indústria da mineração nº61

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Dilma Rousseff anuncia novo marco da mineração Empresas podem diminuir a incidência de doenças relacionadas às condições de trabalho EXPOSIBRAM 2013 reforça a importância da mineração no desenvolvimento do País Ministro do Desenvolvimento reúne-se com Diretor- Presidente do IBRAM Agência Brasil/Wilson Dias Julho de 2013 Ano VIII – nº 61 Mineração indústria da WWW.FACEBOOK.COM/IBRAM.MINERACAO WWW.TWITTER.COM/IBRAM_MINERACAO IBRAM NAS REDES SOCIAIS: WWW.IBRAM.ORG.BR

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Page 1: Indústria da Mineração nº61

Dilma Rousseff anuncia novo marco da mineração

Empresas podem diminuir a incidência de doenças relacionadas às

condições de trabalho

EXPOSIBRAM 2013 reforça a importância

da mineração no desenvolvimento do País

Ministro do Desenvolvimento

reúne-se com Diretor-Presidente do IBRAM

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Julho de 2013Ano VIII – nº 61

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EDITORIAL

EXPEDIENTE | Indústria da Mineração – Informativo do Instituto Brasileiro de Mineração • DIRETORIA EXECUTIVA – Diretor-Presidente: José Fernando Coura / Diretor de Assuntos Minerários: Marcelo Ribeiro Tunes / Diretor de Assuntos Ambientais: Rinaldo César Mancin / Diretor de Relações Institucionais: Walter B. Alvarenga / Diretor Financeiro e Administrativo: Ary Pedreira • CONSELHO DIRETOR – Presidente: Ricardo Vescovi de Aragão / Vice-Presidente: Luiz Eulálio Moraes Terra • Produção: Profissionais do Texto – www.ptexto.com.br / Jorn. Resp.: Sérgio Cross (MTB3978) / Textos: Raquel Cotta, Luisa Amorim, Carina Ávila e Marina Severino • Sede: SHIS QL 12 – Conjunto 0 (zero) – Casa 04 – Lago Sul – Brasília/DF – CEP 71630-205 – Fone: (61) 3364.7272 – Fax: (61) 3364.7200 – E-mail: [email protected] – Portal: www.ibram.org.br • IBRAM Amazônia: Travessa Rui Barbosa, 1536 – B. Nazaré – CEP: 66035-220 – Belém/PA – Fone: (91) 3230.4066/55 – Fax: (91) 3349-4106 – E-mail: [email protected] • IBRAM/MG: Rua Alagoas, 1270, 10º andar, sala 1001, Ed. São Miguel, Belo Horizonte/MG – CEP 30.130-160 – Fone: (31) 3223-6751 – E-mail: [email protected] • Envie suas sugestões de matérias para o e-mail: [email protected]. Siga nas redes sociais: Twitter:@ibram_mineracao • Facebook: www.facebok.com/ibram.mineracao

Representantes da CBMM se reúnem com Diretoria do

IBRAMO Diretor-Presidente do Instituto Brasi-

leiro de Mineração (IBRAM), José Fernan-do Coura, o Diretor de Assuntos Minerários, Marcelo Ribeiro Tunes, o Diretor de Assun-tos Ambientais Rinaldo Mancin, e o Diretor Administrativo Financeiro, Ary Pedreira, re-ceberam, no dia 27 de maio, representan-tes da Companhia Brasileira e Metalurgia e Mineração (CBMM). Estiveram presentes na reunião o Diretor Executivo da CBMM, Ta-deu Carneiro e o Diretor de Comunicação, J.D. Vital. Luís Márcio Vianna, Relações Ins-titucionais do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra) tam-bém participou do encontro.

As discussões tiveram início com a apre-sentação do IBRAM sobre temas relevantes para a Mineração Brasileira e a necessida-de de uma aproximação entre a CBMM e o Instituto. O cenário da Indústria Mineral Brasileira foi avaliado e, entre os principais assuntos debatidos estavam o licenciamento ambiental, o novo Marco Regulatório da Mi-neração e a Suspensão de Outorgas.

Os Diretores do IBRAM foram apresenta-dos aos executivos da CBMM e, na oportu-nidade, traçaram um panorama das mais di-versas áreas de atuação do Instituto. Ao final do encontro, ficou definida a participação da Companhia como parceira do IBRAM no Congresso Brasileiro de Mineração e na EX-POSIBRAM, eventos organizados pelo Insti-tuto, e que serão realizados de 23 a 26 de setembro, em Belo Horizonte.

O novo marco regulatórioAs primeiras impressões sobre o

projeto de lei do Governo Federal que institui novo marco regulatório para o setor mineral são positivas. Porém, é necessário frisar que até o encerramento desta edição o IBRAM e seus associados ainda não haviam realizado uma avaliação profunda sobre o texto, o que está em andamento.

A solenidade no Palácio do Planalto, organizada em 18 de junho para que a Presidente da República, Dilma Rousseff, anunciasse o envio do projeto ao Con-gresso Nacional foi “histórica”, nas palavras dela e do Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ambos se comprometeram em seus discursos a assegurar ao setor mineral melhores condições de competitividade, respeito aos contratos vigentes, segurança jurídica e apoio a novos negócios.

Na plateia, mais de 800 “testemunhas” ouviram o que disseram essas duas autoridades: embaixadores, ministros, parlamentares, governadores, prefeitos, empresários do setor mineral, servidores públicos e jornalistas.

A força do setor mineral foi sentida no maciço comparecimento ao Palácio de segmentos da sociedade organizada direta e indiretamente interessada em mos-trar ao Governo e a quem quer que seja que a indústria da mineração brasileira tem que ser sólida para que o próprio País se beneficie disso com as importantes contribuições desse setor.

O símbolo que ficou impregnado na solenidade é o de união do setor mineral em torno desse objetivo comum. O IBRAM está convicto que todo o esforço de articulação que conduziu até aqui, com apoio e participação de seus associados e de outros atores externos, está atingindo as metas propostas.

Mas é um trabalho de atenção permanente. Agora, é preciso conhecer a fun-do as propostas do Governo e debater intensamente com os parlamentares que irão apreciar a matéria quais são os pontos que merecem ser apoiados e quais precisam ser aperfeiçoados por meio de discussões democráticas e embasadas tecnicamente, sem paixões, sem ideologias que possam contaminar o progresso do setor mineral. Não é um trabalho apenas para o IBRAM, mas sim para todos os agentes envolvidos com a mineração brasileira. Que nossa união se fortaleça pelo bem da mineração e pelo bem do Brasil.

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O Diretor de Assuntos Minerários do Insti-tuto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), Marcelo Ribeiro Tunes, foi um dos oradores na Sessão Solene em homena-gem aos 79 anos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), realizada no plenário da Câmara dos Deputados, em 9 de abril. Tunes é ex-Diretor-Geral do DNPM e fa-lou em nome dos ex-diretores na solenidade.

O evento foi muito concorrido, com a presença de ministros, parlamentares – en-tre os quais o Presidente da Câmara, Hen-rique Eduardo Alves (PMDB-RN), servidores do DNPM, prefeitos, empresários do setor mineral e dirigentes do IBRAM. O Diretor--Geral do DNPM, Sérgio Augusto Dâmaso de Souza, discursou em agradecimento.

Marcelo Tunes lembrou inúmeros feitos do DNPM que levaram o Brasil ao lugar de destaque que ocupa no cenário mundial. Citou como exemplo “o fato inesquecível de 21 de janeiro de 1939, quando o DNPM provou a existência de petróleo no território nacional com os resultados da sondagem nº 163, realizada em Lobato, na Bahia”.

O agora dirigente do IBRAM falou tam-bém do futuro do DNPM, citando a expec-tativa de ser convertido na Agência Nacional de Mineração. “Trata-se de reivindicação que esse setor faz há alguns anos, pela ne-cessidade de se ter um ente administrativa e tecnicamente moderno, a exemplo das Agências de demais setores”, disse.

O Presidente da Câmara abriu a soleni-dade enfatizando a importância histórica da mineração para o desenvolvimento do País e pelas transformações socioeconômicas ob-servadas na ascensão social dos brasileiros. Alves lembrou que a indústria da mineração é responsável por um quarto da pauta de ex-portações de produtos básicos e semimanufa-turados. “A mineração tem grande relevância para a economia nacional e esta homenagem é reconhecimento pelo trabalho desenvolvi-do pelo DNPM na gestão do patrimônio mi-neral do País”, disse.

