informativo assoceasa - 3ª edição/novembro 2011

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Informativo ASSOCEASA Ano 1 | Novembro de 2011 | Edição 3 Evento reúne funcionários das empresas da Ceasa no dia 3 de dezembro com muita música, comida e MAIS DE 100 prêmios Oitava edição da CEASAFEST, em 2010 9ª CEASAFEST Israel Vivências, evoluções e visões futuras do abastecimento da Ceasa-Campinas por ‘Zé Mineiro’ BALANÇO! Profissionais da Ceasa reaproveitam cerca de 90% dos resíduos orgânicos gerados no mercado COMPOSTAGEM Alimento milenar pode prevenir gripe, doenças cardiovasculares e até câncer ALHO

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Informativo Assoceasa distribuído nas dependências da Ceasa-Campinas. Produzido pela Nótus Comunicação Empresarial.

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Page 1: Informativo Assoceasa - 3ª Edição/Novembro 2011

InformativoASSOCEASA

Ano 1 | Novembro de 2011 | Edição 3

Evento reúne funcionários das empresas da Ceasa no dia 3 de dezembro com muita

música, comida e MAIS DE 100 prêmios

Oitava edição da CEASAFEST, em 2010

9ª CEASAFEST

Israel

Vivências, evoluções e visões futuras do abastecimento da Ceasa-Campinas por

‘Zé Mineiro’

BALANÇO!Profissionais da Ceasa

reaproveitam cerca de 90% dos resíduos orgânicos gerados no mercado

COMPOSTAGEMAlimento milenar pode prevenir gripe, doenças

cardiovasculares e até câncer

ALHO

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3A principal matéria nesta edição fala sobre a Segregação de Re-

síduos. Nos últimos anos, muito se tem feito na Ceasa-Campinas

para, principalmente, mudar a forma de percepção deste material,

deixando de ser considerado “lixo” e passando a ser visualizado

como “resíduo”. Com isso, conseguimos destinar os subprodutos do

comércio de hortifruti, em sua maioria de origem orgânica, para a

compostagem.

No entanto, ainda há uma clara falta de educação ambiental na

Ceasa e mudar este cenário é um dever de todos nós da Central, não

apenas da Assoceasa. Afi nal, o Aterro Sanitário é um dos problemas

mais sérios em Campinas e os gastos que temos com os resíduos é

uma das maiores em nosso rateio.

Estamos chegando a mais um fi nal de ano e, com ele, recebemos

com muita alegria e honra a 9ª CEASAFEST. O evento, que já virou

tradição na Central, é uma excelente oportunidade para confraterni-

zarmos e agradecermos as graças recebidas. Além disso, é a chance

de as empresas que não podem ou não têm o hábito de promover

eventos aos seus funcionários brindarem os mesmos com a Festa.

Não deixem de incentivar a participação de seus trabalhadores!

E, falando sobre os produtos comercializados na Ceasa, nesta edi-

ção abordaremos o Alho - alimento de grande importância econômi-

ca na Central e de expressiva qualidade culinária e medicinal.

Para fi nalizar, o Informativo Assoceasa deste mês abre suas

páginas para a expressão da opinião de ‘Zé Mineiro’ sobre as pers-

pectivas do mercado atual e futuro na Ceasa-Campinas. Não deixe

de ler e refl etir sobre o assunto.

Desejamos a todos uma boa leitura!

NESTA EDIÇÃO

EXPEDIENTE

Esta revista é uma publicação da Assoceasa

PresidenteMarco Antonio Adami

Produção, edição e fotografiasAna Luiza Panazzolo (MTB: 64.887)

Marcela Pastor (MTB: 64.896)

Colaboração EspecialZé Mineiro

DesignerRenato Pastor

DiagramaçãoJoão Colosalle

RevisãoJulia de Almeida

ImpressãoGráfica Silvamarts

Tiragem2.000 exemplares

CEASA - Centrais de Abastecimento de Campinas S.A.

