informação 4º edição

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Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno LONDRINA, MAIO de 2015 - Nº 04 O pré natal garante que mãe e bebê passem bem pelos nove meses de gestação. Ele também ajuda a esclarecer as dúvidas dos futuros pais da melhor maneira possível. Preconceito Social Pré natal: cuidado em dose dupla Bruna Ferrari Surgindo a partir de estigmas e rótulos, o preconceito social é uma realidade na vida dos moradores do Vista Bela e, além de influenciar a vida pessoal, afeta o desenvolvimento profissional dos moradores. Pág. 10 Pág. 02 ESPECIAL ESCOLA DIST. O InformAção deste mês traz para você uma série de matérias especiais sobre a escola do Projeto DIST, falando sobre o método de ensino, o espaço das crianças e ainda, histórias de pessoas que resolveram encarar o desafio de voltar para a sala de aula. Pág. 03

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O Jornal InformAção é o veículo de comunicação do Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Território (DIST) do Residencial Vista Bela e seu entorno. Além de abordar as ações do projeto, o jornal conta com pautas que foram escolhidas junto com o Comitê de Comunicação, que é formado por moradores dos territórios que estão envolvidos com as atividades do DIST.

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Page 1: Informação 4º edição

Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno

LONDRINA, MAIO de 2015 - Nº 04

O pré natal garante que mãe e bebê passem bem pelos nove meses de gestação. Ele também ajuda a esclarecer as dúvidas dos futuros pais da melhor maneira possível.

Preconceito Social Pré natal: cuidado em dose duplaBruna Ferrari

Surgindo a partir de estigmas e rótulos, o preconceito social é uma realidade na vida dos moradores do Vista Bela e, além de in� uenciar a vida pessoal, afeta o desenvolvimento pro� ssional dos moradores. Pág. 10Pág. 02

ESPECIAL ESCOLA DIST. O InformAção deste mês traz para você uma série de matérias especiais sobre a escola do Projeto DIST, falando sobre o método de ensino, o espaço das crianças e ainda, histórias de pessoas que resolveram encarar o desafio de voltar para a sala de aula. Pág. 03

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2MAIO de 2015

Expediente Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno

Coordenação projeto DIST: Ciliane Carla Sella de Almeida

Equipe Projeto DIST: Gracielli Aparecida de Souza, Rosemari Friedmann Angeli, Mara Regina Rodrigues e Cristiana dos Anjos.

Equipe de Comunicação do DIST: Tatiana Fiuza (MTB - JP03813DF), Bruna Ferrari, Luiza Belloto (estagiária) e Marcos Gomes (estagiário)

Diagramação: Bruna Ferrari

Comitê de Comunicação do território atendido pelo DIST: Ana Lucia

Cardoso, Diego Rossi, Edileusa S., Felipe Oviedo, José Vannelço, José Silvestre Gonçalves Leandro Claudino, Luiza Ap. da Silva, Maria Eliza da Silva, Vanda Alves.

Parceiro gestor: Instituto PólisCoordenadora geral Instituto Pólis: Margareth Uemura

Sede DIST: Avenida Giocondo Maturi 731, Jardim Maria Celina(43) 3327-6421 - CEP: 86081-542

Impressão: Editora e Gráfica Paraná Press S/A - GRAFIPRESSTiragem: 2.000 exemplares

Financiador:

Cuidado em dose dupla: Pré-natal é direito e dever da gestante

Além de garantir a saúde da mãe e do bebê, o pré-natal é uma oportunidade de tirar as dúvidas que podem surgir durante a gravidez

Marcos Gomes e Bruna Ferrari

Deu positivo. E agora? O que fa-zer com a nova notícia da gestação? Escuta aqui, acolá, ouve de tudo, lê mais um pouco na internet. Mas, como será, quando será a dor, como criar essa criança?

Layana Fernanda da Silva, de 33 anos, grávida de gêmeos, dá a dica: pré-natal. “A cada consulta adquiro mais conhecimento”, explica a mo-radora do Vista Bela, que vai men-salmente às consultas. “Vejo que é importante, pois a mulher não pode tirar dúvidas com qualquer pessoa”. Fazendo o acompanhamento desde o início da gestação, Layana salienta que “o pré-natal é bom porque, às vezes, não se sabe o que fazer quan-do fica grávida!”

Nove meses de cuidados e atenção

O pré-natal é o acompanhamento médico que toda futura mamãe deve fazer para garantir que a gestação ocorra da melhor maneira possível. De acordo com o ginecologista e obstetra da Unimed, Sérgio Parrei-ra, é o início de um novo ciclo, que merece muita atenção. “A gestante está exposta a algumas doenças que podem levar a complicações, assim,

deve realizar exames, consultas e ter aconselhamentos que auxiliem as boas condições da mãe e do bebê”, salienta.

Segundo o médico, mesmo as ges-tantes que não tiverem dor ou in-cômodo devem realizar o acom-panhamento. “Muitas doenças são silenciosas, sem sintoma claro. A diabetes durante a gestação é um exemplo. Nesse caso, o bebê é afe-tado diretamente com diversas com-plicações”, afirma.

Além das mudanças físicas, o perío-do de gravidez é também marcado por questões emocionais e afetivas, de acordo com o médico, o que torna muito importante a participação do companheiro ao longo dessa expe-riência. “O casal engravida. Quanto mais presente o pai, parceiro da ges-tante estiver da realidade da compa-nheira, mais segura ela vai se sentir”, enfatiza. “Esse comportamento do pai se reflete até mesmo no pós-par-to, o desenvolvimento da criança é diferente”, completa.

