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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO CAMPUS SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE MÔNICA KARLA VOJTA MIRANDA INFLUÊNCIA DO ESTILO DE VIDA E QUALIDADE DE VIDA NOS EXAMES DE SANGUE SÃO PAULO 2017

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO

CAMPUS SÃO PAULO

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE

MÔNICA KARLA VOJTA MIRANDA

INFLUÊNCIA DO ESTILO DE VIDA E QUALIDADE DE VIDA NOS

EXAMES DE SANGUE

SÃO PAULO 2017

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MÔNICA KARLA VOJTA MIRANDA

INFLUÊNCIA DO ESTILO DE VIDA E QUALIDADE DE VIDA NOS

EXAMES DE SANGUE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde do Centro Universitário Adventista de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre Profissional em Promoção da Saúde. Orientador: Prof. Dr. Elias Ferreira Porto.

SÃO PAULO 2017

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Dissertação intitulada “INFLUÊNCIA DO ESTILO DE VIDA E QUALIDADE DE VIDA NOS EXAMES DE SANGUE”, de autoria de Mônica Karla Vojta Miranda, apresentada ao Centro Universitário Adventista de São Paulo, como requisito para obtenção do grau de Mestre Profissional em Promoção da Saúde apresentado e aprovado em 25 de maio de 2017.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________ Prof. Dr. Elias Ferreira Porto (Orientador) Centro Universitário Adventista – UNASP

_________________________________________________ Prof. Dr. Cesário Bianchi Filho (Titular)

Universidade de Mogi das Cruzes - UMC

_________________________________________________ Prof.ª Dra. Maria Cecília Leite de Moraes (Titular)

Centro Universitário Adventista - UNASP

_________________________________________________ Prof. Dr. Fábio Marcon Alfieri (Suplente) Centro Universitário Adventista - UNASP

_________________________________________________ Prof. Dr. Leandro Lazzareschi (Suplente) Universidade de Mogi das Cruzes - UMC

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Dedicatória Ao meu Papi Carlos (in memoriam), a minha mami, Marcela e a minha linda e amada filha, Andressa que sempre me deu forças na realização desse trabalho, para meu crescimento profissional e pessoal.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, que me deu forças para seguir em frente, sem esmorecer,

lutando dia após dia para conclusão desse trabalho.

À UNASP, pela oportunidade de realizar o sonho de cursar esse mestrado.

Ao meu orientador, Prof. Elias Porto, por todos os momentos em que se

disponibilizou em orientar-me na construção deste estudo.

Aos meus familiares que me deram apoio necessário para prosseguir, sem

desistir nos momentos difíceis.

Aos professores, que dividiram seus conhecimentos conosco.

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“Eu segurei muitas coisas em minhas mãos e eu as perdi; mas tudo aquilo que coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo”

Martin Luther King

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MIRANDA, M. K. V. Influência do estilo de vida e qualidade de vida nos exames de sangue. São Paulo, 2017. 91f. Dissertação (Mestrado Profissional em Promoção

da Saúde) – Centro Universitário Adventista de São Paulo, São Paulo, 2017.

RESUMO

Introdução: Estilo de vida é temática abrangente que possui caráter audaz devido à

magnitude da influência que exerce sobre a qualidade da saúde da população. De modo especifico trabalhadores de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) tem maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, estas últimas também nominadas “doenças do estilo de vida”. Objetivo: Avaliar o estilo de vida de

trabalhadores de saúde de uma Unidade de Terapia Intensiva e suas correlações com os exames de sangue. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com 72

profissionais de saúde, atuantes na UTI do Hospital Regional do Município de Santarém. Os dados foram coletados por meio de questionários de avaliação do estilo de vida, a saber, a escala do Perfil do Estilo de Vida Individual de Nahas e o questionário Estilo de Vida Fantástico; questionário de avaliação da qualidade de vida WHOQOL-breve e um questionário sócio demográfico criado pelos autores. Todos os participantes realizaram exame de sangue para quantificação do colesterol total e fracionado, hemograma completo, triglicerídeos, glicemia de jejum, Transaminase Glutâmica Oxalacética (TGO) ou Aspartato Aminotransferase (AST), Transaminase Glutâmica Pirúvica (TGP) ou Alanina Aminotransferase (ALP). Verificada ainda a pressão arterial. Resultados: De forma geral a maioria destes indivíduos tem um estilo

de vida que necessita alguns ajustes, visto pela pontuação de ambos os questionários aplicados sobre estilo de vida e qualidade de vida. Para o questionário Nahas a média foi de 25,2±7,1 e para o questionário Fantástico de 70,7±9,9. Já para o questionário sobre qualidade de vida WOOQOL-breve as médias foram de 88,3±10,6. Não foi encontrado forte associação entre estilo de vida e os exames de sangue. Os indivíduos com maior pontuação no questionário Fantástico tinham menor colesterol total (p<0,05) assim como os indivíduos mais velhos. Para os indivíduos com menor pontuação no Nahas foi maior os triglicerídeos (p<0,05) especialmente nos componentes atividade física, nutrição e comportamento preventivo. Indivíduos com mais tempo na profissão, apresentaram baixo HDL e colesterol total. Para os triglicerídeos apenas a variável atividade física do questionário Fantástico mostrou determinativa (r2 = 0,29) (p=0,02). Para a pressão arterial e colesterol total foi a variável atividade física do questionário Nahas que se mostrou determinativa (r2 = 0,28) (p=0,02) e (r2 = 0,28) (p=0,01). O componente nutrição, controle de estresse, sono e controle social apresentaram probabilidade maior do que 80% para explicar alterações dos triglicerídeos. Conclusão: Os valores dos exames de sangue são

influenciados principalmente pela atividade física, nutrição, controle de estresse, sono, controle social. Entretanto somente o componente atividade física esteve como um fator determinante. Todas as correlações entre estilo de vida em exames de sangue foram fracas. Palavras Chaves: Estilo de vida; Qualidade de Vida; Testes Hematológicos.

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MIRANDA, M. K. V. Influence of lifestyle and quality of life on blood tests. São

Paulo, 2017. 91f. Dissertation (Professional Master in Health Promotion) – Centro Universitário Adventista de São Paulo, São Paulo, 2017.

ABSTRACT

Introduction: Lifestyle is a comprehensive subject that has a daring character due to

the magnitude of its influence on the quality of the population's health. Specifically, workers from Intensive Care Units (ICUs) have a higher prevalence of chronic non-communicable diseases, the latter also being called "lifestyle diseases". Objective: To

evaluate the lifestyle of health workers of an Intensive Care Unit and its correlations with blood tests. Methods: This is a cross-sectional study carried out with 72 health

professionals working at the ICU of the Regional Hospital of the Municipality of Santarém. Data were collected through lifestyle assessment questionnaires, namely the Nahas Individual Lifestyle Profile scale and the Fantastic Lifestyle questionnaire; A WHOQOL-Brief Quality of Life Questionnaire and a socio-demographic questionnaire created by the authors. All participants underwent blood tests for quantification of total and fractionated cholesterol, complete blood count, triglycerides, fasting glycemia, Transaminase Glucan Oxalacetic (TGO) or Aspartate Aminotransferase (AST), Pyruvic Glutamic Transaminase (TGP) or Alanine Aminotransferase (ALP). Checked blood pressure. Results: In general, most of these individuals have a lifestyle that

needs some adjustments, as seen by the scores of both questionnaires applied on lifestyle and quality of life. For the Nahas questionnaire the mean was 25.2 ± 7.1 and for the FANTASTIC 70.7 ± 9.9. For the WOOQOL-BQQ, the mean was 88.3 ± 10.6. No strong association was found between lifestyle and blood tests. The individuals with higher scores on the FANTASTIC questionnaire had lower total cholesterol (p <0.05) as did older individuals. For individuals with lower Nahas scores, triglycerides were higher (p <0.05), especially in the physical activity, nutrition and preventive behavior components. Individuals with more time in the profession, presented low HDL and total cholesterol. For triglycerides only the physical activity variable of the FANTASTIC questionnaire showed determinative (r2 = 0.29) (p = 0.02). For arterial blood pressure and total cholesterol, the physical activity variable of the Nahas questionnaire was determined (r2 = 0.28) (p = 0.02) and (r2 = 0.28) (p = 0.01). The component nutrition, stress control, sleep and social control were more than 80% likely to explain triglyceride changes. Conclusion: The values of the blood tests are influenced mainly by physical

activity, nutrition, stress control, sleep, and social control. However, only the physical activity component was a determining factor. All correlations between lifestyle in blood tests were poor. Keywords: Lifestyle; Quality of Life; Hematologic Tests.

LISTA DE TABELAS

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Tabela 01 - Perfil dos participantes da pesquisa ...................................................... 37

Tabela 02 - Estilo de vida segundo o Instrumento Fantástico e qualidade

de vida segundo o WHOOQOL-BREVE .................................................................... 39

Tabela 03 - Correlação matriz entre qualidade de vida (WHOOQOL-

BREVE) com os exames de sangue ......................................................................... 40

Tabela 04 - Correlação matriz entre Instrumento Fantástico e os exames

de sangue.................................................................................................................. 41

Tabela 05 - Correlação matriz entre Instrumento Estilo de vida individual

de Nahas e os exames de sangue ............................................................................ 42

Tabela 06 - Análise das variáveis sexo e exames de sangue segundo o

Instrumento Fantástico ............................................................................................. 45

Tabela 07 - Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra

segundo a idade ........................................................................................................ 46

Tabela 08 - Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra

segundo a pontuação da componente atividade física (Nahas) ................................ 47

Tabela 09 - Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra

segundo a pontuação da componente Nutrição (Nahas) .......................................... 48

Tabela 10 - Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra

segundo a pontuação da componente comportamento preventivo (Nahas) ............. 49

Tabela 11 - Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra

segundo a pontuação da componente Controle de estresse (Nahas)

..................... ............................................................................................................. 50

Tabela 12 - Análise univariada da variável estilo de vida como

independente e o colesterol total como dependente ................................................. 51

Tabela 13 - Analise univariada da variável estilo de vida como

independente e o HDL colesterol como dependente ................................................. 52

Tabela 14 - Análise univariada da variável estilo de vida como

independente e a pressão arterial como dependente ............................................... 53

Tabela 15 - Analise univariada da variável estilo de vida como

independente e da glicemia como dependente ......................................................... 54

Tabela 16 - Análise univariada da variável estilo de vida como

independente e dos triglicerídeos como dependente ................................................ 55

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Tabela 17 - Análise de regressão multivariada tendo os triglicerídeos

como variável dependente ........................................................................................ 56

Tabela 18 - Análise de regressão multivariada tendo a pressão arterial

sistólica como variável dependente ........................................................................... 57

Tabela 19 - Análise de regressão multivariada tendo Colesterol total como

variável dependente .................................................................................................. 58

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Avaliação do estilo de vida para a amostra segundo o

Instrumento Perfil do Estilo de Vida Individual de Nahas .......................................... 38

Figura 2 – Avaliação das Horas trabalhadas por dia por grupos segundo o

estilo de vida ............................................................................................................ 43

Figura 3 – Avaliação do colesterol plasmático por grupos segundo o estilo

de vida ...................................................................................................................... 44

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LISTA DE SIGLAS

ALP – Alanina Aminotransferase

AST – Aspartato Aminotransferase

CNS – Conselho Nacional de Saúde

CTI – Centro de Terapia Intensiva

DAC – Doença arterial coronariana

DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis

DM – Diabetes Mellitus

DMID – Diabetes Mellitus insulinodependente

NIDDM – Diabetes Mellitus não insulinodependente

HB – Hemoglobina

HDL – High Density Lipoproteins – lipoproteínas de alta densidade

IMC – Índice de massa corporal

LDL – Low Density Lipoprotein – lipoproteínas de baixa densidade

HT – Hematócrito

OMS – Organização Mundial da Saúde

PAD – Pressão Arterial Diastólica

PAS – Pressão Arterial Sistólica

PC – Parada cardíaca

PCR – Parada cardiorrespiratória

TCLE – Termo de Consentimento Livre Esclarecido

TG – Triglicerídeos

TGO – Transaminase Glutâmica Oxalacética

TGP – Transaminase Glutâmica Pirúvica

UTI – Unidade de Terapia Intensiva

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 14

1.1 Problemática da pesquisa .............................................................................................. 16

1.2 Hipótese ....................................................................................................................... 17

1.3 Justificativa ................................................................................................................... 17

2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 18

2.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 18

2.2 Objetivos específicos ..................................................................................................... 18

3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 19

3.1 Estilo de vida ................................................................................................................. 19

3.1.1 Hábitos alimentares .................................................................................................... 19

3.1.2 Atividade física ............................................................................................................ 20

3.1.3 Tabagismo .................................................................................................................. 20

3.2 Qualidade de vida .......................................................................................................... 21

3.3 Doenças crônicas não transmissíveis ............................................................................ 22

3.4 Equipe de Saúde na Unidade de Terapia Intensiva - UTI .............................................. 22

3.5 Excesso de peso/ obesidade ......................................................................................... 24

3.6 Hipertensão arterial ........................................................................................................ 25

3.7 Colesterol ...................................................................................................................... 26

3.8 Hipercolesterolemia ....................................................................................................... 28

3.9 Hipertrigliceridemia ........................................................................................................ 28

4 METODOS ....................................................................................................................... 30

4.1 Tipo de estudo ............................................................................................................... 30

4.2 População do estudo ..................................................................................................... 30

4.3 Local de realização da pesquisa .................................................................................... 30

4.4 Critérios de inclusão ...................................................................................................... 30

4.5 Critérios de exclusão ..................................................................................................... 31

4.6 Procedimentos de coleta de dados ................................................................................ 31

4.6.1 Instrumento Perfil do Estilo de Vida Individual (Nahas) .............................................. 32

4.6.2 Instrumento Estilo de Vida Fantástico ....................................................................... 32

4.6.3 Instrumento sobre Qualidade de Vida ....................................................................... 33

4.6.4 Questionário sócio econômico e cultural (INET) ......................................................... 34

4.6.5 Exame Hematológicos ............................................................................................... 34

4.7 Análise estatística .......................................................................................................... 34

4.8 Aspectos éticos da pesquisa .......................................................................................... 35

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5 RESULTADOS ................................................................................................................. 36

5.1 Descrições das características da amostra .................................................................... 36

5.2 Avaliação do estilo de vida segundo o Instrumento Perfil do Estilo de Vida

Individual de Nahas ............................................................................................................. 38

5.3 Avaliação do Estilo de vida segundo o Instrumento Fantástico e qualidade de

vida segundo o WHOOQOL-BREVE ................................................................................... 39

5.4 Analise de correlação matriz entre qualidade de vida (WHOOQOL-BREVE) e

exames do sangue .............................................................................................................. 40

5.5 Avaliação do número de horas trabalhadas por grupos segundo o estilo de

vida ..................................................................................................................................... 43

5.6 Avaliação do colesterol plasmático por grupos segundo o estilo de vida ....................... 44

5.7 Avaliação dos exames de sangue por grupos segundo o estilo de vida ......................... 45

5.8 Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a idade

............................................................................................................................................ 46

5.9 Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a

componente atividade física do Instrumento Perfil do Estilo de Vida Individual .................... 47

5.10 Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a

componente nutrição do Instrumento Perfil do Estilo de Vida Individual .............................. 48

5.11 Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a

componente comportamento preventivo do Instrumento Perfil do Estilo de Vida

Individual ............................................................................................................................. 49

5.12 Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a

componente controle de estresse do Instrumento Perfil do Estilo de Vida Individual

de Nahas ............................................................................................................................. 50

5.13 Avaliação univariada da variável estilo de vida como independente e o

colesterol total como dependente ........................................................................................ 51

5.14 Avaliação univariada da variável estilo de vida como independente e o HDL

colesterol como dependente ................................................................................................ 52

5.15 Avaliação univariada da variável estilo de vida como independente e a

pressão arterial como dependente ....................................................................................... 53

5.16 Avaliação univariada da variável estilo de vida como independente e a

glicemia como dependente .................................................................................................. 54

5.17 Avaliação univariada da variável estilo de vida como independente e os

triglicerídeos como dependente ........................................................................................... 55

5.18 Regressão multivariada da variável estilo de vida como independente e os

triglicerídeos como dependente ........................................................................................... 56

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5.19 Regressão multivariada da variável estilo de vida como independente e a

pressão arterial sistólica como dependente ......................................................................... 57

5.20 Regressão multivariada da variável estilo de vida como independente e o

colesterol total como dependente ........................................................................................ 58

6 DISCUSSÃO .................................................................................................................... 59

7 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 66

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 67

APÊNDICES ....................................................................................................................... 74

ANEXOS ............................................................................................................................. 77

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14

1 INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde define de modo clássico o estilo de vida como

“o conjunto de hábitos e costumes que são influenciados, modificados, encorajados

ou inibidos pelo prolongado processo de socialização...” (WHO, 2004, pág. 37). Nas

últimas décadas o estilo de vida vem adquirindo espaço crescente nas questões sobre

saúde pública, como temática interdisciplinar em promoção da saúde (SOUZA et al.,

2016). Originando debates complexos que ultrapassam as barreiras transculturais

devido à singularidade e variedade da maneira de viver de cada ser humano

(ALMEIDA et al., 2012).

