UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
INFLUÊNCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE
REVITALIZAÇÃO EM RESINA COMPOSTA POR
REMOÇÃO DE PIGMENTOS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Ana Cristina Scremin Denardin
Santa Maria, RS, Brasil
2015
INFLUÊNCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE
REVITALIZAÇÃO EM RESINA COMPOSTA POR
REMOÇÃO DE PIGMENTOS
Ana Cristina Scremin Denardin
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Odontologia da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS) como requisito parcial para a
obtenção do grau de Cirurgiã-Dentista.
Orientadora: Profa Dra. Roselaine Terezinha Pozzobon
Santa Maria, RS, Brasil
2015
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências da Saúde
Curso de Odontologia
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,
aprova o Trabalho de Conclusão de Curso
INFLUÊNCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE REVITALIZAÇÃO
EM RESINA COMPOSTA POR REMOÇÃO DE PIGMENTOS
elaborado por
Ana Cristina Scremin Denardin
como requisito parcial para a obtenção do grau de
Cirurgiã-Dentista
COMISSÃO EXAMINADORA:
Roselaine Terezinha Pozzobon, ProfaDra.(UFSM)
(Presidente/orientadora)
Alexandre Henrique Susin, Prof. Dr.(UFSM)
Bruno Lopes Silveira, Prof. Dr.(UFSM)
Luana Severo Alves, Prof. Dra.(UFSM)
(Suplente)
Santa Maria, 01 de dezembro, 2015.
AGRADECIMENTOS
Agradeço inicialmente a minha família que me apoiou de todas as formas nas
escolhas que fiz e sempre me deu bons exemplos, auxiliando tanto em minha formação
pessoal, quanto na minha formação profissional.
Agradeço aos meus pais, Sandra e Odone, pelo esforço em fazer sempre o melhor
para minha educação, pelo incentivo a continuar lutando por aquilo que desejo, e
principalmente, por me repassarem princípios que levarei para o resto da vida. Agradeço
também, ao meu irmão, Carlos Augusto, por trazer alegria e amor pra minha vida, e por me
ensinar a não desistir diante das dificuldades que a vida nos impõe.
Agradeço às minhas amigas, Amanda, Mariana, Priscila e Verônica, que considero
parte de minha família, pela amizade nesses longos anos, pelos conselhos, pelo apoio nos
momentos ruins e por todos os bons momentos que passamos juntas.
Agradeço às minhas amigas e colegas, Bárbara e Marina, pela amizade que
construímos ao longo da graduação, pelo carinho, pela ajuda e pelo companheirismo, espero
que possamos estar sempre juntas.
Agradeço à minha orientadora, Roselaine Pozzobom, por estar ao meu lado desde
meu primeiro atendimento, me orientando não somente em relação aos procedimentos, mas
também como tratar os pacientes. Agradeço pelos conhecimentos compartilhados, pela
paciência, e pelo exemplo profissional e pessoal que me deu durante esses 5 anos.
Agradeço à todos os professores de Odontologia da UFSM, pelo esforço em sempre
repassar de maneira efetiva todo conhecimento que possuem. Agradeço, principalmente a
professora Letícia Brandão pela oportunidade de fazer parte do seu projeto, e com isso, fazer
eu me apaixonar ainda mais pela Odontologia Estética.
Agradeço a UFSM e a todos os funcionários por sempre se empenharem em deixar
todos os recursos disponíveis para que pudéssemos oferecer ao paciente o melhor atendimento
possível.
RESUMO
Trabalho de Conclusão de Curso
Curso de Odontologia
Universidade Federal de Santa Maria
INFLUENCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE REVITALIZAÇÃO
EM RESINA COMPOSTA POR REMOÇÃO DE PIGMENTOS ACADÊMICA: ANA CRISTINA SCREMIN DENARDIN
ORIENTADORA: Profa. Dra. ROSELAINE TEREZINHA POZZOBON
Data e local da defesa: Santa Maria, Dezembro de 2015.
Introdução: A procura por sorrisos mais harmônicos têm aumentado e como consequência,
tratamentos como o clareamento dental e restaurações em resina composta têm sido
amplamente utilizados. Sabe-se que a resina composta sofre alterações de cor quando é
exposta ao contato com agentes pigmentantes presentes na dieta. Para aumentar a longevidade
e manter as características estéticas, é importante realizar a revitalização dessas restaurações.
Objetivo: O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar três protocolos de revitalização de resina
composta para remoção de pigmentos. Materiais e métodos: Foram confeccionados 60 corpos
de prova (8x2mm) com uma resina composta microhíbrida (Filtek Z250 XT),
posteriormente,divididos em dois grupos de acordo com os agentes pigmentantes: café e
vinho. Após o processo de pigmentação, foram divididos em três subgrupos (n=10) conforme
o protocolo de revitalização utilizado: Protocolo 1 (D=Dentifrício de ação clareadora),
Protocolo 2 (AC= Agente Clareador) e Protocolo 3(Associação AC+D).Para a realização das
leituras de cor, foi utilizado um espectrofotômetro (sistema CIELab). As leituras foram
realizadas após sete dias de imersão em água destilada (Ti), após imersão nos agentes
pigmentantes (T0/baseline) e após duas (T2) e quatro semanas (T4) de aplicação dos
protocolos.Resultados:Para a análise de variação de cor (ΔE) foi utilizado ANOVA com nível
de significância 5% e teste de Tukey. Para o grupo café, todos os protocolos mostraram-se
eficazes já na segunda semana de aplicação com valores de ΔE<3,3 (clinicamente aceitável).
No entanto, para o grupo vinho todos os protocolos apresentaram valores de ΔE>3,3
(clinicamente inaceitável) ao final da quarta semana de aplicação dos protocolos. Conclusão:
Nenhum dos protocolos utilizados foi capaz de devolver a cor inicial (T0) da resina composta.
Contudo, no grupo café, ao final das quatro semanas, o protocolo 3apresentou maior
efetividade,quando comparado aos protocolos 1 e 2 e todos apresentaram valores de
ΔE<3,3.Para o grupo vinho ao final das quatro semanas,todos os valores de ΔE apresentaram-
se maiores que 3,3, portanto, clinicamente inaceitáveis.
