informativo n. 82 da comissão de turismo e desporto

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Informativo da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados ano 7 - nº 82 - Brasília, 21 de novembro de 2012 CHECK-IN PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU pág. 2 INAUGURAÇÃO DO NOVO ESPAÇO FÍSICO DA CTD pág. 3 VISTO ELETRÔNICO Artigo do dep. Otavio Leite pág. 8 TURISMO DESPORTO Brasil quer virar potência paralímpica em 2016 “O Brasil paralímpico é um país que vence e está entre os sete melho- res do mundo”. A informação foi dada pelo presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, em audiência pública realizada na terça- feira (13/11) pela Comissão de Turismo e Desporto com o objetivo de conhecer os resultados da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de 2012, realizados em Londres, e detalhar os objetivos e planejamento para o próximo ciclo para- límpico. Andrew Parsons afirmou ainda que o Brasil está se preparando para vi- rar uma potência paralímpica em 2016, com o objetivo de conquistar o 5º lugar no quadro de medalhas e ficar entre os 6 melhores do mundo. Segundo informou, as metas estabelecidas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro estão sendo cumpridas, e o exemplo foram as conquistas do 1º lu- gar nos Jogos Parapan-Americanos e o 7º lugar nos Jogos Paralímpicos de Lon- dres. Dentro dessas metas ainda estão a conquista do 1º lugar nos Jogos Parapan- Americanos de Toronto em 2015 e o 5º lugar nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016. O presidente do CPB disse aos parlamentares da Comissão que o Brasil se credenciou em Londres para integrar as potências paralímpicas mundiais, e um dos fatos marcantes foi a vitória de Alan Fonte- les, que superou o nome mais famoso do atletismo nas Paralimpíadas de Londres, o sul-africano Oscar Pistorius. Nos 200m, ca- tegoria T44, Alan Fonteles, biamputado, ul- trapassou Pistorius para ganhar o ouro com o tempo de 21s45, novo recorde mundial, apenas sete centésimos à frente do rival. “Conseguimos nos tornar uma referência positiva em gestão esportiva. Akimi Watanabe Desenvolvemos projetos e programas para chegar ao sétimo lugar, e nosso objetivo foi plenamente alcançado. Esta- mos falando de pular duas posições, ou seja, do 9º lugar em Pequim 2008 para o 7º lugar em Londres. O importante nis- so tudo é que em cada posição que se avança é uma potência esportiva que se deixa para trás”, ressaltou, acentuando que isso é fruto da determinação e do planejamento do CPB. Parsons disse que, desde 2009, depois que o Brasil ganhou o direito de sediar os Jogos Paralímpicos, foi feito um planejamento até 2016. Cada modalida- de tem seu próprio caminho. Cada uma tem seu ritmo de intercâmbio de atletas, treinadores, investimento maior na base e apoio a atletas de ponta. “Estamos trabalhando para chegar ao quinto lugar no Rio de Janeiro e, para que isso seja possível, é preciso analisar com profundidade nossa atua- ção nos Jogos de Londres. Avançamos as duas posições almejadas, e repetir este feito se tornou muito mais difícil, já que estamos atrás apenas das grandes po- tências paralímpicas, que são a China, Rússia, Grã-Bretanha, Ucrânia, Austrália e Estados Unidos. Questionado pelo deputado Ro- mário (PSB-RJ), autor do requerimento para a realização da audiência Pública, acerca do repasse de recursos da Lei Ag- nelo/Piva (Lei 10.264/2001), que destina 2% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do país ao COB (85%) e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (15%), Andrew Parsons disse não enten- der a disparidade na distribuição desse recurso e reconheceu que o Brasil está na direção certa nas Paralimpíadas, mas que é preciso rever muita coisa, como recursos, mais estrutura e mais envolvi- mento. Ele disse reconhecer que o CPB tem apoio governamental, incluindo aí a parceria acertada com o CNPq, que per- mitirá fomentar a pesquisa no esporte paralímpico, mas é fundamental também o apoio da iniciativa privada, conforme defende o deputado Romário, que critica, com veemência, essa ausência no patro- cínio do esporte paralímpico. Parsons citou como exemplo para a revisão no repasse dos recursos da Lei Agnelo/Piva o fato de que, nas úl- timas edições dos Jogos Paralímpicos e dos Parapan-Americanos, a performance dos para-atletas brasileiros não foi lon- ge do desempenho dos esportistas sem deficiência, mesmo com um orçamento bem inferior ao do COB e menos da me- tade do orçamento de potências paralím- picas como Estados Unidos e Canadá. Da esq.p/dir.: Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, pres.da CTD, dep. José Rocha (PR-BA) e secre- tária da CTD, Ana Katia.

