jornal informação - 8º edição

8
Criada para atender casos de vítimas de violência doméstica, a Patrulha Maria da Penha conta com oficiais treinados e trabalha 24h para garantir que medidas protetivas sejam cumpridas. Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno Outubro Rosa Patrulha Maria da Penha No mês de Outubro o Projeto DIST, em parceria com a Unimed, traz para as mulheres do Vista Bela uma programação especial, com palestras sobre autoetima, saúde e economia. Pág. 08 Pág. 02 LABORATÓRIO DE MODA. Curso incentiva o empreendedorismo, a criação de materiais artísticos e o desenvolvimento de projetos sustentáveis LONDRINA, SETEMBRO de 2015 - Nº 08 Pág. 04

Upload: projeto-dist-londrina

Post on 23-Jul-2016

213 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

O Jornal InformAção é o veículo de comunicação do Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Território (DIST) do Residencial Vista Bela e seu entorno. Além de abordar as ações do projeto, o jornal conta com pautas que foram escolhidas junto com o Comitê de Comunicação, que é formado por moradores dos territórios que estão envolvidos com as atividades do DIST.

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Informação - 8º edição

Criada para atender casos de vítimas de violência doméstica, a Patrulha Maria da Penha conta com ofi ciais treinados e trabalha 24h para garantir que medidas protetivas sejam cumpridas.

Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno

Outubro Rosa Patrulha Maria da Penha

No mês de Outubro o Projeto DIST, em parceria com a Unimed, traz para as mulheres do Vista Bela uma programação especial, com palestras sobre autoetima, saúde e economia. Pág. 08 Pág. 02

LABORATÓRIO DE MODA. Curso incentiva o empreendedorismo, a criação de materiais artísticos e o desenvolvimento de projetos sustentáveis

LONDRINA, SETEMBRO de 2015 - Nº 08

Pág. 04

Page 2: Jornal Informação - 8º edição

2SETEMBRO de 2015

Expediente Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno

Coordenação projeto DIST: Ciliane Carla Sella de AlmeidaEquipe Projeto DIST: Gracielli Aparecida de Souza, Rosemari Friedmann Angeli, Mara Regina Rodrigues e Cristiana dos Anjos.Equipe de Comunicação do DIST: Tatiana Fiuza (MTB - JP03813DF), Bruna Ferrari, Luiza Bellotto (estagiária) e Marcos Gomes (estagiário)Diagramação: Bruna FerrariComitê de Comunicação do território atendido pelo DIST: Ana

Lucia Cardoso, Diego Rossi, Edileusa S., Felipe Oviedo, José Vannelço, José Silvestre Gonçalves Leandro Claudino, Luiza Ap. da Silva, Maria Eliza da Silva, Vanda Alves. Parceiro gestor: Instituto PólisCoordenadora geral Instituto Pólis: Margareth UemuraSede DIST: Avenida Giocondo Maturi 731, Jardim Maria Celina / (43) 3327-6421 - CEP: 86081-542Impressão: Editora e Gráfi ca Paraná Press S/A - GRAFIPRESS - Tiragem: 2.000 exemplares

Financiador:

Patrulha Maria da Penha atua na defesa de mulheres vítimas de violência doméstica

Agentes municipais estão treinados para atender casos de violência e descumprimento de medida protetiva

Execução:

Bruna Ferrari

Sancionada em 7 de agosto de 2006, a Lei Maria da Penha busca proteger mulheres vítimas de vio-lência doméstica e intrafamiliar. Para intensifi car esse trabalho em Londrina, foi implantada em ju-lho deste ano a Patrulha Maria da Penha, um serviço de segurança e proteção para essas mulheres. Elaborada pela 6º Vara Criminal Maria da Penha, pelo Ministério Público, Secretaria Municipal da Defesa Social e Secretaria Mu-nicipal de Políticas para as Mu-lheres, a patrulha é formada por 20 guardas municipais que foram capacitados para proteger essas mulheres. Além desses, outros 40 policiais militares receberam ca-pacitação para reforçar os atendi-mentos na área. Em nota enviada ao InformAção, a Secretaria Municipal de Defesa Social informou que a Patrulha irá atuar 24 horas por dia, com duplas mistas formadas por um homem e uma mulher. As duplas trabalharão em esquema de re-vezamento, com jornadas de 12

horas cada, utilizando um veículo para o turno da manhã e o outro para a noite. O serviço poderá ser acionado pelos números 153 da Guarda Municipal e 190 da Po-lícia Militar.

