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ÍNDICE
1. SISTEMA SINDICAL
2. OCB/ES
3. FECOOP/SULENE E CNCOOP
4. RECEITAS DO SINDICATO
5. ACORDOS E CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO
6. FUNÇÕES DO SINDICATO
7. PERGUNTAS MAIS FREQUENTES
8. TABELA DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
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1. SISTEMA SINDICAL
Sistema Sindical Confederativo Brasileiro
Segundo nossa legislação, o sindicato tem a função de estudo, defesa e coordenação
dos interesses da categoria, atividade ou profissão que representa. Apresenta-se
conforme esquema abaixo:
O artigo 8º, incisos II e IV, da Constituição Federal manteve a estrutura corporativista e
piramidal da organização sindical no Brasil, com sindicatos na base, federações como
nível intermediário de organização e a confederação na cúpula do sistema de
organização sindical. As centrais sindicais, como se verifica, estão fora desta estrutura
oficial.
O art. 534 da CLT exige um mínimo de 05 sindicatos para viabilizar a criação de uma
Federação. O art. 535, por sua vez, estabelece a criação de uma Confederação sindical
depende da participação e aprovação por no mínimo 03 Federações. Contudo, estas
determinações não podem se traduzir em interferência do Estado na livre administração
e organização sindical.
As centrais sindicais não estão previstas na estrutura sindical vertical e corporativista
estabelecida pela CLT. Estão acima dos sindicatos, das federações e confederações, de
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forma que qualquer uma destas instâncias sindicais pode se filiar à central sindical. As
centrais sindicais não foram reguladas em lei, mas, na prática, estão reconhecidas.
A Unicidade Sindical é o sistema que vigora no Brasil, sendo imposta por lei e resulta da
determinação legal de existência de apenas um sindicato de uma determinada categoria
ou profissão numa determinada base sindical. Trata-se do sistema de sindicato único de
representação da categoria. Este modelo foi implantado no Brasil a partir da década de
1930 e vigora até hoje, conforme disposto no artigo 8º, Inciso II da Constituição Federal
de 1988.
Sistema Sindical Patronal
A fundamentação legal para que se possa instituir um sistema confederativo próprio de
cooperativas está no Art. 8º, Inciso IV da atual Constituição Federal e no Art. 14, inciso
VIII do estatuto da Confederação Nacional das Cooperativas - CNCOOP.
O sistema sindical cooperativista está em formação desde 1995 quando as organizações
de cooperativas estaduais deram início ao pedido de registro sindical junto ao Ministério
do Trabalho para exercerem a representatividade sindical patronal, por força da
vontade das próprias cooperativas que sentiram necessidade de uma efetiva
representatividade neste campo, pela sua peculiaridade e homogeneidade.
Integram o referido Sistema: os Sindicatos Patronais de Cooperativas (Sindicatos), as
FECOOP (Federações) e a CNCOOP (01 Confederação), assim representado:
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Conceito de Sindicato
O que é Sindicato? É a reunião (associação) de pessoas físicas ou jurídicas que possuem
atividades econômicas (empregadores) ou profissionais (empregados) comuns visando
à defesa de seus interesses coletivos e/ou individuais e, em virtude do preenchimento
de certos requisitos, goza das prerrogativas de representar toda uma classe econômica
ou profissional perante o Estado ou outros Sindicatos.
Nossa legislação (artigos 511 e seguintes da CLT), levando em conta o modelo de
categorias, traz implícita uma definição de sindicato como "associação para fins de
estudo, defesa e coordenação de interesses econômicos ou profissionais de todos os
que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos, ou
profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou
atividades ou profissões similares ou conexas".
Tipos de Sindicatos
a) Singulares - São aqueles que se enquadram no conceito acima descrito.
b) Federações - Agrupamento de no mínimo 5 (cinco) sindicatos. A constituição de uma
federação só ocorre se houver deliberação em Assembleia da categoria, em cada um
dos sindicatos que a comporão.
c) Confederações - As federações, no mínimo 3 (três), podem se organizar em forma de
confederação, sendo que deverá também haver autorização por parte da categoria em
Assembleia Geral realizada nas Federações.
d) Centrais Sindicais - Apesar de não serem previstas na legislação que trata da
organização sindical, elas são reconhecidas como organismos de coordenação de
entidades sindicais e possuem grande poder de mobilização. São organizadas em forma
de associação civil e têm como exemplos a CUT, CGT e a Força Sindical.
