Índice desenvolvimento regional

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL2

    Ficha tcnica

    Ttlo

    NDICE SINTTICO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

    Editores

    Instituto Nacional de Estatstica, IP

    Presidente do Conselho Directivo

    Alda de Caetano Carvalho

    Av. Antnio Jos de Almeida

    1000-043 Lisboa

    Portgal

    Tel: +351 218 426 100

    Fa: +351 218 440 401

    www.ine.pt

    Design e Composio

    Institto Nacional de Estatstica, IP

    Tiragem650 eemplares

    ISSN 1647-3035

    ISBN 978-989-25-0039-3

    DL: 293 949/09

    Periodicidade: Irreglar

    Preo

    8,50 (IVA incldo)

    Departamento de Prospectiva e Planeamento e

    Relaes Internacionais

    Directora-Geral

    Maria Manela dos Santos Proena

    Av. D. Carlos I, 126

    1249-073 Lisboa

    Portgal

    Tel: +351 213 935 200

    Fa: +351 213 935 208

    www.dpp.pt

    INE, I.P./DPP, Lisboa - Portgal, 2009A reprodo de qaisqer pginas desta obra atorizada, ecepto para fins comerciais, desde qe mencionando o INE, I.P./DPP, como ator,o ttlo da obra, o ano de edio, e a referncia Lisboa-Portgal.

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    NOTA DE ABERTuRA

    A apresentao do ndice Sinttico de Desenvolvimento Regional constiti o objecto do

    presente estdo.

    A constro deste ndice e a sa qantificao para 2004 e 2006 so o resltado dem etenso trabalho de investigao desenvolvido em parceria pelos tcnicos Natalino

    Martins (Coordenador), Filomena Fernandes, Maria Joo Seqeira e Ssana Barradas, do

    Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relaes Internacionais (DPP), e Francisco

    Vala (Coordenador), Carla Coimbra e Maria Manel Pinho, do Institto Nacional de

    Estatstica (INE).

    Para a concretizao deste projecto concorre decisivamente a eperincia anterior de

    ambas as Instities no desenvolvimento de indicadores sintticos para as regies

    portgesas.

    No pode deiar de salientar-se, contdo, qe a eeco deste trabalho com o gra de

    eigncia imposto pela eqipa s foi possvel graas colaborao de m conjnto de

    entidades qe se disponibilizaram para fornecer os dados estatsticos indispensveis e/

    o otra informao qe lhes foi solicitada ao longo do desenvolvimentos dos trabalhos.

    A todas essas entidades, qe se no enmeram para no correr o risco de qalqer

    omisso indesclpvel, cmpre m profndo agradecimento do Institto Nacional de

    Estatstica e do Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relaes Internacionais.

    Tambm aos reconhecidos peritos em Desenvolvimento Regional qe, no passado ms de

    Fevereiro, se disponibilizaram para apreciar ma verso preliminar do ndice Sinttico de

    Desenvolvimento Regional, a Direco do DPP e o Conselho Directivo do INE epressam

    o se reconhecimento. As sas anlises e crticas constitram m prestimoso contribto

    e estmlo para a conclso do trabalho qe agora se apresenta. No entanto, todas as

    insficincias e imperfeies qe porventra persistam so da eclsiva responsabilidade

    do Institto Nacional de Estatstica e do Departamento de Prospectiva e Planeamento e

    Relaes Internacionais.

    Lisboa, 18 de Maio de 2009

    Alda Carvalho Manela Proena

    Presidente do INE Directora-Geral do DPP

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    Sumrio Executivo ....................................................................................................................................... 11

    Executive Summary..................................................................................................................................... 11

    Introduo ...................................................................................................................................................... 19

    Parte I - Os novos desafios do desenvolvimento regional e das polticas

    territorializadas .......................................................................................................................... 21

    1. Factores de enqadramento ..................................................................................... 21

    2. A integrao eropeia e o desenvolvimento regional: da coeso econmica e social

    competitividade e sstentabilidade ..................................................................... 22

    Parte II - Conceptualizao e operacionalizao do ndice Sinttico

    de Desenvolvimento Regional .............................................................................................. 25

    1. Opes de conceptalizao .................................................................................... 25

    A competitividade .............................................................................................. 26

    A coeso............................................................................................................ 27

    A qualidade ambiental....................................................................................... 28

    A tridimensionalidade implcita nas componentes do ISDR................................... 28

    2. Opes de operacionalizao ................................................................................... 30

    2.1. Caractersticas dos indicadores ........................................................................ 30

    2.2. O algoritmo ..................................................................................................... 31

    Procedimento de normalizao........................................................................... 32

    Procedimento de agregao................................................................................ 35

    Procedimento de apresentao........................................................................... 35

    Anlise de evoluo temporal............................................................................. 36

    2.3. Apresentao dos indicadores retidos .............................................................. 39

    NDICE

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL6

    Parte III - Anlise dos resultados .......................................................................................................... 45

    1. Anlise do desempenho em 2006............................................................................. 45

    ndice global de desenvolvimento regional.......................................................... 45

    Competitividade................................................................................................. 47

    Coeso............................................................................................................... 50

    Qualidade ambiental.......................................................................................... 52

    Integrao entre o ndice global de desenvolvimento regional

    e as respectivas componentes............................................................................. 54

    2. Anlise da evolo entre 2004 e 2006 .................................................................... 56

    2.1. Anlise da evolo do desempenho ................................................................ 56

    ndice global de desenvolvimento regional.......................................................... 56

    Competitividade................................................................................................. 59

    Coeso............................................................................................................... 61

    Qualidade ambiental.......................................................................................... 63

    2.2. Anlise de convergncia ................................................................................... 65

    ndice global de desenvolvimento regional.......................................................... 65

    Competitividade................................................................................................. 67

    Coeso............................................................................................................... 69

    Qualidade ambiental.......................................................................................... 71

    Bibliografia .................................................................................................................................................... 73

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    Figra 1 - Estrtrao do ndice Sinttico de Desenvolvimento Regional ........................... 26

    Figra 2 - ndice global de desenvolvimento regional (Portgal = 100), NuTS III, 2006........ 46

    Figra 3 - Competitividade (Portgal = 100), NuTS III, 2006 ............................................... 47

    Figra 4 - ndice global de desenvolvimento regional e competitividade (Portgal = 100),

    NuTS III, 2006 ................................................................................................... 48

    Figra 5 - ndice global de desenvolvimento regional e competitividade, posio hierrqica,

    NuTS III, 2006 ................................................................................................... 49

    Figra 6 - Coeso (Portgal = 100), NuTS III, 2006 ............................................................ 50

    Figra 7 - ndice global de desenvolvimento regional e coeso (Portgal = 100),

    NuTS III, 2006 ................................................................................................... 51

    Figra 8 - ndice global de desenvolvimento regional e coeso, posio hierrqica,

    NuTS III, 2006 ................................................................................................... 51

    Figra 9 - Qalidade ambiental (Portgal = 100), NuTS III, 2006 ........................................ 52

    Figra 10 - ndice global de desenvolvimento regional e qalidade ambiental

    (Portgal = 100), NuTS III, 2006....................................................................... 53

    Figra 11 - ndice global de desenvolvimento regional e qalidade ambiental, posio

    hierrqica, NuTS III, 2006 .............................................................................. 53

    Figra 12 - ndice global de desenvolvimento regional, competitividade, coeso e qalidade

    ambiental: sitao face mdia nacional (Portgal = 100), NuTS III, 2006 ....... 54

    Figra 13 - Matriz de correlaes entre o ndice global de desenvolvimento regional,

    a competitividade, a coeso e a qalidade ambiental, 2006 ............................. 55

    Figra 14 - ndice global de desenvolvimento regional: taa de variao do desempenho

    entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 57

    Figra 15 - ndice global de desenvolvimento regional: desempenho em 2004 e taa de

    variao do desempenho entre 2004 e 2006, NuTS III ..................................... 58

    Figra 16 - Competitividade: taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006,

    NuTS III .......................................................................................................... 59

    Figra 17 - Competitividade: desempenho em 2004 e taa de variao do desempenho

    entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 60

    NDICE DE FIGuRAS

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL8

    Figra 18 - Coeso: taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006, NuTS III ............. 61

    Figra 19 - Coeso: desempenho em 2004 e taa de variao do desempenho entre

    2004 e 2006, NuTS III ..................................................................................... 62

    Figra 20 - Qalidade ambiental: taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006,

    NuTS III .......................................................................................................... 63

    Figra 21 - Qalidade ambiental: desempenho em 2004 e taa de variao do

    desempenho entre 2004 e 2006, NuTS III ........................................................ 64

    Figra 22 - ndice global de desenvolvimento regional: convergncia/divergncia face

    mdia nacional entre 2004 e 2006 e taa de variao do desempenho face

    mdia nacional entre 2004 e 2006, NuTS III ..................................................... 65

    Figra 23 - ndice global de desenvolvimento regional: diferena da distncia face

    mdia nacional entre 2004 e 2006 e taa de variao do desempenho

    entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 66

    Figra 24 - Competitividade: convergncia/divergncia face mdia nacional entre

    2004 e 2006 e taa de variao do desempenho face mdia nacional

    entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 67

    Figra 25 - Competitividade: diferena da distncia face mdia nacional entre

    2004 e 2006 e taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006,

    NuTS III .......................................................................................................... 68

    Figra 26 - Coeso: convergncia/divergncia face mdia nacional entre

    2004 e 2006 e taa de variao do desempenho face mdia nacional

    entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 69

    Figra 27 - Coeso: diferena da distncia face mdia nacional entre 2004 e 2006 e

    taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006, NuTS III .......................... 70

    Figra 28 - Qalidade ambiental: convergncia/divergncia face mdia nacional

    entre 2004 e 2006 e taa de variao do desempenho face mdia nacional

    entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 71

    Figra 29 - Qalidade ambiental: diferena da distncia face mdia nacional entre

    2004 e 2006 e taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006, NuTS III... 72

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    Aneo 1 - Lista de cdigos associados a cada indicador .................................................... 76

