informativo da defensoria

A DefensoriAINFORMATIVO DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ACRE - RIO BRANCO - ACRE, ABRIL DE 2012 - EDIÇÃO 1 - ANO 1

TATIANA CAMPOS

Os principais avanços conquistados pela Defensoria Pública

do Acre foram apresentados pelo Defensor Público Geral do Estado, Dion Nóbrega, ao governador Tião Viana no último dia 28. A reunião aconteceu na Casa Civil. En-tre osavanços apresentados estão a melhoria das sedes da Defensoria e a transparência-da condução da gestão com a publicação no Diário Oficial, uma vez por mês, coma pro-

dutividade de cada defensor.Segundo Nóbrega, tam-

bém foi criada e instalada a Ouvidoria da Defensoria Pública e o Centro de Estu-dos Jurídicos, que promove cursos, palestras, compra de livros e outras capacita-ções com recursos do Fun-do de Autofinanciamento, que também foi criada em sua gestão. No próximo dia 19 de maio, Dia do Defen-sor Público, haverá eleição para Defensoria Geral, car-go assumido pelo período de dois anos, com direito a

reeleição. Nóbrega preparou um relatório com um balan-ço de sua gestão e aponta os principais desafios da próxi-ma gestão.

“Concluira reforma das sedes da Defensoria no inte-rior e construir a sede da ca-pital é umdos maiores desa-fios. A conclusão do Plano de Cargos, Carreiras e Remune-raçãodos servidores também precisa ser concluído e será um grande passo paramelho-rar a estrutura de trabalho”, comentou. (Agência de No-tícia)

Dion Nóbrega apresenta avanços da Defensoria Pública ao governador

Inaugurada nova sede na cidade de Acrelândia

Ação determina fornecimento de remédios a paciente

Corregedoria: órgão fundamental para o trabalho do defensor

Dion Nóbrega presta conta de sua administração

Defensoriadivulga balanço de atendimento de 2011

Defensoria é parceira no projeto Acre Solidário

Brinquedoteca atende mães com filhos menores

PÁGINA 3 PÁGINA 4 PÁGINA 7 PÁGINA 6

PÁGINA 3

PÁGINA 4

PÁGINA 3

2 RIO BRANCO - ACRE, ABRIL DE 2012 INFORMATIVO DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ACRE

É com muito orgulho e satisfação que apresenta-mos a primeira edição do informativo da Defensoria Pública do Estado do Acre, publicação periódica que objetiva proporcionar uma maior interlocução entre a Defensoria Pública e a po-pulação do nosso Estado, prestando contas da gestão e dando ampla divulgação de nossas atividades.

É imprescindível que, ao se falar em Justiça re-conheça-se que, em sua concepção mais ampla, ela é um princípio básico para a legitimação da democra-cia em um país. A garantia plena do direito à justiça só é alcançada quando se en-frenta um dos seus pontos centrais: o acesso à Justiça.

A Defensoria Pública é a instituição que tem por objetivo concretizar esse acesso, sendo, portanto, vital na efetivação dos di-reitos dos cidadãos hipos-suficientes de recursos.

Humanização do aten-dimento, celeridade e qua-lidade nas respostas dadas aos que se beneficiam de nossos serviços; diálogo constante, democrático e direto com a sociedade civil nas cidades onde es-tamos; garantir que mais mulheres, homens, idosos e crianças, tanto da capi-tal como do interior deste Estado, tenham o acesso qualificado à Justiça. Es-tes têm sido os pilares que norteiam a atual gestão.

Pois bem, nesta pri-meira edição trazemos no-tícias, informações, bem como os avanços, as con-quistas e as perspectivas deste Órgão que distribui, a cada dia, mais cidadania e inclusão social, confirman-do nossa responsabilidade enquanto Instituição séria, ética e essencial à Justiça e a sociedade.

