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INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011. INFECÇÕES HOSPITALARES. 70% em casos cirúrgicos 30% em casos clínicos Custos anuais diretos e indiretos: Aproximadamente um bilhão de dólares (USA). INTRODUÇÃO. Infecção pós-operatória: Grande aumento dos riscos e morbi-mortalidade - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011
Page 2: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

INFECÇÕES HOSPITALARES

70% em casos cirúrgicos

30% em casos clínicos

Custos anuais diretos e indiretos:

Aproximadamente um bilhão de dólares

(USA)

Page 3: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

INTRODUÇÃOInfecção pós-operatória:

Grande aumento dos riscos e morbi-mortalidadeAumento da permanência hospitalarAumento dos custos

Infecção hospitalar:Processo infeccioso causado por microrganismo

adquirido dentro do ambiente hospitalar.Infecção comunitária:

Origem na comunidade

Page 4: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

INFECÇÃO HOSPITALAR:

10% das internações

Aumento da internação em 4 a 26 dias

(média 15)

Aumento do custo de 700 a 2.400 dólares p/

paciente.

Page 5: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

PRIMEIRO EVENTO

Trauma tecidual

Resposta Inflamatória

Recuperação

Macrófagos Ativados

Resposta Inflamatória Amplificada

FMOS

Morte

SEGUNDO EVENTO

Infecção Endotoxemia

Isquemia

Page 6: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

Lesão / Evento Inicial

Infecção - Choque – Tecido Necrótico

F M O S

Disfunção de Órgãos

Quebra dos Mecanismos homeostáticos normais Insuficiência

Intestinal - TB

Insuficiência Microcircultória

Macrófagos Resposta

Inflamatória

Resposta Hipermetabólica

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INTERESSE PELO TEMA

Aumento dos custos

Crescente público bem informado

Riscos de cobranças judiciais

Criação e valorização das CCIH

(Comissão de Controle de Infecção Hospitalar)

Page 8: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

Classificação das feridas cirúrgicas(American College of Surgeons)Limpas

Tractos respiratório, gastrointestinal e urinário não foram lesados;

Feridas não traumáticas, sem inflamação;Não houve falha na anti-sepsia e na técnica

cirúrgica.

Exemplos: herniorrafias, tireoidectomias.

Page 9: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

Feridas potencialmente contaminadasTractos gastrointestinal, urinário e

respiratório penetrados;Contaminação não significativaPequena infração da técnicaÁreas de difícil anti-sepsia.

Exemplos: gastrectomia, prostatectomia, lobectomia pulmonar, reoperações recentes.

Page 10: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

Feridas contaminadas

Houve contaminação pelo tracto gastrointestinal, respiratório e urinário;

Feridas traumáticas com menos de 6 horas;

Processo inflamatório sem pús;Grandes falhas na técnica de anti-sepsia.

Exemplos: Apendicectomia; ferida resultante de trauma de rua.

Page 11: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

Feridas infectadas ou sujasPresença de pus;Vísceras perfuradas;Feridas traumáticas com mais de 6 horas de

evolução.

Exemplos: Apendicite supurada; diverticulite perfurada; politraumatizados

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TIPOS DE INFECÇÃOINFECÇÃO DE FERIDA OPERATÓRIA:

Internamento aumenta 7 a 8 dias por paciente

Custo a mais: de 840 dólares p/ paciente.

- A mais freqüente das infecções cirúrgicas

Há a presença de pús

Grande dificuldade de registro Geralmente ocorre após alta hospitalar. Necessário ambulatório de controle pós-operatório

Page 13: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

Infecção de ferida: fatores externosAs mãos do cirurgiãoAs mãos da equipe de apoio

Enfermagem, residentes, estudantes, etc.

A pele do pacienteHospitalização pré-operatóriaDuração da operaçãoTécnica operatória

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INFECÇÃO DE FERIDA - TRATAMENTO

Tratamento essencialmente local

Retirar os pontos

Debridar tecidos necróticos

Soluções: ácido acético 12%, hipoclorito de sódio

0,25%, permanganato 1:10.000, açúcar, mel de

abelha.

Antibiótico sistêmico só em casos de sepse e

infecções à distância (urinária, respiratória, etc).

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INFECÇÃO URINÁRIA

2a infecção pós-operatória mais freqüente;

> 100.000 colônias de bactérias/ml de urina;

Disúria, febre e calafrios

Estreita relação com sondas vesicais40 a 50% após 10 dias de uso da sonda

Coletores urinários abertos: Prevalência de infecção: 95%

Page 17: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

Sonda com balão insuflado Sistema fechado com coletor

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INFECÇÃO RESPIRATÓRIA

3a infecção pós-operatória mais freqüente.Infecções altas: traqueobronquites;Pneumonia: elevada mortalidade; dor,

febre alta, alterações radiológicas.Abscesso pulmonar e empiema pleural.

Coleção purulenta no pulmão ou cavidade Pleural;

Quadro grave, elevada mortalidade.

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PNEUMONIA E DERRAME PLEURAL

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INFECÇÃO RESPIRATÓRIA

EMPIEMA PLEURAL ABSCESSO PULMONAR

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Abscesso abdominal e peritoniteColeções purulentas intra-abdominais

localizadas ou difusas;Sinais de irritação peritonealDiagnosticados em exames por imagem.