IBRAM participa de homenagem da Câmara dos Deputados ao DNPM

O deputado André Vargas (PT-PR) re-forçou ao plenário os dados estatísticos da mineração: “é responsável por mais de 30% do saldo da balança comercial brasileira, um fator positivo contra a eventual vulnerabili-dade da economia”. Ele citou a posição do Brasil na produção de vários minérios, de acordo com ranking elaborado pelo IBRAM para mostrar que o DNPM teve papel im-portante para que o País tenha destaque en-tre os maiores produtores desses minerais.

Outro deputado, Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG), lembrou ao plenário que ele apresentou um projeto de lei (nú-mero 5306) que trata do novo Código Mi-neral. Ele o fez, disse, porque o Congresso “esperou demais” pela iniciativa do Executi-vo em enviar projeto nesse sentido. “As leis têm que ser produzidas aqui (no Congresso). Vamos assumir nossa responsabilidade de le-gisladores”, disse Vasconcellos.

O deputado Gabriel Guimarães (PT-MG) também prestou homenagens ao DNPM e corroborou a cobrança feita por outros deputados para que o Executivo envie sua proposta de novo Código Mineral. Ele tam-bém chamou a atenção para o período de

transição para o novo Código, que deve ser adotado “com equilíbrio”, ou seja, sem cau-sar perda de direitos adquiridos por parte de empresas que atuam com mineração no Brasil. “O desenvolvimento do setor mineral é o desenvolvimento do Brasil”, aclamou.

O deputado Luiz Fernando Machado (PSDB-SP) lembrou que seu estado é forte produtor de agregados para a construção ci-vil que serão fundamentais para os grandes empreendimentos em construção no País. Ele reivindicou que a proposta do Executivo para criar o novo Código seja por meio de projeto de lei e não MP para que o Congres-so possa debater a questão. Por MP, segundo ele, “seria uma forma açodada (de agir)”.

Simão Sessim (PP-RJ), que já presidiu a Comissão de Minas e Energia da Câmara, defendeu que o governo proponha a trans-formação do DNPM em agência reguladora da área de mineração. Além de homenage-ar o DNPM pelos 79 anos de história, ele elogiou o Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, pela colaboração técnica do Instituto com os debates durante seu pe-ríodo como presidente da Comissão de Mi-nas e Energia.

Ex e atuais diretores do DNPM e parlamentares

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Indústria da Mineração Ano VIII – nº 61, Julho de 2013 3

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A presidente Dilma Rousseff anunciou no dia 18 de junho a proposta governamental que instituiu o novo marco regulatório para o setor mineral. A Diretoria do Instituto Bra-sileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), além de conselheiros e associados, estiveram entre os convidados de honra no Palácio do Planalto, para participar da sole-nidade. Cerca de 800 pessoas prestigiaram o evento, entre embaixadores, ministros, parlamentares, governadores, prefeitos, e empresários do setor mineral. A Presidência da Câmara dos Deputados, que receberá a proposta governamental, foi representada pelo Deputado André Vargas (PT-PR).

Durante a cerimônia, a Presidente da República, Dilma Rousseff, e o Ministro de Minas e Energia (MME), Edison Lobão, asse-guraram em seus discursos que haverá res-peito aos contratos, aos direitos adquiridos e que haverá medidas para que haja, efe-tivamente, atratividade a investimentos em mineração.

Vale ressaltar que temas como: segu-rança jurídica, atratividade e respeito aos contratos, defendidos pelo IBRAM, durante todo esse tempo, estão contemplados na proposta. O Instituto acredita que, no caso de Projeto de Lei, o que tem que ser discuti-do com a sociedade são as linhas mestras, e o detalhamento será debatido no Congresso Nacional. Além disso, o IBRAM irá trabalhar fortemente junto ao Congresso para que o

Presidente Dilma

apresenta proposta do Novo Marco

Regulatório da Mineração

Novo Marco seja bom para as empresas e para os municípios.

Segundo Edison Lobão, a tramitação do projeto de lei na Câmara dos Deputados será em regime de urgência constitucional.

Ao abrir seu discurso, Dilma Rousseff en-fatizou a relevância da solenidade:

– “Sem sombra de dúvida esse ato tem uma importância histórica para a socieda-de brasileira. A nova regulamentação para o setor mineral, que submetemos hoje à apreciação do Congresso Nacional, vai per-mitir um grande avanço em mais um setor estratégico da nossa economia. Avanço que será medido em mais competitividade para os negócios e maior retorno para o conjunto da sociedade”, disse a Presidente Dilma, ao abrir seu discurso”.

A Presidente comentou sobre a impor-tância do estabelecimento de marcos regu-latórios. “O Brasil cresce, o Brasil se moder-niza quando cria marcos regulatórios para os setores estratégicos de sua economia. Com democracia e estabilidade econômica e com ambiente favorável à atividade produtiva, nós estamos construindo, sem dúvidas, uma nova etapa do desenvolvimento brasileiro”.

“Queremos que aqueles que exploram e produzem nossos minerais tenham estabili-dade e segurança jurídica, elementos essen-ciais para o bom andamento dos negócios, e, ao mesmo tempo, correspondam às ne-cessidades de investimentos, de conserva-ção e recuperação ambiental, respeito pelos direitos dos trabalhadores e pelas comuni-dades nas quais os projetos estão inseridos”, completou Dilma Rousseff.

Ela enfatizou a importância do setor mineral para a vida dos brasileiros, res-saltou sua contribuição socioeconômica e disse que um dos objetivos do novo mar-co regulatório é proporcionar mais avan-ços: “com esse novo marco da mineração estamos criando as condições para que a pesquisa, a exploração e a comercializa-ção dos recursos minerais se transformem numa atividade mais eficiente, mais rentá-vel e mais competitiva”.

Dilma Rousseff disse que a distribuição da Compensação Financeira pela Explora-ção de Recursos Minerais – CFEM perma-necerá nos mesmos percentuais: 65% aos municípios “porque é nesses municípios onde ocorrem o maior impacto da atividade mineral”; 23% aos Estados onde ocorre mi-neração e 12% para a União.

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Presidente Dilma Rousseff na cerimônia de anúncio do novo marco regulatório da mineração, no Palácio do Planalto

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A proposta do governo prevê que a arre-cadação de CFEM deverá praticamente do-brar, com o estabelecimento do teto de 4% dessa contribuição, que incidirá sobre a re-ceita bruta e não mais líquida das empresas, informou a Presidente. Falta ainda definir as alíquotas de cada bem mineral, o que ocor-rerá via decreto presidencial, posteriormente à aprovação de lei pelo Congresso Nacional.

Dilma Rousseff confirmou que o Depar-tamento Nacional de Produção Mineral – DNPM será convertido em Agência Nacional de Mineração e que será criado o Conselho Nacional de Política Mineral, organismo de assessoramento à Presidência da República, que formulará as políticas governamentais para o setor mineral.

Tanto o Ministro Lobão quanto a Presiden-te disseram que o governo propõe a unificação dos títulos minerários, ou seja, para pesquisa e lavra haverá um só documento. Quanto às concessões para exploração mineral, o prazo será de 40 anos, renováveis por mais 20 anos, sucessivamente e condicionada esta renova-ção, a exigências prévias de investimentos, recuperação ambiental e outras ações.

Caberá ao Conselho Nacional de Política Mineral definir as áreas sujeitas a mineração que serão licitadas.

A Presidente fez questão de assegurar res-peito aos contratos vigentes de acordo com as atuais regras, mesmo após aprovação pelo Congresso Nacional do novo marco regulató-rio. “Haverá regras claras de transição, com respeito aos direitos adquiridos”, afirmou.

“Temas que o IBRam deBaTeu com o goveRno

esTão conTemplados no pRojeTo: seguRança juRídIca, aTRaTIvIdade

e RespeITo aos conTRaTos.”

José Fernando Coura

Dilma Rousseff dedicou espaço em seu pronunciamento para enfatizar que o meio ambiente receberá atenção especial pelas novas regras do setor mineral. As empresas terão que investir nos projetos e também na recuperação das áreas mineradas, disse. Esta é uma prática comum às empresas minera-doras comprometidas com a sustentabilida-de e associadas ao IBRAM.