O objetivo da Patrulha Maria da Penha é garantir a segurança das mulheres por meio do cumpri-mento das medidas protetivas, ou seja, garantir que o agressor cum-pra com o que foi estabelecido. Atualmente, Londrina conta com 2.115 mulheres com medidas pro-tetivas expedidas pelo Judiciário. Sônia Medeiros, secretária Muni-cipal de Políticas para Mulheres, explica que para que a Patrulha consiga cumprir sua função, é ne-cessário que a vítima tenha feito o boletim de ocorrência contra o agressor e tenha passado pela Vara Maria da Penha.

“Quando a violência levar ao risco de vida da mulher, a própria juí-za da Vara Maria da Penha emite uma medida protetiva, impedindo que o agressor se aproxime da víti-ma. No entanto, muitos agressores desrespeitando a determinação da

medida, vêm em busca da vítima e é nesse momento que a mulher deve ligar para o 153. Imediata-mente, os agentes de defesa social, já com o endereço da vítima, saem em busca desse agressor e poderão dar voz de prisão”, afi rma Sônia. Todos os agentes da Patrulha Ma-ria da Penha passaram por uma capacitação realizada no auditó-rio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Londrina em maio e duas viaturas foram destinadas exclusivamente para a patrulha. Além da patrulha, a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres oferece o Centro de Referência e Atendimento a Mu-lher em situação de Violência do-méstica e Familiar (CAM), onde a vítima é recebida por uma equi-pe multiprofi ssional formada por psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e um profi ssional de direi-to. Em casos mais graves, a mu-lher é encaminhada para a Casa Abrigo Canto da Dália, um local de endereço sigiloso que oferece proteção para as vítimas e seus fi -lhos.

Atendimento e denúncias

153 – Patrulha Maria da Penha

Deve ser acionada em casos de descumprimento de medida protetiva, ou seja, mulheres que já fi zeram o boletim de ocorrência e tiveram medidas expedidas pelo juiz.

190 – Polícia Militar

Deve ser acionada em casos de agressão ou outros tipos de violência contra a mulher no caso de a vítima ainda não ter feito o boletim de ocorrência.

CAM - Centro de Referência e Atendimento a Mulher em situação de Violência doméstica e Familiar

Pode ser procurado por mulheres vítimas de violência doméstica

Rua Carlos Gomes, 145Jardim Lago ParqueTelefone: 3341.0024

Page 3: Jornal Informação - 8º edição

3SETEMBRO de 2015

Quando a violência vem de pertoCom o passar dos tempos as mulheres conseguiram mais es-paço em nossa sociedade. An-tes, eram sempre tidas como o sexo frágil e totalmente de-pendente dos homens. Quando deixava de depender da família, começava a total dependência do marido.

Me lembro que as mulheres di-ficilmente trabalhavam, não se incomodavam nem para ir ao supermercado. Suas vidas se res-tringiam a casa, filhos e marido, e muitos pareciam mais senho-res do que esposos. Eles faziam o que queriam e a mulher nem voz tinha. Aceitava e respeita-va, pois ele era o único mante-nedor. Penso que havia também grande cansaço, mas muitas das vezes isto não era conhecido. As mulheres sofriam caladas.

Soube de uma história do pas-sado em que a moça, ao recla-mar de seus novos familiares ao pai, escutou: “eles são seus familiares agora. Se lhe bate-rem numa face, dê a outra”. Os pais não aceitavam separação antigamente e não havia apoio a quem queria deixar seu espo-so. Outra coisa que impedia as mulheres a reagirem era a dú-vida de como sustentar os fi-lhos e muitas vezes os maridos ameaçavam que elas perderiam a guarda das crianças.

