informe chikungunya.atualizado 31 marョo 2016 · ♦ outras enfermidades a considerar são:...
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Coordenadoria de Vigilância em Saúde Célula de Vigilância Epidemiológica
Ano 2016
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Boletim Semanal da Febre de Chikungunya Célula de Vigilância Epidemiológica
Ano 2016 - 13ª Semana Epidemiológica
Versão Eletrônica - 2016
Elaboração, edição e distribuição
Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza
Coordenadoria de Vigilância em Saúde
Célula de Vigilância Epidemiológica
Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Fortaleza – CIEVS Fortaleza
Rua Capitão Gustavo, 3552, Bairro Joaquim Távora.
CEP 60.120.140 – Fortaleza / Ceará,
E-mail: [email protected]
Organização
Antonio Silva Lima Neto
Osmar José do Nascimento
Colaboração
Geziel dos Santos de Sousa
José Antonio Pereira Barreto
Ewerton dos Santos de Sousa
Camila de Sousa Lins Azevedo
Kilma Wanderley Lopes Gomes
Regina Lúcia Sousa do Vale
Produção Editorial
Capa e projeto gráfico: Rebeca de Souza Oliveira e Osmar José do Nascimento
Diagramação: Rebeca de Souza Oliveira
Revisão e normalização: Antonio Silva Lima Neto e Adriano Rodrigues de Souza
Município de Fortaleza/Ceará/Brasil. Secretaria Municipal de Saúde. Coordenadoria de Vigilância em Saúde.
Bole�m Semanal da Dengue, Célula de Vigilância Epidemiológica, Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Fortaleza, ano 2016.
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Neste Bole,m, a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza divulga dados rela,vos à epidemiologia da Febre de Chikun-gunya.
Sumário
Boletim Semanal da Febre de Chikungunya Célula de Vigilância Epidemiológica
Ano 2016 - 13ª Semana Epidemiológica
Febre de Chikungunya em Fortaleza, 2014 a 2016 ............................................................................4
Cenário epidemiológico para Fortaleza, ...........................................................................................4
Distribuição Espacial dos Casos Confirmados em 2016...................................................................5
Número de casos Autóctone e Importado acumulados por bairro em 2016................................6
Referencia Bibliográficas.....................................................................................................................7
ANEXOS
Definição de caso........................................................................................................................8
Objetivos da Vigilância epidemiológica ....................................................................................8
Diagnóstico Diferencial.......................................................................................................................9
Fluxograma de notificação e investigação dos casos da Febre de Chikungunya no Brasil...................10
Ficha de Notificação/Investigação Dengue e Chikungunya...................................................................11
Ficha de Notificação/Investigação Dengue e Chikungunya (continuação)............................................12
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Boletim Semanal da Febre de Chikungunya Célula de Vigilância Epidemiológica
Ano 2016 - 13ª Semana Epidemiológica
Febre de Chikungunya em Fortaleza
Os primeiros casos da Febre de Chikungunya confirmados em residentes no Município de Fortaleza foram registra-
dos no ano de 2014. Na época as investigações evidenciaram tratar-se de casos importados, considerando que os pa-
cientes haviam viajado para áreas com circulação do vírus CHIK. Os primeiros casos autóctones foram confirmados
somente em novembro de 2015. A tabela 1 registra o número de casos confirmados no período de julho de 2014 a
março de 2016, classificando-os como casos autóctones ou importados. Deve-se chamar a atenção que todos os ca-
sos confirmados foram por testes de laboratório, sendo 18 importados e 25 autóctones. Os casos autóctones represen-
tam 58% (26/43) de todos os casos confirmados, dos quais 23 foram entre janeiro a março de 2016. Os números de
2016 sugerem que o município está numa fase de transição de um cenário de casos importados para um cenário de
transmissão autóctone sustentada.
Fonte: Laboratório Central de Saúde Pública - Lacen - Ceará
Cenário epidemiológico para Fortaleza
O Plano de Contingência da Febre de Chikungunya elaborado pelo Ministério da Saúde classifica o cenário epi-
demiológico para chikungunya em quatro níveis, conforme a intensidade da transmissão e a ocorrência de casos importados e/ou autóctone:
Nível 0 – Cenário: Notificação de Casos importados;
Nível 1 – Cenário: Notificação de Casos autóctones esporádicos; Nível 2 – Cenário: Epidemia de febre de chikungunya;
Nível 3 – Cenário: Epidemia simultânea de dengue e febre de chikungunya.
O cenário atual para o Município de Fortaleza pode ser considerado, ainda, como de no-
tificação de casos autóctones esporádicos.
Tabela 1 - Febre de Chikungunya: Distribuição dos casos confirmados segundo o mês e ano, Fortaleza 2014 - 2016.
MÊS 2014 2015 2016
Total Autóctone Importado Autóctone Importado Autóctone Importado
Janeiro 0 0 0 0 4 7 11
Fevereiro 0 0 0 0 17 4 20
Março 0 0 0 0 2 2
Abril 0 0 0 0 0
Maio 0 0 0 0 0
Junho 0 0 0 0 0
Julho 0 3 0 1 4
Agosto 0 0 0 0 0
Setembro 0 0 0 0 0
Outubro 0 0 0 0 0
Novembro 0 0 3 2 5
Dezembro 0 1 0 0 1
Total 0 4 3 3 23 11 44
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Ano 2016 - 13ª Semana Epidemiológica
Distribuição Espacial dos Casos Confirmados em 2016
Considerando que a suscetibilidade ao vírus Chikungunya é universal, as atividades de vigilância epidemio-
lógica devem buscar o conhecimento da dispersão do vírus, a fim de orientar oportunamente as ações de
vigilância e controle. A figura 1 mostra a distribuição dos casos confirmados, segundo o bairro de residên-
cia dos pacientes informado no momento da consulta.