“Essas concessões terão duração de 40 anos prorrogáveis por mais 20, sucessivamen-te”, disse o Ministro Lobão. “Esse prazo terá renovação sucessiva, mas com obrigações le-gais claras e ênfase na proteção do meio am-biente”, complementou Dilma Rousseff.

“Este é um momento histórico para o Bra-sil, ao encaminhar para exame do Congres-so Nacional o marco para o setor mineral. Isso atende a uma exigência incontornável do nosso tempo e um novo e largo hori-zonte para um dos setores fundamentais da vida brasileira. Apesar do vasto território e imensas riquezas minerais, o Brasil aprovei-ta muito pouco [essas riquezas] e os 4% do [setor no] PIB demonstram essa assertiva”, disse Edison Lobão, durante o lançamento da proposta do novo marco.

A Presidente Dilma encerrou o discurso ce-lebrando o novo marco como uma conquista:

– “Este Marco Regulatório é a vitória da-quilo que mais interessa às empresas e à so-ciedade brasileira: a concorrência pela efici-ência, a transparência, a segurança jurídica, respeito ao meio ambiente e às comunida-des e aos trabalhadores envolvidos. É uma

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vitória de todos que se dedicam seriamente à exploração e à produção mineral. É uma vitória da sociedade tanto daqueles que vi-vem nas regiões das minas, como dos traba-lhadores do setor. É uma vitória, sem dúvida, do meio ambiente, porque os contratos te-rão exigências ambientais mais claras, como obrigação de que, ao fechar uma mina, a empresa que a explorou deva recuperar am-bientalmente a região onde ela funcionou. É, enfim, a vitória do interesse nacional.”

Indústria da Mineração Ano VIII – nº 61, Julho de 2013 5

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PROGRAMA ESPECIAL DE

SEGURANÇA E SAÚDE

OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO

Empresas podem diminuir a incidência de doenças relacionadas às condições de trabalho

Fatores de risco são potencializados em algumas profissões e não existem limites seguros de exposição a agentes

comprovadamente cancerígenos

Levantamento realizado pelo Instituto Na-cional do Câncer (INCA) revela que, no Bra-sil, foram registrados no ano de 2012 cerca de 20 mil casos de câncer ocupacional. A doença, relacionada diretamente às condi-ções do trabalho desenvolvido, atinge traba-lhadores das mais diversas áreas e expostos a diferentes agentes. Também podem ser incluídos nessa estimativa os casos de cân-cer ocupacional que abrangem as patologias cujo trabalho é causa necessária ou fator de risco para desenvolvimento.

De acordo com a oncologista do INCA, He-lena Garbin, pelo menos 19 tipos de tumores malignos, entre eles de pulmão e pele, são relacionados ao trabalho. “A concentração de substâncias cancerígenas, geralmente, é maior nos ambientes de trabalho”, afirma.

Segundo levantamento feito pelo Instituto, foram identificadas 112 substâncias cancerí-genas relacionadas ao ambiente de trabalho, entre elas estão o amianto, a radiação solar e os agrotóxicos.

Entre os principais tipos de câncer relaciona-dos à ocupação estão os de pulmão, bexiga, cavidade nasal, pele, estômago, mama. Nas atividades relacionadas à mineração, o mais comum é o de pulmão. Nos trabalhadores da mineração, é comum a contaminação por sílica e radônio.

A especialista ressalta ainda que não há limi-te seguro de exposição a substâncias com-provadamente cancerígenas. Por isso, para se adequarem, algumas empresas reduzem as jornadas de trabalho, monitoram o meio

ambiente e desenvolvem ações de responsa-bilidade social e de promoção à saúde.

“Algumas profissões potencializam os fatores de risco e, para a prevenção, o ponto principal é tentar eliminar a substância ou agente can-cerígeno do processo de trabalho por meio de vigilância e ações sistematizadas. É importante lembrar que os cânceres induzidos ocupacio-nalmente não são diferentes de outros decor-rentes de fatores não ocupacionais”, afirma.

Além disso, a especialista alerta que o efei-to da exposição às substâncias cancerígenas presentes no ambiente de trabalho pode au-mentar devido a diversos fatores e hábitos do dia a dia do funcionário. “O tabagismo, o consumo de álcool, uma dieta rica em gor-dura, o consumo exagerado de sal, entre ou-tros costumes favorecem o desenvolvimento da doença”, finaliza a oncologista.

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Oncologista Helena Garbin

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ATUALIDADES

ABNT PUBLICA NOVAS NORMAS

A ABNT publicou, em 7 de janeiro, a norma NBR 14870-1:2013 – Esgui-chos para Combate a Incêndio – Par-te 1: Esguicho básico de jato regulá-vel. Ela estabelece requisitos mínimos exigíveis para projeto, desempenho, acabamento e padronização para o esguicho básico de jato regulável para combate a incêndio.

A ABNT também publicou, em 4 de fevereiro, a norma ABNT NBR 16147:2013 – Equipamentos de Le-vantamento e Movimentação de Car-gas – Comissionamento – Especifica-ção. Esta norma determina o conjunto de ensaios e verificações a que devem ser submetidos os equipamentos de levantamento e movimentação de carga novos, modernizados, reforma-dos e repotencializados após sua ins-talação. O documento está valendo desde 4 de março.

INOVAÇÕES PARA TRABALHO EM ALTURA

Publicada em 26 de março de 2012, a Norma Regulamentadora 35 – Trabalho em Altura veio contribuir para a evolu-ção dos EPIs. Muitos fabricantes precisa-ram se adaptar à criação da norma, que está em vigor desde março deste ano. As principais novidades são os siste-

mas de ancoragem diferenciados, os talabartes retráteis e os absorvedo-

res de energia ou amortecedores de impacto. Conforme a regu-

lamentação, os equipamentos deverão ser introduzidos no

sistema INMETRO de avalia-ção. Conforto, ergonomia,

qualificação e segurança devem ser os norteado-res dos EPIs para traba-lho em altu-ra no futuro.

BOAS PRÁTICAS

Fórum de discussão aborda acidentes no trabalhoNo dia 28 de fevereiro, foi realizada mais uma reunião do fó-rum virtual Compartilhando Boas Práticas. Com o objetivo de ampliar as discussões sobre Saúde e Segurança Ocupacional e contribuir para o desenvolvimento de ações do Programa MI-NERAÇÃO, os encontros são realizados virtualmente a cada dois meses, com duração de 90 minutos.

Na última edição, representantes das empresas Embu S.A., Sa-marco Mineração, Votorantim Metais e Vale S.A. apresentaram experiências relacionadas ao tema “Acidentes e seus aprendiza-dos”. Os cases compartilhados durante a reunião estão dispo-níveis na área restrita do site http://programamineracao.org.br.

Interessados em participar podem enviar informações sobre as boas práticas adotadas pelo setor de SSO de sua empresa para o e-mail [email protected].

O QUE VEM POR AÍ

Programe-se para os próximos eventos e cursos do MINERAÇÃO. Para mais informações, entre em contato pelo te-lefone (31) 3223-6751 ou pelo e-mail [email protected]

II Seminário de Higiene Ocupacional: Percepção de Riscos; Exposição a Agentes Ambientais; Análise Preliminar de Riscos de HO; Doenças Respiratórias

• Local: Belo Horizonte (MG)• Data: 12 de setembro de 2013

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Page 8: Indústria da Mineração nº61

gião Amazônica, investimentos e desafios. Em seguida, buscará incentivar a integração das equipes técnicas que atuam na área de sustentabilidade das empresas do setor mi-neral”, explicou.

De acordo com Ronaldo Lima, estão previstos, até 2016, cerca de US$ 60 bilhões de dólares de investimentos na Amazônia. Dentre os projetos que estão sendo desen-volvidos na região, Lima destacou o projeto de ferro da Vale, em Canaã dos Carajás, o projeto Jacaré, de níquel, da Anglo Ame-rican, em São Félix do Xingu, o projeto de ouro da Colossus, na Serra Pelada, e da Belo Sun, na Volta Grande do Xingu. Ele destacou ainda projetos de exploração de potássio orçados em US$ 2,5 bilhões, no Amazonas, além de mineração de ouro no Tocantins e de ferro e ouro no Amapá.

Além disso, Ronaldo Lima ressaltou a preocupação com o desenvolvimento sus-tentável. “A ordem mundial é o Desenvol-vimento Sustentável e a mineração tem a responsabilidade de demonstrar seu com-prometimento com a sustentabilidade de suas operações e no relacionamento com

as comunidades na região de seus projetos, enfrentando esses desafios com transparên-cia”, pontuou.