Os tempos mudaram e com ganho de espaço em diversas formas de trabalho, elas se tor-naram independentes. Porém, não sei se foram as agressões que aumentaram ou as denún-cias, ou a divulgação feita pe-los meios de comunicação. É raro o dia em que, ao ligarmos a TV nos programas policiais das grandes cidades, não ve-mos agressões contra mulher e a maioria das vezes, relatos de assassinatos.

Para ser mais inaceitável, acon-tecem pelas mãos que outro dia as acariciavam. As mãos que de-veriam trazer segurança, apoio e defesa, infelizmente trazem do-res e ferimentos que não só fe-rem a carne, mas deixam marcas na alma. Algo que se não matar, pode destruir uma mulher, que é agredida fisicamente ou ver-balmente principalmente pelo seu companheiro. Ao longo do tempo ela se torna uma pessoa oprimida, amarga e destruída por dentro.

O que leva uma pessoa a agre-dir sua própria mulher? Aquela que muitas vezes dizia amar? Será machismo ou será algo não resolvido dentro de si mesmo? Ou será pelo prazer de mal-tratar? Mas como alguém tem prazer nisto? Muitas são agre-didas fisicamente e verbalmente o dia e o tempo todo. E depois são obrigada a manter relações com o agressor. É para mostrar quem manda ou para ele não foi nada? Isso passa a ser comum.

Elas cedem para ver se a situação melhora, por falta de escolha ou para evitar novas agressões. O medo e o pavor são grandes. Já tentei me colocar em seus luga-res e senti o temor que deve ser pela opressão mental, sabendo que por nada será espancada, mesmo procurando fazer tudo certo. Se ele chegar insatisfeito com algo na rua, é ela que irá pagar ou aturá-lo. Mesmo pro-curando fazer seu melhor, nun-ca é suficiente. Como evitar? O que fazer?

Através de muitas ameaças elas se tornam reféns, pois já foram convencidas de que não há saída e que não há quem possa ajudá-las. Isto é um engano, porque depende só delas. Tem solução sim.

Porque as mulheres se subme-tem a estas situações? Algumas por medo que as ameaças pos-sam ser cumpridas ao buscarem ajuda. Como ter coragem se foi colocado em sua mente a sua impotência e sua fragilidade. Como sair desse cativeiro para liberdade? Há casos em que as mulheres esperam que tudo vai passar, que a pessoa vai mudar seus comportamentos e vol-tar a ser carinhosa. Os filhos também servem de justificativa para manter uma relação con-turbada.

Com a modernização e a inde-pendência da mulher, ela mos-tra ser capaz de se manter e às vezes toda sua família. São as situações que encontramos ao nosso redor. Elas se cansam de maus tratos e dão seus jeitos de liberdade. Às vezes é necessá-rio ajuda de fora. A maioria só toma uma atitude quando re-solve dar um basta.

Falando um pouco de Deus, ele ensina o esposo a amar suas esposas como Cristo amou sua igreja, dando a vida por ela. É este amor que Ele quer entre os casais, pois foi Ele que criou os casais.

No início da relação há tanto ca-rinho e até se faz loucura em fa-vor de sua amada. Ai de alguém se fizer ou disser algo contra a mulher amada. Ninguém pode, só ele pode usar, bater e machu-car. Até entra em brigas por ela. Mas a cegueira faz mal àquela que muitas das vezes é mãe de seus filhos. Jamais um homem permitiria que sua mãe e sua fi-

lha fossem agredidas por outro homem. Ele se esquece que a mulher que ele espanca é filha de alguém ou até mãe.

Tentei entender as vítimas. In-felizmente não consegui en-tender os agressores. Penso que nem os próprios entendem a si mesmos. Uns são levados pelas drogas e bebidas (que também não deixa de ser uma droga). Outros ocultam até um trans-torno mental e precisam de ajuda. Pode ser procurada essa ajuda com líderes religiosos, terapeutas e psicólogos. Não há vergonha alguma em buscar ajuda. Sua família vale a pena.

Estamos vendo muitas meninas novas e despreparadas começa-rem um relacionamento. Ilu-didas, fogem de seus pais para casa do amado, achando ser melhor, pois terá liberdade, não compreendendo o zelo e amor de seus pais. Não demora mui-to para o encanto parar e vir a realidade. Infelizmente, muitos casos acabam em tragédias.