Deste modo, os parâmetros do estilo de vida podem modificar-se no decorrer

dos anos, o que ocorre mediante a sensibilização do indivíduo em relação a mudança

de determinado comportamento. Alguns estudos têm evidenciado que a aplicação de

mudanças de estilo de vida sem a farmacoterapia podem reduzir a probabilidade de

ocorrência das doenças cardiovasculares (SLAVÍČEK et al., 2008; GORE et al., 1996).

Nota-se que a opção por uma vida saudável, seria mediada por fatores transculturais

como a condição socioeconômica, o ambiente e os relacionamentos interpessoais

(NAHAS, 2013).

De tal modo que o advento da industrialização causou mudanças globais no

sistema de trabalho que refletiram na vida das pessoas. Tais modificações

contribuíram para o avanço tecnológico e para a facilidade da execução de tarefas

complexas. Sob esta nova perspectiva houve mudança no estilo de vida assinalado

pelo aumento do rendimento e diminuição do esforço (FERREIRA et al.,2011).

Alguns efeitos negativos da globalização, da rápida urbanização, tais como o

sedentarismo e da má alimentação têm colaborado para um ligeiro aumento na

prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), principalmente nos

países em desenvolvimento, como o Brasil (BRASIL, 2011). Esses costumes e hábitos

compreendem o uso de substâncias tais como o álcool, fumo, inatividade física, que

trazem enormes implicações para a saúde e são repetidamente elemento de

averiguações epidemiológicas (GONÇALVES, VILARTA, 2004).

No mais recente relatório da Organização Mundial de Saúde sobre DCNT

intitulado Noncommunicable Diseases Country Profiles, apresenta-se que 63% das

mortes no mundo são causadas por DCNT. Dos 38 milhões de vidas perdidas em

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15

2012, 42% (16 milhões) eram prematuras (antes dos 70 anos) e evitáveis (WHO,

2014).

Diante disso enfatiza-se que as DCNT têm sido consideradas a maior razão

para morbidade e mortalidade em vários países por todo mundo, tornando-se um

problema de saúde globalizado (WHO, 2009). No Brasil mais 70% das mortes

ocorridas todos os anos são decorrentes das DCNT, isto devido às complicações

decorrentes destas moléstias que incapacitam o indivíduo levando-o a perda da

qualidade de vida e consequentemente a morte (BRASIL, 2014; FREIRE et al., 2015).

Dentro do contexto nacional a região norte apresenta 14,5% dos casos confirmados

DCNT. Em relação ao número de casos de hipertensão e diabetes dentro da região

norte o estado de Rondônia é o que ganha ênfase sendo 18,1% e 5%

respectivamente, quanto aos indivíduos diagnosticados com dislipidemias destaca-se

o estado do Amazonas com 11% (BRASIL, 2014).

Dentre os principais desencadeadores destas comorbidades destacam-se

fatores internos e externos ao indivíduo, dos quais se pode elencar a idade e histórico

familiar, e componentes do estilo vida respectivamente (DUNCAN et al.,2012). No que

diz respeito ao estilo de vida uma recente revisão tem mostrado os resultados de

intervenções e sua eficácia citando os componentes do estilo de vida associados a

redução da mortalidade destacando: abstinência de álcool, tabaco, controle dos níveis

pressóricos, regulação da dieta e prática de atividades físicas regulares (KUSHNER,

SORENSEN, 2013).Outra revisão destaca estudos em que foi possível notar a eficácia

das mudanças de hábitos e comportamentos na redução de riscos e danos para saúde

tais como: obesidade, sedentarismo e entre outros sem a intervenção

medicamentosa, como consequência a isso há uma diminuição do ambiente favorável

para incidência de doenças crônicas degenerativas (PÔRTO et al., 2015).

No também recente estudo de Pereira e Colaboradores (2017), é abordado das

relações entre Estilo de Vida (EV) e Qualidade de Vida (QV) em hipertensos. Em seus

resultados encontram associação estatisticamente significante entre EV e QV no

grupo estudado, inferindo os autores que, quanto melhor o estilo de vida melhor será

a qualidade de vida. Assim QV tem sido definida como o “bem-estar físico, mental,

psicológico e emocional, além de relacionar-se a saúde, educação, interação social

com os amigos e familiares” (WHO, 2004, p. 47). Logo os termos Estilo de Vida e

Qualidade de Vida, embora relacionados, têm significados distintos. Sublinha-se que

para uma positiva qualidade de vida relacionada a saúde são essenciais fatores tais

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16

como a realização de atividade física, hábitos alimentares saudáveis, quantidade e

qualidade de descanso apropriados, a satisfação com atividade profissional e relação

interpessoal (ALMEIDA et al., 2012).

Em recente estudo com trabalhadores da equipe de enfermagem de um

hospital universitário público Rossaneis e Colaboradores (2015) apontam por meio de

exames hematológicos alterações do perfil lipídico e sua correlação com fatores de

risco para doenças cardiovasculares. Os principais fatores de risco cardiovascular

observados foram dislipidemia, sedentarismo, hipertensão arterial sistêmica, diabetes

mellitus e tabagismo. Os autores chamam a atenção para a necessidade de ações de

promoção da saúde e prevenção de agravos por meio de programas, desenvolvidos

pelos Serviços de Saúde Ocupacional das instituições, direcionados à adoção de

estilos de vida saudáveis junto aos trabalhadores de saúde.

Tendo em vista as longas jornadas de trabalho e a atuação em mais de um

emprego, o profissional de saúde com maus hábitos de vida torna-se mais susceptível

para o aparecimento de doenças cardiovasculares e metabólicas como o diabetes

mellitus (ROSSANEIS et al., 2015).

Assim o estudo sobre o estilo e qualidade de vida de profissionais de saúde e

suas relações em exames hematológicos como busca de melhor compreensão das

variáveis envolvidas possibilita subsídios para o planejamento de políticas

organizacionais saudáveis bem como ações de promoção a saúde.

1.1 Problemática da pesquisa

A presente pesquisa traz alguns questionamentos: é possível com a simples

aplicação de questionários que propõem avaliar o estilo de vida estabelecer

correlações entre estilo de vida e exames de sangue? Existe correlação entre os

resultados medidos por estes questionários com os valores encontrados do colesterol

total e fracionado, glicemia de jejum, hemograma completo, triglicerídeos,

transaminases e a pressão arterial?

1.2 Hipótese

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17

Existe associação entre os resultados obtidos nos questionários de estilo de

vida com exames de sangue colesterol total e fracionado, glicemia de jejum,

hemograma completo, triglicerídeos, transaminases e a pressão arterial.

1.3 Justificativa

Estudos têm mostrado que indivíduos com pior estilo de vida têm maior número

de doenças crônicas não transmissíveis (GRISCI et al., 2007). E que os indivíduos

com maior nível de estresse ininterrupto podem desenvolver doenças do coração

(DALRI et al, 2014).

Em uma revisão sistemática com 142 artigos foi visto que existe várias formas

de avaliar o Estilo de vida das pessoas. Comenta que no Brasil os instrumentos

validados Perfil do Estilo de Vida Individual e o Instrumento Fantástico são os mais

utilizados. A maioria desses instrumentos procura abordar mais os aspectos

relacionados aos parâmetros individuais relacionados ao estilo de vida do que os

parâmetros socioambientais relacionados ao trabalho, ambiente, moradia, lazer e

educação. Diante disso os autores concluíram que os instrumentos de avaliação do

estilo de vida ainda que com razoável validação psicométrica, são ainda questionáveis

na capacidade de resposta (PORTO et al, 2015).

Diante disso, busca-se estabelecer uma relação entre o estilo vida medido

pelos instrumentos validados no Brasil com parâmetros bioquímicos como: colesterol

total e fracionado, glicemia, pressão arterial, triglicerídeos e componentes do

hemograma. É possível que por meio da avaliação da capacidade que estes

instrumentos tenham de correlacionar com estes parâmetros bioquímicos seja

possível prever com mais precisão pela simples aplicação destes questionários as

possíveis alterações do colesterol total e fracionado, glicemia, pressão arterial,

triglicerídeos.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Avaliar a associação entre os resultados dos questionários que propõem avaliar

o estilo de vida com os exames de sangue colesterol total e fracionado, glicemia de

jejum, hemograma completo, triglicerídeos, transaminases e a pressão arterial.

2.2 Objetivos Específicos

Avaliar quais os exames de sangue que mais se modificam segundo o estilo

de vida adotado.

Avaliar o estilo de vida de trabalhadores de saúde de unidade de terapia

intensiva e suas correlações com os exames de sangue.

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19

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Estilo de Vida

Os recursos pessoais de um indivíduo que auxiliam no enfrentamento do

cotidiano incluem saúde e energia. Um estilo de vida promotor da saúde fornece esses

recursos e protege o impacto dos estressores. Os estilos ou hábitos de vida que

contribuem para o risco de doença podem ser identificados por meio de um histórico

de risco à saúde (SMELTZER, BARE, 2009).

3.1.1 Hábitos alimentares

Os hábitos alimentares são fatores importantes que contribuem para a

regulação do bem-estar e da saúde dos indivíduos. Comer de uma forma saudável

aumenta a longevidade e a qualidade de vida das pessoas de qualquer idade e, em

especial, na terceira idade. Concorre ainda para evitar doenças que são frequentes

na velhice, como as cardíacas, as reumáticas e os cancros. (CUPPARI, 2014)

A nutrição permite que determinados componentes dos alimentos sejam

captados e utilizados pelo organismo, onde são digeridos, absorvidos e transportados

para as células que têm o seu metabolismo. Esses componentes são os hidratos de

carbono, lipídeos, proteínas, vitaminas, minerais e água, assim como as informações

indispensáveis para uma alimentação equilibrada (COSTA, 2009).

Sabe-se que o corpo humano necessita de todos os nutrientes para o

funcionamento correto, consumindo sempre alimentos como verduras, cereais, leite e

derivados, legumes e outros, sempre combinando variedades e quantidades

adequadas à idade e sempre associados às atividades físicas (MATIAS et al., 2016).

As doenças crônicas não transmissíveis associadas com alimentação

(osteoporose, diabetes, hipertensão) são reiteradas em indivíduos com estilo de vida

pouco saudável. Tais doenças podem comprometer o estado nutricional desses

pacientes, uma vez pode haver restrição dietética, alteração nas necessidades

nutricionais ou nos processos metabólicos (SMELTZER, BARE, 2009).

3.1.2 Atividade física

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A indicação da atividade física fundamenta-se em parâmetros de frequência,

duração, intensidade e maneira de execução. Portanto, a atividade física precisa ser

feita por 30 minutos no mínimo, com intensidade moderada, de forma contínua ou

acumulada. Incentiva-se a atividade física nas atividades diárias como caminhar, subir

escadas, realizar atividades domésticas dentro e fora de casa, preferir sempre que

puder modo ativo nos desempenhos diários, que incluam pelo menos 150

minutos/semana (BRASIL, 2014).

Na musculatura esquelética a atividade física determina aumento no número e

tamanho das mitocôndrias, melhora da capacidade de utilização do oxigênio,

hipertrofia das fibras musculares e aumento da potência muscular. No tecido ósseo

aumenta a densidade e previne a osteopenia, principalmente no sexo feminino. No

aparelho respiratório observa-se menor ventilação para o mesmo consumo de

oxigênio, provavelmente como consequência de melhora cinética respiratória,

inclusive diafragmática. Isto determina menor sensação de dispneia durante a

realização da atividade física (BRAUNWALD, 2013).

A atividade física diminui a tolerância à glicose, diminuindo em diabéticos a

necessidade de hipoglicemiante; reduz os níveis séricos de colesterol total, LDL-

colesterol e triglicérides, elevando o HDL-colesterol; diminui a agregabilidade

plaquetária e aumenta a atividade fibrinolítica (MUSSI et al., 2013).

As atividades físicas leves e moderadas estão associadas à redução da

incidência de doenças crônico-degenerativas e maior potencial de reabilitação nos

fragilizados. O exercício físico regular reduz a pressão arterial, além de produzir

benefícios adicionais, como a diminuição do peso corpóreo, ação coadjuvante no

tratamento de dislipidemia, diminuição da resistência à insulina e auxílio no controle

do estresse” (CUPPARI, 2014).

3.1.3 Tabagismo

O tabaco é o único fator de risco completamente evitável que leva a doença

cardiovascular. Evitar esse costume, que em 90% das ocasiões acontece na

adolescência, é um dos maiores desafios devido a dependência química originada

pela nicotina. No entanto, programas enérgicos de controle ao tabagismo resultam em

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diminuição do uso individual e se unem à redução das mortes por problemas

cardiovasculares em curto prazo (SILVA, OLIVEIRA, 2009).

A preocupação individual com o tabagista é prioritária para toda a equipe de

saúde. O suporte psicoemocional ao tabagista e a prescrição de medicamentos têm-

se mostrado muito eficazes. Recomenda-se a execução simultânea de atividades

físicas e a educação alimentar para impedir o ganho exagerado de peso (FERREIRA

JUNIOR, 2008).

3.2 Qualidade de Vida

O termo qualidade de vida se refere a certos atributos ou características

consideradas importantes indicadores de saúde. O termo vida por sua vez, que só

pode ser entendido numa perspectiva bem contextualizada, é definido como categoria

que entre outras coisas, inclui saúde, relações familiares satisfatórias, condições

financeiras estáveis entre outros aspectos (SAMPAIO, 2004).

A qualidade de vida apresenta-se como conceito atual de diversas

interpretações. Há os que consideram qualidade de vida a duração ou extensão da

vida. Alguns, associam-na a um estilo de vida de certos grupos com um nível

financeiro mais elevado. Para outros pressupõe a existência de um estado de

satisfação com os seus atributos físicos e emocionais. Podendo incluir na idéia de

qualidade de vida o conceito de bem-estar pessoal e social, bem como os aspetos

econômicos (BANOV, 2011).

Ter qualidade de vida congrega vários aspectos, que incluem os cuidados

indispensáveis para a vida do ser humano, pois se observa que a qualidade de vida

relaciona vários fatores do desenvolvimento humano como um todo. Para isso, o

acesso a fatores como lazer, vida social, atividade física, alimentação saudável, amor,

amizades, educação, dormir bem para repor as energias, união familiar e outros são

desejáveis (JESUS, 2007).

Evidencia-se que por meio de hábitos e estilos de vida promotores de saúde,

pode-se controlar a pressão alta, e, automaticamente, melhorar a saúde como um

todo (MUSSI, 2013). Assim:

Qualidade de vida é uma condição complexa e multifatorial sobre a qual é possível desenvolver algumas formas de medidas objetivas, por meio de uma série de indicadores, porém a vivência que o sujeito pode

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ter de si mesmo, tem um importante peso específico (RUEDA, 2004, p. 30).