    Aneo 2 - Matriz de correlaes entre indicadores ............................................................ 77

    Aneo 3 - CAE Rev.2.1, A31 .............................................................................................. 82

    Aneo 4 - Classificao das indstrias transformadoras de acordo com o principal

    factor de competitividade (OCDE, 1992) ............................................................ 83

    Aneo 5 - Nomenclatra dos sectores institcionais (SEC95).............................................. 83

    Aneo 6 - Ramos de actividade internacionalizveis (DPP, 2006) ........................................ 84

    Aneo 7 - Classificao das indstrias de alta e mdia-alta tecnologia e dos

    servios intensivos em conhecimento (OCDE, 2001) ........................................... 85

    Aneo 8 - Classificao das actividades de Tecnologias da Informao e da

    Comnicao (OECD, 2000) ............................................................................... 86

    Aneo 9 - Nomenclatra de unidades Territoriais para fins Estatsticos, nvel 3

    (verso 2002) ................................................................................................... 87

    Aneo 10 - Nomenclatra de unidades Territoriais para fins Estatsticos, nvel 2 ................ 88

    Aneo 11 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS III (verso 2002), 2006 ........................ 89

    Aneo 12 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS II (verso 2002), 2006 ......................... 89

    Aneo 13 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS II (verso 2001), 2006 ......................... 89

    Aneo 14 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS III (verso 2002), 2004

    (PT2006 = 100) .............................................................................................. 90

    Aneo 15 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS II (verso 2002), 2004

    (PT2006 = 100) .............................................................................................. 90

    Aneo 16 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS II (verso 2001), 2004

    (PT2006 = 100) .............................................................................................. 90

    NDICE DE ANExOS

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    SuMRIO ExECuTIVO

    EXECUTIVE SUMMARY

    1. A constro de m ndice sinttico de desen-

    volvimento sob ma parceria entre o INE e o

    DPP viso, atravs da combinao das valias

    de ambas as instities nos domnios dasestatsticas e da anlise territorial, propiciar a

    disponibilizao de m indicador qe, permi-

    tindo sintetizar o desenvolvimento regional

    nas diversas vertentes, pdesse servir para

    apoiar a anlise de conteto das polticas

    pblicas territorializadas o com impactos

    diferenciados no territrio, bem como servir

    de base de trabalho para mltiplos agentes

    interessados nas qestes do territrio.

    2. As problemticas do desenvolvimento regio-

    nal sitam-se hoje, e cada vez mais, nm

    plano mito diferente do passado:

    2.1. no qe se refere ao se conteto - mar-

    cado pela globalizao, pela integrao

    econmica internacional e pela crescente

    concorrncia entre territrios, bem como

    pela crescente relevncia das qestes

    ambientais; e,

    2.2. no qe se refere aos ses paradigmas

    mediante a passagem da concepo de

    polticas assistencialistas aos territrios

    menos desenvolvidos com as qais se pre-

    tendia alcanar a eqidade de condies

    de vida (coeso econmica e social), para

    a concepo das polticas visando atribir

    aos territrios eqidade nas condies

    para a competitividade e coeso com as

    qais se constri o desenvolvimento ss-tentvel (coeso territorial).

    1. The construction of a composite indicator of

    development is the result of the partnership

    between Statistics Portugal and DPP (a body

    from Ministry of Environment, Physical Plan-ning and Regional Development), taking ad-

    vantage of the expertise of both institutions in

    the field of statistics and territorial analysis.

    It aims to making available a tool that can

    support the context analysis of public policies

    being of territorial nature or other policies

    with different territorial impact, while making

    it possible to synthesise regional development

    with its different strands. It would also serve

    as a tool for several actors with an interest

    in territorial matters.

    2. Regional development issues are nowadays

    increasingly placed on a new perspective:

    2.1. their context is now marked by the globali-

    sation, international economic integration

    and growing competition across territo-

    ries, as well as by the increasing impor-

    tance of environmental issues; and,

    2.2. at present policies are designed to give

    territories equitable competitiveness and

    cohesion conditions on which sustainable

    development (territorial cohesion) is built.

    Previously policies were devised to help

    less developed territories to achieving

    equitable living conditions (economic and

    social cohesion).

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL12

    3. Tomando a perspectiva da coeso territorial,

    no sentido em qe eprime a concepo de

    sstentabilidade do desenvolvimento assente

    nma tripla dimenso (sstentabilidade eco-

    nmica, social e ambiental), o ndice sinttico

    qe agora se apresenta (ISDR - ndice Sinttico

    de Desenvolvimento Regional) assenta nma

    estrtra tridimensional em qe o desenvol-

    vimento global de cada regio (epresso no

    ndice global de desenvolvimento regional)reslta dos desempenhos regionais em trs

    componentes essenciais:

    3.1. a competitividade qe propicia capacidade

    de penetrao nos mercados e crescimen-

    to econmico;

    3.2. a coeso qe, em resltado de nveis acei-

    tveis de eqidade de condies de vida,

    propicia condies sociais para a reprod-o social e econmica sstentvel e para

    a atractividade dos territrios; e,

    3.3. a qalidade ambiental, epressa nma

    dpla e integrada perspectiva de condi-

    es ambientais de vida na regio e de

    sstentabilidade ambiental dos processos

    de desenvolvimento econmico, social e

    territorial.

    4. Para cada componente, contam factores de

    ordem diferenciada mas indispensveis

    epresso da noo de desenvolvimento e

    interactantes: potencialidades (as condies

    para o desenvolvimento), comportamento

    dos actores polticos, econmicos e sociais

    (os processos) e eficcia em termos de resl-

    tados.

    5. Os ndices sintticos assentam em conjntos

    de indicadores qe devem eprimir as vrias

    dimenses do desenvolvimento qe se pre-

    tende ver representadas. Esses indicadores

    devem, por isso, ter relevncia analtica para

    3. From the viewpoint of territorial cohesion,

    meaning sustainability of development re-

    lying on a threefold dimension (economic,

    social and environmental sustainability), the

    composite indicator presented herewith (ISDR

    ndice Sinttico de Desenvolvimento Regio-

    nal, the Regional Development Composite In-

    dicator) is based on a tridimensional structu-

    re. Through ISDR the overall development in

    each region (measured by the overall indica-tor of regional development) results from the

    regional performance regarding three major

    components:

    3.1. competitiveness, which gives rise to the

    ability to penetrate markets and to gene-

    rate economic growth;

    3.2. cohesion, which as a result of acceptable

    and equitable living conditions, fosters

    the conditions for sustainable, social andeconomic reproduction and territorial at-

    tractiveness; and,

    3.3. environmental quality, expressed in an in-

    tegrated platform of both environmental

    living conditions in the region and envi-

    ronmental sustainability of broad (econo-

    mic, social and territorial) development

    process .

    4. Each component reflects the role of various,

    different interacting factors crucial for de-

    velopment: the potential resources (the con-

    ditions for development), the behaviour of

    political, economic and social players (the

    processes) and effectiveness in terms of

    results.

    5. Composite indices rely on sets of indicators

    that express the various development dimen-

    sions. These indicators must comply with a

    number of requirements such as: being rele-

    vant for the component at stake; and being

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

    13/90

    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 13

    a respectiva componente e estar disponveis

    para o perodo de referncia e desagregao

    geogrfica do ndice.

    6. Em termos estatsticos, os indicadores devem,

    ainda, obedecer s segintes condies:

    6.1. relativizao da dimenso regional, para

    evitar distores resltantes das diferen-

    tes dimenses das regies; e,

    6.2. normalizao para, na sa agregao,

    evitar enviesamentos resltantes das di-

    ferentes nidades de medida e escalas

    de variao, o qe, no ISDR, foi feito por

    recrso seqencial a dois mtodos:

    6.2.1. estandardizao estatstica (z-score),

    para a normalizao estatstica propria-

    mente dita; e,

    6.2.2. reescalonamento minmaxpara desloca-

    o dos indicadores normalizados para

    intervalos de variao positivos.

    7. Pelos modos como aqeles mtodos foram

    aplicados, o ISDR ssceptvel de apoiar

    anlises temporais baseadas na avaliao de

    mdanas de posies hierrqicas e na evo-

    lo dos prprios desempenhos regionais,

    nomeadamente face ao desempenho nacio-

    nal.

    8. A agregao dos indicadores em componen-

    tes, e das componentes no ndice global,

    foi feita por mdia simples, e os ndices so

    apresentados no se reporte mdia nacio-

    nal (ndices referenciados ao desempenho de

    Portgal), o qe facilita a sa interpretao.

    9. Os resltados do ISDR, reportados a 2006,

    do ma imagem assimtrica do Pas, em ter-

    mos de desenvolvimento global e de compe-

    titividade, mas mais eqilibrada do ponto de

    available for the reference period and geo-

    graphical desegregation of the index.

    6. In statistical terms, indicators have also to

    comply with the following conditions:

    6.1. the regional dimension has to be seen in

    the relative context in order to avoid dis-

    tortions resulting from the different sizeof regions; and,

    6.2. be normalized, so as to avoid distortions

    resulting from different units of measure-

    ment and variation scales. In the case of

    the ISDR, this condition was carried out by

    resorting to two methods sequentially:

    6.2.1. z-score standardisation for the statisti-

    cal normalization itself; and,

    6.2.2. minma rescaling in order for stan-

    dardised indicators to shift to positive

    ranges.

    7. As a result the ISDR allows for time analyses

    of changes in hierarchical positions and of

    scores change vis--vis the national average

    performance.

    8. The aggregation of indicators into compo-

    nents, and of components into the overall in-

    dex, was done using the simple average. In

    order to facilitate interpretation indices are

    presented as reported at national average (in-

    dices referenced to Portugal performance).