Palavras chave: Resina composta. Manchamento. Dentifrício. Agente clareador.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Materiais utilizados no estudo e informações técnicas ............................................ 25
Tabela 2. Divisão dos grupos ................................................................................................... 26
Tabela 3. Valores de Valores de ΔE referentes ao grupo Café ................................................ 27
Tabela 4. Valores de Valores de ΔE referentes ao grupo Vinho ............................................. 28
Tabela 5. Valores de ΔE após imersão em água destilada e após a quarta semana de
tratamento no grupo café.......................................................................................... 29
Tabela 6. Valores de ΔE após imersão em água destilada e após a quarta semana de
tratamento no grupo vinho ....................................................................................... 30
ANEXOS
ANEXO A. Normas para publicação de artigos no periódico “The Journal of Prosthetic
Dentistry” ............................................................................................................ 34
SUMÁRIO
ARTIGO-INFLUENCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE REVITALIZAÇÃO
POR REMOÇÃO DE PIGMENTOS EM RESINA COMPOSTA .......................................... 10
Abstract ................................................................................................................................... 11
Introdução ............................................................................................................................... 12
Materiais e métodos ................................................................................................................ 13
Resultados ............................................................................................................................... 17
Discussão ................................................................................................................................. 18
Conclusão ................................................................................................................................ 20
Referências .............................................................................................................................. 22
Tabelas ..................................................................................................................................... 25
Figuras ..................................................................................................................................... 31
Anexos ...................................................................................................................................... 34
9
APRESENTAÇÃO
Esse trabalho intitulado “Influência de Diferentes Protocolos de Revitalização por
Remoção de Pigmentos em Resina Composta”, foi desenvolvido no período março a
dezembro de 2015, como atividade curricular caracterizada como iniciação científica,
registrado junto ao Gabinete de Projetos do Centro de Ciências da Saúde (GAP-CCS) da
UFSM.
Nesse Trabalho de Conclusão de Curso optou-se pela apresentação na forma de artigo
científico, formatado de acordo com as normas do periódico “The Journal of Prosthetic
Dentistry”, com o objetivo de facilitar sua publicação, sem necessidade da elaboração da
monografia.
10
ARTIGO
Influência de diferentes protocolos de revitalização por remoção de pigmentos em resina
composta.
Ana Cristina Scremin Denardina, Marina Gaertnerb, Alexandre Henrique Susinc Roselaine
Terezinha Pozzobond
Curso de Odontologia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.
aAluna da Graduação, Curso de Odontologia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio
Grande do Sul, Brasil.
bAluna da Graduação, Curso de Odontologia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio
Grande do Sul, Brasil.
cProfessor Associado, Disciplina de Dentística, Departamento de Odontologia Restauradora,
Curso de Odontologia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.
dProfessora Associada da Disciplina de Dentística, Departamento de Odontologia
Restauradora, Curso de Odontologia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do
Sul, Brasil.
Autor correspondente
Ana Cristina Scremin Denardin
Rua Primeiro de Maio, 76, 97020-640, Santa Maria/RS, Brasil.
Telefone: +55 55 9918.1910
E-mail: [email protected]
11
ABSTRACT
Statement of problem: Tooth bleaching and composite resin restoration are the most common
treatments, due to the increasing demand ofan esthetic smile. Composite resin is susceptible
to color changes through contact with pigments present in some foods and beverages, for
instance. Objective: This study evaluates the effectiveness of three different protocols in
removing stains from composites. Materials and Methods: A microhybrid composite resin
(FiltekZ250 XT) was used to produce 60 samples (8x2mm) divided into two groups (n=30)
according to the stain agent: coffee and red wine. After staining, these groups were divided
into three subgroups (n=10) according to the protocol used, Protocol 1(D: whitening
dentifrice), Protocol 2(BA: bleaching Agent) and Protocol 3(BA+D: association).The color
measurements were performed according to CIELab System, with a spectrophotometer and
carried out after seven days of immersion in distilled water (T0), after staining (T1/baseline),
after two weeks of treatment (T2) and after four weeks of treatment (T4).Results: One-away
ANOVA and Tukey’s test (5%) were applied to evaluate the color change (ΔE). In the coffee
Group, all protocols, since the second week, reduced the color change of composite resin to
values ΔE<3,3(clinically acceptable). On the other hand, Red Wine Group showed
valuesΔE>3,3(clinically unacceptable), until the fourth week. Conclusion: Both stain agents
dyed the composite resin samples until values clinically unacceptable and no protocol
recovered the initial color (T0). However, the Coffee Group showed ΔE<3,3 in all protocols,
and after four weeks, Protocol 3 showed the highest effectiveness when in comparison to
Protocols 1 and 2. In the Red Wine Group all protocols showed ΔE>3,3 nevertheless,
clinically unacceptable.
Key words: Composite Resin, Tooth Bleaching, Whitening Dentifrice and Staining.
12
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS
As conclusões do presente estudo possibilitam a realização de um plano de tratamento
personalizado para o paciente, de acordo com os pigmentos presentes em sua dieta, visando
procedimentos de revitalização de restaurações para a manutenção das características estéticas
por mais tempo.
INTRODUÇÃO
Devido à grande demanda de pacientes que valorizam a estética, e tendo em vista a
importância de um belo sorriso, tratamentos, como o clareamento dental e as restaurações
diretas com resina composta, têm sido amplamente utilizados nos consultórios odontológicos.
Ambos são considerados tratamentos menos invasivos e de baixo custo, sendo utilizados
separadamente ou em associação, na maioria dos casos que envolvem a recuperação da
estética do sorriso1,2,3
.
As resinas compostas, utilizadas na confecção de restaurações estéticas, são
basicamente constituídas de uma matriz resinosa e partículas de carga, sendo quea
composição orgânica, o tamanho e o tipo de partícula utilizados, exercem influência na
resistência ao manchamento da resina composta4,5,6
.
Manchamentos e alterações de cor sutis em resina composta não são facilmente
perceptíveis ao olho humano. Com o objetivo de superar essa limitação, em estudos de corsão
utilizados espectrofotômetros, os quais realizam a avaliação na coloração através do sistema
CIE L*a*b. Esse sistema reproduz uma média para alterações de cor definida comoΔE.