Da confirmação ao atendimento

A coordenadora de Saúde da Mu-lher da Secretaria de Saúde de Lon-drina, Lilian Nellessen, explica que

após perceber alguns sinais que in-diquem gravidez, como o atraso da menstruação, a mulher pode procu-rar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para fazer o teste rápido ou do exame laboratorial que irão con-firmar a gestação. “A primeira con-sulta do pré-natal, na maioria das vezes, se dá no mesmo dia da rea-lização do teste rápido de gravidez. Já a quantidade de atendimentos durante os nove meses varia de mãe para mãe, de acordo com as particu-laridades da gestação”, diz a coorde-nadora.

Em Londrina, todos os postos de saúde oferecem o acompanhamen-to, que segundo Lilian, é a primeira responsabilidade da mulher como mãe. “O pré-natal é direito de toda gestante, mas ao mesmo tempo é um dever para garantir a saúde da mãe e do bebê.”

Além do médico obstetra, o aten-dimento pré-natal é feito por vários profissionais da saúde, como o au-xiliar de enfermagem, enfermeira, dentista, agente comunitário de saú-de e equipe do Núcleo de Assistên-cia à Saúde da Família (NASF). Em casos de gestação com maior risco, as grávidas também dispõe do atendi-

mento do Consorcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar), do Hospital das Clíni-cas (HC) e do Ambulatório Alto da Colina, que possuem estrutura apro-priada para essas gestantes.

Cursos de gestantes em Londrina

Compartilhar experiências com outras gestantes e conversar com profissionais pode trazer muitos benefícios para a gravidez, por isso, o InformAção trouxe três opções de cursos realizados em Londrina:

- O Curso para Gestantes do Hos-pital Evangélico de Londrina (HE) ocorre a cada dois meses, é gratuito e aberto à comunidade. É necessária a inscrição prévia no site www.aebel.org.br. São 60 vagas para gestantes, mais os acompanhantes. Informa-ções pelo telefone (43) 3371-2704.

- O Curso para Gestante do Hospi-tal Universitário (HU) é gratuito e direcionado às gestantes do 4º ao 7º mês, que estejam fazendo o pré-natal e que não não apresentem riscos na gestação. A próxima turma começa em junho. As inscrições podem ser realizadas pelo telefone 3371-2704.

- No Centro Espírita Meimei, uma nova turma do curso de gestantes começa em agosto. O curso é gra-tuito e orienta em questões nutricio-nais e demais aspectos da gravidez. As gestantes também ganham peças de roupas para o bebê a fim de aju-dar no enxoval. O Centro fica na rua Iapó 130, no bairro Vila Nova. Mais informações no celular (43) 9660-4110.

Execução:

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3MAIO de 2015

Projeto DIST e Sesi fazem do ensino de adultos uma parceria de sucesso

Organização das aulas foi pensada para atender demandas específicas do territórioLuiza Bellotto

Voltar a estudar é o sonho de muita gente. Nem sempre esse desejo é realizado, seja por falta de tempo ou falta de condições. Mas nos bairros atendidos pelo Projeto DIST um grande passo já foi dado: foram montadas turmas de ensino fundamental e médio para jovens e adultos poderem terminar sua escolaridade.

O programa de volta as aulas é uma parceria do Projeto DIST com o Sesi, por meio do programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA). Ao todo, são mais de 90 pessoas que voltaram para as salas de aula e mais de 50 já se matricularam para a nova turma, que tem previsão de início para este mês de maio.

Inicialmente, o Projeto DIST fez um levantamento de interesse pelos bairros, entregando folhetos em igrejas, mercados, creches e ruas. Os dados coletados contabilizaram uma média de 300 pessoas interessadas em reingressar nos estudos.

Após essa ação, a coordenadora pedagógica do Projeto, Rosemari Friedmann, começou a levantar possibilidades de como integrar os adultos novamente à vida escolar. “Procuramos a rede estadual e o Sesi, mas o Sesi nos oferecia flexibilidade de horários, pronto atendimento e menos dias de presença de escola, facilitando, assim, aos estudantes. Além disso, o Sesi tem uma respeitável experiência com adultos. É um parceiro muito privilegiado nesse sentido”, afirma.

Metodologia

As turmas são divididas entre ensino fundamental e médio e os alunos têm aulas por blocos. Em um espaço de tempo determinado, os estudantes aprendem toda a matéria de História de acordo com o nível de escolaridade (ensino fundamental ou médio); assim que acabarem esse bloco de disciplina, eles passam a ter Sociologia, depois Matemática, Português e assim por diante. Esse método de ensino se chama “blocagem” e é feito dessa forma para facilitar a rápida aprendizagem dos adultos. Além disso, as aulas não acontecem todos os dias, mas sim

três vezes por semana, facilitando para aqueles que têm que conciliar trabalho e estudos.

De acordo com Kelly Carolina Bernini, coordenadora pedagógica do SESI – Londrina, a metodologia chamada “SESI Educa” também abrange materiais específicos para adultos que reingressaram na escola, com linguagem, exemplos e conteúdos voltados para eles. “Nessa metodologia, a carga horária semanal e diária são adaptadas de acordo com as necessidades dos alunos, para melhor aprendizagem e aproveitamento”, completa. Para ela, voltar a estudar melhora a qualidade

de vida e o desenvolvimento pessoal e profissional dos moradores do bairro. “O objetivo do EJA é a elevação da escolaridade e o Projeto DIST está possibilitando isso através da parceria com o SESI”, reforça.

