odontologia multidisciplinar

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Cordon , Rosely Laganá, Dalva Sesma, Newton ODONTOLOGIA O paciente no centro das atenções MULTIDISCIPLINAR

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O livro Odontologia Multidisciplinar - O Paciente no Centro das Atenções apresenta uma contribuição para profissionais das diferentes áreas da Odontologia, propondo um modelo de Gestão Clínica Integrada sobre a visão da qualidade de serviços de Saúde e Acreditação no campo da Odontologia. O livro se constrói na contextualização de resolução de casos clínicos, incluindo a utilização de fotografias, planejamento e desenvolvimento executados de forma integrada. Esses casos clínicos têm como base modelos de protocolos estabelecidos para as terapêuticas aplicadas na devolução à normalidade do sistema estomatognático, com ênfase no restabelecimento da relação maxilomandibular, oclusal e funcional e, em consequência da dimensão vertical de oclusão, do binômio implante-prótese, da reabilitação estética e enxertos ósseos. A obra tem como preocupação o paciente e a sua segurança, e apresenta os meios para o desenvolvimento dessas atividades.

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Page 1: Odontologia Multidisciplinar

Cordon, Rosely Laganá, Dalva Sesma, Newton

Cordon •

Laganá • Sesm

a

Cordon, Rosely Laganá, Dalva Sesma, Newton

ODONTOLOGIA

O paciente no centro das atençõesMULTIDISCIPLINAR

ODONTOLOGIA

O paciente no centro das atençõesMULTIDISCIPLINAR

Odontologia Multidisciplinar – O Paciente no Centro das Atenções apresenta uma contribuição para profi ssionais das diferentes áreas da Odontologia, propondo um modelo de Gestão Clínica Integrada sobre a visão da qualidade de serviços de Saúde e Acreditação no campo da Odontologia.

O livro se constrói na contextualização de resolução de casos clínicos, incluindo a utilização de fotografi as, planejamento e desenvolvimento executados de forma integrada.

Esses casos clínicos têm como base modelos de protocolos estabelecidos para as terapêuticas aplicadas na devolução à normalidade do sistema estomatognático, com ênfase no restabelecimento da relação maxilomandibular, oclusal e funcional e, em consequência da dimensão vertical de oclusão, do binômio implante-prótese, da reabilitação estética e enxertos ósseos.

A obra tem como preocupação o paciente e a sua segurança, e apresenta os meios para o desenvolvimento dessas atividades.

Escrito em uma linguagem clara e multidisciplinar, auxilia o aprendizado com assimilação de suas práticas. Odontologia Multidisciplinar – O Paciente no Centro das Atenções é uma contribuição à classe odontológica brasileira no campo da reabilitação oral e da Gestão de Qualidade

O livro foi Coordenado por Rosely Cordon, Dalva Cruz Laganá e Newton Sesma e elaborado pela equipe multiprofi ssional integrante do Centro de Excelência em Prótese e Implante (CEPI) do Departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP).

Classifi cação de arquivo recomendadaOdontologia

Clinica IntegradaPrótese Fixa

ImplantodontiaPrótese sobre Implantes

www.elsevier.com.br/odontologia

OD

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AF_Cordon2015.indd 1 08/06/15 16:11

Page 2: Odontologia Multidisciplinar

Odontologia Multidisciplinar O Paciente no Centro das Atenções

Page 3: Odontologia Multidisciplinar
Page 4: Odontologia Multidisciplinar

Odontologia Multidisciplinar O Paciente no Centro das Atenções

ROsely CORdOnMestrado em Laser pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

(Ipen) da Faculdade de Odontologia da USP (Fousp).Especialista em Dentística pela Fundação para o Desenvolvimento Cien-

tífico e Tecnológico da Odontologia (Fundecto) da Fousp.Especialista em Gestão de Qualidade para Serviços de Saúde pelo Instituto

de Ensino e Pesquisa Albert Einsten.Especialista em Acreditação: Qualidade no Serviço de Saúde pela Facul-

dade de Ciências Médicas de Minas Gerais (Feluma).Membro do Comitê Técnico da Organização Nacional de Acreditação (ONA)

para Confecção do Primeiro Manual para Serviços Odontológicos.Coordenadora da Área de Qualidade e Divulgação do Centro de Excelência

em Prótese e Implante (Cepi).

dalva C. laganáProfessora Titular e Chefe do Departamento de Prótese da Fousp.Membro do Comitê Técnico da ONA para Confecção do Primeiro Manual

para Serviços Odontológicos.Coordenadora do Centro de Excelência Prótese Implante-Cepi.

newtOn sesMaDoutorado e Mestrado em Prótese.Professor do Departamento de Prótese e da Disciplina de Implantodontia

da Fousp.Responsável e Coordenador Clínico do Centro de Excelência em Prótese

e Implante (Cepi) da Fousp.

Page 5: Odontologia Multidisciplinar

© 2015, Elsevier Editora Ltda.Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610, de 19/02/1998.Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

ISBN: 978-85-352-7685-5ISBN (versão digital): 978-85-352-8420-1

CapaStudio Creamcrackers, a partir de layout fornecido por Canes Quality

Editoração EletrônicaWM Design

Elsevier Editora Ltda.Conhecimento sem Fronteiras

Rua Sete de Setembro, nº 111 – 16º andar20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

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Serviço de Atendimento ao Cliente0800 026 53 [email protected]

Consulte nosso catálogo completo, os últimos lançamentos e os serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br

NOTA

Como as novas pesquisas e a experiência ampliam o nosso conhecimento, pode haver necessidade de alteração dos méto-dos de pesquisa, das práticas profissionais ou do tratamento médico. Tanto médicos quanto pesquisadores devem sempre basear-se em sua própria experiência e conhecimento para avaliar e empregar quaisquer informações, métodos, substâncias ou experimentos descritos neste texto. Ao utilizar qualquer informação ou método, devem ser criteriosos com relação a sua própria segurança ou à segurança de outras pessoas, incluindo aquelas sobre as quais tenham responsabilidade profissional. Com relação a qualquer fármaco ou produto farmacêutico especificado, aconselha-se o leitor a cercar-se da mais atual infor-mação fornecida (i) a respeito dos procedimentos descritos, ou (ii) pelo fabricante de cada produto a ser administrado, de modo a certificar-se sobre a dose recomendada ou a fórmula, o método e a duração da administração, e as contraindicações É responsabilidade do médico, com base em sua experiência pessoal e no conhecimento de seus pacientes, determinar as po-sologias e o melhor tratamento para cada paciente individualmente, e adotar todas as precauções de segurança apropriadas.Para todos os efeitos legais, nem a Editora, nem autores, nem editores, nem tradutores, nem revisores ou colaboradores assumem qualquer responsabilidade por qualquer efeito danoso e/ou malefício a pessoas ou propriedades envolvendo responsabilidade, negligência etc. de produtos ou advindos de qualquer uso ou emprego de quaisquer métodos, produ-tos, instruções ou ideias contidos no material aqui publicado.

O Editor

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

C827o

Cordon, Rosely Odontologia multidisciplinar : o paciente no centro das atenções / Rosely Cordon,Dalva C. Laganá, Newton Sesma. - 1 ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2015.