3.3 Doenças Crônicas não Transmissíveis

Embora cada condição crônica possua suas próprias características

fisiológicas, as condições crônicas compartilham fisiopatologias comuns. Muitas

condições crônicas, por exemplo, apresentam dor e fadiga como sintomas

associados. Algum grau de incapacidade está usualmente presente na doença crônica

grave ou avançada, limitando a participação do paciente em atividades da vida diária

(SMELTZER, BARE, 2009).

As DCNT também tem sido nominada como “doenças do estilo de vida”.

Explicitando assim sua associação a fatores de risco modificáveis, tais como hábitos

de vida. Assim inciativas direcionadas à adoção de estilos de vida saudáveis junto aos

mais diversos setores sociais tem sido empreendida, na tentativa de prevenir ou

retardar o desenvolvimento de lesões e reduzir a morbimortalidade na população

(SUGIMOTO, 2016).

3.4 Equipe de Saúde na Unidade de Terapia Intensiva - UTI

Como área de tratamento complexa, a Unidade de Terapia Intensiva está

destinada ao atendimento de indivíduos que necessitem de cuidados intensivos,

podendo apresentar boa probabilidade de sobrevida. Esta unidade surgiu para suprir

a necessidade de prestar uma assistência mais especializada e contínua a indivíduos

com patologias graves ou de risco (KNOBEL, 2006).

O Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA) na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 7, sancionada em 24 de

fevereiro de 2010, art. 14, discorre que os profissionais de saúde indispensáveis para

o funcionamento da Unidade de Terapia Intensiva – UTI são:

Art. 14. Além do disposto no Artigo 13 desta RDC, deve ser designada uma equipe multiprofissional, legalmente habilitada, a qual deve ser dimensionada, quantitativa e qualitativamente, de acordo com o perfil assistencial, a demanda da unidade e legislação vigente, contendo, para atuação exclusiva na unidade, no mínimo, os seguintes profissionais:

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I - Médico diarista/rotineiro: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino e vespertino, com título de especialista em Medicina Intensiva para atuação em UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica para atuação em UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia para atuação em UTI Neonatal; II - Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada turno. III - Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) para cada 08 (oito) leitos ou fração, em cada turno. IV - Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação; V - Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 (um) para cada 02 (dois) leitos em cada turno, além de 1 (um) técnico de enfermagem por UTI para serviços de apoio assistencial em cada turno; VI - Auxiliares administrativos: no mínimo 01 (um) exclusivo da unidade; VII - Funcionários exclusivos para serviço de limpeza da unidade, em cada turno (BRASIL, 2010).

Neste contexto, percebe-se que a Unidade de Terapia Intensiva é formada

pelos profissionais médicos (diarista e plantonistas), com especialidades em Medicina

Intensiva para adultos, crianças e idosos, além de neonatal. Podendo também contar

com enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, auxiliares administrativos,

e funcionários de limpeza.

A equipe de enfermagem é composta por enfermeiros (coordenador e

assistencial), técnicos e auxiliares de enfermagem e, em algumas instituições, pelo

auxiliar administrativo, que está sob a responsabilidade do enfermeiro da Unidade de

Terapia Intensiva (BORGES, 2004).

A enfermagem é uma profissão com cuidado humanístico, tem como papel

preponderante por ser uma profissão que busca, promove o bem-estar do ser humano

com humildade, dignidade, na promoção da saúde, na prevenção de enfermidade;

respeitando suas individualidades, dando informações claras e objetivas ao cliente

respeitando o meio ambiente na luta com a preservação do mesmo (AGUILAR,

ROBLES, 2009).

Com o incremento do trabalho em equipe multidisciplinar e fortalecimento do

modelo holístico ao qual olha o sujeito como uma criatura

biopsisocioespiritoambiental, diversos profissional tem sido integrado na UTI, como é

o caso do psicólogo, farmacêutico e o fonoaudiólogo (SANTOS et al., 2012).

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O psicólogo é antes de tudo um facilitador, ele trabalha com a finalidade de

aumentar a autoestima do usuário e da equipe de trabalho, independentemente do

modelo de saúde ser pública ou particular. Ele pensa em questões preventivas, e

educativas. É o responsável ainda, por fomentar trabalhos em grupo, promover o

entrosamento do cliente como sua nova situação de saúde, identificando as

necessidades e como precisa colaborar com o tratamento (ANTHIKAD, 2005).

Quanto ao farmacêutico, este profissional foi inserido nos cuidados críticos

desde 1970, quando um novo conceito de expansão de horizontes incluiu o

farmacêutico clínico nos cuidados e não apenas nos serviços de dispensação.

Atualmente, está crescendo o número de farmacêuticos exclusivos nas UTIs. São

membros reconhecidos na equipe da unidade, junto aos médicos intensivistas,

enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, dentre outros

(FERRACINI, MENDES, 2011).

Durante muito tempo, a nutrição na UTI era somente vista como uma medida

de suporte, visando preservar a massa magra, manter a função imunológica e evitar

complicações metabólicas. Porém, muita pesquisa tem sido feita nesta área,

demonstrando a relevância da atuação do nutricionista na redução de complicações

aos pacientes da UTI, passando a ser considerado que a nutrição é uma estratégia

terapêutica (MUÑOZ et al., 2016).

A fonoaudiologia foi inserida há pouco tempo na UTI, atuando nas áreas

neonatal, pediátrica, coronariana, queimados, trauma e oncológica. A avaliação

fonoaudiológica na UTI pretende identificar as prováveis alterações funcionais que

interferem na etapa oral e faríngea da ingestão. Por isso, na avaliação clínica

fonoaudiológica é importante observar o: aspecto cognitivo; presença de reflexos

patológicos (procura, mordida, sucção, mastigação modificada, vômito interiorizado);

sensibilidade oral (Peri e intra-oral); mobilidade da musculatura facial, mastigatória, de

língua e de véu platino; ausculta cervical; e deglutição voluntária. Por meio deste pode

se discutir prognóstico, conduta e tratamento (SILVA et al., 2016).

3.5 Excesso de peso/ obesidade

Avaliar-se que parte da prevalência da hipertensão podem ser explicadas pela

presença do excesso de peso. Sugerindo-se que todos os hipertensos com excesso

de peso sejam introduzidos em programas de redução de peso. A finalidade é

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conseguir um índice de massa corporal (IMC) inferior a 25 kg/m2 e circunferência da

cintura inferior a 102 cm para homens e 88 cm para mulheres, mesmo que a

diminuição de 5% a 10% do peso corporal inicial já seja capaz de gerar uma redução

da pressão arterial (BRASIL, 2013).

A obesidade, que por algum fator genético ou nutrição regular, compromete as

paredes das artérias ocasionando a formação de ateroma pelo acúmulo de gorduras

nas paredes das artérias, e, assim, o aumento da pressão arterial (SMELTZER, BARE,

2009).

A redução do índice de massa corpórea contribui bastante para o controle da

pressão arterial, visto que o índice de massa corpórea (IMC) deve estar em padrão

adequado para que não se tenha problemas futuros, pois a obesidade contribui de

forma significativa para o aumento da pressão arterial, devido ocorrer a

vasoconstrição, dificultando portanto o retorno venoso e arterial, favorecendo, assim,

o aumento de complicações decorrente da pressão arterial alta e da própria obesidade

(PHILIPPI, 2008).

3.6 Hipertensão arterial

Grande parte dos pacientes acometidos por hipertensão arterial permanece

sem apresentar a sintomatologia, o que dificulta o diagnóstico, devido ausência de

anormalidade no organismo, passando despercebido, até descobrir, em alguns casos,

pode ser tarde, levando o paciente a apresentar um acidente vascular cerebral ou

outras consequências pela falta de tratamento. No entanto, existem pacientes que

poderão apresentar sinais e sintomas como: tontura, cefaleia, sangramento nasal,

sudorese, mal-estar, palpitações, diplopia (FIGUEIREDO, 2008).

A hipertensão arterial é classificada em hipertensão primária e secundária,

sendo que na primária, chamada também de essencial, não existe um fator causal

definido. Na hipertensão secundária ou essencial ocorre em 90% dos casos, e a

secundária ocorre devido outras patologias no organismo, sendo representada entre

5% a 10% dos casos de hipertensão arterial (GOLDMAN, 2014).

A hipertensão arterial primária emana de modificações nos sistemas de

controle de pressão arterial. Várias substâncias endógenas participam de maneira

integrada nesse complexo sistema, que tem como objetivo manter a homeostasia

cardiovascular. No indivíduo hipertenso a alteração desses fatores genéticos e

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ambientais leva o desequilíbrio desses sistemas, resultando, no entanto na pressão

arterial alta (KRIEGER et al., 1998).

A hipertensão primária é multifatorial, ou seja, não se sabe exatamente a causa,

devido esta condição ocorre alterações em fatores que vão afetar a resistência

periférica e consequentemente, o débito cardíaco, ou até mesmo alterações nos

sistemas de controle que fazem o monitoramento ou regulam a pressão arterial

(PAULINO et al., 2009).

Pessoas que tem predisposição hereditária para a hipertensão arterial tendem

a apresentar uma propensão a vasoconstrição arterial e retenção de sódio e água,

fazendo com que se eleve a pressão arterial de forma significativamente.

Complementa-se que quando se tem uma predisposição genética é necessária que

as pessoas façam controle regularmente da pressão arterial, atividades físicas

regulares, evitar alimentos com teor de sódio alto e outros, como forma de prevenir a

hipertensão arterial (FIGUEIREDO et al., 2008).

Embora a hipertensão seja um problema de saúde comum com algumas

consequências ocasionalmente devastadoras, elas em geral, permanecem

assintomáticas até que esteja avançada. Além de contribuir para a patogenia da

doença cardíaca coronariana e dos acidentes vasculares cerebrais, a hipertensão

pode causar hipertrofia e insuficiência cardíaca (doença cardíaca hipertensiva),

dissecção aórtica e insuficiência renal (KUMAR et al., 2013).

3.7 Colesterol

O colesterol é transportado pelo sangue ao combinar-se com moléculas de

proteína para formar as lipoproteínas.

O colesterol (nível normal, abaixo de 200 mg/dl) é um lipídio necessário para a

síntese hormonal e para a formação da membrana celular. Ele é encontrado em

grandes quantidades no cérebro e no tecido nervoso. Duas fontes importantes de

colesterol são a dieta (produtos animais) e o fígado, onde o colesterol é sintetizado

(COSTA, 2006).

Sabe-se que os níveis elevados de colesterol aumentam o risco de DAC. Os

fatores que contribuem para variações nos níveis de colesterol incluem idade, sexo,

dieta, padrões de exercício, genética, menopausa, uso de tabaco e níveis de estresse

(CUPPARI, 2014).

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Os indivíduos podem ser classificados em três categorias, de acordo com os valores de glicose no plasma venoso, com base na medição em jejum ou na prova de tolerância à glucose oral (PTGO): Regulação Normal da glicose; “Pré-diabetes”: IFG – (Impaired fasting glucose) glicemia em jejum alterada e/ou IGT – (Impaired glucose tolerance) diminuição da tolerância à glicose; Diabetes mellitus. Os limites que definem cada uma das classes diferem com o tipo de medição efetuada e, no caso do limite inferior da classe IFG, diferem entre a ADA e a OMS (ROCHA, 2010, p. 18).

As LDLs (nível normal, menos de 130 mg/dl) são os transportadores primários

do colesterol e triglicerídeos para dentro da célula. Um efeito perigoso do LDL é a

deposição dessas substâncias nas paredes dos vasos arteriais. Os níveis elevados

do LDL estão associados a uma maior incidência de DAC. Nas pessoas com DAC

conhecida ou diabetes, o objetivo primário para o controle dos lipídios é a redução dos

níveis de LDL para menos de 100 mg/dl (SMELTZER, BARE, 2009).

As HDLs (faixa normal nos homens: 35 a 65 mg/dl; nas mulheres: 35 a 85 mg/dl)

possuem uma ação protetora. Elas transportam o colesterol para longe do tecido e

das células da parede arterial até o fígado, para a excreção. Portanto, existe uma

relação inversa entre os níveis de HDL e o risco de DAC. Os fatores que diminuem os

níveis de HDL incluem o fumo, diabetes, obesidade e inatividade física. Nos pacientes

com DAC, um objetivo secundário do controle lipídico é o aumento dos níveis de HDL

para mais de 40 mg/dl (DINIZ, 2013).

É importante monitorar o nível sérico de glicose, porque muitos pacientes com

doença cardíaca também apresentam diabetes melito. Além disso, o nível sérico de

glicose pode estar discretamente elevado nas situações estressantes, quando a

mobilização da epinefrina endógena resulta em conversão do glicogênio hepático em

glicose (TIMERMAN et al., 2012).

Os níveis séricos de glicose são coletados em um estado de jejum. A

hemoglobina glicosilada é uma medida importante a ser monitorada nas pessoas com

diabetes, porque ela reflete os níveis de glicose durante 2 a 3 meses. A hemoglobina

A1C é o nome comum para esse exame. A meta do controle do diabetes consiste em

manter a hemoglobina A1C abaixo de 7% (faixa normal de 4-6%), refletindo os níveis

glicêmicos quase normais consistentes. Isso é particularmente importante para a

prevenção primária e secundária da DCV (RIBEIRO, LOTUFO, 2005).

3.8 Hipercolesterolemia

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O colesterol é levado no sangue por proteínas com afinidade às gorduras, as

lipoproteínas. Elas podem ser de dois tipos, as de baixa densidade, também

denominadas de VLDL (very low density lipoprotein) e LDL (low density lipoprotein) e

as de alta densidade, denominadas de HDL (high density lipoprotein) (SMELTZER;

BARE, 2009).

Segundo as recomendações da American Academy of Pediatrics – Nacional Cholesterol Education Program (NCEP) para crianças e adolescentes (dos 2 aos 18 anos), atualmente em vigor (106), os valores de colesterol total no sangue podem subdividir-se em três classes: Aceitável – CT <170 mg/dl; Borderline – CT >170 e <199 mg/dl; Elevado – CT >200 mg/dl. A partir dos 19 anos aplica-se a classificação do NCEP-ATPIII (38) para adultos: Desejável – CT <200 mg/dl; Borderline elevado – CT >200 e <239 mg/dl; Elevado – CT > 240 mg/dl. Na Europa, a ESC considera como valor limite do Desejável as 190 mg/dl. A hipercolesterolemia por si só é silenciosa. Todavia, a acumulação do colesterol na parede vascular é responsável pelo aparecimento do ateroma e de todo o conjunto de manifestações clínicas (cardíacas, cerebrais, renais e vasculares) que conduzem muitas vezes ao seu diagnóstico (ROCHA, 2010, p. 22).

Existe uma relação diretamente proporcional entre as doenças coronárias e o

LDL e uma relação inversamente proporcional entre as doenças e o HDL. Isto quer

dizer que o aumento no LDL se manifesta em maior risco, enquanto um aumento no

HDL pode diminuir as chances de doença coronária. Em função disso, muitas vezes

as pessoas referem-se ao LDL como o “colesterol ruim” e ao HDL como o “colesterol

bom” (SILVA, OLIVEIRA, 2009).

3.9 Hipertrigliceridemia

O triglicerídeo é uma substância lipídica, constituída de ácidos graxos, que é

transportada por meio do sangue por uma lipoproteína. Embora um nível de

triglicerídeo elevado (>200 mg/dl) possa ser de origem genética, ele também pode ser

causado por obesidade, inatividade física, ingesta excessiva de álcool, dietas ricas em

carboidratos, diabetes melito, doença renal e certos medicamentos, como as pílulas

anticoncepcionais, corticosteroides e bloqueadores beta-adrenérgicos, quando

administrados em doses mais elevadas (SMELTZER, BARE, 2009).

