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Nº249 Carlos Manuel García, “brand manager” da Dunlop Ibérica, afirma Mercado livre dita diferenças nos preços finais dos pneus ENSAIO Ford Focus 1.6 TDCI First Edition A vez da tecnologia Marcas afirmam-se bem acordadas para o após-venda ARAN reuniu retalhistas para debater estado do setor Vendas automóveis portuguesas aceleram quebra 9 720972 000037 01416

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Nº249

Carlos Manuel García, “brand manager” da Dunlop Ibérica, afirma

Mercado livredita diferenças nos preços finais dos pneus

ENSAIOFord Focus 1.6 TDCI First Edition

A vez da tecnologia

Marcas afirmam-se bem acordadas para o após-venda

ARAN reuniu retalhistas para debater estado do setor

Vendas automóveis portuguesas aceleram quebra

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As empresas do setor automó-vel que diversificaram as suas ati-vidades ao longo do tempo estão a conseguir resistir melhor à cri-se. É o caso da Fernando Gon-çalves Ferreira, Herdeiros, a qual está presente em quatro áreas dis-tintas. Mesmo com a crise, tem conseguido manter o volume de negócio, como fez notar o seu sócio-gerente, Fernando Ferreira, junto da “Vida Económica”.

O empresário admite que os tempos estão muito complica-dos e que a procura tem caído de forma considerável nos últi-

mos tempos, aliás como aconte-ce em todos os setores de ativi-dade. “Estamos no mercado da venda de máquinas agrícolas da marca Same e na reparação deste tipo de equipamentos, mas em termos de multimarca. Depois, a empresa também a opera na distribuição do gás, possuindo um parque próprio para o efeito e explora um posto de combus-tível.”

Para se ter uma ideia de como as coisas estão complicadas, basta notar que a quebra no gás ronda os 13% e nos posto de combus-

tível a descida chega aos 30%. “Para compensar esta situação, temos sido mais agressivos. É um facto que não existe margem para descer os preços, pelo que é necessário encontrar soluções alternativas. Neste momento te-mos veículos no exterior e vamos fazer as reparações fora das nossas instalações, sem que os preços se-jam muito agravados.”

Fernando Ferreira tem uma postura crítica quanto à conces-são da Galp. O contrato é dra-coniano e não permite que esta atividade seja competitiva. Mais

uma vez, as margens para o con-cessionário são extremamentebaixas. “Temos mais três anos de contrato e uma das dificuldades para mudar é que os equipa-mentos pertencem à petrolíferae a sua aquisição implica eleva-dos investimentos.” A Fernando Gonçalves Ferreira, Herdeiros está localizada em Cabeceiras deBaixo e tem ao seu serviço 22 pessoas. Não há qualquer inten-ção em reduzir os colaboradores, garante Fernando Ferreira. A fa-turação anual ronda os cinco mi-lhões de euros.

sexta-feira, 21 outubro de 2011 III

Ficha técnicaSuplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel | Director: António Teixeira Lopes | Redacção: Aquiles Pinto, Fátima Neto, Bárbara Coutinho, Maria Manuel Lopes, Nelly Valkanova, Tânia Mota, Ricardo Ferraz , Sérgio Moreira, Sónia Guerra e Vítor Pimenta | Arranjo Gráfico e Paginação: Célia César, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário Almeida | Propriedade, Edição, Pro-dução e Administração: ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel, em colaboração com o Jornal Vida Económica | Contactos:www. aran.pt | Periodicidade mensal | Distribuição gratuita aos associados da ARAN

Orçamentode Estado para 2012 é o princípio do fim do setor automóvel

em PortugalA proposta de Orçamento de

Estado para 2012, a ser aprovada como está, é o princípio do fim para o setor automóvel como o conhecemos em Portugal. O aumento nos vários escalões do ISV e do IUC é, com efeito, muito preocupante. E tudo isto com a agravante da diminuição do poder de compra dos portugueses.

Destaco os acentuados aumentos previstos em vários sub segmentos dos automóveis comerciais, essenciais para o trabalho e para o crescimento da economia lusa. Os automóveis ligeiros de mercadorias, de caixa aberta, fechada ou sem caixa, com lotação máxima de três lugares, passarão, caso a proposta seja aprovada como está, a pagar 10% da Tabela B do ISV (estavam isentos). Nestas viaturas incluem-se os furgões de três lugares e as carrinhas de caixa aberta, segmento em que Portugal é um importante produtor – e não apenas importador –, com dois dos mais relevantes modelos (Mitsubishi Canter e Toyota Dyna) a serem fabricados no nosso país.

Os derivados de turismo são outro exemplo de viaturas comerciais gravemente lesadas pela proposta. Os “dois lugares” vão passar a liquidar a totalidade do

2011. No caso do Renault Mégane

se a proposta for aprovada, em 2012, esse valor vai quase duplicar,

final passará, assim, de 21 100

mais recordar que Portugal é dos países europeus em que há mais carga fiscal para a compra de automóveis novos.

Tendo em conta este cenário fiscal, a quebra nas vendas de automóveis novos em 2012 deverá, pelas previsões da ARAN, cifrar-se em 30%. Este valor é tão grave quanto se sabe que 2011 deverá fechar como o pior ano das duas últimas décadas em termos de vendas de automóveis novos. Recordo que o setor automóvel, nas suas variadas vertentes, emprega

Não se pense que esta quebra nas vendas terá, forçosamente, reflexos positivos no mercado oficinal. De facto, também para a manutenção está a faltar dinheiro aos portugueses, que optam, em muitos casos, por fazer a manutenção mínima indispensável para as viaturas poderem circular, com prejuízo para o ambiente e, mais importante ainda, para a segurança de todos.

Receio o encerramento de milhares de operadores e os consequentes postos de trabalho, sem que se vislumbrem opções de vida, para aqueles que por tal forem afetados.

Editorial

ANTÓNIO TEIXEIRA LOPESPresidente da direcção

da ARAN

Diversificação permite à Fernando Gonçalves Ferreira equilibrar resultados

O mercado de automóveis usados não passa incólume à crise que afeta o setor, mas é, ainda assim, uma oportunidade de negócio para os retalhistas. “O negócio de usados, bem traba-lhado, pode ser uma grande ajuda na presente conjuntura”, afirmou o presidente da ARAN, numa reunião de retalhistas promovida no dia

Também presente na iniciativa, Pedro Gil, docente da Faculdade de Economia do Por-to (FEP), corroborou a tese do presidente da ARAN. “Há um mercado para o mercado de usados”, referiu Pedro Gil, sustentando a sua opinião no envelhecimento do parque auto-móvel português, na pouca confiança das fa-mílias e nas dificuldades de acesso ao crédito.

O docente da FEP foi cauteloso na respos-ta à questão “dourada” feita pelos concessio-

haver uma retoma efetiva nas vendas de auto-móveis em Portugal?< “Não sei quando a eco-nomia vai crescer. Se correr bem [as medidas de austeridade em vigor e previstas], a partir

-to no comércio de automóveis”, disse. Uma coisa é certa para Pedro Gil, se este ano está ser mau, 2012 promete ser ainda pior, só sen-do de prever um abrandamento da crise em 2013.

Segmento com exigência crescente

Rui Claro, administrador da Leilocar, subli-nhou que o mercado de usados “continua a ser importante e uma oportunidade” no setor automóvel. Aquele responsável pela leiloeira acrescenta, no entanto, que a área de negócio é hoje mais exigente do que no passado. “Faz lembrar o que aconteceu com os eletrodomés-ticos, em que os pequenos operadores pratica-mente desapareceram”, referiu.

O especialista explica que “os especulado-res estão a desaparecer do mercado”, porque “a margem do negócio de usados está a cair”. Rui Claro dá como exemplo o número de operadores ativos na Leilocar (que tenham feito pelo menos uma licitação nos últimos 12

O executivo explica que o mercado de usa-dos “é apetecível, por um lado, porque está a cair menos do que o de novos, mas, por outro lado, é difícil de gerir”. Tem, de acordo com a mesma fonte, “grandes flutuações de preços, nem sempre com explicações lógicas imedia-

tas” e é um negócio “com baixas margens” delucro.

Rui Claro recorda que o grosso dos negóciosatuais é feito com “com carros dos segmentosA e B” –, sendo que o mercado nacional nãotem capacidade de resposta para a procura –,pelo que há pressão de preços a montante e ajusante. Por um lado, as viaturas mais peque-nas são licitadas por preços acima do perspe-tivado e, por outro, as mais caras têm menosprocura, logo, menores preços. “Todos os car-ros acima dos 10 mil euros têm tido quebrasacentuadas, por dificuldades de financiamen-to”, afirmou o administrador da Leilocar.

APESAR DAS MARGENS CADA VEZ MENORES

Usados são opção a ter em contapara retalhistas

A ARAN reuniu a divisão de comércio para discutir estado do setor.

Oficinas

com boas condições

e carteira de clientes

[email protected]

COMPRAM-SE

O III Algarve Historic Festival (AHF), um dos quatro maiores na Europa conti-nental, realiza-se este fim de semana (até domingo) no Autódromo Internacional do Algarve. São 320 carros em 21 corridas, com destaque para os carros Grupo C dos anos 80 que competiram em Le Mans, e as Fórmulas 2 e 3 clássicas que correram pela última vez entre nós há mais de 30 anos, além do Mundial de Formula 1 Históricos.

Outra grande atracão será o encontro anual do Clube dos Ex-Pilotos de Fórmula 1 que permitirá ao público e aos demais pilotos conviver com grandes estrelas do automobilismo mundial, como a italiana Maria Teresa de Filippis, primeira mulher na Formula 1, e Mário de Araújo Cabral que vai reencontrar o carro com que correu em Monza, em 1964, um ATS de grande história para o automobilismo.

Estes são uns dos maiores pontos de in-teresse deste mega-evento que terá carros das décadas de 1920 a 1990, em 13 gre-lhas de partida para 21 corridas. Será um museu vivo e dinâmico de 20 categorias de carros. O AHF mostra a história do auto-móvel com a beleza das grandes máquinas

do passado distante ou próximo, desde um Bentley 3 litre Blower de 1923 ou um JAP Morgan de 1929 de três rodas movido por um motor circular, Jaguar ou Aston Mar-

tin dos anos 1950, até aos carros das 24 Horas de Le Mans, como os imbatíveis Mercedes C11, Jaguar XJR11, Lancia LC2 ou Porsche.

A Mazda Motor Corporation, em cola-boração com a Sumitomo Metal Industries e a Aisin Takaoka, tornou-se no primeiro construtor automóvel a desenvolver com sucesso componentes de automóveis com recurso a aço de ultra alta resistência de 1800 MPa. Este aço irá estrear-se no Ma-zda CX-5, o novo SUV da marca nipóni-ca, que terá lançamento global no início de 2012.

A nova tecnologia de produção da Ma-zda utiliza aço de ultra alta resistência de 1800 MPa na produção de barras trans-versais que se integram nos para-choques frontais e traseiros e que se danificam

caso ocorra uma colisão. Estas barras são 20% mais resistentes e 4,8 kg mais leves do que as versões anteriores e são parte da nova arquitetura de veículos, de redu-zido peso e elevada resistência, aplicada pela Mazda. A nova arquitetura integra-se no programa Skyactiv Tecnology e in-corpora uma nova estrutura de absorção de energia, bem como uma mais ampla utilização de aço de ultra alta resistência para redução de peso.

A utilização de aços com estas caracte-rísticas permite que determinadas peças de um veículo sejam mais finas, ao mes-mo tempo que mantêm o mesmo grau de elevada resistência, numa solução que garante importantes ganhos em termos de peso dos veículos. A redução do peso das barras integrantes dos para-choques é um ponto particularmente importante porque, como aquelas se integram na es-trutura do chassis nos seus pontos mais extremos face ao centro de gravidade do veículo, o seu peso tem um efeito con-siderável na performance dinâmica e na resposta esperada. Têm, igualmente, de ser mais resistentes, de modo a oferecer uma considerável proteção face a uma

colisão. Por estas razões, procurou-se implementar um método de produção em massa de peças que utilizem aços de maior resistência.

Contudo, materiais mais resistentes têm uma menor flexibilidade e, por isso, absorvem menos energia numa colisão. Para ultrapassar essa questão, a Mazda conduziu um alargado trabalho de pes-quisa sobre a deformação dos para-cho-ques num acidente, criando um novo design que absorve energia de um modo mais eficiente. Adicionalmente, de modo a assegurar que os para-choques tenham a maior resistência possível no CX-5, a Mazda colaborou com a Futaba Kogyo na otimização das técnicas de soldadura e no estabelecimento de um fiável processo de produção.

A Mazda mantém o seu compromisso para com a redução do peso dos veículos e aumento da performance dinâmica, ao mesmo tempo que assegura um elevado nível de rigidez das carroçarias e uma excelente resistência aos impactos, de modo a oferecer a todos os seus clientes o habitual prazer de condução, sob uma excelente performance ambiental e de se-gurança.