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Informativo da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados ano 7 - nº 82 - Brasília, 21 de novembro de 2012

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PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU

pág. 2INAUGURAÇÃO DO

NOVO ESPAÇOFÍSICO DA CTD

pág. 3

VISTO ELETRÔNICOArtigo do dep.

Otavio Leitepág. 8

TURISMODESPORTO

Brasil quer virar potência paralímpica em 2016

“O Brasil paralímpico é um país que vence e está entre os sete melho-res do mundo”. A informação foi dada pelo presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, em audiência pública realizada na terça-feira (13/11) pela Comissão de Turismo e Desporto com o objetivo de conhecer os resultados da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de 2012, realizados em Londres, e detalhar os objetivos e planejamento para o próximo ciclo para-límpico. Andrew Parsons afi rmou ainda que o Brasil está se preparando para vi-rar uma potência paralímpica em 2016, com o objetivo de conquistar o 5º lugar no quadro de medalhas e fi car entre os 6 melhores do mundo. Segundo informou, as metas estabelecidas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro estão sendo cumpridas, e o exemplo foram as conquistas do 1º lu-gar nos Jogos Parapan-Americanos e o 7º lugar nos Jogos Paralímpicos de Lon-dres. Dentro dessas metas ainda estão a conquista do 1º lugar nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto em 2015 e o 5º lugar nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016. O presidente do CPB disse aos parlamentares da Comissão que o Brasil se credenciou em Londres para integrar as potências paralímpicas mundiais, e um dos fatos marcantes foi a vitória de Alan Fonte-les, que superou o nome mais famoso do atletismo nas Paralimpíadas de Londres, o sul-africano Oscar Pistorius. Nos 200m, ca-tegoria T44, Alan Fonteles, biamputado, ul-trapassou Pistorius para ganhar o ouro com o tempo de 21s45, novo recorde mundial, apenas sete centésimos à frente do rival. “Conseguimos nos tornar uma referência positiva em gestão esportiva.

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Desenvolvemos projetos e programas para chegar ao sétimo lugar, e nosso objetivo foi plenamente alcançado. Esta-mos falando de pular duas posições, ou seja, do 9º lugar em Pequim 2008 para o 7º lugar em Londres. O importante nis-so tudo é que em cada posição que se avança é uma potência esportiva que se deixa para trás”, ressaltou, acentuando que isso é fruto da determinação e do planejamento do CPB. Parsons disse que, desde 2009, depois que o Brasil ganhou o direito de sediar os Jogos Paralímpicos, foi feito um planejamento até 2016. Cada modalida-de tem seu próprio caminho. Cada uma tem seu ritmo de intercâmbio de atletas, treinadores, investimento maior na base e apoio a atletas de ponta. “Estamos trabalhando para chegar ao quinto lugar no Rio de Janeiro e, para que isso seja possível, é preciso analisar com profundidade nossa atua-ção nos Jogos de Londres. Avançamos as duas posições almejadas, e repetir este feito se tornou muito mais difícil, já que estamos atrás apenas das grandes po-tências paralímpicas, que são a China, Rússia, Grã-Bretanha, Ucrânia, Austrália e Estados Unidos. Questionado pelo deputado Ro-mário (PSB-RJ), autor do requerimento para a realização da audiência Pública, acerca do repasse de recursos da Lei Ag-nelo/Piva (Lei 10.264/2001), que destina 2% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do país ao COB (85%) e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (15%), Andrew Parsons disse não enten-der a disparidade na distribuição desse recurso e reconheceu que o Brasil está na direção certa nas Paralimpíadas, mas que é preciso rever muita coisa, como recursos, mais estrutura e mais envolvi-

mento. Ele disse reconhecer que o CPB tem apoio governamental, incluindo aí a parceria acertada com o CNPq, que per-mitirá fomentar a pesquisa no esporte paralímpico, mas é fundamental também o apoio da iniciativa privada, conforme defende o deputado Romário, que critica, com veemência, essa ausência no patro-cínio do esporte paralímpico. Parsons citou como exemplo para a revisão no repasse dos recursos da Lei Agnelo/Piva o fato de que, nas úl-timas edições dos Jogos Paralímpicos e dos Parapan-Americanos, a performance dos para-atletas brasileiros não foi lon-ge do desempenho dos esportistas sem defi ciência, mesmo com um orçamento bem inferior ao do COB e menos da me-tade do orçamento de potências paralím-picas como Estados Unidos e Canadá.

Da esq.p/dir.: Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, pres.da CTD, dep. José Rocha (PR-BA) e secre-tária da CTD, Ana Katia.

