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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA INFLUÊNCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE REVITALIZAÇÃO EM RESINA COMPOSTA POR REMOÇÃO DE PIGMENTOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Ana Cristina Scremin Denardin Santa Maria, RS, Brasil 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE

REVITALIZAÇÃO EM RESINA COMPOSTA POR

REMOÇÃO DE PIGMENTOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Ana Cristina Scremin Denardin

Santa Maria, RS, Brasil

2015

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE

REVITALIZAÇÃO EM RESINA COMPOSTA POR

REMOÇÃO DE PIGMENTOS

Ana Cristina Scremin Denardin

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Odontologia da

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS) como requisito parcial para a

obtenção do grau de Cirurgiã-Dentista.

Orientadora: Profa Dra. Roselaine Terezinha Pozzobon

Santa Maria, RS, Brasil

2015

Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Ciências da Saúde

Curso de Odontologia

A Comissão Examinadora, abaixo assinada,

aprova o Trabalho de Conclusão de Curso

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE REVITALIZAÇÃO

EM RESINA COMPOSTA POR REMOÇÃO DE PIGMENTOS

elaborado por

Ana Cristina Scremin Denardin

como requisito parcial para a obtenção do grau de

Cirurgiã-Dentista

COMISSÃO EXAMINADORA:

Roselaine Terezinha Pozzobon, ProfaDra.(UFSM)

(Presidente/orientadora)

Alexandre Henrique Susin, Prof. Dr.(UFSM)

Bruno Lopes Silveira, Prof. Dr.(UFSM)

Luana Severo Alves, Prof. Dra.(UFSM)

(Suplente)

Santa Maria, 01 de dezembro, 2015.

AGRADECIMENTOS

Agradeço inicialmente a minha família que me apoiou de todas as formas nas

escolhas que fiz e sempre me deu bons exemplos, auxiliando tanto em minha formação

pessoal, quanto na minha formação profissional.

Agradeço aos meus pais, Sandra e Odone, pelo esforço em fazer sempre o melhor

para minha educação, pelo incentivo a continuar lutando por aquilo que desejo, e

principalmente, por me repassarem princípios que levarei para o resto da vida. Agradeço

também, ao meu irmão, Carlos Augusto, por trazer alegria e amor pra minha vida, e por me

ensinar a não desistir diante das dificuldades que a vida nos impõe.

Agradeço às minhas amigas, Amanda, Mariana, Priscila e Verônica, que considero

parte de minha família, pela amizade nesses longos anos, pelos conselhos, pelo apoio nos

momentos ruins e por todos os bons momentos que passamos juntas.

Agradeço às minhas amigas e colegas, Bárbara e Marina, pela amizade que

construímos ao longo da graduação, pelo carinho, pela ajuda e pelo companheirismo, espero

que possamos estar sempre juntas.

Agradeço à minha orientadora, Roselaine Pozzobom, por estar ao meu lado desde

meu primeiro atendimento, me orientando não somente em relação aos procedimentos, mas

também como tratar os pacientes. Agradeço pelos conhecimentos compartilhados, pela

paciência, e pelo exemplo profissional e pessoal que me deu durante esses 5 anos.

Agradeço à todos os professores de Odontologia da UFSM, pelo esforço em sempre

repassar de maneira efetiva todo conhecimento que possuem. Agradeço, principalmente a

professora Letícia Brandão pela oportunidade de fazer parte do seu projeto, e com isso, fazer

eu me apaixonar ainda mais pela Odontologia Estética.

Agradeço a UFSM e a todos os funcionários por sempre se empenharem em deixar

todos os recursos disponíveis para que pudéssemos oferecer ao paciente o melhor atendimento

possível.

RESUMO

Trabalho de Conclusão de Curso

Curso de Odontologia

Universidade Federal de Santa Maria

INFLUENCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE REVITALIZAÇÃO

EM RESINA COMPOSTA POR REMOÇÃO DE PIGMENTOS ACADÊMICA: ANA CRISTINA SCREMIN DENARDIN

ORIENTADORA: Profa. Dra. ROSELAINE TEREZINHA POZZOBON

Data e local da defesa: Santa Maria, Dezembro de 2015.

Introdução: A procura por sorrisos mais harmônicos têm aumentado e como consequência,

tratamentos como o clareamento dental e restaurações em resina composta têm sido

amplamente utilizados. Sabe-se que a resina composta sofre alterações de cor quando é

exposta ao contato com agentes pigmentantes presentes na dieta. Para aumentar a longevidade

e manter as características estéticas, é importante realizar a revitalização dessas restaurações.

Objetivo: O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar três protocolos de revitalização de resina

composta para remoção de pigmentos. Materiais e métodos: Foram confeccionados 60 corpos

de prova (8x2mm) com uma resina composta microhíbrida (Filtek Z250 XT),

posteriormente,divididos em dois grupos de acordo com os agentes pigmentantes: café e

vinho. Após o processo de pigmentação, foram divididos em três subgrupos (n=10) conforme

o protocolo de revitalização utilizado: Protocolo 1 (D=Dentifrício de ação clareadora),

Protocolo 2 (AC= Agente Clareador) e Protocolo 3(Associação AC+D).Para a realização das

leituras de cor, foi utilizado um espectrofotômetro (sistema CIELab). As leituras foram

realizadas após sete dias de imersão em água destilada (Ti), após imersão nos agentes

pigmentantes (T0/baseline) e após duas (T2) e quatro semanas (T4) de aplicação dos

protocolos.Resultados:Para a análise de variação de cor (ΔE) foi utilizado ANOVA com nível

de significância 5% e teste de Tukey. Para o grupo café, todos os protocolos mostraram-se

eficazes já na segunda semana de aplicação com valores de ΔE<3,3 (clinicamente aceitável).

No entanto, para o grupo vinho todos os protocolos apresentaram valores de ΔE>3,3

(clinicamente inaceitável) ao final da quarta semana de aplicação dos protocolos. Conclusão:

Nenhum dos protocolos utilizados foi capaz de devolver a cor inicial (T0) da resina composta.