Algarve Historic Festival vai reunir 320 carros

SUV CX-5 RECEBE METAL DE 1800 MPA

Mazda investe na utilização de aço de alta resistência

Toyota partilha avaliação de sustentabilidade

A Toyota publicou os relatórios de sustentabilidade referente à atividade mundial e europeia durante o ano fiscal, compreendido entre abril 2010 e março deste ano. Estes relatórios da Toyota Japão e Toyota Europa retratam as operações do fabricante mundial num período em que os contextos económico, social e ambien-tal foram ameaçados, exigindo às organi-zações, como a Toyota, medidas adicionais de sustentabilidade.

Disponíveis para consulta na Internet (http://www.toyota.eu/sustainability), os relatórios agora divulgados integram uma mensagem do presidente Akio Toyoda so-bre a visão da Toyota para a área ambiental e eficiência em prol da sustentabilidade, recuperando a atuação e responsabilidade do fabricante automóvel no impacto da recente catástrofe do terramoto no Japão, assim como o contributo dos automóveis para a construção de uma sociedade de baixo carbono.

Neste campo, e em especial no relatório da Toyota Europa, destaca-se a redução alcançada em 1,7% da média de emissão de CO2 nos modelos vendidos pela Toyo-ta e Lexus, e um acumulado de 23,5% de redução desde o ano fiscal de 2006. Esta redução fixou a média de CO2 em 130 g/km, resultando do investimento contínuo na inovação de novas tecnologias como o Toyota Optimal Drive ou na promoção de sistemas híbridos, na Toyota ou na Le-xus.

O compromisso da Toyota com a redu-ção de CO2 vai para além dos automóveis, estendendo-se às operações de produção, de logística e de vendas. Desde 2007 a Toyota conseguiu reduzir em 31% as emis-sões de CO2 provenientes das fábricas na Europa. Na distribuição e logística de via-turas e peças, a Toyota Europa reduziu as emissões de CO2 em 37% e 40% respeti-vamente, desde 2006.

O exigente contexto económico permi-tiu à Toyota a oportunidade de demons-trar o seu compromisso com os parceiros, comunidade e diferentes públicos, através do envolvimento em mais de 150 projetos que resultaram na contribuição de 4,99 milhões para atividades de contribuição social.

Em Portugal, e em linha com a estra-tégia global de sustentabilidade, a Toyota Caetano Portugal procedeu ao longo de 2010-2011 à consolidação dos indicadores de desempenho ambiental (KPIs), dando continuidade a iniciativas como “Campa-nha mês verde” em toda a rede Toyota, ou programas de Kaizen e de eficiência na Fábrica de Ovar. Para além das iniciativas “1 Toyota, 1 árvore” ou o teste em curso para a mobilidade sustentada com cinco viaturas Prius Plug-in, destacam-se neste período a reestruturação do Ecocentro XXI na empresa, e o prémio de Ecoefi-ciência Energética “Empresa Eficiente”, atribuído pela Direção-Geral da Energia e ADENE.

sexta-feira, 21 outubro de 2011IV

O Mazda CX-5 vai ter lançamento global no início de 2012.

Nicha Cabral vai reencontrar o carro com que correu em Monza em 1964.

Mazda 3 testado na Alemanha

Mazda continua a ter resultados positivos na prova de resistência da revista alemã Auto Bild. Depois do 6 e do 5, coube agora ao 3 completar com distinção os 100 mil km daquele teste de resistência.O modelo do segmento C registou um defeito no teste realizado ao longo de dois anos, com uma fixação de plástico na tampa cobertura do compartimento de bagagem. Isto significa que Mazda 3 alcançou a pontuação máxima, tornando-se, assim, no terceiro modelo da marca a alcançar o ‘top 3’ do exigente teste de resistência da Auto Bild, algo que nenhum outro construtor alguma vez conseguiu. “A Mazda é o local preferido para quem procura um automóvel livre de preocupações”, escreveram os editores da Auto Bild na sua conclusão, acrescentando “que a lendária fiabilidade japonesa ainda está viva e recomenda-se”.

No relatório da Toyota Europa destaca-se a redução alcançada em 1,7% da média de emissão de CO2 nos modelos vendidos pela Toyota e Lexus

Oficinas Kia em contraciclo

No caso da Kia, importada para Portugal pela MCK Motors, o crescimento do parque da marca sul-coreana tem permitido às oficinas nacionais da marca algum contraciclo à quebra generalizada

na afluência de viaturas. “A rede de reparadores autorizados Kia é uma maioritariamente multimarca. Ou seja, o após-venda Kia está integrado em infraestruturas que trabalham também com variadas outras marcas, na maior parte das vezes de maior volume e parque circulante. Desta forma, embora tenhamos conhecimento de que o movimento normal das oficinas tem sofrido uma tendência de queda, na Kia essa tendência não é tão notória, ou mesmo ligeiramente contrária, em virtude do crescimento acentuado do parque circulante desde 2007”, avançou à “Vida Económica” o diretor de após-venda da MCK Motors, Francisco Águas de Oliveira. “Para além disso, a Kia especificamente tem implementado uma politica de atenção ao cliente que estamos convictos ter uma influência positiva de fidelização à rede oficial”, acrescentou a mesma fonte. No que se refere à taxa de fidelização às oficinas da marca, Francisco Águas de Oliveira recorda que “todos os modelos Kia contam com a garantia de sete anos”, pelo que “é muito elevada e não comparável à de outras marcas com períodos de garantia tradicionais” de dois ou três anos. “Para além de transmitir confiança no produto, o que tranquiliza os potenciais clientes a optarem pela marca Kia, é sem dúvida uma excelente ferramenta de fidelização do cliente. Naturalmente, a garantia do fabricante tem sido acompanhada por uma politica ativa de comunicação e ações de após-venda de forma a reforçar a tranquilidade dos nossos clientes”, remata o diretor de após-venda da MCK Motors.

AP

Os números da fidelização dos clientes às oficinas de marca no período pós-garantia indicam valores mais baixos em Portugal do que no resto da Europa, segundo dados da consultora GiPA. Os quatro importadores contactados pela “Vida Económica” salientam, no entanto, que não acordaram tarde para o segmento de assistência às viaturas com mais idade.

AQUILES [email protected]

Os importadores de automóveis afirmam-se acordados para o após-venda. Recorde-se que, numa en-trevista publicada pela “Vida Eco-nómica” no suplemento ARAN de 23 de setembro, o diretor-geral da consultora GiPA Portugal, Guiller-mo de Llera, defende que as ofici-nas de marca já estão a acordar para a importância deste mercado na globalidade do negócio automóvel, mas que demoraram a fazê-lo.

“Nos últimos seis anos, as ofici-nas autorizadas perderam 6,5% do total de carros reparados, situando-se neste momento a sua quota de mercado em menos de 20%, o valor mais baixo de todos os países da Europa Ocidental”, indicou o especialista.

Renault lembra Motrio O diretor de comunicação da

Renault Portugal disse à “Vida Económica” que a marca “não tem por hábito comentar afirmações de terceiros”. Ricardo Oliveira sa-lientou, ainda assim, que “desde há muitos anos que a Renault trabalha para fidelizar os seus clientes às ofi-cinas da rede oficial da marca, com produtos e intervenções de preço ‘garantido’ com, inclusivamente, a comercialização da marca Motrio, que, para além de oferecer peças multimarca, oferece peças para ve-ículos com idades mais elevadas e onde o custo das intervenções pode ser mais elevado, etc.”.

A mesma fonte não revela a taxa aproximada de fidelização dos clientes à manutenção oficial da Renault no período pós-garantia. Ainda assim, garante estar “mui-tíssimo acima do número [menos de 20% de quota] que é citado na intervenção”.

Toyota assiste muitos modelos com vários anos

David Reis, membro da direção e adjunto da administração da Toyo-ta Caetano Portugal, também não concorda com a afirmação de Guil-

lermo de Llera. “Na Toyota são co-muns e vários os exemplos de ações de marketing desenvolvidas para promover e adaptar o serviço aos nossos clientes, remontando ao pas-sado e com uma avaliação positiva para os resultados da nossa rede”, disse-nos aquele responsável, que exemplifica como serviços “adap-tados às necessidades dos clientes” o “smart repair”, o menu de preços ou o “express service”.

“De forma a esclarecer e apro-ximar os serviços ao cliente, são frequentes iniciativas de check-ups gratuitos e a adoção de preços fe-chados na rede Toyota, comple-mentando todas as ações com as mais variadas formas de comunicar com os nossos clientes”, salienta David Reis, antes de acrescentar que “estas ações são programadas de forma sistemática”.

Na Toyota, garante a nossa fon-te, o negócio sempre foi analisado de forma consolidada. “Este po-sicionamento permite-nos ajustar os serviços às rotinas, necessidades e expectativas dos proprietários Toyota. Esta abordagem acompa-nha o cliente desde a compra até à sua fidelidade à marca pelo serviço de após-venda e tem-nos permitido crescer com uma maior oferta de produtos ou de sinergias de negócio que permitem oferecer um serviço com elevado padrão de qualidade a custos perfeitamente razoáveis”, salienta.

Quanto à taxa de fidelização dos clientes Toyota à marca, David Reis

aponta que a garantia de cinco anos é um bom auxílio. “Conseguimos ganhar a confiança dos nossos clientes durante esse período, que é prolongada após o período de ga-rantia com valores de retenção de quase 50%. Este valor é um claro sinal de confiança na qualidade que o serviço Toyota presta ao cliente, mesmo quando se trata de proprie-tários de viaturas com mais idade”, refere a nossa fonte.

O adjunto da administração da Toyota Caetano Portugal destaca, aliás, ser comum a marca prestar assistência a viaturas “com mais de 20 ou 30 anos” ainda em circula-ção. “Para além de comprovarem a fidelidade à marca, mostram tam-bém a fiabilidade e longevidade dos modelos Toyota”,afirma.

Suzki vê perfil de operadores a mudar

Ana Guerreiro, diretora de ven-das e marketing da Cimpomóvel Veículos Ligeiros, empresa que importa a também japonesa Su-zuki, avisa que um novo canal está a surgir no após-venda automó-vel. “Aquilo a que se está a assistir em 2011, infelizmente, não é um mercado animado, mas sim um mercado em crescente retração no que diz respeito ao serviço, quer em oficinas autorizadas, quer em ofi-cinas independentes. Efetivamen-te, existem mais campanhas, mas com que resultados? No entanto, as vendas de peças apresentam uma

quebra menor, ou seja, um novo ca-nal está a emergir, o das ex-oficinas independentes e das ex-oficinas de marca”, disse-nos Ana Guerreiro.

A mesma fonte explica que, “em virtude da atual conjuntura veem-se obrigadas a encerrar a atividade oficial, mas continuam a operar no circuito da antiga carteira de clientes que em busca de menores custos, procuram alternativas mais económicas. Acreditamos pois que as perdas são conjuntas e para este novo canal”, defende.

Ana Guerreiro afirma que a Su-zuki sempre esteve atenta ao perí-odo pós-garantia e, por isso, “todos os anos” desenvolve iniciativas e campanha para os clientes. “Desde preços tudo incluídos até substi-tuições por valores simbólicos, os clientes Suzuki têm recebido sem-pre por parte da marca uma aten-ção especial, atendendo às necessi-dades quer da época do ano, quer da idade da viatura”, salienta.

Talvez por isso, a taxa de fideli-zação dos clientes à manutenção oficial da marca no período pós-ga-rantia “é alta e tem um afastamento diferente da média do mercado”, segundo a diretora de vendas e ma-rketing da Cimpomóvel Veículos Ligeiros. “Ou seja, a curva de di-minuição de fidelização começa a fazer-se sentir após o sexto, sétimo ano de idade da viatura, quando a nossa garantia é de três anos. Po-demos dizer que no primeiro ano após o fim da garantia, os nossos valores situam-se nos 75%”, indica.

IMPORTADORES COMENTAM AFIRMAÇÃO DE TEREM DESPERTADO TARDE PARA OFICINAS E PEÇAS

Marcas estão bem acordadas para o após-venda

sexta-feira, 21 outubro de 2011 V

As marcas garantem que não estão a acordar apenas agora para o após-venda.

Na Kia a tendência é contrá-ria, em virtude do crescimen-to do parque desde 2007.

“Após-venda de primordial importância para a Nissan”“O pós-venda sempre foi uma área de primordial importância para a Nissan e desde sempre que a estratégia da companhia é a de prestar um serviço de excelência aos seus clientes”, disse à “Vida Económica” António Pereira Joaquim, o diretor de comunicação da Nissan em Portugal. No meio empresarial, os fatores externos, como por exemplo a concorrência, são, segundo a mesma fonte, “tão importantes como os fatores internos”, como a gama de produtos.“As modificações que o ‘block exemption regulations’ veio trazer ao mercado, o consequente crescimento de redes independentes, o

envelhecimento do parque circulante, são fatores que, entre outros, têm como natural consequência a continua adaptação do nosso plano de negócios. Por isso a Nissan tem vindo, nos últimos anos, pró-ativamente e na tentativa de antecipar alguns destes fatores externos, a trabalhar no sentido de responder a estas alterações de mercado”, defende Pereira Joaquim. A conjuntura económica e a situação do mercado automóvel em Portugal, sendo fatores determinantes, são tidas em conta nas ações e campanhas que a Nissan desenvolve, de acordo com o porta-voz da marca japonesa em Portugal.