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MEMBROS da Comissão de Turismo e Desporto - CTD

Presidente: José Rocha (PR-BA) 1º Vice-Presidente: Afonso Hamm (PP-RS) 2º Vice-Presidente Carlos Eduardo Cadoca(PSC-PE) 3º Vice-Presidente: Luci Choinacki (PT-SC) PT José Airton (CE) Luci Choinacki (SC) João Paulo Lima (PE) Vicente Candido (SP) Policarpo (DF) PMDB Benjamin Maranhão (PB) Edinho Bez (SC) Francisco Escórcio (MA) Renan Filho (AL) João Arruda (PR) Joaquim Beltrão (AL) Marllos Sampaio (PI) PSDB Carlaile Pedrosa (MG) Otavio Leite (RJ) Andreia Zito (RJ) Walter Feldman (SP) PP Afonso Hamm (RS) Renato Molling (RS) DEM Fábio Souto (BA) Professora Dorinha Seabra Rezende (TO) PR José Rocha (BA) Neilton Mulin (RJ) PSB Jonas Donizette (SP) Romário (RJ) Valadares Filho (SE) PDT André Figueiredo (CE) Flávia Morais (GO) Bloco PV/PPS Rubens Bueno (PR) PTB Magda Mofatto (GO) Arnon Bezerra (CE) José Augusto Maia (PE) PSC Carlos Eduardo Cadoca (PE) Professor Sérgio de Oliveira (PR) PCdoB Jô Moraes (MG) Delegado Protógenes (SP) PSD Danrlei de Deus Hinterholz (RS) Fábio Faria (RN) Jefferson Campos (SP) Marcos Montes (MG) PRB Acelino Popó (BA) 2

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Qual a importância do Parque Nacional do Iguaçu para Foz do Iguaçu, região e país?O Parque abriga uma das belezas naturais únicas do mundo; as cataratas do Iguaçu, o 2º destino turís-tico internacional do Brasil, visitada por mais de 1,4 mi-lhão de pessoas/ano. Assim

sendo, além do aspecto ambiental, o Parque é de fundamental importância econômica, pois grande parte da eco-nomia de Foz está diretamente ligada ao turismo. Para se ter uma ideia, a cidade conta com 160 agências de viagem, cerca de 670 guias de turis-mo, 10 mil pessoas no setor de hos-pedagem, além dos taxistas e outros setores que compõem um receptivo turístico. Assim sendo, no mínimo 30 mil pessoas dependem basicamente do turismo. Além disso, a arrecadação do Parque contribui com a manuten-ção de diversas outras unidades de conservação em todo o Brasil. Unida-des essas que abrigam ecossistemas únicos, não menos importantes e que precisam ser preservadas, mas que, no entanto, não contam com atrativos turísticos e, devido a essa falta de ape-lo, não recebem visitação, ou seja, não possuem arrecadação própria.Sabe-se que o plano de manejo do Parque Nacional do Iguaçu passa por uma revisão. Como o senhor vê essa questão?

PARQUE DO IGUAÇUDeputado Professor Sérgio de Oliveira (PSC-PR)

A comunidade do entorno do Parque, espe-cialmente os profi ssionais de turismo (guias, agências, taxistas) está bastante apreensi-va, haja vista que se trata exatamente do acesso desses trabalhadores do turismo ao Parque. Defendo a tese de que o Instituto Chico Mendes ( responsável pela administra-ção do Parque) deve abrir essa revisão do Plano de Manejo à participação da comuni-dade do entorno. A mesma deve estar inse-rida nas questões que envolvem o Parque, pois um plano de manejo participativo e sus-tentável baseado em um trabalho conjunto evita, em qualquer tempo e lugar, boa parte dos confl itos socioambientais. Eu entendo essa sustentabilidade como a compatibiliza-ção entre a conservação da natureza e as demandas sociais (emprego, renda, serviços públicos etc.) Dessa forma, acredito plena-mente que é possível se preservar o Parque para as gerações futuras ao mesmo tempo em que se permite que os trabalhadores do turismo continuem tendo acesso a ele nos moldes como ocorre há muitos anos, até mesmo porque o Parque abrange uma área de 185 mil hectares e o uso intensivo dela ocorre em apenas 3%.