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2. OCB/ES
A OCB/ES- Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito
Santo foi criada, nos termos propostos pela Organização das Cooperativas Brasileiras –
OCB/Nacional, no dia 04 de setembro de 1972, nessa época denominada OCEES -
Organização e Sindicato das Cooperativas do Estado do Espírito. Foi constituída em
decorrência de um crescimento significativo do número de cooperativas no estado na
década de 70, com o objetivo de realizar estudos, promover a divulgação do sistema
cooperativista, fomentar a constituição de novas cooperativas, prestar assessoria
técnica, manter a integração com outros órgãos do cooperativismo e defender e
representar o Sistema Cooperativista do Estado do Espírito Santo perante as
autoridades de uma forma genérica.
Nos anos que se seguiram a OCB/ES passou por três reformas estatutárias de impacto
sindical, quais sejam: a primeira em 29 de novembro de 1993, na qual agregou as
atribuições de Sindicato Patronal; a segunda em 07 de maio de 1999, onde modificou
sua denominação, passando à Organização e Sindicato das Cooperativas do Estado do
Espírito Santo, mantendo a sigla OCEES; e a última em 02 de março de 2004, onde
modificou seu nome e sigla, passando a ser: OCB/ES - Sindicato e Organização das
Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo.
A OCB/ES tem a função de representar, defender, promover, assessorar e integrar as
Cooperativas Capixabas, zelando pela sua existência, crescimento e aplicação da
doutrina e princípios universais do cooperativismo.
Neste sentido, a OCB/ES vem formalizando Convenções Coletivas de Trabalho com o
SINTRACOOP/ES, respeitando a identidade e as particularidades dos ramos do
cooperativismo, como por exemplo, saúde, crédito, agropecuário, trabalho e
transporte, como também vem orientando as cooperativas na discussão e negociação
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de Acordos Coletivos de Trabalho específicos para seus empregados, com base em suas
condições econômicas e realidade do trato laboral, e até mesmo com sindicatos de
categorias específicas e diferenciadas.
Atualmente Conselho de Administração da OCB/ES tem a seguinte composição:
Presidente Executivo: Esthério Sebastião Colnago; Vice Presidente: Pedro Scarpi
Melhorim; Conselheiros Efetivos: Advaldo Antônio Zotteli; Antônio Joaquim de Souza
Neto; Cleto Venturim; Denilson Potratz; José Carnieli; Walber Heckert; Welington
Branco Saldanha; e Welington Luiz Pompermayer; Conselheiros Suplentes: Diomar
Vazzoler; José Adilson Pereira; e Luzia Pereira Sena Cruz; Conselho Fiscal Efetivo: Rolmar
Botecchia; Silvio José Vidal Casotti; e Telmo Fiorot; Conselho Fiscal Suplente: Claudionor
Justino de Almeida; Marília de Moraes Cassa; e Erasmo Carlos Negris; Conselho de Ética:
Esthério Sebastião Colnago; Adriano Bastos Barbosa; Argeo João Uliana; Dimarcos
Bertholini do Rosário; Nilo Sérgio Nogueira; e Eudayr Alves Moreira Júnior. Diretoria
Executiva: Presidente Executivo, Esthério Sebastião Colnago, e Superintendente, Carlos
André Santos de Oliveira.
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3. FECOOP/SULENE E CNCOOP
A FECOOP/SULENE- Federação dos Sindicatos das Cooperativas dos Estados de
Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina, foi constituída no dia 28
de agosto de 2002, como entidade sindical de segundo grau, sem fins lucrativos e com
base territorial nos Estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa
Catarina, com sede atual em Vitória - ES (sede da OCB/ES).
Com o fito de representar os interesses gerais da respectiva categoria e seus filiados, na
área de sua base territorial designando representantes para objetivos específicos,
colaborando com o poder público em suas diversas esferas, como órgão técnico e
representativo, no estudo e solução dos problemas que se relacionem com o
cooperativismo e suas atividades no que tange ao comportamento ético, técnico e
doutrinário das sociedades cooperativas juridicamente regulamentadas pela Lei
5.764/71.