De acordo com levantamentos realiza-dos pelo IBRAM, a evolução da atividade de mineração na Amazônia vem demonstrando o compromisso na prática sustentável em projetos que contribuem para a economia dos Estados e Municípios mineradores com pagamentos de emolumentos como a Com-pensação Financeira pela Exploração de Re-cursos Minerais (CFEM), que no Estado do Pará, apenas em 2012, gerou um total de R$ 524 milhões, dos quais 23% foram para o Es-tado e 65% para os Municípios mineradores.

O Diretor de Assuntos Minerários, Mar-celo Ribeiro Tunes, que representava o Di-retor-Presidente do Instituto, José Fernan-do Coura, aproveitou a oportunidade para traçar um panorama do setor. “Estamos em um momento extremamente emblemáti-co que tem sido marcado pela atuação do IBRAM de forma efetiva na Amazônia. A mineração é um casamento entre o gover-no e a iniciativa privada que precisa perse-verar, pelo bem de todos.

IBRAM Amazônia apresenta

novo Gerente Executivo

Ronaldo Lima assume o cargo com o compromisso de desenvolver o setor na

região Norte considerando, especialmente, a

necessidade da realização de práticas sustentáveis

Cerca de 150 pessoas prestigiaram, no dia 15 de abril, a apresentação do novo Gerente Executivo do Instituto Brasileiro de Mineração na Amazônia (IBRAM Ama-zônia), o geólogo paraense, Ronaldo Jorge da Silva Lima. O evento, que reuniu auto-ridades, representantes do setor mineral e empresários, foi realizado na sede da Fede-ração das Indústrias do Pará (Fiepa).

Com a meta de criar oportunidades e intensificar o diálogo entre o setor minera-dor, o poder público e a comunidade lo-cal, Ronaldo Lima renova o compromisso do Instituto com o Norte do País. “À frente do IBRAM Amazônia pretendo incentivar novas políticas públicas e liderar o desafio ambiental”, afirmou.

Nesse contexto, o novo Gerente Exe-cutivo lançou o Consórcio Mineral para a Sustentabilidade, programa que tem como objetivo o fortalecimento setorial na Ama-zônia e o incentivo ao desenvolvimento de novas políticas públicas. “A missão do con-sórcio será, primeiramente, produzir dados referenciais inéditos sobre o perfil de atua-ção socioambiental do setor mineral na re-

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Ainda segundo Tunes, “o Setor Mineral está depositando no Congresso a total con-fiança no resultado de seus estudos e acredita na elaboração de leis que sejam interessan-tes para a União e para os concessionários. E é nesse cenário que o Ronaldo assume, em um momento em que as demandas se torna-rão cada vez maiores”, conclui.

Em seguida, o secretário de In-dústria, Comércio e Mineração do Pará, David Leal, ressal-tou a importância da indicação de um nome com vasta experiência no se-tor. “O Ronaldo é a melhor escolha que o IBRAM poderia fazer, principalmen-te por seu currículo de geólogo, com ex-tensa experiência na Secretaria de Meio Ambiente. Com cer-teza o Estado fará uma parceria importante com o IBRAM que trará benefícios para o Pará”, disse. “Devemos ressaltar nesse con-texto o desenvolvimento do Plano de Mine-ração, um marco muito importante para o Pará, que será o primeiro Estado Brasileiro a ter uma política mineral. É um passo im-

portante para a interiorização da riqueza do setor mineral”, finalizou.

Entre os presentes estavam o Diretor de As-suntos Minerários do IBRAM, Marcelo Ribeiro Tunes, o Diretor de Assuntos Ambientais, Ri-naldo Mancin, o Presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simi-

neral), José Fernando Gomes Junior, o Ou-vidor Geral do De-partamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Paulo San-tana, o Secretário de Mineração, Geodi-versidade e Recursos Hídricos do Amazo-nas, Daniel Nava, o Secretário Municipal de Economia, Mar-co Aurélio do Nasci-mento e o Diretor do Senai no Pará, Ger-son Peres. Também prestigiaram o even-to o Secretário de In-

dústria, Comércio e Mineração do Pará, David Leal, o Superintendente Regional do DNPM, João Bosco Braga, a Secretária Adjunta de In-dústria, Comércio e Mineração do Estado do Pará, Maria Amélia Enriquez e o Presidente da Associação Profissional dos Geólogos da Ama-zônia (APGAM), Iloé Listo de Azevedo.

Marcelo Ribeiro Tunes (IBRAM), Abraham Assayag (Vale) e Rinaldo Mancin (IBRAM)

Paulo Koury (Terra Meio Ambiente), Ronaldo Lima e Elias Lima (MUTUA/CONFEA/CREA-PA)

Diretor de Assuntos Minerários do IBRAM, Marcelo Ribeiro Tunes Marcelo Tunes (IBRAM), José Colares (Secretário de Meio Ambiente do Pará) e Rinaldo Mancin (IBRAM)

" a mIneRação Tem a ResponsaBIlIdade de demonsTRaR seu

compRomeTImenTo com a susTenTaBIlIdade de suas opeRações e no RelacIonamenTo com

as comunIdades"

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Indústria da Mineração Ano VIII – nº 61, Julho de 2013 9

Page 10: Indústria da Mineração nº61

ENTREvIsTA

caRlos casTeglIone – Presidente da anaMUP e Prefeito de CaChoeiro de itaPeMiriM (es)

A entrevista do Jornal Indústria da Mineração deste mês é com Carlos Casteglione, Presidente da ANAMUP e Prefeito de Cachoeiro de Itapemirim (ES). Casteglione fala um pouco mais sobre a inser-ção da ANAMUP nas discussões relacionadas ao novo Código Mineral. Além disso, explica o Ciclo ANAMUP de Fóruns Regionais dos Municípios Mineradores, que tem contribuído para a formação de gestores mais qualificados e preparados para lidar com a questão dos minérios

ANAMUP atua na defesa dos municípios e busca inserir

pontos cruciais nas discussões sobre o Novo

Marco Regulatório

A ANAMUP tem levantado a bandeira da mineração princi-palmente no Ciclo ANAMUP de Fóruns Regionais dos Muni-cípios Mineradores. Quais os objetivos dessas discussões?

O objetivo primordial do Ciclo é a conscientização de prefeitos e gestores municipais sobre o regramento legal da mineração, seus benefícios econômicos e a necessidade dos municípios tomarem frente à fiscalização da atividade de extração mineral. Nosso evento visa difundir também entre os participantes boas práticas e programas de sustentabilidade ambiental desenvolvidos no âm-bito dos municípios.

Quais os principais assuntos discutidos?

Os principais assuntos discutidos no Ciclo são: a Compensação Finan-ceira pela Extração Mineral (CFEM), seu marco legal e a aplicação des-ses recursos pelo município; o papel do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM); o futuro da mineração brasileira e o novo marco regulatório da mineração; sustentabilidade ambiental, além de boas práticas e programas desenvolvidos pelos municípios voltados à questão da mineração. Como o Ciclo é um evento regionalizado, tam-bém buscamos apresentar em cada edição um painel sobre os tipos de minérios extraídos e as especificidades da atividade em cada região.

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Participantes do 4º Ciclo ANAMUP de Fóruns Regionais dos Municípios Mineradores

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Cláudia Salles, Gerente de Assuntos Ambientais do IBRAM, palestra no 4º Ciclo ANAMUP de Fóruns

Regionais dos Municípios Mineradores

Carlos Casteglione, presidente da ANAMUP

No dia 30 de abril, o Diretor de As-suntos Minerários do IBRAM, Marcelo Ribeiro Tunes e a Gerente de Pesqui-sa e Desenvolvimento, Cinthia Rodri-gues, se reuniram com representantes da FINEP (Agência Brasileira da Inova-ção). O encontro teve como principal objetivo a análise do atual panorama do setor de mineração no País.

A Analista do Departamento de En-genharia e Serviços, Simone Pinto e o Analista do Departamento de Apoio a projetos Inovadores, Janon Neves, da FINEP, estiveram na sede do IBRAM para conhecer melhor o papel que o Instituto exerce nesse importante setor da economia nacional. A FINEP tem projetos para criar um setor especifico para apoiar a mineração.

