aspectos gerais de saÚde pÚblica na leptospirose

55
ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

110 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA

LEPTOSPIROSE

Page 2: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

1.1. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

• doença infecciosa sistêmica

• distribuição mundial

• antropozoonose • síndromes clínicas variadas

• doença de notificação compulsória

Page 3: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

• ampla variedade de espécies domésticas e silvestres

• infecções subclínicas

• portadores renais, com eliminação de leptospiras pela urina (LANGONI, 1999)

• aspectos econômicos em animais de interesse zootécnico

Page 4: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

• Níveis pluviométricos elevados

• Enchentes - riscos de infecção

• Caráter ocupacional

Page 5: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

2. AGENTE ETIOLÓGICO2. AGENTE ETIOLÓGICO

- microrganismos pertencentes à ordem Spirochaetales; três gêneros : Leptospira, Leptonema e Turneria

- Mais de 250 sorovares existentes- Sensíveis à dessecação; desinfetantes e pH fora do

neutro- Sobrevivem bem em ambientes quentes e úmidos, com

pH neutro ou discretamente alcalino- Coram-se bem com sais de prata (Levaditi, Gomori,

Warthin-Starry, Argentometanoamina)- São visualizadas em microscopia de campo escuro

Page 7: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

3. EPIDEMIOLOGIA

• Várias espécies animais envolvidas

• Podem tornar-se portadores assintomáticos

• Homem x reservatórios cronicamente infectados – relação ecológica

• Contacto com a urina de animais infectados: perigo nas enchentes

Page 8: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

• Importância dos roedores como principais veiculadores de leptospiras na urina (Rattus norvegicus, Rattus rattus, Mus musculus)

• Coleta e armazenamento inadequado do lixo

• Ineficácia ou inexistência de saneamento básico

• Educação em saúde - fundamental

Page 9: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Rattus norvegicus Rattus rattus

Mus musculus

Page 10: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

EPIDEMIOLOGIA• Susceptibilidade de espécies. Mamíferos. Bovinos – suínos – cães• Sem transmissores e vetores especiais• Reservatórios domésticos: suínos (até 2 anos), bovinos e cães (60-90

dias)• Ratos: permanentes• Silvestres: gambás, preás, raposas, morcegos e outros roedores• Ocorrência: endêmica, e epidêmica (situações)• Morbidade: alta com variação dos sorotipos (comentar)• Mortalidade: ao redor de 1%• Letalidade: depende espécie. Em cães. Alta (sem intervenção >75%)• Manutenção na natureza: portadores domésticos e silvestres

Page 11: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA

Distribuição: mundial

Reservatórios: suínos - bovinos - cães e animais silvestres.

Rattus norvegicus (rato do esgoto); portador são universal

Vias de eliminação: urina leptospirúria e material de aborto

Fontes de infecção: próprios animais infectados

Infecção: Direta: Pele, mucosa oral, nasal e conjuntival.

Indireta: Água, solo e alimentos contaminados.

Page 12: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA

Prevalência de Sorovares:

Bovinos: hardjo, wolffi, pomona e gryppotyphosa

Suínos: pomona, grippotyphosa e icterohaemorrhagiae

Equinos: bratislava e icterohaemorrhagiae

Cães: canicola e icterohaemorrhagiae

Roedores: icterohaemorrhagiae

Page 13: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE
Page 14: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE
Page 15: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Ovino SP LANGONI et al. (1995) 159/356 (44,65%) icterohaemorrhagiae 51,2%

castellonis 20,6%

hardjo 19,4%

PE LANGONI et al. (1999) 100/173 (57,80%) bratislava 72,1%

castellonis 17,0%

canicola 23,0%

Caprino PE CUNHA et al. (1999) 71/213 (33,33%) canicola 77,46%

autumnalis 36,6%

Suíno SP SHIMABUKURO et al. (2003)

48/131 (36,64%) icterohaemorrhagiae 85,4%

autumnalis 10,4%

Equídeo BA SHIMABUKURO et al. (2001)