Setembro foi mais um mês complicado para quem está no mercado automóvel. Aliás, como já se previa. As vendas torna-ram a descer, tendo sido comercializadas apenas 9220 unidades no mercado dos automóveis ligeiros de passageiro. O que significa uma forte quebra de quase 34%, face a igual período do ano passado.

A tendência é de um agravamento nes-te segmento. Em termos acumulados, nos nove primeiros meses, as vendas de auto-móveis ligeiros de passageiros atingiram apenas 123 540 unidades, o que implicou uma descida de 23,5%, comparativamente a período homólogo do ano passado. O re-flexo da crise não se faz sentir apenas neste segmento. Os comerciais ligeiros apresen-taram, nos nove primeiros meses, a quebra mais acentuada (menos 24,8%), o que tra-duz as dificuldades económicas que as em-presas atravessam.

A tendência será para este se apresentar como um dos piores anos de sempre no que toca às vendas de automóveis. As fa-mílias estão sobreendividadas, a compra de automóvel está a ser constantemente pror-rogada, os receios de desemprego passaram a contagiar toda a gente, há mais vontade de poupança do que em promover o con-sumo interno. Para se ter uma ideia da di-mensão do que se está a passar, basta ter em conta que as dez marcas mais vendidas em Portugal registaram todas quebras nas vendas.

A liderança ainda cabe à Renault, com uma quota de mercado de 10,8%, mas foi a marca que mais desceu de Janeiro a Se-tembro, com uma quebra superior a 33%. A marca com o segundo pior registo foi a Seat (menos 27,2%). Ainda que, a baixar as vendas, a VW continua a sua aproximação à Renault, contando com uma quota de 9,8% no mercado nacional. Curiosamente, a BMW e a Mercedes estão integradas no ranking das marcas mais vendidas no mer-cado nacional, provavelmente devido ao lançamento de novos modelos, com preços

SEM SOLUÇÃO À VISTA

Vendas automóveis portuguesas aceleram quebra

SIVA reforçou liderança

A SIVA comercializou 19 349 automó-veis (23 440 em 2010) até setembro das cinco marcas de passageiros que importa: Volkswagen, Audi, Bentley, Lamborghini e Skoda. Aquele volume permitiu à empresa do grupo SAG obter um desempenho su-perior ao do mercado, do qual resultou o reforço da liderança entre os importadores e o incremento da quota de mercado para os 15,7% (14,5% no período homólogo de 2010).

A Volkswagen lidera o mercado de passa-geiros pelo terceiro mês consecutivo, atin-gindo um volume de vendas acumulado de 12 129 viaturas, a que corresponde uma quota de 9,8% (10,6% no 3º trimestre). A Audi, com 4995 veículos, alcança uma quo-ta de 4%, enquanto a Skoda vendeu 2221 viaturas, a que corresponde uma quota de 1,8%. Finalmente, a Bentley comercializou três unidades e a Lamborghini um veículo, no período considerado.

No mercado global de veículos ligeiros, o desempenho da SIVA caracterizou-se tam-bém por uma eficiência superior à média neste período, o que lhe permitiu reforçar a sua quota neste mercado em 1,4 pontos per-centuais, para os 14,2% (12,8% no mesmo período de 2010).

Esta quota corresponde à venda de 20 958 automóveis das seis marcas do gru-po Volkswagen representadas pela SIVA – Volkswagen, Audi, Bentley, Lamborghini, Skoda e Volkswagen Veículos Comerciais – entre janeiro e setembro de 2011 e traduz um decréscimo de 15,2% face ao período homólogo de 2010, num contexto domina-do pela quebra no mercado global de 23,7%. Com este desempenho, a SIVA reforça o pri-meiro lugar no ranking dos importadores de veículos ligeiros.

No mercado de veículos comerciais ligei-ros, a Volkswagen Veículos Comerciais, com 1607 veículos vendidos, é a única marca que cresce o que permite um reforço da quota de mercado, de 4% para 6,7%, e uma subida de quatro posições no ranking geral.

Portugal e Angola facilitam vistos

Portugal e Angola assinaram, no dia 16 de setembro, em Lisboa, um acordo que per-mite o alargamento do prazo dos vistos de entrada e possibilita múltiplas entradas dos cidadãos com um mesmo visto no território dos dois países. O acordo entrou em vigor no passado dia 1 de outubro.

O protocolo foi assinado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e pelo seu homólgo angolano, Georges Chikoti. Com este acordo, os vistos de curta duração podem ter 90 dias por semestre, no máximo de 180 dias por ano, com múltiplas entradas. Os vistos de curta duração tinham a duração máxima de 30 dias e podiam ser renovados duas vezes, sem múltiplas entradas.

Até agora, os vistos de trabalho eram de um ano, renováveis por duas vezes de igual período, no máximo de três anos. Os cida-dãos que solicitavam um visto tinham de ir ao seu país para fazer a renovação, mas, agora, os vistos de trabalho têm a duração máxima de três anos, mas com múltiplas en-tradas e saídas.

O acordo prevê uma maior rapidez na concessão de vistos. O período para obter uma autorização de curta duração pode de-morar oito dias e um mês para os vistos de trabalho. As autoridades portuguesas clas-sificam o acordo de “histórico”, porque vai permitir “um novo ciclo na mobilidade de cidadãos dos dois países, com um evidente desenvolvimento das relações económicas e laborais”.

sexta-feira, 21 outubro de 2011VI

RENAULT PERDE QUOTA DE MERCADO (JANEIRO A SETEMBRO)

Marcas Unidades Variação % no mercado

2011 2010 % 2011 2010

Renault 13 282 19 974 -33,5 10,8 12,4

VW 12 160 13 670 -11 9,8 8,5

Peugeot 10 512 13 290 -20,9 8,5 8,2

Opel 9 432 11 700 -19,4 7,6 7,3

Ford 8 583 11 086 -22,6 7 6,9

Citroen 7 392 9 451 -21,8 6 5,9

Seat 7 224 9 920 -27,2 5,9 6,2

Fiat 5 879 7 834 -25 4,8 4,9

BMW 5 797 7 146 -18,9 4,7 4,4

Mercedes 5 472 6 596 -17 4,4 4

VAPeças oferece condições especiaisa associados ARAN

A VAPeças, insígnia da VAP para o mer-cado de peças originais de várias marcas, nomeadamente Volkswagen, Audi, Skoda, Seat, Hyundai, Kia, Mazda, Mitsubishi, Lancia, Alfa Romeo, Fiat, Iveco, Land Ro-ver, Chrysler, Jeep, Dodge e MG-Rover, oferece condições excecionais aos associados da ARAN na aquisição de peças e acessórios.

Com esta parceria, os associados da ARAN passam a usufruir de condições comerciais de desconto que podem ultra-passar os 40%. Além disso, podem bene-ficiar ainda de mais 1,5% adicionais de bonificação na aquisição de peças a pronto pagamento. Os clientes que anualmente atinjam um volume de compras significa-tivo podem ainda atingir uma bonificação sobre o total das compras anuais.

Acreditamos que esta será uma parceria de sucesso e que trará benefícios para os associados da ARAN, pois reúne preços e descontos competitivos aliados a um bom nível de serviço.

Com um atendimento personalizado através do número 229 050 520 do seu Call Center, a VAPeças proporciona en-tregas diárias e bidiárias gratuitas em todo o país aos reparadores independentes ou outras oficinas associadas da ARAN. Sob o lema “QUANDO PRECISAR, PEÇA”, a VAPeças está à disposição dos clientes em vários canais, desde a Internet, com um sis-tema de encomendas e consulta de stock online disponível em http://pecas.vap.pt ou por email [email protected], até ao já referi-do call center, passando pelo contacto dire-to assegurado por uma equipa de vendedo-res itinerantes, inteiramente dedicados ao acompanhamento no terreno dos clientes profissionais do setor.

A capacidade de inovação é um dos trun-fos fundamentais da VAP. Assim, dispomos de uma ferramenta desenvolvida interna-mente que disponibiliza o stock online, onde os clientes podem efetuar as suas en-comendas. Por um lado, permite aos clien-

tes trabalharem 24 horas com um stock de vários milhares de referências sem custos, por outro reduz o tempo de atendimento e consequentemente a satisfação dos clientes.

Num mercado em forte concorrência a VAPeças aposta em ter preços e descontos competitivos para atingir o sucesso. Daí a aposta no desenvolvimento de redes de parceria sustentáveis, muito para além da simples relação fornecedor cliente, como é o caso deste compromisso com os associa-dos da ARAN.

Para mais informações:

VAP Amieira – Via Norte4465-275 S. Mamede de InfestaTel: 229 050 500E-mail: [email protected]://pecas.vap.pt

Fonte: ACAP

mais competitivos. Quanto às marcas topo de gama, essas também se estão a afundar, o que significa que a crise também chegou

às carteiras mais recheadas. Porsche, Jaguar ou Ferrari estão longe do sucesso de outros tempos.

A liderança ainda cabe à Renault, com uma quota de mercado de 10,8%, mas foi a marca que mais desceu de Janeiro a Setembro.

O direito de retenção constitui um direito real de garantia (garantia de cré-ditos, de dívidas de dinheiro ou valor) que decorre diretamente da lei, ou seja, surge sem necessidade de declaração judicial.

Encontra-se previsto no artigo 754º do Código Civil, que dispõe o seguin-te: “O devedor que disponha de um crédito contra o seu credor goza do di-reito de retenção se, estando obrigado a entregar certa coisa, o seu crédito resul-tar de despesas feitas por causa dela ou de danos por ela causados”.

No entanto, para que este direito possa ser exercido, devem se verificar três requisitos em simultâneo, a saber:

se deve entregar a outrem;

detentor da coisa e aquele a quem está obrigado a entregá-la (a pessoa com di-reito à restituição);

entre a coisa retida e o crédito de quem exerce o direito de retenção.

-tenção lícita sempre que, por exemplo, uma viatura seja entregue numa oficina para que seja efetuada uma determina-da reparação. Reparação cujo valor não vem, posteriormente, a ser pago pelo devedor (em princípio, o proprietário da viatura), nascendo assim, na esfera da oficina, um direito de crédito em relação ao mesmo.

Situação em que o crédito que surgiu na esfera da oficina está diretamente relacionado com despesas feitas com a viatura, relativamente à qual a oficina pode exercer o direito de retenção.

Havendo injustificada recusa por parte

do proprietário do pagamento do preço, o prestador de serviço da reparação dis-põe de direito de retenção sobre a viatura.

Verificando-se, num determinado caso concreto todos os pressupostos mencionados, pode o detentor da coisa (viatura) retê-la, pressionando assim o devedor a fazer o pagamento do preço, podendo mesmo não entregar a viatura enquanto o seu crédito não for satisfeito.

Pode também o detentor executar a coisa e fazer-se pagar à custa do seu valor, com preferência sobre os demais credores.

O direito de retenção assume, assim, para além de uma função de garantia dos créditos, também uma função co-ercitiva, pois o credor retém a coisa que devia entregar para garantir e compelir/obrigar o devedor a pagar-lhe o que lhe é devido.Direito de retenção por despesas motivadas pela recusa de levantamento de viatura ou abandono

Sucede, por vezes, que uma determi-nada viatura é entregue numa oficina com vista à sua eventual reparação, que, no entanto, não chega a ser decidida, e por isso, também não chega a ser efe-tuada.

fica nas oficinas durante longos perío-dos de tempo sem que o proprietário proceda ao seu levantamento, ocorren-do mesmo, em certos casos, o abando-no das viaturas.

Ora, nestes casos, a oficina deve no-tificar o proprietário da viatura para proceder ao levantamento, conceden-do -lhe um determinado prazo, sob pena de, a partir daquele momento, e

em virtude de o espaço ocupado pela viatura em causa ser essencial para a prestação de serviços da oficina, se pas-sar a cobrar um determinado montante diário, a título de indemnização por ocupação indevida do espaço.

Este tipo de crédito que surge na esfera da oficina justifica-se pela ocor-rência de prejuízos, motivados pela permanência do veículo nas instalações da mesma.

Prejuízos ocasionados com a ocupa-ção ilícita do espaço (ilícita, pois o pro-prietário da viatura, não obstante ter sido intimado para proceder ao levan-tamento da viatura após a frustração da reparação, assim não procedeu).

fixada num quantitativo diário.Exercer o direito de retenção para ga-

rantia do pagamento deste quantitativo (dos prejuízos) não parece ser possível, visto que, neste caso, estamos perante uma obrigação de indemnização do proprietário em relação à oficina pelos prejuízos resultantes da permanência do veículo nas suas instalações.