DION NOBREGA LEAL

Defensor Público-Geral do Estado do Acre

EDITORIAL

As mães e pais que procuram os serviços da Defensoria Públi-ca do Acre acompanhados de

seus filhos menores passam a contar agora com um novo serviço: a Brin-quedoteca. O espaço foi inaugurado no último dia 8 de março, Dia Inter-nacional das Mulheres, privilegiando elas que compõem a maior parte da clientela da instituição.

A Brinquedoteca foi criada para que as crianças possam brincar em segurança enquanto seus pais são atendidos pelos defensores públi-cos e demais servidores da De-fensoria. O local dispõe de espaço amplo, brinquedos variados e pro-fissionais que fazem o acompanha-mento das crianças.

Os recursos para a construção da Brinquedoteca são oriundos da doação dos membros e servidores. Sua inauguração é a realização de um sonho que era compartilhado por todos e que se concretiza em uma data especial.

Inaugurada a nova brINqueDoteca

Defensor Público-Geral: Dion Nóbrega Leal

exPeDIeNte exPeDIeNteexPeDIeNteexPeDIeNteexPeDIeNteexPeDIeNteexPeDIeNteexPeDIeNteexPeDIeNteexPeDIeNte exPe

Defensoria Pública Do estaDo Do acresubdefensor Público-Geral: Fernando Morais de Souza

corregedor-Geral:Gilberto Jorge Ferreira da Silva

endereço: travessa custódio freire, nº 26 – centro - rio branco / ac - ceP: 69909-460 - telefone: (68) 3223-8317 / (68) 3223-0745 (68)3223-3222-6954 / (68) 3223-4304 - e-mail: [email protected]

3RIO BRANCO - ACRE, ABRIL DE 2012 INFORMATIVO DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ACRE

O defensor-geral, Dion Nóbrega Leal divulgou

no ultimo dia 7 de mar-ço, o balanço geral dos atendimentos prestados pelos defensores públi-cos do período de 2011. De acordo com os da-dos divulgados, houve um aumento significati-vo em relação ao exercí-cio de 2010.

“Tivemos um incre-mento no número de atendimentos, mesmo tendo um quadro de de-fensores bastante redu-zido. Isso demonstra o empenho que a Defen-

Defensoria divulga balanço de atendimento de 2011

soria Publica do Acre na busca pelo bom atendi-mento do cidadão e na promoção da justiça no Acre”, afirmou Dion Leal.

Segundo ele, fo-ram realizado 114,1 mil atendimentos, en-quanto que no mesmo período de 2010 foram realizados um total de 100 mil atendimentos.

“Buscamos apri-morar a excelência dos serviços prestados para melhor servimos a po-pulação acreana”, disse Leal.

O defensor acredita

que esse número deve ser superado em 2012, haja vista que a sua instituição já se prepa-ra para a realização de atendimentos noturnos através da implantação de um novo expedien-te. “Estamos nos pro-gramando para realizar o atendimento no pe-ríodo noturno. Dessa forma, estamos ofere-cendo mais uma opção de horário, favorecendo aqueles que trabalham durante o dia e não têm tempo para buscar os serviços oferecidos pela Defensoria’’, explicou.

Defensoria atende em nova sede em acrelândia

A Defensoria Públi-ca do Estado do Acre em Acrelândia passou atender em nova sede. O novo espaço, loca-lizado na avenida Bra-sil, lote 8, quadra 22 – Centro, oferece maior conforto e comodida-de para os funcioná-rios bem como para a comunidade que se uti-liza dos serviços desta instituição.

‘’Procuramos na ci-

dade um espaço amplo que pudesse abrigar nos-sos serviços oferecendo maior qualidade no aten-dimento do cidadão’’, dis-se o defensor-geral Dion Nóbrega Leal.

A nova estrutura conta com três salas, sendo uma sala para defensor, uma sala para secretaria e uma sala para o atendimento. O horário do atendimen-to e de 9 às 14 horas.