    9. ISDR results for 2006 illustrate an asymme-

    tric view of the country in terms of overall de-

    velopment and competitiveness, albeit more

    balanced regarding cohesion and, albeit to a

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

    14/90

    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL14

    vista da coeso e, ainda qe em menor escala,

    mais eqilibrada tambm do ponto de vista

    da qalidade ambiental, embora neste ltimo

    caso com inverso qantitativa do grpo de

    sb-regies com desempenho sperior m-

    dia nacional. Deste modo, em 30 sb-regies,

    sitavam-se acima da mdia nacional:

    9.1. no ndice global de desenvolvimento regio-

    nal, apenas cinco sb-regies - por ordemhierrqica, Grande Lisboa, Pinhal Litoral,

    Baio Voga e, marginalmente, Beira Inte-

    rior Sl e Baio Mondego [Figra 2];

    9.2. no ndice de competitividade, apenas

    qatro sb-regies - Grande Lisboa, Bai-

    o Voga, Grande Porto e Entre Doro e

    Voga, ainda qe esta ltima sb-regio

    se encontre limiarmente acima da mdia

    nacional e o desempenho da Grande Lis-boa se destaqe face ao das restantes

    [Figra 3];

    9.3. no ndice de coeso, 14 sb-regies des-

    tacando-se as segintes - Grande Lisboa,

    Baio Mondego, Pinhal Litoral, Beira Inte-

    rior Sl, Mdio Tejo, Pennsla de Setbal

    e Alto Alentejo [Figra 6]; e,

    9.4. no ndice de qualidade ambiental, 21 sb-

    regies, evidenciando-se o seginte con-

    jnto - Serra da Estrela, Beira Interior Sl,

    Alto Alentejo, Beira Interior Norte, Pinhal

    Interior Sl, Baio Alentejo, Doro, Alto

    Trs-os-Montes, Regio Atnoma da Ma-

    deira e Minho-Lima [Figra 9].

    10. Considerando as sb-regies qe, em cada

    caso, se sitam no grpo das 15 sb-regies

    com melhor desempenho, os resltados do

    ISDR revelam:

    lesser extent, also more balanced regarding

    the level of environmental quality. However,

    in the latter case there is a quantitative re-

    versal of sub-regions with performance levels

    above the national average. Hence, out of 30

    sub-regions, the following stood above the

    national average:

    9.1. as regards the overall indicator of regional

    development, only five sub-regions inhierarchical order, Grande Lisboa, Pinhal

    Litoral, Baixo Vouga and marginally,

    Beira Interior Sul and Baixo Mondego

    [Figure 2];

    9.2. as regards the competitiveness indicator,

    only four sub-regions - Grande Lisboa,

    Baixo Vouga, Grande Porto and Entre

    Douro e Vouga (the latter slightly); the

    performance of Grande Lisboa stands out

    [Figure 3];

    9.3. as regards the cohesion indicator, 14

    sub-regions, of which Grande Lisboa,

    Baixo Mondego, Pinhal Litoral, Beira

    Interior Sul, Mdio Tejo, Pennsula de

    Setbal and Alto Alentejo stand out the

    most [Figure 6]; and,

    9.4. as regards the environmental qality in-

    dicator, 21 sub-regions of which Serra da

    Estrela, Beira Interior Sul, Alto Alentejo,

    Beira Interior Norte, Pinhal Interior Sul,

    Baixo Alentejo, Douro, Alto Trs-os-Mon-

    tes, Autonomous Region of Madeira and

    Minho-Lima stand out [Figure 9].

    10. The ISDR results for the 15 sub-regions with

    the best performance illustrate:

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

    15/90

    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 15

    10.1. na competitividade , a conhecida oposio

    entre o Litoral e o Interior, com maior

    competitividade no primeiro caso, deven-

    do, no entanto assinalar-se os casos de

    ecepo do Baio Mondego e do Mdio

    Tejo (sb-regio de charneira) qe se si-

    tam abaio da mediana [Figra 3];

    10.2. na qualidade ambiental, a mesma imagem

    de oposio Litoral - Interior no Continen-te, mas invertida e no to acentada,

    com as posies speriores a caberem a

    sb-regies do Interior, ecepto nos ca-

    sos da Regio Atnoma da Madeira, do

    Minho-Lima e, tangencialmente, do Ave

    [Figra 9];

    10.3. na coeso, m Pas mais eqilibrado, sem

    ma dalidade eplcita entre o Litoral e o

    Interior, mas verificando-se algma opo-

    sio Norte - Sl, com ma clara predo-minncia de sb-regies do Sl e centro

    Sl no grpo com desempenho acima da

    mdia [Figra 6]; e,

    10.4. no ndice global de desenvolvimento regio-

    nal, ma estrtra qe, em certa medida,

    evidencia desempenhos mais positivos em

    sb-regies do Litoral: do conjnto das

    15 sb-regies com melhores desempe-

    nhos, 10 localizam-se na faia Litoral e,

    no grpo oposto, h apenas sete sb-regi-

    es litorais e de charneira - Grande Porto,

    Regio Atnoma da Madeira, Lezria do

    Tejo, Mdio Tejo, Oeste, Alentejo Litoral e

    Regio Atnoma dos Aores [Figra 2].

    11. A Grande Lisboa a nica sb-regio qe se

    sita acima da mdia em todos os ndices

    qe constitem o ISDR, sendo a Lezria do

    Tejo e o Algarve as nicas sb-regies qe se

    sitam abaio da mdia em todos os ndices.

    O facto de no haver mais sb-regies com

    comportamentos homogneos em todos os

    10.1. regardingcompetitiveness the well-known

    contrast between Coastal and Inland re-

    gions, with the Coastal area with higher

    performance; in addition it is worth noting

    the exception cases of Baixo Mondego and

    Mdio Tejo (intermediate sub-region) that

    stand below the median [Figure 3];

    10.2. as regards environmental qality the

    ISDR shows, albeit in a reversed and lesssharp manner, the same contrast between

    Coastal interior (Mainland). The highest

    ranks are thus occupied by sub-regions

    from Inland, except for the Autonomous

    Region of Madeira, Minho-Lima and mar-

    ginally Ave [Figure 9];

    10.3. as regards the cohesion component, the

    ISDR displays a more balanced coun-

    try, without explicit duality between the

    coastal and inland regions. Nevertheless,it remains some North/South contrast,

    where the Southern and Centre/Southern

    sub-regions stand above the average

    [Figure 6]; and,

    10.4. regarding the overall performance the

    ISDR partially shows better performan-

    ces in Coastal sub-regions: of the 15

    sub-regions better performers 10 are

    located on the coastal strip and, among

    the weaker performers, only seven Coas-

    tal or intermediate sub-regions, Grande

    Porto, Autonomous Region of Madeira,

    Lezria do Tejo, Mdio Tejo, Oeste, Alentejo

    Litoral and Autonomous Region of Aores

    [Figure 2].

    11. Grande Lisboa stands alone above average

    as far as all indices comprising the ISDR are

    concerned while Lezria do Tejo and Algarve

    stand below average in all indices. It is no sur-

    prise that no other sub-regions have homoge-

    neous behaviour in all indices, when taking

    into account tensions between occurrences

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

    16/90

    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL16

    ndices afigra-se epectvel tendo em conta

    as tenses entre os fenmenos representados

    em cada ma das componentes, particlar-

    mente entre a competitividade e a qalidade

    ambiental, cja correlao entre os respec-

    tivos ndices de -0,6. Estes resltados so

    tambm reveladores da compleidade do de-

    senvolvimento regional, qando interpretado

    sob ma perspectiva mltidimensional.

    12. Na evolo do ISDR entre 2004 e 2006, h

    a assinalar os segintes factos principais:

    12.1. ao nvel do Pas, o ndice qe registo

    maior crescimento foi o da qualidade

    ambiental, com 1%, segindo-se o ndice

    globale o ndice de competitividade com

    valores positivos mas inferiores, respecti-

    vamente, 0,2% e 0,1%. O ndice de coeso

    registo m decrscimo de 0,4%;

    12.2. no caso do ndice global de desenvolvi-

    mento regional, 17 sb-regies registaram

    ma variao do desempenho sperior

    mdia, tratando-se na sa maioria de sb-

    regies do Interior qe, em 2004, regis-

    tavam desempenhos inferiores mdia

    [Figras 14 e 15];

    12.3. no caso do ndice de competitividade, 19

    sb-regies registaram ma variao do

    desempenho sperior mdia (sendo sete

    do Litoral) e, das trs sb-regies qe em

    2004 registavam m desempenho spe-

    rior mdia, o Baio Voga e o Grande

    Porto cresceram acima da mdia, enqan-

    to a Grande Lisboa cresce abaio desse

    referencial [Figras 16 e 17];

    12.4. no caso do ndice de coeso, 19 sb-regi-

    es cresceram acima da mdia, embora

    apenas 15 tenham registado ma evo-

    lo positiva. Das sb-regies qe em

    2004 estavam abaio da mdia, os desem-

    penhos pioraram em cinco sb-regies do

    in each component, in particular across

    competitiveness and environmental quality

    (correlation of -0.6). These results also show

    the complexity of regional development when

    interpreted through a multidimensional pers-

    pective.

    12. Between 2004 and 2006 some key facts

    should be highlighted:

    12.1. for the country as a whole, environmen-

    tal qality indicator grew the most (1%),

    followed by the overall indicator and the

    competitiveness indicator both with lower

    values but still positive, 0.2% and 0.1%

    respectively. The cohesion indicator, in

    turn, declined by 0.4%;

    12.2. concerning the overall indicator of regional

    development: 17 sub-regions grew above

    the average, mostly sub-regions of the

    Inland which had performed below avera-

    ge in 2004 [Figures 14 & 15];

    12.3. concerning the competitiveness indica-

    tor: 19 sub-regions performed above ave-

    rage (seven from the Coast); out of the

    three above average performers in 2004,

    Baixo Vouga and Grande Porto have grown

    above average, while Grande Lisboa has

    grown below average [Figures 16 & 17];

    12.4. regardingcohesion: 19 sub-regions grew

    above average, although only 15 with a

    positive trend. From the 2004 below ave-

    rage sub-regions, five from the North

    (Entre Douro e Vouga, Douro, Ave, Cvado

    and Tmega), three from Inland Centro

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

    17/90

    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 17

    Norte (Entre Doro e Voga, Doro, Ave,

    Cvado e Tmega) e em trs do Interior

    Centro (Pinhal Interior Norte, Do-Lafes e

    Beira Interior Norte), para alm do Algarve

    [Figras 18 e 19]; e,

    12.5. no caso da qualidade ambiental, 19 sb-

    regies registaram taas de variao do

    desempenho positivas, embora apenas em

    14 casos acima da mdia nacional. Des-tas ltimas, qatro sitavam-se abaio da

    mdia nacional em 2004 e eram do Litoral

    (Algarve, Grande Lisboa e Oeste) o ins-

    lares (Regio Atnoma dos Aores), e 10,

    maioritariamente do Interior, sitavam-se

    j acima da mdia nacional em 2004 [Fi-

    gras 20 e 21].