Ou seja, estamos no âmbito da res-ponsabilidade civil extracontratual, sen-do necessário que a oficina, enquanto lesada, prove a ocorrência do ato ilícito (não levantamento da viatura pelo pro-prietário após ter sido para tal intimado), a culpa, o dano (os prejuízos) e o nexo de causalidade entre o acto ilícito e o dano.

Ora, conforme já referimos, o direi-to de retenção decorre diretamente da lei, surgindo sem necessidade de prévia declaração judicial, enquanto estes pre-juízos, resultantes da ocupação indevi-da do espaço terão que ser declarados judicialmente.

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CIVIL

Transfere a competência da concessão do passaporte comum dos governos civis para o diretor na-cional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, procedendo à quarta al-teração do Decreto-Lei nº 83/2000, de 11 de maio, que aprova o regime legal da concessão e emissão do passaporte eletrónico português.

Segunda alteração à Portaria nº 1245/2006 de 25 de agosto, que define o regime das taxas aplicadas à emissão do passaporte eletrónico.

ECONOMIA

Define as condições de atribui-ção do Passe Social+ e os proce-dimentos relativos à operaciona-lização do sistema que lhe está associado.

Define os indicadores de liquidez geral e autonomia financeira com vista ao acesso e permanência na atividade de construção das empre-sas do setor e fixa os respetivos valo-res de referência e revoga a Portaria nº 971/2009, de 27 de agosto.

Cria a tarifa social de forneci-mento de gás natural a aplicar a clientes finais economicamente vulneráveis.

Cria o apoio social extraordinário ao consumidor de energia.

Uniformiza a jurisprudência no sentido de que o disposto no arti-go 147º do Código de Processo nos Tribunais Administrativos relativo aos processos urgentes não afasta a aplicação do artigo 142.º, nº 5, do mesmo código.

Altera o regime de licenciamen-to e fiscalização da prestação de serviços e dos estabelecimentos de apoio social, regulado pelo Decreto-Lei nº 64/2007, de 14 de março, contemplando os princípios de sim-plificação e agilização do regime de licenciamento previstos no Decreto-Lei nº 92/2010, de 26 de julho, e atualiza as remissões e referências legislativas constantes do Decreto-Lei nº 64/2007, de 14 de março.

Fixa a percentagem do apoio social extraordinário ao consumidor de energia a aplicar nas faturas de eletricidade e de gás natural aos clientes finais elegíveis.

Estabelece os procedimentos, os modelos e as demais condições necessárias à atribuição, aplicação e manutenção do apoio social extra-ordinário ao consumidor de energia.

Elimina a taxa reduzida de IVA sobre a eletricidade e o gás natural, com a consequente sujeição destes bens à taxa normal.

pagamento de dívidas à Segurança Social em prestações.

quer se trate de pessoa singular ou de pessoa coletiva, o pagamento das dívi-das à Segurança Social em prestações através de um acordo com a Secção do Processo. Também as empresas em processo de insolvência, em procedi-mento extrajudicial de conciliação ou com contrato de consolidação finan-ceira e de reestruturação empresarial podem requerer um acordo extraordi-nário.

Contudo, é necessário que se faça prova de que o pagamento em pres-tações é indispensável para a recupe-ração da empresa, que o acordo não é menos favorável para a Segurança Social do que para o conjunto dos res-tantes credores, que a empresa apre-senta uma garantia idónea de valor suficiente e que a empresa retoma o pagamento das contribuições para a segurança social desde a data do pedi-do de acordo extrajudicial ou da ação judicial.

O prazo para apresentação do re-querimento é de 30 dias após a cita-ção do contribuinte, sendo a decisão proferida assim que se mostrem reu-nidos os requisitos legais menciona-dos no anterior paragrafo.

O contribuinte pode pagar as presta-ções dentro dos prazos abaixo indica-dos e sempre que se demonstre que o executado não tem condições económi-cas para solver a dívida de uma só vez.

PESSOAS SINGULARES

a) até 36 meses (sem limite mí-nimo)

b) até 60 meses quando a dívida exequenda for superior a 5100,00)

c) até 120 meses, quando, cumu-lativamente, a dívida exequenda for superior a J 51000,00, o executado preste garantia e demonstre notória dificuldade financeira e previsíveis consequências económicas.

PESSOAS COLETIVAS

desde que comprove a impossibili-dade de pagar de uma só vez.

b) Excecionalmente, pode ser deferido o pagamento em 120 prestações.

O valor da prestação a liquidar é calculado com base num parcela fixa, isto é, o valor do capital em dívida a dividir pelo número de prestações, e uma parcela variável, o corresponden-te ao valor dos juros em falta, sendo tal montante atualizado mensalmen-te e o valor das custas, a dividir pelo número de prestações que ainda falta

mês a que disser respeito. -

tribuinte, além do dever de pagar as contribuições mensais à Segurança Social, tem o dever de pagar a pres-tação do plano de pagamento ou do acordo durante o mês a que disser res-peito.

-tações sucessivas ou seis interpoladas leva, que o acordo fique sem efeito, sendo a dívida exigível na totalidade e imediatamente.

Regularização de dívidas à Segurança Social

sexta-feira, 21 outubro de 2011 VII

Foi publicada, em Diário da República, a Lei nº 51-A/2011 de 30 de setembro, que elimina a taxa reduzida do IVA sobre a eletricidade e o gás natural com a consequente sujeição desses bens à taxa normal. O referido di-ploma entrou em vigor no dia 1 de outubro de 2011.

São revogadas as verbas 2.12 e 2.16 da lista anexa ao Código do IVA.

No caso de transmissão de bens de caráter continuado resul-tante de contratos que deem lu-gar a pagamentos sucessivos, as alterações introduzidas pelo pre-sente decreto-lei a que se refere o nº anterior apenas se aplicam às operações aí previstas, derro-gando-se para o efeito o disposto no nº 3 do artigo 7º e no nº 9 do artigo 18º do Código do IVA.

Direito de retenção

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Considera-se falta a ausência de trabalhador do local em que devia desempenhar a atividade durante o período normal de trabalho diário.

Em caso de ausência do tra-balhador por períodos inferiores ao período normal de trabalho diário, os respetivos tempos são adicionados para determinação da falta.

As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.

Para os devidos efeitos são consideradas justificadas as se-guintes faltas:

-guidos, por altura do casamento;

do cônjuge, parente ou afim;

de prova em estabelecimento de ensino;

-dade de prestar trabalho devido a facto não imputável ao traba-lhador, nomeadamente obser-vância de prescrição médica no seguimento de recurso a técni-ca de procriação medicamente assistida, doença, acidente ou cumprimento de obrigação le-gal;

assistência inadiável e imprescin-dível a filho, a neto ou membro do agregado familiar de traba-lhador;

a estabelecimento de ensino de responsável pela educação do menor por motivo da situação educativa deste, pelo tempo es-tritamente necessário, até quatro horas por trimestre, por cada um;

estrutura de representação cole-tiva dos trabalhadores;

-blicos;

pelo empregador;

considerada;-

tivo de Trabalho do Setor Auto-móvel vem indicar como sendo faltas justificadas as seguintes:

-dente ou doença de qualquer

consecutivos por falecimento do cônjuge não separado de pessoas ou bens ou pessoas com quem o

trabalhador viva maritalmente,

linha reta;

consecutivos por falecimento de outros de outros parentes ou

colateral ou de pessoas que vi-vam em comunhão de vida e habitação com os trabalhadores; tais faltas são dadas a partir do momento em que o trabalhador tive conhecimento do faleci-mento, desde que esse conheci-mento se verifique até oito dias após o facto, sob pena da a rega-lia caducar;

-mento de funerais das pessoas supra referidas quando o funeral não tiver lugar nos dias supra in-dicados.

-guidos, por altura do casamento;

-lação em vigor sobre a parenta-lidade;

-pensável para prestação de assis-tência inadiável a membros do agregado familiar do trabalha-dor, considerando-se como tal o cônjuge, parentes e afins e bem

assim quaisquer outras pessoas que com ele vivam em comu-nhão de mesa e habitação;

-pensável ao desempenho de fun-ções em associações sindicais ou em quaisquer outros organismos legalmente reconhecidos que promovam a defesa dos interes-ses materiais ou culturais dos trabalhadores;

de força maior, em consequência do cataclismo, inundações, tem-pestade e situações extraordiná-rias semelhantes, impeditivas de apresentação do trabalhador ao serviço;

-ção, devidamente comprovada, de autoridade judicial, militar ou policial;

-tenção ou prisão preventiva do trabalhador, enquanto não se ve-rificar a prisão efetiva resultante de decisão condenatória;

-sário para exercer as funções de bombeiro, se como tal o traba-lhador estiver inscrito;

trabalhador doar sangue;

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tidade patronal. Algumas destas faltas não de-

terminam a perda de retribuição.O trabalhador tem o dever de

dar conhecimento à entidade patronal com a maior brevidade possível do motivo da falta.

Em situações de manifesta urgência ou sendo uma situação imprevisível, deverão ser trans-mitidos no mais curto período possível após a ocorrência.

Os pedidos de dispensa ou as comunicações de ausência de-vem ser feitas por escrito, em do-cumento próprio e em duplica-do, devendo um dos exemplares, depois de visado, ser entregue ao trabalhador.

No caso em que as faltas deter-minem perda de retribuição, esta poderá ser substituída, se o tra-balhador expressamente assim o preferir, por perda de dias de fé-rias, na proporção de um dias de férias por cada dia de falta, desde

ou da correspondente proporção se se tratar de férias no ano de admissão.

O trabalhador tem direito a subsídio de Natal de valor igual a um mês de retribuição base.

do Contrato Coletivo de Trabalho, os trabalhadores com pelo menos

-mento do subsídio de natal corres-pondente a um mês de retribuição.

No caso de os trabalhadores terem cumprido menos de seis meses de antiguidade, e nos casos em que o contrato cesse antes da data do pagamento do subsídio, os mesmos tem direito ao paga-mento dos proporcionais corres-pondentes ao tempo de serviço prestado, sendo que, sempre que durante um mês o trabalhador

-rante um mês, essa fração contará como um mês completo.

Verificando-se suspensão do contrato de trabalho por qual-quer impedimento prolongado do trabalhador, o mesmo tem direito ao recebimento da totali-dade do montante do subsídio de natal, tanto do ano de suspensão como no ano de regresso, desde que tenha efetivamente prestado seis meses de serviço.

No caso de não ter atingido os seis meses completos, o trabalha-dor terá direito ao recebimento dos proporcionais, contando-se também neste caso sempre qual-quer fração de um mês como completo, se forem prestados

Para efeitos do calculo do sub-sídio de Natal dos trabalhadores que auferem uma retribuição mista, composta por uma parte fixa e uma parte variável, deve considerar-se a média da parte

meses acrescida da parte fixa aufe-rida no momento do pagamento.

O valor do subsídio de Natal será pago conjuntamente com a retribui-ção do mês de novembro, e, apenas em casos de dificuldades económi-cas da empresa e com o acordo dos trabalhadores, o subsídio poderá ser

Relembramos que a este regi-me, acresce a obrigação excecional de o empregador (com referência

proceder a retenção de quantia

do valor devido pelo subsídio de

retenções e as contribuições para regimes de proteção social e, para

-da o valor do salário mínimo na-

J. Nos casos em que o valor do

subsídio de natal seja pago fracio-nada e mensalmente, o empre-gador deve efetuar a retenção no momento de cada pagamento, da parte proporcional da sobretaxa extraordinária.

Os montantes retidos pelas entidades devem ser entregues

partir da retenção e nunca depois

O contrato de trabalho pres-supõe a existência de uma re-lação de trabalho complexa, de que emergem direitos e de-veres quer para o empregador quer para o trabalhador.

Desde logo, o dever princi--

ção de uma tarefa/atividade, no entanto, para a prestar o mesmo tem assegurados deter-minados direitos.

Assim, constituem deveres do empregador e, em conse-quência, direitos do trabalha-dor:

-lhador com urbanidade e pro-bidade;

-tribuição;

-ções de trabalho sob o ponto de vista físico e moral;

-to da produtividade e empre-gabilidade do trabalhador, proporcionando-lhe formação profissional adequada;

-nica do trabalhador;

cargos em estruturas de re-presentação dos trabalhadores (ex.: comissões de trabalhado-

profissionais, tendo em conta

-de do trabalhador;

informação e formação ade-quada para prevenir riscos de acidente ou doença;

-gisto dos trabalhadores, com indicação de nome, datas de nascimento e admissão, tipo de contrato, categoria, promo-ções, retribuições, informa-ções relativas a ferias e faltas, mas apenas impliquem perda da retribuição ou diminuição de dias de férias.