3Rio Branco-AC, 10 a 16 de janeiro de 2012

A Defensoria Pú-blica do Estado do Acre em Acrelândia passou atender em nova sede. O novo espaço, localizado na avenida Brasil, lote 8, quadra 22 – Centro, oferece maior con-forto e comodidade para os funcionários bem como para a comunidade que se utiliza dos serviços desta instituição.

‘’Procuramos na cidade um espaço

amplo que pudes-se abrigar nossos serviços oferecen-do maior qualidade no atendimento do cidadão’’, disse o defensor-geral Dion Nóbrega Leal.

A nova estrutura conta com três sa-las, sendo uma sala para defensor, uma sala para secretaria e uma sala para o atendimento. O ho-rário do atendimen-to e de 9 às 14 horas.

Defensoria atende em nova sede em Acrelândia

O defensor-geral, Dion Nóbrega Leal di-vulgou no ultimo dia 7 de março, o balanço geral dos atendimen-tos prestados pelos defensores públicos do período de 2011. De acordo com os dados divulgados, houve um aumento significativo em relação ao exercí-cio de 2010.

“Tivemos um in-cremento no número de atendimentos, mes-mo tendo um quadro de defensores bastante reduzido. Isso demons-tra o empenho que a Defensoria Publica do Acre na busca pelo bom atendimento do cidadão e na promoção da jus-tiça no Acre”, afirmou Dion Leal.

Segundo ele, foram realizado 114,1 mil atendimentos, enquanto que no mesmo período de 2010 foram realiza-dos um total de 100 mil atendimentos.

“Buscamos apri-

Defensoria divulga balanço de atendimento de fevereiro

morar a excelência dos serviços prestados para melhor servimos a po-pulação acreana”, disse Leal.

O defensor acredita que esse número deve ser superado em 2012, haja vista que a sua instituição já se prepa-ra para a realização de atendimentos noturnos através da implantação

de um novo expedien-te. “Estamos nos pro-gramando para realizar o atendimento no pe-ríodo noturno. Dessa forma, estamos ofere-cendo mais uma opção de horário, favorecendo aqueles que trabalham durante o dia e não têm tempo para buscar os serviços oferecidos pela Defensoria”, explicou.

Alunos do curso de Direito da Universi-dade Federal do Acre (Ufac) devem atuar como estagiários na Defensoria Pública do Acre. Os acertos para a atuação dos alunos fo-ram discutidos durante reunião entre a professo-ra Ana Carolina Couto, do Departamento de Di-reito e o defensor-geral do Acre, Dion Nóbrega Leal. O encontro acon-teceu no último dia 7 de março, oportunidade em que dez alunos-estagiá-rios foram apresentados ao defensor.

A parceria entre a Defensoria e a Ufac foi firmada em agosto de 2011. Ela tem como ob-jetivo à implementação do Programa de Estágio Obrigatório, previsto na grade curricular do cur-so de Direito.

Segundo Dion Leal, o estágio e um ato edu-cativo que visa à prepa-ração dos acadêmicos na aplicação de conhe-cimentos teóricos para novos desafios na área jurídica. “A Defensoria pode ajudar muito na formação desses alu-nos. Tenho a certeza de que a presença deles na nossa instituição será proveitosa tanto para eles quanto para a pró-pria Defensoria”, afir-mou o defensor.

O estágio obriga-tório é aquele definido no projeto pedagógico do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção do diploma. Para reali-zação do estágio é exi-gido que o aluno esteja matriculado a partir sé-timo período do curso de graduação.

Estágio para alunos de DireitoAlunos do curso de

Direito da Universidade Federal do Acre (Ufac) devem atuar como es-tagiários na Defensoria Pública do Acre. Os acertos para a atuação dos alunos foram dis-cutidos durante reunião entre a professora Ana Carolina Couto, do De-partamento de Direito e o defensor-geral do Acre, Dion Nóbrega Leal. O encontro acon-teceu no último dia 7 de março, oportunidade em que dez alunos-esta-giários foram apresenta-dos ao defensor.