Estudos relacionando valores de ΔE com padrões clínicos estabeleceram que ΔE< 1 indicam
alterações aceitáveis clinicamente e imperceptíveis ao olho humano. Enquanto valores
1<ΔE>3,3 representam alterações perceptíveis ao olho humano, mas clinicamente aceitáveis,
e valores maiores que 3,3indicam alterações de cor, inaceitáveis clinicamente7,8,9
.
Diferentes alimentos e bebidas pigmentantes estão presentes na dieta da população,
como o café, uma bebida consumida mundialmente, em altas temperaturas por adultos e
13
crianças, cujos pigmentos amarelos de baixa polaridade penetram na matriz orgânica da resina
composta, ocasionando manchamentos. Além do café, o vinho tinto é bastante consumido
pela população devido às orientações médicas, como prevenção de doenças cardíacas, a alta
concentração de pigmentos, baixo pH e a presença de álcool são fatores responsáveis pela
pigmentação de restaurações em resina composta10,11,12,13
.
Com o objetivo de manter as características estéticas e aumentar a longevidade das
restaurações em resina composta, através da remoção dos pigmentos, são propostos
protocolos de revitalização de restaurações utilizando agentes clareadores e dentifrícios4,14, 15
.
O mecanismo de ação dos agentes clareadores ocorre através de uma reação de
oxirredução que age liberando oxigênio. Além do tratamento clareador realizado pelos
dentistas, os pacientes possuem fácil acesso a produtos para remoção de manchas como os
dentifrícios de ação clareadora. Esses promovem a limpeza superficial da resina composta
devido à abrasão ocasionada, principalmente, pelas partículas de sílica presentes no
produto16,17,18,19
.
Até o momento, não existem estudos que se propõem a avaliar a capacidade de
agentes químicos e mecânicos, na remoção dos pigmentos extrínsecos depositados sobre a
superfície de uma resina composta, agindo em conjunto.
O presente estudo tem como objetivo, avaliar o desempenho de três protocolos de
revitalização por remoção de manchamentos extrínsecos em uma resina composta.
Para isso, foram formuladas duas hipóteses: 1)Todos os protocolos de revitalização
serão capazes de devolver a cor inicial da resina composta (Ti). 2)Todos os protocolos de
revitalização apresentarão o mesmo desempenho quanto à capacidade para a remoção de
pigmentos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo utilizou uma resina composta microhíbrida (RC) (Filtek Z250 XT na cor
A2 – 3M/ESPE), com a qual foram confeccionados os corpos de prova. Foram utilizados dois
14
meios de imersão como agentes pigmentantes: café (C) e vinho (V) e três protocolos de
revitalização da RC (Tabela 1). No protocolo 1 (D), foi aplicado um dentifrício de ação
clareadora (Colgate® Luminous White) por meio de escovação. Nos grupos submetidos ao
protocolo 2 (AC) foi realizada a aplicação de agente clareador (Peróxido de hidrogênio 35%-
Total Blanch –DFL). No protocolo 3 (AC + D) realizou-se a associação de agente clareador e
dentifrício (n=10). A divisão dos grupos está especificada na Tabela 2.
Previamente, ao início desse estudo, foi realizado um cálculo amostral com poder de
80% e nível de significância de 5% que definiu o tamanho da amostra28
. Foram
confeccionados um total de 60 corpos de prova, em formato circular nas dimensões e 8mm de
diâmetro e 2mm de espessura, com auxílio de uma matriz bipartida de aço inoxidável . A RC
foi inserida em incremento único e recoberta por uma tira de poliéster a fim de obter uma
superfície plana e lisa. A fotopolimerização foi realizada por 20 segundos, conforme o tempo
recomendado pelo fabricante, com Led em irradiância aferida de 800mv/cm². Todos os corpos
de prova receberam polimento com discos de óxido de alumínio (Sof-Lex Pop On- 3M/ESPE)
nas granulações fina e super-fina, os quais foram renovados a cada cinco corpos de
prova8.Após o polimento, os corpos de prova foram imersos em água destilada por um
período de sete dias sob temperatura de 37°C2.
A leitura do parâmetro cor foi realizada utilizando um espectrofotômetro de reflexão
(SP60 – EX-Rite / Grand Rapid – Michigan, USA), de acordo com o sistema CIE L*a*b*
escala de cor (CommissionInternationale de I´Eclairage) relativo à fonte de luz padrão D65
sobre um fundo branco. O sistema de cor CIE L*a*b* é uma medida da cor em 3 dimensões,
onde L* refere-se à coordenada luminosidade e seu valor varia de 0 para preto perfeito até
100 para branco perfeito. a* e b* são coordenadas de croma do verde-vermelho (-a*=verde;
+a*=vermelho) e azul-amarelo (-b*=azul; +b*=amarelo). Cada corpo de prova foi analisado
três vezes e o valor médio do L*, a* e b* foi calculado utilizando a seguinte fórmula:
15
∆𝐸 = √(𝐿2 − 𝐿1)2 + (𝑎2 − 𝑎1)2 + (𝑏2 − 𝑏1)²
No início de cada sessão de leitura, o espectrofotômetro foi calibrado seguindo as
orientações do fabricante. Todas as medidas foram realizadas no mesmo local, por um
pesquisador previamente treinado para utilização do aparelho, sob as mesmas condições de
iluminação e utilizando como líquido acoplante glicerina líquida. As leituras foram realizadas
nos seguintes momentos: (Ti) após sete dias de imersão dos corpos de prova, em água
destilada (T0/baseline), após 48h de exposição aos agentes pigmentantes (T2), após duas
semanas da aplicação dos protocolos de revitalização para a remoção de pigmentos, e (T4)
após a quarta semana de aplicação dos protocolos.
Transcorridos sete dias da confecção e após a primeira leitura de cor no
espectrofotômetro (Ti), os corpos de prova foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos
de acordo com o agente pigmentante café (C) e vinho (V). Com a finalidade de não gerar uma
pigmentação excessiva e somente a porção superficial ser pigmentada, as laterais e a
superfície não polida dos corpos de prova foram isoladas, previamente à exposição aos
agentes pigmentantes, por uma fita de teflon e duas camadas de cianoacrilato. Os
procedimentos de pigmentação foram baseados no estudo de Kang et al13
, que utilizou o café
(Nescafé® tradicional) na proporção de 3,6g para 100mL de água, e o vinho tinto (Concha y
Toro- Cabernet Sauvignon). Os corpos de prova ficaram expostos ao agente pigmentante por
48h em estufa a 37°C. Após esse período, foram lavados abundantemente em água corrente,
o isolamento foi removido e foi realizada a segunda leitura (T0/Baseline). Para seguir o
estudo, a condição era que, ao ser feita a comparação dos valores de Ti e T0 ficasse evidente a
pigmentação da RC com valores de ΔE>3,3 consideradas alterações clinicamente
inaceitáveis9,17
.