É preciso buscar ajuda o quan-to antes e não aceitar. Todo ser humano merece respeito. Todo ser humano tem o seu valor e é capaz. É preciso analisar e ver o que se quer para sua vida. A mulher é capaz de dar a volta por cima e ser feliz. É muito importante ver com quem va-mos começar uma relação. Os que estão de fora podem ver melhor, já que não estão en-volvido emocionalmente. Ajam com a razão e não com o cora-ção, para depois não sofrer.

Coluna: Ana Lucia Cardoso, moradora do Vista Bela

Foto: Gabriel S. Lopes

Page 4: Jornal Informação - 8º edição

4SETEMBRO de 2015

Moda, criatividade e empreendedorismo são temas de curso oferecidos no DIST

Turma formada por meninas de 14 à 26 anos trabalhou conceitos e estimulou o desenvolvimento profissional

Luiza Bellotto

A adolescência é a fase das desco-bertas. É nessa idade que entende-mos paixões e que deixamos aflo-rar os interesses, principalmente profissionais. Por conta disso, o Projeto DIST proporcionou um curso de moda para 15 meninas de 14 à 26 anos dos bairros aten-didos pelo Projeto.

O curso aconteceu em agosto e foi ministrado por Daniela Zanardo, diretora de estilo e consultora de moda e tendências da empresa de consultoria Trend 247. Ao final das aulas, as alunas desenvolveram um projeto sustentável e fizeram um caderno de referências.

De acordo com Daniela, o obje-tivo do curso era não só desper-tar um interesse profissional nas meninas, mas também auxiliá-las em suas próprias ideias criati-vas e na autoestima. “A abertura dos canais criativos garante uma maior maleabilidade por parte das alunas em se descobrirem, desen-volverem canais empreendedores e criarem oportunidades de ne-gócios quando entendem o que querem. Minha meta era fazer elas enxergarem que podem fazer coisas por elas mesmas”, salienta.

O curso foi desenvolvido e divi-dido de maneira a levar tanto co-nhecimentos conceituais quanto conhecimentos técnicos da área de moda e vestuário. Com um material interativo (vídeos, mú-

sicas e slides), o entendimento e absorção do conteúdo se tornou mais fácil. As primeiras aulas tive-ram o foco de trabalhar o instin-to criativo das alunas, fazendo-as relacionar cores, formas e associar imagens à contextos e épocas. Já as últimas aulas foram voltadas à finalização das atividades práticas.

Para a aluna Alessandra Camila Silvestre, 14, moradora do bairro Vista Bela, foi uma ótima oportu-nidade para aprender sobre aquilo que sempre quis fazer como pro-fissional. “Desde quando eu tinha 5 anos eu gostava muito de moda. No curso, a gente aprendeu mui-

tas coisas técnicas, como cortes de roupa e ficha técnica. Eu gos-tei tanto que até pedi para minha mãe procurar um curso de moda profissional. Eu estava no lugar certo”, completa.

Ao final do curso, as meninas apresentaram seus projetos para uma banca convidada e receberam o feedback da professora. Ainda segundo Daniela, algumas desen-volveram um instinto criativo, que já era nato, e outras enxergaram novas possibilidades, como a volta aos estudos e a vontade de em-preender. “Durante o andamento das aulas, exercícios e discussões

de temas atuais consegui ver o crescimento visível da preocupa-ção com a postura de cada uma: maior preocupação com o futuro de si própria e com a abertura de novos caminhos”, finaliza.

De acordo com outra aluna, Ka-telin Cristine Oliveira dos Santos, 19, também moradora do Vista Bela, a semana do curso agregou muito em seus conhecimentos de moda. “Eu sou apaixonada por ca-belo e maquiagem desde os meus 13 anos. Depois do curso, o meu sonho de ter um salão de beleza e ter meu próprio negócio ganhou mais força”, conta.

Atividade prática do Laboratório de Moda foi criar um caderno de referências e apresentar um projeto sustentável.