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A hipertrigliceridemia é uma forma de dislipidemia que se caracteriza pela elevação acima dos níveis considerados normais da concentração de triglicérides (TG) no sangue. Estudos indicam que os triglicerídeos tendem a decrescer aproximadamente 8,8 mg/dl nos adolescentes dos 12 aos 17 anos (ROCHA, 2010, p. 23).

Os triglicerídeos (faixa normal, 40 a 150 mg/dl), compostos de ácidos graxos

livres e glicerol, são armazenados no tecido adiposo e constituem uma fonte de

energia. Os níveis de triglicerídeos aumentam depois das refeições e são afetados

pelo estresse. Diabetes, uso de álcool e obesidade podem elevar os níveis de

triglicerídeos. Esses níveis apresentam uma correlação direta com o LDL e inversa

com o HDL (BRAUNWALD, 2013).

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4 MÉTODO

4.1 Tipo de estudo

Trata-se de um estudo transversal descritivo de caráter exploratório com

abordagem quantitativa e analítica.

4.2 População do estudo

Dos 97 trabalhadores das unidades de terapia intensiva do Hospital Regional

do Baixo Amazonas convidados a participar do estudo, 72 indivíduos profissionais de

saúde responderam os questionários na integra e fizeram os exames de sangue. Entre

eles estavam Enfermeiros, Técnicos de enfermagem, Fisioterapeutas, Médicos,

Nutricionistas, Farmacêuticos e Terapeuta Ocupacional que trabalham nas Unidades

de Terapia Intensiva do Hospital Regional do Baixo Amazonas.

4.3 Local de realização da pesquisa

A pesquisa foi realizada na cidade de Santarém/PA, tendo como objeto de

estudo, o estilo de vida, a qualidade de vida e os exames do sangue dos trabalhadores

que atuam nos setores de Unidade de Terapia Intensiva adulto, infantil e neonatal do

Hospital Regional do Baixo Amazonas no período de maio a agosto 2016.

4.4 Critérios de inclusão

Fizeram parte deste estudo, os indivíduos que apresentaram as seguintes

características:

Trabalhadores de saúde que atuam na UTI adulto, infantil e neonatal do

Hospital, por um período maior ou igual a um ano.

Profissionais que aceitarem o convite para participar da pesquisa e assinarem

o termo de consentimento livre e esclarecido

De ambos os sexos

Maiores de 21 anos

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4.5 Critérios de exclusão

Foram excluídos do estudo os indivíduos com as seguintes características:

Trabalhadores de saúde que atuam nas UTI por um período menor do que um

ano.

Os trabalhadores que fazem menos de dois plantões por semana.

Aqueles indivíduos que estiveram de férias ou afastados por algum motivo

durante o período de coleta de dados.

Aqueles que recusaram realizar os exames.

E aqueles que não aceitaram o convite para participar da pesquisa.

4.6 Procedimentos de coleta de dados

Inicialmente os participantes da pesquisa receberam no começo de seu plantão

os instrumentos de coleta de dados o qual foi devolvido no término de cada plantão à

pesquisadora.

Os participantes da pesquisa responderam dois questionários contendo

questões sobre seu estilo de vida, o primeiro é a escala do Perfil do Estilo Individual

de Nahas (ANEXO A) o segundo é o questionário Estilo de Vida Fantástico (ANEXO

B). Ainda responderam um terceiro, o questionário World Health Organization Quality

of Life/Bref WHOQOL (ANEXO C) que avalia a qualidade de vida relacionada a saúde,

e finalizando com o questionário de avaliação individual sobre o perfil sócio econômico

e cultural (ANEXO D).

A cada encontro foi aferida a pressão arterial no braço esquerdo, utilizando o

aparelho esfigmomanômetro litmann, produto importado (adulto “G” 27 a 34 cm), e

um Solidor, produto nacional (Adulto 22 a 28 cm); e um estetoscópio Solidor. Estando

o participante da pesquisa sentado com as pernas descruzadas e apoiadas no chão,

e colocado o braço esquerdo apoiado no suporte de braço na altura do coração e

aferida a pressão arterial utilizando o manguito de acordo com a circunferência do

braço.

Todos os participantes coletaram sangue venoso para análise dos seguintes

exames: colesterol total, HDL e LDL, trigliceres, glicemia de jejum, hemograma

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32

completo, TGO (transaminase glutâmica oxalacética) e TGP (transaminase glutâmica

pirúvica).

4.6.1 Instrumento Perfil do Estilo de Vida Individual (Nahas)

Os participantes responderam ao questionário Perfil do Estilo Individual de

Nahas (ANEXO A). Trata-se de um questionário sobre estilo de vida que avalia as

seguintes variáveis: “Nutrição”, “Atividade Física”, “Comportamento Preventivo”,

“Relacionamento Social” e “Controle do Stress”. Este questionário é composto por 15

questões que estão divididas de forma uniforme em cinco componentes como citado

acima. Cada questão possui uma escala likert de resposta que varia de “0” a “3”. Os

valores “0” e “1” estão vinculados ao perfil de Estilo de Vida negativo. As respostas

associadas ao perfil de Estilo de Vida positivo são respostas “2” e “3” (BOTH et al.,

2008; NAHAS et al., 2000)

4.6.2 Instrumento Estilo de Vida Fantástico

O questionário “Estilo de vida fantástico” (ANEXO B) é um instrumento genérico

que foi desenvolvido no Departamento de Medicina Familiar da Universidade Mc

Master, no Canadá, por Wilson e Ciliska em 1984. Foi traduzido e validado para o

português brasileiro por Rodriguez Añez e colaboradores (2008) com a finalidade de

auxiliar os profissionais que trabalham com a prevenção, para que estes possam

melhor conhecer e medir o estilo de vida dos seus pacientes.

A codificação das questões é realizada por pontos, da seguinte maneira: para

a primeira coluna, 1 para a segunda coluna, 2 para a terceira coluna, 3 para a quarta

coluna e 4 para a quinta coluna. As questões que só possuem duas alternativas

pontuam: zero para a primeira coluna e 4 pontos para a última coluna.

A soma de todos os pontos permite chegar a um escore total que classifica os

indivíduos em cinco categorias: “Excelente” com a pontuação entre 85 a 100 pontos,

“Muito bom” para aqueles com a pontuação entre 70 a 84 pontos, “Bom” 55 a 69

pontos, “Regular” de 35 a 54 pontos e “Necessita melhorar” de 0 a 34 pontos.

A origem da palavra “fantástico” vem do acrônimo FANTASTIC que representa

as letras dos nomes dos nove domínios (na língua inglesa) em que estão distribuídas

as 25 questões ou itens:

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• F= Family and friends (família e amigos);

• A = Activity (atividade física);

• N = Nutrition (nutrição);

• T = Tobacco & toxics (cigarro e drogas);

• A = Alcohol (álcool);

• S = Sleep, seatbelts, stress, safe sex (sono, cinto de segurança, estresse e

sexo seguro);

• T = Type of behavior (tipo de comportamento; padrão de comportamento A ou

B);

• I = Insight (introspecção);

• C = Career (trabalho; satisfação com a profissão).

4.6.3 Instrumento sobre Qualidade de Vida

O WHOQOL/BREVE (ANEXO C) é um questionário autoaplicável, com 26

questões que abrangem aspectos múltiplos da vida cotidiana e abordam quatro

domínios da qualidade de vida: físico, psicológico, meio ambiente e relações sociais.

Para cada aspecto da qualidade de vida revelado no questionário

WHOQOL/breve, o participante pode exibir sua resposta por meio de escores

que variam de um a cinco, ficando a condição pior no escore um e a melhor, no escore

cinco. Os resultados dos domínios exibem valores entre zero e cem, sendo piores os

mais próximos de zero e melhores, os mais próximos de cem. Dessa forma, um participante

que exiba valor igual a 50 para determinado domínio pode ser considerado mediano

para esse domínio.

Cada domínio é representado por várias facetas e suas questões foram

formuladas com escala de intensidade (nada – extremamente), capacidade (nada –

completamente), frequência (nunca – sempre) e avaliação (muito insatisfeito – muito

satisfeito; muito ruim – muito bom). Além dos quatro domínios, o instrumento

apresenta duas questões gerais, sendo que uma se refere à auto percepção da

qualidade de vida e a outra sobre satisfação com a saúde (Logan et al, 1997). Ainda

segundo esses autores, o WHOQOL–BREVE não prevê conceitualmente utilizar o

escore global de qualidade de vida, então é calculado o escore de cada domínio,

quanto mais alto o escore, melhor a qualidade de vida naquele domínio.

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34

4.6.4 Questionário sócio econômico e cultural (INET)

Foi utilizado uma adaptação do questionário sócio demográfico e

socioeconômico do Instituto de Educação e Tecnologias (INET), para caracterização

da amostra em busca de dados, para fins de conhecimento do perfil dos participantes

do estudo, tais como: gênero, etnia, idade, estado civil, escolaridade, horas

trabalhadas e renda (ANEXO D).

4.6.5 Exame de bioquímica do sangue

Os exames utilizados neste estudo foram: colesterol total e fracionado,

hemograma completo, glicemia de jejum, transaminase glutâmica oxalacética (TGO)

ou aspartato aminotransferase (AST), transaminase glutâmica pirúvica (TGP) ou

alanina aminotransferase (ALP) e triglicerídeos.

4.7 Análise Estatística

Os dados foram apresentados em média e desvio padrão. A simetria dos dados

foi analisada por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov, a comparação do estilo de

vida entre os grupos que tem ou não alteração nos exames de sangue foi realizada

por meio do teste t. As correlações entre estilo de vida e os exames de sangue foi feita

por meio da correlação matriz.

Para análise de fatores relacionados a alterações dos exames de sangue utilizou-

se a regressão linear univariada e multivariada. Sendo consideradas variáveis

dependentes: colesterol total e fracionado, pressão arterial, glicemia, transaminase

glutâmica oxalacética (TGO) ou aspartato aminotransferase (AST), transaminase

glutâmica pirúvica (TGP) ou alanina aminotransferase (ALP) e triglicerídeos. E as

variáveis independentes foram os domínios dos questionários de estilo de vida de

Nahas e Fantástico. As variáveis com significância estatística (p<0,2) na regressão

linear univariada foram incluídas nos modelos de regressão linear múltipla. Foi

considerado p<0,05 como significância estatística.

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35

4.8 Aspectos Éticos da pesquisa

O projeto foi submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro

Universitário Adventista de São Paulo, em observância a Resolução Nº. 466/12 do

Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012). Dada a emissão do parecer favorável

do referido Comitê sob o seguinte número: 1.371.657. (ANEXO E). Bem como

autorizada pelo Hospital Regional do Baixo Amazonas de Santarém, Para (ANEXO F)

Mediante o aceite prévio do convite em participar da pesquisa todos os

participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) em duas

vias (APÊNDICE A).

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36

5 RESULTADOS

5.1 Descrições das características da amostra

Foram avaliados 72 participantes neste estudo, e verificou-se que 67% dos

participantes da pesquisa são do sexo feminino e 33% são do sexo masculino. Quanto

à faixa etária dos participantes da pesquisa, verificou-se que 33% estão na faixa etária

de 30 a 39 anos; 25%, entre 21 a 24 anos e 21% nas faixas de 25 a 29 e 40 a 60 anos

de idade. Neste contexto, observa-se que a maioria dos trabalhadores de saúde das

UTIs do HRBA são adultos jovens.

Participantes em sua maioria técnicos de enfermagem (57%), seguido por

enfermeiros (14%) e fisioterapeutas (11%). Em relação ao estado civil 43% eram

solteiros e 36% casados, 48% tinham ensino superior completo ou pós-graduação e

53% dos participantes tinham nível técnico. Referente à especialização, verificou-se

que todos os participantes da pesquisa têm especialização em áreas diversas da

saúde, e no que diz respeito a moradia 43% deles ainda moram com os pais e 48,8%

tem casa própria. A respeito de ter vínculo empregatício com outra instituição de

saúde, verificou-se que 99,97% dos participantes têm vínculo empregatício com outra

instituição. E apenas 0,03% não trabalha em mais de um local. Dos participantes que

responderam ter outro vínculo empregatício, quanto ao tipo de instituição, verificou-se

que 51,3% atuam em uma Instituição Pública, 41,6%, em Instituição Privada e 8,3%

em ambas.

Em relação ao nível de escolaridade de seus genitores 50% das mães e 43%

dos pais haviam completado o equivalente ao hoje nominado ensino médio e 10% de

pais e mães são analfabetos.

Quanto ao tempo de atuação na Unidade de Terapia Intensiva, verificou-se que

38% dos participantes trabalham há mais de 6 anos no local, 34% de 1 a 2 anos, 15%

trabalham de 2 a 4 anos nesta instituição, e 13 %, de 4 a 6 anos.

Portanto, o perfil dos participantes da pesquisa é de indivíduos na faixa etária

de 30 a 39 anos, em sua maioria do sexo feminino, de função técnico de enfermagem,

solteiros, residentes em Santarém, com nível de instrução técnica. A instrução da

maioria dos pais e mães, é de ensino médio.

Entre os avaliados não houve diagnosticado com diabetes, hipertensão arterial,

câncer ou doenças cardíacas graves.

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37

Tabela 1 – Perfil dos participantes da pesquisa

Variável Total encontrado Percentual (%)

Idade (anos)

21-24 18 25

25-29 15 21

30-39 24 33

40-60 15 21

Sexo

Fem. 48 67

Masc. 24 33

Profissão

Téc. Enfermagem 41 57

Enfermagem 10 14

Farmácia 07 10

Nutricionista 02 03

Terapeuta Ocupacional 01 01

Médico 03 04

Fisioterapeuta 08 11

Estado Civil

Casado 26 36

Solteiro 31 43

Divorciado/Outros 15 21

Local de Moradia

Belterra 01 01

Belém 01 01

Santarém 70 97

Nível de Instrução Superior 12 17

Técnico 38 53

Especialização 22 31

Instrução Pai

Analfabeto 07 10

Primário 29 40

Secundário 31 43

Superior 03 04

Não sabe 02 03

Instrução Mãe

Analfabeto 07 10

Primário 23 32

Secundário 36 50

Superior 06 08

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016.

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38

5.2 Avaliação do estilo de vida segundo o Instrumento Perfil do Estilo de Vida

Individual de Nahas

Ao avaliar o estilo de vida dos trabalhadores na UTI foi visto que em média

apresenta-se um estilo de vida que necessita de algumas mudanças, visto que no

instrumento Perfil do estilo de vida individual, para alcançar um estilo de vida

totalmente positivo seria necessário alcançar 30 pontos no domínio total. Os domínios

com pior pontuação foram nutrição e atividade física. (Figura 1)

Figura 1 – Avaliação do estilo de vida para a amostra segundo o Instrumento Perfil

do Estilo de Vida Individual de Nahas Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016.

Es

tilo

de

vid

a (

NA

HA

S)

T o ta l N u tr iç ã o A tv. Fís ic a C . P r e ve n t ivo R e la c io n a m e n to C . Es tr e s s e

0

5

1 0

1 5

2 0

2 5

3 0

3 5

4 0

p < 0 ,0 5

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5.3 Avaliação do Estilo de vida segundo o Instrumento Fantástico e qualidade

de vida segundo o WHOOQOL-BREVE

Foi verificado que o estilo de vida da amostra estudada está classificado como

boa a muito boa com principais comprometimentos nos domínios atividade física,

nutrição e trabalho. Quanto a qualidade de vida foi visto que a pontuação aproximou

de 100 pontos denotando uma boa qualidade de vida, entretanto os aspectos voltados

a atividade física foram muito aquém do desejado

Tabela 2 - Estilo de vida segundo o Instrumento Fantástico e qualidade de vida

segundo o WHOOQOL-BREVE

Variáveis Media Desvio padrão

FANTASTICO 70,7 9,9

Família e amigos 6,4 1,4

Atividade física 2,3 2,3

Nutrição 6,0 3,5

Tabaco e tóxicos 13,8 1,6

Álcool 10,5 1,8 Sono, cinto de segurança, stress e sexo seguro 15,4 3,2

Tipo de comportamento 4,6 1,9

Introspecção 8,9 2,4

Trabalho 3,3 0,8

WHOOQOL-BREVE 88,3 10,6

D. físico 7,0 1,5

D. psicológico 23,2 3,2

D. Relações sociais 16,9 3,4

D. ambiente 40,7 6,0

Frequência /Sentimentos negativos 2,1 0,9

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016.