142/344 (41,30%) icterohaemorrhagiae 77,4%

bratislava 28,8%

pomona 26,0%

MA ARAÚJO et al. (2001) 15/28 (53,37%) pyrogenes

icterohaemorrhagiae

MS LANGONI et al. (2004) 754/1402 (54,0%) icterohaemorrhagiae 37,0%

castellonis 16,9%

djasiman 15,2%

EPIDEMIOLOGIA

Page 16: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Bubalino SP LANGONI et al. (1999) 152/403 (37,7%) wolffi 44,8%

icterohaemorrhagiae 33,6%

hardjo 33,6%

Bovino SP LANGONI et al. (2000) 1258/2761 (45,56%) wolffi 70,6%

hardjo 65,6%

pyrogenes 27,9%

PE OLIVEIRA et al. (2001) 221/464 (47,63%) hardjo 22,0%

bratislava 15,7%

castellonis 11,6%

SP CABRAL & LANGONI (2000)

15/236 (6,36%)

Leite

EMJH – 66,7%

Fletcher – 20,0%

TPB – 13,3%

Cão SP LANGONI et al. (1997) 1/1

Urina

Sorogrupo canicola

icterohaemorrhagiae 1:800

pyrogenes 1:1600

australis 1:1600

EPIDEMIOLOGIA

Page 17: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Rev. Inst. Med. Trop. S. Paulo v.45 n.5 São Paulo set./out. 2003

Page 18: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

PATOLOGIA• Porta de entrada: pele, oral, nasal, conjuntival.

Possibilidades: contato ou ingestão

• Após PI de 2-5 dias sangue febre discreta (leptospiremia)

fígado, baço, rins

destruição hemácias (anemia discreta)

lesões vasculares e trombocitopenia

2-3 dias

Page 19: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

QUADRO CLÍNICO DA LEPTOSPIROSE NO HOMEM

• Manifestações clínicas semelhantes à gripe• Forma ictérica e grave (Síndrome de Weil)• Período de incubação: 1 a 24 dias (7 a 14 dias)• Início súbito, com febre, cefaléia e dores

musculares generalizadas (panturrilhas)• Primeira semana da infecção : disseminação

para diversos órgãos (Fonte: Manual de Condutas Médicas (www. ids-saude.org.br/medicina)

Page 20: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

• Forma grave da doença: disfunção hepática, renal e capilaropatia difusa

• Icterícia: entre o terceiro e sétimo dias

• Pode haver sangramento digestivo;

• pneumonite por sangramento pulmonar e insuficiência respiratória; choque séptico

Page 21: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Veronesi & Focaccia (1995)

Page 22: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

Clínico: suspeita histórico, sinais e sintomas

CÃES: Doença de Stuttgart (sorovar canicola)

Doença de Weil (sorovar icterohaemorrhagiae)

Quadro gastroentérico, grave lesão renal, hepática e icterícia (mais intensa na doença de Weil)

BOVINOS: Forma crônica é mais freqüente:

distúrbios reprodutivos, infertilidade e aborto

SUÍNOS: Distúrbios reprodutivos, abortos

Page 23: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

HOMEM: 1) forma subclínica: como gripe ou resfriado

2) quadros graves: início súbito, febre, cefaléia, dores musculares, calafrios, sudorese, anorexia, náuseas, vômitos, obstipação ou diarréia e também dispnéia e hemoptise.

Com evolução: sangramento cutâneo, púrpura, hemorragia gastrointestinal, hemotórax, icterícia, alterações urinárias, confusão mental e ainda meningite.

Page 24: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

Laboratorial

- Leucograma: leucocitose por neutrofilia

- Urinálise: Proteinúria, hematúria, leucocitúria, cilindrúria e densidade baixa.

- Microscopia de campo escuro

Sangue, líquido céfalo-raquidiano, órgãos

- Colorações especiais: sais de prata. Métodos: Levaditi, Warthin-Starry, Gomori e Argentometanoamina

- Isolamento: Meios: Fletcher, EMJH, Stuart

- Inoculação: Hamster (Mesocricetus auratus)

Page 25: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICOSorológico- Macroaglutinação: Triagem pois é gênero-específica

- Microaglutinação: Antígenos são sorovares vivos, mantidos em EMJH. Reação positiva: Quando 50% ou mais de leptospiras visualizadas em microscopia de campo escuro, estão aglutinadas.