Educação de adultos

Camila Tozatti, professora de Matemática do EJA do Vista Bela, vê com bons olhos a iniciativa e a predisposição dos alunos a voltarem a estudar. De acordo com ela, o adulto, com sua maturidade, vê a importância de estudar e se dedica ainda mais para isso. “Os alunos vão melhorar seus currículos para ter melhores posições no mercado de trabalho. Além disso, podem estar mais próximos dos filhos sendo que agora, com mais conhecimentos, podem ajudar as crianças também no seu desempenho escolar”, acrescenta.

Analú Felix Igarashi, professora de Sociologia, também entende a volta às aulas de forma positiva, afirmando que, nesse caminho, a realidade social em que eles vivem pode mudar. Em suas aulas, a professora passa mais que conteúdo: passa esperança e crescimento. “Tento fazer com que eles se reconheçam indivíduos atores de uma história ao qual eles fazem parte e que também podem ser agentes transformadores reconhecedores de seus deveres e direitos, exercendo assim sua cidadania plena”, salienta. “Dar aula no Vista Bela está sendo a reafirmação do que acredito ser a educação, vendo nitidamente a transformação e o crescimento intelectual e social desses alunos”, finaliza.

Fotos: Bruna Ferrari

Turmas do ensino fundamental e médio do programa de Educação para Jovens e Adultos que conta com carteiras doadas pela Secretaria de Educação

Page 4: Informação 4º edição

4MAIO de 2015

De volta para a sala de aula Depois de anos longe da escola, eles resolveram encarar a sala de aula novamente. As

responsabilidade da vida cotidiana pedem que esse retorno tenha ainda mais coragem e dedicação. Por que voltar? O que muda na vida? E o mais importate, o que esperar do futuro?

Conheça a história de pessoas que abraçaram essa segunda chance.

Edileusa Siqueira Alves, 37 anos Moradora do Vista Bela, mãe de trê s filhos Cursando o ensino fundamental

Por que voltar?Porque eu olho para a minha vida e eu não me realizei, acredito que eu tenho um potencial muito grande ainda. Eu gosto muito de ler, mas casei muito cedo e depois, não podia deixar meus filhos para estudar. Agora, com eles maiores e com o projeto perto, não tem desculpa. Cada dia que eu venho sinto minha mente abrindo e é muito gratificante sair daqui com a sensação de ter aprendido alguma coisa. Você vai para casa animada.No começo desse ano, eu não estava muito bem, estava meio com depressão, mas resolvi que não iria tomar remédio para não ficar escrava dele, então leio, converso com as pessoas, problema todo mundo tem, mas tem que pensar que amanhã vai estar melhor.

RotinaTive que abrir mão de algumas coisas para estudar, como alguns trabalhos e também não tenho mais tempo para pensar em nada, porque além da aula, estou fazendo um curso aos sábados. Eu trabalhava nos fins de semana e com a escola e o curso, agora não dá mais. Esses tempos recebi uma oferta de trabalho boa, até conversei com a professora sobre isso e ela me disse que apesar de precisar de dinheiro, eu não devia trocar meus estudos, porque o emprego fica e pode passar já a escola não. Uma coisa que me incentivou muito foi meu filho, que está se empenhando na escola também e quando soube da proposta de trocar o estudo pele emprego, me disse para não parar de estudar, porque lá na frente eu iria conseguir algo melhor. Ter voltado a estudar também mostra para eles a importância do estudo.

FuturoTenho metas para esse ano. Terminar meu curso, fazer provão e Enem no fim do ano, quero ser uma mãe melhor, cuidar mais da saúde. A gente tem que ter metas, tem que tentar pelo menos. Voltar a estudar somou muito na minha vida. Meu sonho é fazer técnica em logística e me vejo fazendo isso para trabalhar em lugares grandes, grandes empresas. Então é isso que vejo, quando começo a pensar nos problemas e nos perrengues. É nisso que penso, me apego naquilo que quero.

Bruna Ferrari

Iranida Pereira dos Santos Agapito, 47 anosMoradora do Maria Celina, mãe de três filhos Cursando o ensino fundamental Por que voltar?Sai da escola porque naquela época meu pai tirava da escola para trabalhar, parei com 11 anos, fiz até a 4 série e agora vou terminar. O meu esposo fez a matrícula, mas não quis voltar, ele me apoia e me dá força. Ele diz que não sabe de onde eu tiro o pique de chegar cansada em casa e sair correndo para vir. Eu fiquei muito tempo parada, sem estudo e peço força para Deus não me deixar desistir. Está sendo corrido, mas estou adorando, quero ir até o fim.

FuturoQuero terminar o ensino médio e fazer algum um curso. Trabalho como zeladora e lá você tem muita chance de crescer, mas eu não sei nada, então eu quero aprender. Talvez um curso de secretária, vou investir nisso, porque até onde eu puder ir, estou indo.

Iranida Pereira dos Santos Agapito, aluna do ensino fundamental do programa de Educação para Jovens e Adultos no Vista Bela.

Fotos: Bruna Ferrari

Page 5: Informação 4º edição

5MAIO de 2015

Renata Riedlinger, 35 anos. Moradora do Vista Bela. Está cursando o ensino médio. Por que voltar?Adoro estudar, só estava faltando oportunidade, então essa eu tive que abraçar, ainda mais que têm cursos aparecendo também. É uma experiên-cia nova e estou gostando muito.Nunca deveria ter saído da escola, deveria ter ouvido minha mãe, sem estudo a gente não consegue nada. Mas o importante é que eu voltei, não é fácil, mas depois tem suas compensações. Na vida nada é fácil, tem que estudar e batalhar. O difícil mesmo era não ter escola, professor e opor-tunidade.

