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 www.dizerodireito.com.br     P     á    g    i    n    a     1  INFORMATIVO esquematizado  Informativo 693 STF Márcio André Lopes Cavalcante Processos excluídos deste informativo esquematizado por não terem sido concluídos em virtude de pedidos de vista: HC 84548/SP; RE 593727/MG; Pet 4391 AgR/RJ; HC 110271/ES; RE 239458/SP.  Julgados excluídos por terem menor relevância para concursos públicos ou por terem sido decididos com base em peculiaridades do caso concreto: AI 817564 AgR/MG; AI 479288 AgR/SP; MS 30932/DF. DIREITO PENAL Princípio da insignificância e rádio comunitária clandestina É possível aplicar o princípio da insignificância para a conduta de manter rádio comunitária clandestina? 1ª corrente: SIM. Julgados do STF 2ª corrente: NÃO. Julgados do STJ Comentários A conduta de manter rádio comunitária clandestina pode configurar, em tese, o delito previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/97 ou o crime do art. 70 da Lei n. 4.117/62: Lei n. 9.472/97 Art. 183. Desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicação: Pena - detenção de dois a quatro anos, aumentada da metade se houver dano a terceiro, e multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Lei n. 4.117/62 Art. 70. Constitui crime punível com a pena de detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, aumentada da metade se houver dano a terceiro, a instalação ou utilização de telecomunicações, sem observância do disposto nesta Lei e nos regulamentos. Diferença entre os dois delitos De acordo com o STF, o crime do art. 183 da Lei n. 9.472/97 somente ocorre quando houver habitualidade. Se esta estiver ausente, ou seja, quando o acusado vier a instalar ou se utilizar de telecomunicações clandestinamente, mas apenas uma vez ou de modo não rotineiro, a conduta fica subsumida no art. 70 da Lei 4.117/62, pois não haverá aí um meio ou estilo de vida, um comportamento reiterado ao longo do tempo, que seria punido de modo mais severo pelo art. 183 da Lei 9.472/97 (STF. HC 93870/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 20.4.2010). Art. 70 da Lei n. 4.117/62 Art. 183 da Lei n. 9.472/97 Não exige habitualidade. Exige habitualidade. Seja um crime ou outro, é possível aplicar o princípio da insignificância para a conduta de manter rádio comunitária clandestina? Há certa polêmica.     P     á    g    i    n    a     1  

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www.dizerodireito.com.br

    P    á   g   i   n   a    1

 

INFORMATIVO esquematizado 

Informativo 693 – STF

Márcio André Lopes Cavalcante

Processos excluídos deste informativo esquematizado por não terem sido concluídos em virtude de pedidos de

vista: HC 84548/SP; RE 593727/MG; Pet 4391 AgR/RJ; HC 110271/ES; RE 239458/SP.

 Julgados excluídos por terem menor relevância para concursos públicos ou por terem sido decididos com

base em peculiaridades do caso concreto: AI 817564 AgR/MG; AI 479288 AgR/SP; MS 30932/DF.

DIREITO PENAL

Princípio da insignificância e rádio comunitária clandestina

É possível aplicar o princípio da insignificânciapara a conduta de manter rádio comunitária clandestina?

1ª corrente: SIM. Julgados do STF2ª corrente: NÃO. Julgados do STJ

Comentários A conduta de manter rádio comunitária clandestina pode configurar, em tese, o delito

previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/97 ou o crime do art. 70 da Lei n. 4.117/62:

Lei n.

9.472/97Art. 183. Desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicação:Pena - detenção de dois a quatro anos, aumentada da metade se houver dano a terceiro, emulta de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Lei n. 4.117/62Art. 70. Constitui crime punível com a pena de detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos,aumentada da metade se houver dano a terceiro, a instalação ou utilização de

telecomunicações, sem observância do disposto nesta Lei e nos regulamentos.

Diferença entre os dois delitos

De acordo com o STF, o crime do art. 183 da Lei n.

9.472/97 somente ocorre quandohouver habitualidade. Se esta estiver ausente, ou seja, quando o acusado vier a instalar ouse utilizar de telecomunicações clandestinamente, mas apenas uma vez ou de modo nãorotineiro, a conduta fica subsumida no art. 70 da Lei 4.117/62, pois não haverá aí um meioou estilo de vida, um comportamento reiterado ao longo do tempo, que seria punido demodo mais severo pelo art. 183 da Lei 9.472/97 (STF. HC 93870/SP, rel. Min. JoaquimBarbosa, 20.4.2010). 

Art. 70 da Lei n. 4.117/62 Art. 183 da Lei n. 9.472/97

Não exige habitualidade. Exige habitualidade.