Ultra-sonografiaTomografia computadorizadaRadiografia simples do abdome

Page 23: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

INFECÇÃO EM CIRURGIA

Fatores de risco

Fatores bacterianos:

Número de bactérias: acima de 105 por grama de

tecido

Contaminação endógena

Gram negativas: lipopolissacarídeos da parede

bacteriana são endotoxinas

Aeróbicas produzem mais infecção de ferida

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FATORES RELACIONADOS AO PACIENTEIdade (crianças e idosos)Diabetes mellito (alta susceptibilidade)Obesidade (vascularização dos tecidos, hematomas,

espaço morto, duração das operações)Câncer (inibição da função celular, linfócitos,

fagocitose)DesnutriçãoDoenças associadas (infecciosas ou não)Internação pré-operatória (quanto maior o

tempo, mais infecção)

Page 25: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

FATORES RELACIONADOS ÀS OPERAÇÕES

Duração das operações

Operações de emergência (alto risco)Considerar: risco cirúrgico, potencial de

contaminação, duração, perda sanguínea, perfuração de vísceras, baixa imunidade, etc);

Ambiente cirúrgico

Ambiente de enfermarias

Banho pré-operatório

Page 26: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

FATORES RELACIONADOS ÀS OPERAÇÕESTricotomiaPreparo da pele

Soluções degermantes de PVPI e clorexidinaUso de drenos

Sistemas fechados, nunca pela incisão, curta duração.

PrótesesDificultam as defesas; só em operações

limpas; assepsia rigorosa

Page 27: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

FATORES DE RISCO PARA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA (NNIS)

Grau de contaminação das feridas

Classificação do estado de saúde do

paciente ASA (1,2,3,4,5)

Duração das operações

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ETIOLOGIA DA INFECÇÃO

Operações limpasA fonte é a própria pele (Gram +): Staph. AureusEm áreas úmidas e dobras: Gram + e Gram -

Enterobacter, Proteus, Escherichia coli

Operações contaminadas e infectadas:Penetração de víscera ôca

Depende da microbiota da víscera afetada Predominam Gram negativos, anaeróbios e Candida

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DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO

Eminentemente clínicoFebre vespertina, febre alta e calafriosNáuseas, vômitos, taquicardia, distensão

abdominal e oligúria.

LaboratórioLeucocitose, plaquetopenia, Anemia (baixa do hematócrito), Albuminemia baixa

Page 30: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

DIAGNÓSTICO

Cultura e antibiogramaSe há sondas e catéteres, devem ser retirados

Ponta da sonda para cultura Cuidados na contaminação

Nas infecções profundas e cavitáriasExames de imagem:

Ultra-sonografia Tomografia computadorizada, Ressonância, Med.

Nuclear

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Page 32: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

DIAGNÓSTICO - tipos de germes Gram positivos: pus espesso, cremoso, amarelo, sem odor. Staphylococus e Streptococus: abscessos, celulite difusa,

linfangite.

Gram negativos: infecções mais tardias, pus fluido, marrom ou

avermelhado, inodoro. Anaeróbios: pus fétido, odor fecaloide.

Clostridium: gangrena ou miosite necrotizante, aspecto bolhoso

Page 33: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

USO DE ANTIBIÓTICOS Princípios fundamentais

Boa vascularização dos tecidosGerme mais provável (cultura e antibiograma)

Nunca usar indiscriminadamenteEfeitos tóxicos dos antibióticosVia de administração adequadaDose e tempo de administração corretos

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ANTIBIÓTICOS - INFECÇÃO INTRA-ABDOMINAL

Agentes simplesAmpicilina/sulbactan - UNASYN (betalactamases); Ceftriaxona, Cefepime, Imipenem, Meropenem, Ertapenem;

(Carbapemases)

Combinação de agentesAminoglicosídeo + anaerobicida (Amicacina +

metronidazol)Ciprofloxacina + metronidazol ou clindamicinaCefotaxima ou ceftazidima + metronidazol

Page 35: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

ANTIBIÓTICO PROFILÁTICO

Operações limpas: não usarExceções:

Pacientes acima de 70 anos Desnutridos e imunodeprimidos Implante de próteses Esplenectomias Herniorrafias incisionais; grandes descolamentos Diabéticos Obesos Operações prolongadas

Page 36: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

ANTIBIÓTICO PROFILÁTICOPotencialmente contaminadas

Nas operações onde o potencial de contaminação é muito pequeno: não usar Colecistectomias, vagotomia + piloroplastia, etc Usar em: colectomias, prostatectomias,

histerectomias, etc

Contaminadas: usar antibiótico profilático

Infectadas: usar antibiótico TERAPÊUTICO

Page 37: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

ANTIBIÓTICO PROFILÁTICO

Princípios básicos da profilaxiaEspectro: dependência do perfil de

sensibilidade bacteriológica do hospital;Farmacocinética: meia vida, via de excreçãoInício do uso e duração: dose única, na

indução anestésica, via endovenosa.A cada 2 horas de operação, nova doseCusto

Page 38: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

ANTIBIÓTICO-PROFILAXIA EM CIRURGIA GERAL

OPERAÇÕES BACTÉRIAS ANTIBIÓTICOS

Herniorrafias Gram positivas Cefazolina

Biliar, hepática, pancreática

Gram positivas Cefazolina

Esofageanas Gram pos. e neg. Cefazolina

Gastroduodenal Gram pos. e neg. Cefazolina

Cólon, reto, íleo Gram neg. e anaeróbios

Cefoxitina

Trauma abdomin. penetrante

Gram neg. e anaeróbios

Cefoxitina

Page 39: INFECÇÃO EM CIRURGIA Prof. Aldo Medeiros - 2011

PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Baseia-se em dois pilares:

1 - Sistema de vigilância epidemiológica Informações precisas Busca ativa dos casos de infecção nas enfermarias

2- Educação da comunidade hospitalar Influencia comportamentos Estabelece normas e procedimentos Modifica resultados

(CCIH) Comissão de Controle de Infecção Hospitalar