No dia 30 de novembro de 2012, a Co-missão de Turismo e Desporto, em conjunto com a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, vai realizar, na cidade de Foz do Igua-çu-PR, um painel para discutir o tema “Revisão do Plano de Manejo do Parque Nacional do Iguaçu”. Foram convidados para o evento, os minis-tros de Estado do Meio Ambiente (MMA), Izabella

Revisão do plano de manejo do Parque Nacional do Iguaçu

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Mônica Vieira Teixeira, do Turismo (MTur), Gastão Dias Vieira, e a chefe da Casa Civil, Gleisi Helena Ho-ffmann, além do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Ricardo Vizentin. Também deverão participar do evento o dire-tor de criação e manejo de unidades de conservação do ICMBio, Pedro de Castro da Cunha e Menezes; o chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Luiz Pe-goraro, e os 12 (doze) prefeitos dos municípios inte-grantes do Programa de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Entorno do Parque, bem como diver-sas entidades representativas do turismo local. O evento será realizado a partir da aprovação, na CTD, do requerimento de autoria do deputado Pro-fessor Sérgio de Oliveira (PSC-PR), que justifi cou seu pedido no fato do Parque ter sido instituído no ano de 1939 e ser o segundo parque nacional brasileiro, ten-do, em 1986, recebido o título de Patrimônio Mundial, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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Inaugurada a ampliação do espaço físico da CTD

Deputados, diretores e representantes da Presidência da Câmara prestigiaram a inauguração das novas dependências da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados ocorrida no dia 07 de novembro de 2012 A Comissão contava com um espaço físi-co reduzido e, por conta da necessidade de um local maior para cumprir as demandas e receber as autoridades, a presidência da CTD insistiu na necessidade da ampliação. A iniciativa foi do depu-tado José Rocha (PR-BA), que mobilizou os órgãos diretivos da Casa para lutar pelo aumento do am-biente físico e pela construção da sala de reuniões.

A ampliação do espaço físico da Comissão de Turismo e Desporto ocorreu graças à deter-minação do presidente José Ro-cha (PR-BA), que desde março de 2012 vinha insistindo na necessi-dade dessa ampliação, em virtude da importância que a Comissão vem adquirindo diante dos megae-ventos que o Brasil se prepara para sediar em 2013, 2014 e 2016. O deputado José Rocha (PR-BA) dedicou a inauguração do local aos servidores e colabo-radores da Comissão. “A nossa Comissão atende a duas áreas im-portantes: a área do esporte e do turismo. E como nós recebemos autoridades de diversos segmen-tos, precisávamos de um espaço para receber essas pessoas. Além disso, com esse novo layout da Co-missão, os funcionários passam a ter melhores condições de traba-lho”, afi rmou.

José Rocha agrade-ceu o apoio que o Sindilegis deu à iniciativa, e o presiden-te da entidade, Nilton Paixão, parabenizou o deputado, en-fatizando a importância do trabalho dos servidores e de-putados da Comissão diante do cenário brasileiro. “A Co-missão de Turismo e Despor-to da Câmara dos Deputados tem feito um trabalho brilhan-te no sentido de privilegiar esses dois setores, que po-dem gerar muitos empregos e ampliar as divisas econômi-cas para o nosso país. Eu pa-rabenizo cada um dos meus colegas aqui, da Comissão, porque estão agora com um espaço mais confortável para continuar suas atividades e servir às políticas públicas de desporto e turismo desta na-ção brasileira”, ressaltou.

“(...) Dedico a inaugu-ração desse local aos servidores e colabo-radores da Comis-são que passam a ter agora melhores con-dições de trabalho.

” Dep. José Rocha (PR-BA)Presidente da CTD

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TOServidor terá abono de faltas para

integrar delegação esportiva A comissão de Turismo e Desporto aprovou, no dia 13 de novembro, o Substitutivo do de-putado Vicente Candido (PT-SP) ao Projeto de Lei 2.992/2011, de autoria do deputado Aguinal-do Ribeiro (PP-PB), atual ministro das Cidades, assegurando efetivo exercício ao empregado de em-presa pública ou de sociedade de economia mista vinculada a órgão da União o período em que estiver convocado para integrar delega-ção desportiva nacional.

Segundo o autor da pro-posta, Aguinaldo Ribeiro, o pro-jeto de lei visa democratizar a participação dos brasileiros em eventos desportivos internacio-nais, uma vez que, pela legis-lação desportiva em vigor, essa participação está praticamente restrita a alguns atletas profi s-sionais que estão vinculados aos grandes clubes ou são custea-dos por empresas particulares e a servidores públicos, que têm o abono das faltas ao serviço as-segurado por lei.