Rodovia Dom Pedro I, km 140,5 Pista Norte, Campinas (SP)

CEP: 13082-902 Telefone: (19) 3746-1000

www.ceasacampinas.com.br

Entre em contato com a redação pelo e-mail

[email protected]

5 9ª CEASAFESTPara celebrar mais um ano de conquistas, a 9ª CEASAFEST proporciona uma tarde de confraternização e diversão aos funcionários das empresas da Central

6 É MÊS DE...Conheça os bene� cios do consumo regular do alho e as peculiaridades de seu mercado no Brasil

EDITORIAL

AÇÃO SOCIALEntenda como os detritos orgânicos da Ceasa-Campinas são des� nados corretamente para a compostagem4COM A PALAVRA...‘Zé Mineiro’ carimba a sua opinião sobre o mercado hor� fru� granjeiro local, desde a relação entre os comerciantes e os varejistas, até a futura possível busca dos permissionários pela sobrevivência

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4 Informativo Assoceasa | nº 3 | Novembro de 2011

9ª CEASAFESTEm 2011, a festa destinada aos funcionários das empresas da Ceasa será realizada no dia 3 de dezembro, no ML4 , e trará muita música, comida e mais de 100 prêmios

‘Zé Mineiro’

Idealizada e realizada especificamente em homena-gem aos funcionários do mercado hortifrutigranjeiro da Ceasa, a CEASAFEST, desde o seu início, buscou proporcionar uma maior interação entre aqueles que aqui labutam. À medida que realizamos cada evento, conquistamos esta pretensão, ao ponto de, atualmente, também contarmos com a participação dos familiares destes colaboradores, especialmente seus filhos.

Não há como deixar de agradecer a intensa partici-pação dos permissionários/empregadores adquirentes dos convites que, desde o primeiro momento, com-prometeram-se com este ideal, expressando, assim, o seu carinho e reconhecimento aos seus colaboradores. Apenas para ilustrar o sucesso e evolução do evento, na primeira edição da CEASAFEST, contamos com apro-ximadamente 700 (setecentos) participantes, enquanto que, na última edição, participaram cerca de 1.800 (mil e oitocentas) pessoas, e o que é melhor, com pratica-mente 100% de adesão dos empregadores.

De igual forma, à medida que o número de parti-cipantes foi crescendo, os prêmios sorteados também aumentaram: no último dos eventos (12/2010), além dos “shows”, com música ao vivo, som e dançarinas, sem-pre animado por grupo de samba e pagode, forró com o “Zé Paraíba” (na foto ao lado, classificado como um dos melhores da região), também houve o sorteio de 50 cestas de natal; 23 bicicletas e uma moto. Neste ano, serão sorteados mais de 100 prêmios aos participan-tes. Importante ressaltar que nunca houve problemas de segurança ou violência, tampouco desrespeito em qualquer dos eventos já realizados, o que demonstra o caráter e espírito verdadeiramente familiar da festa.

Conforme já definido e “incorporado” pelos parti-cipantes, o evento é realizado anualmente, sempre na data coincidente com o primeiro sábado do mês de de-zembro. Sendo assim, este ano, a 9ª edição da CEASA-FEST será realizada no dia 03 de dezembro, das 12h às 15h30, e deverá ocorrer novamente no ML4 , com participação e anuência da unanimidade daqueles que ocupam o referido espaço, aos quais, a organização do evento rende homenagens e o mais sincero agradeci-mento.

Divulgação

Fotos: Israel

Além de prêmios e músicas, a CEASAFEST oferece comida de qualidade em abundância aos convidados e muita

diversão para as crianças

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Leiras de compostagem

na Agrodkv, em Campinas

contribuir para a construção de socie-dades sustentáveis por meio de ações voltadas à minimização de resíduos, conservação do meio ambiente, me-lhoria da qualidade de vida e forma-ção de pessoas comprometidas com esta missão”, destaca Adriana.

Os resíduos gerados pelo comér-cio dos permissionários representam apenas 1% do volume total de suas mercadorias, mas é de grande valor nutritivo econômico. É de extrema importância compreender o lixo como coproduto e fonte de renda.

