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INDÍGENAS BRASILEIROS E A CHEGADA DOS PORTUGUESES: Choque entre culturas

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INDÍGENAS BRASILEIROS E A CHEGADA DOS PORTUGUESES:

Choque entre culturas

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Os povos indígenas do Brasil compreendem um grande número de diferentes grupos étnicos que habitavam o atual território brasileiro antes da chegada dos europeus no século XVI.

Introdução

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Índios e Portugueses: O encontro de duas culturas

Durante os primeiros anos da chegada dos portugueses a América, os nativos foram tratados "como parceiros comerciais", uma vez que os interesses portugueses voltavam-se ao comércio do pau-brasil, realizado na base do escambo.

Segundo os cronistas da época, os indígenas consideravam os europeus, amigos ou inimigos, conforme fossem tratados: amistosamente ou com hostilidade.

Com o passar do tempo essa relação sofreu alterações.

Com a instalação do Governo Geral, em 1549, intensificou-se a escravidão dos indígenas nas diversas atividades desenvolvidas na Colônia, gerando constantes conflitos.

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Trabalho indígena

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Sociedades Indígenas Brasileiras no Século XVI

Cerca de 3,5 milhões de índios habitavam o Brasil na época da colonização.

Dividiam-se em quatro grupos lingüístico-culturais: Tupi, Jê, Aruaque e Caraíba.

Naquela ocasião, os Tupis acabavam de ocupar o litoral, expulsando para o interior as tribos que não fossem Tupis.

Portanto, manter relações de amizade e aliança com o grupo dominante passou a ser fundamental para os conquistadores europeus.

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As tribos eram formadas por indivíduos cujas aldeias ocupavam uma área contígua, falavam a mesma língua, tinham mesmos costumes e possuíam um sentimento de unidade.

Cada uma das aldeias constituía uma unidade política independente, com um chefe que não se distinguia dos demais homens: caçava, pescava e trabalhava na roça.

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Havia um chefe para as cerimônias religiosas, que tinha grande influência sobre o grupo; ele era o curandeiro da tribo, cuidando dos doentes com ervas e magia.

Não havia nem escravos e nem uma camada dominante, pois as técnicas rudimentares forçavam todos a trabalhar.

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Para melhor lidar com as tribos, os jesuítas aprenderam a língua tupi. Modificaram-na, criaram uma gramática e a transformaram na língua comum a várias tribos. Assim, a identidade cultural dos nativos foi descaracterizada, tornando-os alvos mais fáceis para os interesses dos missionários.

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Nativos da América, navegadores e Jesuítas

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Mesmo entre os índios do mesmo grupo lingüístico-cultural havia constantes embates, motivados tanto por questões tribais - disputa da área de caça e ofensas familiares - como pelas alianças com os invasores estrangeiros. Percebendo essa situação, os próprios portugueses estimulavam ou até provocavam as rivalidades, como forma de facilitar sua dominação.

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O Índio no Imaginário Português

Na carta de Caminha ao rei de Portugal ficava clara a superioridade com que os portugueses lidavam com a população do Brasil.

A ideologia religiosa é, para Caminha, o aspecto mais importante nessa relação.

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"A Primeira Missa no Brasil" (1861), pintura de Victor Meirelles.

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Não reconhecendo nos nativos uma cultura própria, os portugueses pretendiam torná-los súditos do rei de Portugal e cristãos.

Eram incapazes de entender os índios e o seu contexto sócio - cultural, reduzindo-os à condição de selvagens, de acordo com os padrões europeus.

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Os portugueses desenvolveram uma visão ambígua sobre eles.

Caminha, em sua carta ao rei Dom Manuel, descreveu-os como "rijos, saudáveis e inocentes". Ao mesmo tempo, comparou-os com animais, chamando-os de "gente bestial e de pouco saber".

Américo Vespúcio, em sua célebre carta Mundus Novus, via-os como "índios mansos, vivendo de forma paradisíaca, de acordo com a lei natural".

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Os padres jesuítas, como José de Anchieta e Manuel da Nóbrega, ao mesmo tempo que zelavam pelos índios, pretendendo torná-los súditos da sua fé, diziam que "são cães em se comerem e se matarem, e são porcos nos vícios e na maneira de se tratarem".

Faziam distinção entre as tribos, sendo que algumas, segundo eles, tinham costumes mais próximos dos brancos, pois não praticavam a antropofagia, não eram cruéis na guerra e vestiam suas mulheres, tendo, portanto, mais condições de se converterem e se tornarem fiéis súditos de Cristo e da Coroa Portuguesa.

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Jesuíta catequizando os índios.

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Massacre Os habitantes da América,

sofreram um dos maiores genocídios da história da

humanidade, aonde milhões de seres foram dizimados pelo

poder das armas, das doenças e das imposições de valores e

costumes.

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Indígenas mortos por europeus

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Na visão dos europeus os nativos da América oscilavam entre uma visão romantizada, em que os índios deveriam ser catequizados e salvos; a uma visão que os colocava como animais, capazes de atos de crueldade, como canibalismo

Em nenhuma dessas visões houve a tentativa de se compreender os valores e costumes indígenas.

Os europeus passam a impor seus ideias as populações que habitavam o Novo Mundo.

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REFEIÇÃO HUMANA Canibalismo tupinambá em gravura de 1592. Há registros dessa prática na Amazônia até a década de 1960

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No ideário português os indígenas seriam capazes das maiores atrocidades, pois não eram vistos como seres humanos.

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Passados 500 anos de convivência sempre conflituada, o índio continua sendo pouco mais do que um mito brasileiro

Quem são, de onde vieram, para onde vão? Cinco séculos depois do primeiro encontro, os índios brasileiros permanecem sendo um mistério para o homem branco. Não se pode afirmar com certeza de onde vieram, embora a teoria da migração via estreito de Bering continue sendo a mais provável - mesmo tendo perdido a primazia e, principalmente, a exclusividade. Quando teriam chegado à América também é assunto ainda polêmico: 12 mil, 38 mil ou a 53 mil anos atrás? Ninguém sabe ao certo. Sabe-se apenas que aqui estavam quando os europeus chegaram nos séculos XV e XVI.

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Indígenas viviam em harmonia com a fauna e a flora.

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