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O I Encontro da Mulher no Sitracom BG e a Festa Junina no Centro de Lazer foram dois eventos realizados exclusivamente para os companheiros trabalhadores. Os eventos reuniram centenas de pessoas que aproveitaram os espaços para buscar mais conhecimento e cidadania, além de algumas horas de lazer com seus familia- res e amigos. Foram duas realizações até então inéditas no Sindicato, mas com o sucesso alcançado, já ficam programadas para o próximo ano. I ENCONTRO DA MULHER NO SITRACOM BG FESTA JUNINA NO CENTRO DE LAZER

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Page 1: Inform Julho 09 - sitracombg.com.br€¦ · 2 O I Encontro da Mulher no Si-tracom BG reuniu pelo menos 150 pessoas no auditório da entidade para debater e avaliar assuntos de extrema

O I Encontro da Mulher no Sitracom BG e a Festa Junina no Centro de Lazer foram dois eventos realizados exclusivamente para os companheiros trabalhadores. Os eventos reuniram centenas de pessoas que aproveitaram os espaços para buscar

mais conhecimento e cidadania, além de algumas horas de lazer com seus familia-res e amigos. Foram duas realizações até então inéditas no Sindicato, mas com o sucesso alcançado, já ficam programadas para o próximo ano.

I ENCONTRO DA MULHER NO SITRACOM BG FESTA JUNINA NO CENTRO DE LAZER

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O I Encontro da Mulher no Si-tracom BG reuniu pelo menos 150 pessoas no auditório da entidade para debater e avaliar assuntos de extrema importância para a mu-lher trabalhadora. O tema central desta primeira edição do evento foi “De Olho na Mama”, uma cam-panha que o Sitracom BG abraçou juntamente com a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias (CNTI), entidade que se uniu ao Sindicato e que se tornou a grande parceira para esta reali-zação. O presidente do Sitracom BG, Ivo Vailatti, destacou a impor-tância da abertura de um espa-ço para que as mulheres possam debater e aprender mais sobre os problemas que elas enfrentam.

A saúde e o bem estar da mulher trabalhadora são assuntos que há algum tempo estão agregados ao mundo sindical. Não é de hoje que os sindicalistas deixaram de trabalhar apenas nas áreas da política salarial e os direitos trabalhistas. Hoje, além disso, é preciso abrir o leque de opções para oferecer também auxílio na área social, na saúde e na educação. É por isso que a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), criou a Secretaria para Assuntos do Trabalho da Mulher, do Idoso e do Adolescente. O órgão, através de sua titular, a sindicalista Sônia Maria Zerino da Silva vem trabalhando ativamen-te numa destas áreas que é a prevenção do câncer de mama, doença que ataca principalmente as mulheres. “Estamos combatendo uma doença que atinge a todos dentro de uma família, pois todos acabam sofrendo com isso, seja o pai, o filho, ou qualquer outra pessoa próxima”, diz a secretária da CNTI.

Os dados relacionados à enfermidade mostram o Rio Grande do Sul como o segun-do Estado em número de óbitos causados pelo câncer de mama. “Com base nisso, a CNTI e o Sitracom BG uniram suas forças para oportunizar o acesso das mulheres à informação, que é fator essencial no combate à doença”, disse Sônia.

A sindicalista parabenizou o Sitracom BG pela promoção do evento. “Estamos aqui criando um novo espaço de amparo à mulher, com a oportunidade de acesso à infor-mação. É bom lembrar que é esta informação que irá possibilitar à mulher detectar os primeiros sintomas e a tratar da enfermidade. E isto pode ser fundamental para salvar uma vida”, completou.

Encontro debate a saúde e a situação da mulher na sociedade

“Temos plena noção do valor das nossas companheiras trabalhado-ras. São mães e chefes de famílias que lutam diariamente por uma vida mais digna, com saúde e ci-dadania. Na verdade, lutam diu-turnamente pelos seus direitos”, avalia o presidente. E foi por isso que surgiu o encontro: “Para que estas verdadeiras guerreiras sai-bam que têm o amparo de toda a grande família Sitracom”, comen-tou.