FuturoDepois que eu me formar ainda não decidi o que vou fazer, mas quero duas coisas, assistência social ou técnica de enfermagem.

Tânia Paula Rodrigues de Lima, 38 anos. Moradora do Vista Bela, mãe de dois filhos. Está cursando o ensino médio.

Por que voltar?Voltei a estudar porque achava que precisava. Vi vários colegas voltando a estudar a acabei voltando com eles. O difícil mesmo é fazer as provas (ri-sos), mas vir para a escola é fácil. Antes eu não gostava, não ficava nem na sala de aula, agora é diferente, é bom aprender e acho que pode influenciar minhas filhas nos estudos também.

FuturoDepois que eu me formar, quero fazer o curso de assistente social.

Vanessa Carolina Prates Rocha, 24 anosMoradora do Vista Bela, mão de um filho Cursando o ensino fundamental Por que voltar?Resolvi voltar a estudar para melhorar a vida. Hoje trabalho como diarista. Sei que é uma profissão que dou conta enquanto sou nova, mas não quero passar o resto da vida fazendo isso, tenho vontade de fazer uma faculdade, meu sonho é cursar Direito. Eu me arrependo muito de ter parado de estudar, tinha 16 anos e nem sei porque parei. Minha vontade de estudar vem de alcançar meu sonho, que é prestar um vestibular e entrar na UEL (Universidade Estadual de Londrina). Eu tinha dificuldade de voltar por causa do meu filho, mas com a Luiza atendendo fica mais fácil, sei que ele está sendo bem cuidado, foi um incentivo.

RotinaSempre pensei em voltar e já voltei algumas vezes, mas acabava parando de novo, porque daí casei e tinha casa, filho, mas agora com meu marido voltamos a estudar juntos. É um pouco corrido, mas a gente sabe que um ano passa tão rápido e minha força de vontade vem disso também, saber que hoje pode estar sendo cansativo, mas que vai passar rápido e quando eu olhar já vou estar com meu diploma na mão, se Deus quiser!

FuturoA gente tem que ter formação e ser realmente qualificado, cada vez mais, tanto que pretendo não parar de estudar, vou adequar a minha vida, fazer faculdade, pós. Não quero mais parar de estudar, porque sempre gostei, o mundo não para de evoluir e a gente não pode parar de adquirir conhe-cimento.

Tânia Paula Rodrigues de Lima (esq.) e Renata Riedlinger (dir.), alunas da turma de ensino médio do programa de Educação para Jovens e Adultos.

Vanessa Carolina Prates Rocha, aluna do ensino fundamental.

Fotos: Bruna Ferrari

Fotos: Bruna Ferrari

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6MAIO de 2015

Márcia do Nascimento Motelevicz, 38 anos Moradora do São Jorge, mãe de três filhosCursando o ensino fundamental

Por que voltar ?Resolvi voltar a estudar porque me fazia muita falta, faz muita falta. O estudo e o aprendizado são tudo. Você nunca sabe tudo, sempre precisa aprender mais e mais. Estou feliz por ter voltado.

RotinaTenho uma mercearia e trabalho nela durante o dia, venho para a aula de noite. O difícil de vir é que eu moro longe, mas é a única dificuldade. Estou até me acostumando, cada dia parece que o caminho fica mais curto e vale a pena vir, porque acho tudo que a gente aprende, lá no futuro, vai nos beneficiar de alguma forma. Parei de estudar muito cedo, por ter que começar a trabalhar e depois me casei e tive filhos, tudo colaborou para que eu parasse, mas agora eu tenho essa oportunidade.

FuturoPenso em terminar o ensino médio e talvez fazer uma faculdade, talvez Pedagogia, porque eu gosto de mexer com pessoas, principalmente com crianças. Gosto de estar no meio de pessoas e aprender cada vez mais, porque além do que a gente tem pra ensinar, a gente tem para aprender. Para quem parou de estudar e pensa que é tarde ou que não vale mais a pena, sempre vale a pena e nunca é tarde para ir para frente.

Amafalda Dias, 51 anos Moradora do Ana Terra, mãe de quatro filhosEstá cursando o ensino fundamental Por que voltar?Resolvi voltar a estudar porque é uma coisa que levanta a auto-estima. Deixei de fazer isso no passado e me arrependi, não devia ter parado nunca e hoje me faz muita falta, tanto na parte de trabalho, como nas coisas que a gente faz, tipo banco que não se consegue entender. São muitas coisas que a gente deixa de saber porque não tem um pouco de estudo.

Eu parei na 5º serie, mais ou menos, e agora que meus filhos estão grandes, resolvi voltar a estudar. Levanta a auto-estima, que já sofre bastante como mulher, dentro de casa, cuidando de filho, de marido, às vezes até apanhando. Tudo isso eu passei e hoje sinto uma emoção muito grande de fazer o que estou fazendo.

Tenho um pouco de dificuldade na hora de voltar para casa, porque vou embora sozinha, mas vou superar. Falo para meus filhos, estudem, mais nada. Fiquei 18 anos parada, sem fazer nada da vida, só cuidando da casa, que meu marido achava que mulher tinha que ficar em casa, mas agora eu sinto que estou pronta. É uma emoção muito grande falar que vou me arrumar para ir na escola, estou fazendo com muita vontade, não é só necessidade. É vontade, inspirou em mim e falei: vou estudar

FuturoQuero terminar o ensino médio e quero fazer alguma coisa, prestar um vestibular, são tantas opções. Quem sabe Administração. Se Deus permitir que eu chegue até lá, eu quero fazer. Eu falo para as pessoas: venham estudar!

