”

Os representantes da FOUSP fo-ram os alunos de Graduação André Lúis Bordo Júnior, Amanda Tanaka, Nayara Fernanda Pereira, Karen La-risse Rampim, Bruno Gil de Oliveira, Fernando Lopes Pereira e os Profs. Drs. Dorival Pedroso da Silva, Igor Studart Medeiros, Eliza Agueda Rus-so, Lylian Kazumi Kanashiro, Mar-lene Fenyo Soeiro de Matos Pereira, Maria Luiza Moreira A. Frigerio.

USPiTecNos dias 23, 24 e 24 de agosto

foi a vez da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP sediar um evento de grande porte. Estima-se que 10 mil pessoas tenham comparecido à feira.

Os docentes da casa que partici-param, presencialmente ou enviando seus trabalhos, foram os Profs. Drs. Dorival Pedroso da Silva, Regina Ta-maki, Neide Pena Coto, Cleusa Apa-recida Campanini Geraldini, Maria Aparecida Borsatti, Marcelo Caval-canti, Igor Studart Medeiros, Giulio Gavini, Patrícia Moreira de Freitas e Maria Gabriela Biasevic.

Os pós-graduandos Lucas Pinheiro e Tatiana Yuriko Miyazima; as alunas de Graduação Thaís Lopez e Priscila Naka-zone Uehara; e os estagiários Wallace F. Barbosa e Danilo de Melo Lopes tam-bém colaboraram com o evento.

FOUSP nas feiras da Universidade de São Paulo

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Reunião do Comitê de Referência em Saúde Bucal

O Governo do estado de São Paulo criou neste ano o Comitê Estadu-

al de Referência em Saúde Bucal e o Grupo Técnico de Trabalho de Odontologia Hospitalar.

Os grupos são compostos por profissionais de grande atuação na área da Odontologia, que devem auxiliar a Secretaria de Estado da Saúde (SES/SP) no planejamento do atendimento público.

A primeira reunião ocorreu em agosto, dando início aos trabalhos. Fazem parte destes grupos: Sen-tados: Dr. Emil Adib Razuk (Pre-

sidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, CRO--SP), Prof. Dr. José Carlos Pereira (Diretor da Faculdade de Odonto-logia de Bauru, FOB-USP), Prof. Dr. Valdemar Mallet R. Barros (Di-retor da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, FORP-USP), Prof. Dr. Rodney Garcia Rocha (Diretor da Faculdade de Odonto-logia, FOUSP), Dra. Dalva Regina Massuia (Coordenadora do Grupo Técnico de Ações Estratégicas da SES/SP), Prof. Dr. José Eluf Neto (convidado e Presidente da Fun-dação Oncocentro de São Paulo, FOSP) e Prof. Dr. Carlos Augusto Pavanelli (Diretor da Faculdade de Odontologia de São José dos Cam-pos, UNESP). Em pé: Dra. Maria Magdala B. Ramos (Coordenadora Estadual do Projeto de Fluoreta-ção Técnica do SAMA/CVS), Dra. Cristiane Leite (CD do Hospital Mário Covas), Dr. Luiz Alber-to V. Soares Júnior (CD da Divi-são de Odontologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas,

HC-FMUSP), Profa. Dra. Karen Lopez Ortega (Departamento de Estomatologia da FOUSP), Dra. Fernanda de Paula Eduardo (CD do Projeto de Odontologia Hospi-talar da SES/SP), Dr. Luis Sérgio O. Valentim (Diretor Técnico da Divisão de Ações de Meio Ambien-te da SES/SP), Prof. Dr. Carlos de Paula Eduardo (Professor Titular da FOUSP), Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri (Secretário de Estado da Saúde de São Paulo), Prof. Dr. Flávio Fava de Moraes (Professor Emérito do Instituto de Ciências Biomédicas e Reitor da Universi-dade de São Paulo na gestão 1993-1997), Dra. Maria Fernanda M. Tricoli (Coordenadora da Área Técnica em Saúde Bucal, SES/SP), Prof. Dr. Jacks Jorge Junior (Dire-tor da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP), Profa. Dra. Luciana Correa (Departamen-to de Estomatologia da FOUSP) e Dra. Letícia Mello Bezinelli (CD do Projeto de Odontologia Hospi-talar da SES/SP).