Esta primeira edição do encon-tro deu ênfase ao tema “De Olho na Mama”. Em parceria com a CNTI, o Sindicato preparou uma cartilha que está sendo distribu-ída paras as mulheres, onde são explicados os principais proce-

dimentos para que se previna e que se saiba mais sobre o câncer de mama. “Estamos convencidos de que a melhor forma de com-bater este mal é a informação e o auto-conhecimento”, diz Vailatti. Para ele, “a mulher estando bem informada, poderá promover sua saúde e ajudar outras a fazer o mesmo”.

A preocupação do presidente do Sitracom BG com a preven-ção do câncer de mama é muito bem fundamentada. Para se ter uma idéia, a cada 29 segundos, um novo caso de câncer de mama surge no mundo. Para se ter uma idéia, as estimativas do Ministé-rio da Saúde são de que no Brasil existam 51 casos para cada 100

mil mulheres. Por aqui, esta é a enfermidade que mais mata mu-lheres.

Mas o encontro não ficou ape-nas neste assunto. Três painelistas foram responsáveis pelo sucesso do encontro. A ginecologista e obstetra Maria Auxiliadora Reste-latto abordou a questão do câncer de mama. A diretora da Secretaria para Assuntos do Trabalho, da Mulher, do Idoso e do Adolescen-te da CNTI, Sônia Maria Zerino da Silva, falou sobre a importância do desenvolvimento de campanhas como esta, e o tema “A Mulher na Sociedade”, foi apresentado pela assistente social, ex-vice-prefeita e ex-secretária de Saúde de Caxias do Sul, Justina Inês Onzi.

Saúde e bem estar também são responsabilidades do sindicalismo

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O papel da mulher na socie-dade foi o tema a p r e s e n t a d o pela assistente social, professo-ra e ex-vice-pre-feita de Caxias do Sul, Justina Inês Onzi. Ela fez uma série de paralelos, comparando si-tuações que as mulheres enfrentaram no passa-do e que ainda enfrentam no pre-sente. Mas mesmo com o passar do tempo e com as conquistas alcançadas, muitas coisas ainda permanecem atravancando o in-contestável direito de igualdade entre as mulheres e os homens. “É para alcançarmos esta igualda-de que nós mulheres precisamos continuar nossa luta, com garra e sabedoria, para que simplesmen-te tenhamos reconhecida esta si-tuação”, comentou.

Para se ter uma idéia do que acontece, basta que se analise

“Prevenção é a melhor arma contra o câncer de mama”. A afir-mação é da médica ginecologista e obstetra Maria Auxiliadora Restelatto, que há 28 anos tem experiência em ginecologia clíni-ca e no rastreamento de patolo-gias na mama e ginecológicas. Ela lembra que a doença ataca tanto homens como mulheres e que até crianças correm o risco. “É por isso que todas as mulheres devem ir periodicamente ao ginecologis-ta. Não importa a idade, pode ser dos 10 aos 90 anos ou mais. O im-portante é que todas devem ir”, reforça a médica.

Maria Auxiliadora lembra que o corpo da mulher deve ser bem cuidado e que todas devem aprender a fazer o auto-exame da mama, além das visitas ao gineco-logista e da realização de exames clínicos como a mamografia. “Estes são itens fundamenta i s para a manuten-ção da boa saú-de de qualquer mulher”, enfati-za a médica. Ela ressalta que o ideal é que cada

Prevenir ainda é o melhor remédiocontra o câncer de mama

mulher faça a mamografia ao me-nos uma vez por ano, após com-pletar 40 anos de idade.

Mas não é somente o câncer de mama que pode afligir as mu-lheres. O câncer do colo do útero é outra preocupação da doutora Maria Auxiliadora. “É preciso tam-bém fazer a prevenção desta do-ença”, afirma. Ela orienta para que

as adolescentes tomem cuidados especiais e lem-bra que o pre-servativo na hora do ato sexual não serve ape-nas para evitar uma gravidez, mas também uma série de do-

enças e algumas delas causadora do câncer do colo do útero. “É por isso que a informação é algo de extrema importância e, sem ela, as mães ficam sem condições de orientar suas filhas. Hoje sabe-se que 95% dos casos do câncer de colo do útero são causados pelo vírus HPV e, se houver os cuida-dos necessários na hora do sexo, esta estatística deve cair muito”, esclarece. Além disso, conforme a médica, se a mulher fizer o exame citopatológico, a doença poderá ser evitada.