: il. ; 28 cm.

Inclui índiceISBN 978-85-352-7685-5

1. Odontologia. I. Laganá, Dalva C. II. Sesma, Newton. III. Título.

15-22995 CDD: 617.643 CDU: 616.314

21/05/2015 28/05/2015

Page 6: Odontologia Multidisciplinar

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AGRADECIMENTOS

Aos diretores da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp)Carlos de Paula Eduardo – Gestão 2005 a 2009Rodney Garcia Rocha – Gestão 2009 a 2013Waldir Antônio Jorge – Gestão 2013 até a presente data

Aos pacientes

Aos estagiários

Aos nossos técnicosLafaite Silva de Oliveira Maria José de Souza Barros

Às secretárias Coraci Aparecida de MoraisMarlete Benjamin dos Santos

Aos funcionários da clínica

Às empresas parceirasBio Art, Conexão, Design Oral-Medesy, Doc Digital, Dental Tanaka, Geintlich, INDOR, Laprodent, Neodent, Oral B, Reluc Dental, Strauman, TNK.

À Editora Elsevier, pela confiança depositada no time do Centro de Excelência Prótese e Implante (Cepi)

“Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também sonhar, não apenas planejar, mas também acreditar”

Autor desconhecido

Page 7: Odontologia Multidisciplinar
Page 8: Odontologia Multidisciplinar

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APRESENTAÇÃO

O Centro de Excelência em Prótese e Implante (Cepi) foi cria-do em meados de abril de 2009, fica localizado no Departa-mento de Prótese da Faculdade de Odontologia da Univer-sidade de São Paulo (Fousp) e visa ao atendimento de casos complexos de reabilitação oral em Odontologia. Surgiu como uma célula-piloto que integra diversas especialidades e faz parte do novo projeto pedagógico do curso e do programa de extensão universitária da Universidade de São Paulo (USP). Graças ao seu perfil, congrega profissionais formados com ex-periência em pelo menos uma especialidade, que retornam à faculdade participando do programa de atualização e atuando na clínica, na pesquisa e na extensão. Somado a isso, atuam também alunos de graduação e pós-graduação, conferindo um aprendizado de modo integrado que objetiva uma visão sistê-mica de como tratar um paciente/cliente por meio de olhares distintos e diversos, à luz da multidisciplinariedade, individu-alizando cada caso, assim como é o indivíduo — único.

As atividades são limitadas a uma única manhã por semana, no período das 8h às 12h, e a última manhã de cada mês é reser-vada a um palestrante convidado, em geral um renomado profes-sor, que apresenta temas relevantes da atualidade, com a finalida-de de agregar conhecimentos não somente da área odontológica, mas também de outras áreas. Nos demais dias de atuação, isto é, nas outras semanas, as atividades são divididas da seguinte forma: das 8h às 8h45 são realizadas apresentações dos casos clínicos em andamento, protocolos e treinamentos dos membros internos; a partir das 8h45 até às 12h são realizados os atendimentos clínicos na Clínica Odontológica (clínica azul) da Fousp.

Paralelamente a essas atividades, são desenvolvidos proje-tos de pesquisa, cujos resultados são apresentados em con-gressos e eventos científicos, assim como a captação de todo o material fotográfico, dentro das normas tanto da instituição como de periódicos, com o objetivo de publicação dos casos clínicos e das pesquisas realizadas.

Durante o desenvolvimento do Centro, em maio de 2010, para aprimorar a qualidade das suas atividades, buscou-se o significado da palavra “Excelência” dentro da área da saú-de. Verificou-se que esse termo tem uma abrangência ampla,

com base em princípios da qualidade, gestão e ferramentas da qualidade e da metodologia da Acreditação, especificamente voltados para a saúde. Praticamente, todos os textos e pesqui-sas encontrados na literatura concentram-se nas áreas de Me-dicina, Enfermagem e laboratórios de diagnósticos médicos, tendo pouca ou nenhuma inserção na Odontologia. Como são conceitos apregoados para a área da saúde, torna-se mister que estes, com as devidas adaptações, possam ser empregados no campo da Odontologia também.

Portanto, no cenário atual — globalizado, competitivo, com muitos desafios a serem atingidos, principalmente na área da saúde, que cada vez é mais multidisciplinar e na qual a Odontologia está inserida — há de se buscar diferenciais competitivos que auxiliem e alavanquem a Excelência.

Nesse sentido começou, então, a partir de 2010, uma nova concepção para o serviço, com a visão holística voltada para a gestão da qualidade em saúde como um todo em relação ao atendimento e serviço do Cepi; foi dado o primeiro passo formulando-se a direção que todos deverão seguir e de que de-verão participar, com a confecção do primeiro Planejamento Estratégico, que define missão, visão e valores que se seguem (Relatório Anual Cepi-Fousp, 2010).

Missão Visa à união de atividades de ensino, pesquisa, clínica e ex-tensão voltadas para a comunidade, tendo como objetivo a prestação de cuidados à saúde de qualidade, por meio da re-solução de casos de alta complexidade de reabilitação oral, e a preparação de profissionais de excelência.

visão Agregar e proporcionar crescimento profissional a docentes, pós-graduandos, graduandos, cirurgiões-dentistas e técnicos em prótese, por meio da prática de excelência técnica, científica e profissional dentro de um panorama multidisciplinar pertinen-te à área, usando toda técnica e tecnologia disponíveis.

Page 9: Odontologia Multidisciplinar

viii Odontologia Multidisciplinar

valores • Ética – Regemo-nos e unimo-nos nos mais elevados princí-

pios de conduta em todas as nossas ações e decisões, por-que acreditamos que a integridade pessoal e profissional, aliada a um comportamento ético, é a base da confiança da população, principalmente em um serviço de saúde.

• Respeito pelos indivíduos – Estamos atentos e procuramos responder às necessidades individuais dos nossos clientes externos (pacientes) e dos clientes internos (profissionais), ao mesmo tempo em que respeitamos a privacidade e enco-rajamos a participação de todos nos processos de decisão.

• Performance – Trabalhamos para atingir a nossa missão de prestar cuidados de saúde de qualidade, utilizando os recur-sos com eficácia e eficiência.

• Inovação – Encorajamos a criatividade e nela nos inspira-mos; incentivamos a formação, a investigação e o desenvol-vimento de novas ideias, de modo a assegurar que o Cepi forneça os melhores cuidados aos seus pacientes e partici-pantes.

• Dedicação – Consideramos um privilégio servir a comu-nidade de forma humanizada, fomentando a prevenção, a

promoção e a prestação de cuidados, com vistas à obtenção de ganhos em saúde.

• Transparência – Em todas as atividades, procuramos envol-ver todos os participantes.

• Confiança – Fundamenta-se na habilidade de prestar o ser-viço proposto de forma segura e precisa.

• Receptividade – Destaca a disposição em ajudar os clien-tes, além de fornecer o serviço com presteza e prontidão em tempo hábil (fator humanístico).

• Segurança – Aborda o conhecimento e a cortesia de toda a equipe, com suas habilidades em demonstrar confiança.