Contudo, no grupo café, ao final das quatro semanas, o protocolo 3apresentou maior

efetividade,quando comparado aos protocolos 1 e 2 e todos apresentaram valores de

ΔE<3,3.Para o grupo vinho ao final das quatro semanas,todos os valores de ΔE apresentaram-

se maiores que 3,3, portanto, clinicamente inaceitáveis.

Palavras chave: Resina composta. Manchamento. Dentifrício. Agente clareador.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Materiais utilizados no estudo e informações técnicas ............................................ 25

Tabela 2. Divisão dos grupos ................................................................................................... 26

Tabela 3. Valores de Valores de ΔE referentes ao grupo Café ................................................ 27

Tabela 4. Valores de Valores de ΔE referentes ao grupo Vinho ............................................. 28

Tabela 5. Valores de ΔE após imersão em água destilada e após a quarta semana de

tratamento no grupo café.......................................................................................... 29

Tabela 6. Valores de ΔE após imersão em água destilada e após a quarta semana de

tratamento no grupo vinho ....................................................................................... 30

ANEXOS

ANEXO A. Normas para publicação de artigos no periódico “The Journal of Prosthetic

Dentistry” ............................................................................................................ 34

SUMÁRIO

ARTIGO-INFLUENCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE REVITALIZAÇÃO

POR REMOÇÃO DE PIGMENTOS EM RESINA COMPOSTA .......................................... 10

Abstract ................................................................................................................................... 11

Introdução ............................................................................................................................... 12

Materiais e métodos ................................................................................................................ 13

Resultados ............................................................................................................................... 17

Discussão ................................................................................................................................. 18

Conclusão ................................................................................................................................ 20

Referências .............................................................................................................................. 22

Tabelas ..................................................................................................................................... 25

Figuras ..................................................................................................................................... 31

Anexos ...................................................................................................................................... 34

9

APRESENTAÇÃO

Esse trabalho intitulado “Influência de Diferentes Protocolos de Revitalização por

Remoção de Pigmentos em Resina Composta”, foi desenvolvido no período março a

dezembro de 2015, como atividade curricular caracterizada como iniciação científica,

registrado junto ao Gabinete de Projetos do Centro de Ciências da Saúde (GAP-CCS) da

UFSM.

Nesse Trabalho de Conclusão de Curso optou-se pela apresentação na forma de artigo

científico, formatado de acordo com as normas do periódico “The Journal of Prosthetic

Dentistry”, com o objetivo de facilitar sua publicação, sem necessidade da elaboração da

monografia.

10

ARTIGO

Influência de diferentes protocolos de revitalização por remoção de pigmentos em resina

composta.

Ana Cristina Scremin Denardina, Marina Gaertnerb, Alexandre Henrique Susinc Roselaine

Terezinha Pozzobond

Curso de Odontologia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.

aAluna da Graduação, Curso de Odontologia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio

Grande do Sul, Brasil.

bAluna da Graduação, Curso de Odontologia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio

Grande do Sul, Brasil.

cProfessor Associado, Disciplina de Dentística, Departamento de Odontologia Restauradora,

Curso de Odontologia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.

dProfessora Associada da Disciplina de Dentística, Departamento de Odontologia

Restauradora, Curso de Odontologia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do

Sul, Brasil.

Autor correspondente

Ana Cristina Scremin Denardin

Rua Primeiro de Maio, 76, 97020-640, Santa Maria/RS, Brasil.

Telefone: +55 55 9918.1910

E-mail: [email protected]

11

ABSTRACT

Statement of problem: Tooth bleaching and composite resin restoration are the most common

treatments, due to the increasing demand ofan esthetic smile. Composite resin is susceptible

to color changes through contact with pigments present in some foods and beverages, for

instance. Objective: This study evaluates the effectiveness of three different protocols in

removing stains from composites. Materials and Methods: A microhybrid composite resin

(FiltekZ250 XT) was used to produce 60 samples (8x2mm) divided into two groups (n=30)

according to the stain agent: coffee and red wine. After staining, these groups were divided

into three subgroups (n=10) according to the protocol used, Protocol 1(D: whitening

dentifrice), Protocol 2(BA: bleaching Agent) and Protocol 3(BA+D: association).The color

measurements were performed according to CIELab System, with a spectrophotometer and

carried out after seven days of immersion in distilled water (T0), after staining (T1/baseline),

after two weeks of treatment (T2) and after four weeks of treatment (T4).Results: One-away

ANOVA and Tukey’s test (5%) were applied to evaluate the color change (ΔE). In the coffee

Group, all protocols, since the second week, reduced the color change of composite resin to

values ΔE<3,3(clinically acceptable). On the other hand, Red Wine Group showed

valuesΔE>3,3(clinically unacceptable), until the fourth week. Conclusion: Both stain agents

dyed the composite resin samples until values clinically unacceptable and no protocol

recovered the initial color (T0). However, the Coffee Group showed ΔE<3,3 in all protocols,

and after four weeks, Protocol 3 showed the highest effectiveness when in comparison to

Protocols 1 and 2. In the Red Wine Group all protocols showed ΔE>3,3 nevertheless,

clinically unacceptable.

Key words: Composite Resin, Tooth Bleaching, Whitening Dentifrice and Staining.

12

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

As conclusões do presente estudo possibilitam a realização de um plano de tratamento

personalizado para o paciente, de acordo com os pigmentos presentes em sua dieta, visando

procedimentos de revitalização de restaurações para a manutenção das características estéticas

por mais tempo.

INTRODUÇÃO

Devido à grande demanda de pacientes que valorizam a estética, e tendo em vista a

importância de um belo sorriso, tratamentos, como o clareamento dental e as restaurações

diretas com resina composta, têm sido amplamente utilizados nos consultórios odontológicos.

Ambos são considerados tratamentos menos invasivos e de baixo custo, sendo utilizados

separadamente ou em associação, na maioria dos casos que envolvem a recuperação da

estética do sorriso1,2,3

.