A doutora alerta para os ris-cos que correm as mulheres que não costumam seguir as reco-mendações. “É comum encontrar mulheres que aos 40 anos nunca fizeram um exame citopatológi-co ou mesmo que tenham esta-do num consultório médico para um levantamento de sua saúde. É preciso cultivar bons hábitos para uma vida mais tranquila, pois as-sim, mesmo que a enfermidade apareça, ficará muito mais fácil buscar o tratamento. Além disso, é preciso também cuidar da cabe-ça. Temos que admirar as coisas boas da vida para sermos felizes. Uma cabeça saudável leva a uma vida saudável”, finalizou.

O HPV é transmitido principalmente por homens nas relações

sexuais. Por isso a troca constante de parceiros e

sem o uso de preservativos é uma prática que deve

ser evitada.

A mulher na busca pelo seu espaço na sociedadealgumas situa-ções. As mulhe-res trabalham em média duas horas a mais do que os homens, mas o comum é que este tempo gire em torno de 5 a 10 ho-ras a mais. E, além disso, este trabalho não é remunerado.

“Isto por si só já é uma injustiça tremenda”, analisa Justina. Na di-visão do trabalho doméstico, as coisas são ainda piores. São 10 a 15 horas a mais de trabalho para as mulheres. E quando o foco é o topo do mundo dos negócios, elas são ainda mais injustiçadas. Apenas 2% das mulheres chegam a este estágio, com aproximada-mente 50% dos ganhos relativos a um homem no mesmo posto.

Justina consi-dera que está na hora deste jogo ter um resultado

diferente. “Em 1988, a Constitui-ção brasileira assegurou que ho-mens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Isto signifi-ca dizer que a mulher conquistou sua igualdade jurídica e que pode exercer seu papel de chefe de fa-mília. Ela inclusive não pode ser discriminada no seu trabalho. A Constituição também assegurou mecanismos para coibir a violên-cia doméstica e ganhamos direito a ter nossa saúde assistida”. Mas com tudo isso, o quadro ainda é desfavorável à mulher. Por isso, diz Justina, “é importante que nós mulheres mantenhamos um espí-rito de luta, que sonhemos com um mundo melhor e que busque-mos a informação”. Segundo ela, a luta feminina é para que se cons-truam novos valores sociais, nova moral e novas culturas. “É acima de tudo uma luta pela democracia e pela igualdade”, finalizou.

No Brasil a cada 10 horas trabalhadas pela mulher, apenas três são remunera-

das. Isto significa em torno de cinco anos a menos para a aposentadoria.

a r e

“Uma cabeça

saudável leva

a uma vida

saudável.”

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Cuidados especiais das mulheres Combater a obesidade é im-portante. Este pode ser um fator de agravamento para o câncer de mama;

Não fumar é outro ponto im-portante. O fumo é sempre prejudicial à saúde;

Fazer exercícios físicos é essen-cial para a saúde. Meia hora diária é uma boa ajuda;

Cuidar com os excessos na hora da alimentação. Gordu-ras saturadas e muita carne vermelha não são recomen-dáveis;

Verduras, frutas e saladas po-dem ajudar a evitar o câncer de mama;

Mulheres que tiveram filhos após os 35 anos de idade têm maior risco para a doença. Os cuidados devem ser maiores;

Mulheres que acabam o ciclo menstrual muito tarde tam-bém devem redobrar os cui-dados.

Questões atuais Ser boa mãe e boa profissional; Como lidar com a família para

poder trabalhar; Progressos quanto à posição

econômica, social, política, inte-lectual, artística, técnica e cientí-fica.

A proporcionalidade A mulher com 3º grau tem 50% a

menos de salário que o homem. Com o ensino médio ela tem de

53 a 60% do salário do homem. Com o ensino fundamental ela

tem de 52 a 50% do salário do homem. Com o ensino fundamental

incompleto ela tem de 48 a49% do salário do homem.