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0

5.4 Analise de correlação matriz entre qualidade de vida (WHOOQOL-BREVE) e exames do sangue

Não foi encontrado correlação entre a qualidade de vida mediada pelo WHOOQOL-BREVE, estilo de vida medido pelos

questionários Fantástico e de Nahas e com os exames de sangue colesterol total, colesterol HDL, triglicerídeos, glicemia de jejum e

a pressão arterial sistólica e diastólica, como é explicitado nas Tabela 3, 4 e 5.

Tabela 3 – Correlação matriz entre qualidade de vida (WHOOQOL-BREVE) com os exames de sangue

Domínio Físico

Domínio Psicológico

Domínio Relações sociais

Domínio Ambiente

Domínio Frequência / Sentimentos

negativos

CT HDL-C PAS PAD Triglicerídeos Glicemia

Domínio Físico -

Domínio Psicológico -0,76

Domínio Relações sociais 0,83 -0,90

Domínio ambiente 0,36 0,46 0,47

Domínio Frequência Sentimentos

negativos -0,16 -0,26 -0,27 -0,49

CT -0,07 0,11 -0,01 -0,12 0,02

HDL-C 0,01 0,05 -0,13 -0,08 -0,09 0,28

PAS -0,03 0,03 0,08 0,12 -0,10 0,42 0,07

PAD -0,03 0,02 0,01 0,10 -0,15 0,41 0,19 0,77

Triglicerídeos -0,02 -0,05 0,03 0,08 0,15 0,15 -0,04 0,11 0,019

GLICEMIA 0,07 -0,01 0,02 0,05 0,00 0,09 0,01 0,15 0,15 0,17 1

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016.

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1

Tabela 4 – Correlação matriz entre Instrumento Fantástico e os exames de sangue

Fant. Total Familia

Ativ. Física Nutrição Tabaco Álcool Sono

Tipo de comport

Intros- pecção Trabalho CT HDL-C PAS PAD HB Leuco. HB HT Trigliceres TGO TGP Glicemia

Fant. Total 1

Família 0,5 1,0

Ativ. Física 0,4 0,2 1,00

Nutrição 0,7 0,3 0,40 1,0

Tabaco 0,2 0,0 -0,10 0,1 1,0

Álcool 0,2 0,2 0,10 0,1 0,0 1,0

Sono 0,7 0,2 0,10 0,2 0,1 -0,1 1,0 Tipo de comport. 0,5 0,3 0,10 0,1 0,1 0,0 0,3 1,0

Introspecção 0,6 0,4 0,00 0,2 0,0 0,0 0,4 0,4 1,0

Trabalho 0,2 0,0 -0,10 0,0 0,1 0,1 0,1 0,0 0,2 1,0

CT -0,1 0,1 *0,30 0,0 -0,2 -0,1 -0,1 0,0 0,0 -0,2 1,0

HDL-C -0,1 0,0 *0,28 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,3 1,0

PAS 0,0 0,0 0,10 -0,1 -0,2 0,0 0,1 0,0 -0,1 -0,2 0,4 0,1 1,0

PAD 0,0 0,0 0,10 -0,1 -0,2 0,0 0,1 0,1 -0,1 -0,1 0,4 0,2 0,8 1,0

HB -0,2 0,0 -0,10 -0,2 0,1 -0,3 -0,1 -0,1 0,2 0,2 0,1 0,0 0,1 0,0 1,0

Leucograma -0,2 -0,1 0,00 0,0 -0,1 0,2 -0,2 -0,1 -0,2 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 1,0

HB -0,1 0,1 -0,10 0,0 0,0 -0,1 -0,1 -0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,0 0,7 0,2 1,0

HT -0,2 0,0 -0,20 -0,1 0,0 -0,1 -0,1 -0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 -0,1 0,6 0,1 0,8 1,0

Trigliceres -0,1 0,0 *-0,30 -0,1 0,1 0,1 -0,2 -0,2 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,4 0,1 0,3 0,3 1,0

TGO -0,1 0,1 -0,1 0,0 -0,2 -0,1 -0,1 0,0 0,0 -0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,2 -0,2 0,1 0,1 0,1 1,0

TGP -0,2 0,1 -0,2 -0,1 -0,1 0,0 -0,2 0,0 0,0 -0,1 0,2 0,3 0,2 0,2 0,3 -0,1 0,2 0,1 0,2 0,9 1,0

Glicemia 0,0 0,2 -0,1 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,1 0,1 0,0 0,1 0,0 0,2 0,2 0,2 -0,1 0,3 0,1 0,2 0,4 0,4 1

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016. *p<0,05

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2

Tabela 5 – Correlação matriz entre Instrumento Estilo de Vida Individual de Nahas e os exames de sangue

NAHAS Nutrição Ativ.

Física Preventivo Relaciona-

mento Estresse CT HDL-C PAS PAD HB, LEUCO, HB HT Trig TGO TGP GLICEMIA

NAHAS 1

Nutrição 0,52 1

Ativ. Física 0,02 0,57 1

Preventivo 0,49 0,84 0,67 1

Relacionamento 0,40 0,08 0,08 0,07 1

Estresse 0,58 0,15 0,18 0,25 0,28 1

CT 0,01 *-0,28 *0,27 0,00 -0,21 -0,02 1

HDL-C -0,05 *0,31 *0,29 0,05 -0,13 -0,18 0,29 1

PAS -0,05 -0,11 0,11 -0,05 -0,28 0,00 0,43 0,08 1

PAD 0,02 -0,08 0,11 0,05 -0,16 0,06 0,41 0,20 0,77 1

HB, -0,09 *-0,29 -0,03 -0,14 0,15 -0,07 0,09 -0,05 0,06 0,02 1

LEUCO, -0,07 0,09 0,00 -0,04 0,06 -0,23 0,03 0,13 0,02 0,00 0,07 1

HB -0,04 -0,09 -0,02 -0,15 0,13 -0,10 0,21 0,08 0,08 0,00 0,73 0,18 1

HT -0,11 -0,19 -0,09 -0,22 0,14 -0,10 0,11 0,07 0,03 -0,09 0,64 0,15 0,76 1

Trig. -0,11 -0,18 -0,17 -0,23 0,04 0,11 0,16 -0,04 0,12 0,01 0,39 0,06 0,25 0,31 1

TGO -0,09 -0,05 -0,03 -0,09 -0,05 -0,12 0,18 0,32 0,20 0,24 0,21 -0,16 0,11 0,09 0,11 1

TGP -0,10 -0,09 -0,04 -0,05 -0,03 -0,11 0,15 0,33 0,21 0,22 0,33 -0,09 0,19 0,15 0,20 0,92 1

GLICEMIA -0,09 -0,06 -0,04 -0,03 -0,02 -0,12 0,09 0,01 0,15 0,16 0,15 -0,14 0,25 0,09 0,17 0,39 0,38 1

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016. *p<0,05

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3

5.5 Avaliação do número de horas trabalhadas por grupos segundo o estilo de

vida

Inicialmente estes indivíduos foram distribuídos em dois grupos segundo o

estilo de vida proposto pelo questionário Estilo de Vida Fantástico. O grupo I (GI) foi

formado por 34 participantes que pontuaram menos de 70 pontos no questionário

Estilo de Vida Fantástico e o Grupo II foi formado por 38 participantes que pontuaram

70 ou mais pontos no questionário Estilo de Vida Fantástico. A divisão dos grupos foi

feita considerando um conjunto daqueles que apresentam um estilo de vida saudável

(”Excelente”, “Muito Bom” e “Bom”) GII que tem 70 ou mais pontos e um com estilo de

vida não saudável (“Regular” e “Necessita de melhorar”) GI os quais pontuaram menos

que 70 pontos no questionário. Quanto menor for o escore, maior será a necessidade

de mudança no estilo de vida.

Avaliado o número de horas trabalhadas por dia para ambos os grupos foi

verificado que não houve diferença; a média para o grupo I foi de 9,4±3,4 com IC 95%

(8,3 a 10,5) horas/dia. Para o grupo II a média foi de 11,1 ±4,1 IC 95% (9,6 a 12,6)

horas/dia, como se apresenta na Figura 2.

Figura 2 – Avaliação das horas trabalhadas por dia por grupos segundo o estilo de

vida

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016.

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4

5.6 Avaliação do colesterol plasmático por grupos segundo o estilo de vida

Avaliado o colesterol total e o HDL colesterol para os grupos foi encontrado

diferença estatisticamente significante somente para o HDL (p=0,006). O colesterol

total do GI foi de 183,5±58,4 IC 95% (163,1 a 203,9) e o HDL colesterol foi 51,1±15,7

IC 95% (45,6 a 66,6). Para o G II o colesterol total foi de 171,8±44,2 IC 95% (157,2 a

183,7) e o HDL colesterol de 46,6±7,4 IC 95% (42,2 a 49,1), como se apresenta na

Figura 3.

Figura 3 – Avaliação do colesterol plasmático por grupos segundo o estilo de vida

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016.

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5

5.7 Avaliação dos exames de sangue por grupos segundo o estilo de vida

A tabela 6 mostra que aqueles indivíduos com pontuação inferior a 69 pontos

do questionário estilo de vida Fantástico têm maior nível de colesterol total sérico, e

maior triglicerídeos. Mostra também que o estilo de vida não influenciou o nível de

pressão arterial sistólica e diastólica, hematócrito, hemoglobina glicemia e enzimas

TGO e TGP.

Tabela 6 - Análise das variáveis sexo e exames de sangue segundo o estilo de vida

Fantástico

Fantástico

Variáveis 85 a 100 70 a 84 55 a 69 35 a 54

Mulheres (n=37) 1 16 17 3

Homens (n=22) 4 4 14 0

Colesterol total (mg/dl) 160,6±23,9 175,6±41,4 182,9±58,2* 189,3±73,5*¥

HDL (mg/dl) 47,8±10,9 47,8±7,01 51,6±16,4 52±5,5

PAS (mmHg) 120±10 122,5±9,1 122,5±12,3 120±10

PAD (mmHg) 78±4,47 79±4,47 78,8±9,27 80±10

HT (%) 39,4±6,9 41,2±3,8 42,3±3,14 43,3±3,43

HB (mg/dl) 14,4±1,48 13,8±1,1 14,5±1 14,4±0,81

Triglicerídeos 124,6±59,3 161±116,8 172,5±151,2 226,6±116,5

TGO 21,8±6,26 24,3±8,6 24,6±3,51 16,6±2,51

TGP 22,6±6,87 28,5±15,1 28±2,64 18±3,46

Glicemia (mg/dl) 79,2±8,75 84,4±10,7 79,7±12,1 76,3±11

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016. *P<0,05 em relação (85 a 100)

¥ P<0,05 em relação (70 a 84)

£ P<0,05 em relação (55 a 69)

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6

5.8 Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a

idade

Quando avaliado os exames de sangue em função da idade foi verificado que

os indivíduos com idade superior a 25 anos têm o colesterol total significante maior

em relação aos indivíduos com idade entre 18 e 24 anos. Para o HDL colesterol os

indivíduos com idade menor do que 24 anos tinham menor valor do que os indivíduos

maiores do que 40 anos. Quanto a pressão sistólica e diastólica o grupo de indivíduos

maiores de 40 anos tinham maior nível pressórico do que os indivíduos menores de

24 anos. (Tabela 7)

Tabela 7 - Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a

idade

Variáveis 21 a 24 (n=18)

25 a 29 (n=15)

30 a 39 (n=24)

40 a 60 (n=15)

Pontos

Mulheres 10 12 14 3 Homens 8 3 10 12 Colesterol Total 150,6 ±29,6 172,4±37,6 181±59,6 208,2±48* 0,0001 HDL 43,5±7,5 46,6±9,2 50,2±12,4 55±14,5* 0,0004 PAS 116,6±12 121,3±8 121,6±9,4 127,3±11,9 0,01 PAD 75,5±6,8 80±5,3 77,5±6,6 83,3±5,7 0,001 DM (%) 0 0 4 0 Tabagista (%) 0 0 4 4 HT 41,1±3,6 40±3,4 42,5±3 41,4±3,7 Ns HB 13,8±1,2 13,9±1,2 14,4±1 14,3±1 Ns Tabagista (%) Triglicerídeos 186,5±137,2 133,3±85,5 143,2±122,6 178,3±120 Ns TGO 23,4±9,2 18,8±3,6 24,4±5,5 28,7±10,4 Ns TGP 30,3±17 21±5,4 27,1±7,7 36,3±19,3 Ns Glicemia 79,6±20,1 74,7±9 81,9±10,2 83,6±12 Ns

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016.

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7

5.9 Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo

componente atividade física do Instrumento Perfil do Estilo de Vida Individual

Foi visto que há maior proporção de mulheres sedentárias do que homens.

Entretanto quando analisado se pontuação da componente atividade física do Nahas

teria influência sobre os exames de sangue não foi encontrada diferença significantes

entre as médias nas diferentes pontuações do domínio atividade física. Apenas o

triglicerídeo foi menor para o grupo com pontuação entre 8 e 9 em relação aos que

pontuaram 2 e 3. (Tabela 8)

Tabela 8 - Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a

pontuação da componente atividade física (Nahas)

Variáveis 0 a 1

(n=21) 2 a 3

(n=20) 4 e 5

(n= 13) 6 e 7

(n= 12) 8 e 9 (n=6)

Mulheres 15 15 5 8 4

Homens 6 5 8 4 2

Tempo de atuação (anos) 5±2,7 4,1±3,3 4,6±2,8 4,5±2,5 3,8±1,8

Colesterol total (mg/dl) 165±53 184,6±39 157,7±40,4 198,5±68 193±25,4

HDL (mg/dl) 48,5±15,8 50,8±11,7 46,9±3,2 50,6±12,4 43±6,8

PAS (mmHg) 120,9±14,4 121±9,9 120,7±9 121,6±8,9 126,6±7,4

PAD (mmHg) 77,5±9,9 79±5,3 80±3,9 77,5±4,3 81,6±6,8

DM (%) 0 5 8 0 0

Tabagista (%) 0 0 8 0 0

HT (%) 41,8±3,2 41±3 41±2,8 41,9±3,5 40±6

HB (mg/dl) 14,2±0,9 14±1,3 14±1,2 14±0,8 14,3±1,6

Triglicerídeos 169,5±95 190±182,9 123±74 135,9±76,4 137±45,6*

TGO 25,4±8,4 22±8,6 22,8±5,4 25,7±9,3 22,3±6,7

TGP 30,3±15,4 27±12,8 26,4±6,6 30±18,9 25,8±14,4

Glicemia (mg/dl) 79,1±12,7 84,4±10 75,6±21,3 79,9±11,8 80,5±7,2

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016. *p<0,05 em relação (2 a 3)

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8

5.10 Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo

componente nutrição do Instrumento Perfil do Estilo de Vida Individual

Na análise do estilo de vida segundo a componente nutrição do questionário de

Nahas foi visto que, os indivíduos com melhor estilo têm mais tempo de atuação

profissional, maior HDL colesterol, e menor taxa de triglicerídeos. (Tabela 9)

Tabela 9 - Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a

pontuação da componente Nutrição (Nahas)

Nutrição

Variáveis 0 a 1 (n=9)

2 a 3 (n=25)

3 e 5 (n= 15)

6 e 7 (n= 19)

8 e 9 (n=4)