    13. Tendo em conta as variaes de distncia face

    mdia nacional entre 2004 e 2006, pos-

    svel conclir sobre comportamentos conver-gentes (aproimao mdia) e divergentes

    (afastamento da mdia):

    13.1. no caso do ndice global de desenvolvi-

    mento regional, apenas nove sb-regies

    registaram divergncia face mdia,

    destacando-se as trajectrias da Cova da

    Beira e da Regio Atnoma da Madeira

    [Figra 23];

    13.2. no caso da competitividade , a divergncia

    acontece em 13 sb-regies, evidencian-

    do-se o afastamento relativamente m-

    dia nacional registado na Regio Atno-

    ma da Madeira, na Regio Atnoma dos

    Aores e no Baio Mondego [Figra 25];

    13.3. no caso da coeso, a divergncia ocorre

    em 13 sb-regies, salientando-se, em

    particlar, a evolo registada no Baio

    Mondego, no Mdio Tejo e na Beira Inte-

    rior Sl, na seqncia de ma variao do

    desempenho positiva [Figra 27]; e,

    (Pinhal Interior Norte, Do-Lafes and

    Beira Interior Norte); and Algarve, have

    deteriorated their results [Figures 18 &

    19]; and,

    12.5. regardingenvironmental qality: 19 sub-

    regions have recorded improved perfor-

    mance, although only 14 of them above

    national evolution. Among the latter,four sub-regions from the coast (Algarve,

    Grande Lisboa and Oeste) or the islands

    (Autonomous Region of Azores) were be-

    low the national average in 2004. In turn,

    10 sub-regions, mostly from the Interior,

    were above national average already in

    2004 [Figures 20 & 21].

    13. Taking into consideration the changes of the

    distance to the national average between

    2004 and 2006 one can identify convergingand diverging behaviours (moves closer to

    and away from the average):

    13.1. as regards the overall indicator of regional

    development: only nine sub-regions diver-

    ged from the average, in particular Cova

    da Beira, and the Autonomous Region of

    Madeira [Figure 23];

    13.2. as regardscompetitiveness: some diver-

    gence was observed in 13 sub-regions, and

    particularly in the Autonomous Region

    of Madeira, the Autonomous Region of

    Azores and Baixo Mondego [Figure 25];

    13.3. as regards cohesion, divergence was

    observed in 13 sub-regions, and worth

    noting changes in Baixo Mondego, Medio

    Tejo and Beira Interior Sul due to positive

    growth rates [Figure 27]; and,

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

    18/90

    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL18

    13.4. no caso da qualidade ambiental, 18 sb-

    regies registaram m distanciamento

    face mdia nacional, destacando-se os

    comportamentos verificados no Doro, no

    Pinhal Interior Sl e na Serra da Estrela,

    em resltado de ma taa de variao do

    desempenho positiva [Figra 29].

    13.4. as regardsenvironmental qality, 18 sub-

    regions experienced a divergence process,

    in particular, Douro, Pinhal Interior Sul

    and Serra da Estrela as a result of positive

    growth rates [Figure 29].

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

    19/90

    INTRODuO

    O Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relaes Internacionais (DPP) tem por misso,

    no mbito do Ministrio do Ambiente, do Ordenamento do Territrio e do Desenvolvimento

    Regional, garantir o apoio tcnico formlao de polticas, ao planeamento estratgico e ope-

    racional. O Institto Nacional de Estatstica (INE) tem por misso prodzir e divlgar de formaeficaz, eficiente e isenta, informao estatstica oficial de qalidade, designadamente, informao

    estatstica de base territorial.

    No mbito de m protocolo celebrado entre o INE e o DPP em 2007, de-se incio a m projecto

    para a constro de m ndice sinttico de desenvolvimento regional (ISDR) para Portgal, qe

    permitisse beneficiar de anteriores eperincias do mesmo tipo realizadas no Pas1, com o ob-

    jectivo de disponibilizar, com ma periodicidade bienal, resltados qe permitam acompanhar

    as assimetrias regionais e apoiar a anlise de conteto das polticas pblicas territorializadas

    o com impactos territoriais diferenciados.

    A principal valncia dos indicadores compsitos reside na capacidade de integrar ma vastaqantidade de informao nm formato de leitra simples (OECD, 2003: 3). Esta caracterstica

    torna os indicadores compsitos nm elemento facilitador da anlise de fenmenos compleos,

    sendo especialmente interessantes para sportar a avaliao objectiva de fenmenos mlti-di-

    mensionais. Na realidade, significa transformar m conjnto de indicadores simples, relacionados

    com determinado fenmeno, nm nico indicador sinttico e de fcil leitra. Neste sentido, os

    indicadores compsitos constitem ma ferramenta til, simltaneamente, para os decisores

    de poltica porqe fornecem informao de sporte tomada de deciso e para a sociedade

    civil porqe permitem apreender com facilidade a evolo de fenmenos compleos.

    So vrios os eemplos de tilizao de indicadores compsitos para a monitorizao de fe-

    nmenos compleos ao nvel internacional2 e a discsso sobre a importncia deste tipo deindicadores para o acompanhamento das trajectrias de desenvolvimento encontra-se na agenda

    poltica internacional: o Frm Mndial da OCDE realizado em 2007 atribi especial importncia

    a esta temtica, bem como a conferncia internacional Beyond GDP dinamizada pela Comisso

    Eropeia no mesmo ano. Simltaneamente, a Comisso Eropeia e o Erostat tm vindo a pro-

    mover aces no sentido de divlgar a importncia dos indicadores compsitos.

    Do ponto de vista territorial, os indicadores compsitos so particlarmente apelativos por

    permitirem hierarqizar o desempenho de diferentes nidades territoriais, avaliar a respectiva

    evolo ao longo do tempo e, conseqentemente, conhecer melhor os processos de conver-

    gncia territorial.

    1 Como o caso do ndice de Desenvolvimento Econmico e Social do DPP (Carvalho e Matias, 2004) e do ndice Sinttico de

    Competitividade e Coeso Territorial (ISCCT) (Mates et al., 2005).2 Bandra (2006) refere 165 ndices compsitos.

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

    20/90

    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL20

    Contdo, a qalidade de m indicador compsito est, natralmente, dependente da disponi-

    bilidade da informao com relevncia analtica para o fenmeno qe est a ser medido. Para

    alm da seleco da informao de base, a constro de indicadores compsitos implica tomar

    vrias opes metodolgicas, nomeadamente no qe respeita a mtodos de normalizao dos

    indicadores de base, a mtodos de agregao e ponderao destes indicadores e ainda a mtodos

    de apresentao do resltado final por forma a garantir a facilidade de leitra e interpretao.

    Deste conjnto de procedimentos, reslta m distanciamento entre a informao de base se-

    leccionada para retratar determinado fenmeno e os resltados do ndice e condz, no raras

    vezes, referenciao dos indicadores compsitos como poco transparentes e de redzida

    robstez (OECD et al., 2008: 13). , por isso, fndamental garantir qe a disponibilizao dosresltados provenientes deste tipo de indicadores seja correspondida por metainformao qe

    tradza as opes metodolgicas associadas aos resltados e delimite o mbito das potencia-

    lidades analticas do ndice.

    Importa, assim, referir qe o apramento do ISDR foi sstentado nma anlise de sensibilidade

    robstez dos resltados na qal, para alm da anlise de pertinncia dos indicadores esco-

    lhidos, se procede a ma anlise comparativa de diferentes cenrios de apramento do ISDR,

    nomeadamente os correspondentes a diferentes mtodos de normalizao e agregao, bem

    como a ma anlise dos impactos nas revises do histrico do ISDR. No sentido de sstentar a

    robstez dos resltados, promove-se ma sesso de discsso com m grpo de especialistas,

    sobre as opes de conceptalizao e de operacionalizao do ISDR, bem como sobre os sesresltados, com base nma verso preliminar do ISDR.

    O ISDR contempla as dimenses competitividade e coeso, semelhana da estrtra adoptada

    em Mates et al. (2005), s qais se adiciono a dimenso qualidade ambiental, tendo em conta

    a sa importncia nm conceito alargado de desenvolvimento regional. Estas trs dimenses

    permitem acompanhar as trajectrias de evolo comparada das posies relativas das regi-

    es portgesas, assegrando ma representatividade espacial correspondente s sb-regies

    NuTS III e a estimao de resltados para Portgal, para as regies NuTS II em vigor e para a

    delimitao correspondente aos mbitos de actao das Comisses de Coordenao e Desen-

    volvimento Regional e dos Governos Regionais (verso de 2001 das NuTS II).

    Este projecto tem como principal referncia, no qe diz respeito pertinncia da informao

    estatstica de base territorial, o Sistema de indicadores de monitorizao do conteto em qe

    se desenrolam as polticas pblicas, desenvolvido na Seco Permanente de Estatsticas de Base

    Territorial do Conselho Sperior de Estatstica, e qe reslto do trabalho conjnto de vrias

    entidades, entre as qais se inclem o Observatrio do QREN, as Comisses de Coordenao e

    Desenvolvimento Regional, os Governos Regionais, o DPP e o INE.

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

    21/90

    1. FACTORES DE ENQUADRAMENTO

    Nesta seco, apresentam-se algmas das grandes dinmicas qe caracterizam actalmente a

    economia internacional e a sa reorganizao espacial e qe condicionam o desenvolvimentodos territrios.