• Aspectos tangíveis – Aspectos físicos que compreendem as atividades de prestação de serviços, tais como instalações, equipamentos e aparência de todos, inclusive da equipe.

• Empatia – Grau de cuidado e atenção pessoal dispensado aos clientes internos e externos.

ORganizaçãO dO CePiPara iniciar o projeto, definimos primeiramente o organogra-ma institucional, com a finalidade de saber exatamente onde o Cepi se localiza e quais são as esferas a que ele deve se reportar.

Organograma e as esferas em que o Cepi está inserido

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

DEPARTAMENTOS

PRÓTESE

CEPI

Page 10: Odontologia Multidisciplinar

Apresentação ix

Devidamente inserido e sabendo-se os limites de atuação e a hierarquia que devem ser observados, foi construído o orga-nograma interno para o Cepi.

Organograma esquemático hierárquico das áreas que compõem o Cepi

Criado o organograma, definiu-se a equipe de colabora-dores: alunos do programa de aperfeiçoamento profissional, que voltaram à universidade por meio do programa de exten-são da USP; alunos de graduação, acadêmicos participantes da Liga Interdisciplinar de Implante – LII/Fousp; alunos de pós-graduação; e um técnico em prótese dentária para acom-panhar o atendimento de pacientes e dar suporte na clínica.

A partir do momento em que as ideias do projeto foram disseminadas, em que as pessoas foram definidas e estavam cientes dos objetivos a serem cumpridos, em que o planeja-mento estratégico foi explicado e focado e em que os organo-gramas estavam prontos, iniciaram-se a definição das estrutu-ras físicas, o delinear de processos e a definição de indicadores para obter os melhores resultados. Para tanto, foram forma-tados o site, manuais de qualidade do paciente, a papelaria necessária para o atendimento adequado, que inclui prontuá-rios e todo o seu padrão, POPs (procedimentos operacionais padrão) e planilhas; e os mais diversos termos, como o de responsabilidade, o de esclarecimentos, entre outros proces-

sos tão essenciais quanto a própria técnica que será utilizada para a solução do caso de cada pessoa que procura os serviços do Cepi.

Em nosso planejamento estratégico, considerando nossos objetivos de médio (até 5 anos) e longo prazo (até 10 anos), havia a edição de um livro sobre os trabalhos executados pelos membros do Cepi e ser Acreditado — nesta ordem. Ser Acre-ditado era mais difícil porque nada sobre o tema existia para a Odontologia, então fomos buscar e encontramos na metodo-logia da Organização Nacional de Acreditação (ONA) o que buscávamos, o que nos permitiu participar da Formatação do Primeiro Manual de Acreditação para Serviços Odontológicos, publicado em agosto de 2012 – com seis sessões e 18 sub-seções. Quanto a editar um livro, aqui está ele, e esperamos que nosso trabalho sirva de inspiração e ajude na resolução de seus casos, aplicados na clínica do dia a dia. Certamente podemos todos afirmar que o sonho ainda não terminou...

Os Autores

Centro de Excelência emPrótese e Implante - CEPI

Coordenação Geral

Vice-coordenação

Área de Qualidade eDivulgação

Coordenadora

Área de Extensão

CoordenadorÁrea Clínica

Coordenador

Área de pesquisa

Coordenadora

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PREFÁCIO

A Profa. Dalva Cruz Laganá pediu-me que escrevesse o prefá-cio de seu livro Odontologia Multidisciplinar, que contou com a contribuição de diversos autores que participam efetivamente do Centro de Excelência em Prótese e Implante (Cepi). Em 2006, em função da recém-inaugurada clínica da Fa-culdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, nasceu a ideia da formação de grupos de excelência para o atendimento na Clínica de Especialidades. Com base nisso, a Profa. Dalva passou a planejar como seria estruturado esse centro.

Lembro-me de que inicialmente começaria com o atendi-mento clínico de pacientes apenas uma vez por semana. Não tardou para que ela formasse um grupo de estudos congregan-do professores da faculdade, alunos da pós-graduação, esta-giários do Programa de Aperfeiçoamento Profissional (PAP) e colegas cirurgiões-dentistas especialistas nas diversas áreas da Odontologia. Esse grupo passou também a se preocupar, além do atendimento clínico, com aulas teóricas, exposições clínicas, seminários e pesquisas.

Fruto desse árduo trabalho de alguns anos, a Profa. Dal-va coordenou esse grupo de colaboradores que contribuíram com os capítulos deste livro.

A liderança e gestão de um grupo, que precisa trabalhar de forma integrada e efetiva, só são obtidas pelo trabalho de pro-fessores de vasta experiência acadêmica como a Profa. Dalva.

Certamente, os capítulos deste livro trarão uma excelente contribuição para profissionais de diversas áreas de atuação na Odontologia. Parabéns pela multidisciplinaridade, que é a essência de todas as áreas biomédicas no momento atual.

Parabenizo também o Professor Newton Sesma, da Fousp, e a colega Rosely Cordon, que somaram conhecimento e experiên-cia a este trabalho. Os três dividiram a coordenação deste livro, formando um sólido tripé para a colheita do sucesso almejado.

Prof. Dr. Carlos de Paula Eduardo

Professor Titular do Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp)

Diretor da Fousp – Gestão 2005 a 2009

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xiii

INTRODUÇÃO

Nesses anos, poucos ainda, o Centro de Excelência em Pró-tese e Implante (Cepi) tem revelado comprometimento com as expressões mais apuradas da excelência na aborda-gem multidisciplinar da prestação de serviços — extensão à comunidade com ênfase nos procedimentos protéticos e de implantes.

Desde sua concepção, venho observando sua evolução. Chamado a atender, como apoio e referência, a uma nova reestruturação curricular de cursos de graduação, que ora se iniciava na Faculdade de Odontologia da USP, esse Centro foi implantado para auxiliar a formação de competências de futu-ros profissionais generalistas, mas também com visão própria de procedimentos mais especializados.

A Clínica Odontológica da Fousp abria um setor para que essas competências se tornassem realidade. Em grande parte, essa ideia foi incentivada pelo Prof. Dr. Carlos de Paula Eduar-do, diretor de nossa instituição na época, e abraçada de forma entusiástica pela Profa. Dra. Dalva Cruz Laganá, do Departa-mento de Prótese.

Por isso, este livro é bem-vindo. No contexto de extensão, o da prestação de serviços é o que mais se percebe neste livro. Mas, também, é inovação, é pesquisa, é ensino.

Com uma equipe de colaboradores multiprofissional bas-tante eficaz, temos a confirmação de textos que abrangem desde o planejamento integrado de casos clínicos, passando por modelos de protocolos implante-prótese, de reabilitação estética, oclusal e funcional, enxertos ósseos, próteses sobre implante e outros assuntos, além de apresentar formas e mo-delos de gestão para essas atividades e as boas maneiras de se fazer a utilização de fotografias clínicas.

Escrito em linguagem clara, o livro conta também com ilustrações muito bem feitas. É uma contribuição importante ao ensino de prótese e implante, auxiliando o aprendizado com assimilação de suas práticas.