-balhador, o mesmo deve pau-tar a sua conduta da seguinte forma:

seus superiores hierárquicos, os colegas de trabalho, assim como fornecedores, clientes e outros, com urbanidade e pro-bidade;

-gente em ações de formação profissional;

-truções do empregador respei-tantes à execução e disciplina do trabalho, bem como à se-

-pregador, não negociando por conta própria ou alheia em concorrência com ele, nem divulgando informações

métodos de produção e negó-cios;

-de de reparação de automó-veis, está vedada a prestação de serviços a qualquer outra entidade, mesmo que efetuada fora da hora do serviço;

-cionados com o trabalho que lhe forem confiados pelo em-pregador;

para a melhoria da atividade empresarial;

-balho;

-

-lho distribuídos pela empresa nas horas de serviço e mantê-los em boas condições de apre-sentação.

Em conclusão, é importante que tanto o empregador como o trabalhador devem agir de boa fé no exercício dos seus direitos e no cumprimento das respetivas obrigações.

Faltas

Subsídio de Natal Direitos e deveres do trabalhador

e do empregador

sexta-feira, 21 outubro de 2011VIII

O Regulamento (CE) n.º 1072/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de outubro estabelece as regras co-muns para o acesso ao mercado interna-cional rodoviário de mercadorias.

Este regulamento é aplicável aos trans-portes rodoviários internacionais de mer-cadorias por conta de outrem em trajetos efetuados no território da Comunidade, e também aplicável aos transportes na-cionais rodoviários de mercadorias efetu-ados a título temporário por transporta-dores não residentes.

Fora do âmbito de aplicação ficarão os seguintes tipos de transportes e deslo-cações sem carga relacionadas com esses transportes que não necessitam de licença comunitária e estão dispensados de auto-rização de transportes, entre outros, o:

a) Transporte de veículos danificados ou avariados;

b) Transporte de mercadorias em veí-culos cujo peso total em carga autoriza-da, incluindo a dos reboques, não exceda 3,5 toneladas;

Como tem sido até à data de entrada em vigor do referido regulamento, os transportes internacionais eram efetuados a coberto de uma licença comunitária, emitida pelas autoridades competentes do Estado-Membro por períodos reno-váveis que não podiam exceder dez anos.

No entanto, as licenças comunitárias e cópias certificadas emitidas antes da data de aplicação do regulamento permane-cem válidas até ao termo do seu prazo de validade.

Convém referir que a licença comu-

nitária é emitida em nome do trans-portador e é intransmissível. Cada um dos veículos do transportador deve ter a bordo uma cópia certificada da licença comunitária, que deve ser apresentada sempre que for solicitada pelos agentes responsáveis pelo controlo.

O mesmo regulamento refere que qualquer transportador que seja titular de uma licença comunitária poderá ser-lhe emitido por um Estado-membro, o certificado de motorista.

Tal como a licença, o certificado de motorista é propriedade do transpor-tador, que o deve entregar ao motorista nele identificado quando este tenha de conduzir um veículo a coberto de uma licença comunitária de que o transpor-tador seja titular. Deverá o transportador conservar nas suas instalações uma cópia certificada do certificado de motorista emitida pelas autoridades competentes do Estado-Membro de estabelecimento do transportador. O certificado de moto-rista deve ser apresentado sempre que for solicitado pelos agentes responsáveis pelo controlo. Este deverá ter um prazo de va-lidade que não exceda os cinco anos, perí-odo a fixar pelo Estado-Membro emissor.

É também referido no presente regu-lamento, que os transportadores rodo-viários de mercadorias por conta de ou-trem que sejam titulares de uma licença comunitária, e cujos motoristas sejam titulares de certificados de motorista, ficam autorizados, nas condições referi-das no diploma, a efetuar operações de cabotagem.

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sexta-feira, 21 outubro de 2011 IX

Na atividade de prestação de serviços através de veícu-los pronto-socorro é neces-sário fazer-se acompanhar de vários documentos. No âmbito deste artigo, não se serão listados documentação específica do condutor, como Bilhete de Identidade (ou Cartão do Cidadão) e carta de condução, bem como o Documento Único (ou Titu-lo de Registo de Propriedade e Livrete).

No domínio da regula-mentação do acesso à ativida-de de transporte rodoviário, os pronto-socorros podem fi-car abrangidos pelos seguin-tes diplomas:

- Decreto-Lei n.º 257/2007, de 16 de julho, relativo ao transporte rodo-viário de mercadorias efe-tuado por meio de veículos automóveis ou conjunto de veículos de mercadorias, com

peso bruto igual ou superior a 2500 kg (alterado pelo De-creto-Lei n.º 136/2009);

- Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, estabelece o regime de aces-so e exercício da atividade de prestação de serviços com ve-ículos pronto-socorro;

Durante a realização de cada serviço de transporte ou reboque, deve estar a bordo do veículo pronto-socorro o caderno de registo que con-tém a descrição dos serviços efetuados, preenchidos de modo sequencial, com folhas numeradas e não destacáveis.

No domínio social, em função do peso bruto dos veículos e da distância do serviço em relação ao local de afetação, a principal regula-mentação a cumprir é:

- Regulamento (CE) n.º 561/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de

15 de março, relativo à har-monização de determinadas disposições em matéria social no domínio dos transportes rodoviários;

- Decreto-Lei n.º 237/2007, de 19 de junho, regula determinados aspetos da organização do tempo de trabalho dos trabalhado-res móveis em atividades de transporte rodoviário.

- Portaria n.º 983/2007, de 27 de agosto, é regulamenta-do as condições de publicida-de dos horários de trabalho do pessoal afeto à explora-ção de veículos automóveis propriedade de empresas de transportes e privativos de outras entidades.

Na tabela seguinte apre-senta-se um quadro resumo para documentação a cons-tar na prestação de serviços através de veículos pronto-socorro.

Transporte internacional rodoviário de mercadorias

Pronto-socorro – documentação durante o transporte

O velho aforismo que nos ensina que uma imagem tem um valor su-perior ao de mil palavras, pelos dias de hoje pode facilmente ser transmu-tado e sentenciar que, também um número valerá mais do que mil pa-lavras. Efetivamente, mais do que às palavras, é comum, socorrermo-nos de números para ilustrar um facto, justificar um argumento ou mesmo apresentar uma ideia. Nesta pers-petiva, não há realidade que possa escapar ao escrutínio estatístico e o mesmo se passa com a atividade do Centro de Arbitragem do Setor Auto-móvel (CASA).

A estatística é portanto uma lin-guagem universal, à qual podemos recorrer para apresentar o CASA pelo trabalho que efetivamente realiza, porque são as informações que pres-ta, as reclamações que recebe e as resoluções de conflitos que promove que fazem, de facto, aquilo que é o CASA.

Desde a sua entrada em funciona-mento, em abril de 1994, até agosto de 2011, o CASA já satisfez 22.407 pedidos de informação telefónicos, 4.633 atendimentos presenciais e, 1.991 consultas escritas.

O CASA tem vindo a prestar, ano após ano, cada vez mais informações. As informações prestadas durante o ano de 2010 superaram em 16% o ano de 2009. E, até agosto de 2011, já superámos o número de informa-ções prestadas no mesmo período de 2010 em 12%.

Por sua vez, a página internet www.centroarbitragemsectorauto.pt, renovada em 2008, também conta com uma visibilidade cada vez maior. Se as 12.618 visitas de 2008 foram claramente superadas pelas 17.839 de 2009, em 2010, o site recebeu

25.307 visitas, mais 42% do que as registadas em 2009. Em 2011, a tendência é para um aumento ainda maior, já que até 31 de agosto se registaram mais de 50% das visitas efetuadas durante o ano passado até ao início de setembro. Desde 2008 até ao fim de agosto, o CASA virtual já se mostrou por 78.178 vezes.

Se olharmos para o número das pessoas que, ao invés de recorrer aos tribunais judiciais, optam pelos serviços que o CASA disponibiliza, verificamos que, desde 1994, foram já 6.887 os que apresentaram pro-cessos de reclamação. Em 2011, o aumento face ao ano de 2010 já se pauta pelos 19%, ou seja, o CASA vem sendo reconhecido cada vez mais como uma resposta adequada às necessidades das pessoas, profis-sionais e empresas.

Por sua vez, o Tribunal Arbitral do CASA já realizou 757 diligências, das quais 199 foram Conciliações, e 358 Julgamentos.

Até agosto de 2011 foram resolvi-dos por mediação 1.262 processos de reclamação. Como mecanismo de resolução de litígios, a mediação vem ganhando uma relevância cada vez mais consolidada, não só pelo nú-mero de pessoas que optam por esta via – este ano, 29% mais mediações realizadas em igual período do ano passado – como também pelo núme-ro de processos resolvidos em media-ção – 24% acima do ano passado. A importância da mediação ganha ain-da outra notoriedade se tivermos em conta que, em 2010, 83% dos confli-tos resolvidos resultaram do trabalho efetuado pelos nossos mediadores em conjunto com as partes.

Se a estes acrescentarmos os pro-cessos resolvidos por conciliação,

concluímos que, 87% dos processos resolvidos resultaram de acordos obti-dos pelas partes antes do julgamento.

Outro número que espelha a dinâ-mica do CASA e confirma a sua cres-cente implantação como meio de re-solução de conflitos é o das empresas que, durante este ano, já aderiram ao CASA. Num ambiente económico crí-tico que vulnerabilizou o setor auto-móvel, é extremamente significativo que já contemos com um crescimen-to, de cerca de 128%, do número de empresas que optaram por confiar ao CASA a resolução de litígios que surjam no desenvolvimento da sua atividade económica. São empresas que demonstraram um claro reconhe-cimento das mais-valias que a adesão ao CASA acrescenta aos bens que co-mercializam e aos serviços que pres-tam. Garantindo eficiência na gestão de eventuais conflitos e beneficiando da importância de, diariamente, po-der contar com um serviço de infor-mação jurídica.

Lançando mão a mil números, mil palavras ou mil imagens, certo é que o Centro de Arbitragem do Setor Au-tomóvel irá continuar a trabalhar para superar os objetivos a que se propõe rumo à sua consolidação como uma entidade verdadeiramente a ter con-ta para quem todos os dias negoceia, utiliza ou trabalha com o veículo au-tomóvel.

Segundo o Artigo 116º do Código da Estrada, os auto-móveis ligeiros, pesados e seus reboques, estão sujeitos a inspeções para verificação das suas características e condi-ções de segurança, de acordo com o definido no Decreto-

Lei n.º 554/99, de 16 de de-zembro, alterado pelo Decre-to Lei n.º 136/2008, de 21 de julho.

Abaixo apresentamos a ta-bela com a Periocidade das Inspeções Obrigatórias, se-gundo a tipologia de veículo.

Inspeções periódicas

Veículos PeriodicidadeAutomóveis pesados de passagei-ros

Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida anualmente, até perfazerem sete anos; no 8º ano e seguintes, semestralmente

Automóveis pesados de mercado-rias

Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente, até perfazerem sete anos; no 8.° ano e seguintes, semestralmente

Reboque e semi-reboques com peso bruto superior a 3500 Kg, com excepção dos reboques agrí-colas

Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente, até perfazerem sete anos; no 8.° ano e seguintes, semestralmente

Automóveis ligeiros licenciados para transporte público de passa-geiros e ambulâncias

Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente, até perfazerem sete anos; no 8.° ano e seguintes, semestralmente

Automóveis ligeiros de mercado-rias

Dois anos após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente

Automóveis ligeiros de passagei-ros

Quatro anos após a data da primeira matrícula e, em seguida, de 2 em 2 anos, até perfazerem oito anos, e, depois, anualmente

Automóveis utilizados no trans-porte escolar e automóveis ligeiros licenciados para instrução

Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente, até perfazerem sete anos; no 8.° ano e seguintes, semestralmente

Restantes automóveis ligeiros Dois anos após a data da primeira matrícula e, em seguida anualmente

Automóveis pesados e reboques com peso bruto superior a 3500 kg utilizados por corporaçóes de bombeiros e suas associaçóes e outros que raramente utilizam a via pública, designadamente os destinados a transporte de ma-terial de circo ou de feira, reco-nhecidos pela Direcção Geral de Viação matrícula e, em seguida, anualmente

Um ano após a data da primeira

Âmbito Social Acesso e Exercício da Atividade

Ligeiros- Livrete Individual de Controlo

-Mapa de horário de trabalho (caso trabalhador tenha horário de trabalho fixo)

-Livro de registo, ou outro documento de transporte (ex.: guia de transporte);-Licença do Veículo emitida pelo IMTT

Pesados

<100 km

-Livrete Individual de Controlo-Mapa de horário de trabalho (caso trabalhador tenha horário

de trabalho fixo)

>100 km

-Registos relativos ao tempo de condução, pausas e períodos de repouso, que abranja os 28 dias anteriores

-Outros registos, após ausência por férias ou por baixa

FO

RM

ÃO

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� ��� ������������� �PLANO DE FORMAÇÃO 2011

Garanta já a sua vaga e inscreva-se mesmo que o curso ou cursos do seu interesse não iniciem já!Contribua para uma melhor previsão e organização na realização das acções de formação da ARAN!