Para Marcelo Tunes, esse tipo de parceria com órgãos como a FINEP é muito valioso para o IBRAM. “Para nós, é sempre muito interessante con-tar com parcerias com entidades do governo que objetivam o desenvolvi-mento da mineração brasileira”.

A FINEP tem a missão de promo-ver o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público à Ciência, Tecnologia e Inova-ção em empresas, universidades, ins-titutos tecnológicos e outras institui-ções públicas ou privadas. Além disso, ela tem a capacidade de financiamen-to, combinando recursos reembolsá-veis e não reembolsáveis, assim como outros instrumentos, proporcionando grande poder de indução de ativida-des de inovação.

IBRAM recebe representantes

da FINEP – Agência

Brasileira de Inovação

Quais os resultados concretos dessas reuniões?

Os resultados são visíveis. Muitos prefeitos e gestores chegam ao evento completamente desinformados. Eles sabem da existência da atividade mineradora em seu território, mas desconhecem a legislação que os ampara e não sabem sequer da existência de uma compensação financeira a que têm direito.

O que nós da ANAMUP temos percebido é que o Ciclo, aliado a um projeto de capaci-tação de gestores à distância para cobrança e fiscalização da CFEM que desenvolvemos em parceria com a escola técnica SATC de Criciúma (SC) e com outras entidades muni-cipalistas, tem contribuído para a formação de gestores qualificados e preparados para lidar com a extração de minérios no territó-rio de seu município.

Outro resultado concreto de todas as edi-ções do Ciclo já realizadas é a formação e consolidação de uma agenda própria dos municípios para o Novo Marco Regulatório da Mineração.

Qual a importância de fazer parte das discussões do Novo Marco Regulató-rio da Mineração? Qual a missão da ANAMUP nessas discussões?

A importância maior é que, por ser uma en-tidade municipalista, temos na ANAMUP a maioria dos municípios envolvidos com algu-ma atividade do ponto de vista da mineração. Através do chamamento do Governo Federal, estamos conseguindo apresentar as demandas dos municípios produtores, como o aumento do percentual da CFEM. Temos conseguido também colocar nas discussões sobre o Novo Marco Regulatório a reflexão sobre o impacto da atividade mineradora na vida das comuni-dades e, ainda, debater o papel da nova agên-cia de regulação que vai agilizar a liberação e regulação da atividade minerária. Isso vai gerar benefícios diretos para os municípios, em es-pecial no tocante à arrecadação de tributos e à geração de empregos sustentáveis.

A missão da ANAMUP é defender os muni-cípios mineradores e inserir no Novo Mar-co Regulatório os pontos que consideramos cruciais para esses municípios.

O que tem sido discutido com o Go-verno Federal? Quais as expectativas da Associação?

Temos discutido o aumento do percentual da CFEM, o papel da nova agência regula-dora e a questão do impacto socioambiental na vida das comunidades. Estamos propon-do que os municípios avancem no Plano Di-retor da Mineração. É importante que esses municípios tenham esses planos. O papel da ANAMUP é defender, dentro do Código Brasileiro de Mineração, condições para que os municípios possam definir e implementar seus Planos Diretores da Mineração.

Indústria da Mineração Ano VIII – nº 61, Julho de 2013 11

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últimos movimentos globais em regulação do setor mineral”. Em seguida, falará Pier-re Gratton (Associação Mineira do Canadá). Para fechar o debate, Hans Flury (Peru), apresentará um panorama sobre o marco regulatório da mineração no Peru.

O Congresso também vai exibir o painel “Interface mineração & mercado global de aço: o presente e o futuro”. Sigurd Mareels (McKinsey & Company), falará sobre a pers-pectiva global do mercado de aço, com Jor-ge Gerdau Johannpeter (Gerdau), modera-dos pelo Vice-Governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho.

Guilherme Simões Ferreira (Votorantim Metais e IBRAM), Marcio Luis Silva Godoy (Vale S.A.), Leonardo Quintão, Deputado Federal e Relator do Projeto de Lei do novo Marco Regulatório da Mineração na Câma-ra dos Deputados e Marcelo Ribeiro Tunes (IBRAM) falarão sobre o Novo Marco Regu-latório da Mineração.

Na quinta-feira (26), o 15º Congresso Brasileiro de Mineração apresentará a Ses-são Plenária “Agrominerais: como superar a crescente demanda por insumos externos?” com Roger Downey (Vale Fertilizantes), Edu-ardo Ledsham (B&A Mineração), e Carlos Nogueira da Costa Júnior (MME), mediados pela Senadora Kátia Abreu (PSD-TO).

Em seguida, será a vez da Palestra Magna “Brasil: onde estamos e para onde vamos?”, que terá a presença de Eduardo Giannetti da Fonseca (IBMEC e FIESP).

O último Painel do evento terá o tema “Mineração: como chegar às Bolsas de Valo-res”, com Laurel Petryk (McMillan´s Mining Group), Cristiana Pereira (BMF&Bovespa), moderados por Miguel Antônio Cedraz Nery (ABDI).

A EXPOSIBRAM 2013 tem o patrocínio de importantes companhias – Vale S.A., An-glo American, AngloGold Ashanti, Compa-nhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), Samarco, Votorantim Metais, Ge-osol, Ernst & Young Terco e Gerdau.

Setenta especialistas de dez países debaterão os rumos

da atividade mineral no 15º Congresso Brasileiro

de Mineração

O IBRAM realiza, entre os dias 23 e 26 de setembro, em Belo Horizonte (MG), a EX-POSIBRAM 2013 (www.exposibram.org.br), evento que reúne a Exposição Internacional de Mineração e o 15º Congresso Brasileiro de Mineração. Com o tema “Mineração: Investindo em sustentabilidade e desenvol-vimento”, cerca de 2 mil congressistas irão debater as perspectivas da mineração nacio-nal e internacional.

No primeiro dia, segunda-feira (23), o de-bate será sobre rumos, desafios, tendências e oportunidades do setor mineral. Participarão Hélcio Guerra (AngloGold Ashanti), Ricardo Vescovi Aragão (Samarco Mineração) e Wal-ter De Simoni (Anglo American Níquel) com coordenação do jornalista William Waack.

A programação de terça-feira (24) reuni-rá especialistas para analisar os cenários da economia mineral para os próximos anos. Participarão Magnus Ericsson (Raw Materials Group), Paul Robinson (CRU Group) e Ro-naldo Valiño (PriceWaterhouseCoopers Bra-sil). Em seguida Murilo Ferreira (Vale S.A), falará sobre as “Perspectivas para mineração brasileira nas próximas décadas”.

No mesmo dia, o Congresso apresentará o painel “Planejamento para Fechamento de Mina: desmistificando e tornando rea-lidade” com Jeff Parshley (SRK) e Luis Enri-que Sánchez (USP). Hernani Mota de Lima (UFOP), será o moderador. Mark Cutifani (Anglo American) ministrará a Palestra Mag-na “Contribuição da Mineração para o de-senvolvimento sustentável: o papel de uma moderna mineradora global”.

Na quarta-feira (25), Harry Robinson (Mckinsey & Company) vai palestrar sobre o tema “Lições aprendidas na análise dos

EXPOSIBRAM 2013 debate desenvolvimento no setor de mineração

O evento conta ainda com o apoio da CODEMIG – Companhia de Desenvolvi-mento Econômico de Minas Gerais. Figuram como apoiadores institucionais: ANEPAC (Associação Nacional das Entidades de Pro-dutores de Agregados para Construção Civil), China Mining, SINDIEXTRA (Sindicato da In-dústria Mineral do Estado de Minas Gerais), ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM) e Be-lotur – Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Apoiam editorialmente a EXPOSIBRAM as seguintes publicações: Revista Areia & Brita, Revista Brasil Mineral, Revista Eae-Máquinas, Site Engenharia de Minas News, E&MJ – Engineering and Mining Journal, Equipo Minero (Mining Media), Site Info-Mine, Revista In The Mine, Revista Miné-rios & Minerales, Revista Escola de Minas – REM, Nueva Mineria y Energia, Revista Mineração & Sustentabilidade, Horizonte Minero, Revista M&T, Panorama Minero, Revista Rocas y Minerales, Boletim SINDA-REIA, Revista Tracbel Magazine TB e Notí-cias de Mineração Brasil.