Figura 1- Febre de Chikungunya: Distribuição dos casos confirmados, segundo o bairro de residência dos pacientes,
Fortaleza 2016.
O mapa mostra que a maioria dos casos autóctones confirmados no ano de 2016 (pontos vermelhos) estão distribuídos num agregado (circulo vermelho) que ocupa áreas dos bairros Amadeu Furtado (07), Rodolfo Teófilo (01), Parquelândia (02), Parque Araxá (01), Monte Castelo (05) e Floresta (01).
Afastado desse agregado temos casos autóctones nos Bairros Genibaú (01), Mondubim (01), Montese (03)e Meireles (01).
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Febre de Chikungunya: número de casos Autóctone e Importado acumulados por bairro em
2016. 31.03.2016
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde / Ministério da Saú-de, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
Dengue : diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças.Transmissíveis – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.
Referencia Bibliográficas
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♦ Intensificar a vigilância laboratorial sensibilizando os profissionais para solicitar e encaminhar amostras de casos suspeitos de Chikungunya ao Lacen/Ceará.
♦ Sensibilizar a vigilância epidemiológica das Regionais de Saúde e dos Núcleos Hospitalares de Epide-miologia para o diagnóstico diferencial.
♦ Investigar oportunamente 100% dos casos confirmados para esclarecer o local provável da infecção, a fim de classificar o caso com autóctone ou importado.
♦ Monitorar a transmissão da Febre de Chikungunya nos bairros com casos autóctones.
♦ Realizar Busca Ativa no entorno dos casos confirmados para detectar precocemente casos novos e local provável de infecção.
♦ Notificar os casos suspeitos em até 24 horas do atendimento, ao Serviço de Vigilância Epidemiológica Municipal e a todas as esferas do SUS.
♦ Incluir os casos suspeitos no Sinan e encerrar em até 60 dias.
Suspeito: Paciente com febre de início súbito, acima de 38,5°C, e artralgia ou artrite intensa de início
agudo, não explicado por outras condições, sendo residente em (ou tendo visitado) áreas endêmicas ou
epidêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas, ou que tenha vínculo epidemiológico com ca-
so confirmado (Ministério da Saúde, 2014).
Objetivos da Vigilância epidemiológica
Definição de caso
♦ isolamento viral positivo;
♦ detecção de RNA viral por RT-PCR;
♦ detecção de IgM em uma única amostra de soro (coletada durante a fase aguda ou convalescente);
♦ demonstração de soroconversão (negativo → positivo ou aumento de quatro vezes) nos títulos de IgG por testes sorológicos (ELISA ou teste de Inibição da Hemaglutinação-IH) entre as amostras nas fases aguda (preferencialmente primeiros 8 dias de doença) e convalescente, preferencialmente de 15 a 45 dias após o início dos sintomas, ou 10-14 dias após a coleta da amostra na fase aguda;
♦ PRNT positivo para o CHIKV em uma única amostra de soro (coletada durante a fase aguda ou conva-lescente).
(Ministério da Saúde, 2014).
Em situação de epidemia de CHIKV em uma determinada área, o diagnós(co deve ocorrer so-
mente por critério clínico-epidemiológico, exceto para as formas a.picas e óbitos. (Ministério
da Saúde, 2014).
Confirmado: Caso suspeito com um dos seguintes parâmetros laboratoriais nos testes específicos para di-
agnóstico de CHIKV:
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O principal diagnóstico diferencial é com dengue, pois são vírus transmitidos pelo mesmo vetor e as manifestações
clínicas da fase aguda são similares (Tabela 2). É importante descartar dengue em todos os casos, principalmente
nos que apresentarem manifestações clínicas atípicas, sem histórico de deslocamento para áreas com transmissão,
bem como realizar avaliações mais exaustivas nos grupos de risco (Ministério da Saúde, 2014).
Diagnóstico Diferencial
Tabela 2: Diagnóstico diferencial Dengue x Chikungunya
Observações importantes
♦ A febre de chikungunya pode não ter as manifestações típicas (febre, artralgia importante e exantema) ou
pode coexistir com outras doenças infecciosas e não infecciosas. Por isso, o diagnóstico diferencial deve le-
var em consideração os aspectos epidemiológicos, tais como local de residência, histórico de viagens e de
exposição (Ministério da Saúde, 2014).
♦ Outras enfermidades a considerar são: malária, leptospirose, infecções por outros Alphavírus (exemplo: vírus
Mayaro), artrite pós-infecciosa (Chlamydia, Shigella, gonorreia, febre reumática), artrite reumatoide juvenil,
mononucleose infecciosa e primoinfecção por HIV. Destaca-se que, na região amazônica, a malária e febre
Mayaro são endêmicas e fazem parte do diagnóstico diferencial obrigatório
(Ministério da Saúde, 2014).
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Reproduzido do Manual Preparação e resposta à introdução do vírus Chikungunya no Brasil/Ministério
da Saúde.
Fluxograma de notificação e investigação dos casos da Febre de Chikungunya Brasil
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