Márcia do Nascimento Montelevicz, aluna do ensino fundamental no EJA oferecido pelo Projeto DIST em parceria com o SESI

Amafalda Dias, aluna da turma do ensino fundamental

Fotos: Bruna Ferrari

Fotos: Bruna Ferrari

Page 7: Informação 4º edição

7MAIO de 2015

Carla Cristina Kurschat, 27 anos. Moradora do Vista Bela, mãe de quatro filhos. Cursando o ensino médio.

Por que voltar?Resolvi voltar a estudar para ter um futuro melhor, mais qualidade de vida.

RotinaOlha, é cansativo sim, mas eu vejo que no fim do dia me sinto bem porque aprendi muita coisa, fiz amigos novos e a professora é muito boa. Isso incentiva a gente a vir. As pessoas são legais, te tratam bem. Acho que eu vou me formar e vejo um futuro melhor para mim e para a minha família.Como meu marido trabalha até mais tarde tem dia, se não tivesse isso de cuidar das crianças eu não poderia ter voltado. Meu marido me apoia e estou incentivando ele a voltar, ele está providenciando os documentos. Consegui convencer algumas amigas minhas também.

FuturoPenso em fazer uma faculdade e ter um emprego melhor. Quero fazer faculdade de Serviço Social.

Cleiton Fernando Figueiredo, 31 anos. Morador do Violim, pai de um filho. Cursando o ensino médio.

Por que voltar?Acredito que a educação é uma ferramenta transformadora e nunca é tarde para você obter conhecimento. Quando você começa a aprender, vários leques e fontes vão se abrindo. Tenho um filho e quero deixar um legado de conhecimento e estudo para ele. É cansativo, mas apesar de tudo é compensador. Na sala a gente interage, cada aula uma coisa nova e você sabe que não está ali à toa, estou ali focado em um objetivo.

FuturoQuando terminar, penso em prestar um vestibular e talvez fazer Assistência Social ou Direito. Tem tempo para escolher ainda, muita coisa para aprender, para ler e ouvir, até lá eu descubro o que quero.

Márcio Rodrigues Rocha, 37 anos. Morador do Maria Celina, pai de quatro filhos. Cursando o ensino fundamental.

Por que voltou?O mercado está pedindo bastante estudo e na como não consegui termi-nar antes, voltamos a ativa agora. As coisas estão muito informatizadas hoje em dia, temos que ter um certo conhecimento. Eu mexo com de-senho, trabalho na área de metalúrgica e sou mecânico de manutenção, precisa saber interpretar.

RotinaÉ bem corrido, se eu tivesse que vir de ônibus não daria tempo. Tem dia que chego aqui e a professora começa a falar e minha cabeça gira, mas paro, respiro e vai melhorando. Está sendo difícil, mas não vou parar, vou até o fim. O pessoal é gente boa e a professora não é dez, é mil! Já é parte da família!

FuturoA única coisa que ninguém tira da gente é o conhecimento e o que a gente está aprendendo aqui, consegue passar para os nossos filhos também.

Gislene Aparecido de Oliveira Rocha, 39 anos. Moradora do Maria Celina, mãe de quatro filhos. Cursando o ensino fundamental.

Por que voltar?Voltei porque quero prestar concurso. Então tem que estudar e fui junto com ele [marido] porque assim a gente dá força um para o outro.A minha menina do meio está no 6º ano e algumas coisas que a gente aprende aqui, acaba passando para ela.

RotinaAcaba ficando bem corrida a rotina, mas quando chego aqui na escola é bom. A professora tem paciência de explicar e sempre pergunta se a gente entendeu mesmo ou se ficou com alguma dúvida.

FuturoNão pode parar agora, que se parar dá desânimo, então vou terminar o ensino fundamental e o médio e quero prestar concurso para trabalhar em escola, eu acho.

Márcio Rodrigues Rocha e Gislena Aparecido de Oliveira Rocha, casados e alunos do ensino fundamental do EJA.

Carla Cristina Kurschat e Cleiton Fernando Figueiredo, alunos do ensino médio

Fotos: Bruna Ferrari

Fotos: Bruna Ferrari

Page 8: Informação 4º edição

8MAIO de 2015

Espaço de estudos de adultos conta com acolhimento para crianças

Para atender as necessidades do território, o Projeto DIST criou uma alternativa para que os pais frequentem as aulas e não têm com quem deixar seus filhos

Bruna Ferrari

Algumas vezes, a decisão de voltar a estudar pode ir além da vontade de concluir um ensino médio ou fundamental. Pais que têm crianças pequenas ou mes-mo filhos mais velhos, mas que ainda não têm idade adequa-da para ficar em casa sozinhos, nem sempre contam com ajuda de familiares ou amigos para dispor do tempo necessário para frequentar a escola.

Essa realidade foi um dos fatores que fez com que a meta 4 do Projeto DIST, o Volta às Aulas, contasse com o acolhimento para as crianças que não tinham com quem ficar durante o período de estudos dos pais. Assim, três vezes por semana, das 19h às 22h, as crianças ficam sob os cuidados de Luiza Aparecida

da Silva e Vera Lucia Bertocio, profissionais que trabalham na área há mais de 10 anos.

Luiza é servidora pública e há 23 anos trabalha em creches na cidade. Atualmente, além de cuidar do acolhimento do projeto, é agente de gestão pública em uma creche no Vista Bela, bairro onde mora. “Tem criança que chegou aqui toda tímida e hoje já participa, já se integra. A gente vai falando, ensinando. Assim como eu ensinei meus filhos e ensino as crianças na creche, procuro passar algumas coisas para eles, por mais que o tempo seja curto, a gente tenta ensinar a respeitar os amigos e a ter valores”.