A progrAmAção AtuAlizAdA pode ser AcessAdA em www.exposibrAm.org.br

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Page 13: Indústria da Mineração nº61

A Senadora Kátia Abreu (PSD-TO), de-putados federais, empresários, diretores e conselheiros do IBRAM reuniram-se na noi-te de 3 de abril na sede do Instituto Brasi-leiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), em Brasília, para debater questões relacionadas ao setor mineral, que atraves-sa situação delicada.

Participaram os deputados Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG), Edu-ardo Sciarra (PSD-PR), Marcos Montes Cordeiro (PSD-MG), Guilherme Campos (PSD-SP) e Irajá Abreu (PSD-TO), o Dire-tor-Executivo de Fertilizantes e Carvão da Vale S.A., Roger Downey, os conselheiros do IBRAM, Salma Ferrari (Vale S.A.) e Ed-mundo Mercer (MBR), os diretores do Gru-po Bandeirantes de Comunicação, Evan-dro Guimarães e Caio Luiz de Carvalho e os integrantes da Diretoria do Instituto: o Diretor-Presidente, José Fernando Coura, o Diretor de Assuntos Minerários, Marcelo Ribeiro Tunes, o Diretor de Assuntos Ins-titucionais, Walter Alvarenga, o Diretor Administrativo Financeiro, Ary Pedreira, e o Diretor de Assuntos Ambientais, Rinaldo Mancin.

Na pauta da reunião estiveram vários assuntos, como a discussão em torno da mudança na legislação dos portos, que afe-ta diretamente os projetos minerais espa-lhados pelo Brasil.

IBRAM reúne parlamentares em sua sede para debater situação delicada da indústria mineral

O tema “fertilizantes” ocupou boa parte da agenda, uma vez que a produção nacio-nal é pífia diante da necessidade dos produ-tores rurais. Para incrementar esta produção e reduzir a dependência das importações, a indústria de minérios utilizados e sua fabri-cação (caso do fosfato e potássio) precisa de medidas legais, como redução da carga tri-butária e de custos de operação.

Outro ponto do encontro foi a expecta-tiva dos parlamentares e do setor produtivo em relação às discussões em torno do pro-jeto que trata sobre o novo Código Mineral.

Fernando Coura fez uma explanação so-bre a realidade do setor mineral que apre-senta estrangulamento de vários projetos e da capacidade de investimento e geração de emprego e renda. Segundo ele, o Brasil precisa urgentemente retomar as ações de apoio à indústria da mineração. “O Brasil está perdendo participação expressiva na produção mundial de minérios. O setor é responsável por boa parte do saldo positi-vo da balança comercial e, por este e outros

motivos, é um imprescindível agente econô-mico. Atravessamos um dos nossos piores momentos”, resumiu.

Fernando Coura reafirmou aos parla-mentares o que havia dito à imprensa: “Nós vivemos em um estado democrático de di-reito, onde os contratos são e serão respei-tados”, quando foi apoiado pelos presentes. Fernando Coura reforçou o posicionamento da indústria mineral nesta questão: “As con-cessões das lavras já pedidas são um ‘direito adquirido’ das empresas e não podem ser objeto de licitação. Tenho plena convicção de que as medidas do novo código não vão ferir a segurança jurídica do setor.”

A Senadora Kátia Abreu disse que ficou sensibilizada com a situação relatada por Fernando Coura e se comprometeu a es-tudar com maior profundidade os assuntos apresentados pela indústria da mineração, representada pelo IBRAM, no que foi ime-diatamente apoiada pela bancada do PSD presente à reunião, bem como o Deputado Vasconcellos, do PR.

José Fernando Coura e Senadora Kátia Abreu

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Em reunião no IBRAM, parlamentares discutiram o momento atual da indústria de mineração no Brasil

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O Diretor-Presidente do Instituto Bra-sileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), José Fernando Coura, esteve reunido, no dia 4 de abril, com o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e com o De-putado Federal Gabriel Guimarães (PT-MG). Durante o encontro foi enfatizada a impor-tância do IBRAM na representação do setor e foram debatidos temas referentes ao de-senvolvimento do setor mineral, em especial das indústrias de mineração.

O encontro foi realizado na sede do Ins-tituto, em Brasília, em um ambiente de gran-de cordialidade. Na oportunidade, o Diretor Presidente do IBRAM entregou ao Ministro

Diretor-Presidente do IBRAM se reúne com Ministro do Desenvolvimento

ais da mineração. Estamos nos aproximando de todas as regiões. Hoje somos, dentro da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o braço da mineração brasileira”, reforçou.

O Diretor-Presidente do IBRAM citou, entre outras ações, a aproximação do Institu-to com os produtores de calcário na Região Sul e com o setor de rochas ornamentais no Espírito Santo. José Fernando Coura também comentou sobre recentes parcerias e encon-tros com a Federação das Indústrias do Esta-do de São Paulo (FIESP) e com a Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção Civil (ANEPAC).

Também estiveram presentes no encon-tro o Diretor de Assuntos Institucionais do IBRAM, Walter Alvarenga, o Diretor de As-suntos Minerários, Marcelo Ribeiro Tunes, o diretor de Assuntos Ambientais, Rinaldo Mancin, e o Diretor Administrativo e Finan-ceiro, Ary Pedreira.

O encontro tratou de assuntos relacionados à indústria mineral. O Deputado Federal Gabriel

Guimarães (PT-MG) também esteve presente

as estatísticas do setor e debateu sobre o contexto da mineração brasileira e os pro-blemas resultantes da suspensão das outor-gas. Durante a conversa, Fernando Pimentel ressaltou a importância de prazos razoáveis para a renovação de contratos, enfatizando sua relação direta com a antecipação de in-vestimentos.

Segundo José Fernando Coura, o en-contro foi uma oportunidade para levar ao Ministro as reivindicações do setor, como a importância de fiscalização forte. A represen-tatividade do IBRAM entre as empresas do se-tor também foi assunto de destaque durante a reunião. “Estamos fazendo do Instituto um catalisador das entidades nacionais e estadu-

José Fernando Coura e Ministro Fernando Pimentel Diretores do IBRAM integrando o grupo durante o encontro

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O Diretor-Presidente do Instituto Bra-sileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), José Fernando Coura, e o Diretor de Assuntos Institucionais, Walter Alvarenga, receberam, no dia 20 de mar-ço, executivos da Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para a Construção Civil (ANEPAC), asso-ciada ao IBRAM. A reunião foi realizada na sede do Instituto.

Para dar início ao encontro, Fernando Coura traçou um panorama na mineração no Brasil e expôs a importância do trabalho desenvolvido pelo IBRAM, que está cada vez mais se consolidando como a entida-de maior da Indústria de Mineração. “Esse é um momento em que precisamos estar bem próximos e unificar o discurso de todo o setor mineral. Precisamos nos preparar e trabalhar sempre juntos: é a união que tra-rá ainda mais força para nosso setor”, pon-tuou o Diretor-Presidente.

Luiz Eulálio de Moraes Terra, Conselhei-ro da ANEPAC e Vice-Presidente do Conse-

Diretoria do IBRAM recebe executivos da ANEPAC

A 15ª edição da Conferência e Ex-posição China Mining (www.china-mi-ning.org/en), um dos quatro maiores eventos mundiais de mineração, será realizada entre os dias 2 e 5 de novem-bro de 2013. O evento, que tem se tor-nado a maior plataforma de negócios de mineração e exploração mineral da Ásia, desempenha papel crucial na criação de oportunidades para interes-ses nacionais e internacionais da mine-ração chinesa.

A Conferência atrai líderes políticos e industriais de renome internacional, que apresentarão tópicos como: “Política e Financiamento”, “Escavação, Exploração e Mineração”, “Commodities da Minera-ção” e “Sustentabilidade na Mineração”.

A última edição do evento, realiza-da em 2012, contou com 429 exposi-tores e 6 mil representantes vindos de 57 países. O Brasil esteve presente, realizando uma sessão especial com o objetivo de mostrar o panorama atual e as oportunidades de novos negócios no setor mineral brasileiro.

Por ser um dos maiores eventos mundiais de mineração, o China Mi-ning não estará aberto ao público.Todos os participantes devem inscre-ver-se antecipadamente no site do evento. Visitantes sem registro prévio não serão admitidos no local.

lho Diretor do IBRAM, acredita que “é de extrema importância reforçar a sintonia da ANEPAC com o Instituto, que precisa ser visto como um interlocutor. “Estamos em um momento importante para a mineração em que assuntos como o novo Marco Regu-latório estão sendo discutidos. Nosso obje-tivo é estar em sintonia total com uma ins-tituição como o IBRAM que, além de nos representar, trabalha na interlocução com o poder público. Precisamos alinhar discursos e propostas”, afirmou ao final da reunião.