A implantação do Sistema na Cea-sa traz diversos benefícios à comuni-dade, como: redução de custos com transporte, com a taxa cobrada pela disposição dos resíduos no Aterro Delta A, com a limpeza dos galpões da Central e com a diminuição do desperdício de alimentos; economia de energia; melhor utilização dos recursos naturais por meio do uso dos resíduos orgânicos como maté-ria-prima; aumento da produtivida-de da Cooperativa de Recicláveis; e

efetivação do Programa de Parcerias e Treinamento com instituições, em-presas e comunidades.

Cenário AtualOs profissionais da Ceasa-Campi-

nas esforçam-se para fornecer enca-minhamento e so corretos a 90% dos resíduos gerados no mercado local, cumprindo a Lei dos Resíduos Sóli-dos, tratando-os como subprodutos e retornando o material à cadeia pro-dutiva. “Estamos no estágio chama-do de “containerização”, no qual há caçambas de cores diferentes para orgânicos e inorgânicos. Os orgâni-cos ficam nas caçambas azuis, que irão para a compostagem, os inorgâ-nicos ficam nas caçambas amarelas, que serão encaminhadas à Coope-rativa Unidos na Vitória. A Central passa a ter uma logística simples de coleta seletiva e de seu porte para a segregação. Caminhamos, agora, no sentido do bom aproveitamento daquilo que é devidamente segrega-do”, finaliza Adriana.

A geração desenfreada de resíduos é crescente em todo o mundo acon-tece devido ao acúmulo de recursos naturais que não conseguem ser de-gradados de forma espontânea, cau-sando o aumento de lixo.

Como forma de conter o cresci-mento de detritos, surgiu a reci-clagem, com o objetivo de coletar, separar e processar os resíduos para serem utilizados como matéria-pri-ma na manufatura de bens. “Ao fazer isso, o gestor, no mínimo, protegerá o ambiente, resgatará a cidadania e melhorará a qualidade de vida das comunidades”, defende a Engenhei-ra Pós-Graduada em Gestão e Técni-cas Ambientais com Especialização em Aterros, Adriana Campos.

No Brasil, são geradas, diariamen-te, cerca de 100 mil toneladas de lixo, sendo 60% de material orgâni-co, como restos de frutas, verduras e alimentos em geral. Desse total, apenas 1% chega a ser reciclado.

Solução na CeasaHá inúmeras soluções para o ma-

nejo de resíduos sólidos, como os aterros, a compostagem para adubo, a produção de ração para animais e a reciclagem. Na Ceasa-Campinas, mais de 80% do material gerado por mês é orgânico. Com o Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos, esses detritos são reciclados e reaprovei-tados, reduzindo os impactos am-bientais e financeiros causados pela atual disposição no Aterro Delta A.

Iniciado em 2006, o Sistema tem evoluído em busca de seu principal objetivo: reaproveitar os resíduos orgânicos gerados diariamente no mercado hortifrutigranjeiro por meio da compostagem e da produção de ração animal. “Além de resolver um problema financeiro, a Ceasa poderá

Profissionais da Ceasa-Campinas reciclam e reaproveitam cerca de 90% dos resíduos

gerados pelo mercado

Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos

9ª CEASAFEST

Divulgação

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...6 Informativo Assoceasa | nº 3 | Novembro de 2011

Com um odor singular e sabor pican-te, o alho ganhou o paladar mundial há mais de cinco mil anos, primordialmen-te dos povos mediterrâneos. Rico em vitaminas A, B1, B2 e E, além de sódio, ferro, cálcio e sais minerais, consumi-lo regularmente traz diversos benefí-cios à saúde. Segundo a nutricionista Thaís Torquato Vilela, o alho faz parte do grupo de alimentos funcionais que possuem componentes ativos capazes de auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares, infecciosas, como a gripe, e até mesmo o câncer.