Nesse estudo, foram utilizados três protocolos de revitalização para remoção de
manchamentos: Protocolo 1 (Escovação com Dentifrício da ação clareadora- D): para a
realização deste protocolo foi utilizada uma máquina simuladora de escovação, que executa
16
movimentos de vai-e-vem com uma força axial de 200g. Essa máquina permite que sejam
fixadas 10 escovas de cerdas macias (Colgate ® Twister Fresh) de uma só vez, o que permitiu
a realização da escovação de todos os subgrupos no mesmo momento. Foram realizados
10.000 ciclos, que correspondem a sete dias da escovação, a cada 5000 ciclos os corpos de
prova eram girados 90°.Conforme foi preconizado por Zimmerli et al17
,o dentifrício foi
previamente diluído em água destilada, em uma proporção de 3 porções de água para 1 porção
do dentifrício, e era aplicado a cada 1minuto, sobre cada corpo de prova, durante todo
período.Protocolo 2 (Aplicação de Agente Clareador- AC):Seguindo as instruções do
fabricante, o agente clareador foi manipulado e disposto em gotas de 8mm de diâmetro e 2mm
de espessura, sobre uma lâmina de vidro. As superfícies pigmentadas dos corpos de prova
foram posicionadas em contato com o agente clareador, e esses foram recobertos por uma
gaze embebida em água destilada e, posteriormente, levados a uma estufa a 37°C durante 15
minutos. Em cada sessão, foram realizadas três aplicações do clareador repetindo a sequência
acima descrita, e após a finalização dos tratamentos, os corpos de prova eram lavados
abundantemente durante 1 minuto com spray ar/água. Após, ficavam armazenados em estufa
por 7 dias.Protocolo 3(Associação Agente Clareador+Dentifrício- AC + D): Nesse grupo, os
corpos de prova foram submetidos à associação dos dois protocolos de revitalização
anteriormente descritos, a diferença foi que houve um intervalo de 48 horas entre a aplicação
do agente clareador e o protocolo de escovação, com o objetivo de evitar uma possível
interferência na ação residual e tardia do agente clareador. Desse modo, era aplicado o agente
clareador, aguardavam-se dois dias para a realização da escovação. Após, os corpos de prova
ficavam armazenados por cinco dias completando assim os sete dias de intervalo para a
realização das leituras de cor.
RESULTADOS
Foi realizado ANOVA One-way em nível de significância de 5%para avaliar o efeito
das soluções pigmentantes na superfície das amostras, após 48h (T0/Baseline) e após a
17
aplicação dos protocolos de revitalização utilizados no estudo durante duas semanas (T2) e
de 4 semanas (T4). Também foram realizadas múltiplas comparações pelo teste de Tukey.
A análise demonstrou que ambas as soluções pigmentantes mancharam severamente as
amostras depois de 48 h de imersão (p<0.01). Comparando-se o poder de pigmentação entre
vinho tinto e café, ficou evidente que o vinho tinto apresentou maior capacidade de
pigmentação (p<0.01). A capacidade de remoção de pigmentos dos protocolos utilizados foi,
proporcionalmente, menos eficiente nos corpos de prova pigmentados com vinho tinto,
quando comparados ao seu efeito nos pigmentados com café. Em relação à capacidade de
remoção de pigmentos dos diferentes protocolos testados, os resultados são apresentados nas
tabelas 3 e 4 e evidenciaram que, nas amostras pigmentadas com café, o protocolo 3(AC+D)
aplicado durante quatro semanas foi, significativamente, mais eficiente (p<0.05) na remoção
de pigmentos do que quando foram usados os protocolos 1 (D) e 2 (AC), e durante o tempo de
duas semanas os três protocolos apresentaram comportamentos estatisticamente semelhantes.
Ao avaliar a capacidade de remoção dos pigmentos causados por vinho tinto, no
período de duas semanas, a capacidade de remoção de pigmentos do protocolo 3 (AC+D) foi
mais efetivo do que os tratamentos dos protocolos 1 e 2 isolados. (p<0.05)
Entretanto, após quatro semanas os protocolos 2 (AC) e 3 (AC+D) apresentaram
desempenho igual, sendo que nesse período o protocolo 1 (D) de remoção de manchas foi
significativamente menos eficiente.
Independentemente do tipo do agente pigmentante utilizado, nenhum dos protocolos
de remoção de pigmentos foi totalmente eficiente, seja em duas ou em quatro semanas, para
produzir uma superfície livre do manchamento, como aquelas de antes da imersão nos agentes
pigmentantes (Ti) (p<0.05), esses resultados estão evidenciados nas tabelas 5 e 6. Porém, as
amostras pigmentadas com café retornaram a um grau de pigmentação ΔE aceitável
clinicamente, tanto após duas semanas quanto após quatro semanas com todos os tipos de
18
protocolo. O protocolo 3 em quatro semanas mostrou ser o protocolo mais efetivo para a
remoção de pigmentos em resina composta. Contudo, as amostras pigmentadas com vinho
tinto, em qualquer tempo de utilização bem como qualquer tipo de protocolo aplicado, não
alcançaram valores de ΔE considerados aceitáveis clinicamente.
DISCUSSÃO
Sabe-se das limitações desse material, como a suscetibilidade à alteração de cor,
quando exposto a corantes presentes na dieta15,20
. Os resultados obtidos nesse estudos
evidenciaram que a resina composta sofreu alteração de cor, considerada clinicamente
inaceitável (ΔE>3,3) após 48h de exposição aos agentes pigmentantes tanto para o café, com
valores de ΔE variando de 8.14 a 8.74, como para ovinho com ΔE de 16.02 a 18.09. Esse
comportamento de alteração de cor, frente aos mesmos agentes pigmentantes também foi
encontrado por Villalta et al8. Essas alterações de cor ocorrem devido à presença de
monômeros hidrofílicos e hidrofóbicos na matriz orgânica da resina composta, dentre eles,
Bis-GMA, UDMA, Bis-EMA e TEGDMA. Em virtude da característica hidrofóbica desses
componentes, os pigmentos presentes nas soluções podem ser absorvidos pela matriz
orgânica, ocasionando o manchamento21,22,23
.