O grupo de crianças fica na sede do Projeto DIST, próximo ao local das salas de aula e conta

com pequenos de 2 até os maiores de 14 anos. Por ser um espaço aberto para os pais trazerem seus filhos no período em que estão na escola, o número de crianças não é sempre o mesmo, mas de acordo com Luiza, mantêm uma média de 16 crianças, chegando a 20 em alguns dias. O lanche é feito em colaboração com os pais e dividido entre todos.

Além de Luiza, a professora Vera Lucia é a outra responsável pelo acolhimento. Trabalhando a há mais de 13 anos em escolas, ela conta como é prazeroso e o laço afetivo que se forma com eles. “A gente se torna criança de novo porque brinca. Quando chegam, eles deixam de lado qualquer problema e são crianças. Interagem, aprendem a se respeitar e a conviver. Vemos

que eles gostam de estar aqui, sempre perguntam se amanhã vai ter mais”.

Durante as três horas que per-manecem no projeto, as crian-ças contam com materiais de pintura, livros e brinquedos que foram comprados pelo DIST ou doados para o acolhimento.

Luiza destaca que a confian-ça dos pais é um retorno mui-to bom e que ajudar a voltarem para a escola é o mais gratifi-cante. “Eu posso fazer por eles o que fizeram por mim um dia. Eu e uma vizinha nos ajudáva-mos. Como ela saia muito cedo pra trabalhar, eu cuidava da filha dela e deixava na creche e ela fi-cava com meus filhos para eu es-tudar. Assim terminei o ensino médio”, lembra Luiza.

Luiza Aparecida da Silva, uma das responsáveis pelo acolhimentos no DIST Crianças fazem dobradura sob a orientação das cuidadores Luiza (esq.) e Vera (dir.)

Fotos: Bruna Ferrari

Page 9: Informação 4º edição

9MAIO de 2015

Larissa Vitória Gomes Galé, 10 anos, sonha em ser arquiteta: “Eu acho legal vir aqui, a tia dá um monte de atividades. Gosto de vir pela comida e gosto de brincar com as crianças e com os brinquedos, pre� ro vir aqui do que � car em casa”.

Gustavo Cruvinel Gomes, 12 anos, sonha em ser jogador de futebol ou skatista: “Gosto de vir aqui para brincar com meus amigos. Eu acho legal ela [mãe] voltar a estudar, porque ela parou quando era menor e resolveu voltar agora. É importante para ser alguém na vida.”

Hevellyn Akaho Ribeiro, 11 anos, sonha em ser professora de inglês: “Gosto de vir aqui porque ajudo minha mãe, que � ca estudando. Aqui eu brinco de tudo e o que eu mais gosto é do tatame* (*o tatame é utilizado durante a semana para as aulas de judô ofertadas pelo DIST )

Ana Beatriz Nunes Pereira, 11 anos, sonha em ser veterinária ou professora: “Gosto de vir para brincar, comer e encontrar as amigas. Venho aqui porque minha mãe estuda lá. Estudar é importante para ser gente na vida.”

O que eles pensam sobre isso?

Page 10: Informação 4º edição

10MAIO de 2015

Bruna Ferrari

Você provavelmente já sabe que julgar alguém pela cor da pele é preconceito racial. E que o preconceito contra pessoas homossexuais é chamado homofobia. Mas você sabia que julgar alguém pelo local onde mora também é preconceito? Que formar uma ideia sobre alguém pelo estilo de vida que leva ou pela roupa que usa, também é preconceito? É o chamado preconceito social, que pode e interfere negativamente na vida de quem sofre com isso.

O preconceito é uma ideia que se forma de algo ou alguém antecipadamente, normalmente generalizando de forma negativa um grupo. Ele se constrói por meio de rótulos e não é algo natural, mas gerado com o tempo, podendo ser alterado.

A modelo Cristiane Ribeiro de Godoi é moradora do bairro Vista Bela há mais de três anos e conta que já sofreu preconceito, tanto em círculos sociais, como para arranjar emprego: “Fui chamada para fazer entrevista em uma loja no shopping, quando cheguei, a moça disse que gostou do meu estilo e a entrevista estava � uindo. Quando ela perguntou onde eu morava e falei que era da zona norte e aqui do Vista Bela a � sionomia dela mudou totalmente.”

A assistente social e professora da UEL Eliana Cristina dos Santos explica que existe in� uência

Preconceito social é rotina para quem mora no Vista Bela

Criado a partir de rótulos e estigmas, o preconceito social prejudica até mesmo chances profi ssionais de crescimento

de questões econômicas sobre o preconceito social. “É um preconceito decorrente de uma separação histórica, onde o local de moradia é dividido pelas condições econômicas, e mais do que isso, as pessoas acabam sendo classi� cadas e rotuladas positiva ou negativamente dependo do local que reside.”

Ela ressalta que qualquer ambiente pode ter aspectos negativos e positivos e que não existe nada que seja absoluto. “Existem muitos fatores além do ambiente que interferem na construção social das pessoas e dos grupos. Ou seja, não dá para a� rmar que somente o ambiente interfere no comportamento das pessoas” completa.

Para Cristiane, no caso do Vista Bela, o preconceito vem também dos próprios moradores, que na opinião dela, devem se reconhecer como agentes de mudança do bairro, em vez de sentir vergonha. “Acho que tem muita coisa que tem que melhorar

no bairro, mas não podemos ter vergonha, é nossa realidade. Temos que nos unir e lutar por melhorias para todos”, ressalta a moradora.