“Uma característica singular do alho é a substância alicina, responsá-vel pela maioria de suas propriedades farmacológicas como, por exemplo, a prevenção da hipertensão, o auxílio no tratamento de diabetes e a dimi-nuição do risco de infarto”, explica Thaís. Além disso, ele auxilia no au-mento da longevidade e na redução do colesterol ruim (LDL). Porém, a nutricionista esclarece que, para que os efeitos benéficos do alho sejam sentidos com eficácia, é necessário o consumo de dois dentes por dia, pre-ferencialmente crus e triturados.

Apesar de o alho ser constante-mente utilizado na culinária brasilei-ra, sobretudo como tempero, muitos apreciadores deste alimento poderão ficar em dúvida sobre a sua classi-ficação no mercado de hortifrutis, ou seja, se ele é um legume ou um vegetal. Ao contrário do que muitos imaginam, o alho é uma planta que abrange mais de 600 espécies pelo mundo e é composta pelo bulbo, mais conhecido como cabeça de alho, e pelas folhas escamiformes, popularmente chamadas como den-tes de alho, que são comestíveis.

Com um preço médio de R$40 a caixa na Ceasa-Campinas, o alho passa por um processo delicado de produção até chegar ao atacado. “A

Componente diário para uma vida saudável

colheita, o corte das folhas e a limpe-za do bulbo (“cabeça” do alho) qua-se sempre são feitos manualmente. É um processo praticamente artesanal, o que demanda grande quantidade de mão-de-obra no campo. A relação trabalhador/hectare, a qual demanda o processo de produção do alho, é uma das maiores dentre as culturas no país, tornando seu cultivo grande empregador de mão-de-obra na área”, explica o engenheiro agrônomo, Thia-go Fernandes da Silva, da Cemil.

MercadoOs brasileiros consomem cerca

de 24 milhões de caixas de alho por ano, o que representa, segundo da-dos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e do IBGE (Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Esta-tística), uma média de 1,15 quilos por habitante. Deste total, 16 milhões de caixas são importadas e pouco mais de 30% são nacionais.

O mercado brasileiro de alho é di-vidido entre duas principais potên-cias: a chinesa e a argentina, sendo mais de 40% da oferta nacional pro-veniente do país oriental e mais de 20% do ocidental. O restante é pro-duzido principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país. Hoje, o mercado nacional perde cerca de R$ 1, 4 bilhões com a importação do alho e gera 56 mil empregos na China e na Argentina como reflexo de seu consumo.

Segundo Fernandes, as donas de casa brasileiras ainda têm precon-ceito com o alho nacional. “A qua-lidade do nosso alho, hoje, supera o importado, principalmente o chinês, sem falar que o preço é quase sempre mais compensador. É um produto com maior durabilidade e melhor sa-bor. Então, consumam o alho brasi-leiro!”, aconselha.

Hora da receitaAprenda a preparar um Patê de Alho

saboroso e saudável.

Bata 5 dentes de alho, 1 ricota fresca,

1 copo americano de leite desnatado

fervendo, azeite de oliva, sal e pimen-

ta vermelha a gosto no liquidificador.

Leve à geladeira em um recipiente de

vidro fechado. Pronto! Sirva com pão,

broa, torrada ou o acompanhamento

que preferir a qualquer hora do dia.

Bom apetite!

AlhoNo Egito An� go, o alho era considerado um dos mais fortes tônicos alimen� cios. Com isso, os faraós compravam o produto a peso de ouro para distribuir entre os seus escravos com o obje� vo de melhorar a sua saúde e aumentar a sua força � sica.

Você sabia?

?No Egito An� go, o alho era ?No Egito An� go, o alho era considerado um dos mais ?considerado um dos mais fortes tônicos alimen� cios. ?fortes tônicos alimen� cios. Com isso, os faraós ?Com isso, os faraós compravam o produto a ?compravam o produto a peso de ouro para distribuir ?peso de ouro para distribuir entre os seus escravos com ?entre os seus escravos com

Você sabia?