Atualmente a administração da FECOOP/SULENE tem a seguinte composição, Diretor
Presidente: Ronaldo Ernesto Scucato (Presidente da OCB/MG); Vice-Presidente: Marcos
Antônio Zordan (Presidente da OCB/SC); Vice-Presidente: Cérgio Tecchio (Presidente da
OCB/BA); Vice-Presidente Tesoureiro: Esthério Sebastião Colnago (Presidente da
OCB/ES); Vice-Presidente Secretário: Marcos Antônio Braga da Rocha (Presidente da
OCB/AL); Superintendente: Carlos André Santos de Oliveira. Conselho Fiscal - Membros
Efetivos: Márcia Túlia Pessoa de Oliveira (Superintendente da OCB/AL); Neivo Luiz
Panho (Superintendente da OCB/SC); José Alberto Batista dos Santos (Superintendente
da OCB/BA); Membros Suplentes: Janine Silva Bezerra (Advogada da OCB/ES); Isabela
Chenna Perez (Advogada da OCB/MG); e José Alberto Batista dos Santos
(Superintendente da OCB/BA)
A CNCOOP - Confederação Nacional das Cooperativas obteve em 17 de dezembro de
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2010 o registro sindical que formalizou a personalidade sindical da entidade.
A concessão do registro foi uma conquista para o Sistema Confederativo de
Representação Sindical Patronal das Cooperativas. Com o registro, a CNCOOP
continuará a exercer suas funções de coordenação da categoria econômica das
cooperativas, bem como a de coordenação das federações.
A Confederação Nacional das Cooperativas (CNCOOP), uma entidade sindical patronal
de 3º grau, pessoa jurídica de direito privado – sem fins lucrativos, é a legítima
representante da categoria econômica das cooperativas em todos os seus ramos de
atividades. Possui abrangência e base territorial nacional e tem sede na capital federal.
É regida pela legislação pertinente e por seu estatuto social, tendo como objetivo
representar, na área de sua base territorial nacional, os interesses gerais da categoria
econômica das cooperativas e de seus filiados, no âmbito administrativo, extrajudicial e
judicial.
OCB/ES, REGISTRO SINDICAL Nº MTE 46000.001306/94-29, FILIADA À FECOOP/SULENE, REGISTRO SINDICAL Nº MTE 46000.016566/2003-13 2 E TAMBÉM À CNCOOP, REGISTRO
SINDICAL Nº MTE 46206.008118/2009-17.
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4. RECEITAS DO SINDICATO
Enquadramento Sindical
O enquadramento sindical é a verificação de qual sindicato representa determinada
categoria econômica ou profissional, seja por parte dos empregados, seja por parte dos
empregadores. Antes do advento da Constituição Federal de 1988, o enquadramento
era feito de acordo com as normas estabelecidas na CLT, em seus artigos 570 a 577. No
entanto, tais dispositivos foram revogados, ficando a questão do enquadramento
sindical de certa forma sem regulamentação. A atual liberdade de organização sindical
não admite nenhum tipo de regulamentação legal para o enquadramento sindical, que
deverá ocorrer por iniciativa autônoma dos empregados e empregadores, respeitado o
princípio da representação por categorias econômicas e profissionais conexas.
A Constituição Federal de 1988 transformou o enquadramento sindical oficial em
espontâneo. Em regra, o enquadramento do trabalhador decorre da atividade
preponderante da empresa em que trabalha o empregado, verificada nos seus estatutos,
mas há exceções como é o caso das categorias diferenciadas, que possuem sindicatos
específicos.
São exemplos de categorias diferenciadas: motorista quando trabalha na sua profissão
dentro de uma empresa que não tenha, como atividade principal, o transporte;
contadores, cujo empregador não tenha a contabilidade como atividade
preponderante; classificadores de produtos de origem vegetal; operadores de mesas
telefônicas; vendedores de produtos farmacêuticos; secretárias; tratoristas (excetuados
os rurais); vendedores e viajantes do comércio.