Estiveram presentes os Conselheiros da ANEPAC Antero Saraiva Júnior, Luiz Eulálio de Moraes Terra, Sérgio Pedreira de Oliveira Souza e Eduardo Rodrigues Machado Luz, o Diretor Daniel Debiazzi Neto e o Presidente Executivo Fernando Mendes Valverde.

Ao final da reunião foi realizado um al-moço, que contou também com a presen-ça dos deputados Luiz Fernando Macha-do (PSDB-SP) e Arnaldo Jardim (PPS-SP), membros da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

CONFERÊNCIA CHINA MINING SERÁ REALIZADA

EM NOVEMBRO EM TIANJIN, NA CHINA

Walter Alvarenga, Eduardo Machado, Ary Pedreira, Luiz Eulálio Terra, José Fernando Coura, Daniel Debiazzi Neto, Sérgio Pedreira de Souza, Fernando Valverde e Antero Saraiva Junior

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Indústria da Mineração Ano VIII – nº 61, Julho de 2013 15

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As constantes mudanças na qualidade dos minérios comercializados e o aumento da variabilidade desses produtos requerem processos cada vez mais rigorosos e tomadas de decisões rápidas. Vivemos um momento em que as demandas estão cada vez maio-res e as exigências em relação à preservação ambiental e à manutenção da saúde dos tra-balhadores também estão crescendo. Nesse contexto, os analisadores on-line têm um pa-pel fundamental.

Essa nova realidade e seus desafios foram debatidos, entre especialistas de diversas áreas da mineração, durante o 1º Workshop Analisadores On-line na Mineração – Benefí-cios e desafios, realizado em 17 de abril, em Vitória (ES), pelo Instituto Brasileiro de Mi-neração (IBRAM – www.ibram.org.br) em parceria com a Samarco Mineração.

A abertura do evento contou com a pre-sença do Diretor de Assuntos Minerários do IBRAM, Marcelo Ribeiro Tunes, e do Diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco, Kleber Terra.

Marcelo Tunes ressaltou a importância da troca de experiências dos diversos agentes en-volvidos na mineração, um setor que gera 2,1 milhões de empregos no Brasil e tem colabo-rado para os constantes superávits da balança comercial. “Estamos viabilizando a discussão dos processos, porque o interesse nas soluções é comum. Esse intercâmbio é fundamental no desenvolvimento do setor”, afirmou Tunes.

Kleber Terra destacou que é fundamental para o setor que as informações das variáveis de processo sejam disponibilizadas em tem-po real e, dessa forma, as empresas sejam

mais ágeis na tomada de decisões. “A infor-mação em tempo real já é uma realidade. O desafio está em ampliar sua abrangência e utilização. Essa evolução passa basicamen-te por dois fatores: a tecnologia – confiável e acessível; e o componente humano – a conscientização dos profissionais sobre os benefícios que os analisadores on-line po-dem gerar para o setor.”

O evento contou com a presença de profissionais que atuam nas diversas áreas do beneficiamento mineral, desde o proje-to até a manutenção dos sistemas de análise on-line instalados, incluindo fabricantes, for-necedores e usuários das novas tecnologias.

As exposições técnicas da manhã foram iniciadas com a palestra “Porque os analisa-dores ficam off-line,” ministrada por Luiz Fer-

Workshop Analisadores On-line na Mineração reúne especialistas em Vitória

Kleber Terra, Diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco Mineração S.A., ministra palestra no 1º Workshop Analisadores On-line na Mineração

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Ano VIII – nº 61, Julho de 2013Indústria da Mineração 16

Page 17: Indústria da Mineração nº61

nando Gomes, membro do Grupo de Traba-lho de Analisadores On-line do IBRAM, que enumerou os motivos para que alguns anali-sadores se tornem off-line. A parte da tarde, foi aberta com o estudo de caso “Desenvolvi-mento de analisador on-line de Sílica”, apre-sentado pelo engenheiro da Gerência Geral de Tecnologia e Ecoeficiência da Samarco, Adilson Jorge da Silva.

O painel sobre operação teve como mo-derador o professor do Departamento de Engenharia de Minas da Escola de Engenha-ria da UFMG, Cláudio Lúcio Pinto.

Euzébio Laini Júnior, Engenheiro Meta-lurgista da CSN – Mineração Casa de Pedra, apresentou a palestra “Alimentação Direta – Impactos no controle de processo na Mi-neração Casa de Pedra”, ressaltando os be-nefícios que o uso dos analisadores on-line trariam na solução dos desafios enfrentados.

A segunda exposição deste painel foi feita por Cássio Costa e Siderlei Santos, do Grupo de Otimização e Automação da Vale, que apresentaram a experiência com o uso de analisadores on-line nos processos de concentração do minério de ferro na Mina de Timbopeba.

A terceira palestra – Dificuldades em ope-racionalizar analisadores on-line de granulo-metria e umidade – foi apresentada pelo en-genheiro Sênior da Vale S.A., Ricardo Olympio de Freitas, cobrindo quatro tipos de analisado-res on-line: de umidade por micro-ondas; de granulometria de polpa de minério de ferro; densímetros não radiativos para polpa de mi-

Em seguida, o engenheiro de Automação da Samarco, Luiz Felippe Oliveira Rodrigues, apresentou a palestra sobre o sistema de ins-peção de carros de grelha da Usina I, como um exemplo de análise on-line desenvolvida por profissionais da própria empresa, com foco na manutenção do sistema.

Após cada painel, os participantes tiveram a oportunidade de fazer perguntas, instigando o debate aberto sobre os pontos apresentados.

O workshop foi encerrado por Ramiro Angulo Blacut, Coordenador do Grupo de Trabalho Analisadores On-line do IBRAM e engenheiro de Processo Sênior da Samarco Mineração, ressaltando a importância do gru-po para o debate de um assunto tão relevante para a mineração. “Este Workshop pode ter sido apenas o primeiro para a discussão de um tema tão desafiante”, finalizou Ramiro.

nério de ferro e o de granulometria de pelota de minério de ferro por análise de imagem.

Fechando o painel, a gerente de Qua-lidade e Produtos da Vale, Myriam Souza Dias, abordou as principais dificuldades en-frentadas na instalação e operação dos ana-lisadores on-line.

Moderado pelo Diretor de Operações e COO da CEMI Tecnologia de Processos e Engenharia, Marco Aurélio Soares Martins, o segundo painel do workshop trouxe duas importantes exposições.

Na primeira delas, o Coordenador da dis-ciplina Instrumentação e Controle da ECM S.A. – Projetos Industriais, Raimundo Alves Filho, destacou os requisitos de projeto para a instalação e operação dos analisadores on-line na mineração.

1º Workshop Analisadores On-line na Mineração

Fernando Kunsch, Relações Externas da Samarco, Marcelo Ribeiro Tunes, Diretor de Assuntos Minerários do IBRAM e Kleber Terra, Diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco Mineração

Indústria da Mineração Ano VIII – nº 61, Julho de 2013 17

Page 18: Indústria da Mineração nº61

José Fernando Coura, Diretor-Presiden-te do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), Presidente do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra) e Vice-Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) recebeu, no dia14 de maio, o prêmio “Bom Exemplo”, na categoria Econo-mia e Desenvolvimento de Minas. A premia-ção foi realizada na sede da Globo Minas.

A quarta edição do prêmio teve início com a apresentação do Grupo de Dança Balé Brasil, do Espaço Criança de Belo Horizonte, mantido pelo Criança Esperança. A organiza-ção do evento considerou 2013 o ano mais concorrido, principalmente por conta da ex-celência das indicações, todas elas pessoas que desenvolvem ações que transformam a comunidade. O Prêmio Bom Exemplo con-templou pessoas e instituições que se desta-caram nas áreas de Ciência, Cultura, Econo-mia e Desenvolvimento de Minas, Educação, Esportes, Inovação, Meio Ambiente.