Desse modo, comparando os dois agentes pigmentantes, o vinho ocasionou alteração
de cor mais severa nos corpos de prova, com valores de ΔE em média duas vezes maior do
que os expostos ao café. Podem ser consideradas possíveis justificativas para o ocorrido, a
presença de grandes concentrações de antocianinas, pigmentos que possuem maior grau de
absorção de água3,18
. Além disso, a presença de álcool e o baixo pH exercem uma função
secundária na pigmentação da resina composta, pois são responsáveis pela dissolução de parte
da matriz orgânica o que ocasionará maior exposição de partículas de carga tornando a
superfície mais rugosa e permitindo a maior absorção de pigmento8,11,22,24
.
Ao ser avaliado o desempenho dos diferentes protocolos de revitalização,
independente do agente pigmentante, todos foram capazes de remover pigmentos, quando
19
comparados aos valores de baseline e ao final de quarta semana de tratamento. No entanto,
pode-se observar que nenhum dos protocolos utilizados foi suficiente para reproduzir valores
de ΔE estatisticamente iguais àqueles encontrados na leitura Ti, o que está de acordo com os
resultados encontrados por Lepri et al14
e Mendes et al25
.
Segundo Zimmerli et al17
, o uso do dentifrício na remoção de manchamentos é
responsável apenas pela remoção mecânica dos pigmentos extrínsecos nas camadas mais
superficiais da resina composta. O agente clareador também atua promovendo uma limpeza
superficial na resina composta, no entanto, esta ocorre através de uma reação química
promovida pelos seus componentes8,25
.
Ao analisar o grupo pigmentado com café, observa-se que os três protocolos avaliados
foram capazes de promover a remoção de pigmentos de modo significativo,a partir da
segunda semana de tratamento, comportamento esse que continuou a ser observadona quarta
semana, com resultados de ΔE abaixo de 3.3, considerados clinicamente aceitáveis. Entretanto
ao analisar o grupo pigmentado com vinho ocorreu discreta remoção de pigmentos na
segunda e quarta semana, no entanto, os valores finais de ΔE registraram valores muito acima
de 3.3 considerados, portanto, clinicamente inaceitáveis9,14
.
Ainda para o pigmento café, ao analisar isoladamente o desempenho de cada protocolo
observou-se que o protocolo AC+D obteve o melhor desempenho na remoção dos
pigmentos,quando comparados com os outros protocolos. Provavelmente, esse resultado
deve-se a uma sinergia da ação mecânica do dentifrício, e química do agente clareador. A
ação mecânica foi promovida pelas partículas de sílica hidratada, que é o abrasivo presente no
dentifrício utilizado nesse estudo, as quais possuem maior capacidade de remoção de
pigmentos, quando comparadas a outros abrasivos26,27
. Além disso, ocorreu uma reação
químicade oxirredução promovida pela liberação de oxigênio presente no agente clareador na
20
forma de peróxido de hidrogênio 35%, que promoveuuma limpeza superficial na resina
composta8,14,25
.
O protocolo de revitalização, através da associação AC+D, pode ser uma alternativa
interessante do ponto de vista clínico como estratégia para a remoção de pigmentos
extrínsecos em resina composta. Uma vez que, o dentifrício pode ser utilizado como
adjuvante ao tratamento clareador, realizado em consultório: o cirurgião-dentista pode
recomendar ao paciente a utilização de um dentifrício de ação clareadora afim de que o
tratamento revitalizador seja otimizado.
Ainda ao analisar o desempenho dos protocolos, de modo geral, fica evidente que a
ação do dentifrício clareador foi importante na melhora do efeito de remoção dos pigmentos
principalmente quando esses são menos intensos como no caso do café, utilizado no presente
estudo.
Com base nos resultados obtidos no presente estudo, associado ao perfil da dieta
pigmentante do paciente, é possível estabelecer recomendações personalizadas quanto à
manutenção das restaurações com resina composta, com o objetivo de manter a função
estética e longevidade das restaurações.
CONCLUSÃO
Considerando as limitações desse estudo in vitro,foi possível concluir que:
A resina composta utilizada sofreu alterações de cor após ser submetida à ação dos
agentes pigmentantes, apresentando valores de ΔE>3,3. Além disso, observou-se que os
corpos de prova pigmentados pelo vinho apresentaram ΔE em média duas vezes maior em
relação àqueles pigmentados com café.
Nenhum dos protocolos utilizados foi capaz de remover totalmente os pigmentos
gerados pelos agentes café e vinho devolvendo-lhes a coloração inicial, o que leva a rejeitar a
primeira hipótese.
21
O desempenho dos protocolos de revitalização por remoção de pigmentos ocorreu de
forma mais efetiva no grupo café do que no vinho o que leva à rejeição parcial da segunda
hipótese, uma vez que no grupo café, o desempenho resultou em valores de ΔE considerados
clinicamente aceitáveis. No grupo pigmentado com vinho, nenhum dos protocolos testados
resultou em valores de ΔE<3,3. Portanto, todos os resultados foram considerados
clinicamente inaceitáveis.
22
REFERÊNCIAS
1. Yalcin F, Gürgan S.
Effectoftwodifferentebleachingregimentsontheglossoftoothcoloredrestorativematerials. Dent
Mater. 2005; 21: 464-68.
2. Mourouzis P, Koulaouzidou EA, Helvatjoglu-Antoniades M. Effect of in-office bleaching
agents on physical properties of dental composite resins. Quintessence Int. 2013; 44, 295-302.
3. Joiner A. The bleaching of teeth: A review of the literature. J Dent. 2006; 34: 412-9
4. Anagnostou M, Chelioti G, Chioti S, Kakaboura A. Effect of tooth-bleaching methods on
gloss and color of resin composite. J Dent. 2010; 38: 129-136.
5. Vieira C, Silva-Sousa YTC, Pessarello NM, RACHED-JUNIOR FJA, Souza-Gabriel A.
Effect of high-concentrated bleaching agents on the bond strength at dentin-resin interface
and flexural strength of dentin. Braz Dent J. 2012;23:28-35.