A parceria entre a Defensoria e a Ufac foi firmada em agosto de 2011. Ela tem como ob-jetivo à implementação do Programa de Estágio Obrigatório, previsto na grade curricular do cur-so de Direito.

Segundo Dion Leal, o estágio e um ato edu-cativo que visa à prepa-ração dos acadêmicos na aplicação de conhe-cimentos teóricos para novos desafios na área jurídica. “A Defensoria pode ajudar muito na formação desses alu-nos. Tenho a certeza de que a presença de-les na nossa instituição será proveitosa tanto para eles quanto para a própria Defensoria”, afirmou o defensor.

O estágio obriga-tório é aquele definido no projeto pedagógico do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção do diploma. Para reali-zação do estágio é exi-gido que o aluno esteja matriculado a partir sé-timo período do curso de graduação.

estágio para alunos de Direito


A Organização de Cen-tros de Atendimen to ao Cidadão(OCA), no centro de Rio Bran co, aproximou a De fensoria Pública do ci dadão.Desde agosto de 2011 a Central de Alimen-tos da Defenso ria funciona no local.Desde então, já fo-ram realizados mais de 13 mil atendimentos.

A OCA foi inaugura da no ano de 2010 para con-centrar a oferta dos prin-cipais serviços pú blicos oferecidos pelo governo do Estado e de mais parcei-ros. A Defen soria do Acre, que apoia essa iniciativa, também se faz presente no local oferecendo os servi-ços da Central de Alimen-tos. “Um grande número de pessoas procura a OCA

todos os dias. Elas vêm em busca de diversos serviços e aproveitam, também, para buscar os serviços oferecidos pela Defenso-ria”, explicou a supervisora de Atendi mento da Defen-soria na OCA, Marília Ha-ddad. “É gratificante estar aqui, pois além do tra balho da Central de Alimentos, podemos orientar os ci-dadãos sobre os diversos ou tros serviços que a De-fensoria oferece, além de encaminhá-los para aque-les que se adequam às ne-cessidades de cada um”, completou.

A Defensoria está ins-talada na praça Rosa, no segundo piso da OCA. O horário de atendimento vai das 8 às 18 horas.

atendimento na oca aproxima Defensoria do cidadão

Atendendo pedi-do da Defenso-ria Pública, atra-

vés da defensora Luiza Horta, o Pleno do Tri-bunal de Justiça julgou procedente Reclamação Cível contra o Estado do Acre – Secretaria de Estado de Saúde, de-terminando o imediato fornecimento de medi-camentos a J. A da Silva, sob pena de a autorida-de impetrada incorrer em crime de desobedi-ência, sujeitando-se à prisão, conforme acór-dão abaixo transcrito.

A Defensoria Pú-blica Clara Rúbia havia impetrado Mandado de Segurança contra a Secretária de Estado de Saúde, tendo sido concedida a ordem de-terminando aquisição do medicamento cha-

ação determina fornecimento de medicamentos a paciente menor

mado Hematina para tratamento de porfia-ria aguda, doença rara, grave e com alto índice de mortalidade.

A despeito da deci-são, passados seis me-ses a autoridade impe-trada ainda não havia adquirido o fármaco, fato que ensejou a pro-positura da reclamação.

Constitucional. Re-clamação. Garantia de autoridade da decisão proferida em manda-do de segurança. Me-dicamento deferido à paciente com doença grave. Direito líquido e certo à saúde. Ordem que deve ser cumpri-da imediatamente, sob pena de incorrer em crime de desobediên-cia, sujeito à prisão.

Reclamação pro-

cedente1. Merece prosperar

a reclamação, cujo es-copo é garantir a auto-ridade da decisão, se a paciente acometida de grave doença necessita receber medicamento

obtido pela concessão da ordem, em mandado de segurança, para que a Administração Pública o fornecesse.