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8 Informativo Assoceasa | nº 3 | Novembro de 2011

Análise atual da comercialização e as perspectivas futuras da Ceasa-Campinas

‘Zé Mineiro’

Na primeira edição do Informativo Assoceasa, foi publicada uma matéria sobre o abastecimento de Campinas desde a década de 60 até os dias

atuais. Muitas foram as transformações: saímos do Mer-cadão Velho, fomos para a CEAB (Jardim do Lago) e, por último, para a atual Ceasa-Campinas.

O desenvolvimento foi grande, pois, a cada fase, cres-cíamos na comercialização e justificamos o investimen-to feito pelo Governo Federal. Saímos da regionalidade e passamos a ter intercâmbios com todos os estados, importamos e exportamos, crescemos na mentalidade, aceitamos a modernidade e, o mais importante, fomos empreendedores e investidores, o que permitiu um rele-vante aumento das áreas físicas da Ceasa com as cons-truções dos primeiros pavilhões: PB-1 e PB-2, recursos frutos do nosso trabalho e do nosso suor. Investimentos que permitiram à Prefeitura Municipal de Campinas au-mentar o seu patrimônio, porém, como forma de retri-buir estes investimentos, adquirimos o direito de ponto comercial, sendo que logo em seguida construímos mais pavilhões, como o GP-3, ML-4, ML-2, ML-1 e aumentamos as plataformas dos boxes.

Porém, cabe destacar a construção do GP-4, que foi feita na gestão do prefeito Magalhães Teixeira pela cons-trutora Ronizan, responsável pela venda dos boxes. Essa construção veio em um momento inoportuno, pois mal estávamos inaugurando o PB-1 e o PB-2 e já tivemos que aceitar o inchaço de áreas disponíveis para comerciali-zação, já que naquele momento não havia perspectiva de aumento de demanda, ou seja, de clientes que justi-ficassem a construção do GP-4, que levou muitos anos para se solidificar.

Vamos nos ater a este momento para a análise da atual situação da comercialização da Ceasa-Campinas, onde mais de 600 permissionários de hortifruti disputam os clientes disponíveis para vender seus produtos.

As grandes redes de varejo detêm um amplo percen-tual (de 60% a 70%) dos atendimentos à população. Possuem um marketing poderoso para atender as vaida-des de consumo das donas de casa e atribuem grandes margens de lucro aos seus produtos. Porém, oferecem muitas promoções, principalmente no hortifruti, que normalmente vendem pelo mesmo custo, ou até abaixo, ignorando os maiores prejudicados: o produtor, que vê seus produtos depreciados nas gôndolas dos supermer-cados, e nós, comerciantes, vendendo muitas vezes com pequenas margens de lucro.

À medida que uma grande rede compra empresas que crescem na distribuição de varejo, ocorre uma diminui-ção do potencial de vendas dos 600 permissionários, a exemplo dos Supermercados Brotense, J A Matheus, em Vinhedo, e do Varejão Cambuí, entre outros. Afinal, as grandes redes compram os produtos de maior giro dire-tamente das fontes produtoras ou dos poucos permis-sionários da Ceasa.

Existe a possibilidade de aumento na demanda, ou seja, da vinda de novos clientes representativos para a Ceasa?

A vinda de clientes representativos de outros locais seria difícil, pois da maneira que nossos atuais clientes são disputados, os outros mercados não deixariam de perder os seus clientes.

A nossa oferta geral de produtos possui equilíbrio na

procura, ou seja, na demanda?No nosso mercado, normalmente, oferecemos mais

O QUE MUDOU COM O TEMPO?

QUESTIONAMENTOS SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA CEASA-CAMPINAS

O desenvolvimento foi grande pois, a cada fase, crescíamos na comercialização e justificamos o investimento feito pelo Governo Federal

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Novembro de 2011 | nº 3 | Informativo Assoceasa

Análise atual da comercialização e as perspectivas futuras da Ceasa-Campinas

produtos do que a demanda, fazendo com que a dis-puta entre os permissionários diminua os seus lucros, principalmente dos médios e pequenos comerciantes da Ceasa.