Mulheres 5 18 8 15 2

Homens 4 7 7 4 2 Tempo de atuação (anos) 3,7±2,2 4,3±2,6 4,8±2,6 5,2±2,8 7,2±1,7*¥

Colesterol total (mg/dl) 178,8±44,2 177±41,1 191±66,6 166,4±50,8 175,5±40,2

HDL (mg/dl) 43,8±6,9 49,2±14,1 47,3±7,8 51,8±13* 47,5±11,7

PAS (mmHg) 125,5±10,6 120,8±8,4 121,3±14,9 120,2±10,9 122,5±8,2

PAD (mmHg) 82,2±6,2 77,5±7,2 79,3±6,8 77,3±6,3 82,5±4,3

HT (%) 40,9±3,1 42,5±3,1 41,9±3,5 40,9±3,4 36,7±3,8

HB (mg/dl) 13,8±0,9 14,4±1,2 14,4±1,5 14±0,7 13,3±0,2

Triglicerídeos 185,2±179,2 180,9±144 148±109,6*¥ 129±48,5*¥ 144,7±47.1*¥

TGO 24,6±8,5 23,3±7,9 24,3±7,7 23,6±8,8 23,5±6,5

TGP 26,8±14,9 26,9±14,8 29±11,8 27,5±15,5 25,2±7,8

Glicemia (mg/dl) 81,2±10,5 81,9±10,9 77,2±21,5 78,8±11,7 83,7±10,7

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016. *P<0,05 em relação (0 a 1) ¥ P<0,05 em relação (2 a 3)

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9

5.11 Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo

componente comportamento preventivo do Instrumento Perfil do Estilo de Vida

Individual

Na análise do estilo de vida segundo a componente comportamento preventivo

foi visto que os indivíduos que pontuaram 8 e 9 no questionário de Nahas tem menos

tempo de atuação profissional, maior HDL colesterol, e menor taxa de triglicerídeos

em relação aos que pontuaram 0 a 3. (Tabela 10)

Tabela 10 - Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a

pontuação da componente comportamento preventivo (Nahas)

Variáveis Comportamento Preventivo

0 a 3 (n=16)

4 e 5 (n= 18)

6 e 7 (n= 15)

8 e 9 (n=23)

Mulheres 11 13 7 16

Homens 5 5 8 7

Tempo de atuação (anos) 4,5±2,6 5,2±2,8 4,8±2,5 4,5±2,7

Colesterol total (mg/dl) 177,5±50,9 169,3±49,1 185,9±41,2 177,8±56,9

HDL (mg/dl) 46,3±10,3 49±10,8 51,6±16 48,4±10,9

PAS (mmHg) 121,8±11,3 118,8±9,9 127,3±9,2 119,5±11,6

PAD (mmHg) 77,5±9 77,6±6,4 82±5,4 78,2±5,6

HT (%) 41,2±3,3 42,9±2,8 41,6±3,4 40,2±3,9

HB (mg/dl) 14±0,9 14,4±1,2 14,4±1,1 13,8±1,1

Tabagista (%)

Triglicerídeos 204,8±184,2 128,3±76,1* 168,9±114,2* 143,6±84,9*

TGO 24±7,6 24,3±5,6 24,9±9,6 22,5±8,9

TGP 28,1±12,4 26.6±7,6 31±19,2 27,9±15,2

Glicemia (mg/dl) 82,8±9,6 76±19,6 81,6±13 80,6±10,3

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016. *P<0,05 em relação (0 a 3)

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10

5.12 Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a

componente controle de estresse do Instrumento Perfil do Estilo de Vida

Individual de Nahas

Na análise do estilo de vida segundo a componente Controle de estresse foi

visto que os indivíduos que pontuaram 4 e 5 no questionário de Nahas tem maior

tempo de atuação profissional e também maior taxa de colesterol total, e os que

pontuaram 8 e 9 tinham menor tempo de atuação e pressão arterial sistólica. (Tabela

11)

Tabela 11 - Avaliação quantitativa dos exames de sangue para a amostra segundo a

pontuação da componente Controle de estresse (Nahas)

Variáveis

Controle Estresse

0 a 3 (n=12)

4 e 5 (n= 23)

6 e 7 (n= 15)

8 e 9 (n=22)

P

Mulheres 9 17 10 12

Homens 3 6 5 10

Tempo de atuação (anos) 4,5±2,1 5,7±2,8 4,8±2,6 3,8±2,5

Colesterol total (mg/dl) 186±41 171,6±56,9 184±40,8 173,7±54,3

HDL (mg/dl) 47,9±9 53,4±16,6 48,7±8,7 44,4±7,4

PAS (mmHg) 120,8±7,5 122,1±12,1 124±12,5 119,5±10,2

PAD (mmHg) 77,5±7,2 78,6±7,9 80,7±7 78,1±4,8

HT (%) 41,4±3,3 41,9±2,7 41,8±3,6 40,6±4,1

HB (mg/dl) 14,1±0,9 14,4±0,9 14,3±1 13,8±1,4

Tabagista (%)

Triglicerídeos 144±82,3 123,4±58,3 208,2±175,9 166,7±128,2

TGO 21,9±6,7 27,9±10,7 22,7±5,5 21,7±5,9

TGP 24,2±7,2 35,7±20,2 26,3±9,7 24,8±8,9

Glicemia (mg/dl) 83,2±10,3 80,6±12,1 80±11,8 78±17,8

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016.

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11

5.13 Avaliação univariada do variável estilo de vida como independente e o

colesterol total como dependente

Foi realizada analise univariada de cada componente do estilo de vida (variáveis

independentes) com os resultados dos exames de sangue (variáveis dependentes).

Quando a probabilidade fosse menor do 20% (p<0,2) esta entraria para o modelo

multivariada. Para o colesterol total quatro variáveis mostraram com associação

significativa. Duas do questionário de Nahas, Atividade física e Controle Social. Duas

do questionário Fantástico, Uso de tabaco e Trabalho. (Tabela 12)

Tabela 12 – Análise univariada da variável estilo de vida como independente e o

colesterol total como dependente

Variáveis Independentes Variável Dependente Colesterol Total

F R2 P

Nahas total 0,0082 0,010 0,92

Nutrição 0,4300 0,070 0,51

Atividade. Física 2,0100 0,160 *0,16

C. preventivo 0,0010 0,004 0,90

C. Social 3,2300 0,210 *0,07

Controle de estresse 0,0180 0,010 0,89

Fantástico total 0,4600 0,080 0,49

Família e Amigos 1,1600 0,120 0,28

Ativ. Física 0,4300 0,070 0,51

Nutrição 0,0080 0,010 0,92

Tabaco e tóxicos 3,3000 0,210 *0,07

Consumo de álcool 0,6800 0,090 0,41

Sono 0,2500 0,050 0,61

Tipo de Comportamento 0,0200 0,010 0,87

Introspecção 0,0300 0,020 0,84

Trabalho 4,1000 0,230 *0,04

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016. *P<0,2

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12

5.14 Avaliação univariada da variável estilo de vida como independente e o HDL

colesterol como dependente

Para o HDL colesterol apenas o componente do estilo de vida de Nahas Controle

do estresse mostrou ter uma associação significativa. (Tabela 13)

Tabela 13 – Analise univariada da variável estilo de vida como independente e o HDL

colesterol como dependente

Variáveis Independentes Variável Dependente HDL Colesterol

F R2 P

Nahas total 0,16 0,04 0,68

Nutrição 0,90 0,11 0,34

Atividade. Física 0,56 0,08 0,45

C. preventivo 0,18 0,05 0,66

C. Social 1,20 0,13 0,27

Controle de estresse 2,27 0,17 *0,13

Fantástico Total 0,27 0,06 0,60

Família e Amigos 0,009 0,01 0,92

Ativ. Física 0,31 0,06 0,57

Nutrição 0,32 0,06 0,57

Tabaco e tóxicos 0,11 0,04 0,73

Consumo de álcool 0,08 0,03 0,70

Sono 0,01 0,01 0,90

Tipo de Comportamento 0,07 0,30 0,78

Introspecção 0,02 0,01 0,88

Trabalho 1,27 0,13 0,26

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016. *P<0,2

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13

5.15 Avaliação univariada da variável estilo de vida como independente e a

pressão arterial como dependente

Para a Pressão arterial sistólica quatro variáveis mostraram com associação

significativa (p<0,2). Uma do questionário de Nahas, o Controle Social, e três do

questionário Fantástico, atividade física, uso de Tabaco e tóxicos e trabalho. (Tabela

14)

Tabela 14 – Análise univariada da variável estilo de vida como independente e a

pressão arterial como dependente

Variáveis Independente Variável Dependente Pressão Arterial Sistólica

F R2 P

Nahas total 0,19 0,05 0,65

Nutrição 0,81 0,1 0,37

Atividade. Física 0,93 0,11 0,33

C. preventivo 0,14 0,04 0,70

C. Social 6,00 0,28 *0,01

Controle de estresse 0,0008 0,003 0,97

Fantástico total 0,13 0,04 0,71

Família e Amigos 0,11 0,04 0,73

Ativ. Física 1,60 0,15 *0,20

Nutrição 1,40 0,14 0,23

Tabaco e tóxicos 3,10 0,2 *0,08

Consumo de álcool 0,009 0,01 0,92

Sono 0,41 0,07 0,52

Tipo de Comportamento 0,04 0,02 0,83

Introspecção 0,99 0,11 0,32

Trabalho 1,90 0,16 *0,16

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016. *P<0,2

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14

5.16 Avaliação univariada da variável estilo de vida como independente e a

glicemia como dependente

Para a Glicemia uma variável se mostrou associação significativa, a saber, o

domínio do questionário Fantástico, Família e amigos. (Tabela 15)

Tabela 15 – Analise univariada da variável estilo de vida como independente e a

glicemia como dependente

Variáveis Independente Variável Dependente Glicemia

F R2 P

Nahas total 0,51 0,08 0,47

Nutrição 0,22 0,05 0,63

Atividade. Física 0,13 0,04 0,71

C. preventivo 0,08 0,03 0,77

C. Social 0,02 0,01 0,88

Controle de estresse 0,96 0,11 0,32

Fantástico total 0,09 0,03 0,75

Família e Amigos 2,35 0,18 *0,12

Ativ. Física 0,24 0,05 0,62

Nutrição 0,007 0,01 0,92

Tabaco e tóxicos 0,47 0,08 0,49

Consumo de álcool 0,04 0,02 0,82

Sono 0,01 0,01 0,91

Tipo de Comportamento 0,49 0,08 0,48

Introspecção 0,79 0,10 0,37

Trabalho 0,13 0,04 0,71

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016. *P<0,2

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15

5.17 Avaliação univariada do variável estilo de vida como independente e os

triglicerídeos como dependente

Para o triglicerídeos seis variáveis mostraram associação significativa. Três do

questionário de Nahas, Nutrição, Atividade Física e Controle Preventivo e três do

questionário Fantástico, Atividade Física, Sono e Tipo de comportamento. (Tabela 16)

Tabela 16 – Análise univariada da variável estilo de vida como independente e do

triglicerídeos como dependente

Variáveis Independente Variável Dependente Triglicerídeos

F R2 P

Nahas total 0,90 0,11 0,34

Nutrição 2,32 0,18 *0,13

Atividade. Física 1,95 0,16 *0,16

C. preventivo 3,69 0,22 0,058

C. Social 0,11 0,04 0,73

Controle de estresse 0,81 0,10 0,36

Fantástico total 1,40 0,14 0,23

Família e Amigos 0,09 0,03 0,75

Ativ. Física 7,10 0,30 *0,009

Nutrição 0,68 0,10 0,40

Tabaco e tóxicos 0,32 0,06 0,56

Consumo de álcool 0,27 0,06 0,60

Sono 2,50 0,19 *0,11

Tipo de Comportamento 1,80 0,16 *0,18

Introspecção 0,03 0,02 0,85

Trabalho 0,07 0,03 0,78

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016. *P<0,2

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16

5.18 Regressão multivariada da variável estilo de vida como independente e o

triglicerídeos como dependente

Apenas três variáveis foram para o modelo de regressão multivariada,

(triglicerídeos, pressão arterial sistólica e colesterol total)

Para os triglicerídeos quatro componentes do estilo de vida estiveram

associadas, sendo duas do Instrumento Fantástico e duas do Instrumento de Nahas.

Entretanto no modelo multivariado apenas a componente atividade física se mostrou

significativa. (Tabela 17)

Tabela 17 – Análise de regressão multivariada tendo os triglicerídeos como variável

dependente

Variáveis Coeficiente - SE IC 95% R2 P

Sono (FANT) -5,836 - 4,544 -14,917 a 3,245 0,05 0,20

Ati. Física (FANT) -16,566 - 7,390 -31,334 a -1,798 0,29 0,02

Nutrição (Nahas) 6,855 - 6.525 -19,894 a 6,185 0,12 0,29

Ativ. Física (Nahas) -3,650 - 6,690 -9,718 a 17,018 0,37 0,058

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016.

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17

5.19 Regressão multivariada da variável estilo de vida como independente e a

pressão arterial sistólica como dependente

Para a Pressão Arterial sistólica quatro componentes do estilo de vida

estiveram associadas, sendo duas do Fantástico e duas do Nahas. Entretanto no

modelo multivariado apenas a componente Atividade Física se mostrou significativa.

(Tabela 18)

Tabela 18 – Análise de regressão multivariada tendo a pressão arterial sistólica como

variável dependente

Variáveis Coeficiente – SE IC 95% R2 P

Trabalho (Fantástico) -1,437 - 1,557 -4,546 a 1,673 0,03 0,35

Tabaco (Fantástico) -1.311 - 0,7703 -2,850 a 0,2273 0,01 0,09

Ativ. Física (Nahas) 0,5303 - 0,5572 -2,373 a -0,1713 0,28 0,02

Social (Nahas) -1.272 - 0.5510 -0,5828 a 1,643 0,01 0,34

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016.

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18

5.20 Regressão multivariada da variável estilo de vida como independente e o

Colesterol total como dependente

Para o Colesterol total quatro componentes do estilo de vida estiveram

associadas, sendo duas do Fantástico e duas do Nahas. Entretanto no modelo

multivariado somente a componente atividade física Nahas se mostrou significativa.

(Tabela 19)

Tabela 19 – Análise de regressão multivariada tendo Colesterol total como variável

dependente Variáveis Coeficiente - SE IC 95% R2 P

Trabalho (Fantástico) -11,862 - 7.073 -25,992 a 2,268 0,02 0,09

Tabaco (Fantástico) -6.172 - 3.487 -13,138 a 0,7938 0,007 0,08

Ativ. Física (Nahas) 3,413 - 2,153 0.8867 a 7.713 0,28 0,011

Social (Nahas) -4,501 - 2,510 -9,514 a 0,5123 0,03 0,07

Fonte: Elaboração própria, Santarém, 2016.

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19

6 DISCUSSÃO

Os indivíduos que compuseram esta amostra em sua maioria, estão na faixa

etária de 30 a 39 anos, do sexo feminino, técnico de enfermagem, solteiros, residentes

na cidade de Santarém/PA, com nível de instrução técnica. Dados com média de idade

semelhante à apresentada em outro estudo (CHAVES et al., 2015).

O Conselho de Enfermagem, em nível nacional infelizmente não fornece dados

referentes ao perfil do enfermeiro e do auxiliar de enfermagem no Brasil. No entanto

dados do Datasus apontam que a classe de enfermagem é predominantemente do

sexo feminino (BRASIL, 2016).

O principal objetivo deste estudo foi avaliar a associação existente entre estilo

de vida com marcadores biológicos do sangue em indivíduos adultos jovens e dentre

os principais resultados deste estudo pode ser verificado que:

Primeiro, de uma forma geral a maioria destes indivíduos tem um estilo de vida

que necessita alguns ajustes, visto pela pontuação dos questionários aplicados sobre

estilo de vida.