Reunião do Comitê de Referência em Saúde Bucal

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Acervo Pessoal

Salas do corredor central estão prontas para uso

Tiveram fim em setembro as obras do corredor central da Faculda-de. As nove salas construídas es-

tão organizadas em três blocos.As quatro salas anteriores à entrada

do CAPE (Centro de Atendimento a Pa-cientes Especiais) abrigarão a Comissão de Cultura e Extensão, Comissão de Re-lações Internacionais, Comitê de Ética e a SBPqO (Sociedade Brasileira de Pesquisa em Odontologia).

As duas salas seguintes, anteriores ao Laboratório Multidisciplinar, se-

rão sedes da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e da Em-presa Júnior. As três salas posteriores serão destinadas à locação.

Para a Profa. Dra. Ana Cecília Correa Aranha, presidente da CRInt, o novo espaço é de primordial impor-tância. “Poderemos organizar e ar-quivar documentos, realizar reuniões, e, principalmente, oferecer um pon-to de apoio aos alunos e professores, sendo eles da casa ou visitantes”, afir-ma a docente.

A Profa. Dra. Isabel de Freitas Pei-xoto, presidente da CIPA também comemora a nova sede. “Será possível armazenar atas assinadas e documentos que devem por lei ficar à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho.”

A Profa. Dra. Marlene Fenyo So-eiro de Matos Pereira, presidente da Comissão de Cultura e Extensão, pre-tende ocupar o quanto antes a nova sala. “Estamos ansiosos pelo novo es-paço e o utilizaremos assim que for liberado pela direção da escola.”

Foi realizado em agosto a apre-sentação do Bandeira Científi-ca, projeto de extensão acadê-

mica realizado por alunos da FOUSP, Medicina, Saúde Pública, da Psicolo-gia, FEA, ECA, Psicologia, da ESALQ e Escola Politécninca.

Na ocasião, foi ministrada pela alu-na Karen Rampim, diretora de proje-tos sociais do Centro Acadêmico, uma palestra sobre o funcionamento do Bandeira. A estudante explicou os três fios norteadores da maior ação social discente da Universidade de São Paulo.

“Em primeiro lugar, buscamos prover melhores condições de saúde nas regiões assistidas. Em segundo, discutir com as autoridades da cidade visitada para que haja continuidade

do projeto, seja por meio do governo ou outras instituições. E por último, queremos incitar o senso crítico dos alunos sobre as diferentes realidades de nosso país”, explica a aluna.

Este ano o projeto será sediado na cidade de Afogados da Ingazeira, no sertão semi-árido de Pernambuco, a 375 quilometros da capital Recife.

Dados levantados numa visita pré-via mostram que a cidade possui apenas dez cirurgiões dentistas e dez técnicos de higiene bucal para seus 35 mil ha-bitantes. Também constatou-se o péssi-mo saneamento básico e a ausência de água fluoretada para a população.

O atendimento dos alunos da FOUSP é focado na odontopediatria. As-sim como nos outros projetos sociais do

Centro Acadêmico, as crianças passam por um ciclo clínico-pedagógico com pa-lestras educativas, evidenciação de placas, escovação assistida, exame clínico, ART (Tratamento Restaurador Atraumático) e Fluoretação.

CritériosO Bandeira Científica seleciona ci-

dades que atendam a três requisitos nu-méricos básicos: IDH entre 0,5 e 0,7%; mínimo de 50% da população coberta por Porgrama de Saúde da Família; e população entre 20 e 60 mil habitantes.

A distribuição geográfica também é levada em conta antes da escolha da população assistida. 14 cidades em 9 estados já foram beneficiadas desde a retomada do projeto, em 1998.