Congratulo-me com a Profa. Drª. Dalva Cruz Laganá e, o Prof. Dr. Newton Sesma e com todos os colaboradores por ver refletidas, nessas páginas, suas contribuições ao ensino, pesqui-sa e extensão, missão da Faculdade de Odontologia da USP, como também servirá a toda classe odontológica brasileira.

Prof. Dr. Rodney Garcia RochaDisciplina de Clínica Integrada da Faculdade de Odontologia

da Universidade de São Paulo (Fousp)Diretor da Fousp – Gestão 2009 a 2013

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xv

COLABORADORES

alessandRa de liMa ROChaEspecialista em Saúde da Família pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)Especialização em Ortodontia pela Associação Paulista de Ci-rurgiões-Dentistas (APCD)

álvaRO luis iChiGraduação pela Faculdade de Odontologia da USP de Ribei-rão Preto Mestrado e Especialização em Prótese pela Faculdade de Odontologia da USP (Fousp)Coordenador de Extensão do Centro de Excelência em Prótese e Implante (Cepi) da FouspProfessor do Curso de Especialização em Prótese da Fundecto – USP

ana CaROlina CRuz laganáMestrado em Ciências Odontológicas, Área de Concentração em Prótese Dentária, pela FouspEspecialista em Prótese Dentária pelo Centro de Estudos Tec-nológicos Avançado de Odontologia (Cetao)Especialista em Implantodontia pelo CetaoEspecialista em Periodontia pelo CetaoMembro do Centro de Excelência em Prótese e Implante (Cepi) da FouspMembro do International Team for Implantology

andRé duaRte de azevedO MaRquesMestrando em Prótese pela USPEspecialista em Implante Professor do Curso de Especialização de Implante e Prótese pela UninoveProfessor do Curso de Atualização em Implante pela Fundec-to/USPMembro do International Team for Implantology

andRéa tRainaDepartamento de Cirurgia, Traumatologia e Prótese Bucoma-xilofacial da Fousp

BRunO CeCíliO de MOuRaEspecialista em Prótese Dentária

CaRla MORetO santOsPós-doutorado, Doutorado e Mestrado em Reabilitação Oral pela Forp/USP

Claudia CRistina RiquelMeEspecialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilo-facial pela Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas (APCD)Mestrado em Lasers pelo Laboratório Especial de Laser em Odontologia da Universidade de São Paulo/Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Lelo-USP/Ipen)Membro do International Team for Implantology

éRiCO FRaga CastaldinProfessor do Curso de Especialização em Prótese da FFO-FouspDoutorado em Ciências Odontológicas, Área de Concentração em Prótese Dentária pela FouspMestrado em Prótese Dentária pela FouspCirurgião-Dentista formado pela Fousp

JOãO eduaRdO MiRanda FRanCODoutorado e Mestrado em Ciências Odontológicas, Área de Concentração em Prótese Dentária pela Fousp Especialista em Prótese Dentária pela Fousp

Page 17: Odontologia Multidisciplinar

xvi Odontologia Multidisciplinar

isaBele tRigueiRO Mestrado em Ciências Odontológicas, Área de Concentração em Prótese Dentária pela FouspEspecialista em Prótese Dentária pelo Conselho Federal de OdontologiaMembro do Cepi Membro do International Team for Implantology

ligia dROvandi BRaga ROtundO Mestranda em Prótese Dentária pela Fousp, com linha de pes-quisa em ImplantodontiaEspecialista em Periodontia pela APCDGraduada pela Faculdade de Odontologia da USP Membro do Cepi Membro do International Team for Implantology

lilian MiyauChi yaMaMOtOEspecialista em Saúde Coletiva pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da Faculdade de Odonto-logia de Bauru (FOB) da USPEspecialista em Dentística pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da FOB-USPEspecialista em Prótese Dentária pela Faculdade São Leopoldo Mandic

MaRia teReza PatRãOEspecialista em Endodontia pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid)Licenciada em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa Membro do Cepi

MaRCelO M. nOvellinOMestrado e Doutorado em Prótese Dentária pela FouspEspecialista em Prótese Dentária pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO)

MaRCelO Plastina galiziaEspecialista em Prótese Dentária pela Universidade Metropo-litana de Santos (Unimes) Especialista em Periodontia pelo Cetao

MaRa ReJane BaRRetO alves ROCha Mestrado em Ciências Odontológicas, Área de Concentração em Prótese Dentária, pela Fousp Especialista em Prótese Dentária pela Fundação para o Desen-volvimento Científico e Tecnológico da Odontologia (Fundecto) da Fousp Professora das Disciplinas de Prótese Total, Prótese Parcial Fixa e Prótese Parcial Removível da Fundação Hermínio Ometto da Fa-culdade de Odontologia da Universidade de Araras (Uniararas)Membro do Cepi da FouspMembro do International Team for Implantology

MaRinhO del santODoutorado pela USPMestrado pela Escola Paulista de Medicina (EPM)Master of Science in Orthodontics, Baylor College of Dentis-try, Dallas, Texas, EUARevisor do American Journal of Orthodontics and Dentofacial OrthopedicsProfessor Titular do Departamento de Ortodontia da Univer-sidade Paulista

MôniCa nOgueiRa PigOzzODoutorado em Prótese pela FouspMestrado em Prótese Dentária pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp Especialista em Prótese pelo Conselho Federal de Odontolo-gia (CFO)Membro do Cepi e do International Team for Implantology

Paula ienCius da silvaEspecialização em EndodontiaGraduação pela FouspMembro do International Team for Implantology

PieRO ROCha zanaRdiMestrado em Ciências Odontológicas, Área de Concentração em Prótese Dentária

RiCaRdO tanakaCirurgião-Dentista pela FouspTécnico em Prótese Dentária pelo Senac

tatiana santin dO valle BlanCO Especialização em PeriodontiaMembro do International Team for Implantology

vanessa saMeshiMa gRaCianOGraduação em Odontologia pela Fousp

vivian dOs ReisGraduação em Odontologia pela FouspCirurgiã Bucomaxilofacial do Hospital Universitário da USPMembro do Cepi da FouspMembro do International Team for Implantology

Page 18: Odontologia Multidisciplinar

xvii

SUMÁRIO

CaPítulO 1

CEPI como Modelo de Gestão de Qualidade eAcreditação em Serviços Odontológicos 1Rosely CoRdon

CaPítulO 2

Protocolo de Fotografias Clínicas 35AlessAndRA de limA RoChA

isAbele TRigueiRo

CaPítulO 3

Implante Unitário Anterior: Posicionamento Tridimensional 55mARCelo m. novellino

newTon sesmA

CaPítulO 4

Planejamento e Preparo MultidisciplinarPré-cirurgia de Implantes 69liliAn miyAuChi yAmAmoTo

Rosely CoRdon

AnA CARolinA lAgAná

CaPítulO 5

Planejamento Digital Multidisciplinar 85mARA RejAne bARReTo Alves RoChA

AnA CARolinA lAgAná

RiCARdo TAnAkA

newTon sesmA

dAlvA CRuz lAgAná

CaPítulO 6

Reabilitação Estética e Oclusal 109PAulA ienCius dA silvA

AndRé duARTe de Azevedo mARques

newTon sesmA

CaPítulO 7

Enxerto de Tecido Conjuntivo Subepitelial: umRecurso para Otimização da Estética Peri-implantar 141mARCelo PlAsTinA gAliziA