FORMAÇÃO À MEDIDA

DA SUA EMPRESA

Aposte em si! Aposte na sua

empresa!Lembre-se da

obrigatoriedade legal de 35 horas anuais por funcionário

que tem que cumprir. CONTACTE A ARAN

A ARAN – Associação Nacional do Ramo Automóvel informa que se encontra disponível para se deslocar às instalações dos seus associados aos Sá-bados e durante a semana em horário pós-laboral para ministrar formação, desde que sejam formadas pelo menos turmas de 10 formandos. As acções podem também ser dadas nas instala-ções da ARAN.

Os principais cursos disponíveis são: Gestão Oficinal; Gestão Ambiental no Sector Automóvel; Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade ISO9001l; Imagem e Comunicação – Marketing de Empresa; Inglês (Ini-cial; Intermédio; Comercial); Estraté-gias de Vendas; Condução Defensiva, Económica e Ambiental; Atendimen-to de Excelência; Gestão do Tempo; Assertividade na Empresa; Gestão de Conflitos / Motivação Empresarial; Regras para o Exercício da Actividade de Pronto Socorro…

Os associados interessados devem contactar o Departamento de Recur-sos Humanos e Formação Profissional da ARAN.

sexta-feira, 21 outubro de 2011X

Designação Local Duração Início Fim Horário ValorDiagnóstico e Reparação em Sistemas Anti-Poluição e Sobrealimentação Albufeira 50h 31-01-2011 16-02-2011 19-23h 89€Motores – Diagnóstico de Avarias / Informações Técnicas Braga 50h 01-02-2011 17-02-2011 19-23h 89€Diagnóstico e Reparação em Sistemas Anti-Poluição e Sobrealimentação Leiria 50h 07-02-2011 23-02-2011 19-23h 89€Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Travagem Viseu 50h 14-02-2011 02-03-2011 19-23h 89€Diagnóstico e Reparação em Sistemas Anti-Poluição e Sobrealimentação Aveiro 50h 15-02-2011 03-03-2011 19-23h 89€Motores – Diagnóstico de Avarias / Informações Técnicas Guarda 50h 16-02-2011 04-03-2011 19-23h 89€Diagnóstico e Reparação em Sistemas Anti-Poluição e Sobrealimentação Évora 50h 21-03-2011 06-04-2011 19-23h 89€Motores – Diagnóstico de Avarias/Informações Técnicas Vila Real 50h 18-04-2011 06-05-2011 19-23h 89€Diagnóstico e Reparação em Sistemas Anti-Poluição e Sobrealimentação Coimbra 50h 03-05-2011 19-05-2011 19-23h 89€Diagnóstico e Reparação em Sistemas Anti-Poluição e Sobrealimentação Pedrouços 50h 09-05-2011 25-05-2011 19-23h 89€Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Travagem Mirandela 50h 30-05-2011 16-06-2011 19-23h 89€Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Segurança Activa e Passiva Santarém 50h 01-06-2011 17-06-2011 19-23h 89€Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Travagem Castelo Branco 50h 14-09-2011 30-09-2011 19-23h 89€Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Segurança Activa e Passiva Viana do Castelo 50h 03-10-2011 20-10-2011 19-23h 89€Diagnóstico e Reparação em Sistemas Anti-Poluição e Sobrealimentação Viseu 50h 24-10-2011 11-11-2011 19-23h 89€Motores – Diagnóstico de Avarias / Informações Técnicas Aveiro 50h 14-11-2011 30-11-2011 19-23h 89€

O Certificado de Aptidão para Motoristas (CAM) e a Carta de Qualificação de Motorista são obrigatórios e obtidos através de forma-ção.

De acordo com a le-gislação, Decreto-Lei nº. 126/2009, de 27 de maio, os motoristas que tiraram a sua carta de condução das categorias C e C+ E antes de 9 de setembro de 2009 não precisam de ter a formação de qualificação inicial. No

entanto, são obrigados a frequentar uma formação contínua, de forma a pode-rem tirar o CAM e o CQM, que deve ser adquirida de cinco em cinco anos.

Estes motoristas deverão obter a formação contínua e os correspondentes CAM e CQM mediante a sua idade e nos seguintes termos:

- Até 10 de setembro de 2012, os que nesta data tiverem idade não supe-rior a 30 anos;

- Até 10 de setembro de 2013, para idades compre-endidas entre 31 a 40 anos;

- Até 10 de setembro de 2014, para idades com-preendidas entre 41 e 50 anos;

- Até 10 de setembro de 2016, os que nesta data tiverem idade superior a 50 anos.A ARAN brevemente dará

início ao Curso de Forma-ção Contínua para Obten-ção de Certificado de Ap-

tidão de Motorista Pesados de Mercadorias, com du-ração de 35 horas, 7 horas diárias contínuas.

Neste sentido, vimos so-licitar que nos informem das necessidades desta for-mação, para averiguarmos a quantidade de cursos neces-sários e zonas geográficas, para podermos calcular os custos inerentes e a respec-tiva calendarização.

FAÇA JÁ A SUA PRÉ-INSCRIÇÃO!

Curso de formação contínua para obtenção de certificado de aptidão de motorista – pesados de mercadorias(homologado pelo IMTT)

Preencher e enviar para a ARAN via fax 225090646 ou e-mail [email protected]

PRÉ-INSCRIÇÃO preencher com letra legível sócio nº ___________ não sócio � Empresa __________________________________________________________ Nº de Contribuinte __________________

Telefone ————————————————— Fax _________________________ Telemóvel _________________________

Morada

Pessoa a contactar ___________________________________________________________________________________________

Nº de colaboradores interessados até: _____ 2012 _____ 2013 _____ 2014 _____ 2016

Associação Nacional do Ramo Automóvel R. Faria Guimarães, 631 4200-21 Porto www.aran.pt [email protected] Tel 22 509 10 53 Fax: 22 509 06 46 Cont. nº 500843643

A diferença de preço que pode existir para o mesmo modelo de pneu em revendedores distintos é explicado pelo “brand manager” da Dunlop Ibérica, Carlos Manuel García, na liberdade do mercado. “Este é um mercado de oferta e procura e, no final, o revendedor é livre para definir os preços das forma que considere mais indicados”, afirma, em entrevista à “Vida Económica”. “A Goodyear--Dunlop simplesmente controla os preços de venda aos revendedores”, garante.

AQUILES [email protected]

Vida Económica – Como está a ser 2011 para Dunlop em Portugal?

Carlos Manuel Garcia – A evolução está a ser um pouco difícil, porque a situa-ção económica não ajuda. Então, estamos a pressionar, mantivemos o investimento em marketing e isso está a ajudar a marca em Portugal, até porque a marca tinha menos reconhecimento neste país, pelo que, nos úl-timos anos, tem crescido bastante.

VE – A imagem da marca em Portugal está, portanto, atualmente, em índices que os satisfazem?

CMG – Sim. Estão estabilizados, o que ,em tempos em que não há um aumento do investimento, é positivo.

VE – O que esperam do que falta de 2011?

CMG – Acreditamos que, na melhor das hipóteses, haverá uma manutenção dos números de 2010, até porque a conjuntura é difícil, dada a situação em outros países, como a Grécia e, também, em Espanha.

Portanto, é um cenário de estabilização ou de ligeiro crescimento, no máximo.

VE – Já têm alguma perspetiva para 2012?

CMG – Não é fácil fazer previsões para um ano como 2012. No entanto, considera-mos que o ano que vem vai ser muito similar a 2011. Talvez haja alguma subida no início do ano, até pelas reformas que está a haver nos vários países, mas a partir de meados do ano a procura dever-se-á manter estável ou, até, decrescente.

VE – Alguns estudos de produtores de pneus indicam que, em toda a Europa e em particular em Portugal, não há cuida-do com os pneus. Isso é uma dificuldade

adicional para os operadores do setor?CMG – Portugal acaba por ter um ce-

nário semelhante ao do resto da Europa. O pneu é uma parte do automóvel da qual as pessoas tendem a não se lembraram até ao final da vida útil daquele. Não há o costume de efetuar verificações regulares ao estado dos pneus. Só o fazem quando percebem na condução que os pneus podem ter algum problema. Isso implica que, por exemplo quando é verão, e os pneus “rolam” bem, não haja verificações e os pneus podem ter o piso abaixo do recomendado ou, até, do limite legal de 1,6 mm.

VE – Como comenta o fenómeno que existe em Portugal de compra de pneus usados?

CMG – A Goodyear-Dunlop desacon-selha o uso de pneus usados. Essa compra acarreta riscos e tem muitas implicações, porque nunca se sabe se o pneu está em per-feitas condições ou não e que uso foi dado a esse pneu. No final de contas, é muito com-plicada a manutenção de um pneumático, pois tem muitos compostos e muita tecno-logia. Não é, por isso, aconselhável reutilizar esses pneus.

VE – E as marcas brancas são concor-rência para vocês?

CMG – Sim, sobretudo na atual con-juntura económica, pois o cliente final está a procurar preços ainda mais baixos. Esses pneus não têm tanto investimento em ter-mos tecnológicos e inovação como os de uma marca “premium” como a Dunlop. Essa diferença tem implicações na hora de conduzir, na perda de rendimento e de se-gurança.

VE – As marcas “premium” estão a bai-xar as margens, no sentido de perderem menos clientes para àquele segmento?

CMG – Não, o que as marcas “premium” estão a fazer é aumentar a oferta de gamas de pneus que têm disponível para os clien-tes finais. A Goodyear-Dunlop tem várias marcas, algumas mais económicas, outras mais “premium”. Embora algumas tenham mais inovações tecnológicas e investimento em marketing, nas marcas mais económicas também asseguramos um mínimo de qua-lidade do produto, a um preço mais baixo. Têm menos tecnologia, mas asseguram esse mínimo de qualidade ao utilizador.

VE – O preço da matéria-prima princi-pal, a borracha, tem vindo a subir. Isso é uma pressão adicional para os opera-dores?

CMG – Definitivamente. Nos pneus para veículos de passageiros, usa-se pouca borra-cha natural, emprega-se mais borracha sin-tética, que é onde mais se sente essa subida de preços (embora também haja subidas na borracha natural). Assim, tudo isso faz com que haja uma elevada pressão para os custos de produção nas empresas do setor.

VE – Em Portugal, é comum o mesmo pneu ter um preço bastante diferente em operadores semelhantes. As marcas ten-tam contrariar isso?

CMG – Este é um mercado de oferta e procura e, no final, o revendedor é livre para definir os preços das forma que considere mais indicados, dependendo da concorrên-cia, do tipo de utilizador, do tipo de pneu que monta na sua oficina. A Goodyear-Dunlop simplesmente controla os preços de venda aos revendedores, não pressionamos nem controlamos os preços de venda ao uti-lizador final.

VE – Mas essa discrepância não é pre-judicial para a imagem do setor?

CMG – Também depende muito do tipo de revendedor. No entanto, esse cenário é comum a vários outros setores. Não é o mes-mo comprar num hipermercado normal ou num “hard discount”. Pode até encontrar-se a mesma marca, mas a diferentes preços, dependendo do posicionamento do reven-dedor.

CARLOS MANUEL GARCÍA, “BRAND MANAGER” DA DUNLOP IBÉRICA, AFIRMA

Mercado livre dita diferenças nos preços finais dos pneus

“Acreditamos que, na melhor das hipóteses, haverá uma manutenção dos números de 2010”, refere Carlos Manuel Garcia sobre o desempenho da Dunlop em Portugal este ano.

sexta-feira, 21 outubro de 2011 XI

SP Sport Fast Response testado por Dunlop Experts Team Pedro Couceiro, Luis Villamil, Lucas Ordóñez, Marta Suria e Alex Crivillé (na foto por esta ordem) foram alguns dos nomes pertencentes à equipa Experts Dunlop que participam na apresentação de um dos pneus da marca, o SP Sport FastResponse, e na realização de diferentes provas e testes. Realizada em Braga, a iniciativa foi uma das quatro que a marca de pneus do grupo Goodyear-Dunlop vai realizar na Península Ibérica nos próximos meses.Com um preço em Portugal desde 69,5 euros, o SP Sport FastResponse recolhe, de acordo com a Dunlop, a informação sobre a estrada e veículo, transmitindo-a “ao condutor muito mais rápido” que antes. “O condutor dispõe assim de mais tempo de resposta e os seus movimentos têm efeito imediato”, salienta a empresa.Outras das vantagens apontadas pela marca são “uma melhor manobra e condução em pisos secos e húmidos, melhor perceção da estrada, aumento da estabilidade e da precisão da direção; neutralização do desgaste de aceleração/

travagem; alta resistência ao ‘aquaplanning’; maior estabilidade e controlo nas curvas; e aderência melhorada em piso húmido e quilometragem superior”. O SP Sport FastResponse é um pneu assimétrico com um design da banda de rodagem de três áreas que divide a superfície de rodagem em três zonas diferentes: uma com blocos internos com entalhes que se ajustam e otimizam a distribuição de rigidez da banda de rodagem para uma melhor perceção da estrada; outra com nervos centrais contínuos para melhorar a condução em linha reta e a estabilidade a altas velocidades; por fim, uma terceira zona são os blocos da parte exterior da banda de rodagem são

maiores e mais rígidos para melhorar a resposta da condução em curvas. Os entalhes adicionais reduzem o desgaste de aceleração/travagem e o ruído de andamento.