Bandeira Científica recruta alunos da Odontologia

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No início do segundo semes-tre de 2012 foram aprovados pela reitoria 75 Núcleos de

Apoio à Pesquisa (NAPs), figurando entre eles o primeiro projeto contem-plado da Faculdade de Odontologia.

O NAPsaliva, como é chamado, foi idealizado em 2011, quando a Profa. Dra. Silvia Lourenço teve con-tato com o NAP-Biocema, núcleo di-rigido pelo Prof. Dr. Carlos Alberto Labate, da ESALQ.

O novo núcleo busca estudar as glândulas salivares desde seu desen-volvimento embrionário até altera-ções decorrentes de doenças neoplá-sicas (ex: tumores) e não neoplásicas (ex: xerestomia).

“A saliva pode atuar como marca-dor de doenças e por isso queremos

buscar nela formas de fazer nossos diagnósticos”, explica a Profa. Dra. Silvia Lourenço.

Segundo a docente, alterações na secreção salivar de um indivíduo comprometem significativamente sua qualidade de vida, daí a importância social da pesquisa na área.

O NAPsaliva também proverá o retorno para a sociedade através de seu apoio à Liga de Câncer da Fa-culdade de Odontologia. “Queremos que o centro se aprimore e se consoli-de como referência clínica em neopla-sias orais”, afirma a docente.

MultidisciplinaridadeEntre os critérios estabelecidos pela

reitoria para a contemplação de um NAP está o seu potencial multidisciplinar. A

Profa. Dra. Silvia Lourenço, por ter sido Jovem Pesquisadora na Faculdade no Ins-tituto de Medicina Tropical, valoriza a integração das 16 instituições (nacionais e internacionais) envolvidas no projeto.

“Apesar da FOUSP ser o centro ofi-cial, todas as unidades tem igual im-portância”, ressalta. “Meu maior esfor-ço é neste sentido. As pessoas devem se sentir parte do projeto e da Universi-dade o tempo todo.”

O NAPsaliva, coordenado pela Profa. Dra. Silvia Lourenço e vice-co-ordenado pelo Prof. Dr. Fabio Daumas Nunes, já teve seus trabalhos iniciados e busca agora atrair mais recursos hu-manos para alavancar pesquisas e tra-zer patentes para a FOUSP.

Confira abaixo o quadro de parce-rias já firmadas pelo projeto.

Reitoria contempla FOUSP com seu primeiro NAP

FACULDADE DE

MEDICINA USP

FACULDADE DE

MEDICINA USP

RIBEIRÃO PRETO

INSTITUTO DE

MEDICINA TROPICAL

DE SÃO PAULO

HOSPITAL DAS

CLÍNICAS FMUSP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS

BIOMÉDICAS-USP

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

UNESP ARARAQUARA

INSTITUTO BUTANTAN

HOSPITAL AC

CAMARGO

INSTITUTO DE

RADIOLOGIA FMUSP

CENTRO INTERNACIONAL DE PESQUISA AC CAMARGO

MD ANDERSON

SCHOOL OF DENTISTRY –

UNIVERSITY OF CONNECTICUT

AGÊNCIA INTERNACIONA

L DE ENERGIA ATÔMICA

ESALQ

INSITUTO INFANTIL

BOLDRINI- CAMPINAS

NAP SALIVA FACULDADE DE ODONTOLOGIA

PARTICIPANTES ÁREA BÁSICA

PARTICIPANTES ÁREA SAÚDE

COLABORADORES

SCHOOL OF DENTISTRY –

KING’S COLLEGE LONDRES - UK

Odonto Júnior CIPA SBPqOComitêde Ética

CRInt CCEx

CAPE

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Com o trabalho intitulado “Composições Farmacêu-ticas à Base de Anestésicos

Locais e Hialoronidase associada e ou inclúida e seus usos”, a vencedora do Prêmio de Inovação Tecnológica em Odontologia (Piteco) da Reunião de Pesquisa de 2012 foi a Profa. Dra. Maria Aparecida Borsatti.