- Títulos baixos: anticorpos residuais de infecção anterior ou tempo insuficiente para produção de altos títulos

- Reações cruzadas entre sorovares do mesmo grupo

- Realização de sorologia pareada

- Co-aglutinação: resposta a mais de um sorovar. Considerar o sorovar de maior título

Page 26: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

Imunofluorescência direta

Limitações. Sorovar específica e a dificulade de obtenção de conjugados específicos

ELISA

Imunohistoquímica em tecidos

Reação em cadeia de polimerase - PCR

Page 27: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

TRATAMENTOTRATAMENTO

Sensibilidade à: penicilina

tetraciclina

estreptomicina

doxiciclina

cefalosporina

dihidroestreptomicina

Page 28: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

TRATAMENTOEspecífico: Eliminação do agente

• Penicilina G + Penicilina G procaina + Penicilina benzatina 40.000U/Kg. Associada a estreptomicina. Repetir após cinco dias.Continuar com Ampicilina 20mg/Kg/2xdia por 10 dias

Se UREMIA: Não fazer estreptomicina e sim a Penicilina potássica (40.000U/Kg) IV, 2xdia e Ampicilina 20mg/Kg 2xdia / 10dias.

Page 29: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

TRATAMENTO INESPECÍFICO

• Reposição de líquidos e eletrólitos.• Soluções: Ringer, com glicose 2,5%. Manhã e tarde• Se enterorragia e púrpura cutânea. Vitamina K 1mg/Kg/dia• Vitamina C: 10-20mg/Kg/1xdia (fator fibroblástico)• Gluconato de Cálcio 20-25%: 1ml/Kg/2xdia complementação

dos fatores de coagulação• Posteriormente: Se hepatite e nefrite severa: corticóide como

dexametazona 0,1mg/Kg diariamente (cuidado hemorragias)• Transfusão se necessário

Page 30: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Gripe, dengue e outras doenças virais benignas e auto-limitadas

Forma grave (síndrome de Weil): diferenciar com septicemia por bacilo G-, hepatite alcoólica, infecção bacteriana aguda, febre tifóide, malária, febre amarela, hepatites virais graves, colangites, colecistites e dengue hemorrágica.

Page 31: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

PROFILAXIAPROFILAXIAAplicadas a:

- Fontes de Infecção:

Isolamento, tratamento e eliminação de reservatórios sinantrópicos.

- Vias de transmissão:

Planejamento do meio urbano com saneamento básico, controle de roedores, e do sêmen utilizado na inseminação artificial

- Susceptíveis

Medidas inespecíficas: Vestimentas adequadas, edificação a prova de roedores.

Medidas específicas: Vacinação. Lembrar que imunidade é sorovar-específica.

Page 32: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PARA O CONTROLE DE

ROEDORES

Page 33: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

DISTÚRBIOS CAUSADOS PELOS ROEDORES

• Doenças: peste bubônica, tifo murino, triquinose, hantavirose, leptospirose, cólera, desenteria e febre da mordedura do rato

• Perdas econômicas: destruição de instalações elétricas, incêndios, produção de grãos e na pecuária

No Brasil são 450 milhões de ratos (FUNASA)

Page 34: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE
Page 35: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

ROEDORES NA TRANSMISSÃO DA LEPTOSPIROSE

URINA

Alimentos Água

Solo

Page 36: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

OBJETIVO DO CONTROLE DE ROEDORES

• Redução na incidência de zoonoses

• Redução de mordeduras

• Incêndios acidentais

Page 37: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

BIOLOGIA DOS ROEDORES URBANOS

Rattus norvegicus Rattus rattus

Mus musculus

Page 38: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

BIOLOGIA DOS ROEDORES URBANOS

Rattus norvegicusRattus rattus

Mus musculus

Page 39: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

CRICETULUS GRISEUS Hamster Chinês

PHODOPUS CAMPBELLIHamster Anão Russo

PHODOPUS ROBOROVSKIHamster Roboroviski

MESOCRICETUS AURATUSHamster Sírio

MERIONES UNGUICULATUSGerbil

Esquilo da Mongólia

ROEDORES DOMÉSTICOS

Page 40: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Características Rattus norvegicus Rattus rattus Mus musculus