2. Portanto, con-cedida a ordem em mandado de seguran-

ça, é derigor o ime-diato cumprimento da decisão, sob pena de incorrer a autoridade impetrada em crime de desobediência (art. 26, da Lei12.016/09), sujeitando-se à prisão.


A Defensoria Pú-blica do Estado promoveu o

segundo curso de peti-cionamento eletrônico para seus membros. O evento que aconteceu de 15 a 16 de fevereiro, e teve como instrutores técnicos do Tribunal de Justiça do Acre.

O Objetivo do cur-so e capacitar os defen-sores públicos, asses-sores e corpo técnico para utilização desse novo serviço que agili-za o trabalho da justiça brasileira. O peticiona-mento eletrônico pos-sibilita a defensores, procuradores de enti-dades e advogados en-caminharem petições

Defensoria é parceira no projeto acre Solidário

A Defensoria Pública do Esta-do do Acre, em conjunto com a Ordem dos Ad-vogados Brasil, seccional Acre (OAB), Associação dos Defensores Públicos do Acre (Adpacre) e Asso-ciação dos Procu-radores do Estado do Acre (Apeac) realizaram o proje-to “Advocacia So-lidária”, que teve como objetivo ar-recadar donativos para desabrigados pela cheia do rio Acre.

O projeto acon-

Defensoria promove curso de peticionamento eletrônico

relacionadas a proces-sos eletrônicos em trâ-mite no judiciário. De acordo com a Lei nº 11.419/06, o envio de petições pela internet dispensa a apresenta-ção de documentos originais ou fotocópias

autenticadas.A partir desse curso

a defensoria do esta-do do Acre se prepara para utilizar o peticio-namento eletrônico. O serviço estará á dispo-sição para os membros nos próximos dias.

teceu no dia 25 de fevereiro e con-tou com o apoio dos funcionários das entidades par-ticipantes. Foram montados postos de coletas no su-permercado Araújo do Aviário e Tan-gará e arrecadado mais de três tone-ladas de alimentos.


Célia da Cruz Barros CaBral Ferreira -

deFensora PúBliCa

A jovem Constituição Federal de 1988 estabeleceu muitos direi-tos, individuais e coletivos, va-

lorizando o indivíduo como sujeito de direitos fundamentais: trabalho, saúde, educação, moradia, honra, imagem, la-zer, em suma, dignidade. Por esse moti-vo ficou conhecida como a Constituição Cidadã.

É evidente que os destinatários des-sas garantias eram e são, ainda hoje, justamente aqueles que delas não des-frutam, e que, exatamente por isso, ne-cessitam lutar pela sua implementação.

Dessa forma, de nada adiantaria a previsão constitucional de tantos direitos se os cidadãos, aliás, melhor nem dizer cidadãos porque na maioria dos casos aqueles que mais necessitam dessas ga-rantias sequer são cidadãos, em qualquer acepção que se queira dar a essa palavra (seja eleitor, seja o que precisa de um mí-nimo básico para viver com dignidade). Assim, melhor seria dizer que de nada adiantaria a criação de tantos direitos se os seus destinatários não dispusessem de um instrumento para sua efetivação.

Nesse contexto, objetivando dar acesso à justiça também aos mais neces-sitados, foi criada a instituição Defen-soria Pública. Mas a Defensoria Pública vai muito além dessa função, ou melhor, o acesso à justiça é muito mais amplo, não se restringindo ao sentido judicial, mas ao contrário, a Defensoria busca exatamente evitar a contenda judicial, orientando, conciliando, inclusive com acordos extrajudiciais, contribuindo, as-sim, de forma indelével, para o desafo-gamento do Judiciário.

A experiência de fazer parte desta instituição é extraordinária. Ser Defen-sor Público é sacerdócio, abnegação diária. Função esta gratificada não ex-clusivamente pelo salário (sempre insu-ficiente) ou pela (falta de) estrutura, mas pela consciência de que, em muitas ocasiões, você é, como os próprios as-sistidos dizem: a sua tábua de salvação, é a luz no fim do túnel, não é a última, mas a única esperança da vida de uma pessoa.