Desperdício representa prejuízo aos comerciantes?Sim. Porém, o projeto ISA representa a solidariedade

dos comerciantes nas doações de suas sobras. Se o ISA tem arrecadado por mês 300 toneladas, ao longo do tem-po, entende-se que há prejuízo para os comerciantes.

Você, pequeno e médio comerciante, consegue admi-nistrar detalhes do seu negócio?

Dirijo-me aos pequenos e médios comerciantes, sem-pre aguerridos no trabalho a que se dedicam, porém, vendem seus produtos com pouca margem de lucro, nem sempre fazendo face às suas despesas, que aumentam a passos largos. Um exemplo é o custo de Permissão de Uso da Ceasa, que nunca deixou de aumentar, além de outras despesas normalmente mal analisadas pelos co-merciantes. O resultado no fim do mês não é suficiente para valorizar os sacrifícios das madrugadas e da carga horária de trabalho. Enquanto o seu tomatinho cereja é vendido na Ceasa por R$1 o pacote, o mesmo é reven-dido nas grandes redes por R$4,50. A batata que ven-demos a R$0,80, é revendida a R$2 ou R$2,50 o quilo. Isso quando não estão em promoções nas grandes redes, prejudicando os produtores.

Quais são os clientes que satisfazem os mais de 600 comerciantes da Ceasa?

São os pequenos e médios clientes que devem repre-sentar de 40% a 60% da comercialização na Ceasa. No entanto, 50% são direcionados à venda para as grandes redes de varejo atendidas por poucos comerciantes, que estão estruturados para receber as exigências dessas

empresas, como devoluções de mercadorias, grandes descartes, longos prazos, oferecimento de funcionários para abastecer suas gôndolas, entre outras.

> Conhecer bem o volume de vendas e ser capaz de evitar sobras;

> Fazer parceria com seu concorrente de ramo para compra conjunta de determinados produtos, evitando que este seja seu inimigo e que incorra em sobras no estoque;

> Aumentar sua margem de lucro para fazer face ao aumento das despesas que nunca abaixam. Exemplos: combustíveis, carga e descarga, impostos, permissão de usona Ceasa e outras;

> Procurar entendimentos com os concorrentes de ramo para melhorar a margem de lucro e não fazer deles inimigos.

SUGESTÕES PARA A SOBREVIVÊNCIA FUTURA DOS NOSSOS COMERCIANTES

Saímos da regionalidade e passamos a ter intercâmbios com todos os estados, importamos e exportamos, crescemos na mentalidade, aceitamos a modernidade e, o mais importante, fomos empreendedores e investidores

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Ótimas lembranças!

Em 06 de outubro de 2011, a Ceasa-Campinas perdeu um dos permissionários iniciantes do mercado hortifrutigranjeiro local, e a Assoceasa, um de seus principais fundadores. Pedro Barbutti, proprietário da Frutícola Agabê, deixa saudades e ótimas recordações aos familiares e amigos. “Agradecemos por seu contínuo companheirismo e por sua colaboração para o crescimento do mercado”, Assoceasa.

Desperdício nacional

O III Simpósio Brasileiro de Pós-colheita de Frutas revelou que o Brasil tem perdas de 5,1 milhões de toneladas de frutas por ano, o que representa quase um terço da produção nacional e cerca de US$2,3 bilhões. Grande parte deste prejuízo deve-se a ineficazes seleções e classificações das frutas, embalagens, transportes e exposições inadequados nos pontos de venda e excessivo manuseio dos produtos pelos consumidores.

Mercado da banana

O valor da banana nanica deve continuar elevado até o fim de 2011 decorrente da baixa oferta do produto em todas as regiões produtoras. No Vale do Ribeira, embora os preços estejam acima da estimativa de custos, os gastos com as recentes enchentes devem limitar a rentabilidade de parte dos produtores na praça paulista este ano.

Informativo Assoceasa | nº 3 | Novembro de 2011 NOTAS

O dia a dia na Ceasa

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