As resinas compostas, utilizadas na confecção de restaurações estéticas, são

basicamente constituídas de uma matriz resinosa e partículas de carga, sendo quea

composição orgânica, o tamanho e o tipo de partícula utilizados, exercem influência na

resistência ao manchamento da resina composta4,5,6

.

Manchamentos e alterações de cor sutis em resina composta não são facilmente

perceptíveis ao olho humano. Com o objetivo de superar essa limitação, em estudos de corsão

utilizados espectrofotômetros, os quais realizam a avaliação na coloração através do sistema

CIE L*a*b. Esse sistema reproduz uma média para alterações de cor definida comoΔE.

Estudos relacionando valores de ΔE com padrões clínicos estabeleceram que ΔE< 1 indicam

alterações aceitáveis clinicamente e imperceptíveis ao olho humano. Enquanto valores

1<ΔE>3,3 representam alterações perceptíveis ao olho humano, mas clinicamente aceitáveis,

e valores maiores que 3,3indicam alterações de cor, inaceitáveis clinicamente7,8,9

.

Diferentes alimentos e bebidas pigmentantes estão presentes na dieta da população,

como o café, uma bebida consumida mundialmente, em altas temperaturas por adultos e

13

crianças, cujos pigmentos amarelos de baixa polaridade penetram na matriz orgânica da resina

composta, ocasionando manchamentos. Além do café, o vinho tinto é bastante consumido

pela população devido às orientações médicas, como prevenção de doenças cardíacas, a alta

concentração de pigmentos, baixo pH e a presença de álcool são fatores responsáveis pela

pigmentação de restaurações em resina composta10,11,12,13

.

Com o objetivo de manter as características estéticas e aumentar a longevidade das

restaurações em resina composta, através da remoção dos pigmentos, são propostos

protocolos de revitalização de restaurações utilizando agentes clareadores e dentifrícios4,14, 15

.

O mecanismo de ação dos agentes clareadores ocorre através de uma reação de

oxirredução que age liberando oxigênio. Além do tratamento clareador realizado pelos

dentistas, os pacientes possuem fácil acesso a produtos para remoção de manchas como os

dentifrícios de ação clareadora. Esses promovem a limpeza superficial da resina composta

devido à abrasão ocasionada, principalmente, pelas partículas de sílica presentes no

produto16,17,18,19

.

Até o momento, não existem estudos que se propõem a avaliar a capacidade de

agentes químicos e mecânicos, na remoção dos pigmentos extrínsecos depositados sobre a

superfície de uma resina composta, agindo em conjunto.

O presente estudo tem como objetivo, avaliar o desempenho de três protocolos de

revitalização por remoção de manchamentos extrínsecos em uma resina composta.

Para isso, foram formuladas duas hipóteses: 1)Todos os protocolos de revitalização

serão capazes de devolver a cor inicial da resina composta (Ti). 2)Todos os protocolos de

revitalização apresentarão o mesmo desempenho quanto à capacidade para a remoção de

pigmentos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo utilizou uma resina composta microhíbrida (RC) (Filtek Z250 XT na cor

A2 – 3M/ESPE), com a qual foram confeccionados os corpos de prova. Foram utilizados dois

14

meios de imersão como agentes pigmentantes: café (C) e vinho (V) e três protocolos de

revitalização da RC (Tabela 1). No protocolo 1 (D), foi aplicado um dentifrício de ação

clareadora (Colgate® Luminous White) por meio de escovação. Nos grupos submetidos ao

protocolo 2 (AC) foi realizada a aplicação de agente clareador (Peróxido de hidrogênio 35%-

Total Blanch –DFL). No protocolo 3 (AC + D) realizou-se a associação de agente clareador e

dentifrício (n=10). A divisão dos grupos está especificada na Tabela 2.

Previamente, ao início desse estudo, foi realizado um cálculo amostral com poder de

80% e nível de significância de 5% que definiu o tamanho da amostra28

. Foram

confeccionados um total de 60 corpos de prova, em formato circular nas dimensões e 8mm de

diâmetro e 2mm de espessura, com auxílio de uma matriz bipartida de aço inoxidável . A RC

foi inserida em incremento único e recoberta por uma tira de poliéster a fim de obter uma

superfície plana e lisa. A fotopolimerização foi realizada por 20 segundos, conforme o tempo

recomendado pelo fabricante, com Led em irradiância aferida de 800mv/cm². Todos os corpos

de prova receberam polimento com discos de óxido de alumínio (Sof-Lex Pop On- 3M/ESPE)

nas granulações fina e super-fina, os quais foram renovados a cada cinco corpos de

prova8.Após o polimento, os corpos de prova foram imersos em água destilada por um

período de sete dias sob temperatura de 37°C2.

A leitura do parâmetro cor foi realizada utilizando um espectrofotômetro de reflexão

(SP60 – EX-Rite / Grand Rapid – Michigan, USA), de acordo com o sistema CIE L*a*b*

escala de cor (CommissionInternationale de I´Eclairage) relativo à fonte de luz padrão D65

sobre um fundo branco. O sistema de cor CIE L*a*b* é uma medida da cor em 3 dimensões,

onde L* refere-se à coordenada luminosidade e seu valor varia de 0 para preto perfeito até

100 para branco perfeito. a* e b* são coordenadas de croma do verde-vermelho (-a*=verde;

+a*=vermelho) e azul-amarelo (-b*=azul; +b*=amarelo). Cada corpo de prova foi analisado

três vezes e o valor médio do L*, a* e b* foi calculado utilizando a seguinte fórmula:

15

∆𝐸 = √(𝐿2 − 𝐿1)2 + (𝑎2 − 𝑎1)2 + (𝑏2 − 𝑏1)²

No início de cada sessão de leitura, o espectrofotômetro foi calibrado seguindo as

orientações do fabricante. Todas as medidas foram realizadas no mesmo local, por um

pesquisador previamente treinado para utilização do aparelho, sob as mesmas condições de

iluminação e utilizando como líquido acoplante glicerina líquida. As leituras foram realizadas

nos seguintes momentos: (Ti) após sete dias de imersão dos corpos de prova, em água

destilada (T0/baseline), após 48h de exposição aos agentes pigmentantes (T2), após duas

semanas da aplicação dos protocolos de revitalização para a remoção de pigmentos, e (T4)

após a quarta semana de aplicação dos protocolos.