Gestação 19 a 24 dias 19 a 24 dias 19 a 24 dias

Ninhada por Ano 8 a 12 4 a 8 5 a 6

Filhotes por Ninhada 7 a 12 7 a 12 3 a 8

Desmame 28º dia 28º dia 25º dia

Maturidade 60 a 90 dias 60 a 75 dias 42 a 45 dias

Tempo Médio de Vida 24 meses 18 meses 12 meses

MULTIPLICAÇÃO DOS ROEDORES

Page 41: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

HÁBITOS DOS ROEDORES URBANOS

Page 42: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Rattus norvegicus Rattus rattus Mus musculus

Território Terrestre Telhados Terrestre/telhados

Período de atividade Noturno, ao amanhecer Noturno Noturno

Habilidades Nadar, escavar, roer Escalar, equilibrar-se, roer

Escalar e roer

Raio de ação 30-45m 30-60m 3-9m

Abrigo Tocas na beira de rios, lixões

Forro, armazéns Despensas, bibliotecas, orifícios nas paredes

Alimentação Omnívora: 20-30g/d Água: 15-30mL/d

Omnívora: 20-30g/d Água: 15-30mL/d

Omnívora: 3g/d Água: inexpressível

HÁBITOS DOS ROEDORES URBANOS

Page 43: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

DINÂMICA POPULACIONAL

Baseia-se:

• Reprodução

• Mortalidade

• Migração

Influenciadas:

• Ambiente

• Inimigos

• Doenças

• Parasitas de roedores

Page 44: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Indicadores Baixa Média Alta

Trilhas Ausentes algumas várias

Manchas de gordura por atrito corporal

Ausentes pouco perceptível evidências em vários locais

Roeduras Ausentes Algumas visíveis em diversos locais

Fezes Algumas vários locais numerosas e frescas

Tocas ou ninhos 1 a 3 / 300 m² área ext

4 a 10 / 300 m² área ext

+ de 10 / 300 m² área ext

Ratos vistos não constatado alguns em ambiente escuro

vários em ambiente escuro e alguns a luz do dia

INDICADORES DE INFESTAÇÃO

Avaliação pela presença de sinais de atividade dos roedores

Page 45: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Nº de Roedores Grau de infestação

01-05 infestação

06-15 Média infestação

16-29 infestação

30 ou + Infestação maciça

Avaliação pela captura de roedores

INDICADORES DE INFESTAÇÃO

Page 46: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

INDICADORES DE INFESTAÇÃO

Avaliação pelo consumo de alimentos

Baseia-se na média de consumo diário de alimento, em relação ao peso corporal

total ingerido / 15g = n°ratostotal ingerido / 15g = n°ratos

Válido somente para o gênero Rattus

Page 47: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Controle de RoedoresControle de Roedores

• Anti-ratização: evitar a instalação e proliferação. Eliminação de água, alimento e abrigo para ratos

(limpeza das instalações – entulhos madeira, tijolos, telhas)- Vedação dos silos, depósitos e armazéns

- Abertura para ventilação, janelas e drenagem tela de metal fina

- Utilização de estrados (40-60 cm de altura) para alimentos

- Inspecionar materiais antes da entrada no paiol

- Utilização de abas de metal do tipo “chapéu-chinês”

- Lixo caseiro: latas tampadas ou sacos plásticos (nível superior ao solo)

- Predadores: gatos e cães: controle biológico

- Evitar escadas, madeira ou ferramentas de cabo encostadas no paiol (roedor se equilibra em fio elétrico)

Page 48: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

LANGONI, H. et al. (2001)

Page 49: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Se o lixo cresce, o rato aparece

Page 50: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Controle de RoedoresControle de Roedores• Desratização: combate direto aos ratos

Métodos: Mecânicos ou físicos e químicos

MECÂNICOS OU FÍSICOS:1. Ratoeiras. Eficiência limitada. Recomendada para camundongos e ratos de paiol, e

nas situações onde não se pode utilizar raticidas devido a presença de crianças, animais e alimentos e quando há poucos roedores.