ClAudiA CRisTinA Riquelme

CaPítulO 8

Planejamento e Tratamento Multidisciplinar 167mARinho del sAnTo

newTon sesmA

ligiA dRovAndi bRAgA RoTundo

CaPítulO 9

Reabilitação Funcional 191bRuno CeCílio de mouRA

mARiA TeRezA PATRão

newTon sesmA

dAlvA CRuz lAgAná

CaPítulO 10

Planejamento Reverso - Em Busca da Previsibilidade do Tratamento 203joão eduARdo miRAndA FRAnCo

éRiCo FRAgA CAsTAldin

Page 19: Odontologia Multidisciplinar

xviii Odontologia Multidisciplinar

CaPítulO 11

Reabilitação Oral Baseada na Proporção Áurea 215Rosely CoRdon

CARlA moReTo sAnTos

AndRéA TRAinA

CaPítulO 12

Reabilitação Oral com Prótese FixaSobre Implantes 261isAbele TRigueiRo

PieRo RoChA zAnARdi

dAlvA CRuz lAgAná

CaPítulO 13

Protocolo para Reabilitações Complexas 285TATiAnA sAnTin do vAlle blAnCo

AndRé duARTe de Azevedo mARques

ClAudiA Riquelme

CaPítulO 14

Elevação do Assoalho do Seio Maxilar Visandoa uma Reabilitação Oral Multidisciplinar 307ligiA dRovAndi bRAgA RoTundo

álvARo luis iChi

CaPítulO 15

Enxerto em Bloco 325môniCA nogueiRA Pigozzo

CARlA moReTo sAnTos

CaPítulO 16

Overdentures 357viviAn dos Reis

joão eduARdo miRAndA FRAnCo

newTon sesmA

CaPítulO 17

Manutenção e Controle de Prótese sobre Implantes 387vAnessA sAmeshimA gRACiAno

joão eduARdo miRAndA FRAnCo

éRiCo FRAgA CAsTAldin

RiCARdo TAnAkA

índiCe 409

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287

ResumoO presente capítulo apresenta um protocolo para resolução de casos clínicos protéticos complexos. O preparo de boca pre-viamente à instalação dos implantes e a reabilitação estética e funcional com provisórios é fundamental para dar previsibili-dade ao tratamento definitivo. A primeira etapa é a coleta de informações clínicas, radiográficas e fotográficas. A avaliação clínica deve ser focada na queixa do paciente e uma seleção de requisitos, estético e funcional, facilita a organização dos da-dos e planejamento. Uma abordagem e visão multidisciplinar permitem a tomada de decisões mais seguras. A segunda etapa é a reabilitação provisória que devolve a normalidade à rela-ção maxilo/mandibular, resultando em conforto e segurança ao paciente para investir no tratamento definitivo.

exame ClíniCo e exames ComplementaResA paciente G.O., sexo feminino, 47 anos, secretária, compare-ceu à triagem no CEPI apresentando como queixa principal a dificuldade mastigatória devido às ausências dentárias. Rela-tou, ainda, descontentamento estético e dificuldade para se adaptar ao uso de próteses removíveis.

13Protocolo para Reabilitações Complexas

Tatiana Santin do Valle BlancoAndré Duarte de Azevedo MarquesClaudia Riquelme

anamneseInicialmente, foi realizada uma coleta de dados de acordo com uma ficha protocolar de anamnese, que indicou boa saúde geral, apesar do hábito nocivo do uso frequente do tabaco.

exame clínico extraoralA análise do terço inferior da face da paciente mostra em seu sorriso que as incisais dos dentes anteriores superiores ultra-passam a linha úmida do lábio, com projeção do dente 21 em direção vestibular. No leve sorriso não há exposição do tecido gengival, o que favorece o resultado estético dos pro-cedimentos que venham a ser planejados. Na vista do perfil, observa-se ligeira projeção do mento. Esses dois aspectos são indícios de que existe algum problema relacionado à alteração da DVO (Figura 13-1). Durante o exame dinâmico de abertura e fechamento da boca, observou-se desvio da mandíbula para a esquerda. Nos movimentos de lateralidade ocorriam inter-ferências durante a trajetória mandibular. A aferição entre a DVR e DVO permitiu verificar a perda da dimensão vertical de oclusão.

Equipe multidisciplinar envolvida no caso clínico: Marcelo Novellino, Rosely Cordon, Ricardo Tanaka, Newton Sesma, Dalva Cruz Laganá.

Figura 13-1. Apresenta as condições iniciais da paciente. Nota-se o desalinhamento dos dentes anteriores e ausência dentária na região posterior esquerda.

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exame clínico intraoralO exame intraoral mostrou o colapso da relação maxilo/mandibular. Apresentava perda da dimensão vertical de oclusão; alteração dos planos oclusais devido à extrusão bilateral da maxila, com raízes residuais do dente 17, con-

tatando com os rebordos residuais inferiores; extrusão dos dentes 14, 26, 34, 45 e 46, além de lesões cariosas em vários deles e raiz residual do dente 44. Verificou-se apinhamento dos dentes anteriores inferiores e cálculos supragengivais. O aspecto da mucosa gengival era saudável (Figuras 13-2; 13-3; 13-4).

Figura 13-2. Imagem intraoral evidenciando ausência de elementos dentários, raízes residuais, extrusão, desvio de linha média, comprometimento estético e funcional.

Figura 13-3. A, Imagem intraoral lado direito. B, Lado esquerdo.

Figura 13-4. A, Vista oclusal superior. B, Oclusal inferior.

a b

a b

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Capítulo 13 Protocolo para Reabilitações Complexas 289

13exame radiográfico panorâmico complementarO exame radiográfico mostrou expansão dos seios maxilares, comprometimento endodôntico do 26 e lesão apical na re-

gião dos elementos 12 e 11. A altura óssea da extremidade livre inferior esquerda mostrou-se favorável à colocação de implantes (Figura 13-5).

Figura 13-5. Exame completar. Radiografia panorâmica.

moldagem e montagem dos modelos de estudo em articulador semiajustável bio-art®

Os modelos foram montados no articulador (Figura 13-6B) em posição de relação cêntrica, a qual permite a complemen-tação da avaliação e o diagnóstico do caso. Na posição de máxima intercuspidação habitual (MIH – Figura 13-6B e C),

pode-se detectar a dificuldade do funcionamento do sistema estomatognático. Trata-se de uma relação maxilo/mandibu-lar de difícil resolução, mesmo com procedimentos cirúrgi-cos. Em posição de MIH, é preciso que seja bem observada a correta DVO, pois as extrusões podem não ser tão extensas quanto aparentam, como neste caso, pois há uma visível per-da dessa relação.