Transcorridos sete dias da confecção e após a primeira leitura de cor no

espectrofotômetro (Ti), os corpos de prova foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos

de acordo com o agente pigmentante café (C) e vinho (V). Com a finalidade de não gerar uma

pigmentação excessiva e somente a porção superficial ser pigmentada, as laterais e a

superfície não polida dos corpos de prova foram isoladas, previamente à exposição aos

agentes pigmentantes, por uma fita de teflon e duas camadas de cianoacrilato. Os

procedimentos de pigmentação foram baseados no estudo de Kang et al13

, que utilizou o café

(Nescafé® tradicional) na proporção de 3,6g para 100mL de água, e o vinho tinto (Concha y

Toro- Cabernet Sauvignon). Os corpos de prova ficaram expostos ao agente pigmentante por

48h em estufa a 37°C. Após esse período, foram lavados abundantemente em água corrente,

o isolamento foi removido e foi realizada a segunda leitura (T0/Baseline). Para seguir o

estudo, a condição era que, ao ser feita a comparação dos valores de Ti e T0 ficasse evidente a

pigmentação da RC com valores de ΔE>3,3 consideradas alterações clinicamente

inaceitáveis9,17

.

Nesse estudo, foram utilizados três protocolos de revitalização para remoção de

manchamentos: Protocolo 1 (Escovação com Dentifrício da ação clareadora- D): para a

realização deste protocolo foi utilizada uma máquina simuladora de escovação, que executa

16

movimentos de vai-e-vem com uma força axial de 200g. Essa máquina permite que sejam

fixadas 10 escovas de cerdas macias (Colgate ® Twister Fresh) de uma só vez, o que permitiu

a realização da escovação de todos os subgrupos no mesmo momento. Foram realizados

10.000 ciclos, que correspondem a sete dias da escovação, a cada 5000 ciclos os corpos de

prova eram girados 90°.Conforme foi preconizado por Zimmerli et al17

,o dentifrício foi

previamente diluído em água destilada, em uma proporção de 3 porções de água para 1 porção

do dentifrício, e era aplicado a cada 1minuto, sobre cada corpo de prova, durante todo

período.Protocolo 2 (Aplicação de Agente Clareador- AC):Seguindo as instruções do

fabricante, o agente clareador foi manipulado e disposto em gotas de 8mm de diâmetro e 2mm

de espessura, sobre uma lâmina de vidro. As superfícies pigmentadas dos corpos de prova

foram posicionadas em contato com o agente clareador, e esses foram recobertos por uma

gaze embebida em água destilada e, posteriormente, levados a uma estufa a 37°C durante 15

minutos. Em cada sessão, foram realizadas três aplicações do clareador repetindo a sequência

acima descrita, e após a finalização dos tratamentos, os corpos de prova eram lavados

abundantemente durante 1 minuto com spray ar/água. Após, ficavam armazenados em estufa

por 7 dias.Protocolo 3(Associação Agente Clareador+Dentifrício- AC + D): Nesse grupo, os

corpos de prova foram submetidos à associação dos dois protocolos de revitalização

anteriormente descritos, a diferença foi que houve um intervalo de 48 horas entre a aplicação

do agente clareador e o protocolo de escovação, com o objetivo de evitar uma possível

interferência na ação residual e tardia do agente clareador. Desse modo, era aplicado o agente

clareador, aguardavam-se dois dias para a realização da escovação. Após, os corpos de prova

ficavam armazenados por cinco dias completando assim os sete dias de intervalo para a

realização das leituras de cor.

RESULTADOS

Foi realizado ANOVA One-way em nível de significância de 5%para avaliar o efeito

das soluções pigmentantes na superfície das amostras, após 48h (T0/Baseline) e após a

17

aplicação dos protocolos de revitalização utilizados no estudo durante duas semanas (T2) e

de 4 semanas (T4). Também foram realizadas múltiplas comparações pelo teste de Tukey.

A análise demonstrou que ambas as soluções pigmentantes mancharam severamente as

amostras depois de 48 h de imersão (p<0.01). Comparando-se o poder de pigmentação entre

vinho tinto e café, ficou evidente que o vinho tinto apresentou maior capacidade de

pigmentação (p<0.01). A capacidade de remoção de pigmentos dos protocolos utilizados foi,

proporcionalmente, menos eficiente nos corpos de prova pigmentados com vinho tinto,

quando comparados ao seu efeito nos pigmentados com café. Em relação à capacidade de

remoção de pigmentos dos diferentes protocolos testados, os resultados são apresentados nas

tabelas 3 e 4 e evidenciaram que, nas amostras pigmentadas com café, o protocolo 3(AC+D)

aplicado durante quatro semanas foi, significativamente, mais eficiente (p<0.05) na remoção

de pigmentos do que quando foram usados os protocolos 1 (D) e 2 (AC), e durante o tempo de

duas semanas os três protocolos apresentaram comportamentos estatisticamente semelhantes.

Ao avaliar a capacidade de remoção dos pigmentos causados por vinho tinto, no

período de duas semanas, a capacidade de remoção de pigmentos do protocolo 3 (AC+D) foi

mais efetivo do que os tratamentos dos protocolos 1 e 2 isolados. (p<0.05)

Entretanto, após quatro semanas os protocolos 2 (AC) e 3 (AC+D) apresentaram

desempenho igual, sendo que nesse período o protocolo 1 (D) de remoção de manchas foi

significativamente menos eficiente.