    As polticas regionais tm vindo a assmir contornos sbstancialmente diferentes dos prevale-

    centes nm passado no mito distante, destacando-se trs aspectos essenciais da geoeconomia

    internacional qe as inflenciam:

    a globalizao, com a crescente mobilidade de prodtos, capitais e recrsos hma-

    nos (especialmente, os mito qalificados) em direco s economias emergentes,

    sobretdo da sia, colocando problemas graves s regies do Ocidente, em par-

    ticlar, s regies cjo processo prodtivo mito baseado nas fases rotineiras e

    massificadas da prodo indstrial e terciria;

    a deslocalizao empresarial para as regies emergentes, qe impe s economias

    ocidentais a necessidade de evolir para actividades intensivas em conhecimento

    e criatividade, qe apresentam ma menor capacidade de absoro de recrsos

    hmanos, em especial no qalificados; e,

    a problemtica ambiental, qe tem vindo a ganhar novas dimenses com as alte-

    raes climticas e a necessidade de sbstitio de fontes de energia, criando

    algmas restries, mas tambm gerando oportnidades, ao desenvolvimento das

    regies.

    Deste modo, a viso tradicional da poltica regional, na qal as respostas e orientaes obedeciam

    predominantemente a ma lgica redistribtiva, limitadora da importncia das especificidades

    de base territorial na configrao de estratgias de desenvolvimento regional, tem vindo a

    ser scessivamente reformlada. A viso de qe m amento do rendimento das regies mais

    pobres e m acesso mais eqitativo a bens pblicos orientados para a satisfao das necessi-

    dades bsicas condziriam ao se desenvolvimento altero-se, de modo a ir ao encontro das

    novas realidades: a necessidade de conjgar os aspectos da coeso econmica e social com os

    da competitividade e, mais recentemente, com os da sstentabilidade ambiental.

    PARTE I

    OS NOVOS DESAFIOS DODESENVOLVIMENTO REGIONAL E DAS

    POLTICAS TERRITORIALIZADAS

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

    22/90

    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL22

    Este eqilbrio, epresso na designada coeso territorial, permiti desenvolver ma leitra

    mais abrangente sobre o desenvolvimento das regies ao considerar aspectos como o percrso

    histrico, a cltra, as infra-estrtras fsicas, o dinamismo de base local, a capacidade organi-

    zativa dos agentes locais e os recrsos hmanos e natrais. Trata-se, assim, de m conceito de

    desenvolvimento assente no eqilbrio entre a valorizao dos recrsos locais para a afirmao

    regional nm mercado organizado escala global e as macro-orientaes de poltica qe releva

    o conceito de polticas pblicas de base territorial (Figeiredo, 2006).

    O objectivo destas polticas, qer ao nvel nacional, qer ao nvel erope comnitrio passa

    assim a ser o de dotar os territrios com os necessrios factores de coeso, de competitivida-de e de qalidade ambiental, promovendo ma maior e melhor integrao entre os diferentes

    territrios nma perspectiva de eficincia e eqidade globais.

    2. A INTEGRAO EUROPEIA E O DESENVOLVIMENTO REGIONAL: DA COESO ECONMICA

    E SOCIAL COMPETITIVIDADE E SUSTENTABILIDADE

    Nesta seco, apresentam-se os desafios com qe se deparam actalmente as polticas territo-

    rializadas e a relao destas com o desenvolvimento regional, tendo como referncia particlar

    o conteto erope.

    Os scessivos passos de alargamento geogrfico da Comnidade Eropeia e de aprofndamento

    da integrao (Mercado nico e Moeda nica) significaram a entrada, na maior parte dos casos,

    de regies e pases menos desenvolvidos e ma maior eposio concorrncia, o qe condzi

    ao reforo da poltica regional eropeia, com a dplicao das dotaes financeiras em 1989-

    1993 e em 1994-1999, acompanhada de ma alterao nas regras de actao no sentido de

    ma reorientao estratgica das decises de investimento. Para alm dos deseqilbrios ter-

    ritoriais agravados, as regies mais desenvolvidas da Eropa confrontam-se progressivamente

    com condies de concorrncia mais eigentes, movidas pelos EuA, pelo Japo e por pases

    com economias emergentes, nm qadro de vlnerabilidade acrescida face globalizao e s

    deslocalizaes empresariais associadas.

    Neste conteto, tornaram-se progressivamente mais intensas as preocpaes com a coeso

    territorial, tendo em conta os impactos da globalizao e os potenciais de eclso social as-

    sociados s novas vertentes de desenvolvimento econmico baseadas na economia do conheci-

    mento. A aprovao da Estratgia de Lisboa, em 20003, veio ao encontro destas preocpaes

    ao definir como objectivo estratgico da unio Eropeia: garantir m crescimento econmico

    sstentado, com mais e melhores empregos e coeso social.

    Em 2001, a dimenso ambiental foi adicionada Estratgia de Lisboa, no Conselho Erope

    de Gotembrgo4, gerando-se assim ma estratgia de crescimento sstentado assente em trs

    pilares: econmico, social e ambiental. As orientaes da poltica regional passaram a integrar

    esta nova abordagem e ganharam epresso, em 2005, na Estratgia de Lisboa renovada, cjas

    3 Conselho da Eropa (2000).4 Conselho da Eropa (2001).

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 23

    prioridades estiveram na base da definio da actal poltica regional eropeia dando lgar,

    em 2006, a ma nova gerao de polticas epressa nos qadros de referncia estratgicos

    nacionais para o perodo de 2007 a 2013.

    Foram adoptadas, neste mbito, as orientaes estratgicas comnitrias 5 em matria de

    coeso econmica, social e territorial, com o objectivo de fomentar os contedos estratgicos

    da poltica de coeso com vista ao reforo das sinergias para ajdar a atingir os objectivos da

    Agenda de Lisboa renovada. Em particlar, aqelas orientaes visam contribir para a defini-

    o de polticas qe indzam a redo das disparidades entre os nveis de desenvolvimento

    das diferentes regies e o desenvolvimento das regies menos favorecidas (qe, no contetoda atribio dos fndos comnitrios para a coeso correspondem s regies com m PIB per

    capita, em paridades de poder de compra, inferior a 75% da mdia comnitria), inclindo as

    zonas rrais. As orientaes procram estabelecer o eqilbrio entre o dplo objectivo da Agenda

    (promoo do crescimento e do emprego) e a coeso territorial e serviram de qadro indicativo

    para os Estados-Membros na preparao dos qadros de referncia estratgicos nacionais e dos

    programas operacionais, para o perodo de 2007 a 2013.

    5 Deciso do Conselho, de 6 de Otbro de 2006, relativa s orientaes estratgicas comnitrias em matria de Coeso

    (Jornal Oficial da unio Eropeia, L 291, de 21.10.2006).

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    1. OPES DE CONCEPTUALIZAO

    Nesta seco, so descritas as opes sbjacentes conceptalizao do ISDR qe condzem

    a ma estrtrao do ndice em dois nveis: o global e o relativo s trs componentes - com-petitividade, coesoe qualidade ambiental.

    Face ao eposto na Parte I, torna-se pertinente qe o ISDR, enqanto instrmento qe visa mo-

    nitorizar a evolo dos deseqilbrios regionais, contemple ma estrtra representativa das

    trs dimenses fndamentais do desenvolvimento regional: competitividade, coesoe qualidade

    ambiental, qe se compaginam com a Estratgia de Lisboa renovada.

    Para tal, recorde-se o acordo alcanado no Conselho Erope de Gotembrgo, em Jnho de

    2001, em termos de ma estratgia para o desenvolvimento sstentvel (os efeitos econmicos,

    sociais e ambientais de todas as polticas devero ser analisados de forma coordenada e tidos

    em conta no processo de deciso), qe se tradzi em acrescentar a dimenso ambiental aoprocesso de Lisboa relativo ao emprego, reforma econmica e coeso social: O desenvolvi-

    mento sstentvel - qe spre as necessidades da gerao presente sem comprometer as das

    geraes ftras - m objectivo fndamental lz dos Tratados, qe eige abordar as polticas

    econmicas, sociais e ambientais, para qe estas se reforcem mtamente. A incapacidade para

    inverter as tendncias qe ameaam a ftra qalidade de vida amentar em mito os cstos

    para a sociedade o tornar tais tendncias irreversveis.6. O conceito de desenvolvimento

    sstentvel do glossrio erope7 concretiza aqele objectivo fndamental: (...) m desenvol-

    vimento economicamente eficaz, socialmente eqitativo e ecologicamente sstentvel..

    O ISDR, para alm de posicionar cada regio no conteto nacional em termos de desenvolvimento

    regional atravs do ndice global, pretende eprimir a sitao de cada regio em termos decada ma daqelas trs grandes dimenses. Neste entendimento, as polticas pblicas infliro

    nos desempenhos regionais em termos de desenvolvimento, no apenas pelas medidas espe-

    cificamente orientadas para cada ma das NuTS, mas tambm pelos impactos das polticas

    sectoriais.

    6 Conselho da Eropa (2001).7 http://eropa.e/scadpls/glossary/sstainable_development_pt.htm

    PARTE II

    CONCEPTuALIZAO EOPERACIONALIZAO

    DO NDICE SINTTICO DEDESENVOLVIMENTO REGIONAL

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL26

    A competitividade

    A noo de competitividade assme matizes diversos, consoante seja aplicada s empresas e s

    actividades prodtivas, o aos territrios e, dentro destes, s naes o s regies. Interessa,

    por isso, revisitar o conceito de competitividade na sa aplicao aos territrios.

    Em termos comnitrios, a abordagem da competitividade enqadra-se no pressposto de qe

    se a unio Eropeia pretende ser competitiva, indispensvel qe se torne mais eficaz em

    termos de investigao, inovao, tecnologias da informao e da comnicao, empreendedo-

    rismo, concorrncia, edcao e formao8. Nesta acepo, a competitividade versa claramente

    a eficincia das actividades prodtivas, informando polticas qe incidem sobre os factores

    prodtivos, a inovao e as infra-estrtras do conhecimento.