Figura 13-6. A, Moldagem e montagem do arco facial. B, Montagem dos modelos em articulador semiajustável (Bio-Art®). C e D, Modelos de estudo.

a b

C D

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plano De tRatamento pRopostoFoi proposto um plano de tratamento interdisciplinar para a reabilitação oral da paciente. As dificuldades en-

contradas no presente caso clínico estão representadas no final deste capítulo. O Fluxograma 13-1 mostra a evolução do tratamento.

Atendimento Inicial Tatiana Blanco

Avaliação clínica e exames complementares

-Osteotomia bilateral da maxila-Exodontias

Cirurgia realizada no Hospital Universitário

Confecção de PPR provisóriasTipo e quantidade de

implantes

Implantes na maxila Tatiana e

André Marques

Exo do 21 e ROG Tatiana

Tracionar ou extrair 21Implantes na mand.

Dra. Tatiana e Marcelo Novellino

Ortodontia Rosely Cordon

Exodontia, preservação alveolar e, posteriormente,

instalação de implante

Tatiana e Claudia Riquelme

Fase protética

Final

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Capítulo 13 Protocolo para Reabilitações Complexas 291

13• Inicialmente, a paciente foi encaminhada para o Hospital

Universitário da USP-SP para a realização da cirurgia de redução do rebordo maxilar e de exodontia dos dentes remanescentes 17 e 26, com a finalidade de regularizar os espaços protéticos.

• Confecção de próteses provisórias, superior e inferior, para reestabelecer a correta relação maxilo/mandibular, dentro da DVO correta.

• Exodontia da raiz residual do elemento 44.• Endodontia dos elementos 12 e 11.• Implantes e coroas nas regiões posteriores.• Exodontia, regeneração dos tecidos e posterior implante

na região do elemento 21.• Ortodontia para nivelamento e alinhamento do plano

oclusal.• Dentística restauradora e estética.

Fases ClíniCasA primeira fase clínica foi adequação do meio, onde foram realizadas raspagem periodontal, exodontias e tratamento ci-rúrgico para redução do rebordo, habilitando a paciente para

a fase seguinte: restabelecer a dimensão vertical de oclusão. Alguns tratamentos foram realizados concomitantemente, como no caso da ortodontia, que foi realizada durante a fase de instalação dos provisórios.

adequação do meioOs elementos 12 e 11, que apresentavam lesão apical, fo-ram submetidos a tratamento endodôntico. Os cálculos supragengivais foram removidos com curetas e ultrassom, previamente às exodontias e à osteotomia para redução do rebordo, as quais foram realizadas na mesma etapa cirúrgi-ca no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP). No pós-cirúrgico verificou-se que a redução do re-bordo não gerou espaço suficiente para a instalação de pró-teses (Figura 13-7). Este é um problema que ocorre sempre. São as diferentes visões entre o cirurgião e o protesista. Há necessidade de uma sincronia fina entre ambos para obter os resultados desejados. Há que se observar que, na Figu-ra 13-7, a relação é de MIH, portanto está dentro de uma relação de DVO reduzida. Quando posicionada em RC, o espaço resultante sem dúvida será maior.

Figura 13-7. Após a cirurgia de redução do volume do rebordo maxilar, observa-se que ainda não há espaço suficiente para reabilitação protética, sendo necessária a confecção de próteses provisórias para aumento da dimensão vertical de oclusão.

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292 Odontologia Multidisciplinar

Figura 13-8. Instalação das próteses provisórias aumentando a DVO e corrigindo o plano oclusal.

a

b

Restabelecimento da dimensão vertical de oclusão (DVo)Após a cicatrização dos tecidos, foram realizadas novas mol-dagens e, com a obtenção dos modelos, foram confeccionadas as bases de resina acrílica, ajustadas devidamente, e realizados os planos de orientação em cera para registro da relação maxi-

lo/mandibular. A determinação da dimensão vertical de oclu-são ocorreu com auxílio do compasso de Williss e pelos testes estéticos e fonéticos. Com a dimensão vertical estabelecida, foram confeccionadas próteses removíveis provisórias supe-rior e inferior (Figura 13-8). Após 15 dias de uso das próteses removíveis, a paciente já relatava um conforto com a nova di-mensão obtida.

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Capítulo 13 Protocolo para Reabilitações Complexas 293

13

Figura 13-9. A, Guia tomográfico. B, Vista panorâmica com os implantes superiores e C, inferiores. D, Imagem 3D do guia tomográfico e dos implantes superiores planejados, e E, dos implantes inferiores. Software utilizado: Dental Slice®.

a b

C

D

e

planejamento de implantesO planejamento da quantidade e localização dos implantes foi realizado com o uso do software de planejamento Den-talSlice – Bioparts®. A tomografia de duplo escaneamento foi solicitada ao centro de diagnóstico em formato de arquivo di-gital específico para este software, que permite a visualização da instalação virtual dos implantes e sua posição em relação ao planejamento protético, além de ser uma ótima ferramenta de comunicação com o paciente, facilitando a compreensão do tratamento proposto.

Guia tomográficoForam confeccionados guias tomográficos a partir da duplica-ção das próteses provisórias. As oclusais foram perfuradas, e, no local, foi colocada guta percha para servir de referência na tomografia. A tomografia foi realizada com duplo escaneamen-to, ou seja, o guia tomográfico foi escaneado em posição e fora da cavidade oral, possibilitando a análise do exame com e sem o guia por meio de softwares de planejamento (Figura 13-9).

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294 Odontologia Multidisciplinar

Guia cirúrgicoPartindo da duplicação da prótese superior, foi confeccionado o guia cirúrgico. O guia cirúrgico inferior foi confeccionado

duplicando o modelo com enceramento dos dentes. Ambos foram confeccionados em acetato, utilizando plastificadora a vácuo, recortados na região cervical dos dentes encerados e na região oclusal (Figura 13-10).

Figura 13-10. A, Guia cirúrgico superior. B, Guia cirúrgico inferior em po-sição. C, Guia cirúrgico inferior.

a

b

C

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Capítulo 13 Protocolo para Reabilitações Complexas 295

13Seleção do material cirúrgicoO kit de fresas cirúrgico e os implantes utilizados são do fa-bricante Straumann®, modelo Standard Plus, com superfície

Figura 13-11. A, Kit cirúrgico. B, Embalagem do implante (Straumann®).

a

b

SLA (Figura 13-11), com exceção da região do elemento 21, onde foi utilizado o implante e o kit de fresas cirúrgico do fabricante Conexão®, modelo Cortical Master Flash HI, com superfície Porous.