Pedro Couceiro, Luis Villamil, Lucas Ordóñez, Marta Suria e Alex Crivillé foram os pilotos presentes.

A quatro provas do fim da época, Sebas-tian Vettel sagrou-se campeão do mundo Fórmula 1, no último domingo, dia 9. Mas o que o piloto alemão da Red Bull-Renault conseguiu em Suzuka foi ainda mais impor-tante, pois passou a ser o mais jovem bicam-peão mundial da história da Fórmula 1. Aos 24 anos, três meses e seis dias, bateu o recor-de do Fernando Alonso, bicampeão mundial com a Renault em 2005 e 2006 com 25 anos.

Em Suzuka, Vettel precisava apenas de um ponto, mas, partindo da pole-position, fez uma corrida segura, conseguindo o terceiro lugar, atrás de Jenson Button (McLaren-Mercedes) e do espanhol Alonso (Ferrari). Com este bicampeonato, Sebastian Vettel juntou-se ao grupo de nove pilotos que se mantiveram no topo por duas temporadas consecutivas, entre eles nomes como seu compatriota Michael Schumacher, o brasilei-ro Ayrton Senna, o francês Alain Prost ou o argentino Juan Manuel Fangio.

“Parabéns ‘Seb’, és o campeão de 2011! Imagino que terias gostado de ganhar aqui, mas foi ótimo”, disse a equipa ao piloto numa mensagem por rádio. “Obrigado a to-dos, a cada um de vocês. Nada estava ganho ainda, mas conseguimos”, respondeu Vettel. Já fora do monolugar, o piloto mal conseguia encontrar palavras para expressar sua alegria. “Tenho muitas coisas para dizer, mas não consigo me lembrar. Quero agradecer a cada membro da equipa que trabalhou muito para construir estes carros. É incrível poder

cumprir o objetivo de defender o título con-quistado no ano passado”, disse o alemão.

A parceria entre a Red Bull Racing e a Re-nault teve início em 2007, quando o RS27, 2,4 litros V8 da Renault, desenvolvido em Viry-Châtillon, foi integrado no chassis Red Bull Racing. O RS27 levou a Red Bull, nesse ano primeiro ano da parceria, ao quinto lu-gar no campeonato de construtores.

Carlos Ghosn, CEO da Renault, está sa-tisfeito com este bicampeonato do piloto. “Gostaríamos de estender nossos mais sin-ceros parabéns a Sebastian Vettel e todos na Red Bull Racing. A parceria entre a Renault e Red Bull tem crescido muito rapidamen-te em uma das mais bem sucedidas relação chassis-motor na Fórmula 1 e na longa his-tória da Renault na competição automóvel”, disse o executivo.

Coreia saudou o campeão

Contada a história do campeão do mun-do, a corrida da Coreia do Sul, disputada no último domingo (dia 16) serviu para coroar Vettel. Não se pense, porém, que o piloto ale-mão tirou o pé do acelerador na prova. De facto, partiu no segundo posto, mas ganhou a primeira posição ao inglês Lewis Hamilton (McLaren-Mercedes), que tinha conseguido a pole-position, no fim da primeira volta, para não mais a perder. O britânico foi segundo classificado e Mark Weber, companheiro de equipa de Sebastian Vettel, fechou o pódio.

Autores de um ‘sprint’ dominical sem er-ros no Rali de França (30 de setembro a 2 de outubro), Sébastien Ogier e Julien Ingrassia ofereceram à Citroën Total World Rally Team o nono triunfo em 11 provas disputadas este ano. Esta vitória permite à equipa manter uma bela vantagem no campeonato do mundial de construtores, enquanto nas contas dos pilotos a luta ficou bem mais equilibrada, com Sébas-tien Loeb (desistiu por problemas mecânicos no seu Citroën DS3 WRC) e Mikko Hirvo-nen (o piloto do Ford Fiesta WRC foi tercei-ro) empatados com 196 pontos e Sébastien Ogier a apenas três pontos. O Rali de Espanha (este fim de semana) e o de Inglaterra (11 a 13 de novembro) prometem grande disputa entre os franceses da Citroën e o finlandês da Ford.

Comparada com os dois primeiros dias, a última etapa do Rali de França apresentava-se como um “sprint” final. Depois de deixarem o parque fechado em Estrasburgo, os pilotos tinham pela frente duas rondas por três espe-ciais, que seriam percorridas sem assistência. Com apenas 40 km, tratava-se ainda assim de um desafio, pois com menos de 10 segundos de vantagem sobre o piloto da Mini (e que já passou pela marca francesa) Dani Sordo, Sé-bastien Ogier sabia que não podia relaxar an-tes do final da prova.

Desenhada na zona de Bischwiller, a pri-

meira especial do dia oferecia um desafio adi-cional aos pilotos, pois a parte inicial corria-se em terra. Nos 5,52 km da 18ª especial, Ogier perdeu três segundos para Sordo. “Hesitá-mos muito na assistência sobre a escolha de pneus, mas finalmente optámos por escolher a mistura mais dura”, explicou. “Sabia que ia perder tempo em Bischwiller, mas esta opção era a mais adequada às condições de calor que íamos enfrentar nas classificativas seguintes”, acrescentou o piloto da Citroën.

Efetivamente, o piloto do DS3 WRC fez jogo igual com os rivais nas outras especiais.

Correu da melhor forma a estreia do Mercedes SLS GT3 da Vodafone BP Ulti-mate Team no Circuito do Estoril. Alcan-çando uma brilhante vitória na primeira corrida e um segundo posto na derradeira prova do fim de semana de 8 e 9 de outu-bro, a dupla José Pedro Fontes e Miguel Barbosa ampliou a vantagem na liderança do Iberian Supercars Trophy e Campeona-to de Portugal de Circuitos.

A primeira corrida do fim de semana foi dominada por José Pedro Fontes e Miguel Barbosa, que conquistaram assim mais uma vitória na estreia do Mercedes SLS GT3 do Vodafone BP Ultimate Team no Estoril. Interessante foi a “guerra” entre os GT4, com Carlos Alonso/Carlos Viei-ra no Ginetta G50 a superiorizarem-se a Francisco Carvalho e Miguel Ferreira, em Aston Martin Vantage.

Nos Turismos, a dupla dos primos Bap-

tista foi quem conseguiu a pontuação má-xima, deixando para trás, também em Seat Leon Supercopa, Gonçalo Araújo/Gonça-lo Inácio e Fábio Mota/Davis Saraiva.

Novadriver Total “vinga-se” na segunda corrida

Depois de, na primeira corrida, duas penalizações terem afastado a equipa da luta pela vitória, a “vingança” acabou por acontecer na última ronda para a dupla da Novadriver Total. César Campaniço e Ni Amorim venceram com uma vantagem de quase 10 segundos para os segundos classi-ficados, os pilotos do Mercedes SLS GT3.

Vodafone BP Ultimate Team faz balanço positivo

Os pilotos da Vodafone BP Ultimate

sexta-feira, 21 outubro de 2011XII

Alemão tornou-se no mais jovem bicampeão mundial de sempre da Fórmula 1.

Com a vitória em França, Ogier (na foto) fica apenas a

O Mercedes SLS GT3 do Vodafone BP Ultimate Team teve um bom fim de semana no Estoril.

FÓRMULA 1

Vettel a caminho de tornar-se um mito

WRC

Sébastien Ogier entra na luta pelo

CAMPEONATO DE PORTUGAL DE CIRCUITOS

José Pedro Fontes e Miguel ampliaram vantagem no Es

O norueguês Andreas Mikkelsen, em Sko-da Fabia S2000, conseguiu a sua primeira vitória na Intercontinental Rally Challenge no Rali da Escócia (7 a 9 de outubro) após derrotar Juho Hanninen (também em Skoda Fabia S2000) e Bryan Bouffier (Peugeot 207 S2000) que lutaram vitória final até o dia fi-nal. Com 22 anos Mikkelsen tornou-se, com a vitória, no mais jovem piloto de sempre a ocupar o lugar mais alto do pódio no IRC.

Apesar de iniciar o último dia com uma vantagem de mais de 50 segundos sobre seus principais rivais, Mikkelsen teve um teste complicado por sofrer um furo na roda tra-seira o que permitiu a Hanninen reduzir a sua desvantagem em 30 segundos.

O vencedor do rali do ano passado da Es-cócia, Hanninen tinha de se contentar com a segunda posição após o brilhantismo na condução de Mikkelsen. O francês Bou-ffier teve que se contentar com o terceiro

lugar, depois de sofrer problemas de travões no domingo, numa etapa muito escorrega-dia em alguns trechos por causa do tempo. Andreas Mikkelsen estava contente com o resultado, até porque está ligado à filial bri-tânica da marca checa. “Este tem sido um ano com muitos altos e baixos, a partir de Monte Carlo. Não foi o início perfeito, mas temos tido bons resultados ultimamente e eu estive perto de ganhar alguns ralis. Para conseguir esta vitória na Escócia, a casa de Skoda Reino Unido, difícil conseguir tal re-sultado após um ano tão é simplesmente in-descritível”, referiu o piloto no fim da com-petição. A próxima prova do IRC (a última da época) será realizada em Chipre, de 3 a 5 de novembro. O checo Jan Kopecky (Sko-da), com 131 pontos, e Hanninen, com 125 pontos, são os dois principais candidatos ao título (Mikkelsen é quarto, com 111 pontos, e Thierry Neuville é terceiro com 115).

IRC

Andreas Mikkelsen venceu Rali da Escócia

António Rodrigues conquistou o título de campeão nacional do Open de Ralis 2011, com 138 pontos, ao terminar na sétima po-sição a prova o Rali Loulé/Casino de Vila-moura (8 e 9 de outubro). As contas do cam-peonato somam os 138 pontos para o piloto de Murça, enquanto na segunda posição está Renato Pita (em Mitsubishi Lancer Evo VII, com 120 pontos) e em terceiro Luís Mota (também em Mitsubishi Lancer Evo, VII 113 pontos).

Loulé foi a terceira das quatro provas da época em pisos de terra, onde António Ro-

drigues conseguiu resistir com o “pequeno” Peugeot 206 GTI deduas rodas motrizes, aos quatrorodas motrizes mais adaptados a estes pisos, nomeadamente a“frota” dos Mitsubishi. António Rodrigues foi em Loulé o me-lhor classificado entre os duasrodas motrizes, tendo a vitória absoluta pertencido a FernandoPeres (Mitsubishi Evo VII).

Quando ainda faltam dispu-tar a última prova em piso de terra, Rali de Monção (5 e 6 de

novembro) e Rali de Vila Real (26 e 27 de novembro), a prova de Trás-os-Montes de novo em piso de asfalto, as “contas” ditam já o campeonato a favor de António Rodrigues.

No final, o jovem piloto dirigiu-se ainda atodos os que com ele estão neste título, des-tacando a equipa. “Em primeiro lugar, quero agradecer a toda a equipa SFR Motorsport,de uma forma muito especial, ao José Figuei-redo, (sem ele, nada tinha sido possível) e também ao Vicente Posada, aos mecânicos etodos os elementos da equipa. Fizeram um trabalho excecional”, disse.

sexta-feira, 21 outubro de 2011 XIII

A Baja TT Idanha-a-Nova, que se disputou nos dias 23 e 24 de setembro, serviu de pal-co para a coroação de Miguel Barbosa (Mitsubishi Racing Lancer) como Campeão de Portugal de Todo-o-Terreno. O piloto foi segundo na prova, atrás de Nuno Matos (Astra Proto), tendo conse-guido o título pela quarta vez na carreira. A equipa BP Ultimate Vodafone consegue, assim, a uma corrida do final da temporada, a conquista antecipada do título, que era o objetivo no início da temporada.

Partindo de uma posição em que se via obrigado a ultrapassar diversos pilotos com andamento mais lento, a dupla Miguel Bar-bosa/Miguel Ramalho foi ganhando posições na estrada, mas perdendo tempo para os mais rápidos, pois “o piso estava muito seco e com muito pó”, segundo o piloto. “Era impossível ganhar tempo para os da frente, mas, assim que apanhei a pista limpa, voltei ao meu rit-mo e ataquei. Face ao problemas que tivemos ontem era virtualmente impossível vencer a prova, mas a verdade é que os nossos objetivos foram cumpridos ”, referiu Miguel Barbosa.