Independentemente do tipo do agente pigmentante utilizado, nenhum dos protocolos

de remoção de pigmentos foi totalmente eficiente, seja em duas ou em quatro semanas, para

produzir uma superfície livre do manchamento, como aquelas de antes da imersão nos agentes

pigmentantes (Ti) (p<0.05), esses resultados estão evidenciados nas tabelas 5 e 6. Porém, as

amostras pigmentadas com café retornaram a um grau de pigmentação ΔE aceitável

clinicamente, tanto após duas semanas quanto após quatro semanas com todos os tipos de

18

protocolo. O protocolo 3 em quatro semanas mostrou ser o protocolo mais efetivo para a

remoção de pigmentos em resina composta. Contudo, as amostras pigmentadas com vinho

tinto, em qualquer tempo de utilização bem como qualquer tipo de protocolo aplicado, não

alcançaram valores de ΔE considerados aceitáveis clinicamente.

DISCUSSÃO

Sabe-se das limitações desse material, como a suscetibilidade à alteração de cor,

quando exposto a corantes presentes na dieta15,20

. Os resultados obtidos nesse estudos

evidenciaram que a resina composta sofreu alteração de cor, considerada clinicamente

inaceitável (ΔE>3,3) após 48h de exposição aos agentes pigmentantes tanto para o café, com

valores de ΔE variando de 8.14 a 8.74, como para ovinho com ΔE de 16.02 a 18.09. Esse

comportamento de alteração de cor, frente aos mesmos agentes pigmentantes também foi

encontrado por Villalta et al8. Essas alterações de cor ocorrem devido à presença de

monômeros hidrofílicos e hidrofóbicos na matriz orgânica da resina composta, dentre eles,

Bis-GMA, UDMA, Bis-EMA e TEGDMA. Em virtude da característica hidrofóbica desses

componentes, os pigmentos presentes nas soluções podem ser absorvidos pela matriz

orgânica, ocasionando o manchamento21,22,23

.

Desse modo, comparando os dois agentes pigmentantes, o vinho ocasionou alteração

de cor mais severa nos corpos de prova, com valores de ΔE em média duas vezes maior do

que os expostos ao café. Podem ser consideradas possíveis justificativas para o ocorrido, a

presença de grandes concentrações de antocianinas, pigmentos que possuem maior grau de

absorção de água3,18

. Além disso, a presença de álcool e o baixo pH exercem uma função

secundária na pigmentação da resina composta, pois são responsáveis pela dissolução de parte

da matriz orgânica o que ocasionará maior exposição de partículas de carga tornando a

superfície mais rugosa e permitindo a maior absorção de pigmento8,11,22,24

.

Ao ser avaliado o desempenho dos diferentes protocolos de revitalização,

independente do agente pigmentante, todos foram capazes de remover pigmentos, quando

19

comparados aos valores de baseline e ao final de quarta semana de tratamento. No entanto,

pode-se observar que nenhum dos protocolos utilizados foi suficiente para reproduzir valores

de ΔE estatisticamente iguais àqueles encontrados na leitura Ti, o que está de acordo com os

resultados encontrados por Lepri et al14

e Mendes et al25

.

Segundo Zimmerli et al17

, o uso do dentifrício na remoção de manchamentos é

responsável apenas pela remoção mecânica dos pigmentos extrínsecos nas camadas mais

superficiais da resina composta. O agente clareador também atua promovendo uma limpeza

superficial na resina composta, no entanto, esta ocorre através de uma reação química

promovida pelos seus componentes8,25

.

Ao analisar o grupo pigmentado com café, observa-se que os três protocolos avaliados

foram capazes de promover a remoção de pigmentos de modo significativo,a partir da

segunda semana de tratamento, comportamento esse que continuou a ser observadona quarta

semana, com resultados de ΔE abaixo de 3.3, considerados clinicamente aceitáveis. Entretanto

ao analisar o grupo pigmentado com vinho ocorreu discreta remoção de pigmentos na

segunda e quarta semana, no entanto, os valores finais de ΔE registraram valores muito acima

de 3.3 considerados, portanto, clinicamente inaceitáveis9,14

.

Ainda para o pigmento café, ao analisar isoladamente o desempenho de cada protocolo

observou-se que o protocolo AC+D obteve o melhor desempenho na remoção dos

pigmentos,quando comparados com os outros protocolos. Provavelmente, esse resultado

deve-se a uma sinergia da ação mecânica do dentifrício, e química do agente clareador. A

ação mecânica foi promovida pelas partículas de sílica hidratada, que é o abrasivo presente no

dentifrício utilizado nesse estudo, as quais possuem maior capacidade de remoção de

pigmentos, quando comparadas a outros abrasivos26,27

. Além disso, ocorreu uma reação

químicade oxirredução promovida pela liberação de oxigênio presente no agente clareador na

20

forma de peróxido de hidrogênio 35%, que promoveuuma limpeza superficial na resina

composta8,14,25

.

O protocolo de revitalização, através da associação AC+D, pode ser uma alternativa

interessante do ponto de vista clínico como estratégia para a remoção de pigmentos

extrínsecos em resina composta. Uma vez que, o dentifrício pode ser utilizado como

adjuvante ao tratamento clareador, realizado em consultório: o cirurgião-dentista pode

recomendar ao paciente a utilização de um dentifrício de ação clareadora afim de que o

tratamento revitalizador seja otimizado.

Ainda ao analisar o desempenho dos protocolos, de modo geral, fica evidente que a

ação do dentifrício clareador foi importante na melhora do efeito de remoção dos pigmentos

principalmente quando esses são menos intensos como no caso do café, utilizado no presente

estudo.

Com base nos resultados obtidos no presente estudo, associado ao perfil da dieta

pigmentante do paciente, é possível estabelecer recomendações personalizadas quanto à

manutenção das restaurações com resina composta, com o objetivo de manter a função

estética e longevidade das restaurações.

CONCLUSÃO

Considerando as limitações desse estudo in vitro,foi possível concluir que:

A resina composta utilizada sofreu alterações de cor após ser submetida à ação dos

agentes pigmentantes, apresentando valores de ΔE>3,3. Além disso, observou-se que os

corpos de prova pigmentados pelo vinho apresentaram ΔE em média duas vezes maior em

relação àqueles pigmentados com café.