Cirurgias de instalação de implantes (Figuras 13-12 a 13-14)Os implantes instalados na região posterior da maxila fo-ram das seguintes medidas: para região 15 RN 4.1 3 10mm; região 16 WN 4.8 3 8mm; região 24 RN 3.3 3 12mm; re-gião 26 WN 4.8 3 10mm Straumann®. Os implantes insta-lados na mandíbula também são do fabricante Straumann®, nas medidas: região do 35 RN 3.3 3 10mm; região 36 RN 4.1 3 10mm; região 44 RN 4.1 3 10mm. A técnica cirúr-

gica empregada foi a recomendada pelo fabricante. Após incisão e descolamento do retalho, o guia cirúrgico foi po-sicionado e as perfurações foram realizadas de acordo com os implantes selecionados (Figura 13-12A). A cada troca de fresas, as dimensões do leito cirúrgico foram aferidas com o uso do medidor de profundidade (Figura 13-12B). Os im-plantes foram instalados utilizando catraca manual (Figura 13-12C). Com o montador conectado ao implante, verifica-se o posicionamento do implante em relação ao guia cirúrgico (Fi-gura 13-12D). A distância entre os implantes foi determinada

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296 Odontologia Multidisciplinar

a b

C D

Figura 13-12. A, Incisão e descolamento. B, Medindo a profundidade da perfuração. C, Instalando o implante com o uso de catraca manual. D, Implante instalado e guia cirúrgico em posição. E, Medindo a distância para a próxima perfuração utilizando o Diagnostic T Straumann®. F, Técnica de Summers para elevação do assoalho do seio maxilar. G, Osteótomo posicionado para elevação do seio maxilar. H, Implante da região do elemento 16 sendo instalado. I, Implantes lado esquerdo superior sendo instalados. J, Cicatrizadores e sutura.

com o auxílio da régua Diagnostic T Straumann® (Figura 13-12E). A altura óssea na região maxilar posterior era in-suficiente para a instalação de implantes, então optou-se pela realização da técnica de Summers para a elevação do assoalho do seio maxilar (Figura 13-12F e G). Essa técnica consiste na compactação do osso com auxílio de osteóto-mos e martelo cirúrgico, ocasionando uma pequena fra-tura na região onde será instalado o implante; com essa técnica, o aumento ocorre de forma gradual e controlada, sendo menos invasiva do que a abertura da janela lateral,

técnica de Caldwell Luc. O montador serve como referên-cia de paralelismo para a próxima perfuração, portanto só foi removido ao final da instalação do implante adjacente (Figura 13-12H e I). Foram feitas suturas simples, deixando os cicatrizadores expostos na cavidade oral (Figura 13-12J). Os implantes instalados na mandíbula seguiram a técni-ca de instalação recomendada pelo fabricante Straumann® sem nenhum procedimento adicional (Figura 13-13). Foi realizada uma radiografia panorâmica após a instalação de implantes para controle (Figura 13-14).

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Capítulo 13 Protocolo para Reabilitações Complexas 297

13

e F

G H

i J

Figura 13-12. Continuação.

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Figura 13-13. A, Incisão. B, Descolamento. C, Perfuração com guia cirúrgico. D, Implante na região do elemento 35 instalado. E, Paralelismo entre implante e medidor de profundidade. F, Posição dos implantes de acordo com guia cirúrgico. G, Cicatrizadores e sutura região do 35 e 36. H, Cicatrizador e sutura região do 44.

a

b

b

C D

e F

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Capítulo 13 Protocolo para Reabilitações Complexas 299

13

Figura 13-13. Continuação.

Figura 13-14. Radiografia com os implantes instalados.

G H

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300 Odontologia Multidisciplinar

exodontia do dente 21 e preservação alveolarO dente 21 possuía uma coroa metalocerâmica que descolava com frequência, segundo a paciente; apresentava bolsa perio-dontal profunda e fístula na região apical (Figura 13-15A).

A radiografia periapical sugeria fratura radicular (Figura 13-15B), o que foi confirmado após a remoção da coroa (Figura 13-15C). Após a extração da raiz verificou-se um defeito ósseo vestibular (Figura 13-15D a F).

Figura 13-15. A, Bolsa Periodontal. B, Radiografia Periapical sugestiva de fratura radicular. C, Remanescente radicular. D, Raiz fraturada removida. E, Alvéolo pós-extração. F, Fístula.

a b

C

D

e F

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Capítulo 13 Protocolo para Reabilitações Complexas 301

13A perda do elemento dental ocasiona remodelação tecidual

que pode comprometer o resultado do tratamento com implan-tes em áreas estéticas. Para minimizar a reabsorção óssea alveolar, recomenda-se o preenchimento do alvéolo dentário imediata-mente após a exodontia e previamente à instalação de implantes. Neste caso clínico, o biomaterial utilizado (Bio Oss Collagen – Geistlich®) é formado por grânulos de osso esponjoso (90%) e colágeno suíno (10%), esse material apresenta reabsorção lenta, evitando a perda do volume tecidual, esse procedimento pro-

porciona a obtenção de um resultado satisfatório e previsível nas reabilitações protéticas. Após a exodontia e a curetagem do alvé-olo, foi feita a coleta do tecido conjuntivo subepitelial usando o palato como área doadora (Figura 13-16). O Bio-Oss Collagen – Bio-Gide – Geistlich, feita de colágeno natural que promove a cicatrização em regeneração óssea e de tecido mole; em seguida, o enxerto de tecido conjuntivo foi posicionado e suturado (Figu-ra 13-17). Foi realizada tomografia 6 meses após o procedimento de enxertia no alvéolo do dente 21 (Figura 13-18).

Figura 13-16. Remoção de tecido conjuntivo do palato. A, Descolamento da área doadora. B, Remoção do tecido conjuntivo. C, Dimensões do enxerto.

a

b

C

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302 Odontologia Multidisciplinar

Figura 13-17. A, Embalagem do biomaterial utilizado na regeneração tecidual. B, Colocação do Bio-Oss Collagen®. C, Colocação do enxerto de conjuntivo sobre a membrana. D, Enxerto conjuntivo posicionado. E, Suturas.

a

b

C

D

e

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Capítulo 13 Protocolo para Reabilitações Complexas 303

13

Figura 13-18. Tomografia da região do dente 21, realizada 6 meses após a cirurgia.

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304 Odontologia Multidisciplinar

prótese provisória sobre implantePosteriormente ao período de osseointegração, os cicatriza-dores foram removidos para a prova dos pilares de plane-jamento protético. Os pilares escolhidos inicialmente mos-traram-se compridos em relação à placa de acetato usada anteriormente como guia cirúrgico, não sobrando espaço para o material da futura coroa protética (Figura 13-19). Os pilares sólidos para coroas cimentadas foram selecionados e instalados com torque de 35N indicado pelo fabricante. Sob os pilares, foram colocadas as tampas de moldagem, que foram unidas com fio dental e resina acrílica para evitar dis-

torções durante a moldagem (Figura 13-20). A moldagem de transferência foi realizada utilizando silicone de adição em moldeira Zanneti – JON®, que possui um cabo adaptado na forma de haste para montagem em articulador semiajustável (Figura 13-21). Os modelos obtidos em gesso possuem ma-terial resiliente, representando a gengiva ao redor dos pilares (Figura 13-22A). Durante o período em que os modelos per-maneceram no laboratório para confecção das coroas provi-sórias em resina, os pilares ficaram com tampas de proteção (Straumann®) cimentadas. As coroas foram provadas e ajus-tadas de acordo com a dimensão vertical preestabelecida e cimentadas com cimento temporário.