A docente desenvolveu uma compo-sição de anestésicos utilizando adjuvantes

de modo inovador, com incorporação em nanopartícula. “O diferencial está na utilização de uma enzima nanoagregada proveniente de bovinos, que é liberada posteriormente à medicação, prolongan-do em até três vezes o efeito da composi-ção no paciente”, explica a docente. Desta maneira, torna-se desnecessária a comple-mentação anestésica, procedimento deli-cado em determinados pacientes.

Trata-se de mais uma contribui-ção da odontologia a todas as áreas da saúde, dada a abrangência do uso do novo medicamento

TrajetóriaO projeto da Profa. Dra. Maria

Aparecida Borsatti teve início em 2007, quando ela conseguiu seu primeiro auxí-lio pesquisa. O primeiro depósito, no en-tanto, foi publicado apenas em fevereiro

deste ano, com apoio da FAPESP. No fim de maio, na XIX Reunião de

Pesquisa, a docente foi premiada com o prêmio Piteco. “Fiquei muito feliz! Não imaginava. Tinha tanta coisa boa”, conta. “Acho que talvez tenha me destacado por apresentar o trabalho numa etapa já mais avançada. Não era mais só uma ideia, en-tende? Ele já estava devidamente testado.”

Os lucros da patente gerada pelo novo medicamento serão repartidos entre a USP, a UFMG, a FAPESP e a equipe de cirurgiões dentistas que cola-boraram com seu desenvolvimento.

Merecem destaque os docentes da UFMG Prof. Dr. Rubén Dario Sinister-ra Millan e Profa. Dra. Maria Esperanza Cortés Segura, a docente do ICB Ma-rinilce Fagundes dos Santos e os alunos de pós-graduação da FOUSP Caroline Carvalho e Victor Murakami.

Vencedora do Piteco fala de sua nova patente

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Já pensou em ser um doador de órgãos?

Muitas pessoas caem no equívoco de que doar ór-gãos só é possível no pós-

-morte ou para parentes diretos. No entanto, poucos sabem que há um órgão que pode ser doado por cada um de nós ainda em vida, indepen-dentemente de seu estado e de sua idade: o dente.

Somos todos potenciais doa-dores. Aos seis anos, quando cai normalmente o primeiro dente de leite, uma criança pode fazer a primeira grande ação de sua vida. É este pequeno gesto de altruísmo o responsável por criar uma cultu-ra do doador.

É essa ideia que move o Banco de Dentes da Faculdade de Odonto-logia da Universidade de São Paulo (FOUSP), fundado e coordenado pelo Prof. Dr. José Carlos P. Impa-rato. Podemos, em todas as fases de nossa vida, fazer doações de órgãos ou tecidos. A mais fácil (e não menos importante) é a de dentes.

Qualquer dente, decíduo ou per-manente, sadio ou cariado pode e deve ser passado adiante. A deman-da do Banco de Dentes da FOUSP é sempre maior que sua arrecadação e cada peça recebida contribui para o desenvolvimento de novos tratamen-tos contra a doença cárie.

Quando realizada na própria Fa-culdade, a doação pode ser benéfica não só ao Banco de Dentes, mas tam-bém ao Laboratório de Células Tron-co, coordenado pela Profa. Dra. An-drea Mantesso. Neste caso, a polpa do dente fornecerá células diferencia-das para o estudo de outras doenças.

Fazendo uma doação, você ajuda a FOUSP a criar uma nova geração, mais saudável, consciente e preocu-pada com o próximo.

COMO DOAR?

Envie o seu dente por correio ou en-tregue-o pessoalmente, de segunda a sexta, na Avenida Professor Lineu Prestes, 2.227, Cidade Universitária, SP, CEP: 05508-900. Tel: 3091-7905

Profa. Dra. Maria Aparecida Borsatti e Prof. Dr. Paulo Francisco Cesar, coordenador do projeto

Kleber de Paula

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