Semana Olímpica nas escolas públicas A CTD aprovou o Projeto de Lei nº 4.129/2012, de autoria do deputado João Arruda (PMDB-PR), instituindo a Se-mana Olímpica nas Escolas Públicas, a ter início anualmente no dia 23 de junho, Dia Olímpico Internacional. O PL 4.129/12 pretende estabe-lecer a Semana Olímpica envolvendo as diversas disciplinas escolares em conjunto com a educação física. Segundo a justifi ca-tiva do projeto, é reforçada a ideia de que a Semana Olímpica não fi ca restrita apenas às competições esportivas. Já o nome es-colhido remete ao sentido de competição com amizade e respeito difundidos mun-dialmente pelos Jogos Olímpicos. A proposta aprovada na forma de um substitutivo da relatora na Comissão

de Turismo e Desporto, Profes-sora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), e lida pela deputada Flávia Morais (PDT-GO), acen-tua que o principal objetivo da proposta é trazer o olimpis-mo como filosofia para a vida dos nossos jovens e crianças, uma vez que busca, para além das fronteiras das arenas es-portivas e por meio da prática de valores como a amizade, o respeito mútuo e o “fair play” (jogo limpo), promover a paz, a união e a integração entre os povos, contribuindo para a construção de um mundo mais solidário e igualitário.

Café da manhãcom Ministro do

Esporte

A comissão aprovou, no dia 13 de novembro, requeri-mento de autoria do deputado José Rocha autorizando a reali-zação de um café da manhã a ser oferecido ao ministro do Es-porte, Aldo Rebelo, para tratar sobre planejamento de trabalho da pasta, o estreitamento das relações institucionais e o for-talecimento dos laços de coope-ração entre este órgão técnico e aquele ministério.

Visita à África do Sul e a Londres

A CTD vai rea-lizar, em fevereiro de 2013, uma visita técni-ca à África do Sul e a Londres com o objetivo de avaliar os legados turísticos e esportivos da Copa do Mundo de 2010 e dos Jogos Olím-picos de 2012. O objetivo des-sas visitas técnicas será avaliar in loco os resultados do impac-to na infraestrutura turística e esportiva

deixados pela rea-lização desses me-gaeventos naqueles países e propor um conjunto de ações propositivas visan-do ao aperfeiçoa-mento na organi-zação, preparação e planejamento da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, visando aos legados que esses eventos deverão deixar.

O Relatório foi lido pelo deputado Edinho Bez (PMDB-SC).

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Emendas Orçamentárias para 2013

A Comissão de Turismo e Desporto (CTD) iniciou na terça-feira (13/11) um deba-te entre os membros da Comissão e os mi-nistérios do Esporte e do Turismo, além de

representantes da Con-sultoria de Orçamento da Câmara dos Deputa-dos, sobre as emendas orçamentárias a serem apresentadas pela Co-missão ao Orçamento da União de 2013.

Nessa primeira fase foram ouvidos o secretário nacional de esporte de alto rendi-mento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, e os consultores de or-çamento das áreas de esporte e turismo, Mar-cos Mendlovitz e Edson Tubaki. A Comissão, a exemplo de 2012, pre-tende apresentar seis emendas, sendo três de apropriação e três de remanejamento. Ricar-do Leyser, do Ministério dos Esportes, expôs as

necessidades do setor de espor-te para receber emendar desta-cando a meta de construir 315 cen-tros regionais de esporte com recur-sos da ordem de R$ 800 milhões. Na quarta-feira (21/11) a CTD ouvirá Ro-drigo Lamego, do Ministério do Turismo, que fa-lará sobre as principais neces-sidades do setor.

Homenagem ao presidente da CTD

O presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara (CTD), deputado José Rocha, foi homenageado pela Confederação Nacional do Turismo(CNTur) com a entrega de uma placa pelos serviços prestados ao desenvolvi-mento do turismo no país. A homenagem aconteceu durante a abertura do 25º Con-gresso Internacional de Gastro-nomia, Hospitalidade e Turismo, no pavilhão de exposições do Anhembi (SP). “Fico honrado com essa iniciativa e partilho os méri-tos com meus colegas da Comis-são, que lutam diariamente pelo fortalecimento e expansão da ca-deia turística no Brasil”, afi rmou o deputado. A CNTur destacou que o trabalho do presidente José Rocha tem sido muito importante para facilitar o diálogo do setor de tu-rismo com o parlamento, além de contribuir no encaminhamento de demandas junto ao governo fede-ral, como é o caso da desoneração tributária.

Dívidas dos clubes O presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara disse ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que a dívida dos clubes atingiu um patamar preocupante. Segundo o deputado, a dívida já supera R$ 3 bilhões, e muitos clu-bes correm o risco de fechar as portas. O alerta foi feito durante audiência com a presença do de-putado Romário (PSB-RJ). O pre-sidente da CTD disse que governo e clubes precisam encontrar uma alternativa que viabilize o paga-mento dos débitos e também im-ponha restrições aos dirigentes para contrair novas dívidas. “Sou

contra qualquer perdão de dí-vida”, adiantou José Rocha. O ministro concordou com as pre-ocupações do deputado e disse que o Ministério do Esporte já estuda alternativas.