As fontes de receita das associações sindicais, de acordo com o art. 548 da CLT, são,
além das contribuições descritas abaixo, os bens e valores adquiridos, as rendas
produzidas, doações e legados, as multas e outras rendas eventuais. A Constituição
Federal de 1988 trouxe novas fontes de receita aos sindicatos como a contribuição
associativa ou mensalidade sindical, contribuição assistencial, contribuição
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confederativa e contribuição sindical.
Contribuição Sindical: Anteriormente chamado de imposto sindical, a contribuição
sindical é devida por todos aqueles que participam de uma determinada categoria
econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato
representativo.
No caso das cooperativas situadas no Estado do Espírito Santo, por exemplo, estas
pertencem à "categoria econômica das Cooperativas", devendo recolher a Contribuição
Sindical Patronal, que vence em 31 de janeiro de cada ano, em favor da OCB/ES -
Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo, salvo
eventuais decisões judiciais em sentido contrário. Tal recolhimento independe de
filiação no Sindicato ou registro na OCB/ES.
A contribuição em tela tem caráter tributário e é obrigatória, independente da vontade
dos contribuintes. Ela é recolhida mediante GRCS (Guia de Recolhimento de
Contribuição Sindical) fornecida pelas entidades sindicais e poderá ser paga em
qualquer instituição financeira até a data do vencimento (31/01/2017) e após essa data
somente nas agências ou Postos da CEF.
O cálculo é baseado de acordo com os artigos 588 e 589 da CLT, 60% (sessenta por
cento) para o sindicato singular (OCB/ES), 15% (quinze por cento) para a Federação
(FECOOP/SULENE), 5% (cinco por cento) para a Confederação (CNCOOP) e 20% (vinte
por cento) são destinado ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador – Conta Especial de
Emprego e Salário).
O atraso no pagamento sujeita o contribuinte a juros de 1% (um por cento) por mês ou
fração de mês, correção monetária e multa. A multa será de 10% (dez por cento) para o
primeiro mês de atraso, acrescida do percentual de 2% (dois por cento) por mês de
atraso subsequente ou fração de mês, de acordo com o disposto no art. 600 da CLT.
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A importância do recolhimento da presente contribuição reside no fato de que ela foi
instituída, a fim de atender os interesses das categorias. Além disso, o não pagamento
pode impedir as cooperativas de participarem de licitações dos poderes públicos
municipal, estadual e federal, pois, a inadimplência pode comprometer e regularidade
da OCB/ES. Ademais, os sindicatos podem promover a cobrança judicial da
contribuição em caso de inadimplência (art. 606 da CLT).
As cooperativas com especial gentileza encaminharão a cópia do GRCS (Guia de
Recolhimento de Contribuição Sindical) a OCB/ES, via fax ou CORREIOS aos cuidados da
Gerente da GEFIN da OCB/ES – Gerência de Finanças e Contabilidade da OCB/ES, Maria
Rosilene Favalessa (Rose).
Recomendamos atenção para promoverem o correto preenchimento da GRCS, de forma
a garantir a regularidade do recolhimento e a destinação dos recurso, e especialmente
para o fato de que as guias, com vencimento até o dia 03 de março de 2017, deverão
ser emitidas de acordo com a regra vigente (Portaria 1.261, de 26 de outubro de 2016,
do Ministério do Trabalho), e após àquelas vencidas após esta data deverão ser emitidas
mediante prévio registro na Caixa, atendendo a nova plataforma de cobrança, instituída
pela Portaria MTE nº 521/2016.
Contribuição Confederativa: A contribuição confederativa é aquela instituída em
Assembleia Geral e prevista no inciso IV do art. 8º da Constituição Federal, destinada a
custear o sistema confederativo, visa auxiliar financeiramente a Confederação. Como já
foi esclarecido, os sindicatos podem se organizar em federações e confederações.
Contribuição Assistencial: É também conhecida como taxa de fortalecimento sindical e
advém de cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa e
constitui uma obrigação por parte de pessoa pertencente à categoria em razão de custos
despendidos para a conquista dos benefícios nas negociações coletivas.
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Contribuição Associativa: É aquela paga apenas pelos associados ao sindicato, em via
de regra por contraprestação a determinados serviços. Deve estar prevista no estatuto
das entidades sindicais, o que não ocorre no caso da OCB/ES.