Segundo, a componente atividade física do questionário estilo de vida de Nahas

e Fantástico foram capazes de identificar as alterações tanto dos triglicerídeos, da

pressão arterial sistólica quanto colesterol total e os componentes nutrição, controle

de estresse, sono, e controle social foram relacionados a alterações do HDL e

triglicerídeos.

Terceiro, foi encontrado fraca associação entre estilo de vida e dos exames de

sangue.

Entre as dimensões analisadas no questionário Nahas e Fantástico os aspectos

relacionados à prática de atividade física foram os mais sensíveis a alterações dos

exames de sangue. É sabido que realizar atividade física é determinante para a

manutenção da saúde em geral. Pode-se observar neste estudo por meio da análise

multivariada que os triglicerídeos e a pressão arterial sistólica e colesterol total dos

trabalhadores das UTIs, sofreram influência da quantidade de atividade física

realizado por eles. Isto tem tornado preocupante pois apenas 13% da população em

geral pratica algum tipo de atividade física regular (RODRIGUEZ-AÑEZ et al., 2008).

A UTI vem sendo apontada por pesquisas, como um dos ambientes mais

agressivos e traumatizantes do hospital, e que devido a isso, pode ocasionar agravos

à saúde física e psíquica, tanto dos pacientes como dos profissionais que ali atuam, e

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o índice de praticantes de atividade física regular é menor do que da população em

geral (VILA, ROSSI, 2002; LEITE, VILA, 2005).

Neste estudo foi demonstrado baixos níveis de atividade física pelos

participantes, os dados deste estudo diferem dos achados por Leite e Santos, (2011)

estudando a população trabalhadora onde os resultados mostraram alta prevalência

de práticas saudáveis em todas as dimensões, inclusive para “exercício e atividade

física”. No entanto é preciso destacar que os participantes deste estudo são

trabalhadores de saúde de unidades de terapia intensiva que de um modo em geral

tem uma carga de trabalho alta, não praticam atividades físicas e não têm maiores

preocupações com a ingestão de alimentos saudáveis. Para Kampert e colaboradores

(1996) a atividade física e os hábitos alimentares são dois componentes do estilo de

vida que atuam de forma expressiva na promoção da saúde e na prevenção de

doenças crônicas não transmissíveis.

Ainda que a dislipidemia não signifique uma doença propriamente dita, mas um

fator de risco para as DCNT, ela vem sendo um elemento de pesquisa na sua relação

com a atividade física. Estudos demostram que a atividade física possui um resultado

positivo sobre os altos níveis de lipídios séricos, enquanto que a ausência de atividade

física se apresentar prejudicial à saúde, e que os tratamentos para controle dos níveis

séricos de lipídios podem ser potencializados quando combinadas à atividade física

(DURSTINE et al., 2001).

Pode-se constatar no estudo que as mulheres são mais sedentárias do que os

homens, entretanto quando analisado se a pontuação da componente atividade física

teria influência sobre as variáveis fisiológicas não foi encontrada diferença significante

entre as médias nas diferentes pontuações do domínio atividade física.

Estima-se que o estilo de vida sedentário seja responsável por cerca de 1/3 das

mortes por doença coronariana, hipertensão arterial e diabete mellitus (DINIZ, 2013).

A falta de atividade física é mais um fator de risco para doenças crônicas não

transmissíveis. Exercícios físicos contínuos, moderados a vigorosos, têm um

importante papel em prevenir doenças cardiovasculares. Os exercícios moderados,

desde que realizados com regularidade, são saudáveis, contudo, os mais intensos são

mais indicados. A atividade física também previne a obesidade, a hipertensão, o

diabetes mellitus e reduz o colesterol (SMELTZER, BARE, 2009).

A inatividade física eleva a incidência de hipertensão arterial. Indivíduos

sedentários exibem 30% a mais o risco para desenvolver hipertensão que os ativos.

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O exercício aeróbio proporciona resultado hipotensor maior em indivíduos hipertensos

que normotensos. O exercício resistido tem efeito hipotensor similar, porém menos

consistente (DUNCAN et al., 2012).

As modificações na dieta, exercício físico, perda de peso e monitoração

rigorosa são estratégias importantes para tratar três fatores de risco cardiovascular

importantes: hiperlipidêmia, hipertensão e hiperglicemia (MUSSI et al., 2013).

Indivíduos que não praticam atividade física ou indivíduos sedentários tem um

risco de 30 a 50% maior de desenvolver Hipertensão arterial sistêmica. Um estilo de

vida ativo pode modificar este quadro tendo efeito preventivo e importante, incluindo

redução da incidência de doenças cardiovasculares e morte por esta causa (BRASIL,

2014). O número de pessoas sedentárias é prevalente em relação aos profissionais

que praticam alguma atividade física.

A prática regular de atividades físicas é o elemento essencial para as condutas

não medicamentosas de prevenção e tratamento da hipertensão arterial. Conforme

diretrizes nacionais e internacionais, todos os pacientes hipertensos precisam realizar

exercícios aeróbicos complementados pelos resistidos, como forma isolada ou

complementar a terapêutica medicamentosa (Sociedade Brasileira de Cardiologia,

Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia 2006

(CHOBANIAN 2003).

Estudos têm demonstrado reduções significantes das PA sistólica/diastólica

com o treinamento aeróbico. Uma metanálise de 2005 (CORNELISSEN, FAGARD,

2005) constatou diminuições nas médias de 3,0/2,4 mmHg após o treinamento

aeróbico, sendo que essa redução foi mais significativa nos hipertensos (6,9/4,9

mmHg). A redução da PA com o treinamento vem sendo identificada nos dois sexos,

sugerindo não estar sujeito de outros fatores, como perda de peso, e tem dimensão

semelhante à percebida com o tratamento medicamentoso (CLEROUX et al., 1999).

Portanto, o componente atividade física medido em ambos os questionários

sobre estilo de vida pode justificar as alterações no triglicerídeos, pressão arterial

sistólica e colesterol total.

Considerando a probabilidade de 20%, o HDL teve associação considerada

significativa com o controle do estresse do questionário Nahas e o Colesterol total teve

associação com tabaco do questionário Fantástico. Para glicemia, a associação

significativa foi família e amigos do questionário Fantástico. A pressão arterial é

influenciada pelo controle social (Nahas), tabaco, trabalho, atividade física e nutrição

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(Fantástico). Nos triglicerídeos, foi comportamento preventivo, nutrição, atividade

física (Nahas) e atividade física, sono e tipo de comportamento (Fantástico).

Dados semelhantes foram encontrados em um estudo realizado com

profissionais de saúde, em que se pôde observar um aumento significativo na

prevalência de alguns fatores de risco cardiovasculares (excesso de peso,

dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica) na população estudada em um

seguimento de vinte anos (JARDIM, 2014).

Há evidências de que o tabaco aumenta os níveis de LDL (mau colesterol) e

reduz o HDL (bom colesterol), acelerando o aparecimento de arteriosclerose. Ou seja,

o fumo também é responsável direto pelo acúmulo de gordura nas paredes das

artérias coronárias, além de afetar o coração e os vasos sanguíneos (PRICE et al.,

1999). Por outro lado, outros estudos já têm mostrado que o simples fato de deixar de

fumar reduz o colesterol LDL (MCBRIDE 1992; PRESCOT et al., 1998).

A probabilidade foi alta do controle de estresse influenciar os níveis séricos de

HDL. O stress pode elevar o nível de colesterol LDL e reduzir o HDL. Segundo alguns

estudos científicos, pessoas que atravessam situações de stress podem apresentar

acréscimos temporários dos níveis de colesterol sanguíneo (CHANDOLA et al., 2006;

HEPPNER et al., 2009). Contudo, após três anos de estados agudos de stress, há

uma maior probabilidade de os níveis de colesterol permanecerem elevados

permanentemente. Isso porque, sob estresse, o fígado fabrica uma quantidade maior

de colesterol e em quadros de estresse permanente, o corpo oferece dificuldades em

remover o colesterol do sangue. Essa elevação do colesterol pode estar ligada com

a ocorrência do colesterol ser usado pelo organismo como matéria prima na fabricação

de células devido o colesterol ser um dos componentes da membrana celular

(CHANDOLA et al., 2006; HEPPNER et al.,2009).

Sabe-se que em circunstâncias de stress, o corpo ingressa num estado de luta

ou fuga. É uma reação primária e automática que acontece no ser humano. Assim,

como uma resposta remota do organismo, um aumento na produção de colesterol

autoriza promover a reparação dos danos ocorridos, dos ferimentos, das lesões

teciduais e de outros traumas decorrentes dessa reação (luta ou fuga). Face a isso, é

necessário tentar lidar de forma consciente o stress, descobrindo as suas fontes. O

controle do stress pode impedir essa resposta do organismo, impedindo assim a

elevação dos níveis de colesterol (KANG et al., 2004; 2005).

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Para a glicemia somente uma variável do questionário Fantástico, Família e

amigos mostrou associação considerada significativa neste estudo (p<0,2).

Em um estudo com o objetivo de avaliar o padrão alimentar do brasileiro e suas

relações com o aumento da glicemia da população, mostrou que o feijão, a farinha de

mandioca, o arroz e a farinha de milho, as comidas mais habituais na dieta do

brasileiro, estão tendo uma redução em seu consumo. Os novos itens alimentares,

produzidos pela indústria, tem conquistado um público crescente, sobretudo nos

grandes centros onde também o fast-food é um fato para milhões de brasileiros. Isso

devido à mentalidade moderna e a nova maneira de convivo social onde o momento

do alimento, na maioria das vezes é feito junto com amigos do trabalho ou em família

(FIGUEROA, 2010).

O método aplicado possibilitou algumas relações de dependência entre estilo

de vidas e marcadores biológicos do sangue. Outros estudos mostraram que a adoção

de um estilo de vida saudável está associada à redução da glicemia, do risco

cardiovascular e do peso corporal (LOOK AHEAD RESEARCH GROUP, 2010).

Considerando, que o estilo de vida é um modo de viver das pessoas que está

fundamentado em padrões de comportamentos identificáveis, os quais são

determinados pela alteração de comportamento entre acepções pessoais do indivíduo

e o aspecto de vida socioeconômico e ambiental (WHO, 1998). Torna-se mister de

que a saúde seja percebida como um elemento de intervenção que torna possível o

enriquecimento do estilo de vida do indivíduo e, que as intervenções, devem ser

direcionadas às condições de vida e a fatores sociais, por estas já interagirem para

conservar os padrões de comportamento (RODRIGUEZ-AÑEZ et al., 2008).

No entanto, Nahas (1996), observou que para medir o estilo de vida de

diferentes grupos populacionais, existiam algumas dificuldades como a falta de um

método rigoroso para servir como critério de referência, pois os instrumentos

existentes acabam medindo enfoques específicos do estilo de vida das pessoas, que

não estão bem esclarecidos, e que também fosse possível a analise, sobretudo das

desigualdades éticas, socioeconômicas, culturais e ainda a faixa etária do grupo

estudado.

Portanto, devido somente a partir dos anos 90 ter ocorrido o reconhecimento

da importância do estilo de vida saudável atrelado a hábitos de atividade física regular,

dentre os vários cuidados relativos a saúde, trazendo melhora da qualidade de vida,

bem-estar físico, intelectual e espiritual (RICHARDSON et al., 2005), é que medir do

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processo de construção de um "estilo de vida" ainda incidi em um trabalho muito

complexo devido as múltiplas dimensões que o formam e as barreiras que abrangem

sua medida (TELEMA, 2005).

Deste modo, pode-se observar que os indivíduos que buscam um estilo de vida

mais saudável tendem a ter uma qualidade de vida melhor, visto que ter uma vida

saudável depende da qualidade do vínculo que a pessoa estabelece com o meio

social, entre outros aspectos, administrando a constante tensão entre seus desejos,

expectativas e as solicitações institucionais do meio social mais abrangente.

Neste contexto, o uso de instrumentos, como o Nahas e o Fantástico

disponíveis para avaliar o estilo de vida de adultos, deveriam possibilitar o

entendimento e a interligação entre estilo de vida e o trabalho também, definindo os

aspectos que podem prejudicar a qualidade de vida do trabalhador, e em quais

situações este deve modificar seus hábitos de forma a obter mais benefícios evitando

os riscos das doenças crônicas não transmissíveis.

No entanto esses instrumentos abordam mais os aspectos relacionados aos

parâmetros pessoais individuais relacionados ao estilo de vida do que os parâmetros

socioambientais direcionados ao trabalho, meio ambiente, habitação, lazer e

educação, apontando a ausência de um instrumento “padrão-ouro” mais completo,

garantido e objetivo.

O presente estudo apresentou limitações referentes aos instrumentos utilizados

para medir o estilo de vida dos trabalhadores das UTIs; primeiro que tanto o

instrumento de Nahas quanto o Fantástico, que foram utilizados para medir o Estilo

de Vida, não medem a temporalidade somente o momento atual. Segundo que não

existe um instrumento “padrão-ouro” que ofereça segurança quanto à avaliação de

um estilo de vida saudável com confiabilidade para os diferentes grupos

populacionais. Talvez devido a estas peculiaridades dos questionários não foi possível

estabelecer claras correlações entre o estilo de vida e os exames de sangue.

Por conseguinte, permanece a necessidade de novos estudos que procurem

aperfeiçoar os instrumentos de avaliação para vários tipos de populações, oferecendo

mais confiança no que tange avaliar Estilo de vida saudável de forma longitudinal e

em seus diversos aspectos.

Com relação as aplicações clinicas deste estudo, podemos mencionar o fato

de que o Estilo de Vida adotado pôde influenciar os exames de sangue importantes

como colesterol, triglicerídeos e pressão arterial. Diante da caracterização dos

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escores dessas variáveis, foi visto que o risco para elas é continuo. Portanto, diante

disso, é notório de que são necessárias algumas atitudes para a sustentação de um

estilo de vida sadio como: alimentação balanceada, atividade física regular, não fazer

uso de álcool, não fumar, controlar o peso, o colesterol e a pressão arterial, ter um

bom descanso, equilíbrio psicológico e um tempo para espiritualidade.

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7 CONCLUSÃO

Este estudo discorreu sobre a avaliação do estilo de vida de trabalhadores de

saúde da Unidade de Terapia Intensiva e suas correlações com os exames do sangue.

Detectou-se que o perfil dos participantes da pesquisa é de indivíduos na faixa etária

de 30 a 39 anos, do sexo feminino, em sua maioria técnico de enfermagem, solteiros,

residentes em Santarém, com nível de instrução técnica. A instrução da maioria dos

pais e mães, é de ensino secundário. Quanto ao número de horas trabalhadas por

dia, todos trabalham por volta de 8 a 12 horas e foi possível concluir que: de uma

forma geral a maioria destes indivíduos tem um estilo de vida que necessita alguns

ajustes, visto pela pontuação de ambos os questionários aplicado sobre estilo de vida.

A componente atividade física do questionário Nahas e Fantástico mostrou-se

alterado tanto no triglicerídeos, na pressão arterial sistólica quanto no colesterol total.

Foi encontrado fraca associação entre estilo de vida com os exames de sangue. Enfim

os exames de sangue são influenciados principalmente pela atividade física, nutrição,

controle de estresse, sono, controle social. Entretanto todas as correlações entre estilo

de vida com os exames de sangue foram fracas.