Atletas com destaque em Londres

Membro da Comis-são de Turismo e Desporto e relator da Lei Geral da Copa, o deputado Vicente Candido (PT-SP) partici-pou da homenagem que a Confederação Brasileira de Clubes, em parceria com a Fenaclubes, fez aos atletas de destaque que estiveram

nos jogos olímpicos em Londres. O evento, ocorrido na cidade de Campinas-SP, no dia 3 de novembro, ho-menageou os atletas Rafael Silva e Maira Aguiar do judô, am-bos medalhistas de bronze em Londres, e Guilherme Toldo, da esgrima, que recebe-ram do presidente da CBC, Arialdo Boscolo, e do deputado fede-ral Vicente Cândido a estatueta do mérito esportivo. Na oportu-nidade, Vicente Can-dido disse que o tra-

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balho realizado nos clubes para a formação de atletas vem dan-do não apenas resultados, mas principalmente medalhas olímpi-cas. “Temos que dar outro trata-mento para a dí-vida dos clubes, tanto de futebol quanto os clubes sociais, que são os responsáveis pela formação de atletas e pelas nossas medalhas olímpicas”, disse Vicente Candido.

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TOSemana Olímpica nas escolas

deve se tornar lei A 3ª vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputada Luci Choinacki (PT/SC) está se empenhando para que o Projeto de Lei (PL) 4.129/12, aprovado na reunião do dia 13 de novembro na CTD, seja aprova-do com urgência na Comissão de Educação e Cultura e, em segui-da na Comissão de Constituição e Justiça. As semanas olímpicas já ocorrem em várias escolas do País, como forma de incentivar os estudos e a aprendizagem, mas não é Lei. O projeto aprovado na Comissão de Turismo pretende,

por meio da disputa do conhecimen-to e pelo incentivo de ganhar algum prêmio, motivar o aluno a colocar em prática aquilo que aprendeu. A iniciativa, de autoria de vários deputados, inclusive da de-

putada Luci Choinacki, estabelece que a Semana Olímpica terá cará-ter multicultural e deverá ser de-senvolvida interdisciplinarmente por cada escola, de acordo com o seu projeto pedagógico. Para a deputada Luci Choinacki (PT/SC) a aprovação do projeto seria excelente: “assim, os alunos teriam uma motivação a mais para mostrar que realmente aprenderam e, que podem prati-car a teoria dada em sala de aula. A Semana poderia também in-centivar os alunos a trabalhar em grupo e valorizar a participação de todos”, ressalta.

Hamm recebe homenagem do Brasil

de Pelotas O Grêmio Es-portivo Brasil de Pelo-tas-RS entregou uma placa em homenagem ao 1º vice-presidente da Comissão de Tu-rismo e Desporto da Câmara, deputado fe-deral Afonso Hamm (PP-RS) pela dedica-ção e empenho sem-pre demonstrados ao clube esportivo. O parlamentar recebeu a placa das mãos do presidente do Con-selho Deliberativo, Adriano Gadelha. A solenidade ocorreu no domingo, dia 18, an-tes de começar a par-tida de futebol entre o Grêmio Brasil e o 14 de Julho, de Santana do Livramento, no es-

tádio Bento Freitas, em Pelotas. Na pla-ca consta: “O Grê-mio Esportivo Brasil agradece ao depu-tado federal Afonso Hamm pelo empe-nho e esforço imen-suráveis dedicados ao rubro-negro, que tem o orgulho de contar com o nome deste verdadeiro Xa-vante em sua histó-ria”. Ricardo Fon-seca destacou que Afonso Hamm possui fortes raízes com o clube, tendo sido go-leiro e ainda ressaltou que o deputado não tem medido esforços para auxiliar o esporte em suas demandas.

Cadoca defende visto

eletrônico O Brasil, enfi m, está mais perto de dar um salto e modernizar o seu Estatuto do Estrangeiro. A ex-pectativa é do relator do Projeto de Lei 5655/2009 e 2º vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputado Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE). “Tivemos um longo processo de debates e discussões, inclusive com o Itamaraty. Agora estou confi ante que o projeto vai ganhar a celeridade necessária. Depois de aprova-do na Comissão de Turismo e Desporto (CTD), o texto será apreciado pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional”, informa o relator.

O projeto estabelece avanços importantes, não só por conta dos grandes eventos que vão acon-tecer no país, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, mas porque viabiliza a atualização das nor-mas brasileiras no cenário internacional. O setor de turismo, por exemplo, deverá sentir impactos positi-vos com mudanças de regras consideradas estratégi-cas pelo deputado Cadoca. Ele destaca, por exemplo, o aumento da participação do capital estrangeiro em empresas aéreas, que passa de 20% para 49%. Com essa medida espera-se, segundo o relator, que as empresas melhorem a qualidade do serviço prestado e fi quem, de fato, prontas para atender à crescente demanda de passageiros.