Fotos: Luiza Bellotto

Page 5: Jornal Informação - 8º edição

5SETEMBRO de 2015

Caderno de referências

Cada aluna desenvolveu nos cinco dias de curso um caderno de referências, em que desenhou, colou e retratou itens re-lacionado a seus universos particulares. Após a confecção desse material, as alu-nas puderam entender melhor com qual área se identificam e se aprofundaram mais nas próprias escolhas.

Projeto sustentável

Além do caderno de referências, as alunas se dividiram em grupos e apresentaram seus pro-jetos. Foram desenvolvidos produtos, marcas e formas de divulgação. Esses projetos tinham o viés sustentável, incentivando a postura cria-tiva e ecológica das participantes. Ao total, foram criados quatro projetos: um evento, um de vestuário infantil, um de produtos customi-zados (artesanato) e uma linha de cosméticos com produtos naturais.

Page 6: Jornal Informação - 8º edição

6SETEMBRO de 2015

Luiza Belloto

O leite materno é considerado o alimento mais completo para um recém-nascido. Nele estão conti-dos todas as proteínas, vitaminas, gorduras, água e outros nutrientes necessários para o desenvolvimen-to da criança. Contém ainda anti-corpos e glóbulos brancos, que são essenciais para evitar doenças no bebê. A amamentação também contribui para o desenvolvimento emocional da criança, pois promove uma for-te ligação emocional com a mãe, transmitindo-lhe segurança e cari-nho. Além do mais, o leite materno tem a vantagem de ser facilmente digerido, é prático e econômico. De acordo com uma pesquisa rea-lizada pelo Comitê de Estímulo ao Aleitamento Materno de Lon-drina (CALMA), os indicadores de amamentação na cidade vêm aumentando signifi cativamente. Em 2002, o índice de aleitamento materno exclusivo de zero aos seis meses era de 21%. Em 2008, saltou para 33,8% e, em 2010, chegou a 40,5%.

Esse aumento se deu devido a maior abordagem do assunto com a população local, que passou a en-tender melhor sobre a importância de amamentar. Para Lilian Mara Consolin Poli de Castro, coorde-nadora do CALMA, existe um en-tendimento geral de que, quando uma criança é amamentada, os ris-

cos dela adoecer e morrer são me-nores. “Dessa consciência decorre a importância do trabalho realizado pelo Comitê no aconselhamento às mães, no apoio e na proteção à amamentação”, completa. Ainda segundo Lilian, amamentar é uma decisão da mãe e do pai. “O apoio familiar é importante, prin-cipalmente, nos primeiros meses de vida do bebê. O leite da mãe permite crescimento e desenvolvi-mento adequados até o sexto mês de vida. Após esta idade, outros alimentos deverão ser oferecidos à criança, porém, o leite materno continua sendo recomendado até os dois anos ou mais”, afi rma. O que é o CALMA? O Comitê de Estímulo ao Alei-tamento Materno de Londrina (CALMA) foi criado pela Secre-taria Municipal de Saúde com o objetivo de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno no município. O grupo integra hoje 18 instituições de assistência, en-sino e pesquisa na área da saúde, tanto públicas, como privadas e fi lantrópicas. Ele realiza reuniões mensais com as essas instituições, discute temas relevantes com os profi ssionais de saúde, organiza e desenvolve atividades nas Semanas Mundiais de Aleitamento Mater-no no município e promove cursos, pesquisas e ações junto à comuni-dade.

Mais conhecimento A questão do aleitamento materno

tem se tornado tão importante que o Centro Universitário Filadélfi a (Unifi l) abriu uma pós-graduação sobre o tema. Cristiane Gomes, coordenadora do curso, conta que a proposta de criar a especialização surgiu da necessidade de melhora-mento de índices de amamentação no país. “Apesar de tantas iniciati-vas para aumentar o aleitamento, ainda estamos longe do ideal, que é 6 meses de aleitamento materno exclusivo e com outros alimen-tos saudáveis até 2 anos ou mais. Atualmente, não chegamos a 2 meses de aleitamento exclusivo e

Benefícios podem ser sentidos pela mãe e pela criança, além de ser uma ação importante que envolve toda a família

VantagensVantagensV

- Aumenta o vínculo entre a mãe e o bebê;- Protege o bebê contra infecções e aler-gias;- É prático, econômico, livre de contami-gias;- É prático, econômico, livre de contami-gias;

nação e está sempre pronto, na tempera-tura ideal;- Ajuda o útero a voltar ao normal e a mãe a perder peso com maior rapidez;- Reduz o tempo de sangramento pós parto.