Para o novo campeão nacional a segunda passagem foi ainda mais dura. “Andei sempre no pó que ora ia ora vinha, cheguei mesmo a parar durante o troço. Conseguir o segundo lugar partindo da posição em que parti foi melhor do que esperava. Foi verdadeiramen-te esgotante! Com todas estas dificuldades e uma vez que esta posição me garantia o Campeonato, decidi não arriscar e manter o lugar até ao fim,” declarou Miguel Barbosa. “Este título é fruto de muito trabalho e do esforço de toda uma equipa que sempre me

apoiou desde os mecânicos aos meus patro-cinadores bem como o Miguel Ramalho, aos quais o dedico mais este sucesso e agradeço todo o empenho”, acrescentou Barbosa.

Nuno Matos vence prova

Miguel Barbosa não foi o único piloto comrazões para sorrir em Idanha-a-Nova. Com efeito, Nuno Matos conseguiu a primeira vi-tória absoluta no Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno. Após três títulos nacio-nais conquistados entre 2007 e 2009 (doisno Agrupamento T8 e um no AgrupamentoT2) e a consagração mundial na Taça FIA de Bajas na época passada, Nuno Matos faz agora história ao vencer uma prova logo nasua temporada de estreia na categoria T1 eao volante de um carro 100 por cento nacio-nal. “É uma sensação incrível e um resultadoque supera todas as minhas expectativas, atépor ser conseguido diante de três campeõesnacionais e numa prova tão longa e difícil”, disse Nuno Matos à chegada a Idanha-a-Nova. O Campeonato de Portugal Vodafone de Todo-o-Terreno regressa à estrada na 25ªedição da clássica Baja Portalegre 500 de 27 a 29 de outubro.

CAMPEONATO DE PORTUGAL DE TODO-O-TERRENO

Miguel Barbosa campeão em Idanha-a-Nova

Este é o quarto título nacional de todo-o-terreno para Miguel Barbosa.

três pontos de Loeb e Hirvonen.

António Rodrigues amealhou nas provas de asfalto pontos com o Peugeot 206 GTI de duas rodas motrizes.

título com vitória em FrançaCAMPEONATO NACIONAL OPEN DE RALIS

António Rodrigues sagrou-se campeão em Loulé

Barbosa toril

Team estava, como seria de esperar, satis-feito com o fim de semana. “Cumprimos o objetivo de manter a liderança das duas competições, alcançámos uma vitória na primeira participação com este carro no Estoril, à qual poderemos acrescentar uma pole-position, o melhor crono numa corri-da e ainda um segundo lugar. Sem dúvida que foi um excelente fim de semana, sendo uma justa recompensa para o trabalho de toda a equipa”, disse José Pedro Fontes.

Satisfeito com o conjunto de resultados estava também Miguel Barbosa, naquele que disse “ser mais um excelente passo” na reta final do campeonato. “Não tínhamos referências com este carro neste circuito, o que, à partida, nos deixava algo reticentes. Conseguimos dominar claramente a pri-meira corrida e, na segunda, alcançá mos o segundo posto mesmo partindo da terceira posição e com um handicap superior aos

nossos adversários. Falta apenas uma prova em cada competição para que seja encon-trado um vencedor, sendo muito motiva-dor para nós encará-las na liderança”, refe-riu o piloto.

A próxima jornada do Campeonato de Portugal de Circuitos será o Circuito de Braga 2 que marcará, a 19 e 20 de novem-bro, o final da temporada de 2011.

CAM campeã no Ford Transit Trophy

No bem disputado Ford Transit Trophy já foi encontrado o campeão, a CAM. Depois de vencer a primeira corrida no Estoril, através de Pedro Salvador, um segundo lugar na corrida de domingo (com José Pedro Leite aos comandos) foi suficiente para assegurar o título nesta segunda edição do troféu. A segunda corrida da competição no Estoril foi ganha por pela M. Coutinho/Ibertal, com o piloto João Baptista. José Pedro Leite referiu, no fim da corrida, que “gostava muito de ter ganho”, mas percebeu “depressa que o João Baptista estava muito rápido”. “Para o apanhar teria que forçar muito o andamento, o que era desnecessário porque o segundo lugar final era mais que suficiente para garantir o triunfo da CAM no fim de semana e no troféu”, referiu. Já João Baptista sublinhou o esforço da equipa. “É sempre bom ganhar e este foi o meu quinto triunfo do ano. Era sabido que impedir a entrega do título era muito complicado, mas a equipa M. Coutinho/Ibertal nunca baixou os braços e hoje conseguimos voltar a vencer”, salientou.

Ogier guardou um punhado de segundos de avanço sobre Sordo e fez mesmo o melhor tempo em Vignoble de Cleebourg, a 22ª clas-sificativa. O rali fechou com a ‘Power Stage’ realizada nas ruas de Haguenau. O piloto da Citroën Total World Rally Team realizou o terceiro tempo, o que lhe valeu um ponto su-plementar. “A nossa escolha pelos pneus du-ros aqui não resultou tão bem, pois estivemos muito tempo reagrupados antes da especial. Parti com os pneus totalmente frios e não foi possível fazer melhor”, disse Ogier.

Dani Sordo ficou, ainda assim, satisfeito

pelo segundo lugar alcançado, neste primeiro ano da Mini no WRC. Também em Mini, o português Armindo Araújo estava a fazer um bom rali, lutava com Fennis Kuippers (Ford Fiesta WRC) pelo sexto posto, mas abando-nou o Rali de França já no último dia da pro-va, na sequência de uma saída de estrada na primeira especial do dia. Araújo explicou que o toque numa barreira de cimento sucedeu logo na primeira curva do primeiro troço a apenas 20 km/h, o suficiente para arrancar a roda dianteira esquerda. O piloto de Santo Tirso garante que essa barreira não estava presente no reconhecimento do percurso.

Sébastien Ogier feliz

Ao marcar 26 pontos no rali, Sébastien Ogier relançou-se no pelotão dos pilotos que lutam pelo título mundial. “Este rali foi extre-mamente longo e todas as responsabilidades da equipa recaíram nos meus ombros. Estou muito contente de poder descomprimir. Evi-dentemente que esta vitória tem um grande significado no plano pessoal. Alcançar cinco vitórias numa temporada é, desde já, algo de muito positivo. Relança-me no campeona-to, estamos três pilotos separados por poucos pontos e tudo é possível nas últimas duas pro-vas”, disse Ogier.

A Ford está a lançar uma nova funcionalidade desenhada para evitar mossas e riscos, que se tor-naram num fator de agravamento de custos de manutenção na Euro-pa. O Protetor de Portas, que vai ser lançado a partir de janeiro de 2012 com o Ford Focus, é ativado automaticamente quando a porta é aberta. Um perfil de proteção oculto na porta desliza para a sua posição numa fração de segun-do quando esta se abre, atuando como um para-choques que evita danos à pintura e à carroçaria.

Esta funcionalidade protege contra mais de 90% dos obstácu-los em diversas posições junto às portas dianteiras e 85% junto às portas traseiras e retrai-se em 60 milésimos de segundo, permitin-do que as portas se fechem. “Vai ser uma daquelas características

que nós pensamos que fará com que os clientes perguntem por-que é que ninguém pensou nisto antes” afirma Matthias Tensing, engenheiro de desenvolvimento de produto.

Cerca de 72% dos lares que possuem veículos em França, Ale-manha, Itália, Espanha e Reino Unido registam danos nas portas do seu veículo, de acordo com a pesquisa da Ford. Os proprietários de automóveis em Espanha são os mais suscetíveis de sofrer danos nas portas dos seus veículos, suge-re a referida pesquisa, que afirma que cerca de 83% dos mesmos di-zem ter sofrido danos na pintura. O custo de reparação de uma por-ta de carro amolgada pode chegar facilmente aos 300 euros (vídeo disponível em http://www.youtu-be.com/watch?v=iib8F0XSg18).

Depois de duas gerações em que era referencial em termos dinâmicos, mas que perdia em termos de tecnologia disponível para o cliente, o Ford Focus “ligou-se” e está hoje ao nível das melhores propostas do segmento neste capítulo. O motor 1.6 TDCi com 115 cv tem um desempenho positivo.AQUILES [email protected]

O Ford Focus teve, desde sem-pre, no comportamento dinâmico o seu grande argumento de ven-da. Com efeito, tanto a primeira (1998) como a segunda (2004) ge-ração do modelo tinham na capa-cidade desportiva um grande trun-fo. No que ambas perdiam face às referências do segmento C era no que ao equipamento disponível di-zia respeito.

O objetivo da marca da oval azul com a terceira geração do modelo,

chegada a Portugal em abril último, era manter-se entre as referências do seg-mento no capítulo dinâmico, mas apro-ximar-se, então, das melhores propostas em termos de tecnologia. Objetivo tentado, obje-tivo conseguido: de facto, de série ou em opção, não falta (pratica-mente) nada ao novo Focus.

O reconhecimento dos sinais, o aviso para a saída de estrada, sis-tema de segurança a baixa veloci-dade, a deteção do ângulo morto nos espelhos retrovisores e o esta-cionamento automático são apenas alguns dos exemplos. No caso do 1.6 TDCi First Edition ensaiado pela “Vida Económica”, o sistema de estacionamento automático é de série (pack Driver, que custa 450 euros quando não incluído), enquanto as restantes tecnologias referidas são opcionais. O aviso para a saída de estrada, o sistema de segurança a baixa velocidade e a deteção do ângulo morto nos es-pelhos retrovisores integram o pack Driver Plus (1200).

Em termos estéticos, a terceira geração do Focus mantém o arrojo dos modelos mais recentes da Ford

e em termos de espaço é satisfatória (embora não esteja entre as pro-postas com maior habitabilidade e capacidade de carga do segmento). Em termos dinâmicos, não defrau-da as expectativas criadas pelo an-tecessor.

O motor 1.6 TDCi com 115 cv mostra um bom desempenho, parecendo, aliás, ter mais cilindra-da do que a que tem. Algo amorfo até às 1500 rpm é, depois, bastan-te decidido (o “red line” chega às 4500 rpm), contando para isso com o bom escalonamento da cai-xa de seis velocidades. Chegado às curvas, o modelo oferece bastante emoção ao condutor, sendo o chas-sis bastante comunicativo, sem pre-judicar o conforto dos ocupantes.

Apenas um reparo para a condu-ção em cidade. O “pegar” da em-braiagem é muito em cima, o que obriga a habituação por parte do condutor. No nosso caso, nos pri-meiros km, arrancámos depressa de mais ou devagar de mais, rara-mente à velocidade ideal.

A dupla norueguesa de aficionados em “hypermilling” Knut Wilthil e Henrik Borchgervink viajaram 2161 km com apenas um depósito de combustível no seu Ford Mondeo ECOnetic Technology SW. O

“hypermilling” é um hobby que consiste em conseguir baixar o consumo oficial de litros por cada 100 km de um veículo.Com a localidade de Murmansk, na Rússia, como ponto de partida, o Mondeo 1.6 TDCi andou durante 40 horas até que se acabou o gasóleo em Uddevalla, uma localidade a norte da cidade sueca de Gotemburgo. Os dois viajantes conduziram um Ford Mondeo ECOnetic Technology na versão station wagon, de série, tendo registado um consumo de combustível de 3,2 litros aos 100 km, ou seja, 1,1 litros ou mais de 25% melhor que o consumo oficial homologado que é de 4,3 litros aos 100 km. “Tendo em conta as complicadas condições que nós encontrámos na estrada na parte inicial da viagem na Rússia, com pedras enormes, buracos profundos e subidas íngremes, a que se seguiram mil km de estradas empapadas e fortes ventos frontais na Finlândia e Suécia, os números de consumo de combustível são ainda mais impressionantes”, comentou Henrik.O modelo incorpora tecnologias de baixas emissões de CO2 no motor, aerodinâmica e sistemas de informação ao condutor, tais como o Auto-Stop-Start, Recarga Regenerativa Inteligente, Grelha Dianteira Ativa, Ford Eco Mode, Indicador de Mudança de Velocidade e uma relação final mais longa. Utiliza também óleo de baixa fricção para o motor e transmissão, pneus de baixa resistência ao rolamento e uma suspensão rebaixada.

ENSAIO – FORD FOCUS 1.6 TDCI FIRST EDITION

A vez da tecnologiaMarca cria portas antimossa

MONDEO FAZ 2161 KM COM UM DEPÓSITO

sexta-feira, 21 outubro de 2011XIV

Capacidade dinâmica Tecnologia

Espaço para ocupantes não é referência

Ford Focus 1.6 TDCI First Edition

Cilindrada 1560 cc

Potência 115 cv

Velocidade máx. 193 km/h

Aceleração 0-100 km/h 10,9 s.

Combinado misto (l/100 km) 4,2l/100 km

Emissões CO2 (g/km) 109

Preço 26 710 euros