6. Falkensamer F, Arnetzl GV, Wildburger A, Freudenthanler J. Color stability of different
composite resin materials. J Prosthet Dent. 2013;109:378-383.
7. Yilmaz SK, Cengiz E, Ulusoy N, Ozak ST, Yuksel E. The effect of home-bleaching on the
color and translucency of five resin composite. J Dent. 2013;41:70-5.
8. Villalta P, Lu H, Garcia-Godoy F, John M. Effects of staining and bleaching on color
change of dental composite resins. J Prosthet Dent.2006;95:137-42.
9. Ruyter IE, Nilner K, Moiler B. Color stability of dental composite resin materials for crown
and bridge veneers. Dent Mater. 1987; 3: 246-51.
10. Manabe A, Kato Y, Finger WJ, Kanehira M, Komatsu M. Discoloration of coating resins
exposed to staining solutions in vitro. Dent Mater J. 2009; 28(3): 338-43.
11. Azer SS, Hague AL, Johnston WM. Effect of bleaching on tooth discoloration from food
colorant in vitro. J Dent. 2011; 39: 53-6.
23
12. Larson AJ, Saymons D, Jalili T. Therapeutic potential of quercetin to decrease blood
pressure: review of efficacy and mechanisms. Adv. Nutr. 2012; 3: 39-46.
13. Kang A, Son S, Hur B, Hoon Y, Hoon J, Park JK. The color stability of silorane and
methacrylate based resin composites. Dent Mater J. 2012;31:879-884.
14. Lepri CP, Palma-Dibb RG. Surface roughness and color change of a composite: Influence
of beverages and brushing. Dent Mater J. 2012; 31: 689-696.
15. Schmidlin PR, Sener B, Lutz F. Cleaning and polishing efficacy of abrasive-bristle
brushes and a prophylaxis paste on resin composite material in vitro. Quintessence Int. 2002;
33: 691-99.
16. Mondelli RFL, Azevedo JFDG, Francisconi AC, Almeida CM, Ishikiriama SK.
Comparative clinical study of the effectiveness of different dental bleaching methods- two
year follow-up. J Appl Oral Sci. 2012;20: 435-43.
17. Zimmerli B, Koch T, Flury S, Lussi A. The influence of toothbrushing and coffee staining
on different composite surface coatings.Clin Oral Invest. 2012; 16: 469-79.
18. Joiner A. Whitening toothpastes: A review of the literature. J Dent. 2010; 38: 17-24.
19. Canay S, Cehreli MC. The effect of current bleaching agents on the color of light-
polymerized composites in vitro.J Prosthet Dent.2003; 89: 474-8.
20. El-Mur J, Ruel D. Effects of external bleaching on restorative materials: A review. J Can
Dent Assoc. 2011; 71: 1-6.
21. Ertas E, Güler AU, Yücel AC, Köprülü H, Güler E. Color stability of resin composites
after immersion in different drinks. DentMater.2006; 25: 371-6.
22. Reis AF, Giannini M, Lovadino JR, Ambrosano GM. Effects of various systems on the
surface roughness and staining susceptibility of packable composite resins.Dent Mater, 2003;
19: 12-8.
24
23. Zimmerli B, Strub M, Jeger F, Stadler O, Lussi A. Composite materials: composition
properties and clinical applications. SchweizMonatsschr Zahnmed.2010; 120:972-79.
24. Bandeira de Andrade IG, Basting RT, Rodrigues JA, do Amaral FB, Turssi CP,
FrançaFG.Microhardness and color monitoring of nanofilled resin composite after bleaching
and staining. Eur J Dent2014;8:160-5.
25. Mendes APKF, Barceleiro MO, Bonato LL, Dias KRHC. Changes in surface roughness
and color stability of tow composites caused by different bleaching agents. Braz Dent J. 2012;
23:659-666.
26. daCas NV, Ruat GR, Bueno RP, Pachaly R, PozzobonRT.Effect of whitening toothpaste
on superficial roughness of composite resin.Gen Dent. 2013; 61: 8-11.
27. Karadas M, Duymus ZY.In Vitro Evaluation of the Efficacy of Different Over the-
Counter Products on Tooth Whitening.Braz. Dent. J. 201; 26: 373-77
28. Cochran, W. Samplingtechniques. 3th ed. Wiley: New York;1977.
25
TABELAS
Tabela 1.
Materiais Marca
comercial
Composição LOTE
Resina
Composta
Filtek Z250
XT - cor A2
Bis-GMA, UDMA, Bis-EMA, zircônia, sílica 1433800950
Dentifrício
Clareador
Colgate
Luminous
White
Água, sílica hidratada, glicerina, sorbitol,
copolímero, lauril sulfato de sódio,
sabor/aroma, goma de celulose, hidroxide de
sódio, propilenoglicol, carragenia, fluoreto de
sódio, triclosan, sacarina sódica, saccharin
dióxido de titânio.
35BR1286
Agente
Clareador
Total Blanc
Office H
35%
Peróxido de hidrogênio 35%, espessante,
corante, glicol, monofluorfosfato de sódio,
sabor, perlite, sílica, água, corante.
14121977
26
Tabela 2.
Agente pigmentante Protocolo de revitalização
Grupo C
Café
n=30
C 1: Dentifrício Clareador(D)
C 2: Agente Clareador(AC)
C 3: Associação Agente Clareador e dentifrício(AC+D)
Grupo V
Vinho
n=30
V 1: Dentifrício Clareador(D)
V 2: Agente Clareador (AC)
V 3: Associação Agente Clareador e dentifrício(AC+D)
27
Tabela 3.
PROTOCOLOS T0/baseline T2 T4
Dentifrício(D) 8.53(0.76)Aa 3.11(0.6)B a 2.38(0.53)C ab
Agente Clareador(AC) 8.74(1.93)Aa 3.08(1.07)B a 2.64(0.91)B a
Associação(AC+D) 8.14(2.10)Aa 2.91(1.00)B a 1.77(0.81)C b
Dados são expressos em medias (desvio padrão). Abreviaturas: D, dentitfício; AC, Agente clareador.Linhas: letras maiúsculas diferentes
expressam diferenças estatisticamente significantes. Colunas: letrasminúsculasdiferentesexpressamdiferençasestatisticamentesignificantes.