Atualmente encontra-se instituído e regulado pela OCB/ES, às cooperativas capixabas,
apenas a Contribuição Sindical Patronal, tendo a nova TABELA DA CONTRIBUIÇÃO
SINDICAL PATRONAL, para 2017, aprovada pela Assembleia Geral Extraordinária da
OCB/ES, de 16 de dezembro de 2016, e devidamente publicada e tornada de
conhecimento comum, através de 03 (três) veiculações em dias consecutivos ocorridas
no Jornal “A Tribuna”, em 20 de dezembro de 2016 (terça-feira), 21 de dezembro de
2016 (quarta-feira), e 22 de dezembro de 2016 (quinta-feira), conforme determina o
art. 605 da CLT.
Todas as publicações, assim como esta própria Cartilha, assim como esta Cartilha e
orientações gerais a respeito, encontram-se disponíveis no site www.ocbes.coop.br, em
banner específico.
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5. ACORDOS E CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO
A importância das negociações coletivas
No direito brasileiro existem dois tipos de contratos coletivos de trabalho: os acordos e
as convenções coletivas. Ambos são formas de auto-composição das partes, ou seja,
formas de soluções de conflitos surgidos entre as classes dos trabalhadores e patronal,
referentes às condições de trabalho, sem a intervenção estatal.
Convenção Coletiva de Trabalho - CCT
Conforme disposto no art. 611 da CLT, "Convenção Coletiva é o acordo de caráter
normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas
e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito de suas
respectivas representações, às relações individuais de trabalho”.
As convenções devem possuir a designação das partes convenentes, categorias ou
classes de trabalhadores abrangidos, prazo de vigência da norma, as cláusulas
acordadas, normas para eventuais conflitos e divergências, formas para prorrogação ou
revisão do ajustado, penalidade em caso de descumprimento, conforme estabelecido
no art. 613 da CLT.
Tem legitimidade para celebrar convenção coletiva os sindicatos, federações e
confederações, de acordo com o art. 611 da CLT. No entanto, as federações somente
têm legitimidade para as áreas onde não existam sindicatos. Na falta de federação, as
confederações podem atuar.
Somente podem ser pactuadas as convenções coletivas mediante autorização dos
interessados em Assembleia Geral. Após assinado o documento, uma das partes
convenentes deverá providenciar o depósito de uma via na Delegacia Regional de
Trabalho - DRT, ou o lançamento do instrumento no Sistema Mediador, para fins de
registro e arquivo.
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O reconhecimento da validade das convenções coletivas está previsto no art. 7º, inciso
XXVI da Constituição Federal e artigos 611 e seguintes da CLT, sendo que seu prazo de
validade não poderá ultrapassar 2 (dois) anos.
As convenções, cumprindo uma função normativa, abrangem toda a categoria
representada pelos sindicatos convenentes, independentemente de filiação a eles,
sendo que as cláusulas acordadas são consideradas "leis entre as partes".
Acordo Coletivo de Trabalho - ACT
O acordo coletivo de trabalho, via de regra, é celebrado entre um sindicato
representante dos trabalhadores e uma ou mais empresas, e visa estabelecer condições
especificas daquele(s) e empregador(es). São reconhecidos pelo disposto no art. 7º,
inciso XXVI da Constituição Federal.
Da mesma forma que na convenção coletiva, os acordos coletivos, em consonância com
as normas do art. 613 da CLT devem possuir a designação das partes convenientes, a
categoria ou classe de trabalhadores abrangidas, o prazo de vigência, as condições
ajustadas, normas para a solução de eventuais conflitos, disposição para revisão ou
outra alteração qualquer, direitos e deveres das partes e penalidades pelo
descumprimento. Também, conforme determina o art. 614, o acordo coletivo deve ser
lavado no prazo de 8 (oito) dias para registro no Ministério do Trabalho. Em suma, as
disposições arroladas para a hipótese de convenção coletiva são aplicáveis para o
acordo, no que não for incompatível.
Orientamos que toda negociação coletiva realizada pela Cooperativa para a discussão
de Acordo Coletivo de Trabalho seja realizada também com a assessoria e orientação da
OCB/ES.
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Dissídio Coletivo
Ocorre quando não é obtido êxito nas negociações para a formalização de Acordo ou
Convenção Coletiva de Trabalho.