É atuar, muitas vezes, onde ne-nhum outro profissional do direito enfrentou, porque, como dizem no jargão jurídico, é causa perdida, e ainda assim, na maioria das vezes, conseguir reverter situações impossíveis, tirar lei-

Defensoria Pública – Instituição cidadãte de pedra, dividir o indivisível, conciliar o inconciliável.

Já ouvi de colegas histórias que me-receriam um livro. Sei que todos temos experiências de atuação em casos que pareciam não ter solução e, apesar disso, alcançar êxito. Lembro de um caso des-ses. Paradigmático. Não vou dar nome porque não pedi autorização, mas vamos chamá-lo João.

João chegou na Defensoria ninguém. Portador de distúrbios mentais, não era interditado. Sempre viveu seus quase cinquenta anos aos cuidados da mãe, recentemente falecida, que era quem provia seu sustento, através de uma pen-são por morte de seu pai, que, em vida ocupava cargo importante na Adminis-tração Pública.

Chegou com uma decisão adminis-trativa que indeferiu seu pedido de re-cebimento de pensão, por não ter feito tal pedido quando era menor de idade. Depois de uma conversa, descobri que ele não dispunha de qualquer auxílio de quem quer que fosse. Estava só. Assim, foi providenciada a ação judicial objeti-vando sua interdição, bem como outra discutindo seu direito à pensão por mor-te de seu pai.

Bem sucedidas as ações, João, de nin-guém, foi interditado civilmente, regula-rizando sua situação, e, além disso, ga-nhou direito a receber pensão em valor maior que muitos dos nossos salários. Atualmente, vem à Defensoria Públi-ca quase toda semana, para ver se está tudo bem, se a dra. está bem de saúde, se precisa de alguma coisa. Em suma, não

esquece de agradecer, com essa atitude, tudo que foi feito por ele.

Esse não é um caso mais importante do que os que vivenciamos diariamente na Defensoria Pública: foi apenas um exemplo dentre as muitas pensões ali-mentícias, separações, reconciliações, guardas, causas envolvendo menores em situação de risco ou infração, mandados de segurança de concurso, fornecimen-to de medicamentos, possessórias, jú-ris, condenações, absolvições, recursos, orientações jurídicas, ou seja, trabalho que foi feito em favor de pessoas hi-possuficientes, exatamente para cumprir nossa função constitucional: dar condi-ção de cidadania a essas pessoas.

Assim, apesar de todas as dificulda-des que enfrentamos, nossa força e vi-gor vem da necessidade que os nossos assistidos têm do trabalho da Defen-soria Pública. E posso dizer com segu-rança (já ouvindo o coro dos colegas): tenho orgulho de pertencer e fazer parte da história de construção desta jovem e promissora Instituição.


A Corregedoria Geral da Defensoria Públi-ca, órgão da Admi-

nistração Superior da Defen-soria Pública, encarregada da orientação e fiscalização das atividades funcionais e da contuda dos membros e ser-vidores da instituição. Atual-mente sob nova direção, teve recentemente aprovados pelo Conselho Superior da DPE/AC o seu regimento interno, o que possibilitará uma atu-ação mais efetiva do órgão, especial no que concerne a expedição de atos, visando a regularidade e ao aperfeiço-amento dos serviços da De-fensoria Pública.

Segundo Gilberto Ferrei-ra, corregedor-geral ‘‘o órgão correcional tem o intuito de melhor aquilatar o trabalho realizado pelos órgão de exe-cução expediu novos mode-los de relatórios mensais,os quais de forma concisa rela-tam a produtividade dos De-fensores Públicos e também

corregedoria, um órgão fundamentalpara o trabalho do defensor

A Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Acre foi criada pela Lei Complementar Estadual nº 216/10 que alterou a Lei Complementar Esta-dual nº 258. Seu processo de implantação iniciou em julho de 2010.