2. Ondas eletro-energéticas. Aparelhos com emissão de ondas.Propagação pelo solo.Vibração: perda do apetite, tontura, distúrbios reprodutivos.Raio de ação 500 m2 (área fechada) e 1500 m2 (área livre).

3. Placas de cola: Colocadas nas trilhas.Praticamente em desuso. Críticas de entidades.Sofrimento, e morte por exaustão.

4. Aparelhos de ultra-som.Emissão de sons com freqüência inaudível para o homem.Provoca a saída dos roedores.Acomodação auditiva é rápida e os resultados discutíveis.Proibida utilização em alguns países (propaganda enganosa).

Page 51: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Controle de RoedoresControle de RoedoresQUÍMICOS:

Utilização de raticidas. TÓXICO cuidados crianças e animaisNECESSÁRIO: conhecer: tipo, grupo pertencente

como funciona, aplicação antídoto disponível grau de toxicidade e medida de precaução

CLASSIFICAÇÃO:- uso profissional. Técnicos de órgãos públicos

Dedetizadores registrados- uso livre: venda direta ao consumidor

Tempo de Efeito- Agudo. Morte rápida. Monofluoracetato de sódio estricnina, arsênico e brometalina. Proibidos no Brasil

Page 52: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Controle de RoedoresControle de RoedoresQUÍMICOS:

Crônicos: Anticoagulantes. Morte após ingestão consecutiva (dias)

Hemorragias internas. Ingestão 4-5 dias e morte em 10-14 dias

Vantagens: - Antídoto: Vitamina K1

- Roedores não percebem a morte e ingestão é contínua

- Baixa toxicidade

Exemplos: Warfarin, Pindona difacitona, clorofacinona, cumafaril, naftilindandiona, cunatetralin.

Page 53: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Apresentação dos RaticidasApresentação dos Raticidas

• Isca: atrativa pelo olfato Palatável para ingestão contínua Peletizada ideal: mastigar e transporte para o ninho

• Blocos resistentes à umidade ou iscas parafinadas galerias, esgotos, depósitos, silos e armazéns

Orifício central para facilitar roedura Utilização onde não é possível usar iscas

• Pó de contato: Polvilhamento nas passagens. Ação por contato aderência nos pêlos e membros. Auto limpeza intoxicação Eficaz onde fontes de alimentos são abundantes

Há pós repelentes à água

Page 54: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Insucesso no ControleInsucesso no Controle

Iscas bem aceitas mas sem êxito:• Manutenção e renovação das iscas por tempo insuficiente• Quantidade de iscas insuficientes. Número excessivo de ratos• Reposição em intervalos longos (mais que dois dias)• Iscas colocadas muito juntas, não permite acesso de muitos animais da

colônia

Isca não foram aceitas:• Escolha inadequada• Presença de outras fontes de alimentação• Pontos de colocação inadequados• Deterioração por fermentação• Má qualidade da isca• Detecção de gosto

Page 55: ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE PÚBLICA NA LEPTOSPIROSE

Raticidas de dose únicaRaticidas de dose única

Eliminam roedores resistentes às doses múltiplas

• Boaditacoun, bromodiolone, flucoumaten, diteliolona

• Efeito letal em 8-12 dias

• Para melhor efeito: duas doses com intervalo de 8 dias

VANTAGENS:

• Menor número de aplicações

• Menor custo com mão-de-obra

• A não reposição

DESVANTAGENS:

• Maior prazo para morte

• Maior toxicidade

• Não utilização em creches, escolas e cortiços