Amamentação contribui para desenvolvimento emocional do bebê

nem 1 ano de aleitamento com ali-mentos saudáveis”, explica. Além disso, Cristiane também afi rma que quanto mais conhe-cimento sobre o assunto, melhor. “Muitos profi ssionais fazem cursos de curta duração e acreditam que já podem se considerar especialistas, mas como a ciência avança a pas-sos largos, as coisas mudam rapi-damente, os estudos surgem dia a dia e logo esses profi ssionais fi cam desatualizados, se não se mantive-rem sempre estudando”, fi naliza.

Quando iniciar e como manter a amamentação?

- Iniciar a amamentação na sala de parto, na primeira hora de vida do bebê. Colocar o bebê em contato pele-a-pele com a mãe;- Após o nascimento, o bebê deve fi car junto com a mãe, no mesmo quarto. Isto facilita e estimula o aleitamento materno.A mãe e o bebê precisam estar confortáveis na hora da ama-mentação. A barriga da mãe e a do bebê devem estar bem encosta-das, pois o contato pele-a-pele favorece a amamentação;A posição adequada evita dor e rachadura no mamilo (bico da mama). A boca do bebê deve estar bem aberta, de frente para a mama. O bebê deve abocanhar o mamilo e grande parte da aréola (parte escura ao redor do mamilo).

Page 7: Jornal Informação - 8º edição

7SETEMBRO de 2015

Horta caseira: investindo em alimentação saudávelLuiza Belloto

Se alimentar de forma saudável é um desejo de todos nós. Saber de onde vêm as frutas e como elas são cuidadas também é uma grande preocupação de muitas famílias. Por isso, o Jornal Infor-mAção conversou com Patrícia de Oliveira Rosa da Silva, pro-fessora de ciências biológicas da Universidade Estadual de Lon-drina (UEL), para esclarecer o que são alimentos orgânicos e como montar uma horta caseira. Veja na entrevista algumas dicas de como se alimentar melhor e ainda contribuir para a renda familiar.

Jornal InformAção: O que são alimentos orgânicos?

Patrícia: Alimentos orgânicos são aqueles que estão livres de agrotóxicos. Eles são cultivados de uma forma equilibrada na horta para que não seja necessá-rio utilizar veneno.

J.I.: Quais são os benefícios de se ter uma horta em casa?

P: Os benefícios são muitos. Um deles é o contato com a terra. A família que se organiza para ter uma horta em casa pode estimular seus filhos a plantar, a cuidar, a conservar, a cultivar e a aprender sobre as verduras, desde a mudinha até a colhei-ta. Crianças que não gostam de comer verdura recebem um estí-mulo para aproveitar ao máximo do alimento. Portanto, uma sín-tese das vantagens é: o contato com a terra, a aproximação entre os familiares e ter uma alimen-tação saudável e fresquinha.

J.I.: Quais são os procedimen-tos pra criar uma horta em

casa?

P: Tudo vai depender do espaço que a pessoa tiver. Em Londri-na, temos uma terra fértil para o plantio. É importante que os canteiros tenham um determi-nado comprimento, que pode ser de um metro, por exemplo. É importante ter um espaço entre os canteiros, de mais ou menos meio metro, para poder se loco-mover e cuidar melhor da horta.

J.I.: É possível ter horta em apartamento?

P: É possível. É uma horta um tanto quanto diferente, bem urbana. Basta você plantar e semear mudas de especiarias, como cebolinha e salsinha, den-tro de vasos que não são poro-sos, ou seja, que não suguem muita água. Vasos de ferro e ce-râmica, por exemplo, são ótimos para esse tipo de plantio. Em casas pequenas esse tipo de hor-ta também funciona.

J.I.: Quais alimentos se pode plantar em uma horta?