Nenhum dos protocolos utilizados foi capaz de remover totalmente os pigmentos

gerados pelos agentes café e vinho devolvendo-lhes a coloração inicial, o que leva a rejeitar a

primeira hipótese.

21

O desempenho dos protocolos de revitalização por remoção de pigmentos ocorreu de

forma mais efetiva no grupo café do que no vinho o que leva à rejeição parcial da segunda

hipótese, uma vez que no grupo café, o desempenho resultou em valores de ΔE considerados

clinicamente aceitáveis. No grupo pigmentado com vinho, nenhum dos protocolos testados

resultou em valores de ΔE<3,3. Portanto, todos os resultados foram considerados

clinicamente inaceitáveis.

22

REFERÊNCIAS

1. Yalcin F, Gürgan S.

Effectoftwodifferentebleachingregimentsontheglossoftoothcoloredrestorativematerials. Dent

Mater. 2005; 21: 464-68.

2. Mourouzis P, Koulaouzidou EA, Helvatjoglu-Antoniades M. Effect of in-office bleaching

agents on physical properties of dental composite resins. Quintessence Int. 2013; 44, 295-302.

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gloss and color of resin composite. J Dent. 2010; 38: 129-136.

5. Vieira C, Silva-Sousa YTC, Pessarello NM, RACHED-JUNIOR FJA, Souza-Gabriel A.

Effect of high-concentrated bleaching agents on the bond strength at dentin-resin interface

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6. Falkensamer F, Arnetzl GV, Wildburger A, Freudenthanler J. Color stability of different

composite resin materials. J Prosthet Dent. 2013;109:378-383.

7. Yilmaz SK, Cengiz E, Ulusoy N, Ozak ST, Yuksel E. The effect of home-bleaching on the

color and translucency of five resin composite. J Dent. 2013;41:70-5.

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change of dental composite resins. J Prosthet Dent.2006;95:137-42.

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10. Manabe A, Kato Y, Finger WJ, Kanehira M, Komatsu M. Discoloration of coating resins

exposed to staining solutions in vitro. Dent Mater J. 2009; 28(3): 338-43.

11. Azer SS, Hague AL, Johnston WM. Effect of bleaching on tooth discoloration from food

colorant in vitro. J Dent. 2011; 39: 53-6.

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12. Larson AJ, Saymons D, Jalili T. Therapeutic potential of quercetin to decrease blood

pressure: review of efficacy and mechanisms. Adv. Nutr. 2012; 3: 39-46.

13. Kang A, Son S, Hur B, Hoon Y, Hoon J, Park JK. The color stability of silorane and

methacrylate based resin composites. Dent Mater J. 2012;31:879-884.

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surface roughness and staining susceptibility of packable composite resins.Dent Mater, 2003;

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23. Zimmerli B, Strub M, Jeger F, Stadler O, Lussi A. Composite materials: composition

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24. Bandeira de Andrade IG, Basting RT, Rodrigues JA, do Amaral FB, Turssi CP,

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28. Cochran, W. Samplingtechniques. 3th ed. Wiley: New York;1977.

25

TABELAS

Tabela 1.

Materiais Marca

comercial

Composição LOTE

Resina

Composta

Filtek Z250

XT - cor A2

Bis-GMA, UDMA, Bis-EMA, zircônia, sílica 1433800950

Dentifrício

Clareador

Colgate

Luminous

White

Água, sílica hidratada, glicerina, sorbitol,

copolímero, lauril sulfato de sódio,

sabor/aroma, goma de celulose, hidroxide de

sódio, propilenoglicol, carragenia, fluoreto de

sódio, triclosan, sacarina sódica, saccharin

dióxido de titânio.

35BR1286

Agente

Clareador

Total Blanc

Office H

35%

Peróxido de hidrogênio 35%, espessante,

corante, glicol, monofluorfosfato de sódio,

sabor, perlite, sílica, água, corante.

14121977

26

Tabela 2.

Agente pigmentante Protocolo de revitalização

Grupo C

Café

n=30

C 1: Dentifrício Clareador(D)

C 2: Agente Clareador(AC)

C 3: Associação Agente Clareador e dentifrício(AC+D)

Grupo V

Vinho

n=30

V 1: Dentifrício Clareador(D)

V 2: Agente Clareador (AC)

V 3: Associação Agente Clareador e dentifrício(AC+D)

27

Tabela 3.

PROTOCOLOS T0/baseline T2 T4

Dentifrício(D) 8.53(0.76)Aa 3.11(0.6)B a 2.38(0.53)C ab

Agente Clareador(AC) 8.74(1.93)Aa 3.08(1.07)B a 2.64(0.91)B a

Associação(AC+D) 8.14(2.10)Aa 2.91(1.00)B a 1.77(0.81)C b

Dados são expressos em medias (desvio padrão). Abreviaturas: D, dentitfício; AC, Agente clareador.Linhas: letras maiúsculas diferentes

expressam diferenças estatisticamente significantes. Colunas: letrasminúsculasdiferentesexpressamdiferençasestatisticamentesignificantes.

(p<0.05)

28

Tabela 4.

PROTOCOLOS T0/baseline T2 T4

Dentifrício(D) 16.02(5.18)Aa 15.55(3.16)Aa 11.01(2.09)B a

Agente

Clareador(AC)

14.42(4.60)Aa 9.34(2.24)B b 6.06(2.21)B b

Associação(AC+D) 18.09(6.42)Aa 6.53(1.91)B c 5.24(2.33)B b

Dados são expressos em medias (desvio padrão). Abreviaturas: D, dentitfício; AC, Agente clareador.Linhas: letras maiúsculas diferentes expressam diferenças estatisticamente significantes. Colunas: letrasminúsculasdiferentesexpressamdiferençasestatisticamentesignificantes.

(p<0.05)

29

Tabela 5.