Fizeram parte do corpo de jurados o vi-ce-presidente da Sempre Editora, Luiz Tito, Ângela Gutierrez, do Instituto Cultural Flá-vio Gutierrez, Cristiana Parizzi Andrade, da Ação Mineira pela Educação, Fernando Al-meida, da Rede Cidadã, o arquiteto Gustavo Penna e o diretor regional da TV Globo Mi-nas Marcelo Matte, além de Olavo Machado Jr, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais e do professor Cláudio Boe-chat, da Fundação Dom Cabral.

Marcelo Matte foi o responsável pela abertura da cerimônia. “Tivemos muito cui-dado em não ter nenhum tipo de contami-nação política, partidária e institucional. Nos preocupamos muito em dar transparência ao

prêmio para que ele ganhasse ainda mais cre-dibilidade”, explicou. “É emocionante verifi-car o número de pessoas que fazem trabalho voluntário em nosso estado. Mostramos, com esse prêmio, que é possível, de fato, modifi-car nossa postura e romper com a inércia de só reclamar e não fazer nada. Nossa grande dificuldade foi selecionar os bons exemplos, entre os milhares”, completou.

Em seguida, Luiz Tito falou um pouco so-bre os “exemplos fortes que revigoram, em nossa consciência, o sentimento de ser um bom exemplo”. Sua fala foi complementada por Olavo Machado Jr: “Que bom que Mi-nas Gerais tem tantos bons exemplos!”.

Emerson Almeida, da Fundação Dom Cabral acredita que o “Prêmio Bom Exem-plo tem grande significado não só por des-tacar merecidas iniciativas de nosso Estado, mas também para levar o prêmio para outras regiões do País”.

O Prêmio

O primeiro premiado foi Tavinho Mou-ra, destacado por seu livro Pássaros poemas: aves na Pampulha. O livro recebeu uma Ho-menagem Especial por sua contribuição à cultura de Minas Gerais. “Meu livro é pela vida na Lagoa da Pampulha e por algumas espécies que viajam mais de três mil milhas e chegam aqui, em busca de alimento”, agradeceu o autor, ao receber o prêmio das mãos do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB). “Precisamos olhar para fren-

te e saber que podemos construir um futuro melhor. Saímos daqui com certeza com mais esperança”, completou o Prefeito.

O Engenheiro de Minas José Fernando Coura foi premiado na categoria Economia e Desenvolvimento de Minas, por sua atu-ação à frente do segmento de mineração em Minas Gerais. “Esse prêmio é muito mais do que o reconhecimento a minha pessoa, é um reconhecimento à atividade que nos deu nome, história, e existe em Minas Gerais há 317 anos com responsabilidade e consci-ência social”, pontuou Fernando Coura. “É uma chamada ao compromisso, a chamada à responsabilidade social e à sustentabilida-de”, completou. Quem entregou o prêmio foi o Superintendente do Ibama de Minas Gerais, Evandro Xavier.

Na categoria Ciência, a premiada foi a Fundação Hemominas. A presidente Júnia Guimarães Mourão Cioffi recebeu o prêmio das mãos do presidente do Sistema Fecomér-cio de Minas Gerais, Lázaro Luiz Gonzaga. Em seguida, o grupo Coletivo Família de Rua foi premiado na categoria Cultura e recebeu o prêmio da empresária Ângela Gutierrez, do Instituto Cultural Flávio Gutierrez.

O Projeto Manuelzão foi premiado na categoria Educação, iniciativa de professores da Universidade Federal de Minas Gerais. O professor Apolo Heringer Lisboa recebeu a homenagem das mãos de Emerson Almeida, da Fundação Dom Cabral. “Precisamos que o homem compreenda seu papel na nature-za”, frisou Heringer.

Diretor-Presidente do IBRAM recebe prêmio Bom

Exemplo 2013

José Fernando Coura recebe prêmio das mãos do Superintendente do IBAMA de Minas Gerais, Evandro Xavier

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Brasil sediará próxima reunião do ISO/TC 155 – Nickel

and Nickel Alloys

Na categoria Esportes, o premiado foi o Professor Ricardo Pacheco, com o projeto Ar-remesso para um Novo Horizonte, na cidade de Lavras. A homenagem foi entregue pelo secretário de Estado de Esportes e da Juventu-de, Eros Biondini. O Projeto Noisinho da Silva foi contemplado, pelas mãos do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, na categoria inovação, com a promoção da inclusão social utilizando o design no desenvolvimento de cadeiras e car-teiras escolares para deficientes físicos.

A fazenda Engenho D’água, em Ouro Pre-to, foi premiada na categoria Meio Ambiente, por suas ações de educação ambiental, pre-servação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável da região. O res-ponsável pela fazenda, Helton Aguiar Neves, recebeu o prêmio do arquiteto Gustavo Pena.

Um dos prêmios mais esperados, o de personalidade do ano, foi para D. Noemi Macedo Gontijo – Educadora e artesã, pro-fessora, fundadora e dirigente do Salão do Encontro, em Betim. Quem entregou a ho-menagem foi Cristiana Andrade, Presidente da Fundação Mineira para Educação. “Minha felicidade é ver a felicidade no rosto dessas crianças. Procuro sempre fazer as pessoas mais simples felizes”, explicou D. Noemi.

Os premiados nessas categorias foram in-dicados por 18 instituições parceiras: Conser-vação Internacional; Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mi-

A cidade de Belo Horizonte (MG) sediará, entre os dias 16 e 19 de setembro, a reunião do Comitê da International Organization for Stan-dardization (ISO) para a normalização de níquel e ligas de níquel, o ISO/TC 155. O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), com apoio de empresas que atuam no mercado nacional e internacional, está presente na organização do evento e na preparação da delegação brasileira, que terá participação expressiva.

“Não se trata de mais um evento do tipo congresso e similares. As reuniões dos comi-tês da ISO são encontros de trabalho, que dão continuidade a um programa definido por seus membros, representantes das empresas ativas no comitê”, lembra a Coordenadora do IBRAM--CONIM, Thásia de Medeiros.

Para preparar os participantes brasileiros, uma série de reuniões tem ocorrido na sede do IBRAM-MG, em Belo Horizonte, envolvendo es-pecialistas de empresas como Anglo American, Engendrar, FLSMIDTH-ESSA, Intertek, Mirabela, SGS Geosol, Vale S.A. e Votorantim Metais.

Histórico

O ISO/TC 155 foi criado em 1973 e, desde então, publicou mais de 50 normas cobrindo ní-quel metálico, ligas de níquel e ferroníquel nos campo de amostragem, análise química, espe-cificações e definições. Tais normas cobriram as necessidades identificadas na época, provendo o mercado com normas de referência (para uso, in-clusive, em caso de divergências comerciais) para as principais características de qualidade dos pro-dutos comercializados internacionalmente.

Em 2011, a França decidiu assumir a lideran-ça do ISO/TC 155, até então mantida pelo Ca-nadá, indicando o Gerente de Qualidade e de Assistência Técnica da ERAMET-France, Xavier Schaefer, para sua presidência. A reunião de re-tomada foi realizada em Paris, em abril de 2011, com o principal objetivo de produzir normas que incorporem as novas tecnologias analíticas, além de atualizar as já publicadas.

nas Gerais; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais; Fundação Biomi-nas; Federação Mineira de Fundações e Asso-ciações de Direito Privado; Fundação Munici-pal de Cultura de Belo Horizonte; Fundação Nacional de Arte; Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová-veis; Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais; Ordem dos Advogados do Brasil, Minas Gerais; Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Rede Cidadã; Se-cretaria de Estado da Cultura; Secretaria de Estado de Educação; Secretaria de Estado de Esportes e Juventude; Secretaria de Estado do Meio Ambiente; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas; Universidade Federal de Minas Gerais.

Já para a categoria Cidadania, as indica-ções foram feitas pela internet e os jurados selecionaram os finalistas. Em seguida, cinco nomes foram para a votação final e o vence-dor foi revelado apenas na hora do prêmio. O escolhido foi José Pio de Resende que, aos 87 anos percorre seu bairro recolhendo donati-vos para famílias carentes. O governador em exercício, Alberto Pinto Coelho, responsável pela entrega da homenagem, frisou a im-portância das pessoas que “voluntariamente buscam se inserir no contexto de sua comu-nidade com algum tipo de trabalho”. “Pre-cisamos ser protagonistas do nosso tempo e agentes de mudanças. Muito mais do que bons exemplos, essas pessoas são fontes de inspiração para cada um de nós”, finalizou.

Indústria da Mineração Ano VIII – nº 61, Julho de 2013 19

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