    A convivncia com a concorrncia, em particlar internacional, tambm m factor de compe-

    titividade ma vez qe condz a ganhos de prodtividade dados os estmlos qe da decor-

    rem, tanto porqe a capacidade eportadora se baseia nm processo de aprendizagem, como

    porqe os mercados de eportao tendem a seleccionar as empresas mais eficientes. Mas a

    capacidade de colocar bens e servios nos mercados eternos no esgota o processo de in-

    ternacionalizao da prodo: por eemplo, a presena de capital estrangeiro (em particlar,

    atravs de investimento directo estrangeiro) , igalmente, m factor de competitividade dada

    a natral selectividade do mesmo.

    Deste modo, pode dizer-se qe m territrio competitivo qando capaz de vencer a concor-rncia no mercado internacional, no apenas em termos de comrcio, mas tambm em termos

    de captao de investimento e de recrsos hmanos qalificados e de atraco de visitantes.

    8 http://eropa.e/scadpls/glossary/competitiveness_pt.htm

    Estrtrao do ndice Sinttico de Desenvolvimento Regional Figra 1

    NDICE DE

    COMPETITIVIDADE

    NDICE DE

    COESO

    NDICE DE

    QUALIDADEAMBIENTAL

    NDICE GLOBAL

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    Todavia, o conceito de competitividade alarga-se noo de bem-estar das poplaes. Deste

    modo, de acordo com o Relatrio da Competitividade de 2003, da Comisso Eropeia, a com-

    petitividade revela-se nm elevado e crescente nvel de vida de ma nao, com o mais baio

    nvel de desemprego involntrio possvel, nma base sstentada9 e, nma comnicao da

    Comisso Eropeia, em 2002, a competitividade era referida como m crescimento sstentado

    do rendimento real e dos padres de vida das regies e das naes, com trabalho disponvel

    para todos aqeles qe desejam encontrar emprego10.

    A coeso

    As dimenses abrangidas pelo conceito de coeso econmica e social11 vo desde o desempe-

    nho econmico, a criao de riqeza e a distribio do rendimento ao acesso eqilibrado da

    poplao aos eqipamentos e servios colectivos. Porm, a noo de mera inclso social tem

    sido progressivamente alargada ideia de qe ma sociedade coesa aqela qe capaz de

    gerar sentimentos de identidade e solidariedade assentes em valores comns. Por eemplo,

    para o governo francs social cohesion is a set of social processes that help instil in individu-

    als the sense of belonging to the same community and the feeling that they are recognised as

    members of that community12. Assim, a coeso social ltrapassa o acesso eqilibrado aos

    eqipamentos colectivos, estendendo-se a otro tipo de necessidades (habitao, por eemplo)

    e de oportnidades (acesso ao mercado de trabalho, por eemplo) e a otras dimenses qe

    tambm conferem aos indivdos m sentimento de pertena.

    No conteto erope, a coeso econmica e social remonta ao Tratado de Roma (1957), tendo

    sido scessivamente reforada nos tratados sbseqentes. essencialmente concretizada atra-

    vs da poltica regional eropeia. De acordo com o glossrio erope13, a coeso econmica

    e social eprime a solidariedade entre os Estados-Membros e as regies da unio Eropeia.

    Favorece o desenvolvimento eqilibrado do territrio comnitrio, a redo das diferenas

    estrtrais entre as regies da unio, bem como a promoo de ma verdadeira igaldade de

    oportnidades entre as pessoas.

    Em termos territoriais, a coeso econmica e social previne o agravamento das desigaldades

    entre regies e, por isso, refora a identificao das poplaes com a nao e com o espao

    comnitrio, e contribi para o aproveitamento dos respectivos potenciais globais de cresci-

    mento. Esta abordagem eige qe os problemas e as oportnidades especficos de cada tipo de

    territrio (de qe constitem eemplos as reas rrais, as reas rbanas perifricas e as regies

    ltraperifricas) sejam abordados de forma diferenciada.

    9 Comisso Eropeia (2003).10 Eropean Comission (2002).11Como referido anteriormente, a noo de coeso territorial corresponde epresso do eqilbrio entre competitividade, coeso

    econmica e social e qalidade ambiental.12 Eropean Concil (2005).13 http://eropa.e/scadpls/glossary/economic_social_cohesion_pt.htm

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    A qualidade ambiental

    O crescimento econmico e a epanso rbana tm impactos ambientais qe colocam em casa

    m processo sstentvel de desenvolvimento. Atravs da actividade econmica, eploram-se

    recrsos natrais e emitem-se elementos polentes, o qe eige medidas de racionalizao do

    so dos recrsos natrais no renovveis e de proteco do ambiente, promovendo a sa valo-

    rizao. A epanso rbana difsa e desordenada desperdia solos, desvitaliza os centros das

    cidades e cria necessidades de comtao geradoras de congestionamentos e de eternalidades

    negativas, nomeadamente as ambientais.

    Assim, torna-se necessria ma eigncia cada vez maior em termos de padres ambientais de

    sporte ao crescimento econmico e rbano. Esta eigncia, qe no crto prazo poder afectar

    algns factores de competitividade das empresas, desencadeia porm inovaes ssceptveis

    de amentarem a eficincia das actividades, por via da redo das referidas eternalidades, e/

    o de se constitrem em oportnidades de negcio (as indstrias ambientais e relacionadas).

    Essas inovaes contribiro para tilizaes das matrias-primas e da energia tambm mais

    eficientes e respeitadoras do ambiente, melhorando no s a competitividade das empresas

    (estratgias competitivas de criao de valor ao nvel das novas energias mais eficientes, por

    eemplo), mas tambm a dos territrios em qe se inserem, pois a qalidade do ambiente

    constiti m factor de atractividade das pessoas (empresrios, trabalhadores, nomeadamente

    do conhecimento e criativos, e visitantes) e das empresas.

    Para alm disso, a implementao de ma organizao rbana mais sstentvel cria tambm

    oportnidades para actividades prodtivas, para ma maior eficincia da generalidade das

    actividades econmicas e para ma maior qalidade de vida dos cidados em cada regio.

    Reciprocamente e de ma forma mais abrangente, os comportamentos de pessoas e organizaes

    inflem na qalidade dos parmetros ambientais, eigindo-se prticas qotidianas ambiental-

    mente sstentveis, qe promovam a tilizao eficiente dos recrsos (consmo da ga, por

    eemplo) e redzam a presso sobre as componentes natrais dos sistemas ambientais (prticas

    de mobilidade sstentvel com impacto na redo de emisses, por eemplo).

    A tridimensionalidade implcita nas componentes do ISDR

    Na conceptalizao terica e estatstica de cada componente do ISDR (competitividade, coeso

    e qualidade ambiental), procro-se ter em conta ma lgica tridimensional do fenmeno qe

    se pretende representar, qe condzi a qe cada componente pdesse ser entendida como o

    resltado conjnto das condies para m melhor desempenho, dos comportamentos e das

    polticas pblicas e privadas qe corporizam processos de transformao das condies e dos

    resultados qe eprimem de forma mais aproimada a concretizao dos objectivos delineados.

    No caso da componente qualidade ambiental, distinge-se entre: presso, resposta e estado,

    de acordo com o modelo PER (Presso-Estado-Resposta) (OECD, 1993).

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 29

    A lgica tridimensional de cada componente tem significados diferenciados, como se procra

    eprimir de segida:

    na componentea) competitividade, as condies eprimem o potencialeistente em

    termos de caractersticas determinantes para qe a regio seja competitiva, como

    os recrsos hmanos e as infra-estrtras fsicas. Os processos correspondem

    trajectria, em termos de eficincia, do fncionamento das actividades prodtivas

    por via das dinmicas edcacional, profissional e empresarial e da adaptabilidade do

    processo prodtivo a novas realidades. Os resultados eprimem a eficciada evolo

    econmica na gerao e atraco de riqeza e a eficcia na capacidade de o territriocompetir no conteto internacional;

    na componenteb) coeso, as condies evidenciam o gra de acessoda poplao aos

    eqipamentos e servios colectivos bsicos, bem como a qalidade desta oferta; os

    processos procram eprimir dinmicas qe contribem para m maior potencial

    de inclusosocial, decorrente de comportamentos e de polticas pblicas e privadas;

    e os resultados reflectem a qalidade de vida e as disparidades na distribio do

    rendimento, eprimindo a eficciadas polticas pblicas no domnio da coeso eco-

    nmica e social;

    no mbito da classificao dos indicadores qe integram a componentec) qualidade

    ambientaldo ISDR, opto-se pelo modelo PER (Presso-Estado-Resposta) (OECD, 1993),

    aplicado a Portgal na Proposta para m Sistema de Indicadores de Desenvolvimento

    Sstentvel SIDS (DGA, 2000). Este modelo caracteriza-se por evidenciar as presses

    eercidas sobre o meio ambiente pelas actividades econmicas e prticas sociais (por

    eemplo, emisses polentes), as qais podem condzir a alteraes do estado do

    mesmo (por eemplo, alteraes nos nveis da qalidade da ga para consmo hma-

    no); com vista a redzir e a prevenir as presses e a melhorar o estado do ambiente,

    a sociedade responde com comportamentos, programas e polticas adeqadas.

    Dificldades de ordem conceptal e estatstica, limitativas das possibilidades de representati-

    vidade eqilibrada de cada ma daqelas dimenses, desaconselharam a atonomizao das

    mesmas ao nvel de cada componente do ISDR.

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    2. OPES DE OPERACIONALIZAO

    Nesta seco, so apresentados os critrios qe sportaram a operacionalizao do ndice. Em

    concreto, so descritos os procedimentos de tratamento dos indicadores e o algoritmo qe

    permite a agregao dos indicadores em ndices parciais para posterior obteno de m ndice

    global, bem como as potencialidades analticas do ndice, designadamente nm conteto de

    evolo temporal.

    2.1. Caractersticas dos indicadores

    Tendo em conta os objectivos do ISDR, anteriormente referidos, adoptaram-se como referenciais

    territoriais as NuTS III, ainda qe os resltados sejam igalmente disponibilizados para as NuTS II.