P: Depende da época. Quem quiser cultivar uma horta em casa, vai ter que observar se a planta é perene, ou seja, se ela nasce o ano todo, ou se ela vai depender de alguma estação ou período para a colheita. O im-portante para que a horta seja orgânica é termos vegetais que chamamos de “plantas compa-nheiras”, que são plantas que exalam algum odor para es-pantar aqueles insetos que po-dem fazer mal. Por exemplo, a citronela espanta os mosquitos, borrachudos, traças e formigas. O coentro elimina pulgões. É importante plantar essas horta-liças companheiras próximas a outras plantações. Dessa forma, não precisa usar agrotóxico.

J.I.: Uma horta pode influen-ciar a renda familiar?

P: Pode e muito. Ela vai estimu-lar a economia familiar porque, dependendo do que a família está cultivando, depois de algum tempo terá um retorno disso, não precisando mais comprar e, assim, economizando.

Professora Patrícia de Oliveira Rosa da Silva em entrevista ao Jornal InformAção

Foto: Luiza Belloto

Passo a passo para montar sua horta

- Caso você não tenha um quintal com local propício para a plantação, escolha um recipiente de até 10cm de al-tura. Porém, se você tiver, deixe um espaço de mais ou menos meio metro entre os diferentes canteiros de plantação.

- Mexa e peneire a terra que será utilizada. Misture o o adubo natural (que pode ser feito com restos da cozinha e folhas em geral).

- Preencha o recipiente com essa mistura ou recoloque a terra no quintal.

- Faça pequenas fendas, uti-lizando um graveto (caso as sementes forem pequenas) ou furos, utilizando um lápis (caso as sementes forem gran-des). Se as plantações forem feitas no quintal, será necessá-rio abrir covas em fileiras com 10 cm de profundidade e es-paçamento.

- Após espalhar as sementes, cubra tudo com aquela terra misturada com adubo e molhe o solo, aguando três vezes ao dia.

Informações tiradas do site da Pastoral da Criança: http://www.pastoraldacrianca.org.br/

Page 8: Jornal Informação - 8º edição

8SETEMBRO de 2015

Bruna Ferrari

A campanha Outubro Rosa traz visibilidade à prevenção do Cân-cer de Mama, o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e mais comum entre as mulheres, de acordo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A campanha começou na década de 1990 nos Estados Unidos, atualmente têm ações por todo mundo. Aqui no Vista Bela não podemos ficar de fora da iniciativa e uma parceria entre o Projeto DIST e a Unimed trará uma programação especial.

Projeto DIST traz programação especial para mulheres em Outubro

Palestras sobre saúde, beleza, economia e autoestima fazem parte da iniciativa Além de alertar para a prevenção do Câncer de Mama, o “Mês Mo-tivacional da Autoestima Femi-nina”, como foi chamado, abrirá espaço para debates sobre sexua-lidade, saúde mental, autoestima, questões financeiras e outros as-pectos da vida cotidiana da mu-lher.

Em nota enviada ao InformAção, a equipe da área de Responsabilidade Social da Unimed afirmou que a programação foi pensada para tratar todos os aspectos da vida cotidiana da mulher. A Unimed

destaca que atividades como essas trabalham o autoconhecimento, e ajudam no esclarecimento de dúvidas relacionadas a saúde e qualidade de vida feminina, refletindo no trabalho, nas relações afetivas dento e fora de seus lares.

A assistente social do Projeto DIST, Gracieli Aparecida de Sou-za, explica a ideia da parceria com a Unimed, “essa ação tem como principal objetivo trabalhar o au-toestima das mulheres do territó-rio de intervenção DIST.”

Serviço

Toda programação será gratuita e as mulheres que quiserem parti-cipar podem fazer a inscrição na sede do Projeto DIST, das 13h30 às 18h30, de segunda à sexta e aos sábados das 8h às 13h30. A sede fica na Rua Giocondo Ma-turi, 731 e é necessário apresentar os documentos pessoais no ato da inscrição. Os encontros tam-bém serão realizadas na sede do Projeto. Mais informações pelo 33276421.

Programação Outubro Rosa