Ti T4

Café (D) 0.08(0.03)a 2.38(0.53)b

Café (AC) 0.30(0.59)a 2.64(0.91)b

Café (AC+D) 0.20(0.25)a 1.77(0.81)b

Dados são expressos em medias (desvio padrão). Abreviaturas: D, dentitfício; AC, Agente clareador.Linhas: letras minúsculas diferentes

expressam diferenças estatisticamente significantes. (p<0.05)

30

Tabela 6.

Ti T4

Vinho (D) 0.19(0.14)a 11.01(2.09)b

Vinho (AC) 0.37(0.58)a 6.06(2.21)b

Vinho (AC+D) 0.16(0.21)a 5.24(2.33)b

Dados são expressos em medias (desvio padrão). Abreviaturas: D, dentitfício; AC, Agente clareador.Linhas: letras minúsculas diferentes

expressam diferenças estatisticamente significantes. (p<0.05)

31

FIGURAS

Figura 1.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Ti T0 T2 T4

Protocolo 1

Protocolo 2

Protocolo 3

32

Figura 2.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Ti T0 T4

Protocolo 1

Protocolo 2

Protocolo 3

33

Legendas

Tabela 1. Especificação dos materiais.

Tabela 2. Divisão dos grupos.

Tabela 3. Valores de ΔE referentes ao grupo Café (n=10).

Tabela 4. Valores de ΔE referentes ao grupo Vinho (n=10).

Tabela 5. Valores de ΔE após imersão em água destilada e após a quarta semana de

tratamento no grupo Café (n=10).

Tabela 6. Valores de ΔE após imersão em água destilada e após a quarta semana de

tratamento no grupo Vinho (n=10).

Figura 1. Gráfico de comparação dos valores de ΔE em relação aos protocolos e tempos de

leitura do grupo Café.

Figura 2. Gráfico de comparação dos valores de ΔE em relação aos protocolos e tempos de

leitura do grupo Vinho.

34

ANEXOS

Anexo A.Normas para publicação de artigo no periódico “JournalofProstheticDentistry”

Length of Manuscripts- Manuscript length depends on manuscript type. In general, research

and clinical science articles should not exceed 10 to 12 double-spaced, typed pages (excluding

references, legends, and tables). Clinical Reports and Technique articles should not exceed 4

to 5 pages, and Tips articles should not exceed 1 to 2 pages. The length of systematic reviews

varies.

Number of Authors- The number of authors is limited to 4; the inclusion of more than 4 must

be justified in the letter of submission. (Each author’s contribution must be listed.) Otherwise,

contributing authors in excess of 4 will be listed in the Acknowledgments.

General Formatting- All submissions must be submitted via the EES system in Microsoft

Word with an 8.5×11 inch page size. The following specifications should also be followed:

Times Roman, 12 pt

Double-spaced

Left-justified

1-inch margins on all sides

Half-inch tabs

Headers/ Footers should be clear of page numbers or other information

Headings are upper case bold, and subheads are upper/lower case bold. No italics are

used.

References should not be automatically numbered. Endnote or other reference-

generating programs should be turned off.

Set the Language feature in MS Word to English (US). Also change the language to

English (US) in the style named Balloon Text.

Types of articles

RESEARCH/CLINICAL SCIENCE ARTICLE- The research report should be no longer than

10-12 double-spaced, typed pages and be accompanied by no more than 12 high-quality

illustrations. Avoid the use of outline form (numbered and/or bulleted sentences or

paragraphs). The text should be written in complete sentences and paragraph form.

Abstract (approximately 250 words): Create a structured abstract with the following

subsections: Statement of Problem, Purpose, Material and Methods, Results, and

Conclusions. The abstract should contain enough detail to describe the experimental

design and variables. Sample size, controls, method of measurement, standardization,

examiner reliability, and statistical method used with associated level of significance

should be described in the Material and Methods section. Actual values should be

provided in the Results section.

Clinical Implications: In 2-4 sentences, describe the impact of the study results on

clinical practice.

Introduction: Explain the problem completely and accurately. Summarize relevant

literature, and identify any bias in previous studies. Clearly state the objective of the

study and the research hypothesis at the end of the Introduction. Please note that, for a

thorough review of the literature, most (if not all references) should first be cited in the

Introduction and/or Material and Methods section.

Material and Methods: In the initial paragraph, provide an overview of the experiment.

Provide complete manufacturing information for all products and instruments used,

35

either in parentheses or in a table. Describe what was measured, how it was measured,

and the units of measure. List criteria for quantitative judgment. Describe the

experimental design and variables, including defined criteria to control variables,

standardization of testing, allocation of specimens/subjects to groups (specify method

of randomization), total sample size, controls, calibration of examiners, and reliability

of instruments and examiners. State how sample sizes were determined (such as with

power analysis). Avoid the use of group numbers to indicate groups. Instead, use

codes or abbreviations that will more clearly indicate the characteristics of the groups

and will therefore be more meaningful for the reader. Statistical tests and associated

significance levels should be described at the end of this section.

Results: Report the results accurately and briefly, in the same order as the testing was

described in the Material and Methods section. For extensive listings, present data in

tabular or graphic form to help the reader. For a 1-way ANOVA report of, F and P

values in the appropriate location in the text. For all other ANOVAs, per guidelines,

provide the ANOVA table(s). Describe the most significant findings and trends. Text,

tables, and figures should not repeat each other. Results noted as significant must be

validated by actual data and P values.

Discussion: Discuss the results of the study in relation to the hypothesis and to

relevant literature. The Discussion section should begin by stating whether or not the

data support rejecting the stated null hypothesis. If the results do not agree with other

studies and/or with accepted opinions, state how and why the results differ. Agreement

with other studies should also be stated. Identify the limitations of the present study

and suggest areas for future research.

Conclusions: Concisely list conclusions that may be drawn from the research; do not

simply restate the results. The conclusions must be pertinent to the objectives and

justified by the data. In most situations, the conclusions are true for only the

population of the experiment. All statements reported as conclusions should be

accompanied by statistical analyses.