A Ouvidoria é um im-portante órgão de controle interno e externo da De-fensoria que contribui com a qualidade dos serviços prestados pela instituição. Apresentando-se interna-mente como um veiculo de comunicação por meio do qual a sociedade, os de-fensores, servidores, estagi-ários podem ser manifestar e participar ativamente na construção e avaliação dos

a ouvidoria próxima do cidadão

serviços prestados pela defen-soria. Através de reclamações, críticas, sugestões, elogios e solicitações

Em 2011, foram realiza-

dos 222 atendimentos, para esclarecimentos de dúvidas e solicitação de informações.

No ano passado aconte-ceu à eleição do Conselho

Consultivo da Ouvidoria, ampliando os atores inter-venientes nas discussões re-lacionadas ao atendimento e melhoria dos serviços.

elabora no momento calendá-rio de correições e inspeções a serem realizadas nas De-

fensores Públicas do Estado, e seus órgão de execução na capital, sendo que iniciará no

final do mês de maio vindou-ro as atividades correcionais nas comarcas do interior’’.


JUNTOS JÁ ESTAMOS FAZENDO A DIFERENÇA

MUito obriGaDo!

10.promoção funcional com pagamento retroativo11.realização de concurso público para 12 cargos de defensor público (em an-damento).12.instituição do PCCR dos servidores de apoio administrativo do órgão;

quanto à perspectivas foram pontuados:1. necessidade de alteração da Lei Orgânica da Instituição;2. informatização e automação da

DPE-AC;3. instalação da disque 129;4. conclusão dos trabalhos do PCCR dos servidores de apoio adminis-trativo do órgão;5. implantação do atendimento noturno e domiciliar;

Dion Nóbrega presta conta de sua administração

O defensor-geral do Estado do Acre, Dion Nóbrega Leal, realizou no último dia 20 de março, uma reunião

de trabalho com todos os defensores públicos do Estado, oportunidade em

que apresentou a prestação e contas da Administração Superior da Defensoria Pública durante a sua gestão.

Leal demonstrou os avanços e pers-pectivas da Instituição no ano de 2011. De acordo com sua avaliação, a marca da

atual administração foi o pioneirismo e dinamismo.

O defensor público-geral agrade-ceu o apoio do governo do Estado nos avanços conseguidos. Entre os avanços alcançados destaca-se:

Nova sede da DPE-AC em Cruzeiro do Sul

Antes Atualmente

1 . melhoria da infraestrutura na capital e interior;

cessão para DPe/ac do edifício

Pe. andré ficarelli (em fase de orçamento para reforma)

2. sanção da lei 216/10;Criação e Implantação

da Ouvidoria e seu Conselho Consultivo

3. criação da ouvidoria

4. pioneirismo com a realização da pri-meira audiência pública, divulgação mensal da produtividade; divulgação do I Plano Anual de Atuação; publicação da lista de antiguidade dos membros; envio de proposta orçamentária da instituição; captação de recursos através de emendas parlamentares e apresentação de proje-tos federais; instituição da galeria dos ex--dirigentes.

Realização da 1ª Audiência Pública ocorrida no Teatrão, com o tema “AÇÕES COLETIVAS EM PROL

DA POPULAÇÃO CARENTE”

Implantação de Atendimento da DPE/AC na OCA

5. atendimento da DPE/AC na OCA;

Democratização e aproximação da Instituição com a Sociedade Civil através de reuniões com os

Movimentos Sociais

6.aproximação da instituição com autori-dades e movimentos sociais;

Lançamento do Trabalho Voluntário na DPE / AC

7. atuação da DPE-AC no Acre solidário;

Fornecimento diário de café da manhã para os assistidos pela Instituição, no edifício

sede da DPE/AC (em andamento)

9.fornecimento de café da manhã para os assistidos

8.normatização interna, com publicação de compendio contendo toda legislação do órgão;

informativo da defensoria

Documents