É o processo que vai dirimir os conflitos coletivos do trabalho, através de decisão do
Poder Judiciário, criando novas condições de trabalho para determinada categoria ou
interpretando norma jurídica. Quando é proferida a referida decisão por parte do Poder
Judiciário Trabalhista, se cria o direito nesta decisão, substituindo o acordo ou
convenção anterior ou os que não chegaram a ser concretizado.
Os conflitos coletivos são classificados em econômicos e jurídicos. Os conflitos de
caráter econômico são aqueles em que os trabalhadores reivindicam melhores
condições de trabalho, principalmente referentes a salário. Os conflitos jurídicos
ocorrem quando há divergência na interpretação ou aplicação de determinada norma
jurídica.
A ação de dissídio coletivo é de competência originária dos Tribunais Regionais do
Trabalho (Seção de Dissídios Coletivos, art. 2º da Lei 7.701/88).
Os efeitos da sentença normativa proferida em dissídio coletivo abrangem todas as
organizações sindicais que figuraram como partes na ação. Além disso, a sentença pode
ser estendida em relação a todos os empregados da mesma profissão, dos dissidentes
de uma empresa ou a toda categoria profissional. Tal situação pode ocorrer por
solicitação dos empregadores, por solicitação do sindicato dos empregados, de acordo
com determinação do Tribunal que proferiu a sentença ou por solicitação da
Procuradoria do Trabalho.
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6. FUNÇÕES DO SINDICATO
A OCB/ES, Sindicato Patronal desde novembro de 1993 tem a função de defender os
interesses da categoria econômica das cooperativas do Estado do Espírito Santo, em
todos os seus ramos, excetuando-se algumas exclusões determinadas pelo judiciário
trabalhista. Seguem as descrições das funções que devem ser executadas por qualquer
sindicato:
Função de representação: Fundamentada no art. 513 da CLT, é uma das funções
principais do sindicato. É a possibilidade do sindicato representar os interesses da
categoria perante as autoridades administrativas e judiciárias. Ex: Possibilidade de
impetrar Mandado de Segurança Coletivo, Intervenções Políticas em prol das
Cooperativas.
Função negocial: A função negocial é a que se observa na prática das convenções e
acordos coletivos de trabalho. O sindicato participa das negociações coletivas que irão
culminar com a concretização de normas coletivas aplicáveis à categoria. Ex: É a
possibilidade da OCB/ES negociar com os Sindicatos dos Empregados nos diversos
ramos, a fim de firmar convenções coletivas.
Função assistencial: A função assistencial é a atribuição conferida pela lei ou pelos
estatutos ao sindicato para prestar serviços aos seus representados, contribuindo para
o desenvolvimento integral do ser humano. Tratam-se, ilustrativamente, de serviços
educacionais, médicos, jurídicos e diversos outros.
Função arrecadatória: Compreende a arrecadação das contribuições descritas no item
4 desta cartilha. Assim, tendo como referência as funções estabelecidas na legislação
vigente e em seu estatuto social, a OCB/ES busca implementar ações, a fim de defender
os interesses das cooperativas capixabas.
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7. PERGUNTAS MAIS FREQUENTES
7.1 Quais as penalidades que a cooperativa pode sofrer pelo não pagamento da
contribuição sindical? O não pagamento da contribuição enseja a proibição das
sociedades inadimplentes de participarem nas licitações promovidas pelos poderes
públicos municipal, estadual e federal. Ressaltamos ainda que a cooperativa pode ser
constrangida a pagar os valores devidos em juízo. Cumpre-se ressaltar que a
contribuição recolhida fora do prazo legal deverá ser acrescida de juros e multa,
conforme tabela em anexo.
7.2 As demais contribuições (confederativa e assistencial) são obrigatórias? O
entendimento predominante é que as respectivas contribuições não são obrigatórias
para os não-sindicalizados. Espera-se que a reforma sindical venha pacificar os conflitos
quanto à exigência delas.
7.3 Como preencher e onde recolher a guia de Contribuição Sindical Patronal?
Informamos que a Guia da Contribuição Sindical Patronal será emitida e enviada pela
OCB/ES à todas as cooperativas, contendo os dados de cada uma, devendo ser inseridos
os valores apurados conforme Tabela da Contribuição disponibilizada, à partir do Capital
Social apurado em 31 de dezembro de 2016. Em razão de problemas observados em
anos anteriores, o recolhimento (pagamento) da contribuição sindical patronal deve
ocorrer exclusivamente na CEF.