Sobre a in� uência da mídia na construção dos preconceitos sociais, Eliana lembra que ela “pode contribuir oferecendo um contraponto, e divulgando aspectos positivos de um determinado lugar ou situação. Mostrar para comunidade em geral que um bairro rotulado como violento, também é um local onde as pessoas vivem e convivem, que lutam diariamente para cuidar de suas famílias e que neste bairro existem pessoas que se solidarizam uns com os outros.”

A equipe do InformAção entrou em contato com duas agências de emprego de Londrina, no intuito de saber se o local de residência tem in� uência dentro do processo de seleção. Uma se recusou a falar e até o fechamento desta matéria, não recebemos resposta da outra.

“Acho que tem muita coisa que tem que melhorar no bairro,

mas não podemos ter vergonha, é nossa realidade. Temos que nos unir e lutar por melhorias

para todos”

Critiane Ribeiro de Godoi é modelo e moradora do Vista Bela.

Luiza Belloto

Você sabia que alguns tipos de preconceito são crime? De acordo com a Lei N° 7.716/89, que de� ne crimes resultantes de preconceito de raça ou cor, negar ou di� cultar que alguém consiga emprego em empresa privada por causa de discriminação também é crime e pode ser denunciado para que seu responsável seja punido.

A pena, nesses casos, pode ser de dois a cinco anos de reclusão e multa. Além disso, “incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor ou práticas resultantes do preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica”. No artigo 140 do Código Penal está previsto que, o ato de injúria também é crime e passível de punição. Segundo o artigo, se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de de� ciência, o causador pode ser punido de um a três anos de reclusão e multa.

De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988, o preconceito racial e de cor também são crimes. Qualquer discriminação dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos é passível de punição legal. O respaldo da Constituição garante “aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

Preconceito é crime

Page 11: Informação 4º edição

11MAIO de 2015

Defensoria pública fará atendimento no Vista Bela

Bruna Ferrari

A Defensoria Pública do Estado do Paraná realizará atendimento aos moradores do bairro Vista Bela no dia 31 de maio, das 8h da manhã ao meio dia, na sede do Projeto DIST. O objetivo é apresentar a importância e o papel da defensoria e orientar os moradores em questões jurídicas. Todo atendimento prestado pela defensoria é gratuito e no dia 31, basta o morador comparecer à sede do DIST para receber a orientação.

Em Londrina, a defensoria pública

Luiza Bellotto

Boas notícias para os jovens alu-nos do Vista Bela: a unidade es-colar do bairro será construída ainda em 2015, de acordo com o Núcleo Regional de Educação de Londrina. O mês de início das obras ainda não foi definido, mas a previsão é de que a esco-la esteja pronta em até 12 me-ses após o início da construção. De acordo com Lúcia Cortez, gerente do Núcleo, ainda não há uma construtora responsável

Ação vai esclarecer qual a função da defensoria pública e que tipo de serviço está disponível para a comunidade

atua nas áreas de execução penal, garantindo que as penas sejam cumpridas de maneira correta e legal, e na infância infracional, apurando fatos de denúncias contra crianças e adolescentes e acompanhando as medidas socioeducativas em caso de condenação.

A defensora pública, Elisabete Arruda, explica que apesar da defensoria não abranger todas as áreas, a orientação será em todos os casos. “Se alguém tiver dúvida em relação ao direito de família, como pensão ou divórcio, ou em área de direito do consumidor, nos

estaremos lá para dar orientação jurídica.” Ela ressalta que muitos casos podem ser resolvidos por meio de medidas extrajudiciais, ou seja, sem que a pessoa precise entrar com uma ação judicial.

Além das medidas extrajudiciais, alguns problemas jurídicos podem ser resolvidos por meio dos Juizados Especiais Cíveis. “Tem muitas situações que se enquadram nas demandas dos Juizados Especiais Cíveis, que não precisam de advogado. Então você encaminha a pessoa para esses juizados, ela vai explicar o problema

e o juizado vai fazer uma petição e marcar uma audiência”, explica a defensora pública, Renata Tsukada. Ainda segundo Renata, existem os núcleos de atendimento judicial nas universidades que possibilitam o acesso da população à orientação e atendimento jurídico gratuito.

Atualmente, a defensoria pública de Londrina conta com 4 defensores e atende pessoas que tenham renda de até 3 salários mínimos. A sede da defensoria � ca na rua Brasil, 1032 e recebe a população de segunda à quinta-feira, das 8h30 às 13h30.

Atendimento no Vista Bela

Domingo, 31 de maio, das 8h às 12h. Sede do Projeto DIST - Rua Giocondo Maturi, 731.

Núcleos de atendimento jurídico em Londrina:

Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC PR: Rua Ana Nery, 300 - 4º andar. Jardim Pe-trópolis - Londrina/PR. Telefo-ne: (43) 3341-2800 / 3342-4618

Centro Universitário Filadél� a –

Uni� l: Horário de Atendimento: Segunda a Sexta, das 13h30 às 17h30. Telefone: 3375 – 7514

Universidade Estadual de Lon-drina – UEL: Rua Brasil, 742. Telefones: (043) 3324-6352 /

(043) 3324-4202. De segun-da à quinta-feira: das 07h30 às 12h / das 13h30 às 18h. Sexta-feira: triagem de casos novos (consultar datas de tria-gem) - das 08h às 12h / das 13h às 17h

Escola estadual do Vista Bela será constrída esse anoPrevisão é de que a escola seja fi nalizada um ano após o início da obra

para o empreendimento. O va-lor destinado no projeto passa de R$ 6,3 milhões, em verbas cedidas pelos governos Estadual e Federal.