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Deputado Romário quer ouvir envolvidos no caso TAM-CBF

A Comissão de Turismo e Desporto aprovou, na quarta-fei-ra (7 de novembro de 2012), requerimento de autoria do deputado Romário (PSB-RJ) convidando para uma reunião de audiência pú-blica os representantes das empresas envolvidas no caso TAM-CBF, além de representantes do Ministério Público Federal, da Receita Federal e um representante do Ministério do Esporte. Romário quer esclarecer mais um episódio envolvendo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Conforme tornou público o jornal Folha de São Paulo, a CBF fi rmou um contrato de patrocí-nio com a empresa aérea TAM para receber cotas no valor de US$ 7 milhões anuais, mas o montante estava sendo depositado nas contas de empresas do Grupo Águia, de propriedade do empresário Wagner Abrahão, amigo de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF.

Segurança privada em estádios

A comissão de Turismo e Desporto aprovou por unanimidade, na quarta-feira (7 de novembro), o Projeto de Lei 6.908/10, de autoria do deputado Ratinho Júnior, com relatoria do deputado Renan Filho (PMDB-AL), que al-tera a Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003, o Estatuto de Defesa do Torcedor. Renan Filho votou pela aprovação do PL do depu-tado Ratinho na forma de um substitutivo de sua autoria. Nele, o parlamentar torna lei o monitoramento, por equi-pamentos de gravação, da entrada e saída de eventos es-portivos com público mínimo de 10 mil pessoas e a preser-vação dessas imagens por pelo menos sessenta dias. Elas só podem ser utilizadas para inquéritos policiais ou ações judiciais. O substitutivo também autoriza a contratação de empresas privadas de vigilância para auxiliar no acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo.

Magda é empossada presidente do Conselho da CNTur-GO

A deputada federal Magda Mofatto Hon, líder do setor hoteleiro em Goiás e membro titular da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara Federal, foi empossada como presidente da ConCNTur-Go. Ela recebeu o diploma do presidente da CNTur, Nelson de Abreu Pinto, no dia dia 29 de outubro, ao ensejo do XXV CIHAT - Congresso Internacional de Gastronomia, Hospitalidade e Turismo, realizado no período de 29 a 31 de outubro no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo-SP. Empresária do ramo da hotelaria (Hotéis Di Roma, de Caldas Novas), iniciou sua vida pública como vereadora e prefeita de Caldas Novas, deputa-da estadual e, hoje, é deputada federal por Goiás.

Passagens aéreas para o Nordeste

A Comissão de Turismo e Despor-to aprovou, na reunião de quarta-feira (7 de novembro de 2012), requerimento de auto-ria do deputado Fábio Faria (PSD-RN) pro-pondo uma reunião de audiência pública para discutir os altos preços de passagens aéreas para o Nordes-te. Segundo Fábio Fa-ria, a região Nordeste é uma grande porta de entrada de turistas estrangeiros no Bra-sil, mas vem sofrendo queda considerável no número de visitantes da Espanha, França, Alemanha e Itália, que enfrentam forte crise econômica, enquanto a demanda de outros países se mantém es-tagnada desde 2010. Com isso, o fortaleci-mento do turismo in-

terno pode e deve ser uma alternativa à so-brevivência dessa ativi-dade, que se confi gura como a maior geradora de emprego e renda em diversos estados nordestinos, como Rio Grande do Norte, Pa-raíba, Ceará, Alagoas, Sergipe, entre outros.

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/CN

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Page 8: Informativo n. 82 da Comissão de Turismo e Desporto

EXPEDIENTE

M a i s u m a oportunidade perdida

O Conselho de Turismo da CNC vai debater, no dia 28 de novembro, o tema “O Desenvolvimento do Turis-mo Rural no País” e convi-dou o presidente da Comis-são de Turismo e Desporto para participar do evento. Recentemente, o deputado José Rocha publicou na re-vista “Turismo em Pauta”, da CNC, um artigo amplo abordando as necessidades e o futuro do turismo rural no Brasil.

A Frente Parlamentar em Defesa da Atividade Física, presidida pelo deputado João Arruda (PMDB-PR), membro da Comissão de Turismo e Desporto, reali-za no dia 22 de novembro, em São Paulo, uma tarde de reunião e debates para apontar o “Futuro das Em-presas de Exercício Físicos e da Própria Educação Física”. O evento será coordenado pelo profi ssional de educa-ção física Lúcio Rogério Go-mes dos Santos.