References: See Page 9 for guidelines; page 22 for a sample References page. .

Tables: Create tables in accordance with the guidelines on page 11.

Legends for illustrations: Concisely describe each illustration without directly

duplicating the main text.

First page arrangement- title page

Title: Capitalize only the first letter of the first word. Do not use any special

formatting. Abbreviations or trade names should not be used. Trade names should not

be used in the title.

Authors: Directly under the title, type the names and academic degrees of the authors.

Institution(s): Under the authors names, provide the title, department and institutional

names, city/state and country (unless in the U.S.) of each author. If necessary, provide

the English translation of the institution. If the author is in private practice, indicate

where with city/state/country. Link names and affiliations with a superscript letter

(a,b,c,d). * * *

Presentation/support information and titles: If research was presented before an

organized group, indicate name of the organization and location and date of the

meeting. If work was supported by a grant or any other kind of funding, supply the

name of the supporting organization and the grant number.

Corresponding author: List the mailing address, business telephone, and e-mail

address of the author who will receive correspondence. Acknowledgments: Indicate

special thanks to persons or organizations involved with the manuscript.

36

ABSTRACT

The abstract must be typed on a page separate from the main text.

The abstract should not include abbreviations or manufacturing information.

MAIN TEXT

Headings

Heading should be contribute to the clarity of the article and indicate a shift from one

section to another (eg. Discussion to Conclusions).

The use of subheadings may be appropriate in the Materials and Methods section but

is generally discouraged in the Results and Discussion.

All headings should be type flush with the left margin. Main headings (eg.

MATERIAL AND METHODS) should be in a capital letters; subheadings (eg.

Specimen Preparation) should be in “Sentence case”; the first letter should be

capitalized and the remainder of phrase should be in lowercase. Identification of

product and manufacturing information.

Refer to products in generic terms. Immediately following the term, provide the

following information on parenthesis: product name and manufacture’s name. For

example: “The impressions were poured in Type IV stone (Denstone; HeraeusKulzer)

and related to each other with a fast setting vinyl polysiloxanoocclusal registration

material (Correct VPS Bite Registration; Jeneric/PentronInc).” Please note the

semicolon after the product name. We no longer require the City and State/Country for

each manufacturer as this information often changes and can be obtained on line.

Do not use trademarks symbols, as they are not consistent with Journal stile.

Use generic drug names; trade names may be listed in parenthesis at the point of first

mention.

If abbreviations are used, provide the expanded form upon first mention and

abbreviate thereafter; for example, “fixed dental prosthesis(FDP)”

REFERENCES

Acceptable references and their placement

Most, if not all, references should first be cited in the Introduction and/or Material and

Methods section.

Only those references that have been previously cited or that relate directly to the

outcomes of the present study may be cited in the Discussion. Only peer-reviewed,

published material may be cited as a reference. Manuscripts in preparation,

manuscripts submitted for consideration, and unpublished theses are not acceptable

references.

Abstracts are considered unpublished observations and are not allowed as references

unless followup studies were completed and published in peer-reviewed journals.

References to foreign language publications should be kept to a minimum (no more

than 3). They are permitted only when the original article has been translated into

English. The translated title should be cited and the original language noted in

brackets at the end of the citation.

Textbook references should be kept to a minimum, as textbooks often reflect the

opinions of their authors and/or editors. The most recent editions of textbooks should

be used. Evidence-based journal citations are preferred.

Reference formatting

References must be identified in the body of the article with superscript Arabic

numerals. At the end of a sentence, the reference number falls after the period.

37

The complete reference list, double-spaced and in numerical order, should follow the

Conclusions section but start on a separate page. Only references cited in the text

should appear in the reference list.

Reference formatting should conform to Vancouver style as set forth in “Uniform

Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals” (Ann Intern Med

1997;126:36-47).

References should be manually numbered.

List up to six authors. If there are seven or more, after the sixth author’s name, add et

al. * *

Abbreviate journal names per the Cumulative Index Medicus. A complete list of

standard abbreviations is available through the PubMed website:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/nlmcatalog/journals.

Format for journal articles: Supply the last names and initials of all authors; the title of

the article; the journal name; and the year, volume, and page numbers of publication.

Do not use italics, bold, or underlining for any part of the reference. Put a period after

the initials of the last author, after the article title, and at the end of the reference. Put a

semicolon after the year of publication and a colon after the volume. Issuenumbers are

notused in Vancouver style.

TABLES

Tables should be self-explanatory and should supplement, not duplicate the text.

Provide all tables at the end of the manuscript after the reference list and before the

Legends. There should be only one table per page. Omit internal horizontal and

vertical rules (lines). Omit any shading or color.

Do not list tables in parts (Table Ia, Ib, etc.). Each should have its own number.

Number the tables in the order in which they are mentioned in the text.

Supply a concise legend that describes the content of the table. Create descriptive

column and row headings. Within columns, align data such that decimal points may be

traced in a straight line. Use decimal points (periods), not commas, to mark places past

the integer (eg, 3.5 rather than 3,5).

In a line beneath the table, define any abbreviations used in the table.

If a table (or any data within it) was published previously, give full credit to the

original source in a footnote to the table. If necessary, obtain permission to reprint

from the author/publisher.

The tables should be submitted in Microsoft Word. If a table has been prepared in

Excel, it should be imported into the manuscript.

Graphs

Graphs should be numbered as figures, and the fill for bar graphs should be distinctive

and solid; no shading or patterns. Thick, solid lines should be used and bold, solid

lettering. Arial font is preferred. Place lettering on white background is preferred to

reverse type (white lettering on a dark background). 1200-dpi images should be

provided for a line drawing. Screen Captures should be a minimum of 300 dpi and as

close to 5.75 and 3.85 as possible.

Figure Legends

The figure legends should appear within the text of the manuscript on a separate page

after Tables and should appear under the heading LEGENDS. Journal style requires

that the articles (a, an, and the) are omitted from the figure legends. If an illustration is

taken from previously published material, the legend must give full credit to the

source (see Permissions).