Seja um crime ou outro, é possível aplicar o princípio da insignificância para a conduta demanter rádio comunitária clandestina? 

Há certa polêmica.    P    á   g   i   n   a    1

 

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O STF possui precedentes admitindo em casos excepcionais:(...) Consta dos autos que o serviço de radiodifusão utilizado pela emissora é considerado de baixa potência, nãotendo, deste modo, capacidade de causar interferência relevante nos demais meios de comunicação.II  – Rádio comunitária localizada em pequeno município do interior gaúcho, distante de outras emissoras de

rádio e televisão, bem como de aeroportos, o que demonstra que o bem jurídico tutelado pela norma  – 

segurança dos meios de telecomunicações – permaneceu incólume. (...)(HC 104530, Relator Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, julgado em 28/09/2010)

Ante as circunstâncias do caso concreto, a 2ª Turma, por maioria, aplicou o princípio da insignificância econcedeu habeas corpus impetrado em favor de denunciado por supostamente operar rádio comunitária sem

autorização legal. Destacou-se que perícia efetuada pela Anatel atestaria que o serviço de rádio difusão utilizadonão teria capacidade de causar interferência nos demais meios de comunicação, que permaneceriam incólumes.

Enfatizou-se que aquela emissora operaria com objetivos de evangelização e prestação de serviços sociais, doque decorreria ausência de periculosidade social e de reprovabilidade da conduta além de inexpressividade delesão jurídica. (...) Vencido o Min. Teori Zavascki que denegava a ordem. Entendia que, na espécie, a incidênciadesse princípio significaria a descriminalização da própria conduta tipificada como crime.

HC 115729/BA, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 18.12.2012.

Existem julgados de alguns Tribunais Regionais Federais no mesmo sentido, ou seja,sustentando que pode ser aplicado o princípio da insignificância se a rádio era de baixapotência, assim considerada a inferior a 25 watts. No caso de concursos para juiz federal, éimportante verificar qual é a posição do TRF para o qual você está prestando o certame.

Vale ressaltar, contudo, que o STJ entende que não se aplica o princípio da insignificância:Não há como reconhecer o reduzido grau de reprovabilidade ou a mínima ofensividade da conduta, de forma aser possível a aplicação do princípio da insignificância. A instalação de estação clandestina de radiofrequência,sem autorização dos órgãos e entes com atribuições para tanto - o Ministério das Comunicações e a ANATEL -, jáé, por si, suficiente a comprometer a regularidade e a operabilidade do sistema de telecomunicações, o que

basta à movimentação do sistema repressivo penal. (...)

(AgRg no AREsp 108.176/BA, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, Quinta Turma, julgado em 28/08/2012)

Processo Segunda Turma. HC 115729/BA, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 18.12.2012.

DIREITO PROCESSUAL PENAL

Sentença

O art. 387, IV, do CPP determina que o juiz, ao proferir sentença condenatória fixará valormínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos

pelo ofendido.

Para que seja fixado o valor mínimo não é necessário que esse pedido tenha sido formulado nadenúncia, por se tratar de efeito extrapenal da condenação, mas deverá constar da instrução

para que seja realizado o contraditório.Se os fatos forem complexos e a apuração da indenização demandar dilação probatória, o juízo

criminal poderá deixar de fixar o valor mínimo, que deverá ser apurado em ação civil.Comentários A sentença penal condenatória, depois de transitada em julgado, produz diversos efeitos.

Um dos efeitos é que a condenação gera a obrigação do réu de reparar o dano causado:

Código Penal 

Art. 91. São efeitos da condenação:I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;

A sentença condenatória, inclusive, constitui-se em título executivo judicial:

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Código de Processo Civil 

Art. 475-N. São títulos executivos judiciais:

II – a sentença penal condenatória transitada em julgado;

Assim, a vítima (ou seus sucessores), de posse da sentença que condenou o réu, após o seutrânsito em julgado, dispõem de um título que poderá ser executado, no juízo cível, paracobrar o ressarcimento pelos prejuízos sofridos em decorrência do crime.

Qual era, no entanto, a dificuldade antes da Lei n.   11.719/2008? 

Apesar de ser reconhecida a obrigação de indenizar (an debeatur ), não era possível que avítima (ou seus sucessores) executassem imediatamente a sentença porque não havia sidodefinido ainda o valor da indenização (quantum debeatur ). Em outras palavras, a sentençacondenatória reconhecia que a vítima tinha direito à indenização a ser paga pelocondenado, mas não dizia o quanto.