A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abre-mar) solicitou à CTD inter-ceder junto ao Ministério das Relações Exteriores e ao Ministério do Turismo para sanar o problema no processo de emissão de vis-tos brasileiros para cidadãos americanos, o qual, devido a problemas recentes, teve seu curso normal alterado e sua produção desacelerada.

A Agência Nacional de Avia-ção Civil realiza no dia 21 de novembro o seminário “10 Anos de liberdade ta-rifária no transporte aéreo doméstico”. O objetivo é apresentar e debater a evo-lução dos preços do trans-porte aéreo doméstico de passageiros na primeira década de vigência do re-gime de liberdade tarifária. O presidente da CTD, José Rocha, foi convidado para o evento.

Deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) Membro da Comissão deTurismo e Desporto

Presidente: José Rocha (PR) 1º Vice-Presidente: Afonso Hamm (PP) 2º Vice-Presidente Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE) 3º Vice-Presidente: Luci Choinacki (PT) Secretária: Ana Katia Martins Bertholdo Corpo Técnico: Akimi Watanabe, Cláudia Neiva Peixoto, Cristina Lourenço Vasconcelos, Júlia Sulz Barbosa Ribeiro, Lia Drumond Cavalcante Chagas, Lindberg Aziz Cury Junior, Ronaldo Santiago, Jornalista responsável: Luiz Paulo Pieri (Mtb 1349) Programação Visual: Akimi Watanabe Revisão: Ronaldo Santiago Fotos: Akimi Watanabe (exceto quando a fonte for citada) Impressão: Deapa/Cgraf Tiragem: 750 exemplares Fale Conosco: Endereço Câmara dos Deputados Anexo II, Ala A , Sala 5, Térreo Telefones: 3216-6831 6832 /6833 fax: 3216-6835 e-mail: [email protected]

Endereço eletrônico da Comissão de Turismo e Desporto: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ctd

Nunca é demais relem-brar que o veto da presidente Dilma Rousseff ao “Visto Ele-trônico” na Lei Geral da Copa (Lei nº 12.663/12) representa um atraso sem precedentes para o turismo brasileiro. Essa medida, incluída por mim na supracitada proposta, permi-tiria a desburocratização na emissão de vistos para turis-tas estrangeiros e traria uma série de vantagens ao Brasil. Se estivesse em vigor, a emissão de vistos eletrôni-cos signifi caria mais visitan-tes e, por consequência, mais recursos ao nosso país. Falo isso sem qualquer sombra de dúvida, sem o menor medo de errar. Uma prova cabal da necessidade do visto eletrô-nico, que, repito, diminuiria a burocracia desse processo no exterior, pode ser expos-ta em números. Apenas para se ter uma ideia, de acordo com dados do Banco Central, o Brasil teve um défi cit de US$ 14 bilhões na conta tu-rismo em 2011. Isso signifi -ca que, enquanto brasileiros gastaram US$ 20 bilhões no exterior, os estrangeiros gas-taram US$ 6 bilhões no Brasil no ano passado.

Vale lembrar que nesse período 1,4 milhão de brasileiros visitaram os Estados Unidos da América, enquanto que 580 mil americanos visitaram o Brasil. Resultado: um défi cit de 820 mil turistas. Em 2012, os números continuam a assustar. Ainda se-gundo o Banco Central, o défi cit nos oito primeiros meses deste ano soma US$ 10,076 bilhões, contra US$ 10,055 bilhões em igual período de 2011. Os nú-meros traduzem e confi rmam a urgente necessidade de mudan-ças na política de turismo. Essa diferença precisa diminuir o quanto antes. Prin-cipalmente num momento em que uma grave crise econômica ameaça as maiores economias do planeta. O turismo é e sem-pre será uma vocação do Brasil. Precisamos aproveitar, da melhor forma possível, essa realidade. Contudo, apesar dos percalços enfrentados, é preci-so destacar que a Lei Geral da Copa conta com outras suges-tões de minha autoria. Uma de-las benefi cia a Jornada Mundial da Juventude, evento católico a ser realizado no Rio de Janeiro em 2013, com os benefícios de emissão de vistos concedidos durante a realização da Copa do Mundo de 2014. Em outro ponto, tive de enfrentar grande resistência do governo à minha proposta (em parceria com minha correligio-nária Mara Gabrilli) de reservar 3% dos ingressos para venda às pessoas com defi ciência. Conseguimos garantir 1%. Em outra emenda, ainda as-segurei a utilização de aeroportos militares para embarque e desem-barque de passageiros civis. Tudo isso em prol do turismo, em prol do desenvolvimento do Brasil.

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