A escola contará com 24 salas de aula com capacidade para abrigar 35 alunos em cada, so-mando, em média, 840 alu-nos atendidos por período de funcionamento. Além disso, a unidade escolar do Vista Bela estará equipada com área admi-nistrativa, contendo espaço para

a secretaria, sala de direção, sala de pedagogos, almoxarifado, sala de professores e banheiro para os funcionários.

“O espaço também conta com demais ambientes escolares dis-tribuídos em biblioteca, labora-tório de informática, laboratório de ciências, sala de múltiplo uso, quadra de esportes coberta, re-feitório fechado, cozinha com-pleta, banheiros para os alunos, passarela coberta interligando todos os blocos, estacionamento

interno para 45 veículos e casa de zelador”, acrescenta Lúcia. Um dos diferenciais e uma con-quista positiva para a escola é que ela terá espaços com acessi-bilidade em todos os ambientes.

A escola será construída em um terreno de 12 mil m² doado pela Prefeitura Municipal de Lon-drina e ficará situada no cru-zamento da rua Yoneco Shime com a Avenida Giocondo Ma-turi, entre os bairros Vista Bela e Moradas de Portugal.

Page 12: Informação 4º edição

12MAIO de 2015

O dia das mães é todo dia

Revendedores UP! – perfu-mes Luiz Carlos Dedin: 8447-7450 (oi) ; 9951-8349 (tim) Maria Ap. da S. Dedin: 8433-3023 (oi); 9602-0912 (tim)

Farmácia Vista Bela - rua: André Buck, 755 - Jd. Pado-vani. Aberta diariamente das 9 às 19h. Entrega gratuita para a região do Vista Bela. Telefone: 3357-9082

Jandira - tapetes de Microfi-bra Agende um horário pelo celular: 9948-5290.

José Vanellço - serviços de marcenaria: casa para cachor-ro, plaquinhas de madeira, cadeira infantil, etc. Telefones: 3357-7984 e 8448-3682

Cassia de Souza - salgados e crochê: tapetes bordados, porta-papel higiênico, entre outros. Telefones: 3357-7984 e 8448-3682

Nesse mês de maio comemoramos, no dia 10, o dia das mães. Mas por que essa data existe? Sua origem mais antiga se deu na Grécia Antiga, lá no ano de 1.100 a.C (antes de Cristo), em que se comemoravam e homenageavam a Deusa Rhea, considerada a mãe de todos os Deuses. A partir daí, passou-se a homenagear, também, o ato da maternidade. Porém, mesmo com a comemoração, esse dia não tinha uma data específica definida.

Tempos depois, em 1907, a americana Anna Jarvis criou um memorial para sua mãe que havia morrido há 2 anos. Após isso, ela começou um movimento para que o governo intitulasse um dia especial para o Dia das Mães. Em 1914 esse pedido foi concedido, fazendo com que todo segundo domingo do mês de maio fosse

comemorado o dia das mães.

No Brasil, a conquista por essa data oficial só aconteceu em 1932, quando o então Presidente Getúlio Vargas, atendendo ao pedido de um grupo feminista, concedeu também o segundo domingo de maio para a comemoração.

Ser mãe é muito mais do que dar à luz. Ser mãe é quem acorda de madrugada para ver se o filho melhorou da febre, é quem levanta cedo para levá-lo na escola, é quem batalha no emprego para dar uma vida melhor ao seu filho. Ser mãe é dar amor, carinho e muitos sorrisos. Ser mãe é querer ver o filho sonhar, crescer e ser feliz, independentemente do lugar onde ele esteja. Ser mãe é uma tarefa árdua, de todos os dias, de horas incansáveis, de momentos de tensão mas, mais do que isso, momentos de prazer. Ser mãe é errar, também, já que todas as mães são seres

humanos. Mas errar tentando, sempre, acertar. Ser mãe é o calor de um abraço e o aconchego de um colo. Ser mãe é dar bronca, por de castigo e ensinar coisas tidas como “chatas”.

Mas muito se engana quem pensa que mãe é só aquela que pare. Mães são todas aquelas avós que criam seus netos, todos aqueles pais que educam seus filhos e todos aqueles irmãos que zelam pelo bem estar do seu próximo. Ser mãe não é apenas uma condição biológica, mas sim uma condição da alma. Pois só uma mãe sabe o que é amar incondicionalmente alguém.

Por isso dia das mães é todo dia, mas ter um dia especialmente para ela, é fundamental. Parabéns a todas as mamães do Vista Bela e de Londrina!

Luiza Belloto

Classificados

Anuncie!Tem algum serviço ou produto para oferecer? Mande as infor-mações para o “Classificados” do jonal InformAção e divulgue seu trabalho sem pagar nada. Você pode nos mandar pelo e-mail [email protected] ou vir até a sede do Projeto DIST, que fica na Avenida Giocondo Maturi, 731, de segunda a sexta, das 13h30 às 18h30. É de graça.

A melhor idade na ExpoLondrina 2015

No mês de abril, o grupo da 3º Idade do Projeto DIST mu-dou a rotina dos encontros e fez um passeio pela ExpoLondrina 2015. Em parceria com a Secre-

taria Municipal do Idosos, que liberou a entrada do grupo na exposição, o DIST levou os 45 idosos para passar uma tarde di-ferente.

3º Idade DIST: O grupo se re-úne a cada quinze dias, às 14h, na sede do DIST, que fica na rua Giocondo Maturi, 731. É aberto para todos, venha conhecer!