Com isso, a vítima (ou seus sucessores) tinham ainda que tomar uma outra providênciaantes de executar: fazer a liquidação (art. 475-A do CPC).

O legislador tentou facilitar a situação da vítima e, por meio da Lei n. 11.719/2008 alterouo CPP prevendo que o juiz, ao condenar o réu, já estabeleça, na sentença, um valor mínimoque o condenado estará obrigado a pagar a título de reparação dos danos causados. Veja:

Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória:IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os

prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).

Desse modo, se o juiz, na própria sentença, já fixar um valor certo para a reparação dos

danos, não será necessário que a vítima ainda faça a liquidação, bastando que execute estevalor caso não seja pago voluntariamente pelo condenado.

Veja o parágrafo único do art. 63 do CPP que explicita essa possibilidade:

Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução,no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ouseus herdeiros.Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá serefetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código semprejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido. (Incluído pela Lei nº11.719, de 2008).

Algumas observações sobre o art. 387, IV do CPP:

1) Qual é a natureza jurídica dessa fixação do valor mínimo de reparação? 

Trata-se de um efeito extrapenal genérico da condenação.

2) A vítima poderá pleitear indenização maior no juízo cível 

O juiz fixará um valor mínimo. Assim, a vítima poderá executar, desde logo, este valormínimo e pleitear um valor maior que o fixado na sentença, bastando, para isso, que proveque os danos que sofreu foram maiores que a quantia estabelecida na sentença. Essa provaé feita em procedimento de liquidação por artigos (procedimento cível regulado pelos arts.

475-E e 475-F do CPC).

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3) Para que seja fixado o valor mínimo não é necessário que esse pedido tenha sido

 formulado na denúncia, por se tratar de efeito extrapenal da condenação. No entanto,

durante a instrução, o Ministério Público deverá requerer a fixação de valor mínimo, indicá-

lo e apresentar provas, para que seja estabelecido o contraditório com a defesa (STF

Plenário. AP 470/MG, rel. Min. Joaquim Barbosa, 17.12.2012).

O STJ é bem enfático ao exigir pedido expresso:(...) Para que seja fixado na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados àvítima, com base no art. 387, inciso IV, do Código Penal, deve haver pedido formal nessesentido pelo ofendido e ser oportunizada a defesa pelo réu, sob pena de violação aosprincípios da ampla defesa e do contraditório. (...)(AgRg no REsp 1186956/RS, Rel. Min. Laurita Vaz, Quinta Turma, julgado em 18/12/2012)

4) Deverá haver provas dos prejuízos sofridos

O STJ já decidiu que o juiz somente poderá fixar este valor se existiram provas nos autos que

demonstrem os prejuízos sofridos pela vítima em decorrência do crime. Dessa feita, éimportante que o Ministério Público ou eventual assistente de acusação junte comprovantesdos danos causados pela infração para que o magistrado disponha de elementos para afixação de que trata o art. 387, IV, do CPP. Vale ressaltar, ainda que o réu tem direito de semanifestar sobre esses documentos juntados e contraditar o valor pleiteado comoindenização. Nesse sentido:A fixação da reparação civil mínima também não dispensa a participação do réu, sob penade frontal violação ao seu direito de contraditório e ampla defesa, na medida em que oautor da infração faz jus à manifestação sobre a pretensão indenizatória, que, seprocedente, pesará em seu desfavor. (...)(REsp 1236070/RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, Quinta Turma, julgado em 27/03/2012)

5) O julgador penal é obrigado a sempre fixar esse valor mínimo? 

NÃO. O juiz pode deixar de fixar o valor mínimo em algumas situações, como, por exemplo:a) quando não houver prova do prejuízo;b) se os fatos forem complexos e a apuração da indenização demandar dilação probatória, o

 juízo criminal poderá deixar de fixar o valor mínimo, que deverá ser apurado em ação civil;c) quando a vítima já tiver sido indenizada no juízo cível.

O exemplo citado nesta letra “b” foi justamente o que ocorreu no julgamento do“Mensalão”. O STF rejeitou o pedido formulado pelo MPF, em sede de alegações finais, nosentido de que fosse fixado valor mínimo para reparação dos danos causados pelas

infrações penais, sob o argumento de que a complexidade dos fatos e a imbricação decondutas tornaria inviável assentar o montante mínimo. Assim, não haveria comoidentificar com precisão qual a quantia devida por cada réu, o que só seria possível pormeio de ação civil, com dilação probatória para esclarecimento deste ponto (Plenário. AP470/MG, rel. Min. Joaquim Barbosa, 17.12.2012).

6) Além dos prejuízos materiais, o juiz poderá também condenar o réu a pagar a vítima por 

danos morais? 