    A necessidade de operacionalizar o ndice ao nvel das NuTS III coloco restries adicionais

    seleco dos indicadores, decorrentes da menor disponibilidade de informao estatstica a

    este nvel territorial. Por otro lado, o ISDR deve ter por base m sistema de indicadores de

    base anal (pelas sas caractersticas de operacionalizao), ainda qe a difso dos resltados

    tenha ma periodicidade bienal.

    A fase de seleco dos indicadores essencial j qe a qalidade do indicador compsito de-

    pende da qalidade dos indicadores de base qe o compem. Assim, a seleco dos indicadores

    de base teve em conta, por m lado, a sa relevncia analtica para os domnios de anlise e,

    por otro lado, a disponibilidade e qalidade desta informao com a desagregao espacial e

    a periodicidade pretendidas.

    Nma primeira fase, procede-se a ma avaliao prospectiva14 da informao disponvel no

    perodo de referncia do ndice, procrando redzir os desfasamentos entre os momentos de

    referncia dos dados e os momentos de referncia do ndice. Os indicadores seleccionados no

    abrangem variaes temporais, na medida em qe o ndice deve reflectir apenas as caractersti-

    cas da estrtra socioeconmica de cada regio nm determinado ano, devendo a avaliao da

    dinmica do desenvolvimento regional ser monitorizada com base na comparao inter-temporal

    do prprio ndice.

    Qando o objectivo se prende com o clclo de m indicador compsito para ma srie temporal,

    h cidados acrescidos j qe se deve assegrar qe os indicadores de base esto disponveis ao

    longo do perodo de tempo pretendido, de forma a no comprometer a comparabilidade inter-

    temporal. Na realidade, ma alterao do valor o da hierarqia de determinada regio, entre

    dois momentos do tempo, pode no se dever a ma alterao de desempenho nessa nidade

    territorial, mas apenas a ma melhoria da qalidade da informao o a ma alterao meto-

    dolgica. A informao estatstica deve, assim, para alm de possir ma qalidade aceitvel e

    de ser comparvel territorialmente, obedecer ao reqisito da comparabilidade temporal.

    14 O qe obrigo a algma avaliao da continidade das fontes estatsticas a tilizar, pese embora a sa falibilidade.

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 31

    Foi ainda tida em conta a necessidade dos indicadores serem definidos e seleccionados em

    termos relativos, ma vez qe os valores absoltos reflectem a dimenso das regies.

    A seleco dos indicadores representativos, para cada NuTS, condzi a ma matriz de indica-

    dores cja dimenso (R J) foi determinada pelo nmero de NuTS R(em linha) e pelo nmero deindicadores disponveisJ(em colna). Qalqer elemento

    rjdesta matriz respeita observao,

    na NuTS r, do comportamento do indicadorj.

    Assegro-se ma relao de sentido positivo entre todos os elementos desta matriz e o gra de

    desenvolvimento, o qe implico qe, em algns casos, os indicadores tivessem qe ser sjeitosa m tratamento especfico como se eplicita adiante no procedimento de normalizao.

    Tendo em conta a necessidade de acatelar a no sobrevalorizao de dimenses analticas

    dentro de cada ndice parcial, procede-se a ma anlise da correlao entre os indicadores de

    base. A possvel eistncia de indicadores fortemente correlacionados foi alvo de estdo, de

    forma a decidir sobre a respectiva eliminao, ma vez qe nem sempre o tipo de informao

    fornecido pelos indicadores ecldos cabalmente assegrado pelos qe permanecem na

    anlise. Com efeito, ma correlao elevada pode no implicar redndncia o dpla conta-

    gem e, neste caso, no deve ser evitada (veja-se, no Aneo 2, a matriz de correlaes entre os

    indicadores de base).

    2.2. O algoritmo

    Com a constro do ISDR, pretende-se transformar m conjnto de indicadores simples, ils-

    trativos de determinadas facetas do desenvolvimento e ssceptveis de evoles diversas, nm

    conjnto de indicadores compsitos, representativos de cada ma das dimenses da realidade a

    analisar e do se conjnto. Deste modo, os indicadores compsitos tm a capacidade de resmir

    fenmenos compleos e mlti-dimensionais, como o caso do desenvolvimento regional.

    O ISDR, na sa primeira aplicao, reporta-se aos anos de 2004 e 2006. A sa constro teve

    por base a seleco de m conjnto de indicadores de natreza econmica, social e ambiental

    relativos s NuTS, qe, neste conteto, se designam de indicadores de base.

    Com base nas opes conceptais j eplicitadas, o ISDR est estrtrado em dois nveis: o

    global e o relativo s trs componentes - competitividade, coesoe qualidade ambiental. Cada

    componente obtida por agregao dos indicadores de base e o ndice global obtido por

    agregao das componentes.

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL32

    Procedimento de normalizao

    Os indicadores seleccionados so medidos em nidades o escalas diferentes, tornando-se as-

    sim fndamental epress-los nma nidade de medida e nma escala comns. A normalizao

    serve este objectivo, eprgando as diferenas de valores entre indicadores das diferenas de

    nidades de medida e de escalas.

    A escolha do mtodo de normalizao deve ter em conta, por m lado, as caractersticas dos

    vrios indicadores e, por otro lado, os objectivos do indicador compsito. H vrios factores

    qe podem inflenciar a escolha do mtodo de normalizao tais como: se os comportamentosecepcionais devem ser sobrevalorizados o no, se o valor de determinada nidade territorial

    deve o no ser considerado m valor de referncia o se a varincia (o desvio-padro) dos

    indicadores deve ser tida em conta. Aps ensaios efectados com vrios mtodos de normaliza-

    o, seleccionaram-se, nma primeira fase, os dois mtodos mais tilizados segndo a literatra

    (OECD, 2003; Eropean Comission, 2005) - z-score (estandardizao estatstica) e minmax, qe

    consistem, em termos de formlao, em:

    mtodo z-score

    O qando o indicadorjse associa com sentido contrrio ao gra de desenvolvimento:

    onde,

    representa o indicador de basejnormalizado na nidade territorial r,

    representa o valor do indicador de basejna nidade territorial r,

    representa a mdia da distribio do indicador de basej,

    representa o desvio-padro da distribio do indicador de basej.

    mtodo minmax

    )dp(x

    xxSx

    j

    jrj

    rj

    )dp(x

    xxSx

    j

    rjj

    rj

    rjSx

    rjx

    jx )x(dp j

    100

    xx

    xxNx

    ref

    mnimo, j

    ref

    mximo, j

    refmnimo, jrj

    rj

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 33

    O qando o indicadorjse associa com sentido contrrio ao gra de desenvolvimento:

    onde,

    representa o indicador de basejnormalizado na nidade territorial r,

    representa o valor do indicador de basejna nidade territorial r;

    representa o valor mnimo de referncia para o indicadorj,

    representa o valor mimo de referncia para o indicadorj.

    O mtodo de normalizao z-scoreelimina os problemas relativos nidade de medida e

    escala, gerando indicadores normalizados com mdia zero e desvio-padro nitrio. As mdias

    zero evitam a introdo de enviesamentos na agregao, resltantes das diferenas de mdia.

    A diviso das mdias pelo desvio-padro permite reescalonar os indicadores, mas no impede

    qe os indicadores com valores etremos tenham m maior impacto no indicador sinttico,

    ma vez qe os intervalos de variao efectiva desses indicadores sero maiores. Este facto

    ser positivo, se o objectivo do indicador sinttico for eactamente o de relevar as diferenas

    entre as nidades estatsticas.

    A aplicao deste mtodo para constro de ndices ao longo de m perodo de tempo, com o

    objectivo de captar evoles de desempenho das nidades territoriais, em termos dos prprios

    valores assmidos pelo ndice e no apenas das posies hierrqicas, sgere qe a mdia e

    o desvio-padro sejam calclados para m ano de referncia (geralmente o momento zero) e

    fios para os restantes momentos de operacionalizao do ndice (Eropean Comission, 2005:

    47). Daqi reslta todavia qe, nos anos posteriores ao ano base, as mdias e desvios-padro

    deiam de assmir os valores zero e m, respectivamente.

    O mtodo de normalizao minmaxassenta nos valores mnimos e mimos de ma srie de

    dados de cada indicador. Assim, toma como referncia o valor de ma regio com pior desem-

    penho (valor mnimo) e o de ma regio com melhor desempenho (valor mimo). Ao contrrio

    do qe acontece no mtodo z-score, o mtodo minmax transforma a escala dos indicadores

    nm mesmo intervalo de variao, sitado entre 0 e 100, evitando valores negativos (qe no

    z-score correspondem aos valores inferiores mdia), o qe lhe confere maior facilidade de

    leitra. Contdo, este mtodo no permite a diferenciao entre valores etremos dos indica-

    dores de base.

    100

    xx

    xxNx

    refmximo, j

    refmnimo, j

    refmximo, jrj

    rj

    rjNx

    rjx

    refmnimo, jx

    refmximo, jx

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL34

    Este mtodo impe, no caso de sries temporais, qe a distncia entre a pior e a melhor regio

    seja constante. Assim e ma vez qe no se trabalha com ma srie cronolgica definida

    partida, o so de mimos e mnimos reportados a ma srie temporal levanta o problema de,

    em cada nova aplicao do ndice, as aplicaes anteriores deverem ser revistas (Eropean Co-

    mission, 2005: 48). Isso implicaria qe, em cada nova edio do ndice, no s os valores dos

    ndices se alterariam, como h tambm a possibilidade de se alterarem as posies das regies

    nas respectivas hierarqias. A alternativa seria definir os valores mnimos e mimos de toda

    a srie, inclindo os valores ftros. Ora, na medida em qe a srie cronolgica completa no

    est disponvel, os valores mnimos e mimos teriam qe ser definidos com base em previses

    daqilo qe ser a evolo possvel das variveis, correspondendo a ma metodologia qesgere m gra de risco elevado no conteto do ISDR.