Figura 13-19. Kit de planejamento protético Straumann®. A, E prova das réplicas de pilares sólidos com placa de acetato que havia sido utilizada como guia cirúrgico. Nota-se que os pilares precisam ser mais curtos tanto do lado direto. B, Quanto do lado esquerdo. C, Para permitir espaço para a porcelana.

a

b C

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Capítulo 13 Protocolo para Reabilitações Complexas 305

13

Figura 13-20. Moldagem de transferência dos pilares. Foram instalados os pilares sólidos com torque de 35N e sobre eles foram colocadas as tampas de moldagem de acordo com o pilar instalado. As tampas de moldagem foram unidas com fio dental e resina acrílica para que não se movessem durante a moldagem.

Figura 13-21. A, Material de moldagem. Silicone de adição na moldeira Zanneti® que apresenta cabo adaptado na forma de haste para monta-gem em articulador. B, Montagem do arco facial. C, Montagem do molde em articulador semiajustável usando técnica Zanneti®.

a b

C

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306 Odontologia Multidisciplinar

Figura 13-22. Modelos de trabalho com as réplicas dos pilares. A, Arco superior. B, Arco inferior.

a b

ortodontiaAparelho fixo foi instalado na arcada inferior (Figura 13-23) para obter uma disposição apropriada dos dentes, proporcio-

nando ao arco uma conformação adequada e harmoniosa no sentido horizontal (alinhamento) e no sentido vertical (nive-lamento).

Figura 13-23. Aparelho ortodôntico para alinhamento e nivelamento.

implante região do 21 (Figura 13-24)O implante na região do elemento 21 foi realizado seis meses após o procedimento de exodontia com preservação do alvé-olo utilizando biomaterial. Para esta região, o implante sele-cionado foi NP 3.5 3 11.5 Conexão® (Figura 13-24). Houve fenestração na parede vestibular próximo à região apical do implante, sendo necessária a regeneração óssea guiada (ROG) simultânea à instalação do implante. Foi coletado osso autó-geno da região do tuber do lado esquerdo da maxila, e colo-cado sobre a região fenestrada. Em seguida, foi colocada uma camada de biomaterial Bio Oss – Geistlich® e membrana de colágeno reabsorvível Bio-Gide Geistlich®. Para acelerar a neo-formação óssea, o material para preenchimento precisa ter

propriedades osteogênicas, porém com baixa taxa de substitui-ção para manter o volume ósseo criado ao longo do tempo. Di-versos estudos experimentais têm mostrado claramente que ne-nhum enxerto autógeno ou biomaterial disponível atualmente é capaz de preencher ambos os aspectos. Assim, a combinação de ambos: osso autógeno (osteogênico) e biomaterial (auxilia na manutenção do volume criado ao longo do tempo) tem sido recomendada. A utilização de membrana de colágeno reabsor-vível é indicada por ser de fácil manipulação, não sendo ne-cessária sua fixação com pinos ou tachinhas, nem mesmo uma segunda cirurgia para a sua remoção. Foram realizadas suturas simples, não deixando a membrana exposta ao meio bucal. O provisório que a paciente utilizava foi desgastado na região para não comprimir os tecidos.

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Capítulo 13 Protocolo para Reabilitações Complexas 307

13

Figura 13-23. Aparelho ortodôntico para alinhamento e nivelamento.

Figura 13-24. Radiografia após instalação de implante na região do ele-mento 21.

Reabilitação provisóriaAs coroas provisórias foram confeccionadas respeitando a di-mensão vertical obtida. Após duas semanas da cimentação das

Figura 13-25. A, Coroas provisórias instaladas sobre os dentes 15, 16, 24-26 e prótese removível provisória dente 21. B, Provisórios no arco inferior dentes 35, 36 e 44.

a b

coroas provisórias, a paciente já relatava conforto mastigatório e maior segurança para sorrir (Figuras 13-25 e 13-26)

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308 Odontologia Multidisciplinar

Figura 13-26. Sorriso com as coroas provisórias instaladas. A, Vista direita. B, Frente. C, Vista esquerda.

a b C

Todo o preparo de boca realizado, como a regularização de rebordo e osteotomia na maxila, exodontias dos dentes 17, 26 e 44, enxerto com preservação de alvéolo 21, aumento da dimensão vertical com próteses removíveis provisórias, endo-dontia dos dentes 11, 12, dentística, implantes 15, 16, 24, 26, 44 e ortodontia no arco inferior, permitiu a reabilitação fun-cional do caso clínico. As próteses provisórias são capazes de garantir segurança ao paciente e previsibilidade no tratamento definitivo. O caso encontra-se em andamento, aguardando os-seointegração do implante da região do dente 21, para pos-terior confecção das próteses definitivas e resolução estética.

DiFiCulDaDes e soluÇÕes enContRaDas no Caso ClíniCo

DificulDaDes soluções

Espaço interoclusal insuficiente para reabilitação protética.

Osteotomia do rebordo maxilar, exodontia do elemento 26 e aumento de dimensão vertical com próteses provisórias.

Defeito na tábua óssea vestibular para realização de implante ime-diato na região do 21.

Preservação do alvéolo com o uso de Bio Oss Collagen e posterior enxerto em bloco.

Espaço insuficiente para instalação de implantes na região posterior da maxila

Levantamento do seio maxilar utili-zando a técnica de Summers.

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Cordon, Rosely Laganá, Dalva Sesma, Newton

Cordon •

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Cordon, Rosely Laganá, Dalva Sesma, Newton

ODONTOLOGIA

O paciente no centro das atençõesMULTIDISCIPLINAR

ODONTOLOGIA

O paciente no centro das atençõesMULTIDISCIPLINAR

Odontologia Multidisciplinar – O Paciente no Centro das Atenções apresenta uma contribuição para profi ssionais das diferentes áreas da Odontologia, propondo um modelo de Gestão Clínica Integrada sobre a visão da qualidade de serviços de Saúde e Acreditação no campo da Odontologia.

O livro se constrói na contextualização de resolução de casos clínicos, incluindo a utilização de fotografi as, planejamento e desenvolvimento executados de forma integrada.

Esses casos clínicos têm como base modelos de protocolos estabelecidos para as terapêuticas aplicadas na devolução à normalidade do sistema estomatognático, com ênfase no restabelecimento da relação maxilomandibular, oclusal e funcional e, em consequência da dimensão vertical de oclusão, do binômio implante-prótese, da reabilitação estética e enxertos ósseos.

A obra tem como preocupação o paciente e a sua segurança, e apresenta os meios para o desenvolvimento dessas atividades.

Escrito em uma linguagem clara e multidisciplinar, auxilia o aprendizado com assimilação de suas práticas. Odontologia Multidisciplinar – O Paciente no Centro das Atenções é uma contribuição à classe odontológica brasileira no campo da reabilitação oral e da Gestão de Qualidade

O livro foi Coordenado por Rosely Cordon, Dalva Cruz Laganá e Newton Sesma e elaborado pela equipe multiprofi ssional integrante do Centro de Excelência em Prótese e Implante (CEPI) do Departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP).

Classifi cação de arquivo recomendadaOdontologia

Clinica IntegradaPrótese Fixa

ImplantodontiaPrótese sobre Implantes

www.elsevier.com.br/odontologia

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