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8. TABELA DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL
Tabela da Contribuição Sindical elaborada conforme o Art. 580, itens II e III, parágrafos
1º ao 5º da Consolidação das Leis do Trabalho, com a redação dada pela Lei nº 7.047, de
01.12.82 e parágrafo 1º do art. IV do Decreto-Lei 1.166/71.
A TABELA DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL, para 2017, aprovada pela
Assembleia Geral Extraordinária da OCB/ES, de 16 de dezembro de 2016, e devidamente
publicada e tornada de conhecimento comum, através de 03 (três) veiculações em dias
consecutivos ocorridas no Jornal “A Tribuna”, em 20 de dezembro de 2016 (terça-feira),
21 de dezembro de 2016 (quarta-feira), e 22 de dezembro de 2016 (quinta-feira),
conforme determina o art. 605 da CLT. Todas as publicações encontram-se disponíveis
no site www.ocbes.coop.br, em banner específico.
LINHA CLASSE DE CAPITAL SOCIAL (em R$) ALÍQUOTA % VALOR A ADICIONAR
(R$)
01 De 0,01 a 10.169,25 Contribuição Mínima 157,50
02 De 10.169,26 a 20.338,00 0,8 84,00
03 De 20.338,01 a 203.385,00 0,2 317,64
04 De 203.385,01 a 20.338.500,00 0,1 847,10
05 De 20.338.500,01 a 108.472.000,00 0,02 21.222,00
06 De 108.472.000,01 em diante Contribuição Máxima 46.474,80
Para a realização do cálculo da Contribuição Sindical Patronal, a cooperativa deverá
verificar seu capital, ao final do exercício de 2016, ou seja, em 31 de dezembro de 2016,
e realizar o devido enquadramento na tabela acima, como por exemplo:
Imaginemos uma Cooperativa com o Capital Social de R$ 100.000,00.
Com o devido enquadramento linha 3 da tabela: Valor do Capital: R$ 100.000,00 X 0,2% = R$ 200,00
R$ 200,00 + R$ 317,64 (valor a adicionar) = R$ 517,64 Valor da contribuição é de R$ 517,64
Imaginemos uma Cooperativa com o Capital Social de R$ 10.000.000,00. Com o
devido enquadramento linha 4 da tabela: Valor do Capital: R$ 10.000.000,00 X 0,1% = R$ 10.000,00
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R$ 10.000,00 + R$ 847,10 (valor a adicionar) = R$ 10. 847,10 Valor da contribuição é de R$ 10. 847,10
Deve-se observar que as Cooperativas cujo capital social seja igual ou inferior a R$
10.169,25, estão obrigadas ao recolhimento da Contribuição Sindical Patronal mínima,
ou seja, de R$ 157,50, de acordo com o disposto no parágrafo 3º do art. 580 da CLT
(alterado pela Lei nº 7.047, de 01 de dezembro de 1982), e as Cooperativas com capital
social superior a R$ 108.472.000,01, recolherão a Contribuição Sindical Patronal máxima
de R$ 46.474,80, na forma do disposto no parágrafo 3º do art. 580 da CLT (alterado pela
Lei nº 7.047, de 01 de dezembro de 1982).
Reiteramos que o pagamento deverá ocorrer até o dia 31 de janeiro de 2017,
exclusivamente nas Agências da Caixa Econômica Federal.
Créditos: Esta Cartilha Sindical foi adaptada a partir da cartilha elaborada pela OCEMG – Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado de Minas Gerais. As adaptações e adequações foram promovidas pelo Assessor Jurídico do Sistema OCB-SESCOOP/ES, Dr. Haynner Batista Capettini, e pela Assessora Jurídica do Sistema OCB-SESCOOP/ES, Dra. Janine Silva Bezerra. Dúvidas e esclarecimentos podem ser sanadas através dos e-mails: [email protected], com Rose (GEFIN-OCB/ES), ou [email protected], com Haynner ou Janine (ASJUR), ou pelo telefone: (27) 2125-3200.
Vitória/ES, 23 de dezembro de 2016.