    Neste qadro, importa sblinhar os principais objectivos associados ao ISDR e qe devero

    orientar a escolha do mtodo de normalizao:

    leitra mlti-dimensional do desenvolvimento qe se tradz nma estrtra de cons-

    tro piramidal, sendo o desenvolvimento regional fno do desempenho na com-

    petitividade, na coesoe na qualidade ambiental;

    anlise da evolo dos desempenhos regionais ao longo do tempo: o(s) ndice(s)

    dever(o) permitir avaliar processos de convergncia e divergncia das regies, o

    qe remete para anlises de evolo em termos de resltados cardinais;

    avaliao da distncia das regies face ao desenvolvimento mdio do Pas, o qe

    remete para ma escala cardinal de resltados regionais e para a estimao cardinal

    do gra de desenvolvimento do Pas.

    Dados os objectivos definidos para o ISDR e as caractersticas de cada m dos mtodos, opto-

    se pela normalizao dos indicadores de base pelo mtodo z-score combinada com o reescalo-

    namento pelo mtodo minmaxcomo forma de anlar os inconvenientes analticos resltantes

    dos desempenhos negativos inevitveis no mtodo z-score e garantir a incorporao da varia-

    bilidade entre valores etremos presente nos indicadores nos resltados obtidos. Saliente-se

    qe os resltados obtidos com o reescalonamento minmaxassmem correlao nitria com

    os obtidos atravs do z-score.

    Assim, na aplicao do minmaxcomo mtodo de reescalonamento dos indicadores j normali-

    zados pelo z-score com a mdia e desvio-padro fios no momento 0, tomam-se o mimo e o

    mnimo dos valores de toda a matriz de indicadores, considerando as sries anais de todo o

    perodo de referncia do ndice. Deste modo:

    garante-se qe, em cada nova edio do ISDR, embora os valores do histrico dos

    ndices se alterem, as posies hierrqicas mantm-se constantes; e,

    enqanto operao apenas de reescalonamento, os novos valores do histrico corres-

    pondem a transformaes lineares dos anteriores, com eles apresentando correlao

    nitria.

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 35

    Procedimento de agregao

    Os indicadores de base, aps a sa normalizao e reescalonamento, sero agregados dando

    origem a ndices parciais. Estes vrios ndices parciais so, em termos metodolgicos, m passo

    intermdio para a constro do ndice global.

    uma vez qe a metodologia definida pelo ISDR no contempla, por opo, a tilizao de anlise

    mltivariada nem a ascltao de especialistas na anlise dos fenmenos estdados (em qe

    os ponderadores so obtidos por recrso a tcnicas estatsticas associadas a este tipo de anlise

    o definidos por esses grpos de trabalho), os ponderadores foram definidos a priori. Nestecaso, na escolha dos ponderadores a serem tilizados na agregao pode ser adoptado m de

    dois mtodos: agregao com ponderadores igais para todos os indicadores o agregao com

    ponderadores diferenciados com os qais se associa a cada indicador a importncia conferida

    respectiva dimenso do desenvolvimento regional. Independentemente do mtodo escolhido,

    os ponderadores tm a propriedade de tornar eplcitos os objectivos inerentes constro do

    ndice sinttico, atravs da relevncia atribda a cada m dos indicadores qe o compem.

    No caso do ISDR, opto-se pelos segintes procedimentos:

    cada componente foi obtida por agregao, atravs de mdia simples, dos respecti-

    vos indicadores;

    para obteno do ndice global, recorre-se mdia simples das componentes sig-

    nificando, por isso, qe os resltados reflectem ma viso tripartida do desenvolvi-

    mento regional, em qe competitividade, coesoe qualidade ambientalassmem a

    mesma importncia.

    Procedimento de apresentao

    A apresentao dos resltados do ISDR reqere especial ateno j qe inflencia a

    compreenso e a anlise da informao. uma primeira deciso prende-se com os resltados

    qe se pretende divlgar. Para a compreenso das dinmicas territoriais, relevante avaliar

    tanto os resltados do ISDR como os dos ndices relativos s componentes.

    uma segnda deciso esteve relacionada com a escolha entre ma escala ordinal e ma escala

    cardinal na divlgao dos resltados do ISDR. uma escala cardinal tem a vantagem de fornecer

    os resltados permitindo ma distino imediata entre os valores de cada nidade territorial e

    permitindo aferir a distncia, em termos de gra de desenvolvimento entre regies, enqanto

    a escala ordinal releva a posio hierrqica de cada regio. A escala cardinal permite ainda,

    em termos inter-temporais, analisar a evolo dos desempenhos regionais, nomeadamente no

    conteto da evolo do prprio desempenho nacional. Tendo em conta a complementaridade

    dos respectivos contedos, opto-se por apresentar os resltados dos ndices parciais e do

    ndice global em ambas as escalas.

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL36

    Cada ndice ao nvel das NuTS III foi transformado por diviso com a respectiva mdia nacio-

    nal (estimada atravs da mdia das NuTS III ponderada pela respectiva poplao residente),

    obtendo-se ndices relativos referenciados ao valor nacional, de modo a facilitar a sa leitra,

    pois os ndices assim transformados permitem aferir a distncia de cada NuTS III em relao

    ao conjnto do Pas. Da aplicao deste mtodo, reslto a opo de estimao dos ndices

    relativos s NuTS II por mdia ponderada pela respectiva poplao dos ndices das respectivas

    NuTS III, como forma de assegrar a compatibilidade entre mdias nacionais apradas em cada

    m destes tipos de desagregao regional.

    Opto-se, ainda, por apresentar os resltados tablados, para o conhecimento preciso da posi-o de ma nidade territorial, e pela sa representao atravs de mapas temticos, para ma

    leitra territorialmente contetalizada.

    Anlise de evoluo temporal

    Os objectivos do ISDR associados avaliao da evolo do desempenho das regies port-

    gesas e ao acompanhamento das assimetrias regionais em Portgal sgerem a necessidade do

    ndice compsito proposto possibilitar a elaborao de comparaes inter-temporais.

    A comparabilidade inter-temporal, com a opo de normalizao z-score para os indicadores,

    obriga a qe a mdia e o desvio-padro sejam fiados em determinado ano qe, em geral, se

    assme ser o momento zero de operacionalizao do ndice (OECD, 2005: 61; Eropean Comis-

    sion, 2005: 47). A opo pelo mtodo de normalizao z-score com reescalonamento minmax

    ao nvel dos indicadores para a operacionalizao do ISDR implica qe, em cada momento de

    divlgao do ndice, os scoresdivlgados anteriormente tenham qe ser alvo de reviso apesar

    de se manter inalterada a escala ordinal. Esta imposio reslta da necessidade de garantir qe os

    valores mimos e mnimos de referncia para o reescalonamento dos indicadores normalizados

    sejam os mesmos, devendo corresponder aos valores mimo e mnimo da matriz de indicado-

    res de base da srie temporal de dados completa, sob pena de se invalidar a possibilidade de

    comparaes inter-temporais dos valores dos ndices (Eropean Comission, 2005: 48).

    Tendo em conta qe o mtodo de normalizao adoptado se revela adeqado para o desen-

    volvimento de anlises inter-temporais e conseqente avaliao da evolo das dinmicas

    regionais de desenvolvimento, a anlise inter-temporal teve como base a adeqao entre as

    medidas eistentes e os objectivos pretendidos como forma de avaliao das evoles regio-

    nais [Caia 1]:

    qando se pretende avaliar a evolo do desenvolvimento de cada regio entre

    vrios momentos (se a regio se desenvolve o, pelo contrrio, regredi), dever

    analisar-se a taxa de variao do desempenho das regies com base nos valores

    do ISDR para a srie de ndices de base fia (dados referenciados ao desempenho

    de Portgal nm ano fio);

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 37

    se o objectivo ma avaliao da evolo das regies contetalizada na evolo

    do Pas, dever analisar-se a variao de desempenho das regies com base nos

    valores do ISDR referenciados ao desempenho de Portgal no respectivo ano;

    se a anlise for no sentido de possibilitar a avaliao de m processo de convergn-

    cia/divergncia das regies, esta deve basear-se na diferena, entre dois momentos,

    da distncia entre os valores regionais do ISDR referenciados aos ndices de base

    anal e os valores de referncia do desempenho de Portgal nos mesmos perodos

    de anlise.

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL38

    Taxa de variao do desempenho da regio r, entre os momentos t-p e t (com

    p>0), no ISDR referenciado aos ndices de base fixa (BF):

    Variao do desempenho da regio r entre os momentos t-p e t (com p>0), no

    ISDR referenciado aos ndices de base anual (respectivamente Bt-p e Bt) ou aos

    ndices de base fixa (BF):

    Variao, entre os momentos t-p e t (com p>0), da distncia da regio r face

    ao desempenho nacional, em termos do ISDR referenciado aos ndices de base

    anual (respectivamente Bt-p e Bt) ou aos ndices de base fixa (BF):

    Em cada ano de divlgao do ISDR, a apresentao dos ndices de base temporal fia garante

    as possibilidades de avaliao das evoles regionais sob as vertentes acima apresentadas.

    Indicadores de avaliao das evoles regionais nm

    conteto de anlise temporal Caia 1

    100

    ISDR

    ISDRISDRFB

    pt,r

    FB

    pt,rFB

    t,r

    -

    -

    ptBpt,r

    tBt,r ISDRISDR

    -- 100/ ISDRISDRISDR FB

    -pPT,tFB-pr,t

    tBr,t

    = ( (

    100ISDR100ISDRISDRISDRISDRISDR -pt

    B

    -ptr,tB

    tr,-ptB

    -ptPT,-ptB

    -ptr,tB

    tPT,tB

    tr,

    100/ISDRISDRISDR100ISDR F

    BPT,t

    FB-pPT,t

    FB-pr,t

    tBr,t -p

  • 7/30/2019 ndice Desenvolvimento Regional

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    NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 39

    2.3. Apresentao dos indicadores retidos

    A seleco dos indicadores atende s trs componentes em qe o ndice estrtrado - com-

    petitividade, coesoe qualidade ambiental, e necessidade da definio tridimensional de cada

    ma, procrando, implicitamente, contemplar condies, processos e resltados. Os indicadores

    seleccionados procram reflectir e avaliar os posicionamentos regionais em termos de desen-

    volvimento,