1ª corrente: SIM. Posição de Norberto Avena.2ª corrente: NÃO. Defendida por Eugênio Pacelli.

7) O art. 387, IV, do CPP, com a redação dada pela Lei n.   11.719/2008, fez com que o Brasil 

 passasse a adotar a chamada “ cumulação de instâncias”  em matéria de indenização pela

 prática de crimes? 

NÃO. A cumulação de instâncias (ou união de instâncias) em matéria de indenização pela

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prática de crimes ocorre quando um mesmo juízo resolve a lide penal (julga o crime) etambém já decide, de forma exauriente, a indenização devida à vítima do delito. Conformeexplica Pacelli e Fischer, “por esse sistema, o ajuizamento da demanda penal determina aunidade de juízo para a apreciação da matéria cível” (Comentários ao Código de Processo

Penal e Sua Jurisprudência. São Paulo: Atlas, 2012, p. 769). No Brasil, não há unidade deinstâncias porque o juízo criminal irá apenas, quando for possível, definir um valor mínimode indenização pelos danos sofridos sem, contudo, esgotar a apreciação do tema, que aindapoderá ser examinado pelo juízo cível para aumentar esse valor.Assim, continuamos adotando o modelo da separação mitigada de instâncias.

8) A previsão da indenização contida no inciso IV do art. 387 surgiu com a Lei n.    

11.719/2008. Se o crime ocorreu antes da Lei e foi sentenciado após a sua vigência, pode ser 

aplicado o dispositivo e fixado o valor mínimo de reparação dos danos? 

1ª corrente: SIM 2ª corrente: NÃO

Trata-se de norma de direito processual.

Assim, ainda que o processo tenha seiniciado antes da Lei n. 11.719/2008, seele for sentenciado após a sua vigência,deverá observar a fixação do valor mínimode que trata o art. 387, IV, do CPP.

Trata-se de norma de direito material e,

por ser mais rigorosa ao réu, não pode seraplicada a fatos praticados antes de suavigência.

STJ. 6ª Turma. REsp 1.176.708-RS, Rel. Min.Sebastião Reis Júnior, julgado em12/6/2012.

STJ. 5ª Turma. REsp 1206635/RS, Rel. Min.Marco Aurélio Bellizze, Quinta Turma,

 julgado em 02/10/2012.

Processo Plenário. AP 470/MG, rel. Min. Joaquim Barbosa, 17.12.2012.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃOJulgue os itens a seguir:1)  (Promotor MPTO 2012) Poderá o ofendido promover a execução da sentença penal condenatória perante o

 juízo cível tomando como base, exclusivamente, o valor mínimo fixado na sentença criminal, não cabendo aliquidação da sentença para a apuração do dano efetivamente sofrido. ( )

2)  (DPE/ES 2009) Ao proferir sentença condenatória, o juiz deve fixar valor mínimo para reparação dos danoscausados pela infração, considerando a capacidade econômica do condenado. ( )

3)  (DPE/SP 2012) A ausência de pedido formal da acusação impede que o julgador fixe o valor mínimo para areparação dos danos sofridos pelo ofendido, em razão da incidência do princípio do contraditório e daampla defesa. ( )

4)  (Juiz Federal TRF1 2011) No atual sistema processual penal, ocorre a cumulação de instâncias, assim

nominado pela doutrina o dever do juiz, quando da prolação de sentença condenatória, de fixar valormínimo para a reparação dos danos emergentes causados pelo crime, considerados os prejuízos sofridospelo ofendido, mas não os danos morais, independentemente de pedido expresso da vítima e da existênciade debates anteriores acerca dos danos e de sua extensão. ( )

5)  (Juiz TJPI 2012) Fixado na sentença penal condenatória valor mínimo para reparação dos danos causados pelainfração e considerados os prejuízos sofridos pelo ofendido, a execução civil estará limitada ao mínimo. ( )

6)  (DPE/BA 2010) Leôncio, maior, capaz, motorista profissional, desferiu, após uma partida de futebol, golpesde faca em Jairo, causando-lhe lesões corporais graves. Em razão desses fatos, o agente foi processado,tendo atuado em sua defesa um defensor público do estado da Bahia e, apesar do empenho da defesatécnica, o réu foi condenado. Nessa situação, ao prolatar a sentença condenatória, resta vedado ao juiz fixarvalor mínimo para a reparação dos danos causados pelo crime, ainda que existam elementos nos autos queo justifiquem, visto que o réu foi assistido pela DP. ( )

Gabarito

1. E 2. E 3. C 4. E 5. E 6. E