O voto feminino1932 Brasil1902 Austrália2005 Kuwait

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PRESIDENTE: IVO VAILATTI | 1º VICE-PRESIDENTE: ITAJIBA SOARES LOPES | SECRETÁRIO GERAL: CARLOS LAERTE ARANGUIZ JOSENDE | 1º SECRETÁRIO: MARIA LISETE MOTTA | TESOUREIRO GERAL: ARSELO JOSÉ ROSSINI | 1º TESOUREIRO: DARCY DEFENDI | DIRETOR DE EDUCAÇÃO: NEI EDISON FERNANDES | SUPLENTES DA DIRETORIA: Jorci Giuriatti, Juvenil Tavares de Souza, Clademar Verdi, Valdemar John Berndt, Sueli de Fátima Marcolin, Fábio Guilherme de Oliveira | CONSELHO FISCAL - EFETIVOS: Lionina Cabral Piegas, Jandir Rimoldi e Maria de Lourdes F. de Oliveira | CONSELHO FISCAL - SUPLENTES: Artemio da Costa Borges e Armindo Ormar Ritter | REPRESENTANTES JUNTO À FEDERAÇÃO: Efetivos: Ivo Vailatti e Paulo João Dal Magro | Suplentes: Ivalino Ceriotti e Carlos Laerte Aranguiz Josende

Edição: Giovani Nunes | Editoração: Arte & Texto | Impressão: Cromo Gráfica | Tiragem: 3000 exemplares | Distribuição Gratuita

DESPERTA TRABALHADOR | INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE BENTO GONÇALVES

Rua Candelária, 235 | Bento Gonçalves (RS) |Fone: (54) 3452.2538 - E-mail: [email protected]

A fria noite do sábado (27/6) não intimidou os associados do Sitracom BG que, junto com seus familiares, participaram da primeira Festa Juni-na realizada pela entidade. Mais de 400 pessoas estiveram no Centro de Lazer e a temperatura deu o tempe-ro especial para a festa.

A primeira festa no Centro de La-zer teve de tudo. Não faltou pipoca, nem quentão. Teve quadrilha e ca-samento na roça. Teve pinhão tam-bém e, é claro, a fogueira. Foi uma festa completa. O vice-presidente da entidade, Itagiba So-ares Lopes, destacou a importância do evento para os trabalhadores. “Vivemos num dia-a-dia bastante atribulado e mal sobra tempo para o convívio com amigos e colegas. Por isso mesmo, pequenos eventos como este, mesmo que com toda esta simplicidade, são importantes para alguns momentos de lazer e confraternização”, avaliou. Segun-do ele, o principal objetivo do even-to foi alcançado. “Queremos utilizar os espaços do nosso Sindicato para que sejam bem aproveitados pelos trabalhadores e, quando isso acon-tece de forma a promover a alegria e a cidadania dos nossos compa-nheiros, só temos que comemorar”, comentou.

O presidente Ivo Vailatti ficou satisfeito com o resultado da pro-moção. Tivemos um bom número de participantes na nossa festa. A

Festa Junina reúne mais de 400 pessoas no Centro de Lazer

comunidade local também partici-pou e tivemos uma excelente con-fraternização”, avaliou. Para ele, as coisas não poderiam ter sido melhores. “Nós trabalhamos duro, juntamente com os funcionários do Sindicato, para termos momentos como estes. Quando vemos todas estas pessoas se divertindo, crian-ças e adultos trajadas a rigor para a festa e uma bela fogueira iluminan-do a noite, sentimos que estamos no caminho certo. Foi uma bela fes-ta”, concluiu.

Um dos detalhes que colaborou para o su-cesso do evento foi a conclusão de parte das obras do pavilhão do Centro de Lazer. O local,

que era aberto, agora re-cebeu janelas com grandes abertu-ras, resultando num excelente am-biente para receber os associados. Além disso, as vias internas também receberão melhorias e a maior parte já recebeu calçamento.

“Estamos trabalhando duro para que o nosso Centro de Lazer possa dar todo o aconchego que nossos companheiros trabalhadores mere-cem e, desta forma, as obras vão sendo feitas”, disse o sindicalista Arcelo Rossini. Segundo ele, várias etapas da obra estão sendo feitas, embora num ritmo menos acelera-do. “Temos que trabalhar dentro das nossas possibilidades financei-ras para que possamos concluir este projeto sem problemas”, finalizou.