(p<0.05)
28
Tabela 4.
PROTOCOLOS T0/baseline T2 T4
Dentifrício(D) 16.02(5.18)Aa 15.55(3.16)Aa 11.01(2.09)B a
Agente
Clareador(AC)
14.42(4.60)Aa 9.34(2.24)B b 6.06(2.21)B b
Associação(AC+D) 18.09(6.42)Aa 6.53(1.91)B c 5.24(2.33)B b
Dados são expressos em medias (desvio padrão). Abreviaturas: D, dentitfício; AC, Agente clareador.Linhas: letras maiúsculas diferentes expressam diferenças estatisticamente significantes. Colunas: letrasminúsculasdiferentesexpressamdiferençasestatisticamentesignificantes.
(p<0.05)
29
Tabela 5.
Ti T4
Café (D) 0.08(0.03)a 2.38(0.53)b
Café (AC) 0.30(0.59)a 2.64(0.91)b
Café (AC+D) 0.20(0.25)a 1.77(0.81)b
Dados são expressos em medias (desvio padrão). Abreviaturas: D, dentitfício; AC, Agente clareador.Linhas: letras minúsculas diferentes
expressam diferenças estatisticamente significantes. (p<0.05)
30
Tabela 6.
Ti T4
Vinho (D) 0.19(0.14)a 11.01(2.09)b
Vinho (AC) 0.37(0.58)a 6.06(2.21)b
Vinho (AC+D) 0.16(0.21)a 5.24(2.33)b
Dados são expressos em medias (desvio padrão). Abreviaturas: D, dentitfício; AC, Agente clareador.Linhas: letras minúsculas diferentes
expressam diferenças estatisticamente significantes. (p<0.05)
33
Legendas
Tabela 1. Especificação dos materiais.
Tabela 2. Divisão dos grupos.
Tabela 3. Valores de ΔE referentes ao grupo Café (n=10).
Tabela 4. Valores de ΔE referentes ao grupo Vinho (n=10).
Tabela 5. Valores de ΔE após imersão em água destilada e após a quarta semana de
tratamento no grupo Café (n=10).
Tabela 6. Valores de ΔE após imersão em água destilada e após a quarta semana de
tratamento no grupo Vinho (n=10).
Figura 1. Gráfico de comparação dos valores de ΔE em relação aos protocolos e tempos de
leitura do grupo Café.
Figura 2. Gráfico de comparação dos valores de ΔE em relação aos protocolos e tempos de
leitura do grupo Vinho.
34
ANEXOS
Anexo A.Normas para publicação de artigo no periódico “JournalofProstheticDentistry”
Length of Manuscripts- Manuscript length depends on manuscript type. In general, research
and clinical science articles should not exceed 10 to 12 double-spaced, typed pages (excluding
references, legends, and tables). Clinical Reports and Technique articles should not exceed 4
to 5 pages, and Tips articles should not exceed 1 to 2 pages. The length of systematic reviews
varies.
Number of Authors- The number of authors is limited to 4; the inclusion of more than 4 must
be justified in the letter of submission. (Each author’s contribution must be listed.) Otherwise,
contributing authors in excess of 4 will be listed in the Acknowledgments.
General Formatting- All submissions must be submitted via the EES system in Microsoft
Word with an 8.5×11 inch page size. The following specifications should also be followed:
Times Roman, 12 pt
Double-spaced
Left-justified
1-inch margins on all sides
Half-inch tabs
Headers/ Footers should be clear of page numbers or other information
Headings are upper case bold, and subheads are upper/lower case bold. No italics are
used.
References should not be automatically numbered. Endnote or other reference-
generating programs should be turned off.
Set the Language feature in MS Word to English (US). Also change the language to
English (US) in the style named Balloon Text.
Types of articles
RESEARCH/CLINICAL SCIENCE ARTICLE- The research report should be no longer than
10-12 double-spaced, typed pages and be accompanied by no more than 12 high-quality
illustrations. Avoid the use of outline form (numbered and/or bulleted sentences or
paragraphs). The text should be written in complete sentences and paragraph form.
Abstract (approximately 250 words): Create a structured abstract with the following
subsections: Statement of Problem, Purpose, Material and Methods, Results, and
Conclusions. The abstract should contain enough detail to describe the experimental
design and variables. Sample size, controls, method of measurement, standardization,
examiner reliability, and statistical method used with associated level of significance
should be described in the Material and Methods section. Actual values should be
provided in the Results section.
Clinical Implications: In 2-4 sentences, describe the impact of the study results on
clinical practice.
Introduction: Explain the problem completely and accurately. Summarize relevant
literature, and identify any bias in previous studies. Clearly state the objective of the
study and the research hypothesis at the end of the Introduction. Please note that, for a
thorough review of the literature, most (if not all references) should first be cited in the
Introduction and/or Material and Methods section.
Material and Methods: In the initial paragraph, provide an overview of the experiment.
Provide complete manufacturing information for all products and instruments used,
35
either in parentheses or in a table. Describe what was measured, how it was measured,
and the units of measure. List criteria for quantitative judgment. Describe the
experimental design and variables, including defined criteria to control variables,
standardization of testing, allocation of specimens/subjects to groups (specify method
of randomization), total sample size, controls, calibration of examiners, and reliability
of instruments and examiners. State how sample sizes were determined (such as with
power analysis). Avoid the use of group numbers to indicate groups. Instead, use
codes or abbreviations that will more clearly indicate the characteristics of the groups
and will therefore be more meaningful for the reader. Statistical tests and associated
significance levels should be described at the end of this section.
Results: Report the results accurately and briefly, in the same order as the testing was
described in the Material and Methods section. For extensive listings, present data in
tabular or graphic form to help the reader. For a 1-way ANOVA report of, F and P
values in the appropriate location in the text. For all other ANOVAs, per guidelines,
provide the ANOVA table(s). Describe the most significant findings and trends. Text,
tables, and figures should not repeat each other. Results noted as significant must be
validated by actual data and P values.
Discussion: Discuss the results of the study in relation to the hypothesis and to
relevant literature. The Discussion section should begin by stating whether or not the
data support rejecting the stated null hypothesis. If the results do not agree with other
studies and/or with accepted opinions, state how and why the results differ. Agreement
with other studies should also be stated. Identify the limitations of the present study
and suggest areas for future research.