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34

APÊNDICES

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35

APÊNDICE A - Termo De Consentimento Livre E Esclarecido - TCLE

Você está sendo convidado (a) para participar voluntariamente da pesquisa

intitulada “Estilo de Vida em trabalhadores de unidade de terapia intensiva” Esta

pesquisa pretende averiguar se o estilo de vida pode influenciar os exames de sangue

(colesterol total e fracionado, hemograma completo, glicemia de jejum, TGO, TGP,

triglicerídeos e a pressão arterial), que está sobre responsabilidade da pesquisadora

MONICA KARLA VOJTA MIRANDA. A sua participação na pesquisa ocorrerá da

seguinte forma, você irá responder a questionários sobre perfil do estilo de vida

individual e qualidade de vida, contendo perguntas sobre seus hábitos alimentares,

atividade física estresse, hábitos cotidianos comportamento preventivo às doenças,

relacionamento sociais e estresse. Esses questionários permitirão determinar a

associação entre o seu estilo de vida e a sua saúde. Será feita uma coleta de sague

venoso para análise. Sua participação nessa pesquisa não é obrigatória e você pode

desistir em qualquer momento se desejar, sem ser prejudicado (a) por isso. Você terá

a garantia de receber esclarecimentos sobre qualquer dúvida relacionada à pesquisa

e poderá ter acesso aos seus dados em qualquer etapa do estudo. Você não terá

qualquer custo financeiro ao participar deste estudo e, também, não receberá

pagamento por participar do mesmo. Me foi esclarecido que este estudo não oferece

riscos, visto que não serei posto em ambientes ou condições de risco a saúde. Os

benefícios podem não ser diretamente comigo mas poderemos beneficiar outras

pessoas, visto que estes resultados podem influenciar a outros adotarem um bom

estilo de vida. Os resultados da pesquisa serão divulgados apenas com propósitos

científicos, preservando-se a confidencialidade de seus dados pessoais. Caso você

tenha dúvidas sobre o comportamento dos pesquisadores ou sobre as mudanças

ocorridas na pesquisa que não constam neste termo e caso se considere prejudicado

(a) na sua dignidade e autonomia, você pode entrar em contato com o pesquisador

MONICA KARLA VOJTA MIRANDA cel. (93) 99136-3623, ou também pode consultar

o Comitê de Ética em Pesquisa do UNASP, por meio do telefone (11) 2128-6230. Ou

pelo e-mail [email protected]

Após ter recebido todas as informações relacionadas ao estudo eu,

___________________________________________________certifico que o Sr. (a)

______________________________ respondeu a todas as minhas perguntas sobre

o estudo e minha condição, e eu, voluntariamente, aceito participar deste projeto, pois

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36

reconheço que compreendi por completo a pesquisa, recebi informações sobre a

aplicação de questionários, na qual estarei envolvido (a), bem como fui informado (a)

que farei uma coleta de sague venoso para análise dos exames de sangue e fui

informado sobre os riscos e benefícios esperados. Sei que posso retirar-me do estudo

a qualquer momento. Entendi que ao participar do estudo responderei a questionários

que irão avaliar meu estado de saúde e que todas as informações a meu respeito

serão confidenciais. Foi-me garantido que não terei gastos em participar do estudo.

Concordo que os meus dados obtidos neste estudo sejam utilizados para fins de

pesquisa científica. Declaro, ainda que assinei duas vias deste Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido e que recebi uma cópia do presente.

Diante do exposto, eu concordo em participar da pesquisa, e sei que terei uma

cópia deste termo.

São Paulo, ____/____/________ Assinatura do (a) participante: ___________________________________________ Pesquisadores: MONICA KARLA VOJTA MIRANDA Assinatura: ______________________________________________________ Dr. Elias, F. Porto (orientador) Assinatura: ______________________________________________________

DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR

DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de Consentimento, cumprindo as exigências contidas nas alíneas acima elencadas e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para a realização desta pesquisa. São Paulo, ____/____/________ _________________________________________ Pesquisador (a): MONICA KARLA VOJTA MIRANDA

Tel.: (93)99136-3623

E-mail: [email protected]

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37

ANEXOS

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38

ANEXO A – Questionário Do Perfil Individual (Nahas)

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39

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40

ANEXO B – Questionário Estilo De Vida Fantástico

Família e

amigos

1 2 3 4 5

1

Tenho alguém para

conversar as coisas que

são importantes para mim

Quase

nunca Raramente

Algumas

vezes

Com

muita

frequência

Quase

sempre

2 Dou e recebo afeto Quase

nunca Raramente

Algumas

vezes

Com

muita

frequência

Quase

sempre

Atividade

3

Sou vigorosamente ativo

pelo menos durante 30

minutos por dia (corrida,

bicicleta, etc)

Menos de 1

vez por

semana

1-2 vezes

por semana

3 vezes

por

semana

4 vezes

por

semana

5 ou mais

vezes por

semana

4

Sou moderadamente ativo

(jardinagem, caminhada,

trabalho de casa)

Menos de 1

vez por

semana

1-2 vezes

por semana

3 vezes

por

semana

4 vezes

por

semana

5 ou mais

vezes por

semana

Nutrição

5

Como uma dieta

balanceada (ver

explicação*)

Quase

nunca Raramente

Algumas

vezes

Com

muita

frequência

Quase

sempre

6

Frequentemente como em

excesso (1) açúcar, (2) sal,

(3) gordura animal, (4)

bobagens e salgadinhos

Quatro

itens Três itens

Dois

itens Um item Nenhum

7

Estou no intervalo de

____ quilos acima do meu

peso considerado

saudável

Mais de 8

kg 8 kg 6 kg 4 kg 2 kg

Cigarro e

drogas

8 Fumo cigarros Mais de 10

por dia

1 a 10 por

dia

Nenhum

nos

últimos

6 meses

Nenhum

no ano

passado

Nenhum

nos últimos

anos

9 Uso drogas como

maconha e cocaína

Algumas

vezes Nunca

10 Abuso de remédios ou

exagero

Quase

diariament

e

Com

relativa

frequência

Ocasion

almente

Quase

nunca Nunca

11

Ingiro bebidas que

contém cafeína (café, chá

ou colas)

Mais de 10

vezes por

dia

7 a 10 vezes

por dia

3 a 6

vezes

por dia

1 a 2 vezes

por dia Nunca

Álcool

12

Minha ingestão média por

semana de álcool é

____doses (ver

explicação)

Mais de 20 13 a 20 11 a 12 8 a 10 0 a 7

13 Bebo mais de quatro

doses em uma ocasião

Quase

diariament

e

Com

relativa

frequência

Ocasion

almente

Quase

nunca Nunca

14 Dirijo após beber Algumas

vezes Nunca

Sono,

cinto de

seguranç

a,

15 Durmo bem e me sinto

descansado

Quase

nunca Raramente

Algumas

vezes

Com

muita

frequência

Quase

sempre

16 Uso cinto de segurança Nunca Raramente Algumas

vezes

A maioria

das vezes Sempre

17 Sou capaz de lidar com o

estresse do meu dia-a-dia

Quase

nunca Raramente

Algumas

vezes

Com

muita

frequência

Quase

sempre

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41

estresse e

sexo

seguro

18 Relaxo e desfruto do meu

tempo de lazer

Quase

nunca Raramente

Algumas

vezes

Com

muita

frequência

Quase

sempre

19 Pratico sexo seguro (ver

explicação)

Quase

nunca Raramente

Algumas

vezes

Com

muita

frequência

Sempre

Tipo de

comporta

mento

20 Aparento estar com

pressa

Quase

sempre

Com

relativa

frequência

Algumas

vezes

Rarament

e

Quase

nunca

21 Sinto-me com raiva e

hostil

Quase

sempre

Com

relativa

frequência

Algumas

vezes

Rarament

e

Quase

nunca

Introspec

ção

22 Penso de forma positiva e

otimista

Quase

nunca Raramente

Algumas

vezes

Com

muita

frequência

Quase

sempre

23 Sinto-me tenso e

desapontado

Quase

sempre

Com

relativa

frequência

Algumas

vezes

Rarament

e

Quase

nunca

24 Sinto-me triste e

deprimido

Quase

sempre

Com

relativa

frequência

Algumas

vezes

Rarament

e

Quase

nunca

Trabalho 25 Estou satisfeito com meu

trabalho ou função

Quase

nunca Raramente

Algumas

vezes

Com

muita

frequência

Quase

sempre

*Explicação: Dieta balanceada – é aquela que a pessoa (4 anos e mais) come grãos e cereais integrais e produtos enriquecidos (5-12 porções), vegetais verde-escuros e alaranjados (5-10 porções), derivados do leite com baixo teor de gordura (2-4 copos), carnes magras, aves e peixes, assim como ervilhas, feijão e lentilha (2-3 porções), outros alimentos (ricos em gorduras, calorias usados com moderação, 2-3 porções). Obs.: para a maioria das pessoas a quantidade ideal é ficar no número intermediário. **Álcool - 1 dose = 1 lata de cerveja (340 ml) ou 1 copo de vinho (142 ml) ou 1 curto (42 ml); ***Sexo seguro - Refere-se ao uso de métodos de prevenção de infecção e concepção. Fonte- Rodriguez Anez CR, Reis RS, Petroski EL. Versão Brasileira do questionário “Estilo de Vida Fantástico”: tradução e validação para adultos jovens. Arq. Bras. Cardiol. 2008,91(2):102-109.

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42

ANEXO C – Questionário Sobre Qualidade De Vida (WHOOQOL/BREVE)

Instruções

Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida,

saúde e outras áreas de sua vida. Por favor, responda a todas as questões. Se

você não tem certeza sobre que resposta dar em uma questão, por favor, escolha

entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada. Esta, muitas vezes, poderá

ser sua primeira escolha.

Por favor, tenha em mente seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós estamos

perguntando o que você acha de sua vida, tomando como referência as duas últimas

semanas.

Por exemplo, pensando nas últimas duas semanas, uma questão poderia ser:

Nada Muito

pouco Médio Muito Completamente

Você recebe dos outros o apoio de que

necessita? 1 2 3 4 5

Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o

apoio de que necessita nestas últimas duas semanas. Portanto, você deve circular o

número 4 se você recebeu "muito" apoio como abaixo.

Nada Muito

pouco Médio Muito Completamente

Você recebe dos outros o apoio de que

necessita? 1 2 3 4 5

Você deve circular o número 1 se você não recebeu "nada" de apoio

Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor

resposta.

Muito

ruim

Ruim Nem ruim

nem boa Boa Muito

boa

1 Como você avaliaria sua qualidade de

vida? 1 2 3 4 5

Muito insatisfeito

insatisfeito nem satisfeito

nem insatisfeito satisfeito Muito

satisfeito

2 Quão satisfeito (a) você está

com a sua saúde? 1 2 3 4 5

As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas

semanas.

4

1

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43

Nada

muito

pouco

mais ou menos

Bastante

Extremamente

3 Em que medida você acha que sua

dor (física) impede você de fazer o

que você precisa?

1 2 3 4 5

4 O quanto você precisa de algum

tratamento médico para levar sua

vida diária?

1 2 3 4 5

5 O quanto você aproveita a vida? 1 2 3 4 5

6 Em que medida você acha que a sua

vida tem sentido? 1 2 3 4 5

7 O quanto você consegue se

concentrar? 1 2 3 4 5

8 Quão seguro (a) você se sente em sua

vida diária? 1 2 3 4 5

9 Quão saudável é o seu ambiente físico

(clima, barulho, poluição, atrativos)? 1 2 3 4 5

As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz

de fazer certas coisas nestas últimas duas semanas.

nada muito

pouco Médio muito Completamente

10 Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia? 1 2 3 4 5

11 Você é capaz de aceitar sua aparência física? 1 2 3 4 5

12 Você tem dinheiro suficiente para satisfazer

suas necessidades? 1 2 3 4 5

13 Quão disponíveis para você estão as

informações que precisa no seu dia-a-dia? 1 2 3 4 5

14 Em que medida você tem oportunidades de

atividade de lazer? 1 2 3 4 5

As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito

de vários aspectos de sua vida nas últimas duas semanas.

muito

ruim

ruim nem ruim

nem bom Bom muito

bom

15 Quão bem você é capaz de se

locomover? 1 2 3 4 5

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44

muito

insatisfeito

insatisfeito nem

satisfeito

nem

insatisfeito

satisfeito Muito

satisfeito

16 Quão satisfeito (a) você está com

o seu sono? 1 2 3 4 5

17 Quão satisfeito (a) você está

com sua capacidade de

desempenhar as atividades do

seu dia-a-dia?

1 2 3 4 5

18 Quão satisfeito (a) você está com

sua capacidade para o trabalho? 1 2 3 4 5

19 Quão satisfeito (a) você está

consigo mesmo? 1 2 3 4 5

20 Quão satisfeito (a) você está com

suas relações pessoais (amigos,

parentes, conhecidos, colegas)?

1 2 3 4 5

21 Quão satisfeito (a) você está com

sua vida sexual? 1 2 3 4 5

22 Quão satisfeito (a) você está

com o apoio que você recebe de

seus amigos?

1 2 3 4 5

23 Quão satisfeito (a) você está com

as condições do local onde mora? 1 2 3 4 5

24 Quão satisfeito (a) você está com

o seu acesso aos serviços de

saúde?

1 2 3 4 5

25 Quão satisfeito (a) você está

com o seu meio de transporte? 1 2 3 4 5

As questões seguintes referem-se a com que frequência você sentiu ou experimentou certas

coisas nas últimas duas semanas.

nunca algumas

vezes

frequentemente muito

frequentemente

Sempre

26 Com que frequência você tem

sentimentos negativos tais

como mau humor, desespero,

ansiedade, depressão?

1 2 3 4 5

Alguém lhe ajudou a preencher este questionário?..................................................................

Quanto tempo você levou para preencher este questionário?..................................................

Você tem algum comentário sobre o questionário?

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ANEXO D – Questionário Sócio Econômico e Cultural (INET) Nome: ______________________________________________________ Idade:

21 a 24 anos ( ) 25 a 29 anos ( ) 30 a 39 anos ( ) 40 a 60 anos ( ) Sexo:

Masculino ( ) Feminino ( ) Estado Civil:

Solteiro ( ) Casado ( ) Divorciado/Desquitado/separado ( ) Viúvo ( ) Outro ( ) Local de Moradia:

Cidade: ______________________________ Bairro: _____________________ Meio de Transporte que utiliza: ( ) Ônibus ( ) Carro ( ) Moto ( ) A pé ( ) Outro meio de transporte Nível de instrução

Superior completo ( ) Superior incompleto ( ) Pós-graduação: ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado Qual o nível de escolaridade do Pai?

Analfabeto ( ) 1º Grau/Primário completo ( ) 1º Grau/Primário Incompleto ( ) 2º Grau/Secundário completo ( ) 2º Grau/Secundário incompleto ( ) Superior completo ( ) Superior incompleto ( ) Qual o nível de escolaridade da Mãe?

Analfabeta ( ) 1º Grau/Primário completo ( ) 1º Grau/Primário Incompleto ( ) 2º Grau/Secundário completo ( ) 2º Grau/Secundário incompleto ( ) Superior completo ( ) Superior incompleto ( )

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Condições Econômicas

Mora com os Pais? Sim ( ) Não ( ) É dependente? Parcialmente ( ) Totalmente ( ) Tem carro? Sim ( ) Não ( ) Tem Moto? Sim ( ) Não ( ) Tem casa própria? Sim ( ) Não ( ) Tem computador? Sim ( ) Não ( ) Atividade Econômica

Profissão: ( ) Enfermeiro ( ) médico ( ) Fisioterapeuta ( ) Nutricionista ( )Técnico de enfermagem ( ) farmacêutico ( ) Terapeuta Ocupacional ( ) Aux. de farmácia Tempo de atuação na profissão ( )1-2 anos ( )3-4 anos ( )5-6 anos ( ) mais de 6 anos Tem vínculo empregatício com outra instituição. Qual? ( ) publica ( ) privada ( ) filantrópica ( ) ONG ( ) outras Quantas horas trabalha por dia? ( ) 6 horas ( )8 horas ( )12 horas ( )18 horas ( ) mais que 18 horas Atividades Culturais

Como você se mantém informado? ( ) TV ( ) Jornal ( ) Rádio ( ) Revista ( ) Internet Qual o seu lazer preferido?

( ) Teatro ( ) Cinema ( ) Balada ( ) Futebol ( ) Praia ( ) Shows Musicais ( ) Outro,

qual?_______________________________________________________________

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ANEXO E – Parecer Comitê de ética

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ANEXO F – Autorização de Pesquisa

(Hospital Regional do Baixo Amazonas de Santarém)