Conclusions: Concisely list conclusions that may be drawn from the research; do not
simply restate the results. The conclusions must be pertinent to the objectives and
justified by the data. In most situations, the conclusions are true for only the
population of the experiment. All statements reported as conclusions should be
accompanied by statistical analyses.
References: See Page 9 for guidelines; page 22 for a sample References page. .
Tables: Create tables in accordance with the guidelines on page 11.
Legends for illustrations: Concisely describe each illustration without directly
duplicating the main text.
First page arrangement- title page
Title: Capitalize only the first letter of the first word. Do not use any special
formatting. Abbreviations or trade names should not be used. Trade names should not
be used in the title.
Authors: Directly under the title, type the names and academic degrees of the authors.
Institution(s): Under the authors names, provide the title, department and institutional
names, city/state and country (unless in the U.S.) of each author. If necessary, provide
the English translation of the institution. If the author is in private practice, indicate
where with city/state/country. Link names and affiliations with a superscript letter
(a,b,c,d). * * *
Presentation/support information and titles: If research was presented before an
organized group, indicate name of the organization and location and date of the
meeting. If work was supported by a grant or any other kind of funding, supply the
name of the supporting organization and the grant number.
Corresponding author: List the mailing address, business telephone, and e-mail
address of the author who will receive correspondence. Acknowledgments: Indicate
special thanks to persons or organizations involved with the manuscript.
36
ABSTRACT
The abstract must be typed on a page separate from the main text.
The abstract should not include abbreviations or manufacturing information.
MAIN TEXT
Headings
Heading should be contribute to the clarity of the article and indicate a shift from one
section to another (eg. Discussion to Conclusions).
The use of subheadings may be appropriate in the Materials and Methods section but
is generally discouraged in the Results and Discussion.
All headings should be type flush with the left margin. Main headings (eg.
MATERIAL AND METHODS) should be in a capital letters; subheadings (eg.
Specimen Preparation) should be in “Sentence case”; the first letter should be
capitalized and the remainder of phrase should be in lowercase. Identification of
product and manufacturing information.
Refer to products in generic terms. Immediately following the term, provide the
following information on parenthesis: product name and manufacture’s name. For
example: “The impressions were poured in Type IV stone (Denstone; HeraeusKulzer)
and related to each other with a fast setting vinyl polysiloxanoocclusal registration
material (Correct VPS Bite Registration; Jeneric/PentronInc).” Please note the
semicolon after the product name. We no longer require the City and State/Country for
each manufacturer as this information often changes and can be obtained on line.
Do not use trademarks symbols, as they are not consistent with Journal stile.
Use generic drug names; trade names may be listed in parenthesis at the point of first
mention.
If abbreviations are used, provide the expanded form upon first mention and
abbreviate thereafter; for example, “fixed dental prosthesis(FDP)”
REFERENCES
Acceptable references and their placement
Most, if not all, references should first be cited in the Introduction and/or Material and
Methods section.
Only those references that have been previously cited or that relate directly to the
outcomes of the present study may be cited in the Discussion. Only peer-reviewed,
published material may be cited as a reference. Manuscripts in preparation,
manuscripts submitted for consideration, and unpublished theses are not acceptable
references.
Abstracts are considered unpublished observations and are not allowed as references
unless followup studies were completed and published in peer-reviewed journals.
References to foreign language publications should be kept to a minimum (no more
than 3). They are permitted only when the original article has been translated into
English. The translated title should be cited and the original language noted in
brackets at the end of the citation.
Textbook references should be kept to a minimum, as textbooks often reflect the
opinions of their authors and/or editors. The most recent editions of textbooks should
be used. Evidence-based journal citations are preferred.
Reference formatting
References must be identified in the body of the article with superscript Arabic
numerals. At the end of a sentence, the reference number falls after the period.
37
The complete reference list, double-spaced and in numerical order, should follow the
Conclusions section but start on a separate page. Only references cited in the text
should appear in the reference list.
Reference formatting should conform to Vancouver style as set forth in “Uniform
Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals” (Ann Intern Med
1997;126:36-47).
References should be manually numbered.
List up to six authors. If there are seven or more, after the sixth author’s name, add et
al. * *
Abbreviate journal names per the Cumulative Index Medicus. A complete list of
standard abbreviations is available through the PubMed website:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/nlmcatalog/journals.
Format for journal articles: Supply the last names and initials of all authors; the title of
the article; the journal name; and the year, volume, and page numbers of publication.
Do not use italics, bold, or underlining for any part of the reference. Put a period after
the initials of the last author, after the article title, and at the end of the reference. Put a
semicolon after the year of publication and a colon after the volume. Issuenumbers are
notused in Vancouver style.
TABLES
Tables should be self-explanatory and should supplement, not duplicate the text.
Provide all tables at the end of the manuscript after the reference list and before the
Legends. There should be only one table per page. Omit internal horizontal and
vertical rules (lines). Omit any shading or color.
Do not list tables in parts (Table Ia, Ib, etc.). Each should have its own number.
Number the tables in the order in which they are mentioned in the text.
Supply a concise legend that describes the content of the table. Create descriptive
column and row headings. Within columns, align data such that decimal points may be
traced in a straight line. Use decimal points (periods), not commas, to mark places past
the integer (eg, 3.5 rather than 3,5).
In a line beneath the table, define any abbreviations used in the table.
If a table (or any data within it) was published previously, give full credit to the
original source in a footnote to the table. If necessary, obtain permission to reprint
from the author/publisher.
The tables should be submitted in Microsoft Word. If a table has been prepared in
Excel, it should be imported into the manuscript.
Graphs
Graphs should be numbered as figures, and the fill for bar graphs should be distinctive
and solid; no shading or patterns. Thick, solid lines should be used and bold, solid
lettering. Arial font is preferred. Place lettering on white background is preferred to
reverse type (white lettering on a dark background). 1200-dpi images should be
provided for a line drawing. Screen Captures should be a minimum of 300 dpi and as
close to 5.75 and 3.85 as possible.
Figure Legends
The figure legends should appear within the text of the manuscript on a separate page
after Tables and should appear under the heading LEGENDS. Journal style requires
that the articles (a, an, and the) are omitted from the figure legends. If an illustration is
taken from previously published material, the